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Focada em promover a cultura sustentável, a Mantiqueira - maior granja de ovos do Brasil - vai construir dois novos alojamentos sem gaiolas. O proprietário entende que o formato com as aves ‘soltas’ vai melhorar a qualidade dos ovos, por isso, vai investir mais de R$ 100 milhões para qualificar as etapas de produção e transporte da produção.

Ao todo, a Mantiqueira emprega 1.600 funcionários e é constituída por quatro granjas, alocadas em Itanhandu e Passa Quatro (MG), Primavera do Leste (MT) e Cabrália Paulista (SP); e uma fábrica de processamento em Uberlândia (MG). A unidade paulista serviu como teste e já opera com 500 mil aves fora das gaiolas.

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"Sei que vão dizer que estou louco, mas o futuro não é mais de galinha em gaiola", afirmou o empresário Leandro Pinto ao Valor Econômico. O último levantamento aponta a capacidade anual de 2,5 bilhões de ovos e de alojar até 10,5 milhões galinhas.

A missão é que a primeira granja seja construída até 2021, em Lorena (SP). Com o compromisso de neutralizar a emissão de CO2, a empresa deve comportar mais 700 mil galinhas poedeiras, e posteriormente, aumentar quantidade para 1,2 milhão. O segundo alojamento será erguido em Campanha (MG), com a mesma capacidade.

Até 2025, a Mantiqueira promete produzir um terço dos ovos sob o formato sem gaiolas. As unidades terão sensores de temperatura, sede e alimentação, além de fornecer uma ração enriquecida, o que deve aumentar o preço para o consumidor. Embora o objetivo seja melhorar qualidade de vida das aves, a coleta deve permanecer automatizada.

Transporte sustentável e mercado vegano

Até a logística estará inclusa no rompimento do sistema tradicional. O transporte da produção será assumido por caminhões elétricos ou movidos a biogás, oriundo dos dejetos das próprias galinhas. A pretensão é que cinco desses veículos já circulem a partir do próximo ano. Em 2025, a projeção é que a frota aumente para 50.

De olho no avanço do mercado vegano e na procura do público por alimentos livres de insumos animais, em 2019, a Mantiqueira lançou a startup N.ovo, que desenvolveu um ovo em pó feito a partir de ervilha. Outros produtos estão em desenvolvimento.

O calor das primeiras semanas de outubro prejudicou o mercado granjeiro no interior de São Paulo. Na cidade de Bastos (457 km da capital), mais de 1 milhão de galinhas morreram devido as altas temperaturas. Segundo a meteorologia, os termômetros chegaram a 41,4°C na região no início do mês.

Segundo os especialistas, as aves podem ter sido acometidas por um colapso oriundo do desequilíbrio do metabolismo. O calor é a principal causa do problema em granjas que deveriam ter temperatura regulada entre 20°C e 25°C. Os criadores da região estão adaptando vaporização com água e eucalipto para os ambientes, o que pode reduzir os prejuízos na avicultura. Ainda segundo os produtores, uma granja com 100 mil animais depende de um investimento aproximado de R$ 200 mil em climatização.

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Considerada a maior produtora de ovos do Brasil, a cidade de Bastos costuma registrar, em média, 26°C em períodos mais quentes. A umidade relativa do ar colabora para que não haja desequilíbrio na temperatura região, no entanto o calor do início do mês fez os índices caírem para 9%.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que o clima esteja entre 60% e 80% úmido para não impactar a vida de humanos e animais.

Um dia depois de vir a público a acusação de estupro contra Neymar, jogadores da seleção brasileira procuraram manifestar solidariedade ao jogador do Paris Saint-Germain, neste domingo. Alguns foram discretos e cautelosos nos comentários, mas o volante Fernandinho afirmou que o atacante conta com apoio no grupo que está concentrado em Teresópolis (RJ).

O jogador do Manchester City disse estranhar a acusação. "Recebi (a notícia) com muita tristeza e achei estranho, 15 dias da viagem até a moça denunciar", disse Fernandinho. "Acredito que isso vai ser esclarecido o mais rápido possível, acredito na inocência do Neymar. No que depender de nós e da comissão técnica, vamos apoiá-lo para que isso não influencie dentro de campo."

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Segundo Fernandinho, a acusação não irá contaminar o clima na seleção, que pelo menos até esse domingo era de trabalho e descontração. "Vamos fazer de tudo para que isso não interfira nos dias de treinos e jogos. Tomara que não só ele, mas todas as pessoas envolvidas possam separar bem os fatos."

Jogadores mais jovens do grupo, como Everton e Lucas Paquetá, procuraram não se alongar no assunto. "É [um assunto] totalmente pessoal do Neymar, então não tenho nada a declarar", resumiu Paquetá.

O atacante do Grêmio foi pelo mesmo caminho. "A gente prefere nem comentar esse assunto. É uma questão tão pessoal, tão íntima dele... A gente tá aqui para dar apoio no que ele precisar", disse Everton.

Depois, ele comentou as notícias envolvendo Neymar nos últimos dias. Primeiro, houve polêmica quanto à liberação antecipada do jogador junto ao PSG. Depois, as dores no joelho que o tiraram dos treinos com bola por dois dias. Agora, a acusação de estupro.

"Pelo nome que ele tem a gente sabe que qualquer notícia relacionada ao nome dele vai tomar proporções maiores", considerou Everton. "Acho que ele é bem preparado, bem maduro quanto a isso. Já sofreu tantas críticas, algumas até excessivas."

O descarte de ovos fecundados e de pintinhos de um dia virou rotina nas granjas, depois que a greve interrompeu o abastecimento de ração.

O Grupo Alvorada, de Itapetininga (SP), por exemplo, que fornece matrizes de aves de corte para 70 frigoríficos, já eliminou um milhão de pintinhos desde o começo da greve e teve um prejuízo de R$ 4 milhões. Fernando Vieira, veterinário da empresa, explica que os pintinhos são descartados dentro da máquina nascedoura e depois seguem para o aterro sanitário. "Temos dois milhões de matrizes alojadas, se não chegar a ração, vamos perder tudo isso também."

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Na Zanchetta Alimentos, de Boituva (SP), cerca de 400 mil ovos fecundados foram descartados e viraram adubo. A empresa tomou essa decisão de reduzir o alojamento de frangos porque se viu acuada por não está conseguindo entregar ração para 11,5 milhões de aves criadas para mais de 400 produtores integrados. O plantel está avaliado em R$ 50 milhões. "Não temos insumos para formular as rações", diz o diretor da empresa, Carlos Augusto Zanchetta.

Em Angatuba (SP), o avicultor Paulo Morais tinha 170 mil frangos praticamente sem ração. Ele esperava a chegada de um caminhão no sábado, mas o veículo ficou retido num bloqueio próximo de Jundiaí (SP). Na manhã de segund-feira, 28, ele usou o que restava do estoque. "Daqui para a frente, eles vão ter só água para beber." Parte do plantel está em ponto de corte, mas o frigorífico suspendeu os abates por falta de escoamento.

Os problemas enfrentados pelos três produtores por causa da greve é apenas uma parcela de um prejuízo gigantesco calculado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Cerca de 1 bilhão de aves podem morrer nos próximos dias por falta de ração, segundo a ABPA. Em todo o País, especialmente em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, já há registro da morte ou perda de 64 milhões de aves e pintinhos, diz o diretor da ABPA e presidente da Associação Paulista de Avicultura, Érico Pozzer. "Os ovos incubados levam 21 dias para eclodir e, aos 19 dias, estão sendo quebrados e descartados, pois não tem granja para alojar os pintinhos. Vai tudo para o lixo, mas nem lixo suficiente estamos tendo."

Conforme Pozzer, as granjas estão racionando a alimentação por falta de milho, farelo de soja e outros insumos para fazer a ração. "O normal é alimentar os frangos 24 horas por dia, mas eles estão recebendo ração só uma ou duas vezes por dia para que não morram. Temos visto frangos abaixo do peso e muitos casos de canibalismo." As perdas se avolumam com o prosseguimento da greve. "É uma situação jamais vista." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um fato curioso: a presença de uma galinha de plástico, denominada de Fiorela, motivou o encerramento de uma sessão da Câmara de Vereadores de Granja, no Ceará. Trajada com um blazer preto, a presença dela incomodou o presidente da Casa, José Teméstocle (PPS), mais conhecido como Derin, que pediu a saída da galinha da galeria. Como isso não aconteceu, ele encerrou a discussão.

Fiorela é uma personagem criada por um morador da cidade, o designer gráfico  David Rodrigues. Na sua página oficial do Facebook, a galinha de plástico diz que nasceu para denunciar, de forma humorada, os problemas da cidade. 

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“Estava lá quietinha sem falar nada. Tenho todo direito, como qualquer cidadão, de acompanhar o trabalho dos servidores públicos do legislativo. Acabei indo embora por que não achei justo os granjenses pagarem R$ 9 mil de salário de vereadores que só trabalham 2 horas por semana e ainda ficarem sem trabalhar no curto tempo de expediente. Continuarei fiscalizando os nobres funcionários do povo”, comentou a 'galinha' na rede social.

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Jornais locais tentaram conversar com o presidente da Câmara sobre o episódio, mas ele preferiu não se posicionar. O fato aconteceu no último dia 25 e nessa quarta-feira (2), a galinha voltou à sede da Câmara, mas acompanhou a sessão do lado de fora do plenário. 

Em entrevista ao G1, o criador de Fiorella, David Rodrigues, disse que ela está se tornando porta-voz da população de Granja e a intenção é de chamar a atenção para a banalização da política e para falácias de candidatos.

“As pessoas têm medo de falar o que pensam. A política local está banalizada, elas precisam dar mais atenção”, alertou Rodrigues, que contou ter sido chamado pelo presidente no gabinete. “Ele pediu pra eu não levar mais e disse que, particularmente, não se incomoda, mas sofre pressão dos vereadores”, completou. 

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