Tópicos | eleições

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, respeitaria a decisão de Israel de realizar um ataque unilateral contra o Irã para evitar que Teerã construa armas nucleares, disse neste domingo um importante assessor de política internacional de Romney, ressaltando a postura agressiva que o candidato deve tomar em seu discurso no final deste domingo.

Romney disse que tem uma política de "tolerância zero" em relação à obtenção de armas nucleares pelo Irã. "Se Israel tiver que agir por conta própria para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, Romney respeitaria essa decisão", disse o conselheiro de política internacional Dan Senor.

##RECOMENDA##

Mais tarde, ele esclareceu seus comentários em nota dizendo que o "o governador Romney acredita que deveríamos empregar todas medidas para dissuadir o governo iraniano de construir armas nucleares e tem esperança fervorosa de que medidas diplomáticas e econômicas conseguirão resultados. Numa análise final, é claro, nenhuma opção deveria ser excluída".

O presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, também defendeu o direito de Israel de se defender, mas, ao contrário de Romney, alertou sobre as consequências de um ataque israelense ao Irã.

Hoje, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que recebia Romney como "um representante dos Estados Unidos" e disse ao candidato republicano que concorda com sua abordagem em relação à ameaça nuclear do Irã. "Temos que ser honestos e admitir que a diplomacia e todas as sanções não atrasaram o programa iraniano em um minuto. Por isso acreditamos que precisamos de uma ameaça militar crível juntamente com sanções para ter uma chance de mudar essa situação", disse Netanyahu.

Romney visitou hoje o Muro das Lamentações e a parte antiga de Jerusalém e se encontrará com autoridades israelenses e com o primeiro-ministro palestino Salam Fayyad. O candidato chegou em Jerusalém na noite de sábado após dias difíceis na Grã-Bretanha, onde cometeu uma gafe ao criticar os Jogos Olímpicos e irritou seus anfitriões. A viagem é uma chance para Romney mostrar suas diferenças em relação a Obama e demonstrar como governaria os Estados Unidos no contexto internacional. As informações são da Associated Press.

Em Mato Queimado (RS), o resultado da eleição municipal de outubro já é conhecido mais de dois meses antes da contagem dos votos. No município de menos de 2 mil habitantes, o prefeito será escolhido sem disputa. No País, são 122 municípios nessa situação, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O prefeito da cidade gaúcha, Orcelei Dalla Barba, disse que a comunidade local "não quer disputa". Será a quarta eleição nos mesmos moldes, com um revezamento de partidos no comando da cidade. Desde a criação do município, a eleição é decidida assim, sem disputa.

##RECOMENDA##

Minas Gerais é o Estado com o maior número de municípios com candidatos únicos, seguido pelo Rio Grande do Sul. O PMDB e o PSDB são os partidos que mais serão beneficiados nesta eleição.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, vê na falta de disputa um sinal do desestímulo às candidaturas em municípios pequenos. "As pessoas estão se afastando da vida partidária porque o sujeito entra na prefeitura e, no outro dia, já é ladrão", analisa.

Fenômeno

Dados do TSE mostram que a falta de disputa alcança o equivalente a 2,2% dos municípios brasileiros nas eleições deste ano. No pleito passado, em 2008, 180 municípios escolheram seus prefeitos sem disputa. Os números oscilam a cada eleição, sem uma tendência de crescimento ou de queda. É um fenômeno suprapartidário: os candidatos únicos desta eleição estão filiados a nove partidos diferentes.

Os dados do TSE revelam também que, onde vai haver disputa, os candidatos declararam a intenção de gastar R$ 11,9 bilhões para ser eleitos. O orçamento das campanhas de prefeitos equivale à metade dos gastos do programa Bolsa Família, de distribuição de renda, durante o ano. "Isso é quanto os candidatos declaram, para cumprir uma exigência da lei, mas o valor real gasto nas campanhas é infinitamente maior", avalia Ziulkoski.

De acordo com dados tabulados pela CNM, apenas uma minoria (12,4%) dos candidatos é do sexo feminino. Disputam as eleições deste ano 15.261 candidatos, já descontadas as inscrições negadas pela Justiça Eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (26) que pretende retomar o modelo de corredores exclusivos para ônibus, conhecido como BRT (Bus Rapid Transit), adotado em Curitiba na década de 70 e que, segundo ele, inspiraram o sistema "São Paulo Interligado" da ex-prefeita e hoje senadora Marta Suplicy. Haddad afirmou que, com recursos federais do PAC Mobilidade, o sistema já é uma realidade em todo o País e chegou a ser copiado em cidades fora do Brasil, como Bogotá (Colômbia). "É um modelo brasileiro, nós deveríamos nos orgulhar. É um modelo de Curitiba que foi exportado para o mundo. Jogar fora esse legado, que era de um prefeito que nem era do meu partido, é um equívoco", comentou o petista em referência ao ex-prefeito curitibano Jaime Lerner.

Haddad caminhou no início desta tarde pelas ruas comerciais da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. Acompanhado de sua candidata a vice, Nádia Campeão (PCdoB), o candidato pegou um ônibus no Largo do Paissandu, na região central, e chegou no Terminal Cachoeirinha meia hora depois. "Eu pego muito Metrô, moro do lado da estação Paraíso há 20 anos. Não tenho a menor dificuldade com transporte público", afirmou. Ao chegar ao terminal de ônibus, Haddad se juntou à sua mulher, Ana Estela, e ao ex-ministro Orlando Silva, candidato a vereador pelo PCdoB.

##RECOMENDA##

Mobilidade urbana é uma dos destaques do plano de governo do petista, que será lançado no início de agosto. O candidato anunciou que pretende resgatar o projeto de transporte de Marta Suplicy. De acordo com ele, se não fosse interrompido pelos sucessores da ex-prefeita, hoje a cidade teria quase 300 quilômetros de corredores de ônibus. "Estamos na mesma situação de oito anos atrás", criticou. Para Haddad, a Prefeitura de São Paulo não aproveitou os recursos do PAC Mobilidade para melhorar a qualidade do transporte na cidade. "São Paulo, também no caso dos transportes, perdeu oportunidades importantes de investimento no transporte público", condenou.

 

Mil leitos hospitalares

O candidato se comprometeu nesta quinta em ampliar a oferta de leitos hospitalares na capital paulista. Segundo o petista, é possível chegar a mil leitos com a construção de três novos hospitais nas zonas norte, sul e leste e ampliando o atendimentos nas unidades já existentes. "Vamos completar mil leitos", garantiu.

Na avaliação do petista, não faltam médicos na cidade, falta gestão de recursos humanos para distribuí-los pelas regiões. "Se a população reclama da saúde é por um problema de gestão, sobretudo de recursos humanos", observou. Haddad ressaltou que a gestão dos recursos da saúde sofre de "descontrole" e de "desperdício", o que já teria sido observado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).

O petista destacou que o problema mais urgente a ser resolvido no setor é a carreira dos trabalhadores da área de saúde. "Não há um horizonte para o médico de carreira", afirmou. Ele também reclamou da forma independente como as Organizações Sociais (OS) que atuam nos hospitais valorizam seus funcionários, o que dá espaço para que as cidades vizinhas ofereçam melhores salários para os médicos de São Paulo."A política das organizações não pode ser cada qual com a sua política de recursos humanos, concorrendo umas com as outras", avaliou.

 

O PT está em busca de renovação. Para isso, aposta firmemente no lançamento de candidaturas novas nas eleições municipais deste ano. Na estratégia para atingir essa meta, cidades consideradas estratégicas como São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto serão o palco dessa experiência que, segundo o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antonio Carvalho Teixeira, é uma necessidade para "o partido se manter competitivo". As novas caras do PT, no entanto, enfrentam um desafio comum: tornarem-se conhecidas do eleitor. Em contrapartida, têm a vantagem de registrar pouca rejeição devido a essa falta de conhecimento público.

É o caso do candidato petista em São Paulo, Fernando Haddad. Por mais que tenha 7% das intenções de votos, de acordo com a última pesquisa Datafolha, sua rejeição ficou em 12%. Pouco mais da metade do eleitorado afirma conhecer Haddad. Seu principal adversário, o candidato do PSDB, José Serra, ex-prefeito e ex-governador, é conhecido por 99% dos eleitores, registrou 30% das intenções de votos, mas sua rejeição chegou aos 37%. O tucano já foi prefeito da Capital paulista e governador do Estado.

##RECOMENDA##

Em Campinas, o PT lançou a candidatura de Márcio Pochmann, que nunca concorreu a cargos eletivos. Ele atribuiu o lançamento da candidatura de um estreante a um "novo contexto" social, criado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Os quadros foram constituídos ao longo dos últimos 30 anos. Vivemos um movimento diferente com a emergência de novos segmentos (sociais). O perfil dos filiados (atual) é muito diferente dos criados na década de 80. É um partido que está buscando a renovação enquanto está no auge", defende o petista.

Pochmann, que já presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ainda é pouco conhecido da população e afirma que esse está sendo "o maior desafio" de sua vida. Apesar de ainda estar se apresentando ao eleitorado como candidato, ele ressalta: "Tenho espaço para crescer."

Em Ribeirão Preto, o ex-juiz João Gandini também concorre à sua primeira eleição. Gandini afirma que, por ser juiz, é conhecido do público. "Meu desafio é mostrar que agora sou candidato", conta. Na opinião dele, o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão será um marco divisor da campanha. "Horário de TV será o início da campanha", afirma. Um de seus principais cabos eleitorais será o ex-presidente Lula, com quem terá sessão de fotos para a campanha.

Em Araraquara, terra do presidente estadual do PT, Edinho Silva, a candidata Márcia Lia já foi vereadora por um mandato e diz inspirar-se em Dilma Rousseff. "Vivemos um momento em que as pessoas estão cansadas da política, dos mesmos, o efeito Dilma foi extremamente positivo, uma mulher austera, firme, competente, e as pessoas prezam esses predicados. Renovação é a palavra de ordem. Acho que é positivo para mim, não carrego rejeição, não sou vidraça, quem vem de uma administração, sempre agrada uns e desagrada outros. Minha rejeição é não ser (muito) conhecida. Tenho um espaço para crescer muito bom", diz.

Reciclagem

O professor Carvalho Teixeira analisa que o escândalo do mensalão, suposta compra de votos de parlamentares pelo PT tornada pública em 2005 durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, "afetou as principais lideranças do PT no Estado de São Paulo". Para ele, isso criou uma "nova conjuntura", na qual "para o partido se manter competitivo, tem que renovar". Ele aponta a vitória de Dilma Rousseff para a presidência como um caso de sucesso dessa estratégia petista.

"A questão da Dilma é um investimento político interessante que responde a uma conjuntura, senão (o PT) corre risco de ir se asfixiando com o tempo, vejo isso sobretudo como um desgaste sofrido (pelos escândalos de corrupção). Os principais quadros são aqueles dos anos 1980. Dirceu, Genoíno, que não tem mais pretensões político-eleitorais. Esse processo é parte da estratégia de reciclar o partido e recuperar fôlego eleitoral."

O professor lembra que o PT já administrou e participou da administração das principais cidades do Estado, como São Paulo, Ribeirão Preto e Campinas e busca retomar esse capital político. "Em Ribeirão, o (Antônio) Palocci foi envolvido no mensalão, teve a questão de Campinas (casos de corrupção na Prefeitura que tinha o PT na vice), e o próprio Celso Daniel (ex-prefeito de Santo André que foi assassinado). Essas questões pressionaram o partido a lançar novos nomes", afirma.

O próprio PT tomou providências no quarto congresso do partido, realizado no fim do ano passado. Na ocasião, foi determinado que nenhum candidato do partido poderia ser reeleito para o mesmo cargo por mais de três mandatos consecutivos.

Marta

No caso específico de São Paulo, Carvalho Teixeira aponta a renovação de quadros como uma necessidade. "A rejeição da senadora Marta (Suplicy, ex-prefeita da Capital entre 2001 e 2005) é muito alta, por mais que ela tenha um ponto de partida alto, não sei se manteria os índices na campanha", argumenta. Em pesquisa Datafolha, divulgada no dia 1º de setembro do ano passado, a rejeição da senadora era da ordem de 30%.

Apesar de já ter administrado prefeituras estratégicas no Estado, Carvalho Teixeira afirma que o PT nunca teve "viabilidade política para (concorrer) ao governo do Estado (de São Paulo)", há cerca de 20 anos nas mãos dos tucanos e apontado como um dos principais objetivos do PT.

 

A ligação é rápida. São 30 segundos. Tem sido feita para telefones domésticos do Recife desde a sexta-feira (20). Ao atender, a pessoa escuta imediatamente a gravação com a voz do governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, que se identifica e pede para que se "preste atenção" a Geraldo Júlio - seu ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, candidato a prefeito com o apoio de 13 partidos da Frente Popular.

"Será um novo prefeito para um novo Recife", afirma o governador, que não esperou o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV para buscar difundir de forma mais direta o nome do seu candidato, ainda desconhecido da maior parte do eleitorado. Eduardo lembra, na gravação, que o Geraldo Julio o ajudou a implementar o projeto que tem feito Pernambuco crescer e que o Recife pode avançar em ritmo semelhante. "Obrigado pela atenção e um forte abraço", finaliza ele.

##RECOMENDA##

Geraldo Julio ainda aparece em desvantagem nas pesquisas até agora realizadas, que apontam o senador petista Humberto Costa com uma dianteira folgada. O socialista aparece atrás do democrata Mendonça Filho - segunda colocação - disputando o terceiro posto com o candidato tucano, Daniel Coelho.

A expectativa é de crescimento do socialista e de um embate entre o governador e o presidente Lula, que estarão em palanques diferentes no Recife, como principais cabos eleitorais dos candidatos do PSB e PT.

Mendonça Filho tem tentado se firmar como oposição e numa alusão aos padrinhos famosos dos dois partidos - aliados no plano nacional -, tem dito que, se eleito, não será prefeito para dizer "amém" nem "sim, senhor" para qualquer outro governante.

Integrantes das Forças Armadas poderão reforçar a segurança nas eleições deste ano e as eventuais atuações do grupo deverão ser filmadas e fotografadas para permitir a eventual identificação de agressores e perturbadores e, principalmente, para servir de prova judicial.

As regras de conduta estão num acordo assinado nesta quarta pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia Antunes Rocha, e o ministro da Defesa, Celso Amorim. Pelo acordo, os militares não deverão comparecer fardados em comícios políticos para impedir a interpretação de que seriam apoiadores ou teriam simpatia em relação a algum candidato ou partido.

##RECOMENDA##

Também ficou estabelecido que o contato entre militares e candidatos, militantes ou partidos deve ser evitado. E antes do emprego da força a tropa deverá usar medidas de dissuasão e negociação. A utilização de munição real somente é admissível como último recurso.

Essa não será a primeira vez que integrantes das Forças Armadas poderão reforçar a segurança durante as eleições. Isso já ocorreu em eleições anteriores, no entanto, não havia um código de conduta especificando detalhadamente como devem agir os militares.

O envio das tropas para cidades durante as eleições deverá ser decidido em breve pelo TSE. Para a eleição deste ano, já foi pedido reforço nos Estados de Tocantins, Amazonas, Maranhão e Rio de Janeiro. Antes de decidir sobre a convocação dos militares, o TSE consulta os governadores sobre a existência ou não de condições para garantir a segurança.

O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, elevou o tom nas críticas ao prefeito Gilberto Kassab (PSD). Por 3 vezes, o ex-deputado chamou a administração atual de criminosa pela forma como atuou na Feira da Madrugada, onde visitou na manhã desta quarta-feira (25). Ironizou também a matéria publicada pela Folha S. Paulo, que revela os esforços do prefeito em torno da campanha do PRB. Para Russomanno, Kassab é um"paraquedista de araque".

"Eu vim sozinho até agora. Só porque agora eu estou bem nas pesquisas aparecem estes paraquedistas de araque para fazer essas confusões", comentou. "Eu não tenho nada a ver com Kassab".

##RECOMENDA##

Aliados do PRB temem que a rejeição do prefeito grude em Russomanno. O candidato foi imediatamente orientado a atacar ao falar com a imprensa.

Feira da Madrugada - Os feirantes criticam as intervenções municipais no terreno que é uma concessão da União. Desde 2010, a Prefeitura, com ajuda da Tropa de Choque, destituiu cerca de 1500 comerciantes de seus boxes e confiscou toda a mercadoria. Alguns deles passaram a morar em barracas armadas nos terrenos da União para não perderem posse.

Russomanno classifica a apreensão dos produtos como apropriação indébita. "Isso é uma área da União em que a Prefeitura não tem poder, de acordo com as informações que recebi até agora. Se é da União, a Prefeitura não podia estar agindo desta forma. A ilegalidade tá patente aqui", criticou.

"Aí existe a apropriação indébita. Isso é crime. E eu quero saber se o poder público está apurando o crime contra esses cidadãos. Porque independente de eles estarem vendendo com ou sem autorização, a mercadoria pertence a eles".

Em sua segunda visita aos camelôs da região - a outra ocorreu na semana passada - o candidato assinou um termo de compromisso com os comerciantes.

Quebra tudo - No fim da caminhada, um dos comerciantes exagerou na dose de revolta. Ao encontrar Russomanno, o vendedor, que na hora trabalhava na obra de um novo quiosque, protestou ser alvo de cobrança de coronéis para que poder trabalhar na feira. Muito revoltado, o comerciante quebrou vários tijolos e derrubou parte de um muro que estava sendo erguido. O valor da taxa, segundo ele, é de R$ 1500.

Outra vez, Russomanno agrediu o governo municipal.

"A revolta é justa porque, se pedem para ele R$ 1500 para ele colocar um crachá no peito e poder vender, tá tudo errado. Alguém tá recebendo dinheiro. E isso é a administração atual que está fazendo".

Líderes das associações da Feira da Madrugada justificaram o escândalo do comerciante com a perda de sua loja.

 

Os candidatos a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) e José Serra (PSDB) confirmaram nesta quarta-feira (24) o encontro entre o tucano e o coordenador da campanha do ex-deputado, Marcos Pereira. Embora não tenham usado a expressão "pacto", ambos admitiram que a conversa ocorrida na sexta-feira, revelada ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo, demonstra a disposição de que não haverá "agressão recíproca" entre eles. Ontem, o candidato do PRB elevou o tom das críticas ao adversário do PT, o ex-ministro Fernando Haddad.

Serra e Russomanno têm despontado nas duas primeiras posições das pesquisas de intenção de voto realizadas desde que o ex-governador tucano resolveu disputar a Prefeitura pela quarta vez em sua carreira política. No último levantamento Datafolha, divulgado no sábado, os dois apareceram em empate técnico: Serra obteve 30% e Russomanno, 26% (a margem de erro é de três pontos porcentuais).

##RECOMENDA##

Russomanno admitiu na manhã de ontem que o coordenador de sua campanha esteve com Serra na casa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), mas negou um "acordo de cavalheiros" com o tucano. "Houve esse encontro de fato, mas não existe um pacto entre nós. Não existe pacto nenhum", afirmou, durante uma feira livre em Cangaíba, na zona leste.

Segundo o ex-deputado, Serra teria perguntado se o candidato do PRB poderia apoiá-lo num eventual segundo turno, se não conseguir se manter na vice-liderança da corrida eleitoral - o tucano negou o pedido e disse que isso "seria até deselegante".

Ofensiva - O ex-deputado tem dito em público que pretende fazer uma campanha propositiva, sem ataques aos adversários. No entanto, ontem à tarde, em entrevista, Russomanno elevou o tom de suas declarações. E o alvo escolhido foi o candidato do PT e os projetos da gestão Haddad no Ministério da Educação (MEC), como o Enem e o kit anti-homofobia.

"Eu sou contra a forma como ele foi feito", disse Russomanno, em relação ao projeto para combater a homofobia nas escolas que, após pressão de setores religiosos, foi abortado pelo MEC. "Não é dessa forma que você vai construir a sexualidade das pessoas. Deveria haver uma aula nas escolas sobre a sexualidade das pessoas, para haver prevenção."

Ao falar sobre o Enem e qualidade do ensino, Russomanno defendeu que as escolas municipais tenham período integral, mas a adoção dessa política não pode ser feita "da noite para o dia". "Seria uma loucura. Os professores não estão preparados e nós não temos estrutura para isso. O Haddad, especialista em educação, foi falar isso para os professores e foi vaiado."

Implícito - Ao participar ontem de uma caminhada em Parelheiros, reduto petista no extremo sul de São Paulo, Serra confirmou o encontro com Pereira em uma "reunião de cortesia". "Não se falou (sobre um pacto de não agressão). Naturalmente, está implícito: se você conversa com alguém, não há disposição de agressões recíprocas", explicou o tucano.

Apesar de seus aliados admitirem em conversas reservadas que preferem enfrentar Russomanno no segundo turno - e não Haddad -, Serra desconversou. "Eu não vou dizer com quem eu me sentiria mais ou menos confortável (no segundo turno). Eu vou me sentir confortável se ganhar a eleição", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O coordenador de mobilização da campanha de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, deputado Walter Feldman, garantiu nesta terça-feira, em entrevista exclusiva à Agência Estado, que o tucano "não precisa de muletas" nessas eleições, numa referência à participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha do seu afilhado político, o petista Fernando Haddad. Para Feldman, "Serra é uma personalidade em si. É o candidato que nós apresentaremos e não precisará de nenhum tipo de apoio ou muleta para se colocar perante o eleitorado", argumentou o tucano.

Na entrevista, Feldman ressaltou a experiência de Serra como administrador público como uma das principais qualidades do tucano para gerir uma metrópole da dimensão de São Paulo. Questionado sobre qual será a novidade que Serra trará ao eleitorado em uma campanha na qual vários candidatos se apoiam no mote do "novo" e pregam mudanças, o deputado recorreu ao ex-presidente Fernando Collor de Mello e ao ex-prefeito da Capital paulista Celso Pitta para dizer que "o novo também pode ser um desastre".

##RECOMENDA##

"São figuras que apareceram como sendo da renovação e na verdade tinham práticas muito mais antigas e velhas do que aqueles que já tinham uma experiência acumulada. É uma mistificação de que o novo pode ser melhor. O novo, às vezes, pode ser passado, pode ser um equívoco." E emendou: "O Serra é incomparável do ponto de vista da experiência acumulada e da contribuição que já deu ao Brasil, ao Estado e à cidade de São Paulo."

Indagado se a rejeição de Serra, da ordem de 37% apontada na última pesquisa Datafolha, preocupa a campanha, o coordenador de mobilização defendeu que essa rejeição é "temporária" e atribuiu a sua dimensão às críticas dos adversários. "Os adversários têm usado muito essa ideia de (Serra) ter sido prefeito e ter saído (para concorrer ao governo do Estado em 2006). Nós estamos convencidos de que isso foi muito bom pra São Paulo. O Serra governador foi de longe o governador que mais investiu na cidade (de São Paulo). O Serra foi na verdade prefeito e governador junto", argumentou.

Apesar de centrar suas críticas no candidato petista, Fernando Haddad, e no PT, Feldman afirmou que "ainda é cedo" para dizer que existe uma polarização entre PSDB e PT neste pleito. "É muito cedo, os candidatos estão se colocando, estamos trabalhando para levar o Serra ao segundo turno", comentou. O trabalho da campanha do PSDB, segundo Feldman, é de garantir a ida de Serra ao segundo turno e "quem sabe surpreender no primeiro". "Quem vai ser o adversário, vamos deixar o eleitor decidir", afirmou.

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, reuniu-se com o coordenador da campanha de Celso Russomanno, Marcos Pereira, presidente nacional do PRB, para discutir a conjuntura eleitoral e traçar um cenário na disputa pela capital paulista. Durante a conversa, os dois lados falaram que não pretendem se agredir durante a eleição.

O encontro ocorreu na sexta-feira à noite, no apartamento do prefeito Gilberto Kassab, que foi quem convidou Pereira para a reunião. Presidente nacional do PSD, o prefeito paulistano é o principal articulador político de Serra e tem boa relação com o PRB, que apoia a sua administração na cidade.

##RECOMENDA##

Um dia depois do encontro, no sábado, foi divulgado o resultado da pesquisa Datafolha que coloca Russomanno em empate técnico com Serra. O candidato do PRB tem 26% das intenções de voto contra 30% do tucano - a pesquisa tem margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O candidato do PT, Fernando Haddad, tem 7% das intenções de voto.

Kassab também esteve, no domingo, na casa do deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB paulista - partido que emplacou Luiz Flávio D’Urso como vice de Russomanno.

O PSDB quer imprimir uma "convivência pacífica" com o candidato do PRB e defende um acordo de cavalheiros com ele, por avaliar que o ex-deputado segura o crescimento de Haddad.

Russomanno é o candidato com o melhor desempenho entre os eleitores que declaram o PT como seu partido de preferência. Nesse grupo, ele tem 29% das intenções de voto contra 19% de Serra e 15% de Haddad. Ele também tem bom desempenho nas classes menos escolarizadas e com renda mais baixa, um dos focos do PT na eleição.

Coordenadores da campanha do tucano afirmam que o "melhor dos mundos" seria disputar o segundo turno contra o candidato do PRB. Para eles, seria mais fácil vencer Russomanno numa segunda rodada da eleição que o candidato petista.

Isso porque, dizem os tucanos, o PRB teria menos estrutura na cidade os petistas para fazer campanha. Também avaliam que a campanha contra o PT será muito pesada, já que o partido bateria mais forte em Serra que o candidato do PRB, apesar de Russomanno manter boa relação com os petistas. Em 2010, quando disputou o governo do Estado pelo PP, de Paulo Maluf, Russomanno apoiou a eleição de Dilma Rousseff (PT) contra Serra e atacou o então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Na corrida eleitoral deste ano, o PT tentou fechar uma aliança com o PRB. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a chamar os líderes do partido para uma conversa.

Segundo turno

Apesar das conversas entre Serra e o PRB, tanto petistas quanto tucanos dizem que a tendência hoje é a de que Haddad comece a crescer nas pesquisas quando começar o horário eleitoral na televisão. A aposta hoje ainda é de um segundo turno entre Serra e Haddad.

O candidato do PT terá 7min34s em cada bloco do horário eleitoral na TV. Serra terá um pouco mais: 7min46s. Já Russomanno tem apenas 2min07s.

Petistas e tucanos também apontam que Haddad deve crescer quando se tornar conhecido e os eleitores passarem a identificá-lo como candidato do PT.

Segundo o Datafolha, apenas 15% dizem conhecer o petista "muito bem" - ao todo, 55% dos eleitores sabem quem ele é. Já o candidato do PRB é conhecido por 94% da população e metade desse público diz conhecê-lo "muito bem". Serra é conhecido muito bem por 78% dos entrevistados - 99% dos eleitores sabem quem é o tucano.

"A pesquisa mostra que o eleitorado do Serra está consolidado e a sua rejeição deve diminuir a partir do início do programa eleitoral na TV", disse o deputado Orlando Morando, um dos coordenadores da campanha.

Para o presidente estadual do PT, Edinho Silva, "neste momento, as pesquisas só identificam o ‘recall’ dos candidatos". "Haddad nunca participou de um processo eleitoral, então ele não pode ter ‘recall’. Quem está aparecendo agora é quem já participou de outras eleições", disse. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), informou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve iniciar sua participação nas campanhas eleitorais de todo o País na próxima segunda-feira (30), quando participará de uma sessão de fotos com os candidatos do partido que disputarão cidades com mais de 150 mil eleitores.

De acordo com Falcão, nesse início de campanha, a prioridade será a agenda eleitoral do candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, e que, só a partir do dia 6 de agosto, quando Lula fará um check-up, será definido sua participação nas campanhas das cidades estratégicas para o partido.

##RECOMENDA##

"Naturalmente, teremos de fazer uma escala de prioridades mais reduzida, pensando em gravações (para TV) ou a própria presença do ex-presidente Lula porque ele não poderá estar presente em todos os lugares", disse Falcão. Segundo ele, o partido também estuda a criação de vinhetas padronizadas e gravações genéricas para que os demais candidatos do partido em todo o País possam usar a imagem de Lula.

Nesta noite de segunda-feira (23), após reunião com petistas, Lula recebeu dirigentes e jogadores do Corinthians na sede do Instituto Lula, na capital paulista. O ex-presidente tirou fotos com o troféu original da Copa Libertadores, ganhou uma réplica do troféu, a faixa de campeão e uma medalha. De acordo com o presidente do clube, Mario Gobbi, a visita foi uma surpresa para Lula renovar o seu "corinthianismo".

Exatos 19 dias depois de o presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, intervir no diretório municipal de Belo Horizonte para reforçar a candidatura petista do ex-ministro Patrus Ananias à prefeitura da capital, o partido reunirá sua executiva nacional em Brasília. A reunião está marcada para o meio-dia desta terça-feira (24) e já é certo de que o colegiado de 25 dirigentes partidários não estará completo: o ex-ministro Roberto Brant (MG) deixou uma das vice-presidências da legenda e se desfiliou em protesto contra a intervenção nacional.

Brant não foi o único que se queixou da medida de força do presidente, que não consultou nenhum dirigente para desmontar a parceria com o PSB do prefeito Márcio Lacerda, que disputa a reeleição apoiado pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG). Na verdade, quem mais se rebelou contra a intervenção e abriu dissidência interna contra o comandante do partido foi a primeira vice-presidente e senadora Katia Abreu (TO), para quem Kassab teria agido de forma "truculenta, desleal e desrespeitosa com os demais dirigentes".

##RECOMENDA##

A insatisfação da senadora foi tão grande que abriu espaço para o vice-presidente Michel Temer convidá-la a ingressar no PMDB. Kátia agradeceu o convite e disse que iria refletir e só tomaria uma decisão depois das eleições municipais.

Este encontro será marcado pelo primeiro embate entre os dois e a aposta geral é de que ela vai cobrar o presidente pela interferência que contraria o estatuto do partido, O artigo 60 do estatuto diz que "compete à Executiva Nacional suspender ou cancelar a realização de Convenções Municipais e Estaduais, sejam ordinárias, ou extraordinárias, bem como anular as realizadas, quando assim determinar o interesse partidário". Também atribui à executiva nacional a tarefa de "designar comissões provisórias e interventoras estaduais e municipais, de acordo com as disposições deste estatuto". Isto significa, na prática, que Kassab teria que ter convocado uma reunião de emergência com os 25 dirigentes nacionais da legenda para decretar a intervenção.

 

Em reunião de aproximadamente duas horas com dirigentes do PT e o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma avaliação da situação eleitoral da sigla em todo o País e um levantamento de onde será preciso sua participação direta. Lula voltou nesta segunda do descanso de dez dias no interior de São Paulo, mas avisou a cúpula do PT que só estará 100% disponível a partir do dia 6 de agosto, quando fará um novo check up para avaliar a sua recuperação após o tratamento do câncer na laringe.

Segundo Haddad, apesar de estar se sentindo melhor, Lula só poderá se engajar nas campanhas com o aval dos médicos. "Estamos prevendo, a depender dos exames do dia 6, algumas atividades externas, como participação na apresentação do programa de governo e de carreatas", revelou o candidato.

##RECOMENDA##

Durante a reunião, os dirigentes listaram as cidades prioritárias para o partido, entre elas, Recife e Belo Horizonte. "Tem algumas capitais que ele estará presente, outras será por meio de depoimentos na TV", contou o deputado Edinho Silva, presidente do diretório estadual do PT em São Paulo.

Na avaliação dos petistas, apesar de Haddad estar estacionado nas pesquisas de intenção de votos, é preciso aguardar o início da cobertura das campanhas pela TV, quando as redes de televisão farão a exposição diária dos candidatos e o eleitorado terá a chance de conhecer o petista. "O Fernando Haddad vai para o segundo turno e vai numa situação muito favorável", apostou Edinho Silva.

Ainda de acordo com Haddad, Lula não comentou a última pesquisa Datafolha, que apontou o petista com 7% das intenções de voto. No entanto, Lula manifestou otimismo em relação ao potencial de crescimento de Haddad. "Ele está otimista. Ele entende que há um clima de mudança mesmo e que os ventos vão soprar a favor da mudança", comentou Haddad.

Os petistas deixaram a reunião com Lula satisfeitos com a melhora em seu estado geral de saúde. Eles afirmaram que o ex-presidente está bem disposto e que não sente mais dores, apesar de tossir quando fala em excesso. "O presidente está muito disposto e vai participar do processo eleitoral", garantiu Edinho.

Após a reunião para discutir eleições municipais, Lula se reuniu com dirigentes e jogadores do Corinthians. No início da noite desta segunda, Lula recebeu a visita, além do presidente e do vice-presidente do Clube, do técnico Tite, do gerente de futebol Edu Gaspar e do lateral Alessandro. O Clube fez questão de trazer a taça original da conquista da Copa Libertadores.

Sócio e gerente da Drogaria Mundial, em Marechal Hermes (zona oeste do Rio), Orlando da Silva Cruz estranha quando recebe de Cesar Maia (DEM), três vezes prefeito do Rio, um santinho de candidato a vereador. "Eu ainda não estava informado sobre as eleições", desculpa-se. Maia aproveita e pede também votos para o filho, Rodrigo, que disputa a prefeitura.

Até os poucos assessores que o acompanham têm de se policiar para não confundir os cargos. Maia ganhou duas eleições para deputado e três para prefeito. Perdeu uma para governador e outra para senador. Aos 67 anos, estreia no papel por onde muitos políticos começam.

##RECOMENDA##

Mas é um candidato vip. Calcula gastar R$ 500 mil na campanha, embora tenha registrado na Justiça Eleitoral teto de R$ 1,5 milhão. E vai dominar o horário eleitoral gratuito na TV, nos dias dedicados à eleição proporcional. Ocupará um minuto - os 20 segundos restantes serão divididos pelos demais candidatos a vereador.

"Vão dizer: ‘Só aparece o Cesar Maia na TV’. Vamos responder: ‘Isso está combinado há muito tempo’. Quando foi decidida minha candidatura para puxar voto, eu disse que precisava de tempo na TV", defende-se Maia. A expectativa do DEM é que ele tenha pelo menos 150 mil votos e que ajude a dobrar a bancada de quatro para oito vereadores. O partido retomaria o número de eleitos em 2008.

Na campanha de rua, Maia prefere a companhia de poucos cabos eleitorais - líderes comunitários, servidores aposentados e funcionários lotados em gabinetes de vereadores do DEM. As caminhadas são curtas. Carro de som, nem pensar. Em outra caminhada na quarta-feira, com Rodrigo, o primeiro pedido foi para suspender os fogos de artifício.

Estilos - Pouco barulho não significa discrição. Maia faz lembrar os tempos de prefeito criador de "factoides", que pedia sorvete no açougue e ia à praia de jaqueta. Ao lado do filho, usou o chapéu de gari, cumprimentou um manequim na porta de uma loja. "Meu pai quer que eu faça como ele, mas cada um tem seu estilo", comenta Rodrigo.

Os Maias sabem da dificuldade de enfrentar o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição em aliança de 20 partidos. O primeiro desafio é tornar a candidatura de Rodrigo conhecida. "Ele é uma nova geração entrando", pondera o ex-prefeito.

"Gosto mais do Rodrigo que do senhor", diz uma moça em Bangu. O pai abre um sorriso quando cruza com servidores municipais que o chamam de "meu ex-patrão" e finge que não ouve as críticas.

Chamou atenção, no registro eleitoral, o não patrimônio de Cesar Maia. Ele distribuiu todos os bens entre os parentes. Se for eleito, diz que não deixará a Secretaria Internacional do DEM, que lhe rende R$ 16,5 mil mensais.

Alguns eleitores o estimulam a se candidatar a governador em 2014. "Vai depender da votação para vereador", responde. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

Com 37% dos recursos disponíveis para os mais de 5.500 municípios brasileiros, 47 cidades (menos de 1% do total) integram um seleto grupo no País, o de prefeituras com orçamento anual igual ou superior a R$ 1 bilhão. Não por acaso, as disputas por uma cadeira de prefeito nesse "clube do bilhão" devem ser as mais acirradas na campanha deste ano.

O partido que comanda mais prefeituras no "clube" é o PT, com 11 prefeitos. Em seguida aparece o PSDB, com sete chefes de Executivo. PMDB e PDT vêm logo em seguida, com seis cada.

##RECOMENDA##

Como já dispõem de mais prefeituras bilionárias, tucanos e petistas, adversários no plano nacional, devem protagonizar também os principais embates. O PT está em campo com 36 candidatos próprios nessas cidades, enquanto o PSDB reúne um time de 27. Contando todos os partidos, 300 pessoas buscam uma das 47 "prefeituras bilionárias".

Vencer nos municípios com alto orçamento terá forte influência também nas eleições presidenciais e de governadores em 2014, avaliam os partidos. Daí a importância dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão paulistana. Ele quer emplacar seu afilhado político Fernando Haddad, que tenta polarizar com o candidato tucano, José Serra.

Se levadas em conta apenas as capitais bilionárias, tucanos e petistas terão embate direto, além de São Paulo, em Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Vitória, Porto Alegre, Campo Grande e Cuiabá.

Estudo

Neste ano, as 47 cidades mais ricas têm receitas orçamentárias somadas de R$ 164,3 bilhões, quase 37% do total disponíveis para todas as cidades do Brasil. Os recursos estão sendo divididos por 56,6 milhões de pessoas, 29,56% dos brasileiros (não foram incluídas no cálculo Brasília e Fernando de Noronha, onde não haverá eleições).

A receita per capita nessas cidades é de R$ 2.905,64, o que significa uma diferença de 35,6% em relação aos R$ 2.141,63 de 2010. O mesmo indicador para o conjunto das cidades naquele ano foi de R$ 1.699,55.

Os dados sobre os cofres das cidades são do estudo denominado "Os Municípios Bilionários em 2012", da ONG Transparência Municipal. "O que se verifica nestes locais é a concentração do PIB, da renda, da receita e até de parte da população", afirma o economista e geógrafo François Bremaeker, autor do estudo.

Os números foram obtidos a partir de dados acumulados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e, em alguns casos, das próprias prefeituras. Informações do IBGE também foram utilizadas. Em alguns casos foram feitas estimativas.

De acordo com o trabalho, em apenas quatro anos 16 municípios ascenderam ao clube. Desse conjunto, só três - Florianópolis (SC), Aracaju (SE) e Cuiabá (MT) - são capitais estaduais. Em 2009, início da gestão dos atuais prefeitos, apenas 31 tinham receitas de pelo menos R$ 1 bilhão por ano. Piracicaba (SP), Porto Velho (RO), Serra (ES) e Guarujá (SP) deverão chegar ao patamar bilionário em 2013.

Copa

Além de sua influência nas eleições de 2014, em decorrência da capacidade de investimentos, alguns dos municípios mais ricos têm um atrativo extra: serão sedes da Copa do Mundo, no mesmo ano da sucessão presidencial. Isso garantirá o recebimento de mais investimentos nos próximos dois anos.

"No Rio de Janeiro, já devem estar pesando os recursos para a Copa e também para a Olimpíada", afirma o pesquisador da Transparência Municipal.

Quando é considerada só a receita de impostos, os 47 municípios com orçamentos acima de R$ 1 bilhão em 2012 concentram 62% dos recursos - R$ 75,473 bilhões. Serão R$ 802,25 por habitante em 2012, contra R$ 632,22 em 2010 - 52,48% acima da conta per capita para todas as cidades brasileiras, onde chegou a apenas R$ 300,38 naquele ano.

Nos últimos dois anos, as receitas de tributos per capita subiram 27%, sem descontar a inflação. Já na conta de receitas de transferências constitucionais (dinheiro repassado de Estados e da União), a conta muda. As 47 prefeituras bilionárias recebem apenas 27% do montante de recursos recebidos dessa forma por todas as cidades do País.

"Principalmente por causa do Fundo de Participação dos Municípios, pelo qual os municípios pequenos recebem um valor per capita bem maior", afirma Bremaeker. "Digamos que o fundo per capita das cidades pequenas seja R$ 3.500, enquanto cidades como Rio e São Paulo têm R$ 70 por habitante. O que vai pesar para os grandes é o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)."

No ranking dos orçamentos, as oito primeiras colocações estão com capitais estaduais - São Paulo (R$ 38,7 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 20,5 bilhões) na liderança. Na divisão per capita, porém, a primeira colocação do País pertence a Cubatão, na Baixada Santista, com R$ 9.628,24 - curiosamente, um município pobre. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

A Advocacia Geral da União vai entrar na Justiça contra 210 candidatos nas eleições deste ano que recorrem a uma antiga e marota estratégia para fisgar o eleitor: associar seus nomes aos de autarquias e fundações federais, em geral provedoras de benefícios ao cidadão comum.

Estão na mira "Jô Soares do INSS", "Marcos Valério da UnB", "Ivete da Funasa", "Garrincha do Dnit", "Tequinha do Incra" e muitos outros identificados depois de um pente-fino em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

##RECOMENDA##

Nas ações, que começam a ser ajuizadas nesta segunda-feira, a AGU pede que os registros sejam alterados e os casos, comunicados ao Ministério Público para que avalie a possibilidade de haver crime eleitoral.

A justificativa é que artigos da Constituição, do Código Civil e da Lei de Propriedade Industrial protegem nomes, siglas e marcas das pessoas jurídicas, inclusive órgãos do governo. Sendo assim, não podem ser apropriados para servir a interesses particulares.

Para a AGU, a situação cria distorções no processo eleitoral. É que, ao se vincular aos órgãos federais, o candidato venderia a falsa expectativa de que, eleito, poderá ajudar o cidadão na administração pública. Além disso, criaria desigualdade em relação aos concorrentes, ao sugerir, pelo nome, ter acesso mais fácil à estrutura do governo.

"É uma apropriação da força e do poder das marcas do Estado. Gera a impressão de que o candidato pertence à máquina oficial. Parcela do eleitorado pode entender que, futuramente, ele poderá lhe trazer alguma vantagem", diz o procurador geral federal da AGU, Marcelo de Siqueira Freitas, dizendo que a situação é um resquício do clientelismo na política brasileira. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

A presidente Dilma Rousseff (PT) pretende usar o segundo semestre de 2012 para acelerar seu calendário de viagens internacionais. Além dos eventos obrigatórios de que tem de participar, ela planeja visitas a países latino-americanos e europeus e uma possível volta à África.

As eleições municipais, cujas campanhas começam a esquentar em agosto, não devem travar essa agenda. Ao contrário, Dilma pensa em usar os compromissos externos para evitar cobranças de apoio a candidatos a prefeito.

##RECOMENDA##

Dilma já definiu: vai participar apenas das campanhas de Belo Horizonte, onde se envolveu diretamente na articulação política que levou ao lançamento da candidatura do petista Patrus Ananias, e em São Paulo, para tentar ajudar seu ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

O principal cabo eleitoral na capital paulista será mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), patrono da candidatura, mas Dilma pretende dar seu apoio a Haddad não apenas em programas eleitorais. Nas demais cidades, a presidente quer manter distância das campanhas para evitar confusão na sua base eleitoral. A agenda internacional aparece como desculpa perfeita. Não há ainda nenhuma data ou algo mais concreto além dos eventos tradicionais, como a Assembleia Geral das Nações Unidas - setembro, em Nova York - e o encontro do Mercosul para selar a entrada da Venezuela no bloco em 31 de julho - e esta nem viagem será, pois foi transferida do Rio para Brasília.

Agenda cheia - A presidente, no entanto, planeja, uma agenda cheia. Estão nos planos um pouco mais de atenção aos vizinhos sul-americanos, incluindo possivelmente o Uruguai, a Colômbia e o Peru, onde foi ver a posse do presidente Ollanta Humala.

Até agora, Dilma visitou apenas a Argentina, sua primeira viagem internacional, e a Venezuela, quando juntou uma visita de Estado à participação na primeira Cúpula dos Estados Latino-americanos. No continente, também deve entrar a posse do novo presidente do México, Enrique Peña Nieto, em dezembro.

Do outro lado do Atlântico, Dilma quer voltar à África. Ela fez uma primeira visita, em outubro passado, a Angola e Moçambique - mas quer ampliar os contatos. Essa viagem pode acontecer em novembro, caso se confirme a realização da Cúpula África-América do Sul (ASA), na Guiné Equatorial. A presidente também gostaria de ir, ainda este ano, à Rússia, o único país dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que ainda não visitou. O convite já havia sido feito pelo ex-primeiro-ministro Dmitri Medvedev e foi repetido pelo atual, Vladimir Putin. O presidente francês, François Hollande, também a convidou mais de uma vez para uma visita oficial.

Em junho passado, ao receber o rei Juan Carlos, da Espanha, Dilma prometeu aparecer em novembro na Cúpula dos Países Ibero-Americanos, em Cádiz. Nada garante que ela mantenha a promessa, mas pode ser o ponto de partida para uma viagem que inclua mais países europeus. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

A presidente Dilma Rousseff (PT) repetiu seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e editou decretos que permitem investimentos federais em novas obras durante o período eleitoral. Dilma já publicou seis desses decretos. Eles vão beneficiar 855 projetos, entre os quais a ampliação do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, onde a presidente aposta alto na eleição do ex-ministro Patrus Ananias (PT) contra o agora adversário Marcio Lacerda (PSB), prefeito e candidato à reeleição.

A possibilidade de transformar por meio de decretos um repasse "voluntário", proibido no período de eleição, em repasse "obrigatório", que é liberado, foi dada a partir de medida provisória editada pelo governo Lula - e depois convertida em lei - no ano anterior à campanha municipal de 2008. A justificativa era não prejudicar obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

##RECOMENDA##

A lei eleitoral de 1997 barra os repasses "voluntários" três meses antes da votação a fim de evitar o uso da máquina em benefício de aliados nos Estados e municípios - neste ano ela passou a valer no dia 7. Exceções ocorrem quando a obra já está em andamento ou quando há situação de emergência ou calamidade pública.

Além da ampliação e modernização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, uma antiga promessa dos políticos mineiros, os seis decretos que abrem a brecha na lei eleitoral liberam investimentos em projetos relacionados a saneamento básico, urbanização de favelas e habitação popular.

A mudança na classificação das despesas de "voluntárias" para "obrigatórias" também permite repasses de verbas da União mesmo que as prefeituras beneficiárias estejam inadimplentes.

Responsável pela coordenação do PAC no Ministério do Planejamento, Maurício Carvalho reafirma que os decretos de Dilma têm apenas o objetivo de manter os investimentos federais no País. "Não acredito que isso desequilibre as eleições, não acredito que haja impacto no pleito", disse Carvalho. "Tem obra do PAC em todos os lugares e para todos os partidos", disse.

O procurador eleitoral André Stefani Bertuol, de Santa Catarina, discorda. "Nos palanques, o que os candidatos mais gostam de anunciar são investimentos do governo federal", afirmou. "Acredito, sim, que obras iniciadas no período eleitoral podem desequilibrar o pleito, por serem escolhidas de forma discricionária", completou, referindo-se ao fato de que uma transferência "voluntária" está sujeita a critérios subjetivos do gestor federal.

A Procuradoria-Geral da República ainda não se manifestou sobre os decretos. Ainda no governo Lula, o DEM tentou invalidá-los com uma ação no Supremo Tribunal Federal, mas não obteve sucesso. O assunto, no entanto, ainda divide opiniões.

Na época em que a medida passou a valer, o então ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, não negou o potencial impacto eleitoral do início de obras nos três meses antes da escolha dos prefeitos. "Se influencia o eleitor? Tomara que influencie", disse o peemedebista.

Lula editou ao todo 16 decretos listando obras que gozariam de liberação de recursos em regime especial. Dos seis editados por Dilma, dois são deste ano e quatro são do ano passado.

Empenhos - O governo também afrouxou restrições para que os ministérios firmem compromissos de gastos em período eleitoral, os chamados empenhos. Nas eleições de 2008, apesar de não haver restrição legal, a Advocacia-Geral da União recomendava a suspensão desses compromissos nos três meses anteriores às eleições. Pareceres posteriores do órgão derrubaram a orientação. O advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque, ressaltou que a lei veda só os pagamentos, mas não os atos que os precedem, como é o caso do empenho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, visitou neste domingo o Parque da Juventude e a Biblioteca de São Paulo, instalada durante o seu governo no terreno onde ficava o antigo presídio do Carandiru, na zona norte da cidade.

Durante a visita, o candidato não quis entrar em detalhes sobre a mais recente pesquisa Datafolha que aponta o prefeito da capital e seu sucessor no cargo, Gilberto Kassab (PSD), com a pior avaliação entre seis administradores de capitais, com nota 4,4 de eleitores paulistanos, numa escala de zero a dez, em levantamento realizado nos dias 19 e 20 deste mês. Questionado se a mais baixa nota da gestão Kassab, desde março de 2007, poderia interferir no andamento de sua campanha, Serra disse apenas: "Pesquisa de avaliação vai e vem. Não sou comentarista do Datafolha".

##RECOMENDA##

Bem-humorado, durante a visita às instalações da Biblioteca de São Paulo, José Serra mostrou o local aos presentes, conversou com funcionários e usuários e enalteceu o fato de as instalações serem totalmente preparadas para receber pessoas portadoras de necessidades especiais. Na inauguração da biblioteca, em 8 de fevereiro de 2010, quando dirigia o Palácio dos Bandeirantes, o então governador enalteceu justamente o quesito acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência física, visual, motora ou auditiva, destacando que a biblioteca é super avançada: "talvez poucas bibliotecas no mundo tenham este nível de acessibilidade".

Na visita que fez ao local na tarde deste domingo, o candidato tucano tirou muitas fotos com o público, principalmente com as crianças e assistiu a uma apresentação de dança russa, também na biblioteca. Em seu breve passeio pelo parque, Serra distribuiu beijos e abraços e arriscou andar de skate. Ele foi acompanhado na caminhada por alguns militantes que estavam no local e outros curiosos, além de seu candidato a vice, o ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider (PSD).

Milhares de pessoas saíram às ruas da Cidade do México neste domingo em protesto contra o que qualificaram como "imposição" do candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI) como novo presidente do país. Os participantes da manifestação empunharam cartazes e entoaram frases de ordem acusando o candidato priista Enrique Peña Nieto de ter recorrido a fraude e compra de votos para levar seu partido, que governou o México ininterruptamente por mais de sete décadas, de volta à presidência este ano.

De acordo com o resultado oficial, o candidato da esquerda Andres Manuel López Obrador terminou a votação seis pontos porcentuais atrás de Peña Nieto. O PRI nega ter recorrido a atividades ilegais ou fraudulentas e acusa López Obrador de tentar "desqualificar o processo eleitoral com base em mentiras". Não foram divulgadas até agora estimativas sobre o número de participantes dos protestos deste domingo na capital mexicana. As informações são da Associated Press.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando