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A Secretaria da Saúde de Guarulhos realizará uma série de atividades sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) nesta semana pré- Carnaval. Haverá palestras, testagem gratuita, distribuição de preservativos e materiais informativos acerca do tema.

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como sífilis, HIV e gonorreia ocorrem principalmente através do contato sexual sem preservativo. Elas podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos nos contatos sexuais via oral, anal ou vaginal.

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Além do uso do preservativo, para prevenir essas doenças, também é importante estar vacinado contra as hepatites A e B e o HPV e não compartilhar de objetos perfuro-cortantes. 

Durante todo o mês de fevereiro, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) disponibilizarão testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C na rotina, conforme o fluxo de atendimento municipal. As UPAs e os PAs farão o primeiro atendimento para a profilaxia pós-exposição.

Veja a programação: 

14 de fevereiro, terça-feira: das 8h às 13h na Praça Geraldo Cândido do Nascimento e Avenida Brejinho, no Jardim Cumbica - orientações sobre ISTs, distribuição de preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C; UBS Dona Luiza, 8h às 15h - orientações sobre ISTs, distribuição de preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Endereço: Rua José Miguel Ackel, número 1.535 - Jardim Giovana;

15 de fevereiro, quarta-feira: Ação "Divirta-se com Segurança" no CEU Paraíso, das 13h às 16h - orientações sobre as ISTs, distribuição de preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Endereço: Rua Dom Silvério, sem número - Vila Paraíso ; Supermercado do Valle, 9h às 13h - orientações sobre ISTs, distribuição de preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Endereço: Avenida Jurema, número 344 - Parque Jurema;

16 de fevereiro, quinta-feira: Palestra "Prevenção Combinada", com distribuição de preservativos e autoteste para HIV na Secretaria da Saúde, das 14h às 16h. Endereço: Rua Íris, número 300 - Gopoúva; Supermercado Lopes, 14h às 16h: orientações sobre ISTs, distribuição de preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Endereço: Rua Marinópolis, número 900 - Jardim Presidente Dutra; 17 de fevereiro, sexta-feira: a partir das 14h no Terminal de Ônibus São João - orientações sobre ISTs, distribuição de preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Endereço: Estrada Guarulhos-Nazaré, sem número – Jardim São João.

O Programa IST/Aids e Hepatites Virais coordena a resposta à epidemia dessas doenças, concedendo as diretrizes de vigilância em saúde aos estabelecimentos de saúde que atendem a população, elaborando e difundindo conhecimento, políticas públicas nas áreas de assistência, prevenção e promoção, em parceria com todos os que contribuem para essa resposta.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta para a falta de progresso na redução da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), já que além de a preocupação com o uso do preservativo ter diminuído com o surgimento de tratamentos antivirais mais eficazes contra o HIV, as relações sexuais se tornaram mais acessíveis com os aplicativos de encontros.

Um relatório da OMS revelou que a cada dia são registrados em todo o mundo mais de 1 milhão de casos de doenças sexualmente transmissíveis. Dados mais recentes da organização mostram que em 2016 houve mais de 376 milhões de novas infecções de clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. Número praticamente igual ao registrado em 2012, o que expõe uma estagnação na redução da transmissão de DSTs.

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A organização ressalta que, em média, uma em cada 25 pessoas no mundo possui pelo menos uma dessas quatro doenças, que atingem com maior prevalência pessoas com idade entre 15 e 49 anos.

Raramente essas infecções apresentam sintomas no início e, por isso, muitos dos doentes não sabem que a possuem e que precisam de tratamento, o que faz com que essas DSTs continuem se espalhando.

O uso do preservativo, conforme enfatiza a OMS, é o método mais eficaz para a proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. A educação sexual para a prevenção também é de grande importância, e a organização pediu que os governos garantam que todos tenham acesso aos serviços necessários para a prevenção.

A ampla divulgação de que a aids é uma doença que tem tratamento eficaz dá às pessoas, principalmente aos jovens, a falsa sensação de proteção e faz com que elas não se protejam corretamente contra essa e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A afirmação é da infectologista do Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Tânia Vergara.

A especialista alerta que essa percepção de “pouco risco de morte” por aids é equivocada e não pode ser confundida com uma segurança de exposição indiscriminada ao vírus. “A cura da aids não é uma realidade ainda. E se não se trata corretamente essa doença, que tem um potencial alto de mortalidade, ela vai ocorrer. O desenvolvimento natural da doença sem controle é para a morte”.

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Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2007 a junho de 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maioria (52,3%) dos casos ocorre em pessoas na faixa etária de 20 a 34 anos. Nos últimos cinco anos, o Brasil tem registrado uma média anual de 41,1 mil casos de aids.

A infectologista da SBI explica que, embora os tratamentos para aids sejam eficazes, a pessoa infectada fica dependente do uso diário de medicação. “Então, é uma falsa noção de que se tratar ele vai ficar bem”, disse. Segundo Tânia Vergara, o tratamento exige acompanhamento médico regular e tem efeitos colaterais.

Sífilis e hepatites

A única forma segura e eficaz de se prevenir contra as ISTs é com o uso da camisinha, segundo a especialista, que ressalta que as pessoas lembram da aids, mas se esquecem de outras doenças como sífilis e hepatites virais. “Estamos em uma grande epidemia de sífilis há dois anos”, destacou. Segundo Tânia, mesmo contraindo a sífilis várias vezes, manifestada por feridas, corrimentos ou verrugas ano genitais, as pessoas continuam se expondo à infecção por não se protegerem.

No período de 2010 a junho de 2016 foram notificados no Sinan 227.663 casos de sífilis adquirida. Entre 2014 e 2015, houve um aumento de 32,7% nos registros da doença. Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878. Naquele ano, observou-se que 55,6% desses casos eram da faixa etária de 20 a 39 anos.

Segundo Tânia Vergara, a desproteção também está relacionada à ideia de que o prazer é a coisa mais importante. “O sexo é muito ligado à emoção, tem muito instinto ligado a isso. E não aprendemos que linguagem usar para as pessoas entenderem [a importância da prevenção contra as ISTs]”, disse. Ao mesmo tempo, segundo ela, se fala muito pouco sobre sexualidade com os jovens. “Está cada vez mais na escura. Estamos precisando falar o que está acontecendo”, ressaltou.

No caso das hepatites virais, de 1999 a 2015, foram notificados no Sinan 514.678 casos confirmados no Brasil. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes à hepatite A; 196.701 (38,2%) de hepatite B; 152.712 (29,7%) de hepatite C; e 3.660 (0,7%) de hepatite D.

No Brasil, a taxa de incidência da hepatite A foi maior nos anos de 2004 e 2005. A taxa de detecção das hepatites B e C apresenta tendência de aumento, sendo que a hepatite B apresentou maiores taxas em relação à hepatite C em todo o período. As menores taxas são observadas para a hepatite D.

Testes

A orientação da infectologista é que pessoas que não têm o hábito de usar preservativos nas relações sexuais façam exames regularmente para identificar eventuais infecções e impedir sua disseminação. “Mas o exame não é curativo. O exame só diagnostica a doença, não previne que se pegue. A importância do exame é para se tratar mais cedo e reduzir a cadeia de transmissão”, alerta.

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O clima é de carnaval fora de época. Música, cerveja e muita animação têm sido elementos presentes na Fifa Fan Fest do Recife, realizada no Cais da Alfândega. Sejam nos jogos da seleção brasileira ou de outras equipes, o cenário no bairro do Recife é de festa e o intercâmbio entre torcedores é marcante. 

Para orientar os torcedores que estendem as comemorações a outros níveis, o Programa Estadual de DST/Aids do Governo de Pernambuco continuará com a realização de testes rápidos de HIV, nesta sexta-feira (4), nas proximidades da Fan Fest. Das 14h às 22h, uma unidade móvel da Secretaria Estadual de Saúde estará instalada na esquina da Rua da Moeda com a Rua Madre de Deus. 

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Os testes são gratuitos e disponíveis a todos. No local, ainda são distribuídos preservativos masculinos, femininos e géis lubrificantes. “Nosso objetivo é chamar a atenção dos torcedores para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e lembrar que o diagnóstico precoce da Aids é essencial para a eficácia do tratamento e para o bem-estar do paciente”, afirmou o coordenador do Programa de DST/Aids, François Figueiroa.

O Dia do Sexo é festejado nesta sexta-feira (6), mas é preciso ter muito cuidado e atenção na hora de comemorar. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) continuam atingindo grande parte da sociedade e afetando a saúde de adolescentes e adultos. Em Pernambuco, por exemplo, 17.459 casos de HIV foram identificados entre 1983 a julho de 2012. 

Neste mesmo período o Recife notificou 7.545 pessoas com a doença e até 14 de maio de 2013 já havia contabilizado 159 novos casos. São números que não param de crescer e precisam de políticas de saúde eficazes e, principalmente, da consciência da população para ser combatido.

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Na capital pernambucana, o trabalho de orientação é desenvolvido pela Divisão DST/AIDS da Secretaria de Saúde. O núcleo desenvolve campanhas e atividades preventivas, além de capacitar os profissionais das Unidades de Saúde da Família para que as equipes acolham e orientem os pacientes infectados.

Atualmente um trabalho de testagem rápida de HIV e Sífilis está sendo realizado nas maternidades Bandeira Filho, Barros Lima e Arnaldo Marques. “Infelizmente muitas mulheres ainda não fazem o pré-natal e deixam de realizar esses exames fundamentais. Por isso estamos dando uma atenção especial a esse público”, explicou o Chefe da Divisão DST/AIDS, Ewerton Marinho. Caso seja detectada a doença, a unidade de saúde oferece a quimioprofilaxia, que reduz até 98% a chance do bebê ser infectado. 

A divisão também está promovendo a descentralização dos testes de HIV e Sífilis. O serviço que antes só era oferecido na Central de Testagem e Aconselhamento (CTA), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, agora é ofertado em 32 postos de saúde, como a Policlínica Waldemar de Oliveira, em Santo Amaro, e o PSF Alto José do Pinho. “A proposta é ampliar esse número, até o final do ano, para 42”, explicou.

Apesar da evolução da ciência e tecnologia, a camisinha ainda se destaca como a melhor e mais importante forma de prevenção. Mas isso só ocorre com o uso correto e em todas as relações sexuais. “Não adianta a pessoa utilizar a caminha esporadicamente. A utilização deve ocorrer em toda ocasião”, orientou.

O preservativo pode ser adquirido de forma gratuita em qualquer posto e unidade de saúde do Estado. Por mês Pernambuco distribui um total de três milhões de preservativos masculinos e 40 mil femininos. Por ano, no Recife, são disponibilizados quase 5 milhões de camisinhas masculinas e 40 mil femininas.

Confira a relação das principais DSTs:

Sífilis - O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma infecção generalizada, pode levar o doente a morte. Nas mulheres doentes, o aborto e o parto prematuro são algumas das consequências.

Gonorréia - Está doença ocorre após o contato com a bactéria conhecida por Neisseria gonorrheae. Causa uma grave inflamação na uretra e, quando não tratada, pode espalhar-se pelo sistema genital, vias urinárias, reto e articulações. Se não tratada corretamente, a doença se desenvolve, podendo levar o doente a outros problemas como, meningite, problemas cardíacos e artrite.

Clamídia - A bactéria Chlamydia trachomatis é o agente causador da doença. Ela ataca os canais urinários e sistema genital, causando inflamação nestas áreas. Se não tratada, pode chegar a uma infecção crônica, gerando a infertilidade no homem. Em mulheres, as complicações também são graves: infertilidade, dores pélvicas, formação de abscessos, entre outras complicações.

Tricomona - Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne. Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a disseminação da infecção por HIV.

Candidíase - Esta doença é uma das causas mais comuns de infecção genital. Os sintomas são coceira, ardor e corrimento vaginal semelhante a nata do leite. É mais comum em mulheres, causando inchaço e vermelhidão no órgão sexual feminino. As lesões podem se espalhar pela virilha. Apesar do mais comum ser a transmissão via relação sexual, existem outros fatores que colaboram para isso: uso de anticoncepcionais, antibióticos, obesidade, diabetes melitus, gravidez e uso de roupas justas. O principal agente da doença é o fungo Candida albicans.

Herpes genital - Causada pelo vírus herpes simplex (tipo 1 ou tipo2). Surgem lesões dolorosas, de tamanho pequeno, na região genital (mucosa e pele). O período de incubação do vírus é de, aproximadamente, 25 dias. 

Fonte: Divisão DST/AIDS

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