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Estão abertas as inscrições para masterclasses e oficinas sobre acessibilidade comunicacional no cinema dentro da quinta edição do festival VerOuvindo. As aulas fazem parte da JOrnada VerOuvindo, novidade deste ano no evento, e acontecerão entre os dias 26 e 28 de abril. Todas as atividades são gratuitas.

Ao total, serão uma oficina e três masterclasses voltadas para estudantes e profissionais da área, com ou sem deficiência. Podem participar produtores e diretores de cinema, tradutores intérpretes de Libras, audiodescritores e consultores. Serão ministrantes o tradutor intérprete Carlos Oliveira (PE); o consultor em Libras ALessandro Vasconcelos (PE); o diretor Jorge Pereira (PE); a coordenadora de acessibilidade da TV Aparecida, Flávia MAchado (SP); e a consultora em AD, Elizabet Dias de Sá (MG).

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Esta é a primeira vez que as atividades formativas do VerOuvindo vêm agrupadas em uma programação paralela, a I JOrnada VerOuvindo. Além delas, a Jornada contará também com painéis de comunicação oral, em que profissionais e pesquisadores irão apresentar sua produção prática. Toda a programação ee formulário de inscrição podem ser acessados pelo site do festival. O V VerOuvindo acontece entre os dias 23 e 28 de abril.

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Estão abertas as inscrições para a quinta edição do Festival VerOuvindo de Filmes. Interessados em colocar filmes nas mostras competitivas e de participar da Jornada VerOuvindo, novidade desse ano, podem fazer sua inscrição através do site do evento.

As inscrições para as Mostras Competitivas vão até o dia 13 de fevereiro. Podem participar curtas, animações, documentários e filmes de ficção que possuem recurso de audiodescrição. Quatro categorias receberão premiação em dinheiro e o vencedor da Melhor do Júri receberá um troféu e certificado do festival. 

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Já a I Jornada VerOuvindo estreia nesta edição voltada para a apresentação oral de trabalhos científicos e relatos de profissionais da área de acessibilidade comunicacional nas produções culturais. O prazo de inscrição é até 28 de fevereiro, também pelo site. O VerOuvindo acontece entre os dias 23 e 28 de abril.

No último dia 9 de maio, a banda Devotos fez um show na abertura da exposição A arte é um manifesto - 30 anos de Devotos, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), no Recife. O que 'chamou atenção' na apresentação, foi a presença de uma tradutora de Libras, que acompanhou e traduziu todo o show para o público com deficiência auditiva presente.

Os recursos que oportunizam pessoas cegas ou com baixa visão, e surdas ou ensurdecidas, a terem acesso a atividades e bens culturais com autonomia e independência têm sido cada vez mais presentes na produção cultural da atualidade. Esse crescimento está ligado não só ao aumento do interesse e conhecimento do próprio público consumidor destes recursos como de produtores e artistas. Porém, ainda é preciso maior atenção e zelo no que diz respeito à inclusão desse público nas atividades culturais e artísticas dos espaços públicos e privados das cidades para que haja uma inclusão, de fato, plena.  

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O show que marcou a abertura da exposição A Arte é um manifesto, do artista plástico Neilton, foi apenas um dos pontos da mostra com acessibilidade. Lá também é possível encontrar recursos de audiodescrição, que descreve as obras expostas, e textos em braile, para pessoas cegas. Já para as pessoas com deficiência auditiva, haverá visitas guiadas com tradutores de Libras nos dias 16 de junho e 7 de julho. Mas, apesar de tais recursos serem ações positivas e de inclusão, a pequena agenda de eventos para aqueles com deficiências denuncia uma das dificuldades com as quais este público ainda precisa lidar.

É o que denuncia o intérprete de Libras e youtuber Carlos di Oliveira: "Existem projetos lindos (de acessibilidade), mas é um dia no cinema. Então, a pessoa com deficiência não tem nem a opção de estar em casa em um domingo e resolver ir ao cinema, ela tem que ir em um dia específico. Isso não é inclusão de verdade".

Carlos é criador e apresentador no canal Janela dos Dias, que discute acessibilidade comunicacional na cultura. Para ele, o acesso à arte, por parte de deficientes, tem aumentado mas ainda é preciso mais: "A gente está só no início. Já houve um avanço grande, se falarmos em 10 anos atrás, até porque acessibilidade é a palavra da moda. Mas está na hora de sair da palavra da moda para se tornar a ação da moda. A necessidade da acessibilidade já está entrando no inconsciente popular, até mesmo dos gestores dos espaços públicos, mas as ações são bem pontuais", analisa.

Em Pernambuco, foi possível sentir um grande avanço na questão da acessibilidade na área do audiovisual, nos últimos anos. Os produtores da área concordam que o Funcultura, fundo de incentivo do Governo do Estado, foi um dos grandes impulsionadores para isso. Desde 2014, o edital atribui pontuação máxima aos projetos que garantem alternativas de acessibilidade. "Isso foi um grande avanço. Todos produtores tiveram que começar a incluir isso nos projetos, mas muitos não fazem ainda", diz Liliana Tavares, psicóloga, doutoranda em Comunicação com ênfase em audiodescrição no cinema, audiodescritora e realizadora do VerOuvindo: Festival de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do Recife.

Liliana coloca que uma parcela de produtores do audiovisual não se preocupa com recursos de acessibilidade, como audiodescrição, janela de libras e legendagem, por acreditar que são produtos que encarecem o projeto e, também, que o público a que se destina não vai aos cinemas. "Isso é um mito, uma falta de conhecimento. Existe um público grande que quer frequentar esses espaços e precisa ser convidado. Hoje em dia a gente já vê muito mais pessoas com deficiência visual ou auditiva frequentando teatro, cinema e exposições". Sobre os custos, ela também diz ser uma inverdade: "Muitos reclamam que a acessibilidade é cara e isso também é infundado. A acessibilidade é o valor de qualquer outro produto, muito mais barato do que a maioria das coisas do audiovisual".

Em sua experiência com o festival VerOuvindo, Liliana viu crescer o interesse das pessoas e, também, profissionais por esses recursos. Realizada desde 2014, a mostra de filmes, segundo ela, se propõe a formar público, inclusive com as atividades itinerantes - que já passaram por várias cidades brasileiras -, além de se preocupar com a capacitação de trabalhadores para atuar no segmento, com oficinas e debates: "Isso faz com que o público fique fortalecido e que mais pessoas se interessem pelos recursos"

O objetivo é fomentar o mercado da audiodescrição e discutir como fazer melhor esse trabalho. "Nesse momento atual do mercado existem muitos aventureiros que fazem dublagem por exemplo, que acham que fazer audiodescrição é só falar as coisas que estão vendo. Mas existe uma técnica de leitura de imagem, de organização e tradução das frases. É preciso passar por uma formação. Os produtores também precisam saber isso. Não adianta você fazer um filme lindo e uma péssima audiodescrição, vai destruir seu filme", explica Liliana.  

Inclusão plena

Para sensibilizar os produtores do audiovisual foi criada, há 14 anos, a campanha Legenda para quem não ouve, mas se emociona. A proposta é conscientizar as pessoas sobre o direito dos não ouvintes à acessibilidade comunicacional no mundo das artes. O criador da campanha, Marcelo Pedrosa, esteve na abertura da 22ª edição do Festival Cine Pe, no último mês de maio, para falar um pouco dessa luta. "A gente pensa a acessibilidade como custo, mas a gente precisa entender que se trata de investimento público".

Coincidentemente, foi durante o Cine PE do ano de 2004 que a campanha teve início. De lá para cá, houve algumas vitórias, como a do Funcultura, e o próprio festival, que hoje conta com legendagem eletrônica e tradutores de Libras durante as cerimônias de abertura, encerramento e homenagens. Passos para que haja, de fato, inclusão social e para que estes recursos deixem de 'chamar atenção', como dito no início desta matéria, e passem a ser tidos como comuns para todos, sobretudo para quem mais precisa.

*Fotos: Reprodução/Facebook

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Foram prorrogadas as inscrições para o IV Festival VerOuvindo. Os interessados em participar devem realizar a candidatura até o dia 31 de janeiro. Com prêmios em dinheiro, a iniciativa tem como novidade, em sua competição, a categoria ‘audiodescritores iniciantes’. O festival será realizado de 25 a 30 de abril de 2017 nos cinemas da Fundação Joaquim Nabuco, em Casa Forte, e no Cinema São Luiz, no Recife.

Para poder inscrever o curta-metragem audiodescrito, de no máximo 20 minutos de duração, é preciso enviá-lo nos formatos MOV ou MP4 com Codec H264 em resolução Full HD (1920 x 1080) pelo WeTransfer, DropBox ou Google Drive para o e-mail verouvindo@gmail.com. Juntamente com o filme é necessário anexar o formulário de inscrição preenchido, assinado e digitalizado; uma carta de anuência do diretor(a) também assinada e digitalizada; e três fotos de divulgação do filme em alta resolução (300 dpi) no formato JPG.

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O festival permite que sejam inscritos até dois trabalhos do mesmo audiodescritor. As inscrições foram abertas dia 15 de novembro de 2016 e seguem até 31 de janeiro de 2017. A ficha de inscrição e mais detalhes do regulamento podem ser acessados pelo site do Festival

OverOuvindo - O Festival foi lançado em 2014 e tem como principal objetivo promover acessibilidade comunicacional, valorizando a profissão do audiodescritor e ampliando o acesso às obras audiovisuais. Com sessões de cinema que incluem audiodescrições, o VerOuvindo chama a atenção para a função de sugerir ou revela imagens às pessoas cegas ou com baixa visão.

 

 

Promover a reflexão sobre a acessibilidade no audiovisual. Essa é a proposta do festival VerOuvindo. Chegando à sua segunda edição, o festival terá cinco dias de exibições de filmes pernambucanos e nacionais editados com audiodescrição (técnica de tradução de imagens) e Libras (língua brasileira e sinais). O evento começa nesta quarta (8) e vai até o próximo domingo (12). A programação completa pode ser vista no site oficial do evento

As sessões serão realizadas no Museu Cais do Sertão e no Cinema São Luiz. Além das exibições dos curtas e longas, o festival também promove debates sobre a acessibilidade no audiovisual. Diretores dos filmes, profissionais como audiodescritores e intérpretes de Libras e o público estarão envolvidos em discussões sobre a inclusão de pessoas surdas, cegas ou de baixa visão nos cinemas e demais aparelhos culturais. Abrindo a programação, nesta quarta (8), a audiodescritora Lívia Motta (SP) e a produtora e narradora Márcia Caspary (RS) participam de um debate na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

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O festival também terá uma mostra competitiva de curtas nacionais. Estão concorrendo filmes de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Santa Catarina e Pernambuco. Os curtas concorrem nas categorias Melhor Roteiro de Audiodescrição, Melhor Locução e Melhor Audiodescrição pela escolha do júri popular além de Melhor Filme para Reflexão, que escolherá a obra que melhor fomentar debates e discussões após sua exibição. A Federação Pernambucana de Cineclubes – Fepec, entidade parceira do festival, é a responsável pelos prêmios.

Serviço

Festival VerOuvindo

Quarta (8) a Domingo (12)

Museus Cais do Sertão e Cinema São Luiz

Gratuito

Voltado para o público com deficiência visual, o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Cine-Fundaj), no Derby, exibirá o VerOuvindo, I Festival de Filmes com Audiodescrição do Recife. Com incentivo do Funcultura, o evento terá uma mostra competitiva com a participação de dez filmes, além da presença de profissionais da área. As exibições têm entrada gratuita e serão realizadas de sexta (4) a segunda (7), sempre às 14h.

O VerOuvindo teve curadoria de Karina Galindo, que dividiu a produção com Liliana Tavares, e foi idealizado com o objetivo de divulgar a audiodescrição e de torná-la uma categoria de premiação nos festivais de cinema. No sábado (7) será realizado a Mostra Competitiva, que traz filmes de estados como Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e São Paulo. Dos dez trabalhos selecionados dois são pernambucanos. E no final das exibições, o público elegerá os melhores trabalhos através de cédulas em braile que estarão à disposição.

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No domingo (6) será a vez da exibição dos filmes Língua Mãe, de Fernando Weller e Leo Falcão, e Colegas, de Marcelo Galvão. Este último terá audiodescrição ao vivo feita por Márcia Caspary, do Rio Grande do Sul. Na segunda (7), três curtas fazem parte da programação, Café Aurora, de Pablo Polo, Viagem à Marte, de Toinho Castro, e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho. Em seguida, será realizado um debate sobre a produção da audiodescrição para filmes entre os diretores, profissionais de área e o público. Ainda na segunda serão divulgados os premiados da mostra competitiva.

Serviço

VerOuvindo - I Festival de Filmes com Audiodescrição do Recife

Sexta (4) a segunda (7)

Cinema da Fundaj (Rua Henrique Dias, 609 – Derby)

Gratuito

(81) 3073 6689

Confira a programação completa: 

Sexta (4)

Abertura do festival

Mostra competitiva com os filmes:

Engano (RJ)

Terra a Gastar (BA)

Como atravessar a sala (RJ)

Visceral (PE)

Pérolas do Açúcar (PE)

A Ilha (RJ)

Ecos da Terra (BA)

Brancos Elefantes (CE)

Vírginia Menezes: cantora e professora de canto (RJ)

Seu Arlindo vai a loucura (SP)

Sábado (5)

Língua Mãe, de Fernando Weller e Leo Falcão, 81min. 

(Audiodescrição: Silvia Farias/ consultoria: Roberto Cabral) 

Crianças do Brasil, de Portugal e de Angola se encontram através da música. Um documentário sobre a preparação do um espetáculo de Naná Vasconcelos em comemoração aos 50 anos da capital brasileira.

Domingo (6)

Colegas, de Marcelo Galvão, 94min. 

(Audiodescrição: Márcia Caspary- RS, voice over) 

Colegas é uma divertida comédia que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através do olhar de três jovens com síndrome de Down apaixonados por cinema. Um dia, inspirados pelo filme Thelma & Louise, eles resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Eles partem do interior de São Paulo rumo à Buenos Aires. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras aventuras e confusões como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.

Segunda (7)

Exibição de três curtas seguidos de um debate sobre a produção da audiodescrição para filmes com os diretores e com os audiodescritores e o público.

Café Aurora – Pablo Polo, 19min30s

(Audiodescrição Andreza Nóbrega /consultoria: Roberto Cabral

Um especialista na preparação de cafés admira secretamente uma artista plástica. Ela, por sua vez, é cliente costumeira do Café Aurora. O encontro desses dois personagens nos leva a um mundo de sensações diferenciadas. Um mundo em que as palavras valem menos do que a percepção.

Viagem à Marte – Toinho Castro, 9min41s

(Audiodescrição: Gisele Silgom/ consultoria: Milton Carvalho)

Uma grande guerra, uma fuga para Marte, um novo mundo... 'Viagem a Marte' é uma narrativa de ficção cientí­fica construída a partir de outras narrativas. A proposta do filme é contar uma história nova a partir de imagens que já existem, imagens de arquivo. Velhos documentários sobre a corrida espacial e sobre a Segunda Grande Guerra são as fontes que alimentaram a história dessa viagem.

Recife Frio – Kleber Mendonça Filho, 24min. 

(Audiodescrição: Liliana Tavares/ consultoria: Milton Carvalho) 

Um documentário de uma TV estrangeira examina os efeitos da mudança em toda uma cultura que sempre viveu em clima quente e relata eventos inexplicáveis que transformaram a capital pernambucana numa cidade fria e chuvosa, revolucionando costumes de toda uma sociedade que surgiu tropical.

Divulgação dos premiados da mostra competitiva

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