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Os principais gestores da Educação Básica como, diretores das escolas estaduais, coordenadores e técnicos do Censo nos estados e municípios envolvidos na coleta dos dados nas estatísticas educacionais brasileiras estarão na reunião do Encontro Nacional do Censo Escolar 2016, nos dias 13 a 16 de dezembro, no Rio de Janeiro.

O objetivo do encontro além de debater sobre "Alfabetização, Formação de Professores e Ensino Médio: eixos prioritários para a educação brasileira e as medidas necessárias para impulsioná-los", será a apresentação da importância do Censo Escolar para as Avaliações Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Haverá também palestras abordando a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) e a Pesquisa de Controle de Qualidade do Censo Escolar. 

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A mediadora será a presidente do Inep, Maria Inês Fini, e de acordo com informações da imprensa, a reunião irá abordar a Atualização Cadastral e a Qualidade dos Dados Declarados Erros Frequentes na Coleta do Censo Escolar; Avaliação do Indicador: Taxa de Risco; O Censo Escolar e as Mídias Digitais: meios de informação e comunicação com os usuários e atualizações previstas para o Censo Escolar 2017. A educadora destaca o valor da pedagogia baseada em evidências, implementados no Brasil no século passado, desde a década de 30. "O Censo Escolar tem se aprimorado de maneira exemplar ao longo dos anos para oferecer aos educadores bases seguras para pensar a educação em nosso país", afirmou para a assessoria do Inep.

Estado mais rico do Brasil e com mais escolas particulares no top 100 das notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), São Paulo ocupa só a 5.ª posição em notas por rede privada entre os Estados - média de 564,1 pontos. A lista é liderada por Minas, com média 585,3 na prova objetiva do exame, seguido por Espírito Santo (571,1), Santa Catarina (567,1) e Rio Grande do Sul (565,7).

A maioria (5,5 mil) das unidades paulistas tem alunos vindos de famílias de nível socioeconômico considerado médio e alto e há um pequeno grupo de 36 escolas com estudantes de renda baixa. Estados do Nordeste, como Piauí e Ceará, que têm escolas no topo do ranking, aparecem ainda mais abaixo se consideradas as médias por Estado - o Piauí ocupa a 10.ª posição, com média de 552,7 pontos e o Ceará, a 15.ª, com 545,8. Desde 2011, a média das privadas piorou em 9 Estados - Rio, Santa Catarina, Bahia, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Alagoas, Paraná e Minas -, além de Brasília.

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Mesmo com as quedas, em todos os Estados a nota das particulares é superior à das públicas. A média geral das públicas na prova objetiva foi de 486,5, ante 556,54 nas privadas.

Até na desigualdade entre essas redes há variação nos Estados: as maiores distâncias nas notas entre públicas e privadas estão em Tocantins (90,9 pontos), Minas (89,6 pontos) e Piauí (88,5 pontos). Em São Paulo, a diferença é de 63,7 pontos. O Estado ainda concentra o maior número de escolas que fazem parte do ranking das privadas. Das 6,2 mil participantes, 1,8 mil estão no Estado (ou 29% do total). Se considerada a média geral das escolas privadas, São Paulo teria 872 unidades abaixo desse patamar.

Gestão

Para o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Comercial, Benjamin Ribeiro da Silva, os resultados do Enem mostram que há melhor gestão na rede privada. "Há, sim, um fator socioeconômico, mas não é o que pesa mais. Há uma diferença de gestão, que é melhor nas privadas, com mais compromisso com os alunos e estímulos. Temos escolas particulares com os mesmos professores das públicas, mas com a nota melhor", diz.

Já o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, diz que é "desperdício" pagar uma escola particular de baixo custo. "Só há uma diferenciação social. Em termos educacionais, a diferença é pequena, quase nula. Os pais pagam porque acreditam que o filho vai ficar mais seguro. Mas o desempenho é parecido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Símbolo das ocupações estudantis contra a reforma da rede estadual de São Paulo proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) no fim do ano passado, as escolas estaduais Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste da capital, e Diadema, na região metropolitana, tiveram desempenho acima da média das escolas públicas na prova objetiva do Enem.

A Fernão Dias, uma das últimas a serem desocupadas pelos alunos, teve nota 507,52 na avaliação. A média da rede estadual (incluindo as escolas técnicas) foi de 500,43.

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Dos 307 alunos na Fernão Dias no 3.º ano do ensino médio, 220 fizeram a prova, com taxa de participação de 71,6%. Mas a nota da unidade oscilou para baixo em relação ao ano anterior: na edição de 2014, o desempenho foi de 509,94 pontos, com 235 participantes.

Diadema

Na Escola Estadual Diadema, a primeira invadida pelos estudantes, o desempenho médio melhorou: a nota na prova objetiva passou de 499,30, em 2014, para 503,39 no ano passado.

Primeiro-tesoureiro da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Marcos Kauê de Queiroz liderava a entidade municipal durante os protestos contra a reorganização escolar, no ano passado. Para ele, as ações não prejudicaram os estudantes. "Eles poderiam nem ter onde estudar este ano porque o Estado queria fechar as escolas. Ou poderiam ter sido realocados para outra estrutura ainda pior", diz.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que "o Enem é uma avaliação do desempenho do aluno, que participa voluntariamente da prova, e não tem como objetivo avaliar os sistemas de ensino". Ressaltou ainda que a prova aconteceu antes da mobilização estudantil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diferença de desempenho no Enem entre as escolas ricas e pobres do País aumentou entre 2014 e o ano passado. O intervalo que separa os dois grupos passou de 58,6 pontos para 98,9 pontos entre as duas edições, se considerada a média das provas objetivas (Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Humanas).

A reportagem fez o recorte separando as escolas públicas e privadas em dois grupos: um deles é o de nível socioeconômico alto e muito alto. O outro é o de nível socioeconômico baixo e muito baixo. Desde 2014, o Ministério da Educação separa as escolas em sete níveis socioeconômicos distintos, levando em conta o perfil dos alunos que frequentam a unidade.

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Esse abismo entre ricos e pobres voltou ao patamar de 2013. Naquele ano, a diferença entre eles foi de 100,8 pontos.

Pesquisas já mostraram que a situação social do aluno é um dos fatores que mais pesam na nota. Jovens pobres, além de terem mães pouco escolarizadas, têm pouco acesso a bens culturais, o que reforça sua condição.

Análise do Instituto Alfa e Beto mostra que existe um ganho de nota entre cada um dos sete níveis socioeconômicos. A diferença entre os extremos é de 145 pontos. O maior ganho é na passagem do nível alto para o muito alto (50 pontos).

O cruzamento dos dados também mostra que matricular o filho em uma escola privada não é garantia de melhor resultado. A diferença entre escolas públicas e privadas entre grupos sociais iguais é pequena.

Nas escolas públicas ricas (níveis socioeconômicos alto e muito alto), a média de nota nas provas objetivas foi de 522,2 pontos. Já nos colégios privados do mesmo grupo, a nota foi apenas 2,1 pontos maior. A situação também se repete em outros níveis.

Desigualdades

Para a presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini, a diferença de desempenho entre escolas ricas e pobres reflete um problema estrutural do País. Além do nível socioeconômico, a baixa qualidade de colégios mais pobres explica a diferença. "São da periferia, muitos deles em condições de existência, de estrutura física, bastante vulnerável." Segundo ela, a reforma do ensino médio deve ajudar a resolver esse problema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As escolas estaduais de tempo integral de São Paulo tiveram nota só 1,9% maior do que os colégios regulares da rede no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015. A jornada ampliada é uma das principais apostas do governo federal para alavancar os índices de aprendizagem nessa etapa. Segundo especialistas, o avanço nas notas não é instantâneo, pelas defasagens trazidas das séries anteriores, e a educação integral exige adequações constantes de investimento e estrutura.

A reportagem tabulou os dados do Enem 2015 por escola para fazer esse levantamento. A comparação é feita entre 116 escolas de tempo integral e cerca de 1,1 mil colégios estaduais. A diferença da rede integral nas provas objetivas foi de 9,53 pontos. A jornada ampliada teve média de 501,39 pontos e as escolas estaduais tiveram nota 491,86.

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Para fazer o cálculo, foram excluídas escolas técnicas e de aplicação. Para a análise, é preciso considerar também que a rede estadual aparece sub-representada. De cerca de 3,6 mil escolas estaduais com ensino médio, aparece apenas cerca de um terço. Isso acontece, em geral, por causa do baixo interesse dos alunos pela prova. Escolas com menos de 50% de participação não entram no ranking. Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou em 2015, costumam ficar de fora escolas com piores indicadores.

A Escola Maria Ribeiro Guimarães Bueno, na zona sul, é de ensino integral, mas ficou entre as piores públicas da capital. O aluno Adriel Araújo, de 17 anos, afirma que a unidade é melhor que a média, mas ainda precisa adequar-se para atender alunos com grande defasagem, principalmente em Matemática. "A estrutura é boa, mas neste ano tivemos falta de material para laboratório, por exemplo."

Adequações

A Secretaria da Educação do Estado informou que a diferença de quase dez pontos é "relevante". Reforça ainda que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é mais adequado para avaliar a rede e mostra o sucesso das escolas de tempo integral. Sobre a escola citada, a pasta diz que há estrutura para aulas eletivas, quadro docente completo e verba para reparos.

O Ministério da Educação (MEC), que prometeu em setembro R$ 1,5 bilhão para a criação de mais escolas integrais em todo o País, disse que não foi dito que "apenas o ensino integral é suficiente para melhorar os índices". Segundo o MEC, a proposta de ampliar a jornada está ligada à flexibilização do currículo e à formação docente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto São José do Mocambinho, na periferia de Teresina, teve a maior média de Redação do País no Enem de 2015, com 920 pontos - superando o também piauiense Dom Barreto e o cearense Antares. Mais uma escola do Piauí, o Educandário Santa Maria Goretti, completa o ranking acima de 870 de média. O Estado ainda tem outros dois colégios no top 12 - que tem 8 nordestinos.

Segundo a diretora do São José, Rosimar de Carvalho Bezerra Melo, a escola tem uma tradição de 24 anos na área, carga horária diferenciada e aulas em contraturno, além de oficinas voltadas para Redação.

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"Nós temos uma meta desde a educação infantil até o ensino médio, quando é intensificada a carga horária. Há oficinas técnicas com teoria, prática e reescrita dos textos. Os professores acompanham o desenvolvimento das habilidades para argumentação e resolução de problemas nas oficinas. As de Redação são feitas três vezes por semana no contraturno das aulas, sempre com os alunos reescrevendo os textos", explicou a professora.

Resultado

O aluno Italo Coelho, por exemplo, foi aprovado em três vestibulares e optou pelo curso de Medicina na Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Ele gravou um vídeo para a escola, dizendo que o instituto era "a sua segunda casa". De acordo com Rosimar Coelho, a média de aprovação é de cem alunos por ano somente em universidades públicas. "Não somamos as faculdades particulares. A maioria não pode pagar a mensalidade delas."

Ela observa que a instituição funciona em uma região de baixo nível socioeconômico e tem uma mensalidade que fica em um terço do valor das outras escolas renomadas, como o Dom Barreto e o Santa Maria Goretti. "Temos uma missão e estamos mudando a realidade. Estamos formando cidadãos. Quem lê bem, escreve bem e interpreta bem. Essas são habilidades importantes para a vida." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC), que previa a implementação da reforma do ensino médio em 2018, já trabalha com a hipótese de que o novo currículo só passe a valer em 2019 nas escolas brasileiras. A aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essencial para concretizar as mudanças sugeridas, "é algo que demora", disse a secretária executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro. "A reformulação também vai exigir muito de cada Estado."

Em evento para divulgar os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015 por escola, autoridades do MEC não quiseram comentar a reformulação desta etapa - considerada o gargalo da educação básica no Brasil. Presente no início da coletiva, o ministro Mendonça Filho pediu licença logo após a primeira pergunta e se retirou, pois teria de viajar.

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A flexibilização do ensino médio, apesar de tomar como base propostas de especialistas e discussões feitas no Senado Federal desde 2013, é alvo de críticas por ter sido feita por meio de medida provisória. A possível exclusão de disciplinas como Artes e Educação Física também causou polêmica, e concentra grande parte das 567 emendas de parlamentares ao texto enviado ao Congresso.

Inconstitucional

O texto também já é alvo de duas ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal - a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) entrou com uma Adin na segunda-feira, 3. Já a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão enviou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, documento em que se posiciona pela inconstitucionalidade da medida provisória. O parecer destaca que o tema não era "urgente" e "excepcional" o suficiente para ser definido via medida provisória, cujo curto prazo de tramitação "prejudica o debate público".

O documento busca dar subsídios ao parecer que Janot apresentará ao Supremo, no âmbito da ação apresentada pelo PSOL. O principal argumento é o fato de a medida entrar, compulsoriamente, na pauta do Congresso, com prazo de 120 dias para ser votada - "tempo inibidor de um debate sério, que convoque os mais diversos atores para apresentar suas perspectivas, suas convicções e seus temores", assina a procuradora Deborah Duprat.

A Procuradoria destaca que a reformulação "é uma necessidade real", mas que não deve ser feita sem antes ser objeto de "muita reflexão e debate".

"Bons propósitos podem comprometer seriamente o restante do arcabouço legislativo relativo à Educação", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ele já foi um dos grandes vilões da sala de aula. Proibido na maioria das escolas, o celular era apontado pelos professores como um dos principais motivos de desatenção dos alunos. Colégios particulares de São Paulo, no entanto, defendem que ele pode ser um aliado no aprendizado.

Como as crianças ganham o primeiro celular cada vez mais cedo, há escolas que já usam o aparelho a partir do 6.º ano do ensino fundamental. Os colégios recomendam, porém, que haja um acordo com os alunos para que o item seja utilizado somente quando os professores autorizarem.

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No Colégio Bandeirantes, os celulares são usados pelos alunos do ensino médio em algumas aulas de um projeto interdisciplinar, o Steam (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, na sigla em inglês). Em uma delas, os estudantes utilizam o aparelho para buscar mais informações sobre obras de artes. As imagens de quadros são dispostas pela sala e, ao mirar o aparelho para elas, o aluno pode visualizar vídeos, áudios e outras informações sobre o artista e o período em que a obra foi feita.

Em outro projeto, eles investigam e precisam solucionar um crime fictício. Os jovens recebem pistas pelo celular e, durante a resolução, se deparam com conteúdos de biologia, física e química.

Segundo Tiago Eugenio, professor de biologia do colégio, para essas atividades é usado o conceito de realidade ampliada, que adiciona informações virtuais a elementos do mundo real. "Os jovens estão acostumados com a tecnologia, mas, mesmo assim, ficam impressionados quando encontram as informações dessa forma."

Pokémon

A professora de biologia Viviane Bozolan, do Colégio Mary Ward, decidiu usar o celular como aliado em uma situação inusitada. Um dia após o lançamento do jogo Pokémon Go, ela estava com dificuldade em dar aula porque os estudantes do ensino médio não largavam o aparelho. Aproveitou, então, o interesse pelo jogo para associá-lo à aula sobre protozoários.

"Comecei a explicar que protozoários, assim como os pokémons, também têm ciclo de vida, passam por transformações e têm poderes de ataque. Os alunos acharam divertido e passaram a prestar atenção." Segundo Viviane, o professor não pode se esquecer de impor limites. "Fiz um acordo para usarem em alguns momentos."

No Colégio Móbile, o celular é proibido para os alunos do ensino médio, mas seu uso pode ser liberado para fins pedagógicos. Na aula de Rodrigo Mendes, professor e coordenador de biologia do colégio, o aparelho é usado para aumentar a interação. "Quando faço uma pergunta para a classe, só posso ouvir o que dois ou três vão dizer, e são mais de 30 estudantes por sala", afirma. Por isso, começou a usar formulários online, para que todos pudessem responder ao mesmo tempo.

Os estudantes a partir do 6.º ano do fundamental são proibidos até mesmo de levar o celular para a escola, mas exceções podem ser abertas quando o aparelho é usado para atividades como a que os alunos fotografam plantas e insetos para discutir sobre eles na aula de ciências.

 

Estado

Também na rede estadual a liberação do uso de celular em aula está em discussão. O secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, pediu ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que libere o uso do aparelho para fins pedagógicos. A proposta está sob análise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, pediu ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que libere o uso de celular nas salas de aulas da rede estadual para fins pedagógicos. A proposta é que, com a liberação, cada professor pense em propostas de como utilizar a tecnologia no dia a dia, no contexto das disciplinas.

O Palácio dos Bandeirantes diz que a proposta está em estudo nas áreas técnicas da Casa Civil e da Secretaria da Educação. O uso de celular durante o horário das aulas é proibido em toda a rede estadual pela Lei 132/2007, do deputado Orlando Morando (PSDB). Alunos que forem flagrados usando o aparelho podem ter o equipamento apreendido e receber sanção disciplinar nas unidades.

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Existem leis semelhantes com veto ao uso do aparelho em outros Estados, como Acre, Amapá, Pernambuco, Paraná e Ceará. Os textos têm, em comum, preocupações com a falta de atenção dos alunos. Pesquisa da Tic Educação 2014, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a mais recente sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras, mostrou que, cada vez mais, o smartphone ganha adesão no dia a dia de professores e estudantes. Entre os docentes de escolas públicas, 64% acessaram a rede pelo celular, ante apenas 6% em 2010, primeiro ano da pesquisa. Entre os alunos, 79% utilizam a internet nos telefones móveis.

Mas a internet é pouco acessada para fins pedagógicos: só 41% dos entrevistados usaram a rede na escola. O principal local de acesso continua sendo a própria casa (77%). Para o estudo foram analisados 1.486 colégios, públicos e privados, do 5.º ano do ensino fundamental ao 2.º ano do ensino médio.

O levantamento também aponta que a atual geração que está na escola é a que mais usa internet no celular. Entre a população de 9 a 17 anos, 82% acessam a rede por smartphone. O número já supera o acesso em computadores de mesa (56%).

 

Protagonismo em sala

Para o especialista em mobile learning e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marcos Alexandre de Melo Barros, o uso de celular em sala de aula deve passar por uma formação do professor voltada para o protagonismo do aluno. "É importante preparar esse professor para ver o aparelho como aliado. O aluno pode pesquisar, coletar informação específica da aula. Como hoje acabam usando o aparelho para brincadeiras, sem contexto educacional, fica mais fácil proibir", diz.

Uma das sugestões do professor é o uso das câmeras dos smartphones. "Os vídeos são importantíssimos para o resgate de contextualização. Imagine que o aluno trabalhou um texto em sala de aula. No fim, o professor reúne a turma em grupos e cada um produz vídeos de dois ou três minutos a partir do que foi lido, do que foi vivenciado na aula. Qual é a diferença? A partir do momento em que o aluno discute como será o vídeo, ele se apropria muito mais do conteúdo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um encontro entre o ministro da Educação, Mendonça Filho, e o presidente em exercício Michel Temer, resultou na liberação de R$ 743 milhões para programas e ações voltados para a educação básica. Estados e municípios deverão ser beneficiados, conforme anúncio feito nessa quarta-feira (29), em Brasília.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), do valor total liberado, R$ 268 milhões serão direcionados às redes estaduais e municipais para a realização do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Serão repassados R$ 174,4 milhões, por meio de transferência direta, para obras em 1.214 municípios de 26 unidades da Federação. Haverá recursos também para a aquisição de veículos, mobiliário e equipamentos escolares e para creches e ao programa Caminho da Escola em 83 municípios e no Distrito Federal”, consta no site oficial do Ministério. 

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A liberação também beneficiou escolas públicas, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Os recursos servirão para despesas com custeio, manutenção e pequenos investimentos. Essas unidades escolares deverão receber R$ 338 milhões, chegando a atender 27,6 milhões de estudantes e mais de 90 mil escolas.  

Após uma série de críticas, o Ministério da Educação (MEC) decidiu ampliar a parte de história mundial, sem deixar de incluir - ainda que em menor parcela - as partes africana e indígena na primeira revisão da Base Nacional Comum (na prática, o novo currículo das escolas). Outras áreas do conhecimento também sofrerão alterações.

A Base vai estabelecer os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes devem aprender na educação básica. História foi uma das áreas mais criticadas, por ignorar alguns pontos de conhecimento geral, para inovar em história indígena e africana. Em construção desde o ano passado, o documento deve ser encaminhado até o meio do ano para o Conselho Nacional de Educação (CNE). Desde que abriu consulta popular pela internet, o governo recebeu mais de 10 milhões de contribuições no basenacionalcomum.mec.gov.br.

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Essas colaborações foram consideradas pelo MEC ao divulgar ontem diretrizes da revisão da primeira versão. Também foram considerados relatórios de um grupo de professores e pesquisadores convidados para atuar como revisores técnicos. Alguns desses pareceres foram divulgados.

Os encaminhamentos gerais de revisão são divididos por áreas. As indicações partem de uma lista resumida de demandas "principais" surgidas no processo de consulta. "Para os componentes de história e geografia, o processo de revisão tem se dado no sentido de mostrar as formas de integração entre o Brasil e processos históricos globais", afirma, por exemplo, parte do texto do bloco de ciências humanas. Além disso, a revisão também deve ter uma melhor adequação de temporalidade no currículo, ponto criticado anteriormente.

Polêmica

Quando a primeira versão da Base veio a público, o então ministro Renato Janine Ribeiro impediu a divulgação da parte de história. Confirmando que haveria mudanças no texto, o atual chefe da pasta, Aloizio Mercadante, também disse que o texto apresentava falhas. O mesmo ocorria com o bloco de língua portuguesa - conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em outubro de 2015.

Em linguagens, a crítica maior era pela ausência de gramática. O documento de revisão fala, entre outros pontos, que serão introduzidos tópicos de análise linguística em todas as etapas de escolarização.

Na educação infantil, a revisão deve diferenciar melhor o trabalho realizado com bebês e com crianças entre 4 e 5 anos. Também se propõe a explicitar como essa etapa se articula ao ensino fundamental, sobretudo à leitura e escrita. A primeira versão continha 1,7 mil objetivos de aprendizagem. A consulta popular reuniu 120 mil contribuições de reformulação e outros 20 mil sugestões de novos objetivos. Um grupo coordenado pela Universidade de Brasília (UnB) trabalha ainda na organização das colaborações, que se estenderá até abril.

Com relação à estrutura geral da Base, o MEC definiu que precisa de "maior clareza" quanto aos princípios do documento, além de precisar esclarecer qual é sua natureza. Uma melhor articulação entre as etapas de escolarização e a importância de evidenciar progressão dos conhecimentos a cada ano e etapa também aparecem para a revisão.

Para Priscila Cruz, do Movimento Todos Pela Educação, o principal desafio será no conteúdo do ensino médio. "Ao mesmo tempo, estamos discutindo no Congresso a reformulação do ensino médio e os dois documentos são incompatíveis", diz. Conforme o MEC, a segunda versão seguirá para debates nas Secretarias de Estado. Só a partir disso haverá uma terceira e uma última versão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na próxima terça-feira (15) estarão abertas as inscrições para o aguardado concurso público para professores da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco. Serão três mil oportunidades, distribuídas entre o Ensino Básico, a Educação Especial e a Educação Profissional. A remuneração inicial é de R$ 1.917,78, com carga horária de 200 horas semanais. 

Segundo o secretário de Educação, Fred Amâncio, as vagas ofertadas fazem parte de um processo de substituição dos professores efetivo (contratados), que representam 23 mil no Estado, e temporários – que são um total de 16 mil. Os interessados em participar da seleção pública devem se inscrever no site da Fundação Getúlio Vargas até o dia 11 de janeiro de 2016.

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O peso maior da distribuição das vagas é para a Educação Básica. Serão 2.458 selecionados. Os professores serão escolhidos para atuação nas áreas de matemática (778), física (477), química (378), biologia (317), língua portuguesa (428) e educação física (80). A prova para a seleção é objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, e será realizada no dia 28 de fevereiro e 2016. Os candidatos de língua portuguesa farão, também, dissertação. A taxa de inscrição é de R$ 68.

Para a Educação Especial, serão oferecidas 342 vagas. Os cargos são de professor intérprete de língua brasileira de sinais e professor braillista, sendo 79 vagas para nível superior e 175 para nível médio. Também para nível médio, são oferecidas mais 88 vagas para professor instrutor de língua brasileira de sinais. A taxa de inscrição para estas funções são de R$ 68 e R$ 50, a depender do nível. Será realizada prova objetiva, avaliação de títulos e prova prática para selecção dos candidatos.

A Educação Profissional, cujo certame será realizado pela primeira vez em Pernambuco, reserva 200 vagas para novos profissionais, distribuídas nos eixos de Ambiente e Saúde (25), Segurança do Trabalho (7), Controle e Processos Industriais (12), Gestão e Negócios (69), Informação e Comunicação (73), Infraestrutura (5), Produção Cultural e Design (7) e Hospitalidade e Lazer (2). Dentro dos eixos são contemplados 20 cursos. O valor da inscrição é de R$ 68. A seleção será feita por meio de prova objetiva e avliação de títulos.

Os três editais para o concurso público destinado à contratação de três mil professores estaduais estarão disponível para a consulta no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (11). O último concurso para docentes foi realizado em 2009.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foi autorizado a transferir recurso financeiro para a manutenção de novas matrículas em novas turmas de educação infantil de 59 municípios brasileiros. As vagas são destinadas à creches e pré-escola. 

O repasse será feito para cidades nos estados do Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiânia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Ao todo serão abertas mais de 2000 novas matrículas. O repasse contabiliza mais de R$ 1.500 milhão. Mais informações podem ser vistas na portaria emitida pela Secretaria de Educação Básica. 

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Já está disponível a chamada pública denominada Inovação e Criatividade na Educação Básica. A iniciativa do Ministério da Educação (MEC) visa reconhecer a extensão, distribuição geográfica e perfil da criatividade na educação básica do Brasil.

A chamada pública também pretende fortalecer propostas pedagógicas inovadoras, estimulando o envolvimento de escolas, organizações e instituições. De acordo com o MEC, podem participar escolas públicas de educação básica, além de estabelecimentos privados.

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“Estamos em busca de organizações que procuram o desenvolvimento integral do estudante, não só o acadêmico e intelectual, mas também o desenvolvimento ético, afetivo, social e cultural”, comenta a assessoria especial do MEC, Helena Singer, conforme informações do site oficial do MEC.

Segundo o MEC, o prazo para a realização da chamada vai até o dia 23 de outubro, através da internet. Pelo mesmo endereço virtual é possível se obter mais informações.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25) medidas de auxílio na carreira dos profissionais da educação básica no Brasil. Foram criados um fórum, com o objetivo de acompanhar o reajuste dos salários da categoria, e um projeto de consultas e sugestões para decreto que instituirá a Política Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica. 

O Fórum Permanente tem o objetivo de acompanhar a evolução salarial dos profissionais da educação básica e obter mecanismos para informações sobre o cumprimento do piso. Ele será composto por doze membros, sendo três representantes do MEC, três representantes dos secretários estaduais de educação, três representantes municipais de educação e três representantes dos profissionais da educação básica da rede pública. Mais informações podem ser obtidas pela Portaria.

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O plano de consultas e sugestões para o decreto da Política Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica pode ser conferido pela página virtual do MEC. Após leitura sobre o projeto, os interessados têm até o dia 25 de julho para apresentar as sugestões relativas ao texto proposto, por meio da internet. Na Portaria, podem ser obtidas outras informações.

União, estados e municípios pretendem melhorar a qualidade dos gastos orçamentários na educação básica. Em ano de contingenciamento (retenção de gastos), as três esferas de governo planejam estreitar a cooperação, para que o dinheiro seja melhor empregado. A questão foi debatida no lançamento da Iniciativa Educadores do Brasil, que integra, nos próximos anos, os Prêmios Gestão Escolar e Professores do Brasil.  

"É importante que a gente consiga trabalhar junto, seja na hora da definição dos valores do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], seja no prêmio, seja na expectativa do corte, para que [o contingenciamento] não atinja mais ou menos um ou outro ente da federação. As nossas divergências vão acontecer, mas é preciso saber superar [o desafio]", diz a  presidenta da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.

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O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, explicou que os esforços visam a um maior diálogo com os entes: "A União não dá ordens. Democracia é isso, não [há] instância mandando em outra, [há] instâncias juntas, conversando entre si, construindo diálogos".

Desde a posse, Janine defende a educação básica como chave para um salto na educação do país. A educação básica deve ser preservada no contingenciamento do orçamento. Para o ministro, ao mesmo tempo em que o país definiu por lei, no Plano Nacional de Educação (PNE), elevar os investimentos em educação para 10% do Produto Interno Bruto em dez anos - atualmente o investimento é de 6,6% -, é necessário melhorar a gestão.

"Não basta ter dinheiro. O dinheiro precisa ser bem aplicado. Pode-se aumentar muito o dinheiro e aplicá-lo mal. O que precisa [haver] é uma discussão para aplicar esse dinheiro bem", disse. A educação está entre as pastas com os maiores contingenciamentos, serão cortados R$ 9,423 bilhões.

No âmbito estadual, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps, explica que o Ministério da Educação está fazendo um levantamento, com a ajuda dirigentes estaduais, dos recursos disponíveis e daqueles que ainda deverão ser transferidos, para verificar, entre outras questões, se há a possibilidade de deslocamento de verbas para ações mais emergenciais. O objetivo é dar mais agilidade na transferência de recursos do Orçamento da União.

No que se refere ao aumento de repasses aos estados e municípios pelo Custo Aluno Qualidade (CAQ), o ministro ressalta que estamos em um ano "de dificuldades financeiras, então, nesse momento, dinheiro novo é muito difícil de ser planejado, isso tem que ser pensado para depois". O CAQ está no Plano Nacional de Educação (PNE) sancionado pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado. Pela lei, o CAQ deve ser implantado até meados do ano que vem. O CAQ será o parâmetro para o financiamento da educação básica e será calculado com base no mínimo necessário para garantir infraestrutura, pagamento de pessoal e qualidade na educação.

Para MEC e entidades, a Iniciativa Educadores do Brasil é um exemplo de integração dos entes, pois une o Prêmio Gestão Escolar, concebido pelo Consed em 1998 e o Professores do Brasil, criado pelo MEC em 2005. As duas premiações objetivam dar visibilidade a experiências pedagógicas inovadoras, passíveis de adoção em escolas de todo o país. Nos próximos anos, haverá divulgação e abertura de inscrições integradas. As inscrições estão previstas para começar na segunda quinzena de junho.

Apesar do ensino fundamental e do médio representarem grandes gargalos educacionais para o País, com baixos indicadores de qualidade e também de acesso, a proporção do orçamento da área reservada para a educação básica diminui ao longo dos anos do governo Dilma Rousseff (PT). Gastos com educação profissional e ensino superior avançaram no período, segundo análise do orçamento por função.

No primeiro ano do governo, em 2011, as Transferências para Educação Básica (gastos com convênios com Estados e Prefeituras, por exemplo) representavam 23% do orçamento autorizado da educação. No ano passado, o porcentual passou a 15%. Os dados são da plataforma Mosaico, organizada pela FGV-DAPP.

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Se levar em consideração apenas o gasto pago, essa despesa representou 14% do total executado. As transferências significaram R$ 11,2 bilhões no ano de 2014, montante 19% menor do que o transferido em 2011 (em valores atualizados pela inflação). A chamada subfunção Educação Básica também teve participação menor no orçamento. Os gastos com esse tópico representavam 8,33% do total pago da educação de 2012, primeiro ano em que essa classificação foi usada. Em 2014, caiu para 7%, com gastos de R$ 5,4 bilhões - o mesmo volume de 2012, quando feita a correção pela inflação.

Segundo o coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara, as informações são preocupantes. "Existe uma contradição entre o discurso do governo e o nível de execução do orçamento. Mas na educação básica está a maior. Significa que os programas do governo não estão dando conta de suprir as necessidades, os convênios não estão saindo", diz.

O Plano Nacional de Educação (PNE), já aprovado, impõe entre as metas a maior colaboração da União nos gastos. Hoje, Estados e municípios arcam com os maiores gastos da educação básica.

O MEC defende que os recursos para a educação básica estão aumentando. A partir de outro recorte do orçamento, que inclui merenda escolar, por exemplo, indica que os gastos passaram de R$ 22 bilhões em 2011 para R$ 30 bilhões em 2014. Mas também nesse recorte a comparação com o geral reflete queda proporcional: passou de 33%, em 2011, para 31%, em 2014, sobre o total.

Superior

Enquanto a participação da educação básica diminui, duas bandeiras do governo Dilma ganham espaço: o financiamento estudantil (Fies) e o ensino profissional, cuja maior estrela é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A participação dos gastos com Ensino Profissional sobre o total pago passou de 8% em 2011 para 13% em 2014, chegando a R$ 10 bilhões. Já os serviços financeiros de empréstimos passaram de 5,69% para 14,89%, com R$ 12 bilhões pagos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação divulgou o resultado final do Censo Escolar 2014, que detalha o número de matrículas na educação básica das redes pública municipal e estadual de ensino. Os dados foram publicados na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (9).

As matrículas referem-se à creche, pré-escola, aos ensinos fundamental e médio, à educação de jovens e adultos (EJA) e educação especial. Os resultados, que são apresentados por unidade da federação com detalhamento por município, também abrangem as áreas urbanas e rurais, além da educação em tempo parcial e integral.

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Para visualizar as informações de Pernambuco, clique AQUI. No Recife, foram registradas 4715 matrículas em creches e 9818 na pré-escola. No ensino fundamental, o total de matrículas foi de 83887. Já no ensino médio, o número chegou a 50.218. Os dados da EJA contabilizam 23.621 estudantes. No Estado, 49562 alunos são atendidos em tempo integral. Na educação especial, a capital pernambucana atende 4936 estudantes.

Esses dados são importantes porque determinam como será feito o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a execução de programas na área da educação.

O incentivo à produção científica nas universidades federais é o caminho para expansão do conhecimento para o mercado, sem deixar de lado a educação de base. Esta foi a posição adotada pelos ministros da Educação, Henrique Paim, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, no seminário "Qual Universidade Servirá ao Brasil?", nesta quarta-feira (17), em Brasília. O objetivo do evento foi debater o futuro da educação superior no país, em especial nas universidades federais.

"Não podemos pensar em uma educação superior do futuro que esteja de costas para a educação básica", destacou o ministro Paim. O raciocínio foi compartilhado por Campolina: "é preciso reconhecer e valorizar a escola básica e o professor, social e politicamente.”

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Campolina disse que a inclusão de grande parcela da população estudando nas universidades federais, em todos os estados, ocorre “em grande parte por meio do ingresso pelo Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”. O ministro acrescentou que é necessário “criar políticas mais efetivas de assistência para o estudante, no sentido de garantir, por exemplo, a mobilidade para os locais onde foram selecionados e também moradia para eles".

Paim avalia que a educação tem melhorado nos últimos anos, mas ressalta que são necessários mais investimentos. "Há muito o que ser feito, mas já não estamos lá atrás. Se olharmos a educação por um prisma de continuidade, será possível verificar que muito já foi feito. Nós mudamos o imaginário da população sobre o ensino público ao proporcionar o ingresso de mais pessoas, de condições sociais mais diversas nas universidades", considerou.

O reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, por sua vez, apontou a necessidade de mais autonomia para as instituições federais públicas de ensino superior, no que diz respeito aos aspectos financeiros e administrativos. "Cada universidade contém especificidades que precisam ser resolvidas dentro do seu universo próprio", ponderou.

Já a reitora da Universidade Federal de Santa Catarina, Roselane Neckel, ressaltou a importância de as universidades terem empresas como parceiras. Ela destacou, entretanto, que não é possível esquecer os investimentos do governo para o desenvolvimento científico nas instituições. "As empresas têm uma visão mais mercadológica de ciência e podem investir mais. Mesmo assim, é importanto é ajuda do governo, que poderá investir e incentivar projetos de base de inovação."

Termina nesta sexta-feira (15) o prazo para o preenchimento dos dados do Censo Escolar 2014, que deve ser feito por meio do sistema Educacenso. Desde 28 de maio, os diretores de escolas enviam informações sobre estabelecimentos, turmas, alunos e professores de todas as etapas e modalidades da educação básica.

Após o período de preenchimento, os dados preliminares serão publicados no Diário Oficial da União (DOU). O sistema será reaberto para que, caso necessário, sejam feitas retificações no prazo de 30 dias. Nesse período, somente as escolas que preencheram o Censo Escolar poderão fazer alterações no Educacenso.

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O Censo Escolar é um levantamento de âmbito nacional, feito anualmente, com a colaboração das secretarias estaduais e municipais de Educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do País. A coordenação do Censo cabe ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os dados coletados são usados em programas e políticas voltadas à etapa de ensino.

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