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O criador de conteúdo e apresentador do Flow Podcast, Igor Coelho, esteve presente na segunda edição do GoDigital Festival em Pernambuco. Como palestrante, Igor relembrou sua trajetória de vida e da criação do Flow, programa que conta com mais de 5 milhões de inscritos no seu canal do Youtube hoje.

Pela primeira vez no Recife, Igor Coelho procurou destacar a importância de ser manter real, por isso apareceu de bermuda e chinelo de couro, palestrando apenas em voz, sem slides. Após contar sua história no mercado de trabalho e na internet, o apresentador afirma que “onde falta talento, tem que sobrar esforço”, e essa é sua forma de viver.

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Com a criação do Flow em 2018, Igor e o ex-apresentador Monark instituíram uma nova forma de comunicação mais livre, sendo pioneiros no Brasil. Apesar de vários anos nesse trabalho, Igor afirmou que só chegou a receber o primeiro salário em 2020, foi quando começaram a expandir o negócio. Em fevereiro de 2022 houve o grande impacto negativo no negócio. O co-fundador e apresentador Monark afirmou, durante entrevista, que o Brasil deveria ter um partido nazista, fala que Igor diz ter sido “infeliz”.

“Fomos absolutamente cancelados, a pior crise que uma empresa que é original da internet como a nossa é a crise de reputação. Até agora, foi o momento mais sinistro da minha vida.” Para reerguer o negócio, o palestrante afirma que seu salário diminuiu cerca de 90%, todos os funcionários sofreram com redução na remuneração.

Apesar da grande queda de reputação, um ano depois, Igor Coelho conseguiu resgatar seu projeto e aparece como figura de peso no palco do GoDigital Festival. No fim de sua fala, o apresentador revela novidades que estão sendo preparadas para lançamento, uma delas é o “Flow News”. Um projeto voltado para o jornalismo, o Flow News, será apresentado pelo jornalista Carlos Tramontina, que se tornou viral na internet pela gafe “seis e ônibus”.

O “Flow News” já está com todos os preparativos para ser lançado e está previsto para estrear no primeiro semestre deste ano. Além desse grande projeto, Igor Coelho também dividiu que possui planos para fazer um reality show 100% original da internet, ainda sem mais detalhes.

GoDigital Festival

O maior festival de marketing digital e empreendedorismo da América Latina, o GoDigital Festival realiza sua segunda edição em Recife, Pernambuco, nos dias 26, 27 e 28 de janeiro de 2023.

Promovido pela GoDigitalEdu em parceria com a GoKursos, o festival conta com grandes nomes do mundo empreendedor como Thiago Nigro, Janguiê Diniz, Igor Coelho (Flow Podcast), Pyong Lee e muitos outros.

O deputado federal André Janones (Avante) usou suas redes sociais para atacar a “nova fake news” que está sendo compartilhada pelos bolsonaristas, com uma montagem de trecho da entrevista de Lula para o Flow Podcast, na noite dessa terça-feira (18). O ex-presidenciável, que mergulhou de cabeça na campanha do petista, afirmou que os simpatizantes de Jair Bolsonaro (PL) cometeram crime e disse esperar que a justiça seja feita.

“Vocês viram a nova fake news dos bolsonaristas? Eles estão desesperados com o desempenho do Lula no Flow (Podcast, onde o petista quebrou o recorde de espectadores simultâneos). O último ponto de resistência do bolsonarismo eram as redes sociais. Agora, que a gente virou nas redes também, eles estão desesperados”, introduziu Janones, antes de mostrar o vídeo que, segundo ele, tem sido divulgado pelo pastor Silas Malafaia e pelo senador Flávio Bolsonaro, por exemplo.

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O trecho divulgado pelos bolsonaristas mostra o ex-presidente Lula dizendo que “um político precisa mentir”, porém, o candidato do PT se referia, justamente, a uma entrevista dada por Bolsonaro, o que foi omitido pelos seus adversários. Confira:

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A vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL) e a vereadora suplente de Porto Alegre Natasha Ferreira (PSOL) acionaram o Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira, 10, contra falas homofóbicas do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante participação no "Flow Podcast" na segunda, 8. Segundo as parlamentares, o chefe do Executivo cometeu crime de LGBTQfobia ao relacionar, de forma pejorativa e preconceituosa, a doença varíola dos macacos (monkeypox) com representantes da comunidade LGBT+.

Durante a entrevista, Bolsonaro perguntou ao apresentador Igor Coelho se ele tomaria vacina contra a varíola dos macacos. Coelho afirmou que sim, e o presidente, em tom irônico, comentou: "Eu tenho certeza que vai tomar... Tu não me engana! Tu não me engana!".

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Segundo a ação das vereadoras, é possível encontrar "piadinhas, deboche, ironia e homofobia" em cada palavra dita por Bolsonaro nesse trecho do programa. O tom da conversa deriva do fato de haver alta incidência da doença entre "homens que fazem sexo com homens" (HSH), o que tem proporcionado uma onda de comentários preconceituosos, homofóbicos e desinformação sobre o assunto e as formas de contágio.

A situação é equiparada, para muitos, com o cenário de repulsa que a comunidade LGBT+ viveu na década de 1980, quando foi alvo perseguição motivada pela epidemia do HIV/Aids.

"Fica evidente que os dizeres "tu não me engana, tenho certeza que tu vai tomar e tu não entendeu né?" são claras menções LGBTQfóbicas do presidente, nas quais ele insinua que ao tomar a vacina o entrevistador seria gay e, por isso, estaria preocupado com a doença", afirma o documento.

Ao Estadão, a vereadora Erika Hilton, que é trans, afirmou que a ação é uma forma de impedir que o presidente tente pautar o debate público com violência. "Se tem algo que Bolsonaro aprendeu nesses anos é cometer crimes contando com a impunidade, disfarçando suas falas como piadas. Entramos no Ministério Público novamente, pois nenhum tipo de estigma negativo e violência, desde os mais sutis aos mais explícitos, podem passar impune", disse.

Em rede social, a parlamentar travesti Natasha Ferreira afirmou que o estigma de que a doença está relacionada com comportamento homossexual tem feito parte do discurso de grupos conservadores contra a comunidade LGBT+. "Quando Bolsonaro faz esse tipo de piada nas entrelinhas, tenta se proteger, mas deixa evidente o preconceito e a mensagem de discriminação é entregue. Homofobia é crime no Brasil. Não vamos silenciar", disse.

Mesmo que o vírus tenha se espalhado mais rapidamente entre homens gays e bissexuais, especialistas alertam que a contaminação pode migrar para outros grupos. Em São Paulo, por exemplo, o governo estadual informou na quinta-feira passada, 4, que duas grávidas, cinco crianças e cinco adolescentes foram diagnosticados com a doença.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que a população "não entre em uma bola de neve de empréstimos" ao comentar a possibilidade de beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pegarem empréstimos consignados. "O ideal é não pegar empréstimo, mas tem gente que precisa pegar pra saldar outras dívidas, pra pagar um juros menor (sic)", disse Bolsonaro em entrevista ao Flow Podcast nesta segunda-feira (8). A liberação dos empréstimos é criticada por especialistas em finanças, que alertam para uma possível alta no endividamento das famílias.

O presidente disse, no entanto, que a liberação dos recursos era uma demanda dos beneficiários dos auxílios. "Os próprios integrantes do BPC queriam isso daí. Agora, você é maior de idade", disse. O chefe do Executivo voltou a declarar que pediu nesta segunda, aos executivos de instituições financeiras, em evento na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a redução dos juros do consignado.

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Teto de gastos

Bolsonaro assumiu ter furado o teto de gastos em 2020. "Nós fizemos tudo isso com responsabilidade. O Paulo Guedes é um cara extremamente zeloso com o ministério dele. [...] A gente não vai dar pedalada. Se furar o teto, resposta vem de imediato, dólar vai lá pra cima", disse.

O presidente ainda deu uma estimativa de redução da inflação para este ano. "Chegou a bater 12%. Agora, a projeção é para 7%, talvez um pouquinho mais de 7% no corrente ano."

Bolsonaro também defendeu que o desfile do Sete de Setembro ocorra na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. "Exército é povo", afirmou. A prefeitura da cidade, no entanto, contrariou o presidente e disse que a tradicional parada militar vai acontecer na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

Questionado se impôs sigilo de 100 anos sobre seu cartão de vacinação "só de sacanagem", o presidente respondeu que sim.

China

Bolsonaro também disse na entrevista que a China "precisa muito mais" do Brasil na relação comercial entre os países. "A China precisa da gente. Sem nós, eles passam fome", afirmou o presidente.

Questionado se comentários depreciativos em relação ao regime chinês não prejudicavam os vínculos diplomáticos, Bolsonaro reiterou o discurso de dependência da nação asiática. "Mas a China vai comprar de quem? Quando eu atingi a China, quando eu ataquei o regime chinês?", questionou.

O presidente e auxiliares têm histórico de declarações contra o País. Bolsonaro chegou a insinuar que o vírus da Covid-19 foi fabricado na China, enquanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou a pandemia ao acidente nuclear de Chernobyl, acusando o gigante asiático pela disseminação da doença. Então embaixador chinês no Brasil, Yang Wamming classificou a fala do parlamentar como "insulto maléfico".

O influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, ainda sente os reflexos do cancelamento virtual e lançou uma campanha para arrecadar R$ 30.000.000 e deixar de vez a internet. Desde que defendeu o nazismo durante uma gravação do Flow Podcast, sua vida virou de cabeça para baixo com a perda de patrocinadores e a saída do seu próprio programa.

Com a doação de 17 pessoas somaram R$ 605 arrecadados no primeiro dia de campanha. A proposta, segundo o próprio Monark, é atingir a meta milionária e usar o dinheiro para investir em ações ou serviço bancário, e assim, sumir de vez da internet, inclusive das redes sociais. "Vai ser como se eu nunca tivesse existido", explicou o produtor.

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Ele deu mais detalhes sobre suas pretensões na descrição do projeto. "Esse projeto é pra você que me odeia, não me aguenta mais e gostaria que eu sumisse pra sempre, se atingirmos a meta eu me comprometo a nunca mais aparecer em nenhuma midia, seja digital ou física. Nunca mais participarei de nenhum programa de tv ou internet, ou publicarei em qualquer rede social, vai ser como se eu nunca tivesse existido. Estarei em uma ilha paradisíaca em algum lugar e você nunca mais vai ter que ver ou ler uma opinião minha! Se você me odeia essa é sua chance", resumiu.

O prazo para “comprar o desaparecimento de Mornak" vai até o fim do dia 6 de agosto e, caso os R$ 30 milhões não sejam atingidos, ele garante que as doações serão devolvidas.

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A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) protocolou, na segunda-feira (14), um projeto de lei (PL) para criminalizar a falsa acusação de nazismo. A proposta prevê reclusão de dois a cinco anos e multa a quem "acusar alguém, falsamente, por qualquer meio, de ser nazista". O PL foi apresentado na esteira dos acontecimentos das últimas semanas, que impulsionaram o tema nazismo no debate público após a polêmica envolvendo o "Flow Podcast", o apresentador Monark e o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

Ao apresentar o projeto na Câmara, Kicis criticou o que chamou de "banalização" do termo e acusou opositores de tentarem "assassinar reputações" por meio de acusações dessa natureza. Ela fez referência ao caso do jornalista Adrilles Jorge, demitido da rádio "Jovem Pan" após fazer um gesto que foi associado à saudação nazista "sieg heil" - segundo a deputada, o comentarista deu um "tchau mal interpretado". Adrilles havia acabado de opinar sobre o caso Monark.

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"Temos visto a banalização de acusações de nazismo de tal forma a assassinar a reputação de pessoas", afirmou a parlamentar. Ela também citou o caso do assessor especial Felipe Martins, denunciado pelo Ministério Público Federal por fazer um gesto típico dos supremacistas brancos durante uma sessão do Senado.

"Nenhum cidadão pode ser banalmente chamado, nem por humor ou charge, de nazista. É uma imputação gravíssima, incomparável, sem precedentes. Nazismo deve mesmo ser crime, assim como a falsa acusação de nazismo, que levianamente tem sido feita contra opositores políticos", diz a deputada bolsonarista.

O projeto também é assinado pelos deputados Bibo Nunes (PSL-RS), Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Junio Amaral (PSL-MG), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ), que já foi preso após publicar vídeo nas redes sociais com ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O tema ganhou os holofotes após Monark, então apresentador do "Flow Podcast", defender a possibilidade de formalizar um partido com essa ideologia no processo eleitoral brasileiro. Na mesma ocasião, Kim Kataguiri argumentou que a Alemanha não deveria ter criminalizado o nazismo. O parlamentar entrou com ação na esfera cível contra pessoas e veículos de comunicação que o acusaram de apologia ao nazismo.

Já existe tipificação para os crimes contra honra no País, entre eles a calúnia, descrita como "atribuir falsamente crime". Questionada sobre o que diferencia seu projeto dos ilícitos já previstos pelo direito penal, Bia Kicis ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) anunciou que vai acionar a Justiça contra 17 pessoas e quatro veículos de imprensa que o acusaram de "apologia ao nazismo" após sua participação no "Flow Podcast". O ato de atribuir falsamente crime é tipificado como calúnia no direito penal. Justificando os processos, o parlamentar disse nas redes sociais que os "canceladores" não podem ficar impunes.

"Eles serão processados por calúnia, difamação e injúria. O objetivo não é apenas indenizatório, mas também educativo, de forma que tais agentes do cancelamento arquem com as consequências de seus ataques criminosos", diz nota oficial do Movimento Brasil Livre (MBL), do qual Kataguiri é uma das lideranças.

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Entre os alvos da ação estão o ex-deputado Jean Wyllys, a filósofa Márcia Tiburi e o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), entre outros.

O advogado dos processos é o vereador Rubinho Nunes (Podemos), também integrante do MBL. Segundo ele, a ação será movida na esfera cível. No ano passado, Kataguiri protocolou um projeto de lei na Câmara sugerindo que os chamados crimes contra a honra - justamente calúnia, injúria e difamação - fossem excluídos do direito penal. A única exceção, segundo a proposta do parlamentar, seria a injúria qualificada por elemento discriminatório, como cor, idade, deficiência e origem. Somente esta teria a tipificação mantida.

"O objetivo é fazer com que as ofensas contra a honra que não sejam qualificadas por elemento discriminatório de idade, raça, cor, origem ou deficiência sejam resolvidas por instrumentos alheios ao direito penal", diz o PL. "Desta forma, pretendemos fazer com que o direito penal se ocupe apenas de fatos graves, que não podem ser resolvidos sem a sua intervenção".

Rubinho Nunes nega que Kataguiri tenha entrado em contradição ao mover, agora, um processo por crimes contra a honra. "O PL em questão versa exclusivamente sobre a esfera penal, não alterando ilícitos civis", argumentou o vereador. O deputado enseja danos morais e pede indenização de 40 salários mínimos aos alvos da ação.

Comentando o processo, Márcia Tiburi reforçou que considera Kataguiri "um agitador nazifascista" e acusou o deputado de fazer "política resumida a publicidade". Jean Wyllys compartilhou uma postagem no Twitter chamando a ação de "gesto intimidatório". Valente afirmou que já enfrentou "ditadura e fascismo" e que não se sente intimidado pelo parlamentar.

Após sua participação no debate do "Flow Podcast", Kataguiri tornou-se alvo de pedidos de cassação do mandato a Câmara; sua conduta no episódio que levou à demissão de Monark do "Flow" também é tema de inquérito na PGR.

A fabricante de bicicletas Monark entrou na lista de marcas que tentam se distanciar de Bruno Aiub, também conhecido como Monark, após o youtuber defender a formalização de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira.

Em seu site oficial, a empresa informou não ter relação com o apresentador, cujo apelido remete ao nome da marca. "Informamos não ter nenhum tipo de vínculo com o youtuber apelidado de Monark sem nenhuma autorização da nossa Companhia. Repudiamos veementemente qualquer manifestação de racismo ou conduta que possa prejudicar qualquer pessoa ou grupo social", escreveu a empresa em nota.

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Durante o programa, o youtuber defendeu o "direito" de ser antissemita. "Eu acho que tinha de ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse. Após as declarações, companhias vinculadas ao Flow Podcast como Ragazzo - do Grupo Habib's -, Mondelez Brasil, Puma, iFood, Flash Benefícios e Insider também usaram as redes sociais para distanciar sua imagem do programa de áudio.

O apresentador passou a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suspeita de apologia ao nazismo. Nesta quinta, no Twitter, Monark se queixou da repercussão. "Eu posso ter errado na forma como eu me expressei, mas o que estão fazendo comigo é um linchamento desumano", publicou, ao defender que nunca apoiou a "ideologia nazista".

Após a polêmica, usuários do Twitter resgataram a coincidência dos nomes e disseram preferir marcas concorrentes à empresa de bicicletas, em tom de ironia.

Diante da repercussão negativa, Bruno foi demitido do Flow Podcast. Em outras ocasiões, ele contou que ficou conhecido como Monark por usar o apelido em um jogo online. "Era porque eu estava estudando monarquia no colégio", disse em episódio do programa. Depois, segundo ele, os amigos passaram a associar o apelido à marca de bicicletas.

Mais uma marca foi às redes sociais registrar seu repúdio a Monark, co-fundador do ‘Flow Podcast’. Na última segunda (7), ele proferiu falas antissemitas durante o episódio e seu comportamento vem repercutindo na internet. Após a Puma, a Mondelez Brasil, detentora da Bis, também repudiou o apresentador. 

Através de seu perfil oficial no Twitter, a empresa repudiou as colocações de Monark e aproveitou para esclarecer sua ligação com o Flow Podcast. “A Mondelez Brasil, detentora da marca Bis, repudia todo tipo de comentário ou manifestações nazistas e qualquer outra forma de preconceito, racismo e discrminaçõ”.

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Assim como a Puma, a empresa afirmou ter patrocinado o podcast de forma pontual já tendo pedido, inclusive,  retirada de sua logo nas mídias do programa. “A empresa esclarece que patrocinou pontualmente apenas dois episódios do Flow Podcast veiculados em 2021 e que não tem contrato com o canal”. 

O apresentador do "Flow Podcast", Monark, defendeu na noite desta segunda-feira (7) a formalização de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira, contrariando princípios básicos da Constituição, como a promoção do "bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".

O programa recebia os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP). Durante uma discussão sobre regimes radicais de direita e esquerda, o anfitrião do podcast saiu em defesa do "direito" de ser antissemita. "Eu acho que tinha de ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse.

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Tabata Amaral rebateu as afirmações "esdrúxulas" de Monark, citando o holocausto na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, período marcado pelo extermínio de mais de 6 milhões de judeus. Kataguiri, por sua vez, queixou-se porque, segundo sua percepção, defensores do comunismo teriam mais espaço na mídia do que defensores do nazismo. Ponderando sobre a existência do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), o deputado afirmou: "a gente não tem um partido formal fascista ou nazista com espaço no Parlamento e na imprensa".

Crime

A veiculação de símbolos, ornamentos, emblemas, distintivos ou propaganda relacionados ao nazismo é crime previsto em lei federal e descrito na Constituição como inafiançável e imprescritível.

Monark argumentou que a organização formal de um partido nazista estaria amparada pela liberdade de expressão. Fazendo um contraponto, Tabata afirmou que tal liberdade termina quando se manifesta contra a vida de outras pessoas, sublinhando que o nazismo coloca em risco a vida da população judaica, ao que o apresentador indagou: "de que forma?".

"Se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser", afirmou Monark. Segundo ele, esse posicionamento seria restrito a uma questão de "ideais" e não estaria relacionado à vida ou à morte de judeus. Respondendo à deputada, que criticou o ato de questionar a existência de alguém, Monark insistiu: "questionar é sempre válido".

Direitos fundamentais

Segundo a advogada criminalista Cecília Mello, ex-juíza do TRF-3, a suposta liberdade para ser nazista, como defende Monark, encontraria uma barreira na maior valoração de outros direitos fundamentais. "Existem vedações constitucionais em relação à preservação do direito do outro. A sua liberdade é inserida dentro do contexto dos direitos coletivos. Inclusive, quando há dois direitos juntos, verifica-se qual deles tem um peso maior para a sociedade, e, seguramente, nesse sentido, os direitos de respeito, de dignidade e de consideração ao ser humano prevalecem sobre a alegada liberdade de expressão".

O grupo Judeus pela Democracia foi às redes sociais, nesta terça-feira (8), se manifestar sobre as declarações do apresentador. A entidade classificou a resposta de Tabata como "perfeita" e criticou o argumento sobre a "liberdade de expressão" sem limites. "Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão", diz o grupo.

Também começou a crescer nas redes sociais a pressão para que patrocinadores do podcast retirem recursos do programa. O Judeus pelo Brasil cobrou que o grupo Sleeping Giants tome a frente da mobilização para que as empresas que apoiam o programa encerrem os contratos.

O "Flow" vem ganhando destaque no cenário político ao trazer pré-candidatos às eleições de 2022. Sérgio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) participaram recentemente do programa. Como mostrou o Estadão, presidenciáveis e políticos em geral têm recorrido aos podcasts como alternativa para expor suas ideias num ambiente menos formal e crítico do que entrevistas a veículos tradicionais de imprensa, por exemplo.

Após episódio do Flow Podcast em que um de seus apresentadores, Monark, defendeu a criação de um partido nazista no Brasil, a Puma se posicionou repudiando as falas do jovem. Através de seu perfil oficial, a marca esclareceu não ser patrocinadora do programa, no entanto, reforçou não corroborar com as opiniões manifestadas nele, na última segunda (7). 

Através de seu perfil oficial no Twitter a Puma repudiou as colocações de Monark e esclareceu sua ligação com o Flow Podcast. “Discordamos e repudiamos veementemente as declarações e ideias expressas durante o último Flow Podcast, transmitido nesta segunda-feira (7). Elucidamos ainda que não somos patrocinadores do podcast, tendo feito no passado somente uma ação pontual e isolada”.

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Além disso, a marca também explicitou que já havia pedido para a atração desvincular sua logo do canal. “Já havíamos pedido para nosso logo ser retirado como patrocinadores e reforçamos isso novamente”.

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