Tópicos | embaixadores

O debate intenso sobre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA), pelo seu pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL), levantou questionamentos sobre o currículo do parlamentar e comparações com os últimos representantes brasileiros em Washington. 

O LeiaJá reuniu o perfil dos embaixadores do país nos EUA desde a redemocratização, em 1986, até hoje. Foram nove diplomatas com carreira sólida na área de relações internacionais que ocuparam o posto. Bolsonaro justificou a indicação do filho por ter um bom relacionamento com o presidente americano Donald Trump, saber falar inglês e fritar hambúrgueres. 

##RECOMENDA##

Confira: 

Marcílio Marques Moreira (de 23/11/1986 a 24/08/1991)

Indicado pelo então presidente José Sarney, Marcílio Marques Moreira foi o primeiro embaixador brasileiro nos Estados Unidos após a ditadura militar. Moreira é formado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestrado em Ciência Política na Universidade de Georgetown, em Washington.

Em 1954, Marcílio Marques concluiu o curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco. De 1957 a 1961 foi secretário na embaixada do Brasil em Washington e chegou a ocupar outros cargos no Brasil, como diretor financeiro do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, antes de ser nomeado embaixador nos EUA em 1986. 

Ele deixou o cargo para ser ministro da Fazenda no governo de Fernando Collor. Marcílio Marques Moreira também integrou o Conselho de Ética Pública no governo Lula e é autor de diversos livros.

Rubens Ricupero (25/08/1991 a 25/08/1993)

Diplomata de carreira desde 1961, Rubens Ricupero foi indicado pelo presidente Fernando Collor de Mello para assumir a embaixada brasileira no país americano. Estudou na  Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), e entrou no Instituto Rio Branco em 1958. Após se formar como diplomata foi um dos primeiros a trabalhar em Brasília. 

Ricupero foi assessor internacional do presidente eleito Tancredo Neves e assessor especial de José Sarney. Foi o embaixador do Brasil nos EUA de 1991 a 1993, quando deixou o cargo para ser ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Ele também chegou a ser ministro da Fazenda de Itamar Franco. O último cargo de embaixador ocupado por ele foi em 1995, em Roma. 

Além disso, Ricupero também já foi subsecretário Geral da ONU e professor Universidade de Brasília (UnB) e no próprio Instituto Rio Branco.

Paulo Tarso Flecha de Lima ( 12/11/1993 a 26/05/1999)

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Brasil no Rio de Janeiro, Paulo Tarso Flecha de Lima entrou na carreira diplomática a partir de concurso direto em 1955. Ele serviu em países Itália, Uruguai, Argentina, Iraque, Irã e foi embaixador do chamado “Circuito Elizabeth Arden”, jargão utilizado para se referir ao conjunto das embaixadas mais prestigiadas: Londres, Washington, Roma e Paris. 

Foi nomeado embaixador em Londres, em 1990, e em Washington, em 1993 - pelo presidente Itamar Franco. Em 1999, assumiu a embaixada brasileira em Roma, onde ficou até 2001. Flecha de Lima também foi secretário-geral das Relações Exteriores.

Rubens Antonio Barbosa (11/06/1999 a 31/03/2004)

Indicado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para embaixador do Brasil nos EUA, Rubens Antonio Barbosa ingressou no Instituto Rio Branco em 1960. Depois disso, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. Fez mestrado em 1971, na London School of Economics and Political Science.

Atuou mediando a relação do Brasil como países como Romênia, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria e a antiga União Soviética. Foi embaixador do Brasil em Londres de janeiro de 1994 a junho de 1999 e em Washington, de junho de 1999 a março de 2004. E após deixar a embaixada, foi presidente de conselhos como o de comércio exterior da FIESP.

Roberto Pinto Ferreira Abdenur (02/04/2004 a 29/01/2007)

Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e mestre em economia pela London School of Economics and Political Science, Roberto Pinto Ferreira Abdenur ingressou diretamente na carreira de diplomata, por concurso, em 1964. 

Foi cônsul-adjunto em Londres, integrou a delegação brasileira em diversas reuniões da Assembleia Geral da ONU e chegou a atingir o posto de ministro de primeira classe, considerado o mais alto da carreira diplomática.

Roberto Pinto Ferreira Abdenur foi embaixador do Brasil no Equador (1985 a 1988), na China (1989 a 1993), na Alemanha (1995 a 2002) e na Áustria (2002 a 2004), antes de ser nomeado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para assumir o posto em Washington.       

Antonio de Aguiar Patriota (21/02/2007 a 20/10/2009)

Formado pelo Instituto Rio Branco em 1979, após ter estudado filosofia na Universidade de Genebra, Antonio de Aguiar Patriota foi indicado para a embaixada do Brasil nos EUA por Lula. Diplomata de carreira, ele atuou em Genebra (1983-1987 e 1999-2003) e em Nova York (1994-1999), Pequim (1987-1988) e Caracas (1988-1990). 

Deixou a embaixada em Washington para assumir a secretaria-geral do Itamaraty. Em 2011, foi ministro das Relações Exteriores do governo Dilma. E atualmente é embaixador brasileiro no Egito.

Mauro Luiz Iecker Vieira (11/01/2010 a 31/12/2014)

Terceiro embaixador brasileiro em Washington indicado durante o governo de Lula, Mauro Luiz Iecker Vieira é formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense e ingressou no curso que prepara diplomatas no Instituto Rio Branco em 1973. Atuou, entre 1995 e 1999, como ministro-conselheiro na embaixada brasileira em Paris.

Além disso, foi nomeado embaixador em Buenos Aires em 2004, onde ficou até 2010, quando passou a ocupar o cargo de embaixador em Washington. Em 2015, deixou o posto para ser ministro de Relações Exteriores no governo de Dilma Rousseff. Em 2016, Michel Temer nomeou Mauro Vieira como representante permanente do Brasil na ONU.

Luiz Alberto Figueiredo (07/05/2015 a 05/09/2016)

Penúltimo embaixador do Brasil nos EUA, Luiz Alberto Figueiredo graduou-se pelo Instituto Rio Branco em 1979. Chefiou, entre outras, as negociações da Rio +20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. 

No governo da presidente Dilma Rousseff foi representante permanente do Brasil junto à ONU e ministro das Relações Exteriores, antes de ser nomeado para ocupar o cargo em Washington. Deixou o posto para ser embaixador em Portugal - cargo que ocupa até hoje. 

Sergio Silva do Amaral (05/09/2016 a 03/06/2019)

O último brasileiro que se tornou embaixador nos EUA foi Sergio Silva do Amaral. Ele foi nomeado pelo presidente Michel Temer (MDB) e afastado do cargo em junho deste ano. Antes disso, Amaral ocupou as embaixadas de Londres e Paris, além de ter sido professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília.

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo, ele concluiu a pós-graduação em Ciência Política (DESS) na Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne). Como diplomata serviu em Paris, Bonn, Genebra e Washington. 

Na administração pública foi secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e Porta-Voz do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi também Ministro de Estado do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, Presidente da Camex e do Conselho do BNDES.

*Fotos: Agência Senado/Fiesp/Reprodução Youtube

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) foi flagrado nesta sexta-feira (12) em uma cena inusitada dentro da Câmara Federal. Durante sessão na Casa, o parlamentar foi visto com a atenção concentrada em seu celular enquanto os outros deputados discutiam o projeto de reforma da Previdência.

##RECOMENDA##

O portal Metrópoles conseguiu registrar o texto que Eduardo digitava em seu celular. O resultado da apuração foi que o filho do presidente buscava nomes de outros não diplomatas que assumiram o cargo de embaixador.

Eduardo Bolsonaro virou polêmica após o seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), lhe indicar como possível nome para assumir cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. O presidente foi, inclusive, acusado de nepotismo.

Em seu aparelho, Eduardo escreveu nomes como o do ex-presidente Itamar Franco, e o ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen. Eles atuaram como representantes brasileiros em outros países, apesar de não terem tido carreira diplomática no Itamaraty.

Em suas anotações, o parlamentar ainda escreveu ao lado de cada embaixador o nome do presidente que os indicou. Ao que parece, Eduardo Bolsonaro vem enumerando argumentos para defender seu nome como embaixador do Brasil.

 

O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 21, publica mensagens do presidente Jair Bolsonaro ao Senado Federal com indicações de embaixadores do País para três países. Os nomes precisam ser apreciados e aprovados pelo Senado para que os indicados possam assumir os postos.

Foram indicados: Luís Fernando de Andrade Serra, para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto à República Francesa e, cumulativamente, ao Principado de Mônaco; Maria Laura da Rocha, para embaixadora do Brasil na Romênia; e Maria Edileuza Fontenele Reis, para embaixadora do Brasil na República da Bulgária e, cumulativamente, junto à República da Macedônia do Norte.

##RECOMENDA##

O presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou ao Senado Federal, para apreciação, quatro nomes de diplomatas para o cargo de embaixador do Brasil em outros países, conforme mensagens publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Foram indicados: Julio Glinternick Bitelli, para embaixador junto ao Reino do Marrocos; Helio Vitor Ramos Filho, para embaixador na República Italiana e, cumulativamente, junto à República de San Marino e à República de Malta; Maria Clara Duclos Carisio, para embaixadora junto à República Cooperativa da Guiana; e José Luiz Machado e Costa, para embaixador na Hungria.

##RECOMENDA##

O presidente Jair Bolsonaro que pretende trocar cerca de 15 representações diplomáticas do Brasil pelo mundo. Segundo ele, as trocas serão feitas em postos-chave, incluindo as embaixadas nos Estados Unidos e na França, e têm como objetivo "melhorar sua imagem no exterior".

Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto nessa quarta-feira (13), Bolsonaro se queixou do trabalho dos atuais diplomatas. Disse que é apresentado lá fora com uma imagem pessoal muito ruim e que os embaixadores têm como tarefa não só promover o Brasil no exterior, mas também "não apresentar o governo e o presidente como se fosse racista e homofóbico".

##RECOMENDA##

Foi a segunda vez que o presidente organizou este tipo de encontro com jornalistas. Como da primeira, o jornal O Estado de S. Paulo não foi convidado para a conversa desta quarta.

Entre os escolhidos para "defender" o governo Bolsonaro no exterior está o diplomata Luiz Fernando Serra, que trocará a embaixada de Seul pelo posto de Paris. Ele conheceu Bolsonaro durante viagem do então pré-candidato ao Planalto à Ásia, em 2018, e chegou a ser considerado como opção para comandar o Itamaraty.

A representação na capital francesa está nas mãos de Paulo Oliveira Campos, que foi chefe do cerimonial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante anos. "POC", como o diplomata era chamado por Lula, será responsável agora pelo consulado brasileiro em São Francisco, um posto menor na visão de diplomatas.

O governo também prestigiará Ronaldo Costa Filho, que deixará o comando da Subsecretaria de Assuntos Econômicos do Itamaraty para assumir o lugar de Mauro Vieira em Nova York.

Estados Unidos

A maior expectativa é em relação ao comando da embaixada brasileira em Washington, considerado posto de mais destaque do País no exterior. Em conversa recente, o chanceler Ernesto Araújo acertou com o embaixador Sérgio Amaral que ele ficará no posto até a visita de Bolsonaro à Casa Branca, na semana que vem.

Na visita a Washington - primeira de caráter bilateral realizada pelo presidente brasileiro ao exterior -, Bolsonaro será recebido na Casa Branca pelo colega americano Donald Trump.

Ainda não há um nome definido para substituir Amaral. Conforme publicou na terça-feira, 12, a Coluna do Estadão, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, apoia o nome do cientista político Murillo de Aragão. A ideia, porém, enfrenta resistências dentro e fora do governo.

Nesta quarta, em sua conta no Twitter, o escritor Olavo de Carvalho ligou o nome de Aragão ao de Lula. "Colocar petistas em tudo quanto é cargo, sob o pretexto de qualificações técnicas apolíticas, é fazer o povo de trouxa", escreveu o "guru" bolsonarista. O próprio Olavo, em vídeo divulgado em novembro, disse que aceitaria o posto de embaixador nos EUA caso fosse convidado.

'Caça'

Na lista dos nomes que serão trocados estão diplomatas associados aos governos do PT que atualmente ocupam representações em Nova York, Paris, Lisboa e Roma. Eles serão realocados em postos menos influentes nos Estados Unidos e na Europa.

As trocas, porém, devem ocorrer sem uma "caça às bruxas". Os embaixadores que foram ministros de Relações Exteriores do governo Dilma Rousseff vão continuar no chamado "circuito Elizabeth Arden" - jargão dos diplomatas para se referir ao conjunto de representações mais cobiçadas.

O ex-chanceler Antonio Patriota, que estava na capital italiana, vai assumir agora o posto de embaixador na Corte de Haia, nos Países Baixos. Outro ex-ministro que perderá o cargo será Mauro Vieira, que estava na representação brasileira junto às Nações Unidas, em Nova York, e agora chefiará a Embaixada de Atenas. Já Luiz Alberto Figueiredo, que chefiou o Itamaraty entre 2013 e 2014, trocará Lisboa por Copenhague.

As trocas em embaixadas, no entanto, não devem afetar diplomatas que ascenderam no governo de Michel Temer. Sergio Danese permanece em Buenos Aires, assim como Pompeu Andreucci Neto fica em Madri, Cláudio Frederico de Matos Arruda, em Londres, e Eduardo Santos, no consulado de Milão.

Na avaliação da cúpula do Itamaraty, não faria sentido substituir nomeados em 2018, que ainda passam por um período de adaptação nos postos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No segundo dia em Brasília, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem nesta quarta-feira (21) reuniões com os embaixadores do Líbano, da Rússia e de Portugal. Também participará de conversas com a equipe de transição e vai receber parlamentares.

Na terça-feira (20), Bolsonaro anunciou os nomes de Luiz Henrique Mandetta, para o Ministério da Saúde, e Wagner Rosário, para permanecer na Controladoria-Geral da União. Segundo ele, ainda analisa as possibilidades para o Ministério da Educação.

##RECOMENDA##

Assim como o presidente eleito, Mandetta fez críticas à participação dos profissionais cubanos no programa Mais Médicos. Para ele, o acordo com Cuba foi baseado em “improvisações”.  

Confirmado para o Ministério da Economia, Paulo Guedes disse ontem que será criada a Secretaria de Privatizações. Sem entrar em detalhes, informou apenas que o órgão será responsável pela organização e coordenação do programa do setor.   

O juiz federal Sergio Moro – confirmado para o Ministério da Justiça e que integra a equipe de transição – confirmou os nomes dos delegados Maurício Valeixo para a Diretoria-Geral da Polícia Federal, e Érika Malena que assumirá o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).

No segundo dia em Brasília esta semana, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem nesta quarta-feira (14) agenda intensa. Antes das 8h, ele chegou ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde ocorrem as reuniões da equipe de transição. No local, acompanhado dos filhos Eduardo Bolsonaro e Flavio Bolsonaro, ele toma café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disputa a reeleição para comandar a Casa na próxima legislatura, e que conduz uma série de votações ainda este ano.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que a equipe de transição do novo governo quer evitar a aprovação no Congresso das chamadas pautas-bomba, como aquelas que podem aumentar as despesas para a administração federal. O assunto deve ser tratado entre Bolsonaro e Maia.

##RECOMENDA##

Em seguida, Bolsonaro se reúne com os embaixadores do Chile, dos Emirados Árabes Unidos, da França e do Reino Unido, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). No Rio de Janeiro, ele esteve com os embaixadores dos Estados Unidos, China e Itália.

O presidente eleito pode ainda hoje anunciar o nome do escolhido para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Nessa terça-feira (13), ele disse que o embaixador Luiz Fernando de Andrade Serra está entre os cotados para o posto. O diplomata de carreira era embaixador do Brasil na Coreia do Sul até meados deste ano.

Governadores

Bolsonaro também participa da reunião com os governadores eleitos e reeleitos, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). Até ontem dos 27 governadores, 18 confirmaram presença. Haverá um almoço com o presidente eleito e parte de sua equipe, incluindo Paulo Guedes, que assumirá o Ministério da Economia, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

O encontro é organizado pelos governadores eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB), do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Em discussão, as prioridades dos estados e a relação com o governo federal.

Ontem, o presidente eleito afirmou que está aberto ao diálogo e também para conversar sobre a necessidade, de alguns estados, de renegociar dívidas. Mas afirmou que há dificuldades em elevar a destinação de verbas, pois o Orçamento Geral da União “está complicado”.

Transição

Bolsonaro também vai se reunir com a equipe de transição, no CCBB. A expectativa é anunciar ainda hoje o nome do ministro do Meio Ambiente.

Ontem, ele avisou que será mantido o status de ministério para o Trabalho, cuja estrutura será absorvida por outra pasta.

A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que sua área vai agregar também o setor de pesca e as políticas relacionadas à agricultura familiar e reforma agrária. No cenário atual esta estruturas estão sob duas secretarias especiais vinculadas diretamente ao Palácio do Planalto.

Da Ansa

A agenda do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), no Rio de Janeiro, inclui nesta quinta-feira (1º) o tema política externa. Inicialmente, ele se reúne com o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Comara Hermoso. Depois, à tarde, será a vez de conversar com o embaixador dos Estados Unidos (EUA) no Brasil, P. Michael McKinley.

Com forte representação na União Europeia, a Espanha é um parceiro importante para o Brasil, no momento em que o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, suspensa temporariamente) tenta negociar um acordo de cooperação com o bloco europeu.

##RECOMENDA##

Em processo de articulação há 18 anos, o acordo envolve mais de 300 pontos e várias divergências. As dificuldades principais cercam os setores automotivo, de propriedade intelectual, em especial as regras de patentes de medicamentos, indicações geográficas e os serviços marítimos

EUA

No caso dos Estados Unidos (EUA), o embaixador P. Michael McKinley está deixando Brasília para assumir de forma definitiva as funções de assessor do chefe do Departamento de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

Há três meses, P. Michael McKinley acumula as funções de embaixador no Brasil e também de assessor de Pompeo. Ontem (31), seguranças norte-americanos estiveram no condomínio onde mora Bolsonaro para verificar o local e observar eventuais ameaças e riscos.

Afinidade

Em várias entrevistas concedidas após as eleições, Bolsonaro disse ter admiração pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e que irá aos Estados Unidos. Ele pretende viajar na companhia do general da reserva Augusto Heleno, confirmado para a pasta da Defesa, e de Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia.

Trump e Bolsonaro conversaram por telefone após o resultado das eleições. Nos Estados Unidos, o presidente eleito disse que quer tratar de acordos na área militar, negociações comerciais e questões regionais. Assim como o norte-americano, Bolsonaro é crítico do governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.

Há ainda a preocupação com a Nicarágua, que desde abril vive em clima de confronto entre civis e agentes do Estado. As manifestações são rotineiras e há denúncias de desrespeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão.

No último dia 29, logo após a eleição, Pompeo telefonou para Bolsonaro para parabenizá-lo. Em nota, o Departamento de Estado reiterou a parceria entre os dois países.

Os embaixadores da Venezuela e do Brasil na ONU protagonizaram uma troca de farpas e cenas pouco comuns durante o Conselho de Direitos Humanos da entidade, nesta sexta-feira, 23. A delegação de Caracas chegou a usar uma placa onde está escrito o nome de seu país na bancada da ONU para bater sobre a mesa e tentar impedir que o Brasil continuasse com seu discurso.

O debate central era a aprovação de uma resolução que condenava a adoção de sanções unilaterais e que apontava como tais medidas coercitivas podem minar os direitos humanos.

##RECOMENDA##

Se o Brasil tradicionalmente votou a favor de resoluções com essas características, o governo admitiu nesta sexta-feira que o atual contexto na Venezuela e o fato de a proposta ter sido apresentada justamente pelo governo de Nicolás Maduro em nome do Movimento dos Países Não-Alinhados obrigava o Itamaraty a mudar de posição. O Brasil se absteve.

Além de condenar as sanções, o texto pedia que os governos se unissem para fazer uma declaração formal contrária às práticas.

Ao explicar seu voto, a embaixadora brasileira, Maria Nazareth Farani Azevêdo, citou o exemplo da situação na Venezuela. Mas passou a ser hostilizada pela delegação de Caracas, que tentava impedir que ela seguisse o discurso. A diplomacia de Maduro alegava que as regras da ONU não permitem que um governo use sua explicação de voto para tratar de temas que não estejam no conteúdo da resolução.

Depois de uma primeira interrupção, a diplomata brasileira voltou a falar. "Ao continuar meu discurso, o sr. vê que o exemplo sobre a Venezuela é pertinente à explicação de meu voto", disse, se referindo ao presidente do Conselho, Vojislac Suc. "Repito portanto: a situação na Venezuela criou um dilema sobre nossa posição tradicional diante do assunto, com base em grande parte na preocupação do Brasil sobre o uso da força nas relações internacionais", disse a embaixadora.

Enquanto ela retomava o discurso, a delegação venezuelana tentou impedir que a diplomata seguisse pela segunda vez. Levantou sua placa para pedir uma "questão de ordem" e, ao não ser atendida pelo presidente do Conselho, a delegação passou a bater a placa sobre a mesa de forma repetida.

Mas a embaixadora seguiu com seu discurso. "Na Venezuela, ameaças contra os direitos humanos são originárias de políticas conduzidas pelo governo", disse Maria Nazareth. Com o ruído, a presidência do Conselho foi obrigada a dar uma vez mais a palavra aos venezuelanos, que insistiram que a situação em seu país "não fazia parte do debate da resolução".

O presidente, nesse momento, permitiu que a embaixadora brasileira seguisse com seu discurso. Ele também indicou ao governo da Venezuela que aquele não era o momento de tratar de "assuntos bilaterais".

"Entre as várias medidas, o governo venezuelano usa o acesso a comida como instrumento para influenciar a vontade popular", denunciou a brasileira, sob o forte ruído da placa com o nome da Venezuela sendo batida sobre as mesas da ONU. "A negação de que existe uma emergência e a recusa de aceitar ajuda de organizações independentes são as maiores ameaças aos direitos humanos dos venezuelanos. O Brasil decidiu, portanto, se abster da resolução", completou a embaixadora.

O governo da Venezuela voltou a tomar a palavra e disse que os "pontos de ordem" que tinham solicitado eram "legítimos". O governo venezuelano qualificou a intervenção brasileira de hostil.

Quem saiu na defesa da posição da Venezuela foi Cuba, que lamentou que um assunto relacionado a uma votação fosse usado para atacar outra nação. O governo australiano também se solidarizou com o Brasil. O México, país que tradicionalmente apoia a resolução, optou por se abster citando as mesmas preocupações do Brasil.

O governo dos EUA também rejeitou a resolução, alegando que suas sanções não violam direitos humanos e eles podem até ser um instrumento para promovê-los. "Como o Brasil disse, a Venezuela é pertinente para essa discussão", declarou a diplomacia de Donald Trump. "Trata-se de uma alternativa ao uso da força e votaremos não", disse o embaixador Jason Mack.

Com o apoio dos países africanos e de governos do Movimento dos Países Não-Alinhados, a Venezuela conseguiu a aprovação da resolução com 28 votos a favor, 15 contra e 3 abstenções. Entre os vários pontos, o texto ainda aponta que "acesso a remédios e alimentos não devem ser usado como coerção política".

O Palácio do Planalto afirmou neste domingo (19), em nota, que as "todas as carnes" servidas ao presidente Michel Temer e aos embaixadores convidados para o jantar em uma churrascaria de Brasília eram de origem brasileira. Segundo o governo, a gerência do estabelecimento teria apresentado os produtos servidos a outros veículos de imprensa que questionaram a origem do produto, sem citar que veículos foram esses.

A versão do Planalto é diferente do que informaram funcionários da churrascaria ao Broadcast Político. Segundo funcionários ouvidos pela reportagem, a carne bovina que o presidente e os embaixadores comeram não era de origem brasileira. A informação de garçons do restaurante era de que somente as carnes suínas e de frango servidas no local são nacionais. A carne bovina é importada da Argentina, Uruguai e Austrália.

##RECOMENDA##

Um atendente da churrascaria também afirmou que as carnes bovinas eram importadas, quando contactados pela Coluna do Estadão. Por telefone, um atendente do restaurante afirmou à coluna que a churrascaria "só trabalha com corte europeu, australiano e uruguaio". "Pode vir tranquilo, que a gente mostra a câmara fria e o açougue" disse o funcionário do estabelecimento. O Broadcast Político não conseguiu contato novamente com o restaurante após a nota do Planalto.

Temer jantou no local neste domingo acompanhado de ministros e embaixadores e representantes de 27 países, em um gesto político para tentar minimizar os efeitos negativos da Operação Carne Fraca sobre a venda de carne brasileira. Eles participaram de um rodízio. O Palácio do Planalto reservou uma mesa para 80 pessoas. O preço do rodízio por pessoa foi de R$ 119. O valor incluía carnes, um bufê de saladas, acompanhamentos e sushi. A bebida era à parte.

Temer comeu carne bovina e frango, quejo coalho assado, acompanhado de caipirinha. Na mesa, também foi servido vinho tinto nacional, da vinícola Casa Valduga, produzido em Bento Gonçalves (RS). A conta foi paga pelo Planalto, que não informou o valor..Temer passou cerca de uma hora no local. No final, tirou foto com os garçons que o serviram. Em rápida entrevista, disse que a mensagem que queria passar com o jantar era de que não há motivos para causar "terror" no exterior sobre a carne brasileira.

Veja a nota do Planalto:

"Todas carnes servidas, neste domingo, ao presidente Michel Temer e aos embaixadores convidados para jantar na churrascaria Steak Bull foram de origem brasileira. A gerência do estabelecimento inclusive apresentou os produtos servidos a órgãos sérios da imprensa que questionaram a origem do produto."

Ao deixar o Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Michel Temer, pelo menos dois embaixadores, o da União Europeia, João Gomes Cravinho, e da China, Li Jinzhang, foram cautelosos em apresentar uma posição de seus países em relação à carne importada do Brasil, demonstrando que as explicações dadas no encontro não foram suficientes.

Ambos disseram que ainda aguardam uma explicação oficial do governo brasileiro aos questionamentos feitos ao Ministério da Agricultura, em nota técnica a ser encaminhada ainda esta noite às representações estrangeiras.

##RECOMENDA##

"O presidente, naturalmente, não entrou em questões técnicas. Estamos aguardando uma carta técnica do Ministério da Agricultura, ainda esta noite, com as respostas às perguntas que fizemos", declarou Cravinho, à saída do Planalto. Ele lembrou que a decisão será tomada em Bruxelas, com base na "nota técnica", mas reconheceu que a suspensão da compra de carne do Brasil "é uma possibilidade".

Cravinho declarou ainda que, depois de receber as informações técnicas, a União Europeia "vai calibrar" a natureza das irregularidades porque "ainda não temos informações que nos permitam avaliar se os problemas foram pontuais (como diz o Brasil), já que não se sabe exatamente quais unidades sofreram alterações indevidas e para que países esses produtos foram exportados.

O embaixador chinês, por sua vez, depois declarou ao jornal "O Estado de S.Paulo" que "não recebeu notícia" de que a China tenha decidido suspender a importação de carne brasileira. Questionado se saía tranquilo da reunião com o presidente, respondeu que "a segurança dos alimentos é muito importante para a segurança e a vida do povo". Sobre o tamanho da preocupação de seu país com as importações de carne brasileira, ele afirmou: "Esperamos mais explicações".

Ele comentou, no entanto, que aceitou o convite de Temer aos 33 representantes estrangeiros que estiveram no Planalto de ir à churrascaria comer a carne brasileira. O embaixador da União Europeia, no entanto, declinou do convite porque precisava viajar.

O embaixador Cravinho informou ainda que Bruxelas certamente irá rever o calendário de inspeções nos frigoríficos brasileiros. Temer ofereceu aos estrangeiros a visita aos locais, para se certificarem da qualidade do tratamento dado aos produtos. Cravinho explicou que essas visitas já são feitas, esporadicamente, por amostragem, não só no Brasil, mas em outros países.

O presidente Michel Temer chegou pouco antes das 19 horas deste domingo, 19, à churrascaria Steak Bull, antigo Porcão, no Lago Sul em Brasília, para participar de um rodízio de carnes, conforme havia prometido ao final da coletiva realizada hoje no Palácio do Planalto, após reunião para tratar dos reflexos da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, 17, e que descobriu um esquema de corrupção praticado por frigoríficos brasileiros.

Temer está acompanhado de ministros, assessores, do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e embaixadores de países que compram o produto brasileiro. Entre os ministros, Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, Blairo Maggi, da Agricultura, e Marcos Pereira, da Indústria e Comércio Exterior. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, não está presente.

##RECOMENDA##

A comitiva está sentada em uma grande mesa, no centro do restaurante, próximo ao buffet de saladas. Temer está no centro da mesa, ladeado por embaixadores, como o da China. Além do rodízio de carnes, há outros acompanhamentos, como fritas, pastéis, camarões e feijão tropeiro. Temer está comendo apenas as carnes e queijo coalho. E beberica uma típica caipirinha brasileira. O preço do rodízio é R$ 119, sem as bebidas.

O presidente Michel Temer recebeu nesta quinta-feira, 27, 11 cartas credenciais em cerimônia no Salão Leste do Palácio do Planalto. A carta credencial, segundo o Ministério das Relações Exteriores, é uma manifestação formal enviada por um chefe de Estado para outro, que concede a acreditação diplomática a um representante designado para ser o embaixador do país de origem no país de acolhimento.

Entregaram as cartas ao presidente brasileiro o embaixador do Peru, Vicente Rojas Escalante; da Romênia, Stefan Mera; do Nepal, a senhora Tara Prasad; do Chipre, Haralambos Kafkarides; de Portugal, Jorge Tito Vasconcelos Nogueira Dias; de Malawi, Brian Bowler; da Alemanha, Georg Witschel; de Belarus, Aleksandr Tserkovsky; da Bélgica, Dirk Loncke; da Guiana, George Wilfred Talbot; e da Itália, Antonio Bernadini.

##RECOMENDA##

Os embaixadores foram recebidos por Temer e pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, em uma espécie de "sala" montada no Salão Leste do Planalto. O evento segue um protocolo quando o presidente conversa por poucos minutos com cada embaixador.

É a terceira vez, desde que assumiu a presidência, que Temer realiza a cerimônia para receber cartas credenciais. A primeira foi no dia 25 de maio, pouco depois de a presidente Dilma Rousseff ser afastada, e a segunda foi no dia 23 de junho. Nas duas ocasiões, o governo informou que o embaixador da Venezuela, Alberto Castellar, teria sido convidado pelo Itamaraty, não compareceu ao evento.

Logo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff que levou Temer ao comando interino do Brasil, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, solicitou que o embaixador retornasse ao seu país. Maduro declarou apoio a Dilma e disse que o processo de impeachment era um "golpe de Estado no Brasil".

Após assumir de forma efetiva a Presidência da República, Michel Temer teve como um dos primeiros atos de seu governo assinar as cartas credenciais dos embaixadores brasileiros na China, Marcos Caramuru, e nos Estados Unidos, Sergio Amaral.

Para serem oficializados nos cargos, os dois diplomatas deverão entregar as cartas às autoridades daqueles países, como forma de se apresentarem como indicados do governo brasileiro para ocupar o posto de embaixadores. É no momento da entrega dessas credenciais que eles assumem as funções.

##RECOMENDA##

De acordo com o Planalto, Temer recebeu ontem (31) felicitações de “líderes globais” pela posse efetiva no cargo de presidente do Brasil. Os primeiros países a se manifestar foram Estados Unidos, Argentina e Peru. Temer foi felicitado também pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Na mensagem enviada pelo chefe do Departamento de Estado norte-americano, John Kerry, os Estados Unidos disseram estar confiantes em manter o forte relacionamento bilateral que existe entre os dois países que representam “as maiores democracias e economias do hemisfério”.

Kerry reiterou a parceria entre Brasil e Estados Unidos no sentido de resolver questões de “mútuo interesse e desafios globais mais urgentes do século 21” e classificou como “essencial” a cooperação entre os dois países.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que o Brasil é um "país irmão" da Argentina e que o governo de seu país tem interesse em avançar com as agendas bilaterais, regionais e multilaterais.

Logo após tomar posse no cargo, Temer também recebeu uma ligação do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ter a expectativa de que o Brasil, sob a liderança de Temer, continue a “estreita parceria” quer tem com a entidade.

Temer encontra-se, neste momento, a caminho da China, em sua primeira viagem oficial no cargo, para participar da reunião de cúpula do G20 e de encontros bilaterais com empresários e chefes de Estado. 

Na China, além das reuniões do G-20, Temer pretende se reunir com investidores e participar do encerramento de um seminário previsto para 2 de setembro, em Xangai, envolvendo empresários brasileiros e investidores chineses.

Nas reuniões com investidores estrangeiros – e nos encontros bilaterais que deverá ter com os líderes da China (Xi Jinping), da Espanha (Mariano Rajoy) e da Itália (Matteo Renzi), além do príncipe da Arábia Saudida (Mohammed Bin Nayef –, Temer pretende sinalizar que o Brasil está retomando sua atividade econômica e, assim, transmitir a ideia de que o país é seguro para receber investimentos.

Após quase nove meses de crise diplomática, a presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quarta-feira (4) as credenciais do novo embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto.

Em fevereiro, Dilma se recusou a receber o diplomata no Palácio do Planalto em represália ao fato de a Indonésia não ter aceitado os pedidos de clemência para evitar a execução de dois brasileiros condenados por tráfico de drogas. Marco Archer havia sido morto em janeiro e Ricardo Gularte acabou sendo executado em abril.

##RECOMENDA##

Após a recusa de Dilma, o presidente da Indonésia chamou Riyanto de volta ao País. A entrega das credenciais nesta quarta foi vista pelo Itamaraty como uma demonstração de que o "caso está encerrado" e que os dois países podem retomar as relações.

Dilma recebeu o diplomata com um "bem-vindo" e manteve uma conversa protocolar com ele por cerca de um minuto.

Durante a cerimônia, a presidente recebeu as credenciais de diplomatas de outros 21 países. Na média, a conversa entre Dilma e cada um deles durou cerca de dois minutos. O ato é uma formalidade que marca oficialmente o reconhecimento de que o embaixador está apto para representar o seu país de origem no Brasil.

Em um fato curioso, os representantes das duas Coreias, do Sul e do Norte, países que têm relações conturbadas e vivem em tensão constante, foram recebidos por Dilma em sequência. A presidente dispensou praticamente o mesmo tempo com cada um deles.

Quase nove meses depois de ter criado uma crise diplomática com a Indonésia, por ter se recusado a receber as credenciais do embaixador daquele país, Toto Riyanto, a presidente Dilma Rousseff finalmente deverá reconhecer o novo representante da Indonésia no Brasil. Está marcada para esta quarta-feira (4), às 11 horas, no Palácio do Planalto, a cerimônia de entrega de credenciais de 22 embaixadores e Riyanto está previsto para ser o quarto a entregá-la. A recusa se deu em fevereiro em represália aos pedidos de clemência feitos por Dilma e não aceitos pela presidência da Indonésia para evitar a execução de dois brasileiros condenados por tráfico de drogas.

Em 20 de fevereiro, Toto Riyanto chegou a ir ao Planalto e seria o primeiro a se apresentar à presidente. Mas Dilma, ao chegar ao Planalto, avisou que não o receberia e que estava adiada a entrega de suas credenciais. Coube ao ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, comunicar a decisão de Dilma a Riyanto, causando enorme constrangimento. Este é um gesto duro em linguagem diplomática, sem precedentes. Ao final da cerimônia, em entrevista, Dilma informou que adiou o recebimento das credenciais para aguardar uma decisão do governo indonésio em relação à transferência do brasileiro Rodrigo Gularte para um hospital, o que o livraria da pena de morte, pela legislação daquele país. O presidente indonésio não atendeu aos apelos para evitar a execução dos brasileiros e, diante da recusa da credencial do seu embaixador, chamou-o de volta ao país, um gesto de grave estremecimento das relações diplomáticas.

##RECOMENDA##

No Planalto, as informações são de que a lista com os embaixadores que entregarão suas credenciais foi apresentada à Dilma e, no despacho do ministro das Relações Exteriores com a presidente, quando foi marcada a cerimônia, o diplomata teria informado sobre a presença do embaixador da Indonésia.

Outra curiosidade desta cerimônia é que os representantes das duas Coreias, do Sul e do Norte, países que têm relações conturbadas e vivem em tensão constante, também entregarão suas credenciais no mesmo dia, uma seguida à outra.

A lista dos embaixadores que entregarão suas credenciais inclui ainda os representantes do Grão-Ducado do Luxemburgo, Jean Olinger; da República da Letônia, Alda Vanaga; do Turcomenistão, Aksoltan Toreevna Atayeva; da República Argelina Democrática e Popular, Toufik Dahmani; da Nova Zelândia, Caroline Peta Bilkey; das Filipinas, Jose Dela Rosa Burgos; da República Dominicana, Alejandro Arias Zarzuela; da Costa Rica, Jairo Gabel Valverde Bermúdez; da República do Malaui, Edward Yakobe Sawerengera; da República Popular Democrática da Coreia, a Coreia do Norte, Kim Chol Hak; República da Coreia, a Coreia do Sul, Lee Jeong-gwan; dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Khalifa Abdulla Rashid Al-Mualla; da União Europeia, João Titternigton Gomes Cravinho; do Canadá, Riccardo Savone; da República Democrática Socialista do Sri Lanka, Jagath Jayasuriya; da França, Laurent Bili; da República do Mali, Mamadou Macki Traoré; do Egito, Alaa Eldin Wagih Mohamed Roushdy; do Sudão, Ahmed Yousif Mohamed Elsiddig; da República Gabonesa, Jacques Michel Moudoute-Bell e da Eslovênia, Alain Brian Bergant.

Os Estado Unidos expulsaram três diplomatas venezuelanos em resposta à medida semelhantes tomada por Maduro na semana passada, informou uma fonte do governo norte-americano, em condição de anonimato.

A fonte disse à Associated Press que os três venezuelanos têm 48 horas para deixar o território dos Estados Unidos. A AP pediu à embaixada venezuelana as identidades dos funcionários expulsos, mas não havia obtido resposta.

##RECOMENDA##

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, expulsou na semana passada três diplomatas norte-americanos que teriam, segundo ele, auxiliado na realização da manifestações estudantis que têm sacudido o país nas últimas três semanas e deixaram pelo menos 15 mortos e centenas de feridos.

O governo do presidente Barack Obama classificou as acusações como "falsas".

Washington decidiu a expulsão nesta terça-feira, mesmo dia em que Maduro informou ter encarregado seu ministro de Relações Exteriores, Elías Jaua, do anúncio do novo embaixador venezuelano nos Estados Unidos.

"Eu já decidi quem será o embaixador", disse Maduro ao expressar sua intenção de "fortalecer" a embaixada em Washington para que no país se conheçam "a verdade do que está acontecendo na Venezuela".

Desde 2010 a Venezuela não tem embaixador nos Estados Unidos e Washington não tem embaixador em Caracas, embora as embaixadas tenham sido mantidas. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, ameaçou neste sábado expulsar embaixadores estrangeiros, acusando-os de um grande esquema de corrupção e suborno contra pessoas próximas a seu governo. A polícia de choque, por sua vez, ficou de prontidão enquanto centenas de pessoas protestavam contra o governo turco.

Erdogan fez as acusações após os filhos de dois ministros serem presos, junto com outras pessoas, incluindo o executivo-chefe do estatal Halkbank, Suleyman Aslan. No total, 24 pessoas foram detidas, acusadas de aceitar, ou facilitar subornos, afirmou a agência de notícias Dogan. A imprensa turca relatou que a investigação está relacionada a transferências de dinheiro ilícito para o Irã e suborno em grande escala para projetos de construção. Reportagens da mídia turca disseram que a polícia encontrou US$ 4,5 milhões escondidos em caixas de sapato na casa de Aslam.

##RECOMENDA##

Erdogan afirmou que a "operação suja" foi planejada para atingir seu governo antes das eleições locais em março. A votação é vista como um voto de confiança em seu mandato de uma década, que tem sido abalado por protestos contra o que os críticos chamam de um crescente regime autoritário. Erdogan deverá concorrer nas eleições presidenciais de agosto, já que está impedido de disputar um quarto mandato como primeiro-ministro. As eleições gerais estão marcadas para 2015.

"Alguns embaixadores estão engajados em atos provocativos", afirmou o primeiro-ministro hoje na cidade de Samsun. "Cumpram seus deveres. Se vocês excederem seu poderes, este governo vai exercer sua autoridade no limite. Nós não somos obrigados a mantê-los no país."

Aproximadamente 500 pessoas realizaram manifestações na capital do País Ancara neste sábado, pedindo que o governo renuncie devido às suspeitas de corrupção. Protestos similares também ocorreram nas cidades de Istambul e de Izmir.

Embora não tenha identificado os embaixadores, Erdogan tem apoiado alegações em jornais pró-governo, que acusam os Estados Unidos e o embaixador norte-americano de estarem por trás da investigação de corrupção que tem detido aliados políticos, incluindo ministros e o prefeito de um distrito de Istambul, que é um reduto de seu Partido Justiça e Desenvolvimento.

O jornal favorável ao governo, Yeni Safak, escreveu neste sábado, "Saia desse país", uma manchete aparentemente destinada ao embaixador norte-americano Francis Ricciardone. A embaixada dos EUA negou as acusações, classificando-as como "mentiras e calúnias". Fonte: Associated Press.

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira a indicação de Everton Vieira Vargas e de Lúcio de Amorim para ocuparem, respectivamente, os cargos de embaixadores do Brasil na Argentina e em Belize. Em votações secretas, Everton recebeu 52 votos favoráveis e três contrários, enquanto Lúcio, 54 a favor e quatro contrários.

A presidente Dilma Rousseff participou, nesta quarta-feira (23), da entrega de credenciais dos novos representantes de 16 países que atuarão no Brasil. A cerimônia, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, representa a posse oficial dos embaixadores.

As credenciais foram apresentadas pelos embaixadores de Itália, Chile, México, Haiti, Arábia Saudita, Bélgica, Egito, Moçambique, Azerbaijão, Bulgária, Bangladesh, Catar, Cazaquistão, Burundi, República do Congo e Guiana. Dilma conversou com cada diplomata e, muitos deles, conseguiram conversar em português.

##RECOMENDA##

Nesta semana, Dilma participará de dois eventos internacionais. Nesta quinta-feira (24), ela estará presente na 6ª Cúpula Brasil-União Europeia (UE), que abordará temas como crise financeira internacional, os debates no G20 (grupo das 20 maiores economias no mundo) e segurança internacional no Oriente Médio e na África – que enfrentam crises específicas, como no Mali (África) e na Síria (Ásia).

No fim de semana, a presidenta segue para Santiago, capital do Chile, para a Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribe e União Europeia.

Com informações da Agência Brasil e assessoria de imprensa da Presidência da República.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando