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Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em alta, inspirados por manchetes relativamente positivas sobre a Europa divulgadas no final do dia, embora no início da sessão as bolsas tenham operado em baixa tomadas pelo pessimismo em relação à situação da zona do euro e à incerteza política na Itália.

"O que os índices estão nos dizendo é que são os participantes oportunistas os verdadeiros condutores do mercado no momento, enquanto os investidores de longo prazo estão esperando do lado de fora", disse Jason Weisberg, vice-presidente da Seaport Securities. "Eles ficarão longe até que estejam convencidos de que existe objetividade na Europa."

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O Dow Jones subiu 85,15 pontos, ou 0,71%, para 12.068,39 pontos. O Nasdaq avançou 9,10 pontos, ou 0,34%, para 2.695,25 pontos. O S&P 500 teve ganho de 7,89 pontos, ou 0,63%, para 1.261,12 pontos.

No início da sessão, os índices operavam em baixa pressionados por receios com a possibilidade de o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, ser obrigado a deixar o cargo por falta de apoio dos parlamentares, justamente num momento em que o governo tenta aprovar uma série de medidas para equilibrar as contas públicas. O anúncio de um novo plano de austeridade fiscal na França também ajudou a azedar o humor dos investidores.

Posteriormente, no entanto, foi divulgado que a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) terá duas opções para atrair fundos externos e, dessa forma, aumentar o seu poder de fogo. A primeira delas será garantir parte das novas emissões de bônus soberanos da zona do euro, enquanto a segunda prevê a criação de "fundos de coinvestimento" que usariam os recursos da EFSF para absorver eventuais perdas com esses títulos.

Embora não sejam novidade, as informações serviram para impulsionar as bolsas, assim como a notícia de que o nome do novo primeiro-ministro da Grécia deve ser divulgado amanhã. Entre os destaques da sessão, a Home Depot subiu 2,61% depois de a recomendação de suas ações ter sido elevada pela RBC Capital Markets.

O Jefferies Group, cujos papéis tiveram queda acentuada na semana passada por causa de receios com a exposição da companhia à crise das dívidas soberanas da Europa, fecharam em alta de 1,41%. A empresa anunciou que reduziu sua posição em títulos de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha em 49,5% desde o fechamento do mercado na sexta-feira e acrescentou que não obteve lucro nem prejuízo significativos com a decisão.

A Amgen fechou em alta de 5,91% depois de divulgar planos para emitir bônus e recomprar até US$ 5 bilhões em ações. As ações da American Dental Partners avançaram 79% depois de a companhia anunciar que concordou em ser comprada pela JLL Partners num acordo avaliado em US$ 398 milhões.

Entre os Treasuries, os preços subiram, com respectivo movimento inverso dos juros, com os investidores desse mercado dando mais ênfase aos problemas que atingem a zona do euro. "É bobagem ficar animado demais com o fato de a Grécia aparentemente ter evitado o equivalente econômico da morte", disse Kevin Giddis, presidente de mercados de renda fixa do Morgan Keegan. "Ainda estamos muito distantes de encontrar uma solução abrangente", acrescentou.

No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,061%, de 3,098% na sexta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,016%, de 2,039%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,242%, de 0,226%. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de ouro atingiram uma máxima em seis semanas em meio às incertezas sobre a capacidade da Grécia e da Itália de administrarem suas dívidas soberanas, o que estimulou a demanda por investimentos de baixo risco, como o metal precioso.

O ouro vinha tendo dificuldades em recuperar o interesse dos investidores depois de uma queda de 11% em setembro, quando o metal acompanhou ativos de risco, como as ações, em consequência de receios de que a crise de crédito forçasse alguns investidores a vender todos os seus ativos em busca por dinheiro.

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Na Itália, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, está enfrentando pressão para renunciar antes de uma votação sobre o orçamento do país, marcada para amanhã. Enquanto isso, políticos gregos chegaram ontem a um acordo para formar um governo de coalizão, mas os investidores aguardam agora a definição da composição desse novo governo.

Às 13h05 (de Brasília), o ouro para dezembro subia 1,53% na Comex, para US$ 1.783,00 por onça-troy, acima dos níveis vistos no fim de setembro. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu perto da estabilidade, em meio ao cenário de preocupações na Europa, que passou da Grécia para a Itália. Às 11h10, o índice Bovespa (Ibovespa) tinha leve alta de 0,02%, aos 58.684 pontos.

O fim de semana trouxe boas notícias de Atenas, diante do acordo para que o primeiro-ministro, George Papandreou, deixe o cargo. A medida abre espaço para a formação de um governo de união nacional, que deve aprovar o mais recente pacote de resgate financeiro proposto pela União Europeia. Porém, esse avanço político não evita o temor de um caos financeiro no Velho Continente. Nas últimas horas, cresceram as preocupações com a Itália.

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Mais cedo, havia rumores de que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, estaria perto de renunciar. Porém, segundo um legislador do partido do premiê, Fabrizio Cicchitto, Berlusconi não tem a intenção de abandonar o cargo. Amanhã, será feita a segunda votação sobre o orçamento italiano e o governo de Berlusconi poderá enfrentar um voto de confiança.

O gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, acha difícil a Bovespa se descolar novamente do sinal negativo que prevalece no exterior nesta manhã, uma vez que a instabilidade na zona do euro segue elevada. "Os investidores não esperavam que a Itália fosse preocupar tão cedo", avalia, enfatizando a importância da economia italiana para a Europa, em detrimento ao tamanho econômico da Grécia.

É válido lembrar que os EUA saíram do horário de verão ontem, atrasando seus relógios em uma hora. Com isso, mudam os horários de abertura e fechamento dos mercados financeiros, em relação ao horário oficial no Brasil. A Bolsa de Nova York passa a operar das 12h30 às 19h (horário de Brasília).

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, agradeceu hoje o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pela sua "coragem e determinação" na liderança do país durante a crise financeira. No entanto, ela também cobrou que o novo governo grego implemente urgentemente as reformas combinadas com a União Europeia (UE), segundo afirmou o representante da líder alemã. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, disse que a chanceler expressou "respeito pela decisão de Papandreou", durante uma ligação telefônica.

Ontem, Papandreou concordou em renunciar para permitir a formação de um governo de união. O anúncio oficial da saída do primeiro-ministro e da nova coalizão deve ser realizado hoje, antes da reunião do grupo de ministros de Finanças da zona do euro, que se reúne em Bruxelas para decidir sobre a liberação da próxima parcela do primeiro pacote internacional de resgate para a Grécia. As informações são da Dow Jones.

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A Europa exigiu, a população pressionou e o governo de George Papandreou na Grécia caiu. Ontem, líderes políticos gregos chegaram a um acordo para a formação de um governo de união nacional na esperança de aprovar o pacote de resgate da União Europeia, impedir um calote total e evitar o caos financeiro no continente. Falta definir quem irá compor o governo. Líderes políticos entraram pela madrugada em negociações.

A saída de Papandreou foi confirmada para evitar um terremoto nos mercados hoje. O governo grego é o quinto a ser derrubado pela crise na Europa. Mas, desta vez, as condições para assumir o poder e até a data de novas eleições foram determinadas por Bruxelas.

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Papandreou, que em 2009 foi eleito com a promessa de reduzir a pobreza, termina seu governo com meros 10% de apoio da população. Ontem, confirmou que não fará parte do novo governo e oficialmente entregará seu cargo depois de chegar a um acordo com a oposição sobre o novo chefe de governo. "Não posso deixar um vácuo", disse, antes de fechar o acordo.

Seu anúncio conclui uma semana de caos político gerado por sua decisão de levar o pacote de resgate a um referendo nacional, medida que enfureceu a UE e que tinha como meta evitar a convocação de eleições antecipadas. Ontem, a imprensa local indicava que o substituto seria Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu, um tecnocrata apoiado pelos principais bancos europeus. Outros três nomes estavam na mesa de negociações.

O acordo ainda segue outra exigência da UE. Eleições serão convocadas, mas só depois de a Grécia aprovar no Parlamento seus compromissos de reformas exigidos pela UE para que 130 bilhões sejam liberados. Essa era uma exigência de Alemanha e França. Vários partidos gregos insistiam que queriam rever os termos do acordo. Em Atenas, a perspectiva é de que a eleição ocorra no final de fevereiro.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, pode permanecer no cargo. Considerado pessoa de confiança da UE, hoje vai a Bruxelas entregar aos demais ministros da zona do euro o compromisso de aprovação do pacote. Sem mostrar compromisso em cortar gastos, salários e pensões, a Grécia não receberá nem a parcela de 8 bilhões prevista para pagar as contas até o fim do ano, nem o pacote de 130 bilhões para 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, pode anunciar sua renúncia após uma reunião de gabinete que vai pavimentar o caminho para a formação de um novo governo, afirmou uma fonte do Partido Socialista. A reunião está marcada para as 12h (de Brasília) deste domingo. "Papandreou quer encerrar esse impasse hoje. Ele vai informar ao gabinete as suas decisões e pode renunciar hoje", disse a fonte do partido governista.

Mais cedo, Antonis Samaras, líder do oposicionista Nova Democracia, pediu a renúncia imediata de Papandreou. As informações são da Dow Jones.

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O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tem de renunciar ao cargo, afirmou Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição no país, o Nova Democracia, acrescentando que ele está aberto a negociações com o governista Partido Socialista sobre a formação de um novo governo.

Após se reunir com o presidente grego, Karolos Papoulias, Samaras declarou que está preparado para ajudar na formação de um governo interino "desde que Papandreou renuncie". "O fato de Papandreou não ter deixado o poder está bloqueando qualquer possível solução", disse o oposicionista.

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As declarações foram feitas após uma semana de turbulência política na Grécia, que ameaçou dificultar o resgate financeiro oferecido ao país e teve o ápice na votação de uma moção de confiança que terminou na manhã de sábado.

Papandreou recebeu o voto de confiança e marcou uma reunião de gabinete para as 12h (de Brasília) deste domingo, para se preparar para uma reunião de ministros de Finanças da zona do euro programada para amanhã. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, tentava hoje formar um novo governo de união nacional em uma nova tentativa de estabilização política do país, mas enfrentava a resistência do principal grupo de oposição. O presidente da Grécia, Karolos Papoulias, informou hoje por meio de sua assessoria que reuniria "sem demora" os líderes dos partidos políticos do país a pedido do primeiro-ministro, em uma tentativa de desfazer o impasse entre situação e oposição. O chefe de Estado discutirá com os líderes políticos "as oportunidades existentes de cooperação", diz o comunicado.

Papandreou reiterou hoje que está pronto para deixar a chefia de governo em favor de um governo de coalizão, mas rejeita a ideia de antecipar as eleições, disse um porta-voz. Por sua vez, Antonis Samaras, líder do principal partido de oposição da Grécia, a Nova Democracia, reiterou seu pedido de eleições antecipadas imediatas e rejeitou a iniciativa de formar um governo de coalizão com os socialistas.

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Samaras se pronunciou depois que o primeiro-ministro, George Papandreou, comunicou ao presidente Papoulias sua intenção de formar um governo de coalizão que implementaria um pacote de ajuda de 130 bilhões de euros ao país aprovado pela Europa no mês passado.

A Nova Democracia, que elogiou o acordo de ajuda, se opõe às medidas de austeridade que o governo vem implementando desde o início da crise da dívida no ano passado, que considera responsáveis pelo aprofundamento da recessão na Grécia. "Papandreou condenou o país com suas políticas", disse Samaras em declarações à televisão. "Nenhum programa pode prosseguir sem o apoio do povo, e por isso precisamos de eleições", disse.

Já o partido Laos, de extrema-direita, pediu que Antonis Samaras reconsidere sua rejeição à tentativa de Papandreou de formar um governo de coalizão. "Estou fazendo um apelo público para que Samaras reconsidere sua decisão", disse Giorgios Karatzaferis, líder do Laos, com comunicado. "Demos o primeiro passo, a saída de George Papandreou do poder. Precisamos dar o segundo passo juntos", afirmou.

Negociações

Papandreou iniciou hoje negociações para formar um governo de coalizão que garanta uma ampla aprovação ao último acordo de ajuda internacional à Grécia e evite uma catástrofe financeira para o endividado país. Ele se reuniu com o presidente Papoulias pela manhã e convocou para o domingo uma reunião ministerial.

Em entrevista a jornalistas depois do encontro com o presidente, Papandreou indicou claramente que o governo a ser formado terá poder para aprovar legislação referente ao pacote de socorro, confirmando as diferenças com a Nova Democracia. "As decisões de 26 de outubro e as obrigações decorrentes destas decisões são uma condição para o país continuar no euro", disse o primeiro-ministro após o encontro com o presidente.

Depois de Papandreou ter obtido ontem à noite um voto de confiança do Parlamento, Samaras pediu eleições imediatas, afirmando que Papandreou rejeitou sua proposta de uma coalizão suprapartidária que apenas ratificaria o acordo de empréstimo, mas não a implementação das medidas.

Em meio ao impasse, um porta-voz do governo lembrou que a Grécia precisa ratificar até o fim do ano o plano de resgate financeiro oferecido pela União Europeia (UE) para solucionar sua crise da dívida. "Segundo um cronograma inegociável da cúpula europeia (onde o plano foi acertado), o novo acordo precisaria ser ratificado no Parlamento até o fim de 2011", disse Ilias Mossialos, o porta-voz.

"Nossos parceiros europeus não irão esperar. Nós temos apenas sete semanas e não podemos perder nenhum dia", acrescentou ele, aumentando a pressão para que os políticos gregos cheguem a um consenso sobre a formação de um governo de unidade nacional.

Enquanto isso, circulavam rumores segundo os quais Papandreou pode nomear seu ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, para liderar um governo de unidade nacional ainda neste sábado, disse um representante do Partido Socialista (Pasok), de Papandreou, acrescentando que o chefe de governo não excluía outros candidatos.

"Papandreou acredita que Venizelos é a pessoa mais adequada para liderar o governo de coalizão", disse a fonte. "Venizelos é o principal negociador na Europa, portanto haverá continuidade, embora o maior partido de oposição Nova Democracia seja contra a proposta", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

"Não há espaço mais para sonhar na Grécia". A frase contundente é de uma jovem de apenas 20 anos. Elena Papageorgiou é estudante de artes dramáticas em Atenas e fala quatro línguas. Quer ser atriz. Mas, na sexta-feira, acabava de ser informada que havia sido demitida de seu mais novo emprego: garçonete. Nos portões da Universidade de Atenas, estudantes não escondem que já desistiram de ter esperança de encontrar uma solução para a Grécia. Muitos já estão ativamente buscando emprego no exterior e outros tantos já deixaram o país.

"Só se fala nisso (sair da Grécia)", disse Elena. Seu pai é arquiteto e, com a crise, viu sua renda desabar. Sua filha decidiu buscar trabalho para completar a renda da casa. Mas sente na pele a crise. No início do ano, foi contratada para vender jornais nos faróis. A empresa acabou fechando. Passou a trabalhar em um bar. Mas, com a queda drástica de frequentadores, o bar também a demitiu. Um emprego como atriz, só mesmo nos sonhos. "Minha ideia é ir aos Estados Unidos", disse.

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O primeiro-ministro George Papandreou fez um apelo na sexta-feira para que um acordo político nacional permitisse a implementação de uma ampla reforma. "Não podemos deixar que nossos jovens nos abandonem", disse.

Mas poucos ainda o escutam. Marilena Varela, estudante de línguas de 19 anos, já está com as malas prontas. Seu destino é a Alemanha. "Nunca a sociedade grega obteve um grau de escolaridade tão alto. Mas isso não resolveu nada. Não há empregos", disse.

As amigas Dimitra Vergou e Ireye Papathanagiou, estudantes de psicologia, também já estão em busca de empregos, no exterior. "Ninguém sabe o que vai ocorrer aqui ", disse Dimitra.

Não existem números exatos desse êxodo. Mas os sinais de que está ocorrendo são claros. Em outubro, o governo da Austrália realizou um seminário em Atenas sobre as condições de imigração ao país. Milhares de estudantes e profissionais enviaram seus currículos.

Nos anos 50 e 60, 150 mil gregos deixaram o país em direção à Austrália. Outros tantos migraram para os Estados Unidos e para a Europa Ocidental. Meio século depois, a pior taxa de desemprego em 50 anos e a contração de 7% do PIB fazem os gregos voltar a sair. Desde 2010, 60 mil empresas na Grécia fecharam suas portas. Desta vez, porém, não são trabalhadores rurais sem educação que abandonam o país. Mas pessoas com mestrado e doutorado.

Na Alemanha, a onda de imigrantes gregos volta a ser registrada. Desde 2010, o Conselho Mundial de Gregos no Exterior estima que dez mil pessoas já deixaram a Grécia em busca de trabalho nas cidades alemãs. Só nos últimos três meses, foram cerca de 4 mil. "Nunca vimos algo assim", disse Costas Dimitrou, chefe do Conselho. "As famílias estão desesperadas e com muito medo de seu futuro", alertou.

A entidade Europass, que serve como uma espécie de agência de empregos na UE, revelou que recebeu apenas no mês de setembro mais de 13 mil pedidos de gregos para saber de empregos fora do país.

Lois Labrianidis, professor da Universidade da Macedônia, constata que essa tendência deve crescer em 2012 com o aprofundamento da crise. Mas adverte que esse êxodo ameaça dificultar ainda mais a recuperação do país. "As pessoas que estão deixando a Grécia são justamente os profissionais que o país mais precisa agora, para fazer a transição de uma economia sem competitividade para uma economia dinâmica ", disse.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, vai se reunir com o presidente Karolos Papoulias neste sábado a partir das 8 horas (de Brasília), na tentativa de iniciar conversações para a formação de um governo de união nacional. Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de Papandreou, o primeiro-ministro deverá pedir que Papoulias convide todos os partidos gregos para as conversações.

Nesta sexta-feira, Papandreou, do Partido Socialista (Pasok), obteve um voto de confiança do Parlamento, o que permitiria que seu governo prosseguisse - sem a necessidade de convocar eleições imediatas, como queria a oposição conservadora. Antes da votação, porém, o próprio Papandreou disse que renunciaria ao cargo para facilitar a formação de um governo de união nacional. As informações são da Dow Jones.

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Trezentos parlamentares gregos decidiam, na noite desta sexta-feira (4), o futuro do primeiro-ministro Georgios Papandreou. O ministro, que dependia de um voto de confiança, recebeu a confirmação de sua permanência no cargo. A votação foi bastante acirrada e o ministro venceu por 153 votos a 144. Para tentar aprovar o plano de resgate da dívida grega com a União Europeia, Papandreou deve criar um governo de coalização.

O dólar voltou a servir de refúgio para os investidores hoje e operou a maior parte do tempo em alta no mercado local. A máxima à vista foi registrada no começo da tarde, de R$ 1,760 (+1,09%) no balcão, e refletiu a frustração dos investidores com o payroll (dados sobre emprego) dos Estados Unidos, em outubro, abaixo do esperado e com a cúpula do G-20. O imbróglio grego também não cessou com a suspensão do referendo sobre o pacote de socorro ao país, porque o Parlamento ainda deve avaliar hoje à noite o voto de confiança no primeiro-ministro, George Papandreou.

Em meio à percepção de que a crise grega e europeia não terá solução rápida, e que a economia fraca dos EUA poderá exigir novos estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), os agentes financeiros acabaram zerando compras do começo do dia e os exportadores apareceram para venda da moeda à tarde. Em consequência, o dólar desacelerou os ganhos intradia e teve um fechamento misto. Apesar da alta volatilidade de preço, os volumes de negócios diminuíram hoje.

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O dólar à vista terminou com leve baixa de 0,11%, a R$ 1,7390 no balcão, interrompendo três dias de alta. A mínima, no início da sessão, foi de R$ 1,727 (-0,80%). Na semana, contudo, a moeda acumulou alta de 3,51%.

O fluxo cambial foi positivo hoje e se refletiu na queda do cupom cambial para 0,27% às 15h45, ante 0,63% no fim dos negócios ontem, informou a tesouraria de um banco.

A emissão externa feita pelo Tesouro Nacional de US$ 1 bilhão em bônus Global 2041 nos mercados europeu e norte-americano hoje não influenciou a formação de preço do dólar. Mas a notícia foi bem recebida no mercado, porque reforça os fundamentos sólidos do País. A captação poderá ser estendida ao mercado asiático em até US$ 100 milhões.

Em Cannes, na França, os líderes do G-20 não garantiram cooperação imediata nem direta com a Linha de Estabilidade Financeira Europeia, embora a Itália tenha concordado que o FMI monitore as reformas fiscais do país.

Nos EUA, houve criação de 80 mil empregos em outubro, abaixo dos 100 mil postos de trabalho esperados pelos economistas. Contudo, a taxa de desemprego norte-americana caiu para 9,0% no mês passado, de 9,1% em setembro e também abaixo da previsão de que ficaria em 9,1%.

A Grécia não vai seguir adiante com o referendo sobre um segundo plano de ajuda financeira ao país, disse o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, enquanto o governo buscava trabalhar com o principal partido de oposição antes do voto de confiança marcado para hoje no Parlamento.

Em comunicado do Ministério das Finanças, Venizelos disse que informou ao chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ao comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, e ao ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, sobre as mudanças políticas que ocorrem na Grécia.

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"Em vista do voto de confiança desta noite, Venizelos destacou que o objetivo é que o governo continue não só com o suporte dos deputados do Pasok (Partido Socialista), mas também tentar conseguir uma cooperação mais ampla, para o bem do país e para formar um governo com estas linhas", disse.

Ele acrescentou que a Grécia planeja apresentar sua política em uma reunião do Eurogrupo marcada para a próxima segunda-feira, necessária para garantir o desembolso da sexta parcela de ajuda de 8 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.

Surtiu efeito a pressão pública do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, às margens da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Em pronunciamento feito ao Parlamento ontem, em Atenas, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um acordo de princípio para abandonar o referendo sobre o pacote de socorro de 130 bilhões de euros, aprovado em Bruxelas em 27 de outubro. Em lugar da consulta popular, uma votação no Legislativo vai confirmar o auxílio.

A decisão foi o apogeu de um novo dia de tensão entre líderes da União Europeia, reunidos em Cannes, e a administração grega. A insatisfação havia aumentado ao longo da madrugada, após o pronunciamento feito em Cannes por Sarkozy e Merkel, no qual deram um ultimato à Grécia: aceitar o pacote e ficar, ou abandonar a zona do euro.

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Nas primeiras horas da manhã, Papandreou enfrentou a rebelião dos principais nomes de seu gabinete, entre os quais o ministro da Economia, Evangelos Venizelos, contrários ao referendo. Ao mesmo tempo, surgiu a informação de que o Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok) teria perdido a maioria, inviabilizando seu governo. A bancada estaria com menos de 152 parlamentares - do total de 300. A crise política provocou então uma reunião de urgência do gabinete.

Horas de costuras políticas se seguiram até que um acordo foi anunciado com o partido de centro-direita Nova Democracia para a aprovação do pacote de socorro em uma sessão de hoje do Parlamento. Em tese, 180 dos 300 deputados estariam dispostos a endossar o pacote.

Às 16h (13h em Brasília), Papandreou se dirigiu aos deputados, classificando a situação como "pesadelo". "Eu disse aos meus parceiros que, se nós tivermos um consenso político, se pudermos votar o programa de resgate, não serão necessárias outras soluções", afirmou o premiê. "Tínhamos um dilema: consenso ou referendo. Um fracasso no apoio ao pacote significaria o início de nossa partida do euro. Mas se há consenso, não precisamos de referendo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As bolsas europeias operam com leve alta na manhã de hoje, animadas pela decisão do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, de desistir de um referendo sobre o pacote de resgate financeiro oferecido ao país. No entanto, ainda existe cautela entre os investidores, já que o premiê grego enfrentará hoje a votação de uma moção de confiança. Perto das 8 horas (horário de Brasília), Londres subia 0,66%, Paris avançava 0,23%, Frankfurt perdia 0,18% e Madrid tinha alta de 0,52%.

O otimismo também vai sendo contido pela espera dos resultados da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), que termina hoje em Cannes, na França. Além disso, os investidores ficarão de olho no relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA.

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Ontem, após rumores de que renunciaria ao cargo, Papandreou decidiu descartar os planos para um referendo no fim deste ano. "As consequências da saga sobre o referendo grego aumentaram dramaticamente as chances de Papandreou não ganhar um voto de confiança hoje", afirmaram analistas do ING.

Já os indicadores divulgados no começo do dia não foram animadores. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu para 46,5 em outubro, de 49,1 em setembro, abaixo da estimativa de 47,2. O resultado indica que a atividade no bloco monetário mergulhou ainda mais na recessão no mês passado. As informações são da Dow Jones.

A emissora estatal de televisão da Grécia divulgou que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, insistiu nesta quinta-feira que não vai renunciar. Ele está enfrentando uma crescente revolta dentro do seu próprio partido, em função do referendo que pretende realizar para consultar o povo se o país deve aceitar um segundo pacote internacional de resgate. O governo marcou um voto de confiança no Parlamento de 300 cadeiras para a sexta-feira. Um político do Partido Socialista Helênico (Pasok) do premiê disse que ele tem o apoio de aproximadamente 110 parlamentares dos 151 do Pasok, os quais não seriam suficientes para mantê-lo no poder.

Dois funcionários próximos a Papandreou disseram que a ideia do referendo sobre o novo pacote europeu e as medidas de austeridade foi retirada, após o pacote europeu receber algum apoio da oposição de centro-direita, o partido da Nova Democracia. "Esperar que as eleições sejam a solução, neste momento, significaria um perigo muito maior de moratória e certamente de saída do euro", disse Papandreou no encontro ministerial desta quinta-feira. "Eu falarei com Samaras e juntos examinaremos os próximos passos, baseados em um amplo consenso". Papandreou se referia ao líder da oposição, Antonis Samaras. O líder da oposição pediu na manhã de hoje por um governo de transição na Grécia, o qual ratificaria o acordo fechado com a União Europeia (UE) e mais tarde anteciparia novas eleições.

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A confusão na Grécia começou na segunda-feira, quando Papandreou disse que a população deveria aprovar ou rejeitar em referendo o acordo de socorro que o governo grego fechou com a UE. Papandreou também marcou um voto de confiança em seu governo para a sexta-feira. Pelo menos seis deputados do Pasok foram abertamente contra o premiê na terça-feira e a confusão aumentou ontem e hoje.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, disse ser contra o polêmico plano do primeiro-ministro, George Papandreou, de realizar um referendo para decidir se o país deve continuar a fazer parte da zona do euro. "O lugar da Grécia no euro é uma conquista histórica do povo grego que não pode ser colocada em questão", afirmou Venizelos em um comunicado, depois de voltar da reunião G-20 (grupo das 20 maiores economias), em Cannes. "Isso não pode ser colocado na dependência de um referendo."

O comunicado representa mais um golpe para Papandreou, que enfrenta uma crescente revolta dentro do Partido Socialista por causa da proposta de referendo e será submetido amanhã a um voto de confiança no Parlamento. O combalido premiê surpreendeu seus próprios parlamentares nesta semana com a inesperada convocação de um referendo sobre o último pacote de ajuda ao país, de 130 bilhões de euros, acordado por líderes europeus em Bruxelas na semana passada.

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A movimentação é considerada uma aposta de alto risco destinada a reprimir as críticas da opinião pública contra a política de austeridade, mas corre o risco de comprometer os planos para a solução da crise da dívida da zona do euro.

Paciência

Reunidos em Cannes, na França, na noite de ontem, os líderes europeus deixaram claro que perderam a paciência com a Grécia, exigindo que o país declare se quer permanecer na união monetária ou se arriscar em uma secessão. Depois de uma tensa reunião com Papandreou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou que a Grécia não receberá nenhuma ajuda adicional até que a questão seja resolvida, ressoando a opinião da chanceler alemã, Angela Merkel, que também estava presente. "A Grécia quer continuar parte da zona do euro ou não?", disse Merkel. "Essa é a questão que o povo grego deve responder agora."

Na segunda-feira, um parlamentar socialista saiu do partido, dizendo que o referendo põe em risco a sobrevivência econômica da Grécia e levantando a preocupação de que Papandreou seja obrigado a convocar eleições antecipadas. Pelo menos cinco deputados, que permanecem no partido, manifestaram sua oposição ao referendo. O Partido Socialista grego (Pasok) tem 152 assentos no Parlamento e precisa de uma maioria de 151 para sobreviver ao voto de confiança ou aprovar o referendo.

Segundo analistas, o governo pode sobreviver ao voto de confiança, mas a dissidência no partido significa que ele pode não ter votos suficientes para realizar o referendo. As informações são da Dow Jones.

Na véspera da abertura da reunião de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), a Europa deu ontem um ultimato à Grécia. Dois dias depois de o primeiro-ministro do país, George Papandreou, anunciar de forma surpreendente um referendo sobre a adoção do plano de socorro negociado em Bruxelas, líderes europeus impuseram três condições para aceitar a medida: a obtenção de um voto de confiança do Parlamento de Atenas amanhã, a realização da consulta popular no menor prazo possível e a adoção de uma questão direta sobre se a população quer ou não seguir integrando a zona do euro.

O ultimato foi feito na noite de ontem, em Cannes, durante uma reunião pré-cúpula do G-20. Estavam presentes a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e os presideGréntes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso, além de Papandreou.

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Em outras palavras, os representantes europeus advertiram Papandreou que ou a Grécia diz "sim" à permanência na zona do euro e adota o plano de socorro aprovado por 17 países, ou diz "não" e abandona a moeda única por livre vontade.

Corte da dívida

O programa de auxílio negociado na madrugada de 27 de outubro prevê um novo programa de financiamento de 145 bilhões de euros e o corte da dívida da Grécia em 50% - equivalente a cerca de 100 bilhões de euros, segundo dados de Bruxelas. O desconto, que teria a anuência do Instituto Internacional de Finanças (IIF), órgão que representa 400 bancos, seguradoras e fundos de investimentos, reduziria a dívida do país de 160% para 120% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Essas medidas foram aprovadas por Papandreou na reunião da semana passada, antes que o premiê mudasse de ideia e decidisse convocar o referendo.

Nos corredores do Palácio dos Festivais, onde o G-20 será realizado a partir de hoje, a reportagem apurou que a reunião entre os líderes europeus e Papandreou tinha como objetivo impor a questão que será avaliada pelos gregos. "A ideia é colocar a Grécia frente às suas responsabilidades", disse um diplomata da França, que pediu para não ser identificado. Nesse caso, uma vitória do "não" no referendo representaria o abandono da moeda única. "Se houver uma saída da zona do euro, é preciso que seja voluntária. A comunidade internacional não deve entender a decisão como uma exclusão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que ainda há esperanças de uma recuperação econômica global através de uma ação "corajosa e de cooperação" de líderes mundiais.

Lagarde classificou a convocação surpresa pelo primeiro-ministro da Grécia de um referendo público sobre um novo acordo de resgate para Atenas como um "soluço" nos esforços para resolver a crise de dívida da zona do euro. Economistas e governos temem que o referendo possa forçar a Grécia a dar default em suas obrigações relativas à dívida e fazer com que a crise engula algumas das maiores economias da Europa.

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Mas Lagarde disse a líderes empresariais e autoridades de governo em um evento antes da cúpula do G20 que nunca viu tal determinação política para resolver a crise. As informações são da Dow Jones.

O porta-voz do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, disse que ele contou aos países da União Europeia sua intenção de realizar um referendo sobre a aceitação do segundo pacote de resgate internacional. "Ele os informou sobre suas intenções", disse Ilias Mossialis em uma entrevista para a rádio Vima, embora tenha admitido que Papandreou não estabeleceu uma data para o anúncio do referendo, alegando que isso era confidencial. Diversos líderes europeus criticaram a Grécia por não terem sido informados antes do plano sobre o referendo. As informações são da Dow Jones.

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