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Responsável pelas investigações sobre o ataque ao grupo de humor Porta dos Fundos, o delegado Marco Aurélio de Paula Ribeiro, afirmou na quinta-feira (26), que é verídico o vídeo que circula nas redes sociais em que integrantes do grupo autodenominado "Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira" reivindica o atentado.

A investigação do caso está a cargo de força-tarefa integrada por vários setores da Polícia Civil do Rio. O governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), repudiou o ataque e "toda forma de violência ou intolerância".

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No vídeo publicado nas redes sociais, pessoas mascaradas leem um manifesto enquanto imagens do ataque com coquetéis Molotov são exibidas. A polícia ainda apura a identidade dos autores do atentado.

A Frente Integralista Brasileira afirmou, em nota, que repudia a tentativa de associar o movimento ao ataque. A frente disse ainda que desconhece o grupo em questão.

A filmagem publicada pelos supostos autores do atentado é feita por uma câmera que acompanha a ação. São três os homens que jogam os coquetéis Molotov e um que filma. Já imagens de câmeras de segurança no local mostram quatro pessoas - dois em uma moto e dois em um carro. Os donos dos veículos serão intimados a depor.

Enquadramento na lei antiterror

Os policiais não enquadraram o crime na lei antiterror, alegando que ela prevê uma conduta lesiva à organização da sociedade e ao Estado. "Nos parece que foi um ataque direcionado a uma vítima determinada", afirmou o delegado Ribeiro.

Se o caso vier a ser considerado terrorismo, ficará a cargo da Justiça Federal.

O grupo Porta dos Fundos se tornou alvo de uma onda de críticas de militantes políticos e religiosos desde o lançamento do especial de Natal A Primeira Tentação de Cristo, no Netflix. A produção mostra um Cristo gay, interpretado por Gregório Duvivier, com um namorado.

No dia 19, a Justiça do Rio negou liminar a um pedido de uma associação religiosa para que o programa fosse removido do site.

Segundo a Justiça, determinação diferente seria "inequivocamente censura decretada pelo Poder Judiciário". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou no início da tarde desta quinta-feira, 26, que repudia o ataque à sede do Porta dos Fundos e "toda forma de violência ou intolerância". Em agenda no Palácio Guanabara, o mandatário fluminense disse que o caminho correto para buscar a reparação de eventuais danos causados por um conteúdo é o Poder Judiciário, não a violência.

Witzel também esclareceu que o secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, se reuniu de manhã com a equipe do canal para obter mais informações sobre o ocorrido. "Já temos informações mais precisas da câmera que filmou as imagens para que possamos fazer a investigação", disse o governador. "Queremos, no prazo mais rápido possível, encontrar quem são os autores dessa espécie de atentado e dar imediatamente à sociedade as respostas necessárias. Nosso governo é contra qualquer manifestação de violência contra quem quer que seja."

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A Polícia Civil do Rio investiga a participação de um grupo que se diz integralista no atentado contra a sede da produtora do canal Porta dos Fundos. Na quarta-feira (25), os integrantes desse grupo divulgaram um vídeo com imagens do ataque no YouTube.

O jornal O Estado de S. Paulo confirmou que as imagens são da ação contra a produtora.

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No vídeo, integrantes do grupo que se autodenomina Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira aparecem mascarados e leem um manifesto enquanto imagens do ataque com coquetéis Molotov são exibidas.

A filmagem é feita por uma câmera que acompanha a ação. São três os homens que jogam os coquetéis e um que filma.

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O mesmo grupo teria feito um ataque na Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), em Botafogo, no fim do ano passado, queimando bandeiras e faixas antifascistas.

A polícia do Rio examina essas imagens e outras de câmeras de segurança que registraram o atentado contra a produtora, no Humaitá, no Rio.

O vídeo das câmeras de segurança mostra o momento em que pelo menos três pessoas - duas em uma caminhonete, uma em uma motocicleta - participaram do ataque à fachada do prédio, com duas bombas incendiárias, às 4 horas da véspera de Natal. Ninguém foi ferido, e o fogo foi apagado por um segurança do prédio.

"O Porta dos Fundos condena qualquer ato de violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades", informou na quarta-feira o grupo em nota. O texto afirma ainda que o Porta espera que os responsáveis pelos ataques "sejam encontrados e punidos".

O caso está sob investigação da 10.ª DP (Botafogo) como crime de explosão.

O ataque pode ainda ser enquadrado na lei antiterror, que define como terrorismo o ato de usar explosivo "por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião" com a finalidade de "provocar terror social".

Polêmica

O canal de humor virara alvo de críticas desde o lançamento do especial de Natal A Primeira Tentação de Cristo, na Netflix. A produção mostra um Cristo gay, interpretado por Gregório Duvivier, com um namorado. O personagem é surpreendido por uma festa, em que é revelado que ele é Filho de Deus e fora adotado por José e Maria. Um abaixo-assinado online pediu a retirada do programa da Netflix.

No dia 19, a Justiça do Rio negou liminar a um pedido de uma associação religiosa para que programa fosse removido do site.

A decisão afirmou que não havia motivos legais para a remoção. Segundo a Justiça, determinação diferente da sua seria "inequivocamente censura decretada pelo Poder Judiciário".

Em nota, os integrantes do grupo disseram ainda que seguirão em frente, "mais unidos, mais fortes, mais inspirados e confiantes que o País sobreviverá a essa tormenta de ódio, e o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Netflix e a equipe do Porta dos Fundos estreitaram laços para mais uma parceria. Em 2020, a plataforma irá lançar novamente no catálogo um especial de Natal produzido pelo humorístico. Embora tenha recebido diversas críticas de grupos religiosos, a Netflix teve uma audiência positiva com a exibição de A Primeira Tentação de Cristo.

Fábio Porchat, no Twiter, ironizou a confirmação do especial para o ano que vem. "Vocês ficam dando stream pra essa lenda aí dá nisso", escreveu ele. Na trama, que estreou no serviço de streaming no dia 3 de dezembro, Jesus Cristo foi abordado como homossexual. A história não foi bem vista por líderes das igrejas e nem por políticos. 

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro declarou nas redes sociais que a proposta do Porta dos Fundos afronta a fé dos brasileiros. "A Netflix acaba de lançar um 'Especial de Natal' onde Jesus Cristo (Gregório Duvivier) é gay e tem relações com Fábio Porchat, além de se recusar a pregar a palavra de Deus. Somos a favor da liberdade de expressão, mas vale a pena atacar a fé de 86% da população? Fica a reflexão", disse o parlamentar.

A programação de Natal do município de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, foi divulgada nesta terça-feira (10). A festa tem início nesta sexta-feira (13) e conta com apresentações em cinco polos distribuídos pela cidade.

Com o tema “Natal de Paz e Luz”, a comemoração vai até o dia 29 de dezembro e promove cantatas natalinas; missas; espetáculos de dança; desfile de Natal; teatro; projeção mapeada; apresentações artísticas e a tradicional decoração com luzes e artigos que iluminaram as ruas da cidade.

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Confira a programação completa:

Sexta-feira (13)

20h – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h40 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Sábado (14)

18h30 – Big Band – Praça Rodolfo de Morais

19h30 – Projeção Mapeada – Praça da Matriz

20h30 – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h45 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Domingo (15)

16h – Coral Jovem Erempaf – Praça Rodolfo de Morais

17h – Cia de Dança Ione Santos – Praça Rodolfo de Morais

18h – Igreja Batista Central – Praça Rodolfo de Morais

19h30 – Projeção Mapeada – Praça da Matriz

20h – Alma Núcleo de Dança – Praça Rodolfo de Morais

21h – Sena Sax – Praça Rodolfo de Morais

Sexta-feira (20)

17h – Escola da Mônica – Praça Rodolfo de Morais

20h – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h40 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Sábado (21)

18h30 – Coral de Sant’Ana – Praça Rodolfo de Morais

19h30 – Projeção Mapeada – Praça da Matriz

20h30 – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h45 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Domingo (22)

16h – Mestre Galdino Mamulengos – Praça Rodolfo de Morais

17h – Academia Art Dança – Praça Rodolfo de Morais

18h – Ballet MDWJ – Praça Rodolfo de Morais

19h30 – Projeção Mapeada – Praça da Matriz

20h – Banda de Lira Natalina – Praça Rodolfo de Morais

21h – Igreja Batista Betânia – Praça Rodolfo de Morais

Quarta-feira (25)

17h – Igreja Sara Nossa Terra – Praça Rodolfo de Morais

18h – Igreja Presbiteriana – Praça Rodolfo de Morais

19h30 – Projeção Mapeada – Praça da Matriz

20h30 – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h45 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Quinta-feira (26)

16h – Coral da Assistência Social – Igreja Matriz de Sant’Ana

19h30 – Espetáculo Quebra Nozes – Praça Rodolfo de Morais

Sexta-feira (27)

20h30 – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h45 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Sábado (28)

18h30 – Luiz Sérgio e Quarteto Metal – Praça Rodolfo de Morais

19h30 – Projeção Mapeada – Praça da Matriz

20h30 – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h45 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

Domingo (29)

16h – Mestre Galdino Mamulengos – Praça Rodolfo de Morais

17h – Gravat’art – Praça Rodolfo de Morais

18h – Nordesax – Praça Rodolfo de Morais

19h – Quarteto Sanfonado – Praça Rodolfo de Morais

20h30 – Desfile Natalino – Avenida Cleto Campelo

21h45 – Natal de Paz e Luz – Pátio de Eventos

O Shopping Patteo Olinda funcionará em um horário especial na próxima sexta-feira (29), quando acontece a Black Friday. O centro de compras estará funcionando das 8h até às 23h, com duas horas a mais para os clientes aproveitarem as promoções do dia, inclusive nas lojas que entraram recentemente no portfólio do shopping, como Magazine Luiza e a Studio Z, uma fast fashion de calçados.

“Os clientes também poderão aproveitar os descontos da Black Friday nas nossas lojas âncora, como Renner, C&A, Riachuelo, Lojas Americanas, Narciso, Millena Móveis, Casas Bahia, Livraria Saraiva, entre outras”, afirma Leandro Denardi, superintendente do Patteo Olinda.

Segundo o executivo, a expectativa do centro de compras é registrar um aumento de 15% no fluxo de clientes em relação à Black Friday de 2018 e alcançar um incremento de mais de 50% em relação às vendas de um dia sem ações promocionais.

A Globo divulgou, nesta quinta-feira (17), alguns detalhes do especial de Natal estrelado por Milton Gonçalves. Ainda sem nome, o programa de fim de ano, com direção artística de Maria Maria de Médicis, contará com Milton interpretando Papai Noel. Dividindo cenas com Zezé Motta, o ator que viverá Orlando declarou que está bastante ansioso para ver o resultado final da atração da emissora.

"Tenho uma paixão muito grande pelo trabalho de ator. Estou muito feliz de gravar mais uma parte dessa história. Estamos fazendo isso aqui pra gente não esquecer de se reunir, para que possamos pensar melhor em quem está do nosso lado", disse Milton, em entrevista ao Gshow.

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Marcado para ir ao ar na noite de 25 de dezembro, o especial protagonizado por Milton Gonçalves é idealizado pela estreante Cleissa Regina Martins. 

O último show de Sandy e Junior, marcado para o dia 9 de novembro, no Rio de Janeiro, vai tomar contar do catálogo do Globoplay em breve. A novidade dividiu opiniões dos fãs, fazendo com que a apresentação da dupla também fosse parar na TV aberta.

Após o 'disse-me-disse' agitar a internet, os fãs dos cantores poderão assistir a turnê "Nossa História" na programação de fim de ano da Globo. De acordo com as informações do site Na Telinha, a emissora vai exibir o espetáculo em comemoração aos 30 anos de carreira de Sandy e Junior no dia 25 de dezembro, na noite de Natal.

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O projeto comemorativo dos artistas irá ao ar logo após a exibição do capítulo de "Amor de Mãe", novela escrita por Manuela Dias, que está pronta para substituir a partir de novembro "A Dona do Pedaço". No dia 12 de julho, Sandy e Junior abriram a série de apresentações da turnê no Classic Hall, em Olinda.

 

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O colapso em que vive o sistema materno de Pernambuco, com maternidades superlotadas, falta de insumos, leitos, mulheres sofrendo violência obstétrica e outras dificuldades motivaram o LeiaJá a desenvolver o especial "À Luz do Sofrer", uma publicação multimídia para mostrar a população a realidade difícil que as gestantes do Estado enfrentam para conseguirem dar à luz. 

São três reportagens desenvolvidas com foco para a Região Metropolitana do Recife, local onde se registram as maiores dificuldades do sistema. Na reportagem “Maternidade: a falta da dignidade humana na saúde pública”, o site mostra o que, possivelmente, são os fatores determinantes para o caos instalado nas maternidades que funcionam “adequadamente”. 

A reportagem “Outro filho? Só se for castigo de Deus” personifica as consequências de se ter uma rede materna colapsada, com estrutura defasada e a dificuldade no meio do desconhecido. Esta segunda reportagem ainda traz à tona a violência obstétrica relata pelas jovens mulheres que passaram pelo sistema.

“Precaridade afeta saúde dos profissionais da rede materna” é a terceira e última reportagem deste especial. Aqui são mostradas as dificuldades dos médicos que são sobrecarregados pela alta demanda, sem condições de trabalho, tendo que “se virar” para conseguirem acomodar as pacientes - seja na cadeira de rodas, no chão, ou "onde der". 

Os autores das reportagens são Jameson Ramos e Victor Gouveia. A edição de texto ficou a cargo de Alexandre Cunha; edição de vídeo Danilo Campelo; artes/ilustrações de João de Lima e Imagens de Júlio Gomes e Rafael Bandeira.

Confira as reportagens do especial À Luz do Sofrer

- Maternidades: a falta da dignidade humana na saúde pública

- "Outro filho? Só se for castigo de Deus"

- Precariedade afeta saúde dos profissionais da rede materna

Presidente Dilma pouco depois de assinar a Lei  nº 12.711 de 2012. Foto: EBC/Divulgação. 

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De acordo com o relatório de 2010 do Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes), apenas 44% dos estudantes eram oriundos de famílias com renda per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo. Em 2014, outra edição da pesquisa apontou que esse grupo de alunos havia crescido para dois terços (66,19%) do total do corpo discente das instituições federais. Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a porcentagem de jovens negros no ensino superior quase dobrou entre os anos de 2005 (5,5%) e 2015 (12,8%). Os dados comprovam a existência de um movimento histórico de mudança de perfil no ensino público superior brasileiro: ele nunca foi tão pobre, negro, indígena e recebeu tantas pessoas com deficiência. Fruto de um longo caminho pavimentado pelos movimentos sociais, a Lei nº 12.711 de 2012, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foi responsável por estabelecer a cota de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia do País a alunos oriundos do ensino médio público ou de minorias. 

O historiador do Museu da Cidade do Recife, Sandro Vasconcelos, lembra que foi a ditadura de Arthur da Costa e Silva que sancionou, no dia de 3 de julho de 1968, a Lei nº 5.465, através da qual foi estabelecida a primeira cota estudantil da história do Brasil. A medida destinava 50% das vagas do ensino médio agrícola e das escolas superiores de agricultura e veterinária aos “agricultores” e seus filhos. “Acontece que inúmeras famílias camponesas desconheciam a existência dessa cota ou simplesmente não podiam arcar com as despesas de manter os filhos nas capitais. Os fazendeiros acabaram sendo os grandes beneficiados”, explica Sandro. Na prática, um privilégio para os latifundiários de alto poder aquisitivo, a lei só foi revogada em dezembro de 1985. “Muita gente importante, inclusive políticos, se formaram graças a essa cota”, conclui o historiador.

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Os anos 1980, aliás, testemunhavam o avanço dos debates do movimento negro brasileiro, que passava a discutir a possibilidade de viabilizar uma reparação histórica para os descendentes dos povos escravizados no período colonial. “Na década de 1990 isso se intensificou, com a participação do companheiro Fernando Conceição, aluno de jornalismo da Universidade Federal da Bahia. Ele sugeria reparação monetária para os estudantes negros. Isso gerou muita polêmica na época”, lembra José de Oliveira, membro do Movimento Negro Unificado. Articulador nacional do Movimento pelas Reparações dos Afro-Descendentes (MPR) e posteriormente coordenador do Comitê Pró-Cotas para Negros na Universidade de São Paulo (USP), Fernando Conceição chegou a propor, em 1995, a reparação de R$ 102 mil para cada afro-descendente. “A gente aprofunda o debate e chega à conclusão de que essa resposta monetária não seria interessante, até pela dificuldade de provar quem era negro e quem não era. Pensamos em uma reparação social, em uma academia que passasse a nos receber, ainda que por meio de cotas”, argumenta Oliveira.

Na contramão da história

Os primeiros resultados das pressões e mobilizações do movimento negro por medidas inclusivas apareceriam no início do século XXI. Em 2000, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a Lei nº 3.524/2000, que determinou a reserva de 50% das vagas estaduais para estudantes de escola pública. Um ano depois, a mesma casa, através da Lei nº 3.708/2001, incluiu a cota de 40% das vagas para candidatos autodeclarados negros e pardos. Assim, em 2003, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) tornou-se a primeira do país a implementar um sistema de cotas.

Polêmica, a iniciativa conviveu com críticas como a de que os cotistas, por supostamente não desfrutarem de uma boa base educacional, não teriam condições de acompanhar os colegas que chegaram à universidade através do ingresso comum. “Eu acho que essa coisa de que as cotas aumentaram as dificuldades é ‘mitologia’. Nosso estudo sobre o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) mostra que a nota de corte das pessoas que entram pelas cotas é muito próxima da dos demais. Então não é verdadeira a ideia de que eles chegam ao ensino superior despreparados”, defende João Feres, coordenador do Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (Geema) do IESP-UERJ.

De acordo com a pesquisa “Três ensaios sobre ações afirmativas no ensino superior brasileiro: acesso, progressão e simulações de diferentes políticas de cotas para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro”, da Universidade Federal Fluminense (UFF), na UERJ, a evasão dos não cotistas é superior a dos discentes cotistas. Entre os não-cotistas, 15,6% abandonaram a universidade no primeiro ano da graduação, quase três vezes mais do que os cotistas (5,8%). “A maior mudança que veio com as cotas foi o aumento da autoestima desses jovens, com a possibilidade de ganhar uma formação e disputar um emprego. Além disso, os cotistas conseguiram ser os melhores alunos da universidade, tendo um índice de evasão muito baixo”, ressalta José de Oliveira.

Oliveira destaca ainda que as cotas são uma conquista histórica do movimento negro, responsável por abrir o caminho que tornou possível a sanção da Lei de Cotas. “Para aprofundar o debate, eu mencionaria alguns passos anteriores importantes. Primeiro, ressalto a participação do movimento negro na concepção da constituição de 1988, em que contribuímos com o artigo quinto. Também destaco a criminalização do racismo (em 1989, por meio da Lei nº 7.716) e a criação do Ministério da Igualdade Racial, no Governo Lula, em 2003”, coloca.

Conquistas ameaçadas?

De acordo com o GEMAA, ações afirmativas são “políticas focais que alocam recursos em benefício de pessoas pertencentes a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente”. “Trata-se de medidas que têm como objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero ou de casta, aumentando a participação de minorias no processo político, no acesso à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social e/ou no reconhecimento cultural”, compartilha o grupo. A Convenção sobre Discriminação Racial da Organização das Nações Unidas (ONU) também versa sobre o assunto e defende programas de ações afirmativas apenas em locais onde eles possuem caráter temporário e corretivo. “Antigamente, eu e muitos outros militantes, pensávamos que precisaríamos de duas ou três gerações para avaliar o efeito das cotas. Futuramente poderemos fazer um balanço político desse resultado”, afirma José de Oliveira.

Em outro tratado, intitulado Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a ONU define que “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entre 2004 e 2014, o número de matrículas de pessoas com deficiência saltou de 5.395 para 7.828.013, o que representou um aumento de 518,66%.

Pró-reitora para assuntos estudantis da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - uma das últimas a aderir ao sistema de cotas -, Ana Cabral destaca a estrutura especial demandada pelos estudantes cotistas. “Claro que esses estudantes entram na universidade por mérito, mas a gente sabe que há muitos deles que chegam com muitas fragilidades vindas do ensino básico, entrando em um estado de estresse enorme. Como para muitos é a única oportunidade da vida, eles acabam se deprimindo. Por isso, oferecemos acompanhamento psicopedagógico aos estudantes, não é fácil, mas eles são muito esforçados”, frisa.

Ana Cabral destaca ainda a disparidade da realidade socioeconômica entre o corpo discente das universidades federais do sudeste e do norte-nordeste, embora o recurso da bolsa para os cotistas seja o mesmo. “Historicamente, os alunos da UFPE já tinham uma vulnerabilidade, mesmo antes das cotas. Atualmente, temos mais 70% dos estudantes em situação de vulnerabilidade, o que se agravou nos últimos anos, em decorrência da crise. Notamos que a maioria dos cotistas só conta com uma renda de meio salário mínimo e temos pessoas analisadas com perfil para atendimento, mas o recurso é insuficiente”, alerta. Apesar disso, a pró-reitora garante que, para o ano de 2019, as bolsas para os cotistas estão mantidas. Segundo ela, os recursos do plano nacional de assistência estudantil não diminuíram e, ao contrário de outras instituições, a UFPE antecipou o empenho de suas contas. “Por isso não estamos com dificuldades para pagamento do Restaurante Universitário nem dos bolsistas. O fato é que a gente tinha uma parte do recurso que vinha da LOA (Lei Orçamentária Anual) que era colocada para assistência e, com o contingenciamento, está difícil pegar esse dinheiro que era para ordem geral e mantê-lo para assistência estudantil”, conclui.

Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) já tenha emitido um parecer reconhecendo a constitucionalidade do sistema de cotas, neste ano, a deputada Dayana Pimentel (PSL-BA) apresentou o projeto de Lei 1531/19, que alteraria a Lei de Cotas vigente, com o objetivo de excluir o critério racial de reserva das vagas. “A direita sempre teve ojeriza de ceder aos direitos dos negros. É um tipo de racismo que se manifesta porque o problema da desigualdade social não é pautado. Me parece que o grande projeto desse governo é elitizar a universidade de novo, porque ela se democratizou demais durante os governos do PT”, opina o pesquisador João Feres.

Reportagem faz parte do especial "Para que servem as cotas?", produzido pelo LeiaJá. O trabalho jornalístico explica a importância das cotas para a equidade e democratização dos espaços de educação brasileiros. Confira as demais reportagens:

2 - A perspectiva social que explica a criação das cotas

3 - Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior

4 - Saiba como funciona as Comissões de Verificação de Cotas

5 - Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas

6 - Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo

7 - A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios

8 - Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico

9 - ProUni: inclusão social no ensino superior particular

10 - O que é mito e o que é verdade sobre a Lei de Cotas?

11 - Como seria um mundo sem cotas? 

Comissão de verificação de cotas gera protestos entre os reprovados / Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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A Lei nº 12.711/12, sancionada em agosto de 2012, garante 50% das vagas disponíveis nas instituições de ensino superior e institutos federais de educação de todo país a estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública; oriundos de famílias com renda bruta inferior ou igual a 1,5 salário mínimo per capita, subdivididas entre candidatos autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Conhecida como “Lei de Cotas”, a iniciativa foi criada com o intuito de ampliar as oportunidades de ensino no Brasil.

As universidades brasileiras seguiam recomendações do Estatuto de Igualdade Racial para confirmar a cor dos concorrentes por meio do documento de autodeclaração, apresentado pelos estudantes na faculdade de destino após o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Entretanto, depois de denúncias de supostas fraudes realizadas na distribuição das vagas, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a diversas universidades do país que o fenótipo, e não a ascendência, deve ser o critério utilizado para validação.

Em entrevista ao LeiaJá no mês de novembro de 2018, a estudante de direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Karoline Ramos, de 23 anos, que utilizou o sistema de cotas raciais para ingressar na instituição, apontou possíveis irregularidades na confirmação das vagas por meio do documento de autodeclaração e cobrou a instauração de comissões de verificação na UFPE.

“Por meio das cotas raciais, a gente leva uma autodeclaração no momento da pré-matrícula após aprovação no Sisu, e não existe nenhuma análise da veracidade ou não dessa documentação, o que abre margem para muitas fraudes. É importante que os movimentos negro e indígena que compõe a faculdade se organizem para demandar que surjam comissões de verificação para as cotas raciais, visando evitar as fraudes. Muitas vezes, alunos que não se enquadram no perfil de índios, negros e indígenas, acabam utilizando essas cotas mesmo sem ter o perfil adequado. Isso acontece justamente pela falta de verificação”, disse Karoline à época.

Instauração das comissões

No dia 16 de janeiro de 2019, a pró-reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad) da UFPE, juntamente com a Comissão de Elaboração do Programa de Combate ao Racismo Institucional, publicou o Edital PROCAD Nº 01/2019, que dava início às inscrições para os “interessados em participar, na condição de voluntários, das Comissões de Validação da Autodeclaração Racial”.  

O documento estabelecia que as comissões deveriam ser compostas por um professor; um técnico da UFPE “vinculado a grupo de pesquisa, coletivos ou outras instância congêneres dedicados às relações étnico-raciais”; um estudante da UFPE matriculado em 2018.2, “vinculado a Grupo de pesquisa, Coletivos ou outras instâncias congêneres dedicadas às relações étnicos-raciais ou que tenha cursado disciplina sobre relações étnicos raciais” e um membro da sociedade civil vinculado “a grupo de pesquisa, movimentos sociais negros, coletivos ou outras instâncias congêneres dedicados às relações étnicos-raciais”.

As inscrições foram realizadas de 16 a 24 de janeiro. As análises e julgamentos dos voluntários inscritos foram feitos nos dias 25 e 26 seguintes. Posteriormente, os selecionados participaram da Oficina de Formação para atuação nas Comissões de Validação da Autodeclaração Racial. Ao final da formação, foram conferidos certificados aos participantes. Os trabalhos nas comissões foram realizados nos dias 31 de janeiro; 1º, 4, 13, 14 e 15 de fevereiro. Ao todo, dos 2,4 mil candidatos aprovados nas cotas étnicos-raciais, 280 foram reprovados pelas comissões de cotas nos campi Recife, Vitória e Sertão.

Entramos em contato com a ex-professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e psicóloga aposentada, Luciene Lacerda, que é membro das comissões da heteroidentifição da UFRJ. Luciene compõe a banca avaliadora que julga os candidatos que utilizam a autodeclaração para concorrer às vagas destinadas a negros e pardos nos concursos públicos realizados pela Universidade. Por meio de ligação telefônica, Luciene Lacerda detalhou como é realizado o procedimento de avaliação dos candidatos. Confira:

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Protestos

Protesto dos alunos reprovados na primeira avaliação de cotas, realizado em frente à Reitoria da UFPEm no Recife / Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Após a divulgação do resultado das comissões realizadas na UFPE, um grupo de candidatos se reuniu em frente à Reitoria da instituição de ensino, localizada na Zona Oeste do Recife, no dia 12 de fevereiro, cobrando um posicionamento da entidade. Ao todo, 188 alunos reprovados entraram com recurso na instituição de ensino.

A principal queixa dos candidatos presentes no local era a falta de variedade racial nas comissões julgadoras. Alguns estudantes afirmaram que a banca avaliadora era formada apenas por pessoas negras. Candidato reprovado na primeira avaliação, Guilherme Feitosa, de 19 anos, aprovado em primeiro lugar para o curso de física por meio da cotas raciais, que se declara pardo, afirma que o processo não é confiável e que as reprovações foram injustas.

“Posso dizer que a primeira comissão de verificação não foi confiável. Digo isso por conta de tantas reprovações injustas que ocorreram, inclusive a minha. Eu tenho traços de pessoa parda, a lei das cotas me cobre, tanto as pessoas negras quanto pardas. E tenho caraterísticas de pessoa parda, a cor da minha pele não é branca, pode não ser negra, mas com certeza é uma cor mais escura. Os traços faciais também, alguns traços indígenas, alguns traços negros, enfim. Por isso eu considero, sim, injusta a minha reprovação”, diz.

Feitosa relata que ao entrar em uma sala do campus para ser julgado pela comissão, os integrantes da banca avaliadora “não perguntaram nada, só pediram para assinar a autodeclaração enquanto era (eu) filmado com um celular próximo do rosto”.

De acordo com o pró-reitor de assuntos acadêmicos da UFPE, Paulo Góes, a reprovação dos estudantes depende da decisão de todos os membros da comissão. “Para o candidato ser rejeitado, é preciso que a decisão da banca avaliadora seja unânime”, crava.

Após diversos protestos e cobranças por parte dos candidatos, a UFPE decidiu realizar uma nova avaliação com os estudantes que entraram com recurso contra a faculdade. Em nota emitida no dia 12 de fevereiro, a instituição informou as datas, horários e o local das reavaliações. “Todos os candidatos que recorreram serão reavaliados nos dias 21 e 22 deste mês, apenas no Corpo Discente, no Campus Recife, das 8h às 12h e das 14h às 17h”, informou a UFPE por meio da assessoria de comunicação.

Tentamos entrar em contato com estudantes que foram aprovados no processo de reavaliação, entretanto, nenhum se dispôs em comentar como foram feitas as avaliações.

Colorismo na universidade

A instauração das comissões acendeu o debate sobre raça e cor no ambiente universitário. Alguns estudantes classificam as comissões como “tribunais de etnia”, enquanto outros declaram os julgamentos “racistas’. A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade de Brasília (UnB), Renisia Garcia, pondera que o requisito mais importante para o candidato ser aprovado na comissão é ser identificado pelos demais como pessoa negra.

“Nós temos fraudes nas cotas. Pessoas brancas de cabelos lisos e de olhos azuis burlam o processo conscientemente. Por isso, as bancas de verificação precisam ter pessoas qualificadas, sabendo que quem deve ocupar aquela vaga é uma pessoa negra, fenotipicamente assim reconhecida. Não se trata de autoclassificação, auto nomeação, é heteroidentificação, é a sociedade ver a pessoa como negra, e esse é o encaminhamento da banca”, afirma.

Ainda segundo Renisia, candidatos que não são negros e tentam utilizar as cotas raciais para ingressar na universidade podem ser classificados como racistas. “Ao tentar burlar as políticas afirmativas, as vagas reservadas às pessoas negras, sendo essas pessoas brancas, tentando entrar como negras, estão sendo altamente racistas e referendando a desigualdade social”, diz.

De acordo com a coordenadora do Neab da UnB, as comissões de verificação de cotas garantem o uso correto do dinheiro público destinado à universidade. “Não tenho a mínima dúvida que a instauração das comissões foi uma melhoria na política de cotas. As bancas de verificação são extremamente necessárias para que o dinheiro público seja destinado ao demandatário a quem ele está direcionado: pessoas negras”, conclui.

Luciene Lacerda, integrante da banca avaliadora da UFRJ, destaca que as comissões de verificação avaliam o fenótipo dos avaliados e, concomitante a isso, se suas características fenotípicas poderiam levá-los a serem vítimas de racismo. Confira:

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Representante do Coletivo de Estudantes “Negrxs” da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Niterói, a estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Nalui Mahin, destaca que as comissões garantiram que a população negra ocupasse vagas em cursos na universidade. “No início das comissões, a gente observou que houve um percentual de mais ou menos 15% de pessoas que não eram consideradas aptas para ingressar na universidade por meio das cotas, ou seja, eram pessoas brancas. E esse percentual representa cerca de 200 vagas destinadas às pessoas negras. Sem as comissões, seriam cerca de 200 vagas de negros e indígenas, ocupadas por pessoas brancas”, pontua Nalui.

Reportagem faz parte do especial "Para que servem as cotas?", produzido pelo LeiaJá. O trabalho jornalístico explica a importância das cotas para a equidade e democratização dos espaços de educação brasileiros. Confira as demais reportagens:

1 - Cotas: sanção da lei marca o ensino superior

2 - A perspectiva social que explica a criação das cotas

3 - Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior

5 - Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas

6 - Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo

7 - A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios

8 - Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico

9 - ProUni: inclusão social no ensino superior particular

10 - O que é mito e o que é verdade sobre a Lei de Cotas?

11 - Como seria um mundo sem cotas? 

Com o objetivo de retratar as cotas educacionais, que buscam equidade e democratização do ensino, o LeiaJá publica, neste sábado (6), o especial “Para que servem as cotas?”. Composto por reportagens multimídia, o trabalho detalha como foi criado o sistema cotista, os tipos de cotas, esclarece dúvidas sobre a norma, entre outras abordagens.

A primeira reportagem, intitulada “Cotas: sanção da lei marca o ensino superior”, aborda o contexto histórico no qual as cotas foram criadas. A segunda, “A perspectiva social que explica a criação das cotas”, revela que a desigualdade escancarada no País tem relação com a criação do sistema de cotas. Já a terceira matéria, chamada “Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior”, mostra como negros são impactados positivamente pela reserva de oportunidades.

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A quarta reportagem, “Saiba como funciona as Comissões de Verificação de Cotas”, traz detalhes do sistema polêmico que tem por objetivo autenticar a veracidade da autodeclaração de pessoas pretas em universidades do País. Já “Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas” destaca dados e situações reais da perspectiva das cotas para pessoas deficientes.

“Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo”, “A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios” e “Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico” mostram como o sistema de cotas é essencial para promover democratização da educação a pessoas que vivem sob condições desiguais.

“ProUni: inclusão social no ensino superior particular” é o título da reportagem que endossa a importância do Programa Universidade para Todos (ProUni) como forma de ingresso no ensino superior. Em “O que é mito e o que é verdade sobre a Lei de Cotas?”, são respondidas questões de um levantamento realizado com os seguidores da plataforma Vai Cair No Enem, produto do LeiaJá.

Por fim, “Um mundo sem cotas é possível?” encerra a série de reportagens especiais revelando em que panorama está inserido o Brasil e como seria o cenário ideal para a extinção das cotas sociais. 

Os autores das reportagens são os comunicadores Camilla de Assis, Rebeca Ângelis, Elaine Guimarães, Lorena Barros, Ítallo Olímpio, Marília Parente, Francine Nascimento, Marcele Lima e Fábio Filho. A edição do conteúdo fica a cargo de Nathan Santos. As imagens foram produzidas pelos repórteres fotográficos Rafael Bandeira e Júlio Gomes, e pelos cinegrafistas Sidney Lucena, Ricardo Araújo, Roberto Varella, André Albino e Ednaldo Santos. As edições dos vídeos são de Danillo Campelo e as artes são de autoria de João de Lima. 

O LeiaJá deixa o convite aos leitores para conferir os conteúdos. Veja, a seguir, as reportagens do especial “Para que servem as cotas?”:

1 - Cotas: sanção da lei marca o ensino superior

2 - A perspectiva social que explica a criação das cotas

3 - Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior

4 - Saiba como funciona as Comissões de Verificação de Cotas

5 - Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas

6 - Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo

7 - A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios

8 - Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico

9 - ProUni: inclusão social no ensino superior particular

10 - O que é mito e o que é verdade sobre a Lei de Cotas?

11 - Como seria um mundo sem cotas? 

O Shopping RioMar Recife recebe, neste sábado (29), mais uma edição da Sessão Azul. O projeto, realizado em parceria com o Eu Faço Cultura, promove sessões especiais de cinema voltada para crianças autistas. O filme escolhido para essa vez foi Toy Story 4.

A Sessão Azul é totalmente preparada para acolher crianças com autismo e seus familiares. A sala fica com luzes acesas, o som é mais baixo e a plateia fica livre para andar, dançar, gritar e cantar durante toda a exibição. Desde 2016, já foram realizadas 60 sessões adaptadas em 16 cidades diferentes.

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Neste sábado (29), a garotada vai pode curtir o recém-lançado Toy Story 4. A continuação da animação da Disney traz o Xerife Woody e seus amigos brinquedos em mais uma aventura, agora com um novo brinquedo, o Forky. 

Serviço

Sessão Azul - Toy Story 4

Sábado (4) - 11h

Shopping RioMar

 

 Nesta sexta-feira (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher e, para celebrar a força, coragem e dedicação da figura feminina na sociedade, o NOW promove o ‘Especial Mês das Mulheres’.

A plataforma de streaming irá disponibilizar, de 8 a 31 de março, 50 filmes com temáticas voltadas para o universo feminino, que terão com 50 % de desconto, para os clientes da NET e Claro.

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Entre os títulos de destaque estão dois títulos com Cate Blanchett: Carol, que também tem Rooney Mara em papel de destaque no filme; e Oito Mulheres e um Segredo, que junta outras mulheres poderosas no elenco, como Sandra Bullock, Anne Hathaway, Rihanna, Helena Bonham Carter e Sarah Paulson.

Confira lista completa dos títulos disponíveis:

Amor ao próximo sem distinção, sem olhar a quem. Um grupo de voluntários se tornou exemplo em Pernambuco ao mostrar que, quando se tem vontade, tudo é possível. O músico Paulo Antônio e pelas pedagogas Rosângela Gonçalves e Irinalva idealiraram e formaram a Orquestra Especial do Brigadeiro ,composta por 17 alunos com Síndrome de Down, estudantes da Escola Estadual Brigadeiro Eduardo Gomes, localizada no bairro de Boa Viagem. 

Paulo, professor voluntário do projeto, em entrevista ao LeiaJá, conta que, sabia do poder transformador da musicoterapia, mas ficou surpreso ao ver o conhecimento dos alunos que ensaiam uma vez por semana. “Quando comecei a pesquisar sobre musicoterapia, eu me apaixonei. Eu fico impressionado com o conhecimento enorme que eles têm. Algun alguns conhecem a história de Luiz Gonzaga e do frevo, por exemplo. Eu fico admirado com o potencial de cada um e, principalmente, em ver que eles não medem a distância de alegria, de tocar, eles vibram tanto amor. É de se admirar”, detalhou. 

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Ele ainda ressaltou que pode não ser ressarcido financeiramente, mas que tem o mais valioso: o amor ao próximo através da música. “Costumo viajar muito representando os ritmos nordestinos trabalhando profissionalmente e sendo ressarcido pelo meu trabalho. Mas, ao fazer esse trabalho, que é voluntário com pessoas especiais, eu sinto algo além. Ali que encontro o amor verdadeiro, não tem preço o valor que eles me dão como ser humano, primeiramente, e depois como professor. Vendo aqueles garotos, o amor que transmitem. Todo mundo deveria visitar um instituto, uma escola que tem um projeto com pessoas especiais. Eu me sinto muito realizado”. 

A próxima quinta-feira (28) será um momento mais do que especial para o grupo. Eles irão fazer uma apresentação mais do que exclusiva para todos os estudantes do colégio. A festa é em celebração ao Carnaval, a partir das 8h. “Eles estão empolgados e felizes. Eu também sinto uma felicidade sem fim, tem horas que nem dá para expressar direito.”

Os componentes da orquestra Bruno, Júlio, Maria Júlia, Guilherme, Alexandra, Talita, Rodrigo, Francisco,Leila, Fátima, Geovânia, Elaine, Tomás, Bárbara, Juliana, Tadeu e Raony merecem todos os aplausos pelo exemplo de superação.

O número de crianças com necessidades especiais matriculadas nas escolas cresceu 33,2% no país, entre 2014 e 2018, de acordo com o Censo Escolar publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Também aumentou de 87,1% para 92,1% os que estão em classes comuns.

Em 2014, o número de alunos com deficiência era 886.815, contra 1,2 milhão em 2018. Entre 2017 e 2018, houve aumento de cerca de 10,8% nas matrículas. Ainda segundo os dados do Censo, a rede pública tem as maiores taxas de estudantes em classes comuns, sendo 97,3%, contra 51,8% em redes particulares.

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Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve incluir os estudantes com necessidades especiais em salas comuns e deverá conter todo o sistema educacional inclusivo, salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Os dados do Censo mostram que 38,6% das escolas públicas de ensino fundamental e 55,6% das privadas dispõe de banheiros para pessoas com necessidades especiais. 28% das instituições públicas e 44,7% das particulares oferecem espaços adequados para pessoas com necessidades especiais.

Além disso, no ensino médio 60% das escolas públicas e 68,7% das particulares possuem banheiro especial e 44,3% das públicas e 52,7% das privadas dispõe dependências apropriadas.

No dia 29 de dezembro, a Globo exibirá o último "Só Toca Top" de 2018. Comandado por Fernanda Souza e Luan Santana, a atração com temática de fim de ano receberá a cantora Claudia Leitte para uma apresentação especial.

Segundo informações do colunista Flávio Ricco, do Uol, a ex-líder da banda Babado Novo irá representar todos os artistas do axé music que marcaram presença este ano no programa. 

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Nessa quarta-feira (19), Claudia Leitte lançou a música sucessora de "Balancinho". Intitulada "Saudade", a nova aposta da artista será focada intensamente para o Carnaval 2019. A canção, que teve a parceria do rapper Hungria, também vai ganhar um videoclipe. 

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Nessa terça-feira (11), nos Estúdios Globo, o "Caldeirão do Huck" reuniu um time de artistas que fizeram sucesso ao longo de 2018. A gravação do especial "Caldeirão de Ouro" contou com os cantores Wesley Safadão, Luan Santana, Iza e Ludmilla, além das atrizes Juliana Paes e Marina Ruy Barbosa. Ostentando a boa forma em um vestido de veludo vermelho, Juliana recebeu elogios de Marina.

"Minha musa. Dona da po**a toda", disse a ruiva, que irá apresentar ao lado de Ju Paes a atração de Luciano Huck. Publicada no Instagram, a imagem de Juliana gerou repercussão entre os fãs. "Nunca vi ninguém mais linda", comentou um dos seguidores na rede social.

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