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Um perfil, criado na rede social Facebook, já atraiu vários internautas que estão decepcionados com a política atuante do Brasil. O “Vote Nulo”, criado em fevereiro deste ano, reúne frases e imagens que incentivam ao eleitor mostrar sua insatisfação e votar nulo em outubro. 

Confira AQUI o perfil.

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O perfil já foi curtido por 3.164 pessoas da rede social e comentado por 7.318. De acordo com mensagem escrita no mural da página, votar nulo é um sinal de protesto contra a atual diligência corrupta do país. “Ao anular o nosso voto, estamos preferindo não escolher nenhum dos candidatos. Não estamos satisfeitos com essa nova safra de ladrões”, consta na postagem. 

A página ainda interage com os usuários que enviam fotos de propagandas política de seus municípios que consideram “bizarras” como diz as legendas das imagens. Cada foto, postada no mural do perfil possui pelo menos 20 curtir e 35 compartilhamentos. 

O próprio criador da página afirma que o perfil é uma forma de aviso aos futuros candidatos às eleições. “Isso é para que eles saibam que o povo tem escolha e, quem sabe algum dia, esse aviso os tornem mais honestos. Mas até lá vamos VOTAR NULO!”, diz a nota. 

O candidato a prefeito do Recife pelo PSB, Geraldo Júlio, abandou o estilo “paz e amor” e  criticou diretamente o Humberto Costa afirmando que  diferença entre ele e o candidato do PT, na área de saúde deve ser observada pelo eleitor. ” Humberto foi contra a construção dos três hospitais metropolitanos na campanha para governador", disse ele ao participar de um debate numa rádio local.

As três unidades de saúde - Dom Helder Câmara (no Cabo de Santo Agostinho), Miguel Arraes (em Paulista) e Pelópidas Silveira (Recife) - foram propostas pelo governador Eduardo Campos (PSB), padrinho político de Geraldo. "Hoje, os hospitais estão de pé e são feitas 400 cirurgias por mês em cada um. Sem contas as 14 UPAs", destacou. Em seguida, o prefeiturável elencou suas propostas para a área, que inclui a construção de 20 Upinhas 24h, o Hospital da Mulher e seis UPAs para consultas e exames.

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Em debate realizado hoje na Fundaj sobre os rumos do Recife após a Copa do Mundo, Mendonça defendeu a adoção de um modelo que realmente toque as obras que a cidade precisa. “É preciso mais mão-na-massa e menos debate político-ideológico, pois o Recife está travado nos mais diversos aspectos, da mobilidade à educação, da saúde ao planejamento”, disse.

O debate entre os candidatos foi realizado pela Rede Nacional de Cidades Sustentáveis e o Instituto Ethos, e culminou com a assinatura de três termos de compromisso por todos os
prefeituráveis: um relativo a políticas de transparência, outro pela adoção de um modelo sustentável para a cidade e um terceiro que prevê o estímulo às práticas esportivas.

O Pacto pela Transparência Municipal prevê a adoção de mecanismos para que a sociedade possa acompanhar todas as ações do Poder Público. O Programa Cidades do Esporte visa estimular a administração municipal a investir na prática esportiva nas escolas da rede, com vistas às Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Brasil. O terceiro compromisso foi um diagnóstico dos problemas da cidade no prazo de 90 dias após o início do mandato.

Dentro do conceito de cidade sustentável, Mendonça defendeu a melhora na coleta e tratamento do lixo, com investimentos maiores na coleta seletiva. “Todos sabem como esse sistema decaiu nos últimos anos no Recife, e é uma das nossas prioridades rever todo o processo, desde os contratos até o esquema de coleta e tratamento”.

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O candidato da coligação Mudança por um Recife Melhor (DEM/PMN) também citou outras prioridades ambientais de sua gestão. “Já em 2008 propusemos a criação da RPA Verde, que seria protegida contra a especulação imobiliária. Além de integramos o movimento pela preservação do Parque da Tamarineira e também temos propostas para os parques do Encanta-Moça e dos Manguezais. Também vamos implantar 20 quilômetros de ciclovias, pois entendemos que o uso da bicicleta, além de uma necessidade, precisa ser estimulado”.


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Os candidatos à Prefeitura do Recife assinaram um termo de compromisso com a cidade no que diz respeito ao legado deixado à população com a Copa do Mundo de 2014. O evento promovido pelo Instituto Ethos e outras instituições tem o objetivo de levantar questões como sustentabilidade, esportes, educação e transparência social, com o mote “Copa, Olimpíadas e Eleições: qual o legado para a cidade?”. 

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Participaram do evento os candidatos Daniel Coelho (PSDB), Edna Costa (PPL), Jair Pedro (PSTU), Mendonça Filho (DEM) e Roberto Numeriano (PCB). O candidato à vice, Luciano Siqueira (PCdoB), foi representando Geraldo Julio (PSB). Humberto Costa, com compromissos já marcados, garantiu que assinaria os documentos, ainda hoje, em São Paulo.

Entre as ideias do projeto, discutidas nesta quinta-feira (16), estão a ampliação de áreas verdes no Recife, erradicação da pobreza e miséria, despoluição do ar e dos rios, coleta seletiva, priorização do transporte público, redução da perda da água e implantação de ciclovias, no âmbito sustentável.

De acordo com o coordenador de políticas públicas do Instituto Ethos, Felipe Saboia, um dos pontos importantes do termo é o estudo do ar. “No termo está previsto o estudo do ar, com a medição da poluição, pois isso influi diretamente na qualidade de vida do cidadão. Em São Paulo, há expectativa de três anos a menos de vida por conta da poluição”, destacou.

Outros dois pontos de destaque são a ampliação, melhoria e acesso aos esportes na cidade até 2016, ano das Olimpíadas, no Rio de Janeiro. Além da transparência social, através da qual a população possa conferir onde será investido e o valor aplicado em determinada obra.

Segundo a representante da Associação Ambientalista de Camaragibe, Dilce Feitosa, o grande desafio é fazer as cidades caminharem no mesmo sentido do crescimento. “Nós estamos na contramão da história, enquanto outros países se preocupam com a água, com o solo, nós estamos fazendo obras faraônicas e depois isso não dá certo. Vamos enfrentar os problemas e depois vamos ter que refazer tudo isso”, esclareceu, enfatizando a relação dos custos com as obras da Copa e a questão sustentável.

A ação já passou por outras cidades brasileiras, entre elas, Manaus (AM), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e agora no Recife. Até setembro, as cidades de Curitiba (PR), Natal (RN), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) recebem o evento.

No Recife a iniciativa tem o apoio da Associação Ambientalista de Camaragibe, Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Fórum Pernambucano de Combate a Corrupção (FOCCO-PE), Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), Organização Pernambucana Contra Corrupção (OPECC), Observatório das Metrópoles e Observatório do Recife.

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama deu boas-vindas neste domingo a Paul Ryan nas eleições presidenciais, mas advertiu que se opõe fundamentalmente à visão do vice escolhido pelo partido republicano que, segundo Obama, é um porta-voz bem articulado do pensamento republicano.

A reação de Obama à escolha presumida feita pelos republicanos de nomear Ryan para concorrer com Mitt Romney foi comedida, ainda que os aliados do presidente tenham criticado ferozmente o legislador ao taxá-lo de favorecedor dos ricos. "Esse tipo de economia de cima para baixo é central para o governador Romney assim como é para seu aliado", disse Obama em evento para jovens apoiadores em Chicago, sua base eleitoral.

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"Ainda ontem, meu oponente escolheu seu vice, o líder ideológico dos republicanos no congresso, Paul Ryan. Eu quero parabenizar Ryan. Eu o conheço e quero lhe dar boas-vindas à disputa eleitoral", acrescentou o presidente. "Ele é um homem decente. É um homem de família. É um porta-voz bem articulado para a visão do governador Romney, mas é visão com a qual eu fundamentalmente discordo." As informações são da Dow Jones.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, classificou neste sábado como um ato isolado a iniciativa de uma diretora regional da Secretaria Estadual de Educação de convocar oficialmente dirigentes de escolas públicas para uma reunião de apoio à sua campanha. "Não há uso de máquina pública como política de campanha", disse Serra ao visitar a Bienal do Livro na zona norte da cidade. "O Estado respondeu e tomou as providências a esse respeito. De maneira nenhuma essa foi a orientação da campanha."

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a diretora usou a uma circular oficial e a página da instituição na internet para convocar os dirigentes para a reunião com a presença de Alexandre Schneider, candidato a vice na chapa do tucano. Segundo o governo estadual, a servidora foi afastada. Também em visita à Bienal, o candidato do PMDB, Gabriel Chalita, comentou o assunto: "É lamentável e triste, pois quem vai pagar o preço é sempre o funcionário mais simples", disse.

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Já Fernando Haddad (PT), que participou de uma plenária, aproveitou para fazer uma alusão com o episódio do vídeo publicado em seu site oficial, que compara Serra ao ditador alemão Adolf Hitler. O coordenador do site da campanha acabou demitido. "Quando eles (tucanos) detectarem um erro como o de hoje, é melhor agir rápido com eu. Isso contribui para um clima favorável na campanha. Se fingir que nada aconteceu, é ruim", afirmou Haddad. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas da estreia do horário político no rádio e na TV, a presidente Dilma Rousseff lembrou aos ministros que nenhum deles pode recorrer à "agenda dois em um" para pedir votos em campanhas municipais. A proibição consta de cartilha produzida pela Advocacia-Geral da União (AGU), que cita as condutas vedadas aos agentes públicos em eleições, mas Dilma decidiu reforçar a determinação porque não quer ver o governo acusado de uso da máquina nas disputas pelas Prefeituras.

Em recentes reuniões no Palácio do Planalto, a presidente disse que não admitirá "compromissos casados" em que auxiliares aproveitam atos oficiais no fim de semana, com viagens em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e depois esticam a visita para subir em palanques. Quando isso ocorrer, o cabo eleitoral da Esplanada terá de pagar passagem e estadia do próprio bolso.

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"Nessa época de eleição, não passo nem perto de avião da FAB", contou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB). Dilma também proibiu os subordinados de entrarem em "bola dividida" em capitais consideradas prioritárias por aliados do porte do PMDB ou do PSB. Caberá ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de apaziguar os ânimos onde houver conflito.

Apesar da preocupação do governo e do PT com o impacto do julgamento do mensalão nas campanhas - especialmente na de Fernando Haddad, em São Paulo, e na de Patrus Ananias, em Belo Horizonte -, a ordem é amenizar essa interferência. "As pessoas querem saber dos problemas de sua cidade", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ex-militante da Juventude do PT, Padilha é o mais requisitado da Esplanada pelos candidatos. Ele já gravou 104 vídeos para internet e TV e está até no You Tube. "Vou onde me chamam", desconversou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A escolha do republicano Paul Ryan para vice na chapa de Mitt Romney, na corrida presidencial nos Estados Unidos, significa que o Federal Reserve pode ter um adversário na Casa Branca, embora Ryan e o chairman do Fed, Ben Bernanke, pareçam ter uma relação de trabalho amigável.

Os dois têm reuniões frequentes, mas nas apresentações de Bernanke ao Comitê de Orçamento da Câmara, presidido por Ryan, o congressista submeteu o chairman do Fed a colóquios austeros.

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Em fevereiro, Ryan criticou o Fed por permitir grandes déficits orçamentários do governo federal por meio da redução dos juros de longo prazo e por manter baixo o custo de financiamento da dívida do governo. Ele também disse a Bernanke que temia que o banco central estivesse alimentando uma nova crise financeira. "Muitos de nós acreditamos que o Federal Reserve esteve muito permissivo por muito tempo no período de 2003 a 2005", disse, na ocasião. "Nosso temor é que você esteja para repetir os mesmos erros".

Bernanke se encontrou a portas fechadas com Ryan com mais frequência do que com outros congressistas. O presidente do Fed diz que compartilha as preocupações de Ryan sobre o déficit orçamentário no longo prazo e que é responsabilidade do Congresso gerenciá-lo com cuidado.

Ryan tem sido acompanhado pelo republicano Ron Paul, também da Câmara, na proposta para que as políticas de juros do Fed sejam auditadas pelo Escritório de Contabilidade do Governo, um braço de supervisão do congresso. Bernanke se opõe à ideia e diz que esta seria uma ameaça à independência na condução da política monetária.

Em 2010, Ryan foi coautor de um artigo criticando o Fed com o professor da Universidade de Stanford John Taylor, um dos principais críticos do banco. O foco foi o programa de compra de títulos chamado de relaxamento quantitativo, sob o argumento de que o programa pode gerar inflação mais alta e depreciar a moeda.

Ryan e Taylor também pediram ao Congresso para reescrever o Federal Reserve Act, lei que regulamentou o sistema bancário federal dos EUA, para que o Fed tenha apenas um mandato - buscar a estabilidade de preços - e não mais mandato dual, que também inclui buscar emprego sustentável. A parte do mandato que trata do emprego Ryan afirmou que deixa o Fed muito intervencionista. Bernanke disse que o Fed pode executar seu trabalho tanto com um mandato simples quanto dual.

Romney tem advertido o banco central local contra a terceira rodada de compra de títulos. Também disse que substituiria Bernanke, cujo mandato como presidente do Fed se encerra em janeiro de 2014. As informações são da Dow Jones.

Washington, 11/08/2012 - O candidato à Casa Branca Mitt Romney escolheu o representante republicano Paul Ryan como seu candidato à vice-presidência e companheiro de chapa. A decisão deve entusiasmar os conservadores da chapa e garantir que as eleições se tornem um profundo debate filosófico entre os partidos republicano e democrata sobre gastos do governo, impostos e direitos dos cidadãos.

Com Ryan, de 42 anos, a campanha de Romney acolhe um conservador que passou os últimos anos no centro dos debates nacionais sobre o tamanho e a abrangência do governo federal. Com suas propostas de reorganizar os programas de previdência para futuros aposentados e para os pobres, tornou-se um herói entre os conservadores e um alvo dos liberais.

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O anúncio de sua escolha foi oficialmente anunciado pouco depois das 7h da manhã, pelo horário norte-americano, cerca de 8h de Brasília. A notícia deverá ser anunciada oficialmente por Romney às 9h (10h de Brasília) no porto de Norfolk (Virgínia, leste), a bordo do USS Wisconsin, um navio de guerra da Segunda Guerra Mundial que também foi utilizado durante a primeira guerra do Golfo em 1991.

A escolha ocorre a duas semanas da convenção nacional do Partido Republicano em Tampa, na Flórida, que indicará formalmente Romney e seu companheiro de chapa para enfrentar o atual presidente democrata Barack Obama e seu vice Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro. As informações são da Dow Jones. (Cynthia Decloedt - cynthia.decloedt@estadao.com)

Abraço no eleitor, beijo na criançada, cafezinho na padaria. Desde que a Justiça Eleitoral permitiu a campanha nas ruas, há exatamente um mês, os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo têm seguido um roteiro parecido e previsível ao percorrer a cidade em busca de votos.

Para isso, até de bicicleta eles andaram. Num mesmo fim de semana, José Serra (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB) puseram seus capacetes e pedalaram pelas ruas da capital. No fim de semana passado, foi a vez de Celso Russomanno (PRB) andar de bicicleta ao lado dos filhos. Todos assinaram um termo de compromisso para melhorar as condições das ciclovias.

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As semelhanças entre os atos de campanha não param por aí. Os candidatos têm investido em participar, por exemplo, de eventos religiosos. Russomanno procurou ir a missas católicas para afastar a imagem de que é o candidato da Igreja Universal, a qual o seu partido é ligado. Haddad e Chalita também foram flagrados usando o púlpito como palanque.

Mais discreto, Serra visitou pelo menos três templos evangélicos no último mês, mas tomou cuidado para não ser fotografado, numa tentativa de manter a questão religiosa longe do debate eleitoral neste ano.

Com as agendas cheias, não dá para dizer, no entanto, que eles não estejam achando tempo para se divertir. Serra já foi fotografado andando de skate, Chalita montado num touro, Haddad tocando violão e Russomanno abraçado a pessoas fantasiadas. Isso não deixa dúvidas de que, mesmo durante a corrida eleitoral, é possível ter momentos de descontração. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com o apoio de três militantes petistas do grupo do prefeito João da Costa - que foi preterido no seu projeto de tentar a reeleição -, o senador Humberto Costa, candidato à prefeitura do Recife, disse neste domingo, na inauguração do seu comitê central, que está trabalhando para conseguir a total unidade da sigla. "Estamos no caminho certo e vamos conseguir", afirmou, em entrevista, referindo-se a uma aguardada adesão do prefeito à sua campanha.

João da Costa não participa de atos de campanha nem deu seu apoio ao senador que, por enquanto, conquistou a aproximação dos vereadores Osmar Ricardo e Jairo Brito e do ex-presidente estadual da sigla, Jorge Perez, candidato a vereador - todos ligados ao atual prefeito.

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Regada a frevo e muita empolgação da militância, a festa indicou que o adversário preferencial do PT será o candidato do governador Eduardo Campos (PSB), Geraldo Julio.

Além dos feitos do PT nos 12 anos à frente da prefeitura do Recife - mencionados nos discursos por Humberto e por seu companheiro de chapa, o ex-prefeito João Paulo -, uma das armas a serem largamente usadas na campanha será o apoio exclusivo do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, presentes nos cartazes e citados repetidamente. "Não vamos permitir o uso, em nenhuma forma, da imagem de Lula e Dilma por quem não está coligado", garantiu o senador. "No Recife, Lula tem lado e candidato", reforçou João Paulo.

De acordo com Humberto, a vinda do ex-presidente ao Recife e sua participação na campanha só depende de uma avaliação médica, prevista para segunda-feira, quando será definido o que ele pode e não pode fazer. Ele também destacou, na sua fala à militância, que o crescimento de Pernambuco (gestão Eduardo Campos) se deveu ao governo federal. "A história de Pernambuco e do Recife se divide no antes e depois de Lula".

Secretário-geral nacional do PT, Elói Pietá reiterou que a eleição do Recife é prioridade nacional do partido. A formação da chapa com os dois principais quadros do PT pernambucano, que tiveram de superar divergências entre si, é prova disso. Pietá prestigiou o evento ao lado da prefeita de Fortaleza, Luiziane Lins e seu candidato à sucessão, Elmano Freitas. No Recife e em Fortaleza, o PT tem o antigo aliado PSB como adversário.

"Não vamos permitir que o atraso predomine", discursou Humberto. "Ele bate sempre à nossa porta e muitas vezes aparece com discurso sedutor". Indagado se estava se referindo ao PSB, o candidato limitou-se a dizer que "cada um vai entender como a mensagem foi dada".

Sobre a aliança do governador Eduardo Campos (PSB) com o seu antigo desafeto, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), na eleição municipal, Humberto Costa disse que o sentimento de todos no PT é de "estranheza". "O senador Jarbas faz oposição cerrada, agressiva, em alguns momentos violenta tanto à presidente Dilma como ao presidente Lula", afirmou. "É estranho que um partido que é nosso aliado, que tem nosso apoio, faça aliança com esse cidadão".

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, declarou que o banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), não deveria tomar novas atitudes para estimular a economia do país. Em vez disso, ele pediu "algo dramático", sem explicar precisamente o que isso significa.

Na medida em que o ex-governador de Massachusetts e o presidente Barack Obama se encaminham para as respectivas convenções de nomeação de seus partidos, as pesquisas mostram que a disputa será decidida por uma margem muito estreita e que os eleitores votarão principalmente em quem acham que pode criar mais empregos e estimular a recuperação da economia norte-americana.

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"Eu posso afirmar com certeza que agora é a hora de algo dramático e não é hora de aumentar o tamanho do Estado. É hora de criar incentivos e oportunidades para empreendedores e para que empresas grandes e pequenas contratem mais. É isso que vai acontecer", disse Romney em entrevista à CNN que foi ao ar neste domingo.

Os dois candidatos não tiveram agenda de campanha neste domingo. Obama estava na residência presidencial de Camp David descansando e comemorando seu aniversário de 51 anos. Romney estava em seu retiro num lago de New Hampshire.

Neste domingo, a campanha de Romney colocou no ar um anúncio de televisão destacando sua visita recente a Israel. O republicano critica Obama por não visitar o país, onde esteve pela última vez durante sua campanha de 2008.

Romney disse várias vezes na última semana que suas políticas econômicas criariam 12 milhões de empregos em seu primeiro mandato. Pressionado a explicar como, ele disse durante a entrevista que isso é o que acontece num processo normal. "Quando temos este tipo de recessão como agora precisamos deste tipo de criação de empregos", disse ele. "Coisas boas acontecem quando você tem um setor privado que prospera."

Ao fazer campanha em Indiana, no sábado, Romney atacou o que chamou de "uma série extraordinária de fracassos políticos" do presidente Barack Obama.

Mas até agora, Romney tem sido lento na divulgação de detalhes sobre seus projetos econômicos. Ele repetiu sua oposição ao projeto de Obama de preservar os cortes fiscais, aprovados no governo de George W. Bush, para norte-americanos que ganham menos de US$ 250 mil por ano. A alíquota para os que ganham mais do que isso subiria para os níveis cobrados durante o governo de Bill Clinton.

Romney promete manter as reduções para todos, embora não tenha declarado como vai compensar das deduções. Obama diz que o projeto do republicano vai, no final, representar uma vantagem para os ricos e o pagamento mais alto para a classe média para compensar as deduções fiscais. Romney diz que não.

Impostos

David Axelrod, conselheiro de campanha de Obama, disse neste domingo que Obama pode desmentir as afirmações de que não pagou impostos por uma década simplesmente divulgando suas declarações de imposto de renda.

Na semana passada, o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, disse que "uma fonte extremamente confiável" afirmou que Romney não pagou impostos por dez anos, embora não tenha mostrado provas da afirmação e tenha se negado a dizer quem era a fonte.

Axelrod não tentou distanciar a campanha da afirmação. "Eu sem com quem Harry conversou. O ponto aqui...é que a campanha e Romney podem resolver isso em dez segundos", disse ele à Fox News, neste domingo.

"Por que ele não acaba logo com isso? O que ele está escondendo", disse Axelrod. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que disputa a reeleição, tem 43% de preferência do eleitorado da capital. O resultado mostra o socialista com 22 pontos percentuais a mais que o segundo colocado na disputa, o ex-ministro Patrus Ananias, preferido por 21% dos eleitores. É o que mostra pesquisa do Ibope encomendada pela TV Globo e divulgada nesta sexta (3).

Em terceiro lugar, aparece a candidata do PSTU, Vanessa Portugal, seguida por Maria da Consolação Rocha (PSOL), escolhida por 1% do eleitorado belo-horizontino. Os candidatos Alfredo Flister (PHS), Pepê (PCO) e Tadeu Martins (PPL) não pontuaram. Do total de eleitores consultados, 15% declarou voto branco ou nulo e 19% disseram não saber em que vão votar ou se recusaram a responder.

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A pesquisa, registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número 00173/2012, foi realizada entre 31 de julho e 2 de agosto. Ao todo foram ouvidos 805 eleitores e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento também verificou o índice de rejeição dos candidatos. Neste caso, Pepê liderou com 14% das respostas, seguido por Marcio Lacerda e Vanessa Portugal, que tiveram 13% cada. Patrus aparece com 12%, contra 7% de Maria da Consolação Rocha, 6% de Tadeu Martins e, por último, aparece Alfredo Flister, rejeitado por 4% do eleitorado.

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) para o cenário eleitoral em 2014 mostra que, se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria com 69,8% dos votos. O senador Aécio Neves (PSDB) teria 11,9% das intenções de voto e o governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teria 3,2%.

Os resultados são da 112ª Pesquisa CNT de Opinião, divulgada hoje e realizada entre os dias 18 e 26 de julho deste ano. A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas, em cinco regiões do País, e tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, para baixo ou para cima.

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Em um segundo cenário, a CNT substituiu Lula pela presidente Dilma Rousseff. Nessa simulação, Dilma venceria as eleições com 59% das intenções de voto. Aécio Neves teria 14,8%, e Eduardo Campos, 6,5%.

Em um eventual segundo turno, Lula venceria Aécio com 73,4% das intenções de voto, e o tucano teria 15,2%. Contra Eduardo Campos, Lula teria 76,1% dos votos, e o governador pernambucano, 8,7%. Contra Aécio, Dilma venceria com 63,8%, e o senador mineiro teria 21,5%, também em uma segunda rodada do pleito. Contra Campos, Dilma teria 69,1% dos votos, e o governador do Pernambuco teria 12,4%.

A ND Comunicação, agência de publicidade da qual o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) é sócio, está bloqueada judicialmente e com os bens indisponíveis. O bloqueio, pedido pela Fazenda Nacional e autorizado pela Vara da Fazenda Pública de Diadema, ocorreu em 19 de março deste ano e tem como alvo o empresário Laerte Codonho, sócio do candidato e dono da marca de refrigerantes Dolly.

O jornal O Estado de S.Paulo revelou no sábado (28) que, em 2004, Russomanno, que se apresenta ao eleitorado e em programas de TV como defensor dos consumidores, usou seu mandato na Câmara para defender Codonho em audiência pública. Depois, o empresário tornou-se, além de sócio, o maior doador de campanha do ex-deputado federal na disputa ao governo paulista em 2010 e patrocinador de um de seus programas de TV.

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Codonho foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto em novembro de 2011, por crime contra a ordem tributária. Ele recorre da decisão em tribunais superiores. Na ação penal a que o empresário responde e que corre sob segredo de Justiça, a desembargadora Ramza Tartuce informa que Codonho foi condenado por crimes relatados pela Receita Federal. Segundo a desembargadora, o Fisco informou ter verificado, em auditoria feita na Dolly, a sonegação de impostos por meio da omissão de receitas. A Receita, então, encaminhou uma representação criminal contra Codonho e a empresa.

Esquema

Uma testemunha que relatou à Justiça o suposto esquema de sonegação foi o ex-funcionário Pedro Quintino de Paula, que trabalhou na Dolly entre 1995 e 2001. Em entrevista à reportagem, Quintino afirmou que Codonho ordenava o pagamento de 20% dos tributos devidos.

"No ano 2000, eles chegavam a sonegar entre R$ 1,8 milhão e R$ 2 milhões por mês", afirmou. "Desde o início pagávamos 20% do valor dos impostos que deveriam ser pagos. Nunca se recolheu 100%".

Quintino disse que uma gráfica imprimia notas fiscais em duplicidade para a Dolly. "Repetia o mesmo número duas vezes, ou até três, quando precisava, para fazer um valor de 20% para o Fisco e de 100% do cliente".

O ex-funcionário foi convidado por Russomanno para a audiência em que ele defendeu a Dolly. Segundo Quintino, a reunião foi um jogo de "cartas marcadas". "A audiência toda foi comandada pelo Laerte Codonho". Ele disse avaliar que o empresário e Russomanno tenham combinado o tom do encontro.

Procurado, o empresário não respondeu até esta edição ser concluída. Em 2004, na audiência, Codonho chamou Quintino de "bandido" e "estelionatário" e afirmou ter provas de que o ex-funcionário roubara a Dolly e de que ele fora infiltrado na empresa pela Coca-Cola, com quem travava uma disputa industrial.

"Questões pequenas"

O candidato do PRB, Celso Russomanno, disse considerar a indisponibilidade dos bens envolvendo sua empresa, a ND Comunicação, e o seu sócio Laerte Codonho "questões pequenas". "A cidade de São Paulo e seus problemas são muito grandes para questões tão pequenas como essa. O que eu tinha para falar sobre isso já foi respondido. Para mim o assunto está encerrado", disse em e-mail ao jornal O Estado de S.Paulo.

Em ato de campanha ontem (30), Russomanno foi indagado sobre a sociedade. O candidato atacou o jornal O Estado de S.Paulo: "Vocês falharam comigo. Eu acho que a imprensa tem que ter ética. E a ética começa quando você responde a uma pergunta e a resposta é colocada na íntegra, não só o que interessa ao jornalista. Aí faltou ética".

Na sexta-feira (27), Russomanno disse que não tinha conhecimento sobre a decisão da Justiça que condenava o sócio a cinco anos de prisão em regime semiaberto: "Tomei conhecimento disso através deste questionamento. Fiz uma consulta e me foi informado que está em grau de recurso na Justiça. Só vou opinar quando terminar o processo".

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Apesar de reclamar do inchaço no pescoço e voltar a ser incomodado pelas dores da bursite no ombro direito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu compromissos nos últimos dois dias a fim de ajudar os candidatos do PT nas eleições.

No domingo, Lula entrou para valer na campanha a vereador do filho mais velho, Marcos Claudio Lula da Silva, candidato do PT em São Bernardo do Campo. Ao participar da inauguração do comitê, Lula pediu mais que votos. "A eleição do Marcos é como se vocês estivessem me elegendo vereador. Vamos colocar o Lulinha para ver se ele faz na Câmara o que foi feito no País."

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O coordenador da campanha, Dirceu Marcos, disse que a imagem de Lula "será associada à do Marcos na mesma medida de outros candidatos". Em compensação, Lulinha terá outras companhias de peso em seu palanque. A mãe, Marisa Letícia, quer acompanhar o filho sempre que não estiver com o próprio Lula. E o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), também terá Lulinha ao seu lado em boa parte dos eventos da campanha à reeleição.

Lulinha é filho de Marisa Letícia com o primeiro marido, morto em um latrocínio. Lula assumiu a paternidade após se casar com Marisa. Em 2008, Lulinha não pôde sair candidato por causa do grau de parentesco com o então presidente da República.

Pescoço

Ontem, Lula posou para fotos com candidatos petistas e aliados vindos de todo o País, em um hotel na zona sul de São Paulo. Foram convidados 84 petistas e 34 apoiados pelo PT em capitais e cidades com mais de 150 mil eleitores.

A três dias do início do julgamento do mensalão, notou-se a ausência de João Paulo Cunha, um dos 38 réus e candidato do PT em Osasco. Petistas negam que Cunha tenha faltado para evitar constrangimentos.

Ontem, Lula mostrou incômodo com o inchaço no pescoço, consequência da radioterapia para combater um câncer na laringe. O ex-presidente fez uma sessão de fonoaudiologia no próprio hotel antes das fotos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Um grupo de jovens e modelos vai pedir votos para o candidato José Serra (PSDB) nos arredores de colégios, bares, restaurantes e baladas de São Paulo, durante a campanha pela Prefeitura da capital paulista. O foco da ação é o eleitorado com idade entre 16 e 30 anos. Pesquisas de intenção de voto mostram que, atualmente, o tucano tem melhor desempenho entre os idosos.

A equipe de homens e mulheres começou a distribuir material gráfico da campanha de Serra na sexta-feira. Uniformizados com camisas amarelas estampadas com o número do PSDB na urna eletrônica, os jovens entregaram adesivos para os eleitores em um parque, durante a tarde, e em regiões que concentram bares, à noite.

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Os pontos de ação da equipe serão as áreas que concentram grande quantidade de jovens na cidade. Além de bares e restaurantes de regiões como Moema, na zona sul, e Vila Madalena, na oeste, também estão previstos atos em shoppings, ruas comerciais do centro, faculdades e colégios.

Serretes

A estratégia é inspirada na campanha criada em 2008 pela equipe do então candidato à reeleição, Gilberto Kassab (PSD). Na ocasião, as modelos foram apelidadas de "kassabetes". Agora, integrantes da campanha de Serra brincam que as mulheres da equipe de jovens seriam as "serretes".

O grupo foi orientado a não responder a provocações durante as ações com os eleitores. O objetivo é estimular o debate sobre as propostas apresentadas por Serra.

Segundo a equipe de campanha, os jovens selecionados já são simpáticos à candidatura do tucano. Eles trabalham durante o dia como modelos, funcionários de restaurantes e vendedores de lojas da capital paulista. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Entre a batalha da militância nas ruas, com bandeiras e carros de som, e a disputa pela empatia do eleitor no horário político em rádio e TV, há um terceiro front das campanhas que pode ser decisivo na vitória de um candidato: a guerra de representações jurídicas.

Em São Paulo, os advogados dos principais candidatos à prefeitura estimam mover, cada um, cerca de 400 representações até outubro. Em sua maioria, pedidos para que a Justiça Eleitoral retire programas do ar, reduza os minutos de exposição dos adversários ou autorize a veiculação de direito de resposta.

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O ápice da disputa ocorre durante o horário eleitoral, quando os advogados assistem a todos os programas dos concorrentes para mapear ofensas ou o uso de técnicas vedadas pela lei, como montagem, trucagem ou computação gráfica. O trabalho, porém, começa antes da campanha, no momento de registro da candidatura, quando qualquer inconsistência pode ser fatal: nestas eleições, a Justiça já indeferiu o registro de 122 candidaturas a prefeito, 111 a vice-prefeito e 3.763 a vereador.

Esse serviço não sai barato. Neste ano, o preço para prestar assessoria jurídica por três meses às maiores campanhas à prefeitura paulistana não é menor que R$ 1 milhão. Em 2008, Gilberto Kassab, então candidato pelo DEM, pagou pouco mais que isso ao escritório Malheiros, Penteado, Toledo, Almeida Prado, que hoje assessora a campanha de José Serra (PSDB). Geraldo Alckmin gastou R$ 750 mil com as bancas Mendes Advogados e Alckmin Advogados, e Marta Suplicy, R$ 450 mil com o escritório Silveira, Andrade Advogados, de acordo com as declarações à Justiça Eleitoral. Segundo os advogados, desde então o serviço valorizou-se bem acima da inflação, que foi de 24% no período, medida pelo INPC.

A profissionalização da assessoria jurídica de campanha ganhou força a partir das eleições de 1998, as primeiras após a promulgação da Lei 9.504, que definiu regras gerais para todos os pleitos - até então, o Congresso Nacional aprovava uma lei específica para cada processo eleitoral. E o status do advogado de campanha cresceu junto com o aumento do peso do marketing político. Hoje, advogados e marqueteiros mantêm contato direto para definir o que pode ou não ir ao ar no horário eleitoral. Em casos mais sensíveis, o programa é submetido previamente à aprovação do jurídico.

Colégio de freiras

Se, na frente dos juízes, os advogados de cada candidato estão em lados opostos, na hora de comentar as leis eleitorais todos são unânimes: falta clareza nas normas e a há excesso de restrições à publicidade. Segundo eles, a resposta para um candidato que precisa saber se pode ou não fazer algo muitas vezes é: "depende". O motivo seria a pulverização das normas em leis e resoluções diversas e a alta rotatividade dos juízes eleitorais, que cumprem mandatos de dois anos, renováveis por mais dois.

"Há uma insegurança jurídica muito grande", resume Ricardo Vita Porto, que já advogou para Orestes Quércia e hoje está na equipe de Gabriel Chalita (PMDB). Hélio Silveira, que assessora Fernando Haddad e tem um histórico de serviços prestados ao PT, faz coro: "as regras são imprevisíveis".

Os advogados também avaliam que os limites à publicidade eleitoral chegaram ao ponto de prejudicar a renovação política. Segundo eles, a proibição de pendurar cartazes em postes, distribuir camisetas e fazer showmícios esfria a disputa e resguarda quem está no poder. "Eleições não são um recreio de colégio de freiras do século 19. E não há democracia sem eleições", diz Ricardo Penteado, advogado de Serra.

Ele afirma que, em cidades pequenas, onde os candidatos não têm acesso ao horário gratuito de rádio e TV, as campanhas minguaram e a influência da boca de urna aumentou. "Colocar um ‘santinho’ no poste é legal no mundo inteiro", reclama Everson Tobaruela, advogado de Celso Russomanno.

Impunidade

O grande desafio para as assessorias jurídicas dos candidatos neste ano deverá ser o uso da internet para difamar ou atacar candidatos. A Justiça Eleitoral age rápido para tirar propagandas ofensivas do rádio e da televisão e autorizar o direito de resposta, mas o mesmo não ocorre com sites e vídeos hospedados em servidores fora do Brasil.

Em 2010, Silveira defendeu a então candidata pelo PV à Presidência da República, Marina Silva, e se deparou com um site ofensivo hospedado nos Estados Unidos. Quando as providências foram tomadas, o estrago já estava feito.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A participação de policiais civis e militares como candidatos disparou em Estados onde essas categorias promoveram greves e paralisações nos últimos dois anos. O número de agentes das forças públicas de segurança que tentarão se eleger prefeitos ou vereadores aumentou em mais de 50% na Bahia, no Amapá, na Paraíba e no Maranhão, em relação ao pleito de 2008. Esses Estados registraram sérios distúrbios por causa de reivindicações salariais de policiais.

O efetivo total dos candidatos de farda ou distintivo no País soma 4.634 homens e mulheres, crescimento de 16% em relação aos 3.995 policiais candidatos em 2008. Sua bandeira principal é a pressão pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 300, que estabelece piso salarial nacional para a categoria. Mas, como prefeitos ou vereadores, os militares só poderão fazer pressão política, pois cabe ao Congresso Nacional a deliberação sobre o assunto.

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Palco da mais violenta greve policial registrada recentemente, a Bahia teve crescimento de 55% na participação de candidatos que se apresentam como integrantes das forças de segurança. Em 2008, 245 policiais disputaram a eleição. Neste ano, são 379. O crescimento universal de postulantes no Estado foi de 24%. No Maranhão, a participação de candidatos policiais aumentou 58% - de 89 em 2008 para 141 este ano. Ali também houve uma greve policial entre o fim de novembro e início de dezembro. O número geral de candidatos nas cidades do Maranhão aumentou 21%.

O aumento mais expressivo do número de policiais nas eleições foi no Amapá. Eram 20 candidatos há quatro anos. Agora, são 37, ou 85% a mais. A quantidade total de candidaturas no Estado aumentou 30%. A PM local ameaçou greve em fevereiro, mas foi contida com reajustes de até 100% em alguns benefícios, como o auxílio-fardamento.

Nos maiores colégios eleitorais do País, a participação de policiais na eleição não teve crescimento expressivo. Em São Paulo, com o maior número absoluto de candidatos, serão 636 tentando se eleger, 10% a mais comparado a 2008. Minas Gerais, que enfrentou violentas manifestações policiais nos anos 1990, saiu de 515 para 528 policiais candidatos - quase 3% a mais.

Embora tenha havido um crescimento expressivo no número absoluto de policiais nesta eleição, a participação relativa desses candidatos diminuiu em relação a 2008. Há quatro anos, o efetivo policial representava 1,094% das candidaturas. Este ano, a proporção caiu para 0,997%, pois o número total de postulantes também disparou no País, de 365.292 em 2008 para 464.973 este ano - ou 27% a mais.

Milícia

Embora não tenha apresentado aumento significativo no número de policiais no pleito deste ano - cerca de 8% -, o Rio é o Estado que tem a maior proporção de candidatos de farda. Os 456 postulantes são 2% das 21.143 candidaturas. O temor de que parte esteja envolvida com grupos de milícia que atuam em comunidades carentes do Estado fez com que a força-tarefa capitaneada pelo Tribunal Regional Eleitoral resolvesse, semana passada, monitorar essas candidaturas. O grupo tem também representantes da Secretaria de Segurança, do Ministério Público, da Polícia Federal e das Forças Armadas.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

"O ex-ministro Ciro Gomes é um traidor, está no ostracismo e não esconde o incômodo com a projeção nacional do ex-governador de Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e do presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos." A afirmação é do presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, ao reagir às declarações de Ciro que, em entrevista ao Estado, apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

Preterido pelo PSB para entrar na corrida presidencial de 2010, Ciro defendeu que os socialistas só entrem na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018. Foi Eduardo Campos quem brecou a candidatura de Ciro à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, optando pelo apoio a Dilma Rousseff. "O Ciro está visivelmente incomodado com a projeção do Aécio e do Eduardo Campos e com o seu papel marginal na política", afirmou Pestana.

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O deputado tucano rebateu as declarações de Ciro que se disse "decepcionado" com Aécio Neves na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Aécio trabalha pela reeleição de Márcio Lacerda (PSB), que foi secretário executivo de Ciro Gomes no Ministério da Integração Nacional. Na última hora, o PT desistiu de manter o apoio à candidatura do socialista, como fez em 2008, e lançou Patrus Ananias na corrida pela prefeitura da capital mineira.

"Quem rompeu com o Márcio Lacerda foi o PT, que quis 'vampirizar' o PSB", disse Pestana. "Não me venha o Ciro falar que a intransigência foi do Aécio."

Marcus Pestana aproveitou ainda para acusar Ciro de ter "traído" o ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Na década de 90, Jereissati lançou Ciro na política, elegendo-o prefeito de Fortaleza pelo PSDB. Pestana argumentou ainda que Ciro "traiu o povo do Ceará" ao ceder aos apelos do ex-presidente Lula e mudar seu título de eleitor para São Paulo, em 2009. "Ele (Ciro) deu às costas ao povo do Ceará."

Ciro Gomes foi candidato à Presidência da República por duas vezes: em 1998 e 2002. Ele tinha pretensões de concorrer novamente em 2010, mas foi impedido por Eduardo Campos. Ao lado de Aécio Neves, o presidente nacional do PSB é um dos nomes mais lembrados para disputar o Palácio do Planalto, em 2014. O nome de Campos também é cotado para ser candidato a vice na provável chapa liderada por Dilma à reeleição.

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