Tópicos | Donald Trump

Donald Trump, o virtual candidato republicano à Casa Branca, declarou "ter razão" sobre o radicalismo islamita, após o massacre que deixou 50 mortos neste domingo (12) em Orlando, Flórida. O magnata - que propôs a proibição da entrada dos muçulmanos nos Estados Unidos - agradeceu às pessoas que o "cumprimentaram por ter razão sobre o terrorismo islamita radical".

"Mas não quero cumprimentos, quero vigilância e rigor. É necessário que sejamos inteligentes!", escreveu no Twitter. As autoridades não confirmaram oficialmente a identidade do atacante, apresentado pela imprensa como Omar Mateen, um cidadão americano de origem afegã, de 29 anos, que vivia na Flórida.

A Polícia abriu uma investigação por terrorismo. Segundo a CNN e a NBC, o atirador expressou lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) em uma ligação ao 911. Após o atentado de San Bernardino, na Califórnia, em dezembro passado, Trump afirmou que, ao chegar à Presidência, proibirá todos os muçulmanos de entrar em território americano.

Os Estados Unidos ganharam um inimigo de peso nos planos para sediar a Copa do Mundo de 2026. Dentro da própria casa. É Donald Trump, virtual candidato republicano à presidência do país. O bilionário não gosta de futebol e o futebol não gosta dele. O mau relacionamento é declarado e, se Trump vier a ser eleito em novembro, os norte-americanos podem dar adeus às chances de receber o Mundial pela segunda vez na história.

O alerta partiu do próprio presidente da Federação de Futebol dos Estados Unidos (USSoccer), Sunil Gulati. Ele lembrou que para realizar uma Copa não basta ter dinheiro, estádios modernos, infraestrutura e perspectiva de ótimo publico durante os jogos. É preciso também ter a bênção do governante de plantão, o que com quase com toda certeza não irá acontecer se, no momento da escolha da sede - provavelmente no ano que vem -, Trump estiver morando na Casa Branca.

##RECOMENDA##

"Ser bem-sucedido em uma disputa de Mundial passa pela visão do mundo sobre os nossos líderes. Acho que a percepção do mundo sobre os EUA se vê afetada por quem estiver na Casa Branca, tem relação", disse Gulati ao jornal norte-americano USA Today, lembrando que o sonhos de Los Angeles em realizar os Jogos Olímpicos em 2024 pode virar pesadelo na hipótese o republicano ser eleito.

Trump não nega que detesta futebol, que considera um esporte antiamericano. Mais: um esporte de terceira linha, pois é o preferido dos latinos, um de seus maiores alvos na campanha presidencial. O magnata chegou inclusive a falar em construir um muro separando Estados Unidos e México. Gulati deixou no ar até a possibilidade de os Estados Unidos não apresentarem candidatura. "Vamos concorrer se acharmos que podemos ser bem-sucedidos".

Um recuo seria uma derrota e tanto para ele e para um grupo considerado de empresários que planejam trazer a Copa de 2026 para os Estados Unidos - que deixando a questão política de lado são considerados quase favoritos absolutos para sediá-la.

A insistência na realização da Copa América Centenário, mesmo depois de ter vindo à tona o escândalo de corrupção envolvendo a cartolagem que passou pela venda dos direitos de transmissão e de marketing da competição, faz parte da estratégia.

Ex-funcionários que denunciam fraude, técnicas de venda controversas: a justiça dos Estados Unidos publicou novos documentos incômodos para a "universidade" fundada por Donald Trump, em 2004, e que hoje é alvo de uma investigação.

A instituição, que fechou as portas em 2010, poderia levar o provável candidato republicano à Casa Branca diante dos tribunais.

##RECOMENDA##

"Enquanto a Universidade Trump fingia ajudar a ganhar dinheiro em imóveis, a única coisa que lhe interessava era vender caros seminários", declarou o ex-diretor de vendas Ronald Schnackenberg em uma declaração por escrito.

Schnackenberg renunciou em 2007 por práticas "enganosas, fraudulentas e desonestas", fazendo eco às queixas coletivas dos antigos "alunos" que asseguram terem sido enganados.

Jason Nicholas, outro ex-funcionário, admitiu que os seminários estavam a cargo de pessoas "não qualificadas, que se faziam passar pelo 'braço direito' de Donald Trump".

"Era uma fachada, uma mentira total", disse em sua declaração.

A justiça publicou manuais que detalham as técnicas de venda: impulsionavam eventuais clientes a desembolsar até 35.000 dólares para "se formarem" nos seminários e, assim, conseguirem uma fortuna como a de Trump.

"Digam-lhes que encontraram a solução para os seus problemas e uma maneira de mudar suas vida", indica um dos manuais, que dá detalhes desde a localização das cadeiras até a temperatura ideal para se persuadir alguém.

"A adesão começa aqui. Assegurem-se de parabenizar o comprador, dar um aperto de mão e estabelecer contato visual", pode ser lido nas instruções em que os vendedores são obrigados a rechaçar "a falta de dinheiro como uma desculpa" para não entrarem na "universidade".

Contactado pela AFP, um porta-voz de Trump estimou que esses documentos não fundamentam bem a demanda e que, pelo contrário, revelam um "importante nível de satisfação" pelos estudantes.

Trump sempre defendeu sua universidade e acusa de parcialidade o juiz californiano encarregado do caso, Gonzalo Curiel, dizendo que ele seria desfavorável por ser "mexicano".

Curiel nasceu em Indiana, centro-oeste dos Estados Unidos.

Milhares favoráveis e contrários a Donald Trump confrontaram-se nessa sexta-feira (27) na Califórnia, durante dois discursos do aspirante a candidato republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Foram detidas pelo menos 13 pessoas.

Um porta-voz da polícia disse à AFP que 12 pessoas foram detidas em San Diego, no Sudoeste dos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

Outra pessoa foi detida em Fresno, no centro da Califórnia.

Segundo a imprensa local, o discurso de Donald Trump em San Diego, cidade situada na fronteira com o México, foi interrompido brevemente por manifestantes que foram expulsos do centro de convenções onde decorria o evento.

Na parte externa, grupos rivais foram separados pela polícia de choque, depois de se envolverem em brigas.

Ao menos mil pessoas participaram de um violento protesto contra Donald Trump nesta sexta-feira, na região de São Francisco, horas depois de outra manifestação contra o pré-candidato republicano provocar 17 detenções ao sul de Los Angeles.

Para evitar uma multidão furiosa, Trump decidiu entrar pela porta dos fundos do hotel de Burlingame onde faria um discurso. Mas os manifestantes - muitos latinos com bandeiras do México - enfrentaram a polícia para ter acesso ao hotel, constatou a AFP no local.

Vários manifestantes subiram na fachada do hotel e tentaram quebrar janelas para entrar no prédio. A polícia agiu para impedir o avanço dos manifestantes, que empurraram os agentes e lançaram ovos.

Os manifestantes também atacaram os jornalistas que cobriam o protesto para evitar que fossem fotografados. A multidão gritava "Fuck Donald Trump" (Foda-se Donald Trump) e carregava vários cartazes com a frase "O medo e o ódio não são presidenciáveis".

Um partidário de Trump que enfrentou a multidão esteve a ponto de ser linchado, mas foi socorrido a tempo pela polícia. A presença de Trump na Califórnia já havia provocado um violento protesto na noite de quinta-feira em Costa Mesa, uma pequena localidade situada ao sul de Los Angeles, onde 17 pessoas foram detidas.

Trump, que lidera a corrida pela indicação republicana às eleições presidenciais de novembro próximo nos Estados Unidos, está na Califórnia, o estado com mais latinos do país e que realiza primárias em junho.

Donald Trump e Hillary Clinton devem obter vitórias nas primárias dos seus respectivos partidos no Estado norte-americano da Pensilvânia na terça-feira, apontou uma nova pesquisa de Wall Street Journal, NBC News e Marist.

No lado do Partido Republicano, Trump lidera as intenções de voto de 45% dos eleitores que devem participar das primárias republicanas, segundo a pesquisa, superando o senador do Texas Ted Cruz por 18 pontos porcentuais. Cruz tem o apoio de 27% dos prováveis eleitores, e o governador de Ohio, John Kasich, tem 24%.

##RECOMENDA##

No lado do Partido Democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton conta com vantagem de 15 pontos percentuais sobre o senador de Vermont Bernie Sanders. Hillary tem 55% das intenções de voto dos eleitores que devem participar das primárias do Partido Democrata na Pensilvânia, em comparação com os 40% que preferem Sanders, conforme a pesquisa.

Os principais candidatos de ambos os partidos querem aumentar sua vantagem de delegados nas primárias de terça-feira na Pensilvânia e em quatro outros Estados.

Para os republicanos, os resultados estaduais na Pensilvânia serão simbólicos. Não importa qual candidato ganhar na terça-feira, 54 dos 71 delegados do Estado ficam livres para escolher quem quiserem na convenção de nomeação nacional do Partido Republicano. A disputa democrata na Pensilvânia tem mais peso. Os 189 delegados serão divididos com base no desempenho dos candidatos no Estado e no resultado em cada um dos 18 distritos da Pensilvânia.

"Trump e Clinton estão ambos posicionados para ganhar o voto popular", disse Lee Miringoff, diretor do Instituto de Opinião Pública da faculdade Marist. "Para os democratas, o que conta é o número de delegados. Mas, para os republicanos, o voto popular não garante uma grande parte dos delegados na convenção." Fonte: Dow Jones Newswires.

Eleitores democratas e republicanos participarão nesta terça-feira (19) das primárias de Nova York, mais uma etapa do processo eleitoral norte-americano visando a escolher os candidatos que representarão cada partido nas eleições presidenciais marcadas para novembro deste ano.

De acordo com as últimas pesquisas, feitas pela rede de televisão NBC e pelo jornal The Wall Street Journal. O empresário Donald Trump está com 33 pontos de vantagem em relação a seus adversários republicanos. Entre os dois candidatos democratas, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton está com 13 pontos à frente do senador Bernie Sanders, segundo pesquisa divulgada pelo Baruch College/ NY1 News e Quinnipiac University.

##RECOMENDA##

Do lado democrata, Bernie Sanders aposta na possibilidade remota de bater Hillary Clinton em seu estado natal. Ele pretende repetir o que aconteceu no mês passado em Michigan. As pesquisas mostravam Hillary com 21 pontos de vantagem, mas os resultados acabaram dando vitória a Sanders.

De acordo com estimativas da rede de televisão ABC News, Hillary Clinton tem um total de 1.758 delegados e Sanders, 1.076 delegados. O número de delegados necessários para vencer a nomeação democrata é 2.383.

"Nós vamos mudar o status quo", prometeu Sanders em seu último discurso no Brooklyn, bairro onde cresceu. Segundo ele, o "estado de Nova York vai ajudar a conduzir os Estados Unidos a uma revolução política".

O discurso de Sanders é dirigido à geração Y, uma faixa de eleitores identificada com os avanços tecnológicos e com a diversidade étnica. Esses eleitores – a maioria com idade entre 18 e 34 anos - estão sendo seduzidos, segundo as campanhas que buscam ouvir os anseios da população, pelas propostas de Sanders em favor de um programa de energia renovável para os Estados Unidos e por um sistema financeiro que atenda também aos interesses sociais e não apenas ao lucro.

Entre os republicanos, Donald Trump espera usar uma vitória em seu estado natal, Nova York, para diminuir o avanço do outro candidato republicano, o senador Ted Cruz, que vem ganhando delegados em vários estados. Outro candidato republicano – o governador de Ohio, John Kasich – deve ficar em segundo lugar nas primárias de Nova York, segundo as pesquisas, o que constitui uma ameaça para o domínio total de Trump no estado.

Trump está vencendo a corrida eleitoral do Partido Republicano, apesar da oposição dos burocratas que comandam o partido. Sentindo esse clima oposicionista entre os próprios correligionários, ele tem atacado, nos últimos dias, o que considera “manipulação” do processo eleitoral do Partido Republicano.

Donald Trump reafirmou, nos últimos comícios, que vai ganhar os 1.237 delegados necessários para obter a nomeação republicana. Para conseguir essa meta, porém, ele precisa de ampla vitória em Nova York. Em julho, os partidos Conservador e Democrata realizam convenções para nomear os candidatos que vão representar cada partido nas eleições.

Há 291 delegados democratas e 95 republicanos em jogo nas primárias de Nova York.

Mais da metade dos eleitores republicanos de Nova York são favoráveis ao pré-candidato Donald Trump, inflando a possibilidade de o bilionário levar todos os 95 delegados do estado na primária de 19 de abril.

De acordo com a pesquisa da Monmouth University divulgada nesta quarta-feira, Trump tem 52% das intenções de voto dos nova-iorquinos, enquanto o governador de Ohio, John Kasich, tem a preferência de 25% dos eleitores e o senador texano Ted Cruz é opção de 17%.

##RECOMENDA##

"Se o resultado se mantiver em cada um dos 16 distritos de votação, Trump deve caminhar para levar todos os delegados do estado de Nova York", disse Patrick Murray, diretor do instituto de pesquisas da universidade.

O levantamento sugere ainda que os republicanos nova-iorquinos não foram influenciados pelos recentes comentários polêmicos de Trump sobre o aborto e o uso de armas nucleares pela Coreia do Sul e o Japão. Mas 29% disseram que os controversos posicionamentos diminuem o apoio a Trump.

Somente 40% dos eleitores republicanos estão certos sobre sua escolha e desconsideram votar em outro candidato.

O levantamento foi feito pelo telefone entre os dias 3 e 5 de abril com 302 eleitores republicanos. A margem de erro é de 5,6 pontos porcentuais para mais ou para menos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O pré-candidato republicano Donald Trump afirmou na sexta-feira (2) que as leis de aborto nos Estados Unidos estão por ora em vigor, mas reiterou que considera essa prática um assassinato. Trump fez essas declarações à rede CBS depois de ter sugerido que as mulheres que abortam deveriam ser castigadas.

"As leis estão estabelecidas neste momento, e assim vão permanecer até que sejam modificadas", afirmou Trump na entrevista que será difundida integralmente no domingo.

##RECOMENDA##

Trump foi criticado por defensores e detratores do direito ao aborto por não mostrar uma posição clara a este respeito. Muitos republicanos se opõem fortemente ao aborto, quatro décadas depois de ser legalizado pela Suprema Corte em nível nacional. 

Horas depois que exibido um trecho da entrevista, a porta-voz de campanha de Trump, Hope Hicks, negou que ele vá se retratar de sua oposição ao aborto. "Trump deu uma explicação precisa da lei como é hoje em dia e deixou claro que deve permanecer desta maneira no momento, até que ele seja presidente", explicou Hicks.

Trump, que já disputou eleição nas fileiras democratas e independientes até entrar para as republicanas - era defensor do direito ao aborto, mas durante a campanha das primárias mudou de postura. "Como Ronald Reagan, sou pró-vida, com algumas exceções", afirmou em um comunicado.

O pré-candidato republicano Donald Trump sugeriu, nesta quarta-feira, algum tipo de sanção às mulheres que abortarem, provocando duras críticas de defensores do direito a essa prática. "Deve haver alguma forma de castigo", declarou o polêmico magnata, de acordo com trechos antecipados de uma entrevista à rede MSNBC que será transmitida à noite.

Trump disse ainda que é preciso "proibir" o aborto, legalizado nos Estados Unidos em uma decisão histórica da Suprema Corte, em 1973, conhecida como "Roe vs Wade". O tema divide os americanos entre os defensores do direito das mulheres a abortar e seus opositores.

Trump foi entrevistado pelo apresentador Chris Matthews, que lhe perguntou "se acreditava que fazia falta uma punição para o aborto", ao afirmar que "o aborto é um crime". Mais tarde, Trump publicou um comunicado para se explicar: "esta pergunta não é clara e deveria ser devolvida aos estados para que decidam".

No passado, Trump chegou a defender o direito ao aborto até mudar de posição durante essa campanha nas primárias.

"Como Ronald Reagan, sou pró-vida, com algumas exceções", afirmou em seu comunicado.

Sua oponente democrata, a ex-senadora Hillary Clinton, denunciou no Twitter as declarações "aterradoras e reveladoras" de Donald Trump.

Com mais de dois metros de altura, terno azul, camisa branca e gravata vermelha - cores da bandeira americana -, um Donald Trump de papelão sorri, às vésperas de arder, no sábado, na "queima do Judas", que será realizada no México para afastar o mal na Semana Santa.

"Agora vamos queimar Trump porque não gostamos dele, fala muito mal dos mexicanos", disse nesta quinta-feira à AFP Felipe Linares, artesão que demorou uma semana para fazer este boneco com a imagem do milionário que disputa as primárias à Casa Branca pelo Partido Republicano.

Como parte das tradições da Semana Santa, no Sábado de Aleluia, os mexicanos queimam bonecos diferentes, representando o diabo, personagens políticos ou esportistas transformados em vilões, em alusão a Judas Iscariote que, segundo os textos bíblicos, traiu Jesus.

"Assim queimamos Judas, o mal. A tradição foi se perdendo, mas aqui lutamos para preservá-la", comenta Linares, que há mais de 50 anos se dedica a fazer Judas em seu ateliê em uma zona popular do centro da Cidade do México.

Desde 1920 os Linares fazem estes bonecos com varas de madeira, papel reciclado e uma mistura de farinha e água, que depois pintam em cores vivas. Aos pés e em outras partes do corpo são colocados fogos de artifício para que "pareçam alegres" enquanto queimam, comenta um sorridente Linares, que calcula o custo do "Judas Trump" em 170 dólares.

O ateliê, localizado em uma casa modesta, foi fundado por Pedro Linares (1906-1922), pai de Felipe e que em 1936 criou os "alebrijes", bonecos de seres fantásticos em papel marchê, artesanato dos mais apreciados e conhecidos do México.

Ao lado de Trump serão queimados uma dezena de Judas com diferentes imagens, entre elas a do apóstolo que virou traidor, diabos e um ser com duas faces, de um lado a do presidente Enrique Peña Nieto e do outro, do goleiro Guillermo Ochoa, ex-jogador da seleção que agora joga no Málaga.

Os políticos mexicanos são os Judas favoritos e esta é a primeira vez, segundo Linares, que um americano será queimado no Sábado de Aleluia.

Segundo uma pesquisa de opinião, 61% dos mexicanos têm opinião negativa sobre Trump, que se refere aos mexicanos como narcotraficantes e estupradores e adverte que se chegar à Presidência americana obrigará o México a pagar a construção de um muro em seus mais de 3.000 km de fronteira.

O bilionário Donald Trump, pré-candidato do Partido Republicano para a eleição presidencial americana, acusou os muçulmanos de não fazer o suficiente para evitar os atentados, em uma entrevista exibida nesta quarta-feira pelo canal britânico ITV.

"Eu diria isto aos muçulmanos, nos Estados Unidos inclusive, quando veem um problema, devem reportar. Eles não estão relatando, eles não estão absolutamente relatando e isto é um grande problema", afirmou o empresário, favorito para obter a candidatura, um dia depois dos atentados de Bruxelas que deixaram 31 mortos.

"É como se eles protegessem uns aos outros, mas eles estão realmente provocando danos", completou Trump, que lamentou o fato de ninguém ter denunciado os autores do atentado de San Bernardino, Califórnia, que matou 14 pessoas.

"Eles devem ser abrir à sociedade, eles devem denunciar os indivíduos maus", disse, antes de afirmar que tem "grande respeito pelos muçulmanos".

As declarações foram rebatidas pelo Conselho Britânico de Muçulmanos (MCB).

As frases "abastecem os que os terroristas desejam: que os muçulmanos se sintam marginalizados do Ocidente e não sejam vistos como cidadãos iguais", disse um diretor da organização, Miqdaad Versi.

Donald Trump "está errado", afirmou à BBC Neil Basu, um dos principais nomes da unidade antiterrorista da Scotland Yard.

"Se nós demonizarmos uma parte da população, isto é o pior que podemos fazer", disse.

O canal de TV americano Fox News reagiu com veemência a um novo ataque de Donald Trump à jornalista Megyn Kelly, denunciando a "obsessão doentia" do pré-candidato republicano à Casa Branca pela apresentadora.

"Os ataques corrosivos de Trump a Megyn Kelly, e sua obsessão extrema, doentia, por ela estão abaixo da dignidade de um candidato à presidência, que aspira ao cargo mais alto do país", diz a Fox News em um comunicado divulgado na tarde de ontem, após uma nova publicação no Twitter do multimilionário contra Megyn Kelly.

Em sua mensagem, Trump convoca um boicote ao programa da jornalista, afirmando que ela está "doente e é a pessoa mais supervalorizada da TV".

A emissora defendeu a funcionária afirmando que "Megyn é uma jornalista exemplar e uma das principais apresentadoras americanas. Estamos extremamente orgulhosos de seu trabalho fenomenal, e continuamos a apoiá-la totalmente, durante cada dia da corrente interminável de ataques verbais grosseiros e sexistas de Trump".

O magnata do ramo imobiliário apelidou recentemente a jornalista, 45, de "Megyn Kelly, a louca (crazy@megynkelly)", e seus ataques à apresentadora nas redes sociais são quase diários.

Trump multiplicou os insultos a Megyn desde que ela denunciou, em agosto passado, que ele chamava de "porcas gordas, cadelas e animais asquerosos" as mulheres de quem não gostava, e que suas declarações eram misóginas.

Megyn apresenta o programa "The Kelly File" na Fox News, um dos canais de maior audiência da TV a cabo.

Um manifestante foi agredido, no momento em que era retirado por seguranças de um comício do pré-candidato republicano Donald Trump na Carolina do Norte, estado do sudeste dos Estados Unidos - informou a imprensa local nesta quinta-feira.

John McGraw, de 78, foi acusado de agressão e de perturbação da ordem, relatou o gabinete do xerife do condado de Cumberland, na Carolina do Norte, à emissora WRAL.

Vídeos gravados por pessoas que estavam no ato de campanha de quarta-feira em Fayetteville foram reproduzidos pela imprensa. As imagens mostram quando um homem negro com cabelo estilo rastafári é agredido por um branco, no momento em que está sendo acompanhado pela polícia para fora do evento.

A AFP tentou contato com as autoridades de Cumberland, mas não obteve retorno.

Rakeem Jones, identificado como o homem que recebeu o golpe, disse ao jornal "The Washington Post" que foi surpreendido. "Antes que pudesse me dar conta do que estava acontecendo, estava no chão e, de lá, me levaram para fora. Hoje de manhã, me levantei e vi as notícias e vi quando me agrediram", lamentou.

Jones, de 26 anos, contou que foi ao comício de Trump com outros quatro amigos com um "experimento social". Uma mulher do grupo começou a gritar palavras de ordem quando o candidato iniciou seu discurso, relatou o rapaz.

Os comícios do magnata, que lidera as prévias republicanas na corrida pela indicação do partido, costumam reunir multidões. Muitas vezes são interrompidos por manifestantes, retirados por seguranças.

Os críticos de Trump acusam-no de alimentar as chamas do ódio com seu discurso, carregado de ataques a mexicanos e muçulmanos, entre outras ofensas.

Em uma disputa cada vez mais acirrada, republicanos e democratas voltam às urnas neste sábado (5) para prévias em mais cinco estados na corrida eleitoral pela Casa Branca.

Desta vez, os membros da legenda conservadora (republicanos) votam em Kentucky, Kansas, Maine e Louisiana, enquanto os adeptos do partido Democrata realizam sufrágios em Nebraska, Kansas e Louisiana. Com exceção deste último, a prévia será por meio de assembleias partidárias, o caucus.

##RECOMENDA##

Ao todo, serão distribuídos 126 delegados entre os democratas e 155 entre os republicanos. Tanto a ex-secretária de Estado Hillary Clinton (democrata), por um lado, quanto o magnata Donald Trump (republicano), por outro, são favoritos para vencer na maioria dos estados e aumentar a liderança na disputa pela indicação de seus partidos.

 

Republicanos

As votações deste sábado são as primeiras da legenda republicana sem a presença do ex-neurocirurgião Ben Carson, que, após não ter conseguido se destacar nas prévias anteriores, anunciou sua desistência da disputa.

Com Trump gozando de amplo favoritismo, o destaque fica por conta da briga entre os senadores Ted Cruz e Marco Rubio pelo papel de principal antagonista do magnata. Até o momento, o primeiro, que representa o movimento ultraconservador Tea Party, leva vantagem. Já o outro pré-candidato ainda na disputa, John Kasich, governador de Ohio, aposta todas as fichas na prévia de seu estado, no dia 15 de março.

Na ocasião, o vencedor da votação levará todos os 66 delegados locais, portanto uma vitória poderia ressuscitar a candidatura de Kasich ou fortalecê-lo como um possível vice na chapa do indicado republicano, mas uma derrota seria fatal para as suas pretensões.

 

Democratas

No lado democrata, Hillary, que já pensa mais em Trump do que no seu adversário nas primárias, o senador por Vermont Bernie Sanders, deve ampliar sua vantagem na contagem de delegados.

Após o entusiasmo do início de fevereiro, a campanha do parlamentar socialista parece ter encontrado um teto, principalmente nos estados do Sul, onde ele tem tido dificuldades para emplacar seu discurso entre o eleitorado negro. 

Em uma rara entrevista à televisão, a mulher do bilionário Donald Trump, Melania, de 45, defendeu a dura retórica do marido sobre imigração, negando que o pré-candidato republicano favorito à Casa Branca tenha chamado os mexicanos de estupradores.

A ex-modelo de origem eslovena defendeu o inflamado apelo do marido para impedir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, lançado pela primeira vez depois dos atentados em Paris e em San Bernardino, na Califórnia.

##RECOMENDA##

"O que ele disse é que seria temporário, e não para todos os muçulmanos", declarou Melania Trump à rede MSNBC. "Temos de investigar os que vêm para o país", acrescentou.

Ela negou que Trump tenha insultado o povo mexicano quando proclamou - claramente - em seu discurso inicial no ano passado que o país vizinho estava enviando para os EUA criminosos, viciados em drogas e estupradores pela fronteira.

"Não, não sinto que tenha insultado os mexicanos. Disse imigrantes ilegais. Não falou sobre todo o mundo", insistiu.

Cidadã americana, a terceira mulher de Trump garantiu ter respeitado escrupulosamente as leis migratórias desde que se mudou para os Estados Unidos há 20 anos.

"Agi dentro da lei, como se deve", afirmou.

O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira que o bilionário americano Donald Trump, pré-candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano, não pode se declarar "cristão" com a promessa de construir um muro na fronteira com o México para afastar os imigrantes.

"Uma pessoa que quer construir muros e não pontes não é cristã", afirmou o papa em seu avião de volta a Roma, ao responder a um jornalista sobre a posição anti-imigração do candidato às primárias pelo Partido Republicano.

"Votar ou não votar, eu não me meto nisso. Só digo, não é um cristão", acrescentou.

O magnata do ramo imobiliário reagiu, denominando de "vergonhoso" o comentário do pontífice argentino.

"É vergonhoso que um líder religioso questione a fé de alguém", escreveu Trump em um comunicado, assegurando que o papa argentino está sendo usado como um "peão" no debate migratório.

Líder das pesquisas de intenção de voto entre os republicanos e ganhador das primárias em New Hampshire, Trump questionou as posições do papa, consideradas políticas por ele, e prometeu a construção de um muro para substituir a barreira atual entre o México e os Estados Unidos se for eleito presidente.

O Vaticano esclareceu que o papa não falava como um líder político, mas "como um homem de fé".

"A política não é o ofício do papa. É um homem de fé. Mas não deve surpreender que sua mensagem pastoral tenha repercussões políticas e sociais", advertiu na quarta-feira o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, em coletiva de imprensa na Cidade do México.

Em visita àquele país, o papa denunciou a "tragédia humana" que sofrem os migrantes quando fogem da violência e da pobreza em seus países, em uma missa celebrada antes de seu retorno no ponto da fronteira mexicano-americana por onde passam milhares de imigrantes ilegais em busca de uma vida melhor e onde Trump quer erguer o muro.

Principal candidato republicano ao posto de presidente dos Estados Unidos, o bilionário Donald Trump voltou a defender "técnicas avançadas" de interrogatório quando se lida com detidos por terrorismo. Segundo ele, "tortura funciona".

Segundo a CNN, o republicano voltou a defender a prática. "É claro que a simulação de afogamento é ruim, mas não é como decepar cabeças", afirmou Trump, em um evento de campanha em Bluffton, no Sul da Califórnia.

##RECOMENDA##

No início desta semana , Trump escreveu um editorial dizendo que não iria "tirar nada da mesa" quando fosse para interrogar terroristas, dando a entender que não descartaria nenhuma 'técnica', porém, nesta quarta (17) foi a primeira vez que o bilionário usou a palavra "tortura". 

A estrela do pop britânica Adele proibiu, nesta segunda-feira, que o pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump use uma de suas canções em sua campanha eleitoral.

O magnata, que não perdeu o show da artista em novembro passado em Nova York, utiliza com frquência o hit "Rolling In The Deep", grande vencedor dos Grammy de 2011.

"Adele não deu permissão para que sua música seja usada em qualquer campanha eleitoral", declarou seu representante em um comunicado, sem mencionar Trump diretamente.

Não é a primeira vez que Trump é desautorizado, ou repreendido, por artistas por usar canções famosas em seus comícios.

Neil Young e R.E.M se enfureceram quando souberam que seus sucessos "Rockin' In The Free World" e "It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)" tocavam nos eventos da campanha eleitoral de Trump.

Mas nem tudo são proibições para o empresário multimilionário, que lidera a corrida pela indicação republicana nas primárias.

A rapper nova-iorquina Azealia Banks anunciou em sua conta do Twitter que votará nele.

O magnata e pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, apresentou nesta segunda-feira seu primeiro spot de campanha, centrado no terrorismo, no Islã e na imigração ilegal e que será lançado em Iowa e New Hampshire.

Com 30 segundos de duração, o anúncio irá ao ar na terça-feira na televisão desses estados. As primárias republicana começam em 1º de fevereiro em Iowa (centro-norte) e continuam uma semana depois, no dia 9, em New Hampshire (nordeste).

Desafiando as convenções, Trump tem baseado sua campanha em um estilo frontal e direto, sem economizar em golpes baixos contra os oponentes e propostas de conteúdo racista. Trump gastará pelo menos dois bilhões de dólares por semana para difundir esses spots, um montante dividido igualmente entre Iowa e New Hampshire.

"Os políticos podem fingir que é outra coisa, mas Donald Trump o chama de terrorismo radical islâmico e é por isso que defende uma proibição temporária da entrada dos muçulmanos nos Estados Unidos", diz o spot. Na propaganda também aparecem imagens do presidente democrata Barack Obama e da principal candidata desse partido, Hillary Clinton, além do casal muçulmano radicalizado responsável pelo ataque em San Bernardino (Califórnia) em dezembro, que deixou 14 mortos.

"Ele rapidamente cortará a cabeça do EI e tomará o seu petróleo", diz a voz masculina, referindo-se ao grupo Estado Islâmico, que controla parte do Iraque e da Síria e que teria inspirado o casal. "E vai deter a imigração ilegal, construindo um muro em nossa fronteira sul que o México pagará", conclui, deflagrando uma nova polêmica.

O vídeo em questão corresponde a um incidente ocorrido em maio de 2014, na fronteira entre Marrocos e Melilla, território espanhol na África, e foi divulgado na época pelo Ministério do Interior da Espanha.

Depois da reação deflagrada nas redes sociais por essa analogia, a equipe de campanha de Trump indicou que o uso das imagens foi "intencional e escolhido para demonstrar o grave impacto de uma fronteira aberta e a ameaça muito real que os americanos enfrentam, se não construirmos um muro de imediato e contivermos a imigração clandestina".

"Os principais veículos tendenciosos on-line não entendem, mas os americanos que querem proteger seus trabalhos e suas famílias, sim", acrescentou uma porta-voz da equipe de Trump, em e-mail à AFP.

"Estou muito orgulhoso desse spot. Não sei se preciso dele, mas não quero correr qualquer risco, porque, se eu ganhar, vamos voltar a fazer os Estados Unidos grandes outra vez", afirmou Trump, em uma nota.

Na última pesquisa em nível nacional entre os republicanos, Donald Trump aparece com 39% das intenções de voto, mais do que o dobro de seu rival mais imediato, o senador Ted Cruz, que lidera em Iowa.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando