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Mitt Romney anunciará nesta sexta-feira que não será candidato nas eleições presidenciais americanas de 2016, informou um de seus assessores, uma boa notícia para outro aspirante ao cargo, Jeb Bush.

"Após uma longa reflexão sobre uma nova candidatura à Presidência, decidi que era melhor dar oportunidade a outros líderes do partido de se tornar nosso próximo candidato", declarou Romney, de 67 anos, nesta sexta-feira, durante teleconferência com seus assessores.

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"Não imaginam como é difícil para Ann (nr, esposa de Romney) e para mim nos retirar, sobretudo levando em conta o seu apoio e o de tantas pessoas em todo o país. Mas achamos que é a melhor solução para o partido e o país", prosseguiu.

Mitt Romney perdeu as primárias republicanas em 2008 e foi derrotado por Barack Obama em 2012.

O diagnóstico de sua última campanha é unânime na esfera política: o outrora milionário homem de negócios não conseguiu seduzir outros eleitores fora da base tradicional do Partido Republicano, ou seja, o eleitorado branco e rural.

O anúncio de Romney é, sem dúvida, uma boa notícia para outro republicano, indicam as pesquisas de opinião, e provável candidato às primárias: Jeb Bush. Os dois homens se reuniram há uma semana em Utah, onde a família Romney tem casa.

Filho do ex-presidente George H.W. Bush (1989-1993) e irmão de outro ex-presidente, George W. Bush (2001-2009), Jeb admite desde dezembro que explora "ativamente" a possibilidade de uma candidatura, o que significa que está em pré-campanha.

"Estou certo de que a decisão de hoje não é fácil, mas sei que Mitt Romney não deixará de lutar para renovar a promessa americana, incentivando a ascensão social e a livre iniciativa, e o reforço da defesa nacional", escreveu Jeb Bush em sua página no Facebook, menos de trinta minutos após o anúncio de Romney.

Em sua primeira entrevista desde que perdeu a batalha eleitoral em novembro passado, o republicano Mitt Romney reconheceu neste domingo (3) que ficou frustrado por não ocupar a Casa Branca e solucionar os problemas do país.

"Fico frustrado por não estar lá, não estar na Casa Branca, para fazer o que é preciso fazer", afirmou ao canal Fox, em aberta crítica a Barack Obama.

Romney não poupou crítica a Obama por sua condução do conflito orçamentário e por não ter obtido um acordo entre democratas e republicanos.

No entanto, ele também criticou a própria campanha eleitoral, admitindo que fez declarações equivocadas e que houve uma falta de "eficácia" de sua mensagem em relação às minorias, como negros e hispânicos.

O ex-governador de Massachusetts deu a entrevista junto à esposa Ann Romney.

A chuva de papel picado sobre as ruas nova-iorquinas no tradicional desfile de Ação de Graças da loja de departamento Macy's, na quinta-feira, incluiu fragmentos legíveis de arquivos policiais, entre eles menções a uma carreata do republicano Mitt Romney em sua campanha eleitoral.

Os agentes da delegacia de polícia do condado de Nassau, revelados pelas pistas dos papéis, não quiseram fazer comentários sobre como o desfile acabou se transformando em uma festa de segredos.

Anteriormente, o inspetor de polícia de Nassau, Kenneth Lack, tinha afirmado que estava "muito preocupado".

"O departamento realizará uma investigação sobre este tema, além de revisar os procedimentos para descartar os documentos policiais", acrescentou.

O The New York Post informou que havia pedaços de papel que continham números da previdência social, nomes de detetives e detalhes relacionados ao ato da campanha de Romney.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi reeleito para um segundo mandato e governará os EUA até 2017. Obama, 44º presidente dos EUA, facilmente superou os 270 votos necessários para ser eleito presidente no Colégio Eleitoral. Com 97% dos votos populares apurados nesta quarta-feira, Obama tinha 303 votos no Colégio Eleitoral, enquanto seu rival republicano Mitt Romney tinha 206. Romney reconheceu a derrota e desejou um bom governo a Obama. Os democratas conseguiram manter também sua vantagem no Senado, de 53 cadeiras, mas os republicanos ficaram com o controle da Câmara dos Representantes (deputados federais) e tinham, segundo contagem parcial nesta quarta-feira, 227 das 435 cadeiras, com a chance de conquistar mais nove. Os democratas conquistaram 178 cadeiras, mas ainda podem ter eleito 19 deputados. Atualmente, os republicanos controlam a Câmara com 240 cadeiras e os democratas têm 190, enquanto cinco estão vagas.

Os resultados nesta quarta-feira mostram que Obama enfrentará o mesmo Congresso dividido em 2013. Os republicanos tiveram uma derrota no Senado, no qual poderiam retomar o controle dos democratas, que tinham mais cadeiras a defender. Os democratas conseguiram manter a maioria de 53 das 100 cadeiras. Candidatos republicanos no Missouri e Indiana - ambos Estados onde Romney venceu as eleições - foram derrotados após terem feito comentários desastrosos sobre estupro e aborto. Os republicanos conseguiram conquistar apenas uma cadeira no Senado que era dos democratas, a do Estado do Nebraska. Os democratas reelegeram senadores do Wisconsin, Virginia, Connecticut, Missouri, Ohio, Pensilvânia, Novo México e Flórida.

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A disputa para o Senado ainda estava pendente nesta quarta-feira em apenas dois Estados conservadores do oeste, Montana e Dakota do Norte, onde Romney venceu. Em Montana, o senador Jon Tester levava uma ligeira vantagem na contagem dos votos sobre o representante democrata Denny Rehberg. Já em Dakota do Norte, a democrata Heidi Heitkamp tinha pequena vantagem sobre o congressista republicano Rick Berg.

No Wisconsin, os democratas conseguir reeleger senadora Tammy Baldwin, primeira senadora abertamente homossexual. Baldwin, contudo, não se elegeu com uma plataforma de defesa dos direitos gays, mas ao prometer lutar pela classe média do Wisconsin.

Mais de US$ 2 bilhões foram gastos na campanha eleitoral para o Congresso em 2012. Na Câmara, todas as 435 cadeiras foram renovadas e os republicanos mantiveram o controle, embora os democratas tenham obtido alguns ganhos.

O líder da Câmara, o republicano John Boehner, que conseguiu manter seu emprego, se ofereceu para trabalhar com qualquer vencedor, democrata ou republicano. "O povo americano quer soluções e nesta noite, ele respondeu ao renovar a nossa maioria" disse Boehner. Mas o republicano também afirmou que não existe nenhuma margem de manobra para aumento de impostos. Obama propôs o aumento de impostos para pessoas que ganham mais de US$ 250 mil por ano.

O controle do Senado, contudo, deverá manter para Obama uma barreira contra as tentativas dos republicanos de derrubarem seu maior feito - a reforma do sistema de saúde, o chamado "Obamacare", que obriga cada cidadão a ter cobertura de um seguro de saúde. Mais de 40 milhões de norte-americanos não têm e a reforma, já aprovada no Congresso, embora contestada pelos republicanos na Suprema Corte, deverá ser totalmente implementada até 2014.

"Abismo fiscal" - O primeiro teste para Obama no Congresso deverá começar na próxima semana, quando os representantes e senadores voltarem do recesso para lidar com o urgente "abismo fiscal", um aumento de impostos de US$ 400 bilhões e cortes de U$ 100 bilhões nos gastos militares e domésticos. Os cortes de US$ 500 bilhões entrarão em efeito imediato em janeiro, a não ser que a Casa Branca e o Congresso encontrem uma alternativa no restante de novembro e em dezembro. Economistas alertam que o "abismo fiscal" poderá levar os EUA rapidamente a uma nova recessão. Uma alternativa para Obama pode ser negociar o aumento do teto de endividamento do governo americano - atualmente, a dívida pública federal já supera US$ 16 trilhões.

Tea Party - Alguns representantes da facção republicana ultraconservadora Tea Party se saíram bem nas eleições. O republicano Ted Cruz venceu a disputa para o Senado pelo Texas, enquanto no Nebraska Deb Fischer conquistou a cadeira do ex-senador democrata Bob Kerrey.

No Arizona, o representante Jeff Flake derrotou o médico Richard Carmona. Em Nevada, o senador republicano Dean Heller consegui derrotar a representante democrata Shelley Berkley.

Já a representante Michelle Bachmann conseguiu se reeleger para a Câmara pelo Estado de Minnesota, em uma disputa muito acirrada contra o democrata Jim Graves. Bachmann, que chegou a ser pré-candidata republicana à presidência nas primárias (ela foi uma das primeiras a ser derrotada por seus colegas republicanos menos radicais), obteve 50,5% dos votos para a vaga, enquanto Graves ficou com 49,5%, já contadas 98% das seções eleitorais de Minnesota.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A reportagem do LeiaJá conversou com um brasileiro que mora há treze anos nos Estados Unidos sobre o período de campanha e os problemas encontrados no sistema eleitoral. Segundo o técnico em informática, Gutemberg Lucena, morador da cidade de Orem, no estado de Utah, as eleições nos EUA podem ser burladas - não existe compra de votos, mas sim atividades fraudulentas nos estados onde não é necessário o cidadão se identificar para validar o seu voto.

“De fato, foi reportado hoje que algumas gangues estavam tentando intimidar as pessoas. Tem muita gente que pega as informações de eleitores e vão votar cedo no lugar deles. Aí o eleitor fica impedido, pois alguém já havia votado por ele antes. Isso já aconteceu nesta eleição”, declarou Gutemberg.

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Em outros estados é preciso levar um documento de identificação como passaporte americano, carteira de motorista ou certidão de nascimento.  “Aqui no estado de Utah, todos os eleitores tem que mostrar pelo menos um tipo de identificação, mas muitas pessoas já foram demitidas por causa de atividades fraudulentas quando trabalhavam com a apuração de votos. Penso que seria melhor se todos tivessem um cartão de eleitor, como aí no Brasil”, comentou.

Casado com uma americana e pai de quatro filhos, Gutemberg fala sobre a campanha presidencial nos Estados Unidos. Segundo o brasileiro, não há boca de urna nem pessoas distribuindo panfletos e santinhos, muitas pessoas só conhecem os candidatos por meio da internet, jornais ou TV. “Aqui a eleição acontece muito rápida, demorei no máximo três minutos para votar.”

Muitos candidatos só vão a eventos marcados por antecedência e não há o corpo a corpo direto com os eleitores, igual ao Brasil. “Eu penso que seria mais eficaz se eles visitassem algumas vizinhanças quando estão participando de comícios”, afirmou Gutemberg, que também opinou sobre os presidenciáveis nos Estados Unidos.

De acordo com o brasileiro, o candidato à reeleição Barak Obama prometeu ajudar os latinos americanos e os negros na última eleição, mas veio realizar algo de concreto há poucos meses. “Suas ações tentaram comprar os votos quando deu a permissão de trabalho para jovens estudantes que não possuem uma documentação legal. Os negros ainda são minoria aqui e têm muitos programas que ajudam a entrar nas faculdades com bolsas pagas pelo governo”, contou.

Para Gutemberg, o republicano Mitt Romney tem mais experiência na parte privada e competência comprovada para tornar o governo mais eficaz, pois os Estados Unidos precisam de uma liderança financeira. “No governo de Obama houve mais gastos públicos do que no de outros presidentes. Se ele ganhar os impostos vão aumentar e as pequenas e médias empresas terão dificuldades para empregar as pessoas”, defendeu.

Mesmo passando por uma das maiores crise financeiras e com um alto índice de desempregados, o brasileiro finalizou afirmando que a América do Norte é a terra "que da grandes oportunidades para todos" e que tem o desejo de ser bem sucedido por lá.

O presidente dos Estados unidos, Barack Obama, se disse "cautelosamente otimista" de que vencerá as eleições presidenciais desta terça-feira, se um número suficiente de eleitores norte-americanos forem às urnas. O voto não é obrigatório. Obama passa o dia das eleições no seu colégio eleitoral e onde viveu grande parte da vida adulta, em Chicago. Já o candidato republicano Mitt Romney votou mais cedo com sua esposa Ann em Massachusetts e depois foi fazer campanha no Estado de Ohio. A maioria das pesquisas de intenção de voto indica os dois em empate técnico, embora os conselheiros de cada candidato afirmem que a vitória será democrata ou republicana, conforme o interesse.

É uma incógnita quantos eleitores comparecerão às urnas. Nas eleições de 2008, quando Obama derrotou o republicano John McCain, 131 milhões dos 146 milhões de eleitores registrados votaram, cinco milhões a mais do que nas eleições de 2004, quando o presidente republicano George W. Bush derrotou o senador democrata John Kerry, segundo informações do Censo dos Estados Unidos. Os eleitores elegem hoje os 538 delegados que votarão no Colégio Eleitoral. Para ser eleito presidente, um candidato precisa dos votos de 270 delegados.

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Obama se disse "cautelosamente otimista" porque até as pessoas saírem para votar e efetivamente depositarem os votos nas urnas, o "todo o resto é especulação".

Já o republicano adotou nesta terça-feira um tom mais triunfal. Romney, em entrevista ao rádio na manhã de hoje, disse que o "caminho para a vitória" está no Estado da Virginia. Romney acredita que pode vencer na Virgínia, Ohio, Pensilvânia, Wisconsin, Michigan e Minnesota. A Pensilvânia e o Michigan, por exemplo, costumam votar nos democratas, apesar do atual governador do Michigan ser republicano.

"Eu acredito que vou vencer, mas não posso dizer qual será o Estado que me levará ao topo", disse Romney à rádio WMAL de Washington. Segundo ele, é importante que os eleitores se perguntem hoje: "vocês querem mais quatro anos iguais aos seus últimos quatro anos ou querem uma mudança verdadeira?" questionou o candidato.

Não é só a presidência dos EUA que está em jogo nas urnas nesta terça-feira: todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes (deputados federais), um terço do Senado de 100 cadeiras e 11 cargos de governadores estaduais. Além disso, vários Estados decidirão em referendo a respeito de questões mais prosaicas e locais, como se o consumo da maconha e o "casamento gay" devem ser legalizados. No total, quatro Estados, Maine, Maryland, Washington e Minnesota votam questões sobre o "casamento gay". Os três primeiros votam sobre a legalização ou não do casamento entre homossexuais; o quarto, Minnesota, vota justamente para a população decidir se proibirá ou não os deputados estaduais de fazerem um referendo sobre a questão.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Depois de uma campanha intensa e de pesquisas de intenção de votos mostrando empate técnico, as eleições dos Estados Unidos ocorrem nesta terça-feira (6), polarizando a disputa entre o presidente Barack Obama (democrata) e Mitt Romney (republicano). Ambos divergem nos principais temas em discussão no país: economia, política interna e externa, questões sociais.

O resultado das eleições pode não ser divulgado hoje,  pois depende de cada um dos 51 colégios eleitorais. Em 17 de dezembro deste ano, os colégios eleitorais vão se reunir na capital de cada estado e na capital do país, Washington, para formalizar a eleição do candidato vitorioso.
 
Obama defende o estímulo econômico direto por parte do governo, investindo na formação profissional e infraestrutura de transportes, telecomunicações e tecnologias. Do seu plano especial para a geração de emprego American Jobs Act, apenas parte dos benefícios fiscais destinados aos trabalhadores foi aprovada pelo Parlamento.

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As categorias profissionais apelam por mais financiamento federal para os estados, assim como insistem na contratação de professores pelas escolas municipais. Romney defende a adoção do Plano de Cinco Pontos que se baseia na redução de tarifas e impostos para os empresários e na regulação para o setor.

Romney é contra as medidas de estímulo de curto prazo, pois disse que elas levam ao endividamento e à intervenção do governo no mercado de habitação. Por sua vez, Obama propõe a extensão por um ano dos cortes de impostos, excluindo os grandes contribuintes. A principal proposta do candidato republicano é reduzir em 20% as taxas, compensadas pela eliminação de deduções e créditos fiscais.

Durante a campanha, Obama disse que pretende reduzir a despesa do governo federal de 24% do Produto Interno Bruto (PIB) para 22,5%, diminuindo o déficit das contas públicas para 3%, sobretudo em despesas com a área de defesa. Para o presidente, é fundamental também mudar o sistema de segurança social.

A reforma do sistema de saúde pública, destinado aos aposentados, levou o presidente ao desgaste nos últimos meses e divide opiniões. Romney é favorável a elevar em mais dois anos a idade para a aposentadoria – de 67 anos. O objetivo do republicano é reduzir os gastos públicos.

Depois de ver frustrada sua meta de mudar o sistema de imigração, prometida em 2008, Obama promete empenhar-se para, por exemplo, legalizar os trabalhadores estrangeiros que estão no país. Em sua gestão, houve um número recorde de informações sobre imigrantes ilegais, mas uma redução na quantidade de jovens levados ilegalmente para o país pelos pais.

Romney tem um discurso antagônico, assumindo uma posição crítica em relação aos imigrantes ilegais e recomendando a deportação voluntária para os países de origem. Também disse ser favorável a montar uma estrutura capaz de fechar a fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Em relação à política externa, Obama promete retirar até o final de 2014 as tropas norte-americanas do Afeganistão. Romney considera Obama brando em relação ao Oriente Médio, à China e à Rússia,  assim como ao Irã.

Na véspera das eleições dos Estados Unidos, o presidente democrata e candidato a reeleição, Barak Obama, e o republicano Mitt Romney, intensificam suas agendas e buscam conquistar o maior número de eleitores. Nas pesquisas do voto popular, ambos estão empatados tecnicamente, o que deixa a disputa cada vez mais acirrada. Por ser a nação mais rica do planeta terra, os norte americanos recebem atenção especial e, dependendo do candidato vitorioso, mudanças significativas podem acontecer no cenário mundial.

Apesar de Obama ter desenvolvido um governo progressista, racional e em alguns momentos visionário, a reeleição do primeiro presidente afro americano inspira divergências entre os cidadãos norte americanos. O democrata alcançou êxitos legislativos, sociais e na política externa, sucessos que aliviaram os erros cometidos pelo ex-presidente George Bush. Na campanha, o democrata tem se preocupado com o aumento dos impostos e o corte de gastos a partir de 1° de janeiro, o que pode tirar o país da zona de risco e recessão.

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Já o ex-governador do estado de  Massachusetts, Mitt Romney, tem se apresentado como um político moderado, um gerente que sabe ouvir e pode restaurar o equilíbrio entre o setor público e privado dos Estado Unidos. Ele argumenta que Obama chegou ao poder como uma figura de transformação, mas a expectativa caiu por terra em meio a recessão na qual o país vive e o presidente não conseguiu aproximar a oposição hiperbólica para votar as matérias mais importantes.

O que chama a atenção do cenário político norte americano é a forma indireta que seus cidadãos exercem a democracia. O sistema tem origem na fundação dos Estados Unidos e os colégios eleitorais levam em conta os estados que foram criados antes do país, uma consequência da descentralização do poder federal. O eleitor escolhe os 538 delegados divididos entre os 50 estados e os três representantes do distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washigton.

Alguns estados recebem uma atenção maior, como é o caso da Califórnia, que escolhe 55 delegados, Texas com 38 e Florida, com 29. Mas para vencer o candidato precisa do voto de 270 delegados - somente o voto popular não é suficiente. A disputa de 2000 pode servir de exemplo pois, nesta eleição, o democrata Al Gore obteve 48,38% dos votos populares contra 47,87 do republicano George W. Bush, que conquistou 271 delegados, contra 267 do democrata. Dessa forma, Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos.

Os delegados são nomeados previamente por seus partidos e em alguns estados é exigido a fidelidade partidária - eles são obrigados a votar no partido que representam. Em outros, estão livres para votar em qualquer candidato.

Malik Obama, meio-irmão queniano do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo que a família Obama está otimista no Quênia com as chances de reeleição do presidente dos EUA e parente. Malik disse que não vê razões para seu meio-irmão não derrotar o republicano Mitt Romney e não ser reeleito presidente dos EUA no dia 6 de novembro.

Malik organizou neste domingo um evento esportivo em homenagem ao seu falecido pai, o mesmo do presidente americano, que também se chamava Barack Obama. Muitos quenianos consideram Obama, filho de uma mãe branca do Kansas e de um pai negro do Quênia, como queniano. O presidente Obama tem cinco meio-irmãos e uma meia-irmã quenianos.

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As informações são da Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu adversário republicano Mitt Romney realizaram neste domingo uma maratona de viagens e comícios por pelo menos quatro Estados considerados chave para as eleições da terça-feira, 6 de novembro. Obama visitou New Hampshire, onde discursou na cidade de Concord, com o apoio do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. Romney visitou Iowa, após passar no sábado pelo Colorado. Obama mais tarde está na Flórida. Duas pesquisas publicadas neste domingo mostraram os dois praticamente empatados a apenas dois dias das eleições.

"Eu sei que pareço um pouco mais velho, mas ainda tenho bastante vontade de lutar. Nós chegamos muito longe para voltar. Por isso, é a hora de seguir adiante", disse Obama em New Hampshire, em um discurso para 14 mil pessoas em Concord. Nós últimos dias, o presidente pede aos eleitores que votem nele para que ele possa terminar o trabalho - Obama afirma que assumiu o poder em 2009, com os EUA envolvidos em duas guerras e com uma ameaça de depressão econômica, mas resistiram e voltarão a ser um país "mais poderoso".

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Já Romney tem pedido votos aos eleitores afirmando que falta liderança para o país e que ele é essa liderança. "Nós somos americanos. Podemos fazer tudo. A única coisa que está entre nós e anos melhores que podem vir é a falta de uma liderança - e é por isso que teremos eleições", afirmou Romney em Des Moines, Iowa.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente Barack Obama conquistou uma liderança dominante entre os eleitores hispânicos nacionalmente, mas o apoio relativamente mais fraco na Flórida está apresentando ao seu rival republicano Mitt Romney uma oportunidade, informou o jornal The Wall Street Journal.

Cerca de 59% dos eleitores provavelmente hispânicos na Flórida planejam votar em Obama, enquanto 36% apoiam Romney, de acordo com a mais recente pesquisa Wall Street Journal/NBC News/Marist do Estado, conduzida de terça a quinta-feira da semana passada. Para Obama, o número representa praticamente a mesma relação aos 57% dos hispânicos que votaram nele na Flórida há quatro anos, mas é menor que os 70% dos eleitores que disseram que votariam nele, segundo algumas pesquisas recentes com hispânicos em todo o país.

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A campanha de Romney tentou capitalizar votos com publicidade em língua espanhola, indo de porta em porta para incentivar seus apoiadores a voltaram e usando apoiadores populares, como George P. Bush, filho do ex-governador da Flórida Jeb Bush, e o senador da Flórida Marco Rubio, para ajudar a aumentar o entusiasmo.

Mais de 57% dos prováveis eleitores de herança cubana na Flórida disseram que apoiam Romney, de acordo com a pesquisa Florida International University/Miami Herald/El Nuevo Herald. Menos de 37% afirmaram que apoiarão Obama.

As pesquisas mostram que os hispânicos apoiam em grande margem a política de Obama de permitir que muitos imigrantes não autorizados que foram trazidos para os EUA quando crianças solicitem autorizações de trabalho temporárias. Ainda assim, a campanha de Romney está tentando ventilar a insatisfação com o presidente por meio de um anúncio no qual o narrador diz em espanhol: Obama prometeu a reforma da imigração, mas não conseguiu entregar. O anúncio também afirma que Romney vai lutar por uma reforma bipartidária das leis de imigração, mas oferece poucos detalhes sobre o que ele fará.

As informações são da Dow Jones.

Uma breve trégua na campanha presidencial dos Estados Unidos por causa do furacão Sandy teve fim ontem, quinta-feira, com a volta dos ataques entre o presidente Barack Obama e seu adversário, Mitt Romney. Enquanto os candidatos fizeram amplos ataques em seus discursos, as campanhas também oferecem uma vasta opção de anúncios para TV e rádio tendo como foco regiões e grupos demográficos específicos, segundo o jornal The Wall Street Journal.

Obama começou seu rali no aeroporto de Green Bay, em Wisconsin, e dali partiria para um tour de dois dias por quatro estados americanos. "Nas semanas recentes de campanha, o governador Romney tem usado seu talento de vendedor para mascarar as mesmas políticas que fracassaram em nosso país", disse o candidato democrata.

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Em Doswell, na Virgínia, Romney qualificou o presidente como inimigo da iniciativa livre das empresas, por, segundo ele, estar mais interessado em fazer ataques políticos do que reavivar a economia. "Ele tem procurado uma agenda para levar adiante em sua campanha. Ele está muito ansioso e só tem me atacado, o que não cria uma agenda para ele", afirmou o candidato republicano.

Como ambos candidatos estão com agendas cheias com eventos de campanha nos próximos cinco dias, eles deixaram claro quais são os estados prioritários. Obama deve fazer paradas em Nevada, Colorado e Ohio, entre ontem e hoje. Até segunda-feira ele deve visitar Ohio, Iowa e Wisconsin pelo menos três vezes cada, num claro sinal de que o Meio-Oeste dos EUA é tido como muro de proteção para uma vitória presidencial.

Romney deve visitar New Hampshire e passará a maior parte desta sexta-feira em Ohio. De lá, ele parte para o Colorado antes de viajar para a Pensilvânia no domingo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar confiante nesta segunda-feira que os EUA estão preparados para lidar com o furacão Sandy, o qual ele descreveu como uma tempestade que se movimenta devagar mas que tem potencial para provocar enchentes devastadoras e derrubar o fornecimento de energia elétrica na Costa Leste americana. No Caribe, que atravessou na semana passada, Sandy matou 65 pessoas, 51 das quais no Haiti.

Obama disse que o furacão Sandy será uma tempestade "grande e poderosa" e pediu à população que fique atenta aos avisos das autoridades locais. "Quando eles disserem a vocês para irem embora, vocês precisam ir embora. Não atrasem a partida, não questionem as instruções dadas porque essa é uma tempestade grande e poderá ter consequências fatais", disse Obama.

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A aproximação do furacão Sandy já forçou centenas de milhares de pessoas a deixarem regiões costeiras nos Estados da Carolina do Norte, Nova Jersey e Nova York, levando ao fechamento de aeroportos, aos metrôs de Nova York, Washington e Filadélfia e à Bolsa de Valores de Nova York. O furacão também forçou Obama e seu rival republicano a cancelarem eventos de campanha, poucos dias antes das eleições presidenciais de 6 de novembro.

Obama deixou de lado as questões sobre qual será o possível impacto da tempestade sobre as eleições. "Não estou preocupado com um impacto sobre as eleições, estou preocupado com o impacto sobre as famílias e com o impacto sobre os nossos primeiros socorristas. Também estou preocupado com o impacto sobre a nossa economia", disse Obama.

Obama buscou mostrar um otimismo cauteloso no discurso de seis minutos feito na tarde de hoje na Casa Branca. Segundo ele, os governos estaduais se prepararam para a chegada de Sandy, prevista para ocorrer no final da noite desta segunda-feira, no litoral sul de Nova Jersey.

Obama disse não estar preocupado com o impacto da tempestade sobre a eleição, mas ela já afetou a campanha eleitoral. Obama e Romney cancelaram eventos de campanha por causa do furacão. O presidente deveria aparecer na manhã de hoje na Flórida, mas ao invés disso voltou para a Casa Branca. Ele também cancelou a agenda de campanha para terça-feira. "A prioridade imediata do presidente é a segurança dos americanos que estão no caminho da tempestade e que serão afetados por ela", disse Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.

A campanha republicana cancelou os eventos de Romney para esta segunda-feira e toda a agenda de terça-feira, ao citar a "sensibilidade para com os milhões de norte-americanos que estão no caminho do furacão Sandy".

As informações são da Dow Jones.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está em empate técnico com seu rival republicano Mitt Romney no Estado de Ohio, indica uma pesquisa de intenção de voto publicada neste domingo (28), a menos de dez dias das eleições presidenciais de 6 de novembro. A pesquisa, feita para a Organização dos Jornais de Ohio com eleitores prováveis, mostra que cada candidato está com 49% das intenções de voto. A pesquisa foi feita pelo Instituto de Pesquisas da Universidade de Cincinnati e tem margem de erro de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Neste domingo, Obama passou a manhã em Washington, onde passeou com suas filhas Maíla e Sasha, e depois visitou a Agência Federal de Prevenção de Desastres, por causa da aproximação do furacão Sandy. Obama fará na segunda-feira campanha em Youngstown, em Ohio, e depois volta a Washington. Já o candidato republicano Mitt Romney e seu colega de chapa, o candidato a vice Paul Ryan, fizeram campanha hoje no interior de Ohio.

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"A sondagem mostrou que os eleitores independentes estão ainda mais divididos do que antes entre Obama e Romney do que na primeira pesquisa", disse Eric Rademacher, codiretor do instituto. Em pesquisa feita há um mês em Ohio, Obama liderava com 51% das intenções de voto, enquanto Romney tinha 46%. Ohio, um "swing-state" (estado indeciso, que pode dar a vitória tanto a democratas quanto a republicanos), é considerado crucial para as eleições do dia 6. Em 2008, Obama venceu as eleições em Ohio, levando os 18 delegados que votam no Colégio Eleitoral. A pesquisa publicada hoje entrevistou 1.015 eleitores prováveis, entre 18 e 23 de outubro. Ela já reflete o terceiro e último debate entre os dois candidatos, que ocorreu em 22 de outubro em Boca Ratón (Flórida). Para ser eleito presidente no dia 6 pelo Colégio Eleitoral (538 votos) um candidato precisa de pelo menos 270 votos.

Quase um a cada cinco eleitores de Ohio declarou ter votado antecipadamente. Nesse universo, 63% afirmam ter votado em Obama e 36% em Romney. A importância de Ohio nas eleições nacionais ficou evidenciada neste domingo por mais uma propaganda dos republicanos veiculada no Estado. A nova propaganda coloca em dúvida as afirmações de Obama, de que o presidente salvou a General Motors, a Chrysler e a indústria automobilística americana em 2009. A propaganda de Romney afirma que Obama "levou a GM e a Chrysler para a falência e depois vendeu a Chrysler para os italianos, que construirão jipes na China". A indústria automobilística é forte em Ohio, como em Detroit (Michigan), onde ficam as sedes das três maiores montadoras americanas (GM, Ford e Chrysler).

Romney disse em Ohio na semana passada: "Uma das maiores fabricantes desse Estado, a Jeep, agora controlada pelos italianos, está planejando mover toda a produção para a China. Eu lutarei para que cada bom emprego fique aqui na América", afirmou Romney. Logo após os comentários de Romney, o porta-voz da Chrysler, Gualberto Ranieri, disse que a empresa não tem a intenção de fechar sua fábrica da marca Jeep em Toledo e mover a produção para a China.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Em um debate sobre política externa que envolveu a discussão dos gastos militares e ataques às práticas comerciais da China, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney fecharam o terceiro e último confronto televisionado na noite da segunda-feira, na Universidade Lynn em Boca Ratón (Flórida), antes das eleições de 6 de novembro. Obama foi mais agressivo, enquanto Romney parecia se conter, mas definiu a política do presidente para o Oriente Médio como um fracasso. Romney indicou que poderá aumentar os gastos militares, embora tenha descartado novas guerras. A América Latina foi pouco citada e apenas como uma "oportunidade econômica" por Romney. Obama lembrou o que chamou de "sucesso" na política externa da sua administração: a morte de Osama bin Laden, a chamada "Primavera Árabe" e a retirada das tropas norte-americanas do Iraque. Romney tentou trazer questões da economia, como o desemprego, para o debate.

Obama partiu para o ataque a Romney na primeira questão, que era sobre a Líbia e a morte do embaixador Christopher Stevens em 11 de setembro. O presidente disse que os EUA caçarão os responsáveis pelo assassinato do diplomata. Mas após Romney ter dito que a rede terrorista Al-Qaeda ainda era uma ameaça, Obama disse que estava "feliz" que Romney tenha reconhecido que a Al-Qaeda, e não a Rússia, é a maior ameaça atualmente aos EUA.

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"Fico feliz que o senhor reconheça, governador Romney, que a maior ameaça hoje à América seja a Al-Qaeda. Há alguns meses, o senhor disse que a maior ameaça era a Rússia", disse Obama. "Você está não apenas errado, mas também confuso", disse Obama.

Segundo ele, se dependesse de Romney, os EUA ainda teriam soldados no Iraque. Obama defendeu a retirada das tropas americanas do Iraque, que ele completou. Romney respondeu dizendo que se referia à Rússia como um "rival geopolítico" e não como um inimigo.

Romney começou dizendo que não quer repetir "outro Iraque ou Afeganistão", tentando rechaçar a visão de que os republicanos gostariam de outra guerra. Ele disse que sua estratégia será incentivar os muçulmanos a "rejeitarem o extremismo por conta própria." O republicano afirmou que, após a "Primavera Árabe", a situação está se deteriorando rapidamente no Oriente Médio e que parte disso é culpa da administração Obama. "Nação após nação, presenciamos uma série de eventos perturbadores", afirmou ele, citando a guerra civil na Síria, o perigo do Irã obter uma arma atômica e a morte de Stevens na Líbia. "Minha estratégia é ir atrás dos caras maus. Mas minha estratégia é também mais ampla", disse o republicano. Ele afirmou que a política de Obama se restringe a matar os líderes terroristas e não promove a democracia no mundo.

Romney afirmou que, sob sua liderança, o envolvimento dos EUA na guerra civil síria seria provendo armas e apoio aos rebeldes que lutam para derrubar o regime do presidente Bashar Assad. "Nosso objetivo é tirar Assad e colocar um governo aliado - que tenha as armas necessárias para se defender", disse Romney. Obama defendeu a postura atual do governo dos EUA, de sanções econômicas ao governo sírio.

Os dois disseram que irão retirar as tropas dos EUA do Afeganistão até 2014. Nesse ponto, Romney, que fez fortes críticas ao Paquistão, foi questionado pelo mediador Bob Schieffer, da CBS, se iria "se divorciar" do governo paquistanês, como ameaçou.

Romney disse que não e lembrou que o Paquistão tem um arsenal nuclear e não pode ser abandonado. "Se o Paquistão virar um Estado falido, precisamos lembrar: existem armas nucleares. Mas as relações com o Paquistão estão estremecidas", disse Romney, que defendeu o apoio ao governo paquistanês.

Romney tentou passar uma imagem mais diplomática, mas foi ironizado por Obama. "Fico feliz que você agora apoie a diplomacia - não é o que fazia há alguns anos", disse Obama, que defendeu a atuação dos fuzileiros navais na morte de Osama bin Laden no Paquistão em 2011. "Em 2008, o sr. questionou: devemos percorrer a Terra atrás de um homem?" disse Obama a Romney.

Romney defendeu a modernização da Marinha e da Força Aérea e sugeriu que gastará mais nas armas. Ele disse que cortará o orçamento do governo em 5% mas evitou responder em quais setores fará as reduções, mesmo pressionado pelo mediador. Ele só disse que não cortará nenhum gasto na Defesa. Obama ironizou Romney em um certo momento, ao dizer que a questão é de estratégia e não um joguinho de "batalha naval". Obama descartou um corte de US$ 500 bilhões no orçamento militar, mas afirmou que "nem os militares" pedem um aumento nos gastos da Defesa.

China e América Latina - Romney comparou a China com a América Latina, ao dizer que a região tem uma economia "do tamanho da China" e representa "oportunidades enormes" para os EUA. O republicano não foi exato. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) da China foi de US$ 7,3 trilhões, enquanto o da América Latina foi de US$ 5,6 trilhões. Obama falou pouco sobre a região, e disse apenas que continuará com as atuais políticas para a América Latina, que é secundária para a política exterior dos EUA.

Os dois discutiram mais sobre a China. Romney disse que os chineses são manipulares da moeda para ganhar vantagens no comércio exterior. Obama acusou Romney de "exportar empregos" para a China, ao investir em empresas com fábricas na Ásia.

Romney chamou a China de "manipulador de câmbio" e afirmou que não se preocuparia em iniciar uma guerra comercial porque os dois países já possuem um enorme desequilíbrio comercial em favor dos chineses. O republicano afirmou que fará Pequim entender que "tem que seguir as regras do jogo". Ele disse que ao segurar artificialmente o preço de sua moeda, a China prejudica os trabalhadores norte-americanos.

Em seguida, Obama atacou o histórico do republicano como empresário, afirmando que ele investiu em empresas que transferiram vagas de trabalho para a China. Obama também disse que a China precisa jogar pelas mesmas regras que os outros países e lembrou de reclamações que os EUA fizeram na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra práticas comerciais de setores chineses, como na siderurgia.

No final, Obama disse que Romney quer trazer de volta tanto na política externa quanto na política econômica as práticas que fracassaram na era Bush. Obama prometeu uma "liderança forte" para os EUA. "Vou garantir que os empregos voltem para o nosso país", disse Obama. Romney disse que levará os EUA de volta à liderança mundial e adotou um tom messiânico: "Esta nação é a esperança da Terra".

O candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, ganhou apoio e agora está empatado, com 47% das intenções de voto entre prováveis eleitores, com o presidente e candidato à reeleição, o democrata Barack Obama, de acordo com uma pesquisa do Wall Street Journal/NBC News divulgada neste domingo. A eleição americana ocorre no dia 6 de novembro e deve ser uma das mais disputadas da história dos EUA.

Romney aparece empatado com Obama pela primeira vez este ano nas pesquisas do Journal, tirando uma vantagem de três pontos porcentuais entre prováveis eleitores que Obama tinha no fim de setembro e de cinco pontos porcentuais que o presidente angariava mais cedo no mesmo mês. A subida do candidato republicano ocorre após um desempenho considerado muito bom em um debate em Denver, mais cedo neste mês, e em um contencioso segundo debate com Obama na semana passada.

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O levantamento mostrou Romney à frente entre os homens, 53% a 43%, enquanto Obama lidera entre as mulheres, 51% a 43%. No entanto, o apoio dos homens ao candidato republicano cresceu em relação ao mês passado, enquanto a preferência das mulheres pelo presidente recuou levemente. A sondagem, com margem de erro de 3,43 pontos porcentuais para mais ou para menos, ouviu 816 prováveis eleitores entre 17 e 20 de outubro, após o debate presidencial na semana passada.

Entre a amostra total de mil eleitores registrados, Obama aparece à frente de Romney, por 49% a 44%, uma queda em relação à vantagem de sete pontos que o presidente tinha entre eleitores registrados no fim de setembro. A margem de erro dessa amostra é de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos. As informações são da Dow Jones.

Em um debate centrado na economia e nos problemas internos dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e seu rival republicano, Mitt Romney, fizeram o segundo debate presidencial na noite da terça-feira (16). Ao contrário do primeiro debate, quando se mostrou apático, Obama partiu para o ataque a Romney em algumas ocasiões - ele criticou a rejeição do republicano ao resgate da indústria automobilística, disse que Romney investiu em empresas que exportam empregos para a China e acusou seu rival de fazer "politicagem" na questão do ataque ao Consulado norte-americano na Líbia no mês passado. Mas Romney também atacou Obama pelo fraco desempenho da economia nos últimos quatro anos, disse que o presidente não completou nenhum projeto que começou e repetiu que criará 12 milhões de empregos e que a classe média americana "foi esmagada" durante o mandato do democrata.

Nesse debate, os eleitores indecisos do condado de Nassau, Estado de Nova York, foram à Universidade Hofstra fazer as perguntas aos dois. E a preocupação que pareceu emergir do eleitorado foram os empregos e a economia.

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A primeira pergunta foi justamente de um universitário, que perguntou como arrumará trabalho após graduado. Romney afirmou que a pergunta era um exemplo de como a classe média norte-americana foi "esmagada" nos últimos quatro anos. Ele prometeu criar 12 milhões de empregos se for eleito. Para ele, um exemplo dos problemas da população é que metade dos jovens que estão terminando a universidade neste ano não têm emprego garantido. O republicano afirmou que ajudará os estudantes a pagar por seus estudos superiores, mas que o principal é criar empregos para os recém-formados. Já Obama afirma que seu governo criou 5 milhões de empregos e criará "muito mais". Em seguida, acusou o republicano de ter sido contra o resgate da indústria automobilística norte-americana, que segundo ele salvou em 2009 pelo menos 1 milhão de empregos diretos.

"Romney não tem um plano com cinco pontos. Ele tem um plano com apenas um ponto", disse Obama. "Nós levamos quatro anos para sair dessa confusão". Obama lembrou que Romney foi contra o resgate à General Motors e à Chrysler em 2009. Obama disse que se dependesse de Romney a General Motors e a Chrysler teriam fechado. Ele também lembrou que Romney fechou fábricas que usavam energias consideradas obsoletas, como termelétricas a carvão. "Quando você foi governador de Massachusetts, se uma fábrica era movida a carvão, você dizia: 'vamos fechá-la'", disse Obama.

"Não é verdade", afirmou Romney. "Eu vou lutar pelo petróleo, gás e carvão. Eu vou lutar para criar energia nesse país", rebateu Romney. O republicano disse defender a exploração de petróleo no Alasca, inclusive offshore (na costa marítima).

Em seguida, o debate rumou para a questão fiscal. Romney, que foi um empresário durante 25 anos, afirmou que sua experiência o ajudará a criar empregos e reerguer a classe média, que teria sido "esmagada" nos últimos quatro anos. Obama afirmou que seu objetivo é aumentar os impostos dos mais ricos para equilibrar o orçamento e que a "matemática" de Romney "não faz sentido".

Em resposta, o republicano criticou o déficit orçamentário que os Estados Unidos enfrentam atualmente. Ele afirmou que tem experiência em ajustar orçamentos, coisa que fez quando foi governador, quando organizou as Olimpíadas de Inverno de Salt Lake City e durante sua vida de empresário. "Esse é um presidente que prometeu cortar pela metade o déficit e o déficit dobrou nos últimos quatro anos", atacou Romney.

Em seguida, a herança da era Bush foi lembrada por uma eleitora, que questionou os dois sobre o que fariam diferente do ex-presidente George W. Bush, que governou entre 2001 e 2009. Romney se atrapalhou. Após certa hesitação, ele admitiu que Bush aumentou demais o déficit no orçamento do país, mas acrescentou que a administração Obama fez ainda pior. Em outro exemplo de coisas que faria diferente, Romney afirmou que será mais firme com a China do que Bush. Obama atacou, dizendo que a política econômica de Romney é idêntica à de Bush e que, se aplicada, pode levar os Estados Unidos a uma nova crise econômica.

Depois surgiu uma questão sobre a imigração. Obama aproveitou para atacar Romney, que tem uma proposta polêmica para a questão. "A estratégia dele é: vamos deportar essas pessoas. Ele elogiou a lei do Arizona, disse que ela é um modelo para os EUA", disse o presidente. Obama defende que os imigrantes jovens que trabalham no país sejam legalizados, o que tenta fazer através do "Dream Act" um conjunto de leis sobre a imigração feito pelo governo no começo desse ano. Obama disse que os republicanos travaram a discussão mais ampla sobre imigração no Congresso.

"Não elogiei a lei do Arizona. Ele (Obama) não respondeu porque não aprovou uma legislação sobre a imigração", disse Romney. O candidato republicano voltou a defender o que chama de "auto-deportação", ou seja, que imigrantes que desejam partir recebam passagens do governo para ir embora. "Vamos deixar esses 12 milhões de ilegais terem uma escolha, se quiserem partir", disse Romney.

Política externa - A única pergunta sobre política externa foi sobre a Líbia. Um eleitor questionou se o governo não teria dado atenção a pedidos por mais segurança feitos por diplomatas na Líbia, antes da destruição do Consulado dos EUA em Benghazi na noite de 11 de setembro. Obama ficou na defensiva, enquanto Romney atacou a política inteira de Obama para o Oriente Médio. No ataque foram mortos quatro norte-americanos mortos, entre eles o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens.

Obama disse que a sugestão de que qualquer "um da minha equipe possa ter feito politicagem ou ter se enganado quando perdemos quatro dos nossos (diplomatas) é ofensiva".

"No dia seguinte, eu estava no Jardim das Rosas e disse a todo mundo que descobriríamos o que aconteceu, que foi um ataque terrorista. Não se enganem, a Justiça será feita", disse Obama, lembrando o dia 12. Romney imediatamente cortou o presidente e afirmou que a administração demorou duas semanas para perceber que o ataque em Benghazi foi um ato terrorista, não um protesto contra um filme anti-islâmico feito nos EUA, "A Inocência dos Muçulmanos". Obama ficou nervoso. Romney disse que Obama não afirmou que foi um ataque terrorista. Mas a mediadora do debate, Candy Crowley, confirmou que Obama disse na ocasião ter sido um atentado.

"Levou um grande tempo para essa administração perceber que aquilo foi um ataque terrorista", reafirmou Romney. "as políticas do presidente (Obama) para o Oriente Médio começaram com uma desculpa. E hoje o Irã está mais próximo de construir uma bomba atômica", disse Romney.

As últimas perguntas foram sobre o controle da venda de armas de assalto, a competição da economia chinesa e as mulheres no mercado de trabalho. Na pergunta final, "Qual é a percepção errônea que as pessoas têm de você como homem e presidente?" Romney afirmou que é uma "pessoa que se importa 100% com os norte-americanos", ao contrário do que diz a campanha de Obama.

Obama disse que acredita na iniciativa privada e alfinetou o rival, lembrando da polêmica declaração de Romney que vazou na internet, na qual o candidato disse que 47% dos americanos "acham que são vítimas" e não assumem responsabilidade por suas vidas. Obama disse que as pessoas que vivem da previdência também são parte da população que faz a "América avançar".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney já chegaram a Hempstead, em Nova York, onde farão às 22h de hoje (hora de Brasília) na Universidade Hofstra o segundo debate presidencial das eleições norte-americanas de 2012. Questionado como se sentia quando saiu de Williamsburg, na Virgínia, para ir a Nova York, Obama respondeu: "eu me sinto fabuloso. Olhe que dia bonito". Romney chegou mais cedo, no final da manhã, a Hempstead. O republicano desceu do avião e parecia tranquilo, acenando para os fotógrafos.

O conselheiro de Obama, Robert Gibbs, prevê que o presidente terá um desempenho muito bom nesta terça-feira. Obama foi acusado de apatia no primeiro debate de 3 de outubro, claramente vencido por Romney. Já o debate entre os candidatos a vice-presidente, no dia 10, terminou em empate.

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"Vocês verão um desempenho extraordinariamente forte do presidente no debate desta noite", disse Gibbs. "Ele estará passional, ele estará com energia", afirmou o conselheiro democrata. Gibbs disse que Obama voltará a apresentar planos para melhorar a economia e ajudar a classe média americana.

A equipe de Romney também está confiante. Segundo assessores dos republicanos, ele ensaiou durante seis horas na segunda-feira em Massachusetts. "Ele foi ótimo", disse Gail Gitcho, diretor de comunicações do candidato republicano. No debate desta terça-feira, Obama e Romney também responderão a perguntas de eleitores indecisos na Universidade Hofstra.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney, voltaram nesta quarta-feira ao Estado de Ohio, considerado crucial para uma vitória nas eleições presidenciais de 6 de novembro. Romney, particularmente, precisa intensificar seus esforços de campanha, uma vez que as pesquisas mais recentes mostram que Obama está na frente, uma semana antes de começar a votação antecipada e antes do primeiro debate.

Um dia após discursar na sede da Organização das Nações unidas (ONU), Obama falou em duas universidades de Ohio, esperando despertar o entusiasmo entre os jovens que caracterizou sua eleição em 2008. Romney viajou em seu ônibus de campanha, visitou três cidades e atacou o desempenho de Obama na economia, uma preocupação central do eleitorado.

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Os dois candidatos também se preparam para o primeiro debate eleitoral da campanha de 2012 - marcado para ocorrer em 3 de outubro, na próxima semana. As pesquisas indicam que Obama lidera a intenção de voto em Ohio, Estado que visita pela 13ª vez neste ano. Já Romney esteve hoje em Ohio pela 10ª vez em 2012.

Romney, além de atacar Obama, criticou hoje a China, outro tema querido a parte do eleitorado. "Quando alguém trapaceia, isso assassina os empregos. A China trapaceou. Eu não vou deixar isso continuar", afirmou o republicano em um comício.

As informações são da Associated Press.

O candidato do Partido Republicano à corrida presidencial nos Estados Unidos, Mitt Romney, em queda nas pesquisas de opinião em estados críticos para a eleição, intensificou o foco da campanha em três deles - Colorado, Ohio e Virgínia.

O presidente Barack Obama, que não esteve fazendo campanha neste domingo (23), venceu nesses três estados a eleição de 2008, que o conduziu à Casa Branca.

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Restando cerca de seis semanas para as eleições, em 6 de novembro, esses Estados provavelmente vão determinar o resultado da disputa pela presidência nos EUA. São locais críticos para o candidato republicano, uma vez que pesquisas de opinião têm mostrado Obama abrindo liderança em alguns deles.

Obama entrou neste final de semana com as pesquisas mostrando-o colado a Romney em escala nacional. Mas uma nova pesquisa do Wall Street Journal/NBC News/Marist Poll apresenta o presidente com liderança de 8 pontos porcentuais em Iowa, 5 pontos porcentuais em Colorado e também em Wisconsin, todos considerados estados centrais para a decisão.

Pesquisas publicadas no início da última semana apontavam liderança de Obama na Virgínia e em Ohio. Enquanto ele e Romney concorrem cabeça a cabeça na Carolina do Norte, Obama tem vantagem na Flórida e também em New Hampshire.

Em uma entrevista prevista para ser divulgada na noite deste domingo, Romney disse à rede de TV CBS que sua campanha está se movendo na direção certa. "Não precisa de uma virada", disse ele, de acordo com frases divulgadas previamente pela CBS. As informações são da Associated Press.

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