Tópicos | fronteira

Um terremoto atingiu uma área pouco povoada do Panamá, perto da fronteira com a Costa Rica. Não há relatos imediatos de feridos ou prejuízos.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o terremoto teve uma magnitude preliminar de 6,1 e epicentro sete quilômetros a sudeste da cidade de Plaza de Caisan. O tremor ocorreu a uma profundidade de cerca de 37 quilômetros. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

 

O presidente americano, Donald Trump, chegou, nesta sexta-feira, à cidade de Calexico, na fronteira com o México, com uma mensagem para os imigrantes irregulares: "nosso país está cheio".

Trump considera sua cruzada contra a "crise" na fronteira um eixo central da campanha para a reeleição em 2020.

"Acabo de chegar a Calexico, na Califórnia", disse no Twitter o presidente americano após aterrissar na cidade, localizada cerca de 300 quilômetros ao sul de Los Angeles, uma semana depois de ameaçar fechar a fronteira.

Em uma reunião com uma patrulha fronteiriça, Trump disse que "o sistema está cheio".

"Não podemos mais acolhê-los (...) nosso país está cheio", declarou o presidente, que afirma que as chegadas de imigrantes e refugiados da América Central são uma "emergência nacional".

"Deem meia volta, é assim".

Do outro lado da fronteira, em Mexicali, cerca de 200 pessoas protestaram contra Trump com cartazes como: "Se você construir o muro minha geração vai derrubá-lo" e "Pare de separar as famílias".

Trump provocou revolta em setores políticos e empresariais na sexta-feira passada ao advertir o México que fecharia a fronteira "na próxima semana" e "por muito tempo", se as autoridades mexicanas não parassem as caravanas de migrantes.

O presidente republicano recuou na quinta-feira, dando ao México um ano para conter o tráfico de drogas na fronteira antes de impor tarifas sobre seus veículos, mas sem esclarecer se a contenção de imigrantes sem documentos também está incluída neste prazo.

Horas depois, Trump voltou a advertir os jornalistas que não mudou de opinião, mesmo que tenha comemorado no Twitter o fato de o México estar "pela primeira vez em décadas realizando prisões significativas de ilegais em sua fronteira sul, antes que os migrantes iniciem sua longa jornada para os Estados Unidos".

"O México tem feito um trabalho fantástico nos últimos quatro dias, estão detendo todos, ontem detiveram 1.400 pessoas", disse ele a repórteres antes de voar para a Califórnia, embora no Twitter tenha reiterado as ameaças de impor tarifas de 25% sobre os carros procedentes do México.

Um total de 80% das exportações de automóveis fabricados no México, um importante pilar de sua produção industrial, destina-se a Estados Unidos e Canadá.

"Se isso não funcionar, vou fechar a fronteira", ameaçou Trump, observando ainda que está avaliando o estabelecimento de sanções econômicas de cerca de 500 bilhões de dólares pelas drogas que entram nos Estados Unidos.

- Terremoto econômico -

Nesta sexta-feira um grupo de 20 procuradores-gerais de vários estados anunciaram que apresentaram uma moção a um tribunal em Oakland, Califórnia, para bloquear o transferência de 1,6 bilhão de dólares de fundos federais para erguer o muro que Trump quer construir na fronteira.

Trump assegura que há uma emergência nacional pelo fluxo de imigrantes e drogas e que são necessárias medidas drásticas, mas suas ameaças de fechamento da fronteira levantam preocupações até mesmo em seu próprio Partido Republicano, que alertou para as consequências econômicas.

"Fechar a fronteira teria um impacto potencialmente catastrófico para o nosso país e esperamos que não faça nada parecido", disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.

A fronteira entre os Estados Unidos e o México é uma das mais movimentadas do mundo, com circulação diária de centenas de milhares de pessoas e 1,7 bilhão de dólares em produtos agrícolas, industriais e outros bens de consumo.

Economistas, legisladores e empresários disseram esta semana que o fechamento seria um terremoto econômico que poderia resultar em milhares de demissões, deixando as prateleiras dos supermercados vazias

Desde a implementação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) em 1994, renegociado no ano passado a pedido de Trump, as economias dos três países estão profundamente interligadas.

O México é a maior fonte de importações agrícolas dos Estados Unidos, com cerca de 2,7 milhões de toneladas métricas de envios para o norte que alimentam o país nos meses mais frios em que os consumidores podem continuar a comer melancias, tomates e abacates.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou nesta quinta-feira (4) em sua ameaça de fechar a fronteira com o México nos próximos dias, mas advertiu seu vizinho do sul que adotará tarifas sobre a importação de veículos caso persista o atual fluxo de imigrantes e drogas.

"Se o México não nos ajudar, tudo bem, vamos aplicar tarifas sobre seus carros", declarou Trump na Casa Branca. "Vou fazer isto, e não brinco".

Trump disse aos jornalistas que dará um ano ao México para deter o narcotráfico na fronteira antes de impor as tarifas, sem esclarecer se a questão dos imigrantes passa pelo mesmo prazo.

"Se o México não fizer o que pode fazer com muita facilidade, prender essas pessoas (emigrantes), cobraremos taxas sobre os carros, e se isso não funcionar fecharemos a fronteira".

"Também vamos fazer algo relacionado a tarifas pelas drogas, porque (...) centenas de milhares de vidas são arruinadas por ano em nosso país", afirmou. "Se as drogas não pararem (de chegar), vamos colocar tarifas", avisou.

Uma média de 80% das exportações de automóveis fabricados no México, um importante pilar de sua produção industrial, destinam-se aos Estados Unidos e ao Canadá.

"Então vamos colocar tarifas se eles não apreenderem (migrantes) e, em última análise, vamos dar um período de tempo, mas, se daqui a um ano as drogas continuarem a nos inundar, vamos colocar tarifas", disse.

O governo mexicano reagiu quase que imediatamente às declarações do presidente, pedindo a Washington para desvincular as duas questões.

"É muito importante manter em separado os temas de migração e comerciais. Certamente o governo dos Estados Unidos algumas vezes mistura os dois temas. Para nós, é muito importante manter em uma via a ratificação do tratado de livre comércio e em outra, os temas que têm a ver com migração", disse em coletiva de imprensa na Cidade do México a ministra da Economia, Graciela Márquez.

"Em termos de novas tarifas, teríamos de discuti-las em termos da relação entre parceiros comerciais que estão modernizando um acordo comercial", afirmou Márquez, referindo-se ao acordo T-MEC entre Canadá, México e Estados Unidos (ou USMCA, na sua sigla em inglês), assinado em novembro após um ano de negociações.

Este acordo, que substitui o Nafta e tem seções especiais sobre o comércio automotivo, ainda deve obter a aprovação dos respectivos congressos para entrar em vigor.

Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) disse, em visita ao México, na mesma conferência, que "todos os países têm espaço para desenvolver políticas públicas, políticas comerciais da maneira que quiserem, mas têm obrigações e acordos que foram contratados com outros "países.

O presidente Donald Trump voltou a acusar o México, nesta sexta-feira (29), de não impedir o fluxo de emigrantes que entram ilegalmente a Estados Unidos, e ameaçou fechar a fronteira comum na "próxima semana" e "durante muito tempo".

"Se o México não detiver de imediato toda a imigração ilegal que entra nos Estados Unidos através da nossa fronteira sul, estarei fechando a fronteira, ou grandes seções da fronteira, na próxima semana", tuitou Trump.

"Estou muito chateado com o México", disse Trump em Palm Beach, Flórida. "Amor e paz", se limitou a responder o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, apesar da tensão que supõe um prazo para o fechamento da fronteira entre os dois países.

"Não vamos brigar com o governo dos Estados Unidos. Amor e paz", declarou Obrador em um comício no estado de Veracruz.

"Já dissemos ao próprio presidente Trump que a melhor maneira de se enfrentar o fenômeno migratório é criando empregos e bem-estar na América Central e no México. É assim que se resolve o problema, não de outra forma".

"Na América Central não há opções, não há alternativas e as pessoas tentam ganhar a vida, são direitos humanos, o direito de escapar da miséria, por isto não podemos condenar e emigração".

Na quinta-feira, Trump já havia reclamado que "o México não está fazendo nada para ajudar a impedir o fluxo de imigrantes ilegais para o nosso país", e ameaçado "fechar a fronteira sul".

Trump também acusou os países da América Central, de onde muitos dos migrantes vêm, de inação.

"Do mesmo modo, Honduras, Guatemala e El Salvador pegaram nosso dinheiro durante anos e não fazem nada, os democratas não se importam com essas leis ruins", escreveu.

Trump já fez ameaças semelhantes no passado. Em dezembro, nos primeiros dias do fechamento do governo federal mais longo dos Estados Unidos, ele prometeu fechar a fronteira "completamente" se o Congresso não aprovasse fundos por 5,7 bilhões de dólares para construir um muro.

Depois de uma paralisia orçamentária que durou mais de um mês e se transformou em uma crise política por causa da recusa do Congresso a ceder, Trump reabriu o governo, mas logo após declarou uma emergência nacional para driblar a legislação.

Sua decisão provocou críticas tanto de seus rivais democratas quanto de seus colegas republicanos.

Depois que sua declaração de emergência foi censurada no Congresso pela Câmara, controlada pelos democratas, e pelo Senado - onde os republicanos são a maioria e 12 senadores votaram alinhados com a oposição -, Trump foi forçado a usar pela primeira vez o veto presidencial para avançar com sua iniciativa do muro.

Seus críticos o acusam de abuso de autoridade e de exagerar o problema da fronteira, além de criar um precedente perigoso.

Trump quer destravar o dinheiro para cumprir uma de suas principais promessas de campanha de construir um muro de fronteira, um tema que alimenta cada um de seus atos eleitorais.

O fechamento da fronteira com o Brasil determinada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no dia 21 de fevereiro, está impactando a economia de Pacaraima (RR), cujo o comércio atende a população do sudeste do país vizinho, em especial de Santa Elena de Uairén, a 17 quilômetros de distância.

O empresário Fabiano Coelho de Moraes, dono de um laboratório clínico e de uma farmácia em Pacaraima relatou à Agência Brasil que já demitiu duas pessoas por causa da baixa procura no comércio. “A situação é a mais crítica. Do nada, cortaram tudo. Há muito estoque de mercadoria e o pagamento dos boletos dos fornecedores estão em atraso. Não temos como pagar”, contou, ao assinalar que a situação de supermercados e vendas com produtos perecíveis é ainda mais crítica.

##RECOMENDA##

Os comerciantes e a população de Pacaraima também perderam acesso aos postos de combustíveis na Venezuela. Não há postos na cidade fronteiriça brasileira e para conseguir abastecer diretamente o carro precisam ir até a capital Boa Vista, a 215 quilômetros. O preço do combustível vendido em toneis em Pacaraima chega a R$ 8 o litro, cinco vezes mais caro do que o valor pago na Venezuela (R$ 1,5).

Apesar do fechamento da fronteira, alguns venezuelanos conseguem atravessar a fronteira dos dois países por dois caminhos menos fiscalizados pela polícia venezuelana para se abastecer e retornar ao país. Mas há um contingente que não tem meios de voltar e acaba sendo atendido pela Operação Acolhida, do Exército brasileiro e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Na cidade, cerca de 700 venezuelanos dormem em dois abrigos da Acnur e há mais de mil pessoas nas ruas. A presidente da Associação Cultural Canarinhos da Amazônia, que atende a 238 famílias (80 crianças) reconhece o trabalho do Exército e da Acnur, mas assinala que a distância da cidade, no extremo norte do Brasil, e a proximidade com a Venezuela em conflito político e em situação social precária é muito preocupante. “Estamos ilhados aqui. O Brasil precisa nos ver com outro olhar”.

De acordo com o IBGE, 95% da renda de Pacaraima depende das transferências federais e do estado de Roraima. A população, estimada em 15 mil habitantes, tem renda per capita de R$ 13,5 mil ao ano - e salário médio mensal de 1,8 salário mínimo.

O Ministério das Relações Exteriores informou à Agência Brasil que mesmo com a fronteira fechada com a Venezuela, o consulado em Santa Elena tem conseguido trazer brasileiros que procuram o serviço diplomático. Nos últimos dois dias, mais de 90 brasileiros conseguiram deixar a Venezuela e regressar pela divisa de Pacaraima graças ao Itamaraty.

O fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela entrou neste domingo (3) no décimo dia ainda sem solução à vista. O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou no dia 21 de fevereiro o fechamento da fronteira com o Brasil.

Na quarta-feira (27), o governador de Roraima, Antonio Denarium, reuniu-se com o governador do estado de Bolívar, Justo Nogueira Pietri, para discutir a reabertura da fronteira terrestre. No encontro, eles conversaram sobre tratativas comerciais que possibilitem abastecer as cidades fronteiriças de Pacaraima e Santa Elena de Uairén. Ambos demonstraram preocupação com o desabastecimento de produtos básicos para as duas regiões.

##RECOMENDA##

Segundo o secretário adjunto de Comunicação do governo de Roraima, Ricardo Amaral, os representantes venezuelanos ficaram de levar o pleito de restabelecimento das relações comerciais na fronteira terrestre para o governo central da Venezuela, mas ainda não houve resposta.

De acordo com Amaral, não há registros recentes de casos de conflitos entre manifestantes e forças de segurança observados nos primeiros dias de fechamento da fronteira. “O maior impacto é para os comerciantes da fronteira porque, com a crise econômica e a escassez de produtos, os venezuelanos vinham comprar insumos do lado brasileiro”, disse.

Na sexta-feira (1º), Maduro afirmou, no Twitter, que sua determinação é promover, de forma pacífica, a cooperação e compreensão dos países com respeito e fraternidade. Ele não mencionou as reuniões do autodeclarado presidente venezuelano, Juan Guaidó, com os presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez, do Paraguai, ocorridas em momentos distintos.

Sete oficiais das Forças Armadas da Venezuela desertaram nos últimos dias e entraram no Brasil pela fronteira de Roraima. A informação foi confirmada pela equipe de comunicação da Operação Acolhida, coordenada pelo Exército Brasileiro.

Segundo a chefe de comunicação da Operação Acolhida, coronel Carla Beatriz, três militares conseguiram cruzar a fronteira e deixaram o país ontem, enquanto quatro fizeram o mesmo movimento hoje.

##RECOMENDA##

Hoje o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, voltou a defender que oficiais venezuelanos aceitem Juan Guaidó como presidente interino e a oferta de anistia, como parte da pressão que a administração de Donald Trump vem promovendo sobre o governo de Nicolás Maduro. Pence também anunciou novas sanções à Venezuela.

Triagem

Os oficiais que chegam ao Brasil são encaminhados para os postos de triagem da Operação Acolhida. De acordo com a coronel, eles são tratados como os demais imigrantes. Na triagem, informam se são refugiados ou se querem declarar residência no país.

A primeira opção implica a obrigação de permanecer no Brasil por pelo menos um ano. Por isso, relatou Carla Beatriz, alguns venezuelanos ao saber dessa exigência mudam sua declaração para residência temporária. A documentação é conferida pela Polícia Federal. A Agência das Nações Unidas para refugiados também auxilia neste processo.

Tanto no caso dos militares que deserdaram quanto dos demais venezuelanos, as Forças Armadas encaminham os imigrantes para abrigos em cidades de Roraima, após a triagem. Somente na capital, Boa Vista, são onze abrigos. Depois dessa acolhida, é avaliada a possibilidade de interiorização, ou seja, de mudança para outras cidades.

“Nessa interiorização há três modalidades. A primeira é a oferta de emprego, o que é acertado com empresas que se disponibilizam a contratar imigrantes. A segunda é a transferência para outros abrigos, geralmente de organizações religiosas. E a terceira é a reunião familiar, quando um parente já conseguiu emprego ou alguma forma de permanecer no Brasil e recebe o restante da família”, explicou a coronel à Agência Brasil.

Outros militares venezuelanos têm desertado pela fronteira com a Colômbia.

Governo Maduro

Em sua conta nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, voltou a criticar os Estados Unidos, a quem culpa por uma ofensiva contra seu país, e a defender que a resolução dos problemas locais deve se dar internamente, e não por uma intervenção de outras nações.

De acordo com Arreaza, os estadunidenses têm interesse na mudança de comando no país para grupos políticos mais sintonizados com Washington em razão da importância geopolítica da Venezuela pela sua grande reserva de petróleo.

Manifestantes venezuelanos e a Guarda Nacional Bolivariana voltaram a entrar em confronto neste domingo, 24.

O conflito começou quando manifestantes venezuelanos do lado brasileiro cruzaram a fronteira e jogaram pedras em uma coluna da GNB que estava a cerca de 400 metros do marco fronteiriço. A GNB reagiu com bombas de gás. Algumas caíram em território brasileiro.

##RECOMENDA##

A coluna está reforçada por duas tanquetas da GNB, o que não tinha ocorrido neste sábado, 23. Ontem, dois sargentos da guarda que participaram dos confrontos com manifestantes desertaram.

Os confrontos na fronteira da Venezuela com a Colômbia deixaram 285 feridos, conforme comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores local publicado pela Agência Brasil. Das pessoas atingidas, 255 são venezuelanas e 30 são colombianas que se feriram, principalmente, por conta dos ataques com gás lacrimogêneo e armas não convencionais.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informou ainda que um grupo de 60 militares venezuelanos, incluindo oficiais, pediram refúgio ao país. A atitude dos militares, de acordo com o texto oficial reproduzido pela Agência Brasil, "demonstra o descrédito no governo do venezuelano Nicolás Maduro".

##RECOMENDA##

A prioridade do presidente da Colômbia, Iván Duque, conforme o comunicado, é proteger a integridade de pessoas na zona fronteiriça e, por conta disso, providenciou o retorno de caminhões para proteger a ajuda humanitária.

"O mundo testemunhou que a Colômbia, Chile, Paraguai, Estados Unidos e muitos países da região estiveram em uma ação humanitária e pacífica multilateral para levar alimentos e remédios para os cidadãos venezuelanos. A Colômbia e a comunidade internacional cumpriram e receberam violência da Venezuela", destaca o Ministério, no texto, conforme informações da Agência Brasil.

No dia em que o líder opositor venezuelano Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, prometeu concretizar a entrada de ajuda humanitária na Venezuela, as cenas vistas foram de confrontos nas regiões de fronteira com o Brasil e a Colômbia e caminhões retornando aos países de saída sem conseguir entregar as toneladas de alimento e remédios ao povo venezuelano.

Ao menos três pessoas morreram, sendo um adolescente de 14 anos, e 31 ficaram feridas em Santa Elena do Uairén, cidade venezuelana na fronteira com o Brasil, em conflitos com a Guarda Nacional Bolivariana (GNB). Na divisa com a Colômbia, dois caminhões que transportavam ajuda foram incendiados por partidários do presidente Nicolás Maduro na ponte Francisco de Paula Santander, que liga Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela) e 42 pessoas ficaram feridas em confrontos com militares na ponte Simón Bolívar, principal passagem entre os dois países.

##RECOMENDA##

Com os confrontos, os caminhões, que haviam adentrado poucos metros na Venezuela, retornaram para os territórios colombiano e brasileiro.

Na região de fronteira em Pacaraima (Roraima), venezuelanos radicados no Brasil passaram para o lado da Venezuela, queimaram carros e lançaram pedras em militares da GNB, que reagiram devolvendo pedradas, tiros de borracha e gás de pimenta. A situação ficou mais tensa conforme venezuelanos e militares chavistas se aproximaram do marco fronteiriço que divide os dois países.

Pedradas de lado a lado ficaram mais frequentes. Dois carros, entre eles o da reportagem do Estado, ficaram isolados entre os dois lados do confronto e chegaram a ser alvejados por pedras. Um fotógrafo da agência Efe foi atingido por uma pedra.

Após quebrar paralelepípedos em pedaços menores para arremessar contra os guardas, os manifestantes subiram no marco fronteiriço e tentaram hastear a bandeira venezuelana, a meio mastro desde que a divisa foi fechada na quinta-feira. Sem conseguir, acabaram roubando-a.

Quando às pedras se somaram tiros e bombas de gás, houve correria e a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o 7.º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) agiram para acalmar a situação.

Dois caminhões venezuelanos, dirigidos por voluntários que vivem do lado brasileiro da fronteira, fizeram o transporte da ajuda humanitária de Boa Vista até Pacaraima e, em seguida, para o território venezuelano. Um dos motoristas, Leister Sánchez, afirmou horas antes do confronto que "não temia violência". Após a confusão, ele apenas lamentou. "Não precisamos disso."

Os caminhões, que cruzaram apenas 3 metros adentro a fronteira venezuelana, sem chegar ao posto de aduana, ficaram estacionados durante a tarde, mas após o começo da confusão com a GNB e manifestantes denunciando um suposto infiltrado do chavismo, voltaram para Pacaraima. Ao Estado, outro representante da oposição, Thomas Silva, disse que a orientação era esperar para evitar mais violência. Um representante diplomático americano lamentou à reportagem a desorganização da operação.

Ajuda queimada

Na fronteira da Venezuela com a Colômbia, dois caminhões de uma caravana de quatro também retornaram ao fim do dia. Os outros dois foram incendiados quando os militares venezuelanos bloquearam a passagem da caravana e jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Guaidó, que estava na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a venezuelana Ureña, culpou no Twitter o governo de Maduro. No meio dos distúrbios na ponte de Santander, em Ureña, onde 42 pessoas ficaram feridas, a deputada da oposição Gaby Arellano acusou os militares de queimarem os veículos.

"As pessoas estão salvando a carga do caminhão e cuidando da ajuda humanitária que (o presidente Nicolás) Maduro, o ditador, ordenou que queimassem", disse aos repórteres.

Na noite de ontem, o presidente colombiano, Iván Duque, e Guaidó condenaram as ações dos militares e disseram que vão buscar novas opções diplomáticas "para encerrar a ditadura Maduro".

Ação diplomática

Depois do confronto envolvendo cidadãos venezuelanos radicados no Brasil e militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na fronteira entre os dois países ontem, o Estado ouviu as primeiras impressões de oficiais do Exército envolvidos na Operação Acolhida e integrantes do pelotão de fronteira do 7.º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável pela segurança na fronteira com a Venezuela.

Os militares brasileiros fizeram uma varredura em solo próximo à linha de fronteira para afastar os últimos venezuelanos que continuavam atacando bases das forças leais a Maduro. Para eles, as forças venezuelanas "agrediram o Brasil" e avançaram sobre a fronteira ao se deslocarem até o último marco físico e revidarem as pedradas, além de terem disparado bombas de gás contra o território nacional.

"Foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim", disse o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, que, segundo ele, foi afetada e paralisada ontem. "Algo deve ser feito em termos de relações internacionais. Alguma ação diplomática em face a esse governo (Maduro) que nos atacou. Não há uma ofensa ao território nacional, mas há rusga."

"Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar", completou.

A situação foi comparada por um militar a conflitos ocorridos durante a missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil. Ele pediu para não ser identificado e disse que o Exército agiu apenas com alguns militares desarmados na linha de fronteira para "evitar uma escalada desnecessária da violência".

Até o começo da noite de ontem, o governo brasileiro não havia se manifestado em relação à declaração do comandante da Operação Acolhida.

Tranquilidade

Em entrevista ao Estado publicada ontem, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que "não há possibilidade de confronto militar" entre Brasil e Venezuela apesar dos conflitos como os registrados na fronteira na sexta-feira e ontem.

"A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira", disse o general. "De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano."

O ministro também afirmou que não houve o aumento de pessoal militar em Pacaraima e que "a posição das nossas forças no local é de completa normalidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois caminhões cheios de ajuda humanitária foram incendiados neste sábado em uma ponte na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, quando os militares venezuelanos bloquearam a passagem de uma caravana de quatro caminhões e jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

O líder da oposição Juan Guaidó, que está na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Ureña venezuelana, culpou no Twitter o governo de Nicolás Maduro, a quem acusou de comandar um "regime usurpador".

No meio dos distúrbios na ponte de Santander, em Ureña, na fronteira com Cúcuta, a deputada da oposição Gaby Arellano disse que "eles queimaram duas dos quatro caminhões".

"As pessoas estão salvando a carga do caminhão e cuidando da ajuda humanitária que (o presidente Nicolás) Maduro, o ditador, ordenou que queimassem", disse Gaby aos repórteres.

A Migração da Colômbia confirmou a queima dos dois caminhões.

Imagens de vídeo que circulam nas redes sociais e nos canais da internet mostram dezenas de pessoas pegando sacolas e caixas de remédios dos caminhões, no meio de uma grande nuvem de fumaça.

"Nossos corajosos voluntários estão realizando uma corrente para proteger alimentos e remédios, e a avalanche humanitária é impossível de ser detida", disse Guaidó.

Os caminhões estavam em uma caravana de quatro veículos que tentaram entrar em Ureña, Cúcuta, depois que os manifestantes romperam uma barreira de obstáculos erguida pela Guarda Nacional Venezuelana.

Militares venezuelanos dispersaram com gás lacrimogêneo centenas de manifestantes que também exigiam a entrada de cargas na ponte Simón Bolívar, que liga a cidade de San Antonio (Táchira) a Cúcuta.

O governo de Maduro ordenou na noite de sexta-feira o fechamento das quatro pontes que ligam a Venezuela e a Colômbia pelAs pessoas tentam salvar a ajuda humanitária depois que o caminhão que a transportava foi incendiado no Francisco de Paula Internacional Santander Brige entre Cucuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, em 23 de fevereiro de 2019. Um caminhão carregado de ajuda humanitária foi incendiado no sábado. Fronteira Colômbia-Venezuela, um deputado da oposição disse a repórteres em meio a tumultos na travessia da ponte Santander. estado de Táchira.

O presidente socialista também ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil e o tráfego marítimo e aéreo com Curaçao.

Nos dois países também existem centros de coleta de ajuda humanitária.

Os hospitais de Roraima atenderam desde ontem (22) 13 venezuelanos feridos em confrontos em localidades próximas à fronteira com o Brasil, informou neste sábado (23) a Secretaria de Saúde (Sesau-RR) do estado, por meio de nota.

De todos os atendidos, ao menos cinco foram liberados, enquanto os demais continuam internados no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, três dos quais em estado grave, segundo a Sesau-RR. Nove deles se feriram em confronto com militares em Kumarakapay, vila a cerca de 70 km da fronteira.

##RECOMENDA##

Um dos atendidos, identificado como Lino Benavides, deu entrada na noite de sexta-feira no hospital em Boa Vista com traumatismo craniano e permanece em observação. Outro, Kleber Perez, foi atingido por um tiro no tórax e encontra-se internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O terceiro, Rolando Garcia Martinez, está sedado e respira com ajuda de aparelhos, informou a Sesau-RR.

A tensão na região fronteiriça se intensificou desde quinta-feira (21) à noite, quando o governo do presidente Nicolás Maduro anunciou o fechamento da fronteira, de modo a evitar a entrada de toneladas de ajuda humanitária enviada por Brasil e Estados Unidos, no que o regime venezuelano acusa ser uma tentativa de invadir seu território.

Na manhã deste sábado, dois caminhões com ajuda humanitária saíram de Boa Vista e percorreram os 214 km até Pacaraima, na fronteira. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, um desses caminhões já cruzou o limite entre os dois países e encontra-se em território venezuelano.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que a proibição da entrada de ajuda humanitária na Venezuela, imposta pelo presidente Nicolás Maduro, representa uma violação dos direitos humanos. Em sua conta no Twitter, Almagro afirmou que a comunidade internacional não permitirá que o governo Maduro cometa crimes contra a população venezuelana.

"Repressão e ameaças de violência contra o povo para impedir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela pelas forças repressivas ilegítimas é um ataque criminoso que viola os direitos humanos dos venezuelanos. A comunidade internacional não permitirá isso", escreveu Almagro.

##RECOMENDA##

Almagro respondeu à mensagem da embaixadora da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandría, no Twitter. "Inaceitável e condenável. Mais uma vez eles atacam a população que apenas pede ajuda", disse a embaixadora.

Para Almagro, o bloqueio à ajuda humanitária é "uma séria responsabilidade criminal contra a humanidade". Ao recusar a ajuda, afirmou, "a ditadura usurpadora da Venezuela viola o direito à vida e à saúde das pessoas de maneira sistemática".

Segundo o secretário-geral da OEA, a organização condena a ação do governo venezuelano e defende o fim dos ataques à população: "Mais uma vez, condenamos e advertimos a ditadura usurpadora da Venezuela de que os crimes contra a população indefesa devem cessar".

De acordo com Almagro, feridos no conflito na fronteira estão sendo atendidos em um hospital de Roraima, "graças à solidariedade das autoridades do Brasil".

Em meio à crise da Venezuela, que se agravou nesta sexta-feira, 22, após o fechamento da fronteira com o Brasil, autoridades estão reunidas no Palácio do Planalto para discutir o assunto.

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), participa do encontro por vídeo conferência. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também participa. Além dele, representantes dos ministérios da Defesa, Relações Exteriores, Infraestrutura, Minas e Energias, entre outros.

##RECOMENDA##

Uma operação organizada pela oposição a Nicolas Maduro na Venezuela prevê a entrada de ajuda humanitária para os venezuelanos partindo do Brasil e da Colômbia. Ontem, ao Estado, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que em hipótese alguma o Brasil atravessará a fronteira.

Nesta sexta-feira, soldados venezuelanos abriram fogo contra um grupo de civis que tentava manter aberta uma passagem na região da fronteira entre a Venezuela e o Brasil.

Uma mulher e seu marido foram mortos e ao menos outras 15 pessoas ficaram feridas - 4 em estado grave -, segundo autoridades de Gran Sabana, onde aconteceu o incidente.

O ataque aconteceu na manhã desta sexta, quando uma escolta militar se aproximou de uma comunidade indígena de Kumarakapai. Os soldados abriram fogo com balas de borracha e gás lacrimogêneo quando os voluntários tentaram impedir que os veículos fechassem a passagem.

Soldados venezuelanos abriram fogo nesta sexta-feira, 22, contra um grupo de civis que tentava manter aberta uma passagem na região da fronteira entre a Venezuela e o Brasil. Uma mulher e seu marido foram mortos e ao menos outras 15 pessoas ficaram feridas - quatro em estado grave -, segundo autoridades de Gran Sabana, onde aconteceu o incidente.

O ataque aconteceu na manhã desta sexta, quando uma escolta militar se aproximou de uma comunidade indígena de Kumarakapai. Os soldados abriram fogo com balas de borracha e gás lacrimogêneo quando os voluntários tentaram impedir que os veículos fechassem a passagem.

##RECOMENDA##

A mulher, Zorayda Rodriguez, de 42 anos, foi morta, marcando a primeira fatalidade de uma operação internacional que tenta levar ajuda humanitária ao país, desafiando o governo de Nicolás Maduro. De acordo com informações do deputado opositor Américo De Grazia, um segundo indígena também teria morrido na ação da Guarda Nacional Bolivariana.

"Rolando García. Indígena pemón, é a segunda vítima fatal da operação criminosa do general José Montoya (GN, Guarda Nacional). (Ele) que morreu, entrou ferido no hospital de #Pacaraima #Brasil. Há 3 feridos a balas, (em estado) grave. Todas as vítimas são indígenas", escreveu o Parlamentar em sua conta no Twitter.

A ONG Kapé Kapé também disse que uma segunda pessoa morreu na ação dos militares venezuelanos. Segundo informações da organização, Rolando seria marido de Zorayda.

Atendimento no Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima informou que cinco pacientes venezuelanos recebem atendimento no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.

Todos foram feridos por arma de fogo. Três deles encontram-se no centro cirúrgico e dois recebem atendimento no setor do grandes traumas. Os pacientes chegaram à Unidade em duas ambulâncias da Venezuela, acompanhados por uma médica venezuelana.

"Eu pergunto às Forças Armadas, é constitucional que abram fogo contra indígenas desarmados?", indagou Jorge Perez, um vereador que diz ter presenciado quando os soldados abriram fogo. "É constitucional matar indígenas?", escreveu em sua conta no Twitter o líder opositor Juan Guaidó.

De acordo com informações do jornal The Washington Post, ao menos 30 vizinhos da região foram às ruas após a ação, sequestrando três soldados, segundo Carmen Elena Silva, de 48 anos, e George Bello, porta-voz da comunidade indígena. "A maior parte das pessoas apoia a entrada da ajuda humanitária e nós queremos a nossa fronteira aberta", disse Carmen. "Isso é ajuda, não é guerra. Todos os dias morrem mais crianças."

Um porta-voz do Ministério das Comunicações da Venezuela afirmou que não poderia comentar sobre o caso.

Os ativistas pertencem à aldeia Pemones, que se juntou à oposição para buscar a ajuda doada pelos Estados Unidos e por outros países fronteiriços. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que não há outra solução para a crise na Venezuela a não ser a saída do presidente do país, Nicolás Maduro. Mourão irá a Bogotá, na Colômbia, no início da próxima semana, participar da reunião do Grupo de Lima. Segundo ele, a intenção é pressionar Maduro a se afastar do cargo para que Juan Guaidó assuma e convoque novas eleições.

"O grupo de Lima mantém essa pressão política. A pressão política é uma ação diplomática para levar ao atual governante lá da Venezuela, o Maduro, a compreender que é necessário uma saída para o país. O país está num impasse. Você tem um governo de direito, que em tese foi eleito, que é o do Maduro, e um de fato que é do Guaidó. Então não pode continuar."

##RECOMENDA##

Mourão reforçou que o Brasil não tem intenção de entrar na Venezuela sem autorização. Além disso, destacou que o Brasil mantém o planejamento de enviar ajuda humanitária, com entrega de alimentos e medicamentos, no próximo sábado, 23. De acordo com Mourão, desde o início o objetivo do governo era fazer as entregas apenas na fronteira .

"O governo brasileiro já deixou claro que a nossa ação será sempre no sentido da não intervenção no assunto interno e apenas manteremos a pressão política e as palavras junto aos demais países que estão cooperando num esforço para que a Venezuela retome um caminho de democracia", disse.

Mourão quer aguardar o início das ações de ajuda humanitária, no próximo sábado, para decidir "qual recado" o Brasil dará. Ele contou que vai se reunir com o presidente Jair Bolsonaro no domingo de manhã. "Nós temos de aguardar os acontecimentos de sábado lá na Venezuela."

Ele confirmou que a fronteira entre Brasil e Venezuela foi parcialmente fechada hoje, com a presença de seis blindados venezuelanos, mas ponderou que a quantidade de homens é pouco expressiva e não há necessidade de reforço por parte do Brasil.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, utilizou a TV estatal do país para anunciar o fechamento "total" das fronteiras terrestres com o Brasil, nesta quinta (21). "A partir das 20 horas de hoje, quinta, dia 21 de fevereiro, fica total e absolutamente fechada, até novo aviso, a fronteira terrestre com o Brasil", declarou o chefe de estado. O comunicado ocorre num momento de grande pressão para que Maduro aceite a ajuda humanitária dos Estados Unidos e outros países, provocados a agir pelo auto-proclamado 'presidente interino' do país, Juan Guaidó.

"Mais vale prevenir do que lamentar", comentou Maduro, que nas imagens aparece atrás de uma tribuna, falando para membros de alta patente do exército venezuelano. Enquanto isso, Guaidó realiza viagem à fronteira da Colômbia, que pressiona para obter auxílio humanitário.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Embora não deixe claro como pretende receber ajuda, o oposicionista faz campanha para que os venezuelanos se voluntariem para trabalhar na distribuição das doações de outros países.Correligionários de Guaidó, reconhecido por alguns países como legítimo chefe de estado da Venezuela, chegaram a sugerir que a população forme correntes humanas ao longo das fronteiras, para que passem os pacotes de pessoa a pessoa.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou nesta quinta-feira o fechamento da fronteira com o Brasil, por tempo indeterminado, em meio a um plano de lideranças oposicionistas para entregar ajuda humanitária ao país em crise. Na televisão estatal, Maduro disse ainda que avalia o fechamento da fronteira com a Colômbia. Autoridades locais fecharam nesta semana por tempo indeterminado as fronteiras marítima e aérea com as ilhas caribenhas de Aruba, Curaçau e Bonaire.

Líderes oposicionistas têm planejado enviar ajuda à Venezuela a partir da Colômbia e do Brasil. Maduro afirma que essa ajuda significará minar seu poder e acabaria por derrubá-lo do poder. Para ele, o país não necessita desse auxílio.

##RECOMENDA##

Maduro realiza videoconferência com o Estado Maior Superior, o comando das Forças Armadas. Em sua fala, ele tem enfatizado que resistirá à pressão para que deixe o poder. Além disso, ressalta que mantém o apoio dos militares locais.

O presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autointitula presidente interino no país e diz que Maduro usurpa o poder, já que teria sido reeleito com fraude. Guaidó recebeu o apoio de vários governos da região, inclusive de Brasil e Colômbia, e também dos Estados Unidos. Maduro, por sua vez, mantém o apoio de aliados como Rússia, China e Turquia.

Um garoto de oito anos da Guatemala morreu sob a custódia do governo norte-americano nesta terça-feira (25), de acordo com informações de autoridades de imigração dos EUA. Trata-se da segunda morte de uma criança migrante em detenção no país neste mês.

Segundo a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, na segunda-feira (24) o menino mostrava "sinais de doença potencial" e foi levado junto com seu pai a um hospital em Alamogordo, Novo México, onde foi diagnosticado com resfriado e febre. A criança ficou em observação por pouco mais de uma hora e foi liberada após os médicos receitarem amoxicilina e ibuprofeno. À noite, o menino retornou ao hospital com náuseas e vômitos e morreu horas depois.

##RECOMENDA##

A causa da morte do garoto ainda não foi determinada. A agência informou ainda que notificou o inspetor geral do Departamento de Segurança Nacional e o governo da Guatemala.

No início deste mês, uma menina guatemalteca de sete anos morreu após ter sido detida por agentes de fronteira dos EUA. Fonte: Associated Press.

Uma criança de 2 anos bateu a cabeça por acidente e sofreu uma hemorragia nasal logo depois de ter sido jogada de cima de um muro de 5,5 metros de altura na fronteira entre os Estados do Arizona, nos Estados Unidos, e de Yuma, no México. O episódio aconteceu na segunda-feira (3), após uma tentativa de chegar ao lado americano.

Uma câmera de segurança americana filmou o acidente, que mostra um suposto traficante de pessoas soltando duas crianças entre dois e sete anos de idade para o lado americano da fronteira, de onde os parentes esperavam para apanhá-las. O suposto traficante fugiu em seguida e agentes próximos ao local detiveram a família, que era da Guatemala. Agentes da Patrulha da Fronteira americana atenderam a garota em seguida, disse José Garibay, porta-voz da Patrulha Fronteiriça.

##RECOMENDA##

Asilo

Essa área do Arizona registrou um aumento de 140% no número de famílias detidas por agentes da Patrulha da Fronteira no último ano fiscal, que terminou em outubro. O número de famílias que chegam à fronteira nessa área não diminuiu nem sequer depois das notícias das separações familiares.

Os agentes no setor de Yuma prenderam mais de 14 mil famílias no último ano fiscal. No período anterior, o número foi de 6 mil. A maioria dessas famílias se apresenta em zonas urbanas da fronteira e geralmente espera que os agentes os encontre ou simplesmente cheguem perto. Assim as famílias solicitam o asilo.

[@#galeria#@]

A chegada de imigrantes em grandes números modificou o trabalho que os agentes faziam habitualmente, detendo traficantes de drogas ou os homens que viajavam sozinhos e tentavam cruzar a fronteira clandestinamente. Agora, eles têm que atender as famílias que viajam com crianças e se entregam às autoridades. Devem se certificar de que existem lugares seguros o suficiente para as crianças.

O caso registrado pelas câmeras na segunda-feira ocorreu no mesmo dia em que os líderes do Congresso apresentaram um projeto de orçamento de duas semanas para evitar um fechamento parcial do governo por causa das disputas pelo financiamento do muro fronteiriço proposto pelo presidente Donald Trump.

O republicano pressiona os democratas para que aprovem o financiamento da obra e tenta outras ações para frear a imigração ilegal enquanto continuam as negociações.

Com informações de agências

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando