Tópicos | Educação básica

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (5) trouxe uma nova lei de número 12.796, que modifica a que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. De acordo com o documento, agora é “dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula de crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade”. Os alunos inseridos, nessa faixa etária, devem ser matriculados na pré-escola, e, até o ano de 2016, estados e cidades precisam garantir a oferta escolar a todas as crianças dessa idade.

Com a publicação, a Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, foi atualizada. Na versão anterior, somente aos seis anos de idade as crianças eram obrigadas a ingressar na escola, todavia, no ano de 2009, uma emenda constitucional obrigou o poder público a oferecer educação básica e sem custos a alunos de 4 a 17 anos.

##RECOMENDA##

O DOU também mostra que a educação básica é organizada em pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Ainda de acordo com o documento, os estudantes de 4 a 5 anos deverão ter avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Além disso, a carga horária mínima por ano das aulas é de 800 horas, distribuídas por, no mínimo, 200 dias de trabalho educacional. Por turno parcial, o atendimento a criança deve ser de, no mínimo, quatro horas diárias. Já para a jornada integral, o tempo deve ser de sete horas.

O Diário também informa que as instituições de educação devem atentar sobre a frequência das crianças. Essa deve ser de, no mínimo, 60% do total de horas. Outros detalhes informativos podem ser obtidos no DOU.







A presidente Dilma Rousseff alterou vários trechos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, o novo texto diz que o Estado é obrigado a garantir à população educação escolar pública e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade. A nova lei ainda torna "dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade". Pela norma anterior, a matrícula na pré-escola era obrigatória apenas a partir dos 6 anos de idade. Os governos estaduais e municipais têm até 2016 para garantir vagas a todas as crianças com idade a partir de 4 anos.

Entre as obrigações do Estado, a lei ainda prevê a oferta de educação infantil gratuita às crianças de até 5 anos de idade; atendimento educacional especializado gratuito aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; e atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

##RECOMENDA##

O novo texto também estabelece que as crianças de 4 e 5 anos terão "avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental". Além disso, a carga horária mínima anual da educação infantil será de 800 horas, distribuída por um mínimo de 200 dias de trabalho educacional.

O atendimento à criança deve ser de, no mínimo, 4 horas diárias para o turno parcial e de 7 horas para a jornada integral. Na pré-escola, as instituições de ensino têm de controlar a frequência das crianças, que deve, no mínimo, de 60% do total de horas.

Outra novidade na lei foi a inclusão de mais um princípio a ser observado no processo de ensino das escolas. Trata-se da "consideração com a diversidade étnico-racial". Princípios como igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, pluralismo de ideias, valorização do profissional da educação escolar e garantia de padrão de qualidade já estavam contemplados no texto anterior.

Na próxima quarta-feira (13), a Comissão Especial da Lei de Responsabilidade Educacional promoverá uma audiência pública, em Brasília. O objetivo da ação é discutir a responsabilidade dos gestores públicos na qualidade da educação básica.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, foram convidados para o evento a autora do PL 7420/06, ex-deputada Professora Raquel Teixeira, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, e a coordenadora-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Madalena Guasco Peixoto.

##RECOMENDA##

Além do PL 7420/06, a comissão analisa mais 15 projetos que estão apensados junto ao texto principal. A divisão deles é feita nos temas responsabilização dos gestores públicos na aplicação das verbas para o setor; responsabilização pelo desempenho dos alunos; e regulamentação do regime de colaboração entre os entes federados.

Com informações da Agência Câmara de Notícias







Tramita na Câmara projeto que determina a identificação dos alunos com altas habilidades ou superdotação na educação básica e superior. De acordo com a proposta PL 4700/12, do Senado, o poder público deverá instituir cadastro nacional desses alunos com o objetivo de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das suas potencialidades.

Segundo o autor, o senador e ministro da Pesca, Marcelo Crivella, o Brasil necessita de uma política de estímulo às pessoas que possuem alto índice de Quociente de inteligência (QI), visto que  o País desperdiça muitos talentos que poderiam contribuir para o seu desenvolvimento. “Um dos maiores gargalos nessa área diz respeito às dificuldades do sistema educacional para identificar os alunos superdotados ou talentosos, proporcionando-lhes serviços pedagógicos suplementares e especializados que os motivem a permanecer na escola e a desenvolver plenamente suas habilidades de destaque”, afirmou.

##RECOMENDA##

O projeto tramita em caráter conclusivo e será examinado pelas comissões de Educação e Cultura, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.





Índios representantes das etnias pataxó e tupinambá, da Região Sul da Bahia, foram ao Ministério da Educação (MEC), em Brasília, expor a situação da educação superior e básica em suas localidades. Eles também pediram ações e posicionamento do ministério, uma vez que a maioria das reclamações gira em torno da entrada dos indígenas nas universidades, da burocracia que existe para que isso ocorra, bem como pediram mais recursos financeiros em prol de políticas de assistência estudantil nas universidades.

A reivindicação dos índios ocorreu nessa quinta-feira (29), através de uma audiência que teve a participação do secretário da Educação Superior, Amaro Lins, e do assessor especial Márcio Meira, ambos integrantes do MEC.

A estudante de enfermagem pataxó Sirlene Lopes, conforme informações do site oficial do MEC, falou sobre a dificuldade que passou a ter depois que ingressou na universidade, frisando que é necessário mais investimentos financeiros para que os índios consigam se manter estudando. De acordo com o MEC, para o ano que vem, serão destinados mais de R$ 600 bilhões ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). “Com a Lei de Cotas vamos ampliar ainda mais os investimentos neste programa”, completou o secretário Amaro Lins, de acordo com informações do MEC.

Segundo o assessor Márcio Meira, a quantidade de indígenas que ingressou na educação superior aumentou. “A perspectiva é de aumento com a Lei de Cotas e boa parte dos estudantes indígenas que serão beneficiados vivem em aldeias”, completou Meira, de acordo com o MEC. Situação das escolas localizadas em aldeias, professores, transporte escolar, livros didáticos, entre outros temas ligados à educação básica, foram alguns dos assuntos que também foram discutidos na audiência.

O Ministério da Educação (MEC) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (21) as diretrizes que vão reger a educação escolar básica quilombola, respeitando as especificidades socioculturais desses grupos. As orientações valem para as instituições de ensino básico instaladas nos territórios quilombolas e para as de ensino a distância.

A grade curricular dessas escolas deverá abordar festejos, tradições e demais elementos culturais das comunidades quilombolas, levando em conta até mesmo hábitos alimentares, na hora de planejar a merenda. As diretrizes preveem a participação de lideranças dos quilombos na reorganização dos ajustes previstos.

##RECOMENDA##

Em busca de um cardápio saudável, a Agência Câmara de Notícias divulgou nessa quinta-feira (6) que a Comissão de Educação e Cultura aprovou, na quarta-feira (5), a inclusão de frutas e sucos regionais no cardápio dos estudantes matriculados na rede pública de educação básica.

De acordo com a agência, a proposta foi aprovada na forma do substitutivo do deputado Jorginho Mello (PSDB-SC) aos Projetos de Lei 5837/09, do ex-deputado Pompeo de Mattos, e 7524/10, do deputado Afonso Hamm (PP-RS).

##RECOMENDA##

Mello usa como argumento que a iniciativa ajudará no combate a obesidade infantil. “Garantir que as crianças brasileiras se alimentem bem diariamente, na escola, é um dever de tantos quantos possam contribuir para que a obesidade não atinja o patamar de epidemia nacional e a saúde seja preservada e estimulada, sobretudo nesta fase da vida em que ela é tão necessária: a fase do crescimento infantil”, diz o deputado, segundo informações da agência.

A proposta está em caráter de conclusão. Ela ainda receberá análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Brasília – Após reunião com os secretários estaduais de Educação, o ministro Aloizio Mercadante anunciou que será firmado um “pacto nacional” com os governos estaduais para melhorar a qualidade do ensino médio. A iniciativa surge uma semana depois da divulgação dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que, no ensino médio, indicaram resultados insuficientes. O ensino médio é considerado o “gargalo” da educação básica, por registrar altos índices de abandono e reprovação, além de problemas na aprendizagem.

De acordo com Mercadante, será formado um grupo de trabalho entre os secretários de Educação e dirigentes do MEC para discutir soluções para essa etapa do ensino. Um dos focos deverá ser a reforma do currículo do ensino médio. A crítica é que hoje o conhecimento é apresentado de forma muito fragmentada aos estudantes – em média são 13 disciplinas obrigatórias. O debate não é novo. No ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que já indicavam uma flexibilização desse formato. De acordo com o ministro, o documento servirá de base para o novo modelo.

##RECOMENDA##

Mercadante ressaltou que a reforma não significa que a divisão entre as disciplinas será abolida, mas que a aprendizagem dos conteúdos será integrada em quatro grandes áreas: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. “Algumas redes de ensino já estão trabalhando por área de concentração. Isso não quer dizer menos disciplinas ou menos professores, mas que elas estão integradas em um processo de aprendizagem único”, disse.

Uma das funções do grupo de trabalho será levantar as boas experiências já desenvolvidas nos estados para que elas possam ser utilizadas por outras redes de ensino. Para a presidenta do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Nilene Badeca, é fundamental que os estados participem desse redesenho curricular porque são eles que executam as políticas na ponta.

“A ideia não é ter um modelo único. A gente vai buscar aquilo que é mais adequado para cada realidade. Nós vamos trocar experiências para ver o que é melhor para os estados. Vamos propor e ver o que podemos fazer junto com o MEC”, disse.

Além da reforma curricular, o MEC discutiu com os secretários outras ações para melhorar o ensino médio, como o aumento da jornada escolar e do número de professores com dedicação exclusiva a uma única escola. Segundo o ministro, outra ideia é criar um programa de intercâmbio entre diretores de escolas para que eles conheçam “as melhores experiências de ensino médio no Brasil a fim de trazer para sua rede”.

Também será discutida a possibilidade de ampliação do Programa Ensino Médio Inovador, que atualmente atende a 2 mil escolas. Por meio dele, o MEC apoia unidades de ensino que queiram desenvolver novos formatos de organização de ensino médio, inclusive com o aumento do número de horas que o aluno passa na escola.

Discutir a exigência da prestação de serviços de psicologia e serviço social nas escolas das redes públicas de educação básica. Essa é a ideia da audiência pública que a Comissão de Educação e Cultura realizará. O evento ainda não possui data marcada.

Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, a audiência visa a esclarecer aos parlamentares as necessidades e vantagens de se contar com uma equipe multidisciplinar nas escolas públicas de educação básica.

O projeto quer possibilitar que as equipes tenham a possibilidade de atuar tecnicamente na mediação das relações sociais e institucionais, no momento em que desenvolvam ações voltadas para a melhor qualidade do processo de ensino aprendizado, com a comunidade escolar participando.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 191/12, do suplente de deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA), que torna o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) instrumento permanente de financiamento da educação básica pública, está sendo analisado pela Câmara. O prazo de vigência do Fundeb é de 14 anos, até o ano de 2020.

O deputado argumenta, segundo a Agência Câmara de Notícias, que o fim do Fundeb causaria desorganização no financiamento da educação básica pública. “O Fundeb representa a aplicação plena do princípio da solidariedade, essencial ao federalismo cooperativo, modelo de organização do Estado adotado pelo Brasil”, diz Escórcio, de acordo com a agência.

A proposta ainda receberá análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se ocorrer aprovação, o projeto também será analisado por uma comissão especial, e, em seguida, será encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos.

Com informações da Agência Câmara de Notícias  

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Programa Nacional do Livro Didático, distribuirá, em 2013, 52 milhões de livros para estudantes dos três primeiros anos do ensino fundamental.

O programa, que tem como principal objetivo subsidiar o trabalho pedagógico dos professores, por meio da distribuição de coleções de livros didáticos, tem o orçamento de R$ 1,48 bilhão para 2012. De acordo com o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, além das compras de novos livros, também serão feitas a reposição e a complementação dos livros distribuídos para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, além de livros para bibliotecas.

##RECOMENDA##

Segundo Mercadante, os livros são selecionados a partir de um edital, que define os critérios, prazos e procedimentos para os detentores dos direitos autorais encaminharem as obras para o Ministério da Educação. Após essa fase, as coleções passam por uma triagem das especificações técnicas e depois são entregues para avaliação pedagógica, sem informações de identificação (autor, editora, etc), que será feita pelas universidades federais do país.

Depois da seleção das obras, o MEC publica o Guia de Livros Didáticos, com resenhas das coleções aprovadas. O guia é encaminhado às escolas, que escolhem, entre os títulos disponíveis, aqueles que melhor atendem ao seu projeto pedagógico. A partir do próximo ano, os professores terão acesso a todas as obras em formato digital.

Programa Mais Educação

Durante a audiência, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante também apresentou dados sobre outros programas do governo federal, como o atendimento da educação infantil, com a construção de 5.562 creches e pré-escolas. Essas contam com a educação de ensino integral, que já teve a adesão de 32.284 instituições ao programa Mais Educação, superando a meta prevista para 2014. 

Três estudantes do ensino médio de cada unidade da Federação vão se reunir em Brasília, de 1º a 3 de agosto, para escolher, por votação, os 27 jovens que representarão o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) nos próximos dois anos. Esse foi o principal assunto do encontro do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com os atuais integrantes do parlamento, nessa segunda-feira (9). As informações são do site do Ministério da Educação (MEC).

“Precisamos do apoio institucional do MEC para que o Parlamento Juvenil do Mercosul possa ser mantido para as próximas gerações”, explicou o estudante Cassiano Santana, 17 anos, que representa o estado de Sergipe. “Esse projeto visa à formação política e cidadã do jovem. É um projeto que transforma a vida dos participantes, que vão sair daqui politizados”, comentou Adão Randerson Barros Lima, 19 anos, estudante do Maranhão. A criação de creches, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a greve na rede federal foram outros temas discutidos com o ministro. 

##RECOMENDA##

O projeto do Parlamento Juvenil do Mercosul, criado em 2010 pelo setor educacional do Mercosul, tem o apoio do MEC e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além do Brasil, estudantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia participam do Parlamento Juvenil do Mercosul. 

Na sala de aula, o assunto surge durante conversa informal com os alunos. Por meio de fotos e figuras, a professora Cristiane Rocha mostra às crianças o que é possível fazer com o lixo. Como trabalha com educação infantil, ela usa a construção de brinquedos como elemento de motivação. “Peço aos alunos que tragam tudo o que eles acham que pode ser reutilizado e monto oficinas na sala de aula”, explica. “A cada dia, confeccionamos um brinquedo diferente”

A professora adota a mesma estratégia para a confecção de presentes para datas comemorativas, como os dias das mães e dos pais. A atividade tem início com um bilhete aos pais para informar o objetivo do trabalho e pedir a doação do material de sucata necessário para a montagem de brinquedos e outros objetos. O que sobra é doado a catadores de material reciclado.

##RECOMENDA##

O reaproveitamento de materiais sempre foi tema de interesse para a professora. Há dez anos no magistério, ela leciona na Escola Municipal Deputado Pedro Fernandes, no Rio de Janeiro, e na Escola Municipal de Educação Infantil Ambaí, no município fluminense de Nova Iguaçu.

O trabalho com reciclagem na escola sempre começa com a turma da professora Cristiane, mas aos poucos vai envolvendo os demais colegas. Durante as atividades, os alunos dão sugestões. “No início, tanto as crianças quantos os pais ficaram desconfiados com o pedido, mas acabam surpresos com o produto final”, garante Cristiane. 

Blog

Na escola Ambaí, a professora já promoveu exposições dos produtos e oficinas para os pais. Ela mantém um blog, desde 2008, no qual reúne atividades que criou ou que aproveitou após pesquisas em livros, revistas ou internet.

Criado inicialmente apenas como trabalho de faculdade, o espaço, Educação Infantil Criativa, acabou ganhado importância maior. “Hoje, o objetivo principal é mostrar um pouco da minha prática pedagógica e trocar ideias com outros professores”, diz Cristiane. 

O Ministério da Educação instituiu o Programa Escolas Interculturais de Fronteira, com o objetivo de promover a integração regional por meio da educação intercultural e bilíngue nas áreas fronteiriças. É o que determina a portaria nº 798, de 19 de junho, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (20). 

O programa alcançará instituições de 33 cidades em áreas de fronteira nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC, Jaqueline Moll, as trocas culturais e linguísticas são intensas nessas regiões. “O programa busca qualificar, adensar e induzir uma ação de cooperação entres as escolas públicas brasileiras e as que estão nos outros países”, explicou.

##RECOMENDA##

De acordo com a portaria, as escolas interculturais de fronteira devem fomentar os princípios da interculturalidade, que reconhece as fronteiras como local de diversidade cultural e promoção da cultura da paz, o conhecimento mútuo e a convivência dos cidadãos dos países fronteiriços.

O bilinguismo, que incentiva o ensino de português e espanhol nessas escolas, é uma das ferramentas para a integração. Cada região de fronteira possui características históricas e culturais particulares, sendo o currículo desenvolvido e adequado à realidade de cada local.

As escolas beneficiadas pelo programa passarão a fazer parte do programa Mais Educação, que têm jornada diária de sete horas. Contarão com ações da Secretaria de Educação Básica e da Assessoria Internacional do Gabinete do Ministro do MEC e das secretarias estaduais e municipais de educação das regiões de fronteira; do Conselho Nacional de Educação (CNE) e dos conselhos estaduais e municipais de educação das áreas de fronteira; das instituições de ensino superior que participam da Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública.

O MEC participará como articulador junto aos ministérios da educação dos países envolvidos, promovendo cooperação técnica entre as entidades e garantindo recursos financeiros às instituições formadoras e às escolas, para atingir os objetivos do programa. 

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) repassou R$ 71,7 milhões para a construção de creches e quadras esportivas cobertas em estados e municípios das cinco regiões brasileiras. Provenientes da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), os recursos estarão disponíveis nesta terça-feira (19), na conta corrente dos beneficiados.

Para a edificação de unidades de educação infantil, foram transferidos R$ 46 milhões para 71 municípios, com destaque para a Prefeitura de Manaus, que recebeu R$ 15,7 milhões do total repassado.

##RECOMENDA##

Com relação à construção de quadras cobertas ou à edificação de coberturas em quadras já existentes nas escolas, o FNDE repassou R$ 25,7 milhões em benefício de 112 municípios e sete estados.

Creches

Responsável por analisar os pleitos dos municípios e repassar os recursos do governo federal, o FNDE oferece às prefeituras dois projetos de escolas de educação infantil. O tipo B tem capacidade para 240 crianças até cinco anos de idade, em dois turnos. São oito salas pedagógicas, sala de informática, cozinha, refeitório, pátio coberto, secretaria e sanitário para pessoas com deficiência, entre outros ambientes.

O tipo C, que atende 120 crianças, também em dois turnos, tem quatro salas pedagógicas e os mesmos espaços previstos no tipo B. O FNDE também financia, em alguns casos, projetos de escolas de educação infantil desenvolvidas pelo próprio município, desde que atendam os padrões de qualidade exigidos pela autarquia. 

Confira abaixo a relação das secretarias que receberão recursos para quadras e creches.

A Semana de Ação Mundial (SAM), promovido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, começou no último domingo no Recife. O encontro deste ano traz como tema “Educação Infantil – Direito da criança, dever do Estado e justiça social”. As atividades acontecerão em vários locais da cidade e seguem até o dia 27 de maio. A SAM faz parte de uma grande mobilização internacional pelo direito à educação de qualidade que acontece desde 2003 em mais de 100 países. 

O evento tem o objetivo de convidar toda a sociedade e os poderes instituídos a discutirem temas e estratégias relativos á educação básica no Brasil. Nos dias 23 e 24 de maio será realizada uma Audiência Pública e Ato Público Lúdico no Congresso Nacional para reivindicar ações em benefício à educação. 

##RECOMENDA##

No âmbito estadual, o Comitê Pernambucano da Campanha e seus parceiros vão realizar atividades, a partir do dia 18/05 até 25/05, numa grande mobilização local, colocando no centro do debate público, a educação infantil. O “Cine Bomba Especial” da ONG Auçuba será em duas comunidades do Recife, na Bomba do Hemetério, dia 22, e em Sítio dos Pintos, dia 24, com exibições e diálogos entorno da educação pública, a partir das 19:00. 

No dia 25, na sexta, à noite, a Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE) e o Comitê Pernambucano realiza “Mesa Redonda” sobre a qualidade da educação infantil, às 19:00, no auditório de Graduação da Fafire. 

Os interessados em participar das ações podem solicitar junto a SAM, um kit de materiais (folders, cartazes, manuais de orientações, livretos, etc) através do e-mail sam@campanhaeducacao.org.br.

 

Aproximidamente 25% dos professores que trabalham nas escolas de educação básica do país não têm diploma de ensino superior. Eles cursaram apenas até o ensino médio ou o antigo curso normal. Os dados são do Censo Escolar de 2011, divulgado este mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Apesar de ainda existir um enorme contingente de professores que não passaram pela universidade – eram mais de 530 mil em 2011 – o quadro apresenta melhora. Em 2007, os profissionais de nível médio eram mais de 30% do total, segundo mostra o censo. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, os números são mais um indicativo de que o magistério não é uma carreira atraente.

“Isso mostra que as pessoas estão indo lecionar como última opção de carreira profissional. Poucos profissionais bem preparados se dedicam ao magistério por vocação, uma vez que a carreira não aponta para uma boa perspectiva de futuro. Os salários são baixo, e as condições de trabalho ruins”, explica.

A maior proporção de profissionais sem formação de nível superior está na educação infantil. Nas salas de aula da creche e pré-escola, eles são 43,1% do total. Nos primeiros anos do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 31,8% não têm diploma universitário, percentual que cai para 15,8% nos anos finais (6° ao 9º ano). No ensino médio, os profissionais sem titulação são minoria: apenas 5,9%.

Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, é um “grande equívoco pedagógico” colocar os professores menos preparados para atender as crianças mais novas. “No mundo inteiro é exatamente o contrário, quem trabalha na primeira infância tem maior titulação. Quando o professor entra na rede vai para a educação infantil quase como que um 'castigo' porque ela não é considerada importante. Mas, na verdade, se a criança começa bem sua trajetória escolar, as coisas serão bem mais tranquilas lá na frente”, pondera.

Segundo Cleuza, o nível de formação dos professores varia muito nas redes de ensino do país. Enquanto em algumas cidades quase todos os profissionais passaram pela universidade, em outras regiões o percentual de professores que só têm nível médio é superior à média nacional. “Temos, às vezes, uma concentração maior de professores sem titulação em alguns locais do Brasil, como a Região Norte, por exemplo, onde as distâncias e as dificuldades de acesso impedem que o professor melhore sua formação”, aponta.

O resumo técnico do Censo Escolar também destaca que em 2010 havia mais de 380 mil profissionais do magistério matriculados em cursos superiores – metade deles estudava pedagogia. Isso seria um indicativo de que há um esforço da categoria para aprimorar sua formação. Mas o presidente da CNTE ainda considera “muito alto” o número de professores sem diploma universitário, especialmente porque nos últimos anos foram ampliados os estímulos para formação de professores nas instituições públicas e privadas de ensino superior.

Uma das alternativas para quem já atua em sala de aula e quer aprimorar a formação é a modalidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para licenciaturas. O programa paga as mensalidades de um curso em faculdade particular e depois da formatura o estudante pode abater sua dívida se trabalhar em escolas da rede pública – cada mês em serviço abate 1% do valor.

“Os programas são oferecidos, mas as condições não são dadas aos professores para que eles participem. O professor não tem, por exemplo, a dispensa do trabalho nos dias em que ele precisa assistir às aulas. As prefeituras e governos estaduais que deveriam ser os primeiros interessados acabam não estimulando o aprimoramento”, diz Roberto Leão.

Uma comitiva da Prefeitura do Recife segue para Brasília nesta quarta-feira (11) com a finalidade de garantir um investimento no valor de R$ 130 milhões, que serão destinados a educação básica. A comitiva é formada por 12 pessoas das secretarias de Gestão e Planejamento, Finanças, Educação e Assuntos Jurídicos, entre eles os secretários de Gestão e Planejamento, Evelyne Labanca e de Finanças, Petrônio Magalhães. Os secretários participarão de uma série de reuniões com o Governo Federal e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Durante os encontros serão ajustados os detalhes contratuais do Programa de Desenvolvimento da Educação e da Gestão Pública no Município do Recife (SWAp Recife),  para que o investimento de US$ 130 milhões seja liberado para o Recife.  Deste total, U$$ 100 milhões serão destinados para ampliar e aprimorar a rede de ensino básico (CMEIs e creches) e os U$$ 30 milhões restantes devem ser empregados para melhorias da gestão municipal.

Entre os dias 12 e 13, a comitiva participa da pré-negociação do Contrato de Financiamento do programa com o BIRD, na Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento (SEAIN/MP). “Trata-se de uma fase decisiva para garantir os recursos para o município. Já havíamos nos reunido com o presidente do Banco Mundial e saímos com muita confiança de que o financiamento será liberado rapidamente. Os recursos serão importantes para alavancar ainda mais a Educação Básica do Recife que já vem recebendo atenção especial com a construção de CMEIs em todas as regiões”, afirma o prefeito João da Costa. Ele também assegura que o restante do investimento será aplicado em ações que tornarão a gestão e os processos administrativos mais modernos e ágeis.

No início da próxima semana, nos dias 16, 17 e 18, a secretária de Assuntos Jurídicos, Virgínia Pimentel integra-se à equipe para tratar sobre a negociação com o Banco Mundial quanto ao Contrato de Financiamento e de Garantia dado pela União, em reunião que acontece no escritório de representação do BIRD em Brasília. A expectativa é que em três meses as negociações sejam concluídas e o acordo de financiamento assinado.

##RECOMENDA##

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (20) que foi um “equívoco histórico” o descaso do País com as escolas do campo. O governo lançou, em solenidade no Palácio do Planalto, um pacote de medidas para melhorar a qualidade do ensino oferecido nas escolas localizadas em áreas rurais, que apresentam índices educacionais bastante inferiores aos verificados no restante do país.

“O Brasil hoje é o segundo produtor mundial de alimentos, o campo brasileiro exporta quase US$ 95 bilhões. O campo é o grande responsável pela melhora das contas externas e é um equívoco não dar prioridade para a educação no campo como aconteceu durante toda a nossa história. É muito mais inteligente para o Brasil estimular que esses jovens e famílias permaneçam no campo em vez de serem acomodados nas periferias das grandes cidades como vem acontecendo”, defendeu Mercadante.

As escolas localizadas em áreas rurais respondem por 12% das matrículas de educação básica no país. Enquanto a taxa de analfabetismo no país - na população com mais de 15 anos - é 9,6%, na zona rural o índice sobe para 23,2%. Apenas 15% dos jovens de 15 a 17 anos do campo estão no ensino médio e só 6% das crianças até 3 anos têm acesso à creche.

O Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) prevê ações para melhorar a infraestrutura das escolas e a formação dos professores, além de ampliar o tempo de permanência dos alunos nos colégios. Uma das metas é garantir o abastecimento de água e energia elétrica até 2014 para cerca de 11 mil escolas que não têm rede de esgoto nem luz elétrica. O plano também prevê a construção de 3 mil escolas. De acordo com Mercadante, o investimento anual no Pronacampo será R$ 1,8 bilhão.

Estão previstas também a distribuição de 180 mil bolsas de estudo de educação profissional e a produção de material didático específico com temas que tratam da realidade do campo. As obras chegarão às escolas em 2013. Para melhorar o transporte escolar, o programa prevê a compra de 8 mil ônibus escolares, 2 mil lanchas e 180 mil bicicletas. Prefeituras e governos estaduais irão aderir às ações do Pronacampo por meio de edital.

A educação básica poderá ser feita em casa e ficar sob a supervisão da escola.  Essa é a intenção do projeto de lei (3179/12), do deputado Lincoln Portela (PR-MG). A ideia é facultar aos sistemas de ensino admitirem a educação básica domiciliar, sob a responsabilidade dos pais ou responsáveis pelos alunos. A escola ficaria com o papel de supervisionar e avaliar periodicamente o aprendizado dos estudantes.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, o deputado lembra que a Constituição Federal estabelece a educação como um dever da família, bem como obriga a educação básica para os estudantes dos 4 aos 17 anos de idade. “Na realidade brasileira, a oferta desse nível de ensino se faz tradicionalmente pela via da educação escolar. Não há, porém, impedimento para que a mesma formação, se assegurada a sua qualidade e o devido acompanhamento pelo Poder Público certificador, seja oferecida no ambiente domiciliar, caso esta seja a opção da família do estudante”, relatou Portela, de acordo com a Agência.

Para o deputado, caso a lei seja aprovada, as famílias terão o direito de optar em relação ao exercício da responsabilidade educacional para com os filhos. Segundo Lincoln, “não podemos descuidar do imperativo em dar acesso, a cada criança e jovem à formação educacional indispensável para sua vida e para a cidadania”.

No que diz respeito à tramitação da proposta, ela ainda será atribuída às comissões da Câmara.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando