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A cúpula do PT já começou a montar a estrutura da campanha do ministro da Educação, Fernando Haddad, à Prefeitura de São Paulo e quer atrair o PMDB para a chapa. Um café da manhã realizado ontem, na casa do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), sacramentou a desistência dos deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini da disputa interna, enterrando a prévia para a escolha do candidato, como desejava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A direção nacional do PT quer usar o exemplo de São Paulo para sepultar as prévias também nas principais capitais do País.

Pouco depois do café, a Executiva Nacional do PT - reunida em Brasília - fez um apelo pela "coesão interna" nas principais capitais. "Nunca pusemos a prévia como objetivo a ser alcançado", disse o presidente do PT, deputado Rui Falcão. "Agora, é claro que precisamos ter um mecanismo de solução de conflitos."

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Até janeiro

A renúncia de Tatto e Zarattini será anunciada até a próxima semana. Hoje, Haddad deve almoçar com dirigentes do PT, em São Paulo, para esboçar as linhas gerais da campanha. A intenção da presidente Dilma Rousseff é substituí-lo em janeiro de 2012.

Pressionada, a senadora e ex-prefeita Marta Suplicy retirou-se do páreo há oito dias, atendendo a apelo de Lula e de Dilma. A prévia estava marcada para o dia 27. "Eu, agora, vou me recolher", disse Marta, que deverá anunciar apoio a Haddad só após conversar com Lula.

O café em que os petistas selaram o acordo para o fim da prévia reuniu Haddad e 15 deputados do PT de São Paulo.

Oficialmente, Tatto e Zarattini ainda dizem que vão consultar os seus seguidores para tomar uma decisão, mas, na prática, está tudo acertado.

Haddad prometeu assegurar espaço no comando de sua campanha às correntes dos dois deputados. Aliados de Marta no passado, Tatto e Zarattini reclamavam de privilégio ao grupo do ministro. "Nós fizemos um apelo a eles para não haver prévia e mostramos preocupação com a unidade do PT em São Paulo. Temos uma campanha dura pela frente e vamos enfrentar o PSDB e o PSD", disse o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).

PMDB

Mesmo em tratamento para combater um câncer na laringe, Lula já marcou novas conversas com aliados e acha possível convencer o PMDB a não lançar o deputado Gabriel Chalita à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

No PMDB do vice-presidente Michel Temer, porém, a hipótese de uma chapa formada por Haddad e Chalita é vista como "bastante remota". Nem mesmo a ideia de Chalita ocupar um ministério, a partir do ano que vem, empolga Temer. Até agora, Lula tem uma exigência: quer que seu auxiliar Luiz Dulci integre a coordenação do programa de governo de Haddad.

O cenário apresentado ontem por dirigentes do PT durante reunião da Executiva mostrou que o partido está rachado em Belo Horizonte, segundo maior colégio eleitoral do País, e enfrenta disputas fratricidas em Recife e Fortaleza, além de muitas incertezas em Porto Alegre. Na capital mineira, o vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) rompeu com o prefeito Márcio Lacerda (PSB) e quer lançar chapa própria.

O grupo de Lula defende a reeleição de Lacerda, mas o PSDB do senador e ex-governador Aécio Neves faz questão de integrar a coligação. Uma parcela do PT é contra esse acordo e promete protestar até o fim.

"Nunca vi a gente recusar apoio", insistiu Rui Falcão. "Isso não apaga as nossas divergências com o PSDB, mas eu não recuso apoio de ninguém." Em setembro, resolução aprovada pelo 4.° Congresso do PT proibiu o partido de formar chapa com o PSDB, o DEM e o PPS, mas abriu brecha para a entrada dos adversários na coligação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, condenou hoje o movimento de estudantes que invadiu o prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) na semana passada. Ele avaliou que os jovens, retirados na madrugada de hoje pela Polícia de Choque, acabam desta forma criando "um fato político" mas sem produzir os "efeitos desejados". "Eu entendo que esse expediente de invadir reitoria, além de ser autoritário é ineficaz, não produz bons resultados em nenhum lugar", afirmou.

O ministro lembrou que esse tipo de manifestação não vem ocorrendo apenas na USP. "Esse é realmente um procedimento em que uma minoria, de maneira arbitrária, cria um fato político sem produzir os efeitos desejados." Haddad participou hoje de vistoria ao antigo Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat), deverá sediar o novo câmpus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) na cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo.

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Além de condenar a invasão, o ministro observou que a USP não pode ser tratada como se fosse a "cracolândia", região do centro de São Paulo conhecida pela presença de usuários de crack. "Nós precisamos compreender que é preciso, tratando-se de um câmpus universitário, ter todo o cuidado na interação com a comunidade universitária, seja com alunos, professores ou funcionários."

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo e ministro da Educação, Fernando Haddad, deve ganhar hoje o apoio de deputados estaduais e federais aliados da senadora Marta Suplicy, que na última quinta-feira anunciou sua desistência da corrida eleitoral do ano que vem. Os parlamentares do PT se reúnem por volta do meio dia em um restaurante da zona sul da capital paulista. Eles devem anunciar oficialmente apoio à pré-candidatura do ministro, o preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Com a saída de Marta da disputa, seus aliados avaliaram que os demais pré-candidatos - os deputados Carlos Zarattini e Jilmar Tatto e o senador Eduardo Suplicy - são incapazes de levar o partido à vitória em 2012. Pesou na decisão dos aliados de Marta o fato de Haddad ter se firmado na disputa.

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A senadora desistiu de concorrer à Prefeitura paulistana após receber um pedido da presidente Dilma Rousseff. A conversa entre as duas ocorreu no Aeroporto de Congonhas, minutos antes do embarque da delegação brasileira à França, onde a presidente participou do G-20 de Cannes, cúpula encerrada ontem.

Devem participar do almoço com Haddad os deputados estaduais Antonio Mentor, João Antonio, Donisete Braga, Luiz Cláudio Marcolino e os federais Cândido Vaccarezza, José Mentor e João Paulo Cunha.

O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu acredita que a senadora Marta Suplicy (SP) terá participação fundamental na campanha do PT à Prefeitura de São Paulo. "O importante não é ela ter desistido. O importante é que ela é fundamental para nós vencermos as eleições", disse Dirceu, ao ser questionado sobre a retirada da pré-candidatura da senadora e ex-prefeita, anunciada anteontem.

O ex-ministro foi uma das principais lideranças do PT a defender uma "saída honrosa" para Marta deixar a disputa interna do partido. Publicamente e em conversas reservadas, Dirceu vinha dizendo que a participação da senadora da campanha será fundamental em 2012 e que sua saída das prévias não poderia ser traumática.

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Na noite de quinta-feira, ao lançar o livro Tempos de Planície em Fortaleza, Dirceu expôs o mesmo raciocínio. "Com o apoio dela, seguramente o PT vai vencer as eleições e vai voltar a governar São Paulo", afirmou. Ele disse acreditar que, com a desistência de Marta, o ministro Fernando Haddad (Educação) "será o candidato" petista à Prefeitura. "A tendência é que ele seja apoiado por uma ampla maioria do partido. Eu acredito que ele será o candidato."

Choro

Dirceu também disse estar convencido de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá condições de saúde para participar da campanha eleitoral de 2012. Dirceu acredita que Lula já estará comandando as articulações na Semana Santa de 2012.

"Ele está muito otimista, com muita energia, e vai continuar, como sempre esteve, na liderança do PT e das eleições. Ele (Lula) vai superar esse câncer. O tratamento está sob controle", disse Dirceu. Ele contou que estava em Fernando de Noronha quando recebeu a notícia do tumor de Lula e que se emocionou. "Eu realmente não consegui controlar a emoção e a melancolia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou em nota que a decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), no Recife, que suspendeu a liminar que determinava a anulação de 13 questões de todos os candidatos inscritos no Enem, "fez justiça a mais de 4 milhões de estudantes que não tiveram nenhum envolvimento com o ocorrido em Fortaleza".

Com a decisão do TRF-5, apenas 639 estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Christus, de Fortaleza, terão 13 das 180 questões anuladas.

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"Não podíamos aceitar que estudantes de todo o País fossem prejudicados por conta de uma guerra fratricida movida por instituições privadas e de elite da capital cearense. A decisão fez justiça e reafirmou a solidez do Enem em todo o País", afirmou o ministro, em nota publicada no site do Ministério da Educação (MEC).

O MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do ministério que cuida do Enem, afirmam que seguem acompanhando as investigações da Polícia Federal, que apura o vazamento das questões. "Se ficar provado o envolvimento do Colégio Christus ou de seus agentes, eles serão responsabilizados civil e criminalmente", afirma a nota.

De acordo com o MEC, "caso a Polícia Federal apure que as apostilas tenham sido distribuídas também para os 320 alunos dos cursinhos pré-vestibulares da instituição, o Ministério da Educação e o Inep poderão adotar o mesmo procedimento".

A Advocacia-Geral da União (AGU), em nome do Ministério da Educação (MEC), recorrerá amanhã (3) à tarde da decisão da Justiça Federal no Ceará, que anulou 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. A ação deve ser entregue pelo ministro Fernando Haddad, que irá a Recife, onde a ação será impetrada.  A informação é da Agencia Brasil, corrigindo matéria publicada hoje, pela manhã, no seu próprio site - "Diferentemente do que informava a matéria "Haddad deve ir a Fortaleza para recorrer da anulação no Enem", o ministro da Educação irá a Recife, onde a ação será impetrada". 

Haddad vai argumentar que o ideal é que o exame seja aplicado aos 639 alunos da escola cearense que tiveram acesso às questões. Para o governo, a anulação das 13 questões de um total de 180 contidas no Enem prejudicará a grande maioria dos estudantes que fizeram a prova.

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O pedido de cancelamento dos itens foi feito pelo Ministério Público Federal do Ceará depois da constatação de que alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado a 13 questões do exame. A ação se refere às questões aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro. O Enem vale 1.000 pontos, mas se as questões forem anuladas, o valor de cada item terá de ser reavaliado, segundo especialistas.

Ontem (1º), o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) reforçaram a intenção de recorrer da decisão da Justiça Federal por avaliar que a sentença definindo a anulação das 13 questões em âmbito nacional foi desproporcional.

Os itens a que os alunos tiveram acesso estavam em apostila distribuída pela escola semanas antes da aplicação do Enem e vazaram da fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010.

O pré-teste é feito pelo Inep, vinculado ao MEC, para avaliar se as questões em análise são válidas e qual é o grau de dificuldade de cada uma. Os cadernos de questões do pré-teste deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e incinerados pelo Inep.

O MEC confirmou que 13 questões que estavam na apostila distribuída pelo colégio cearense foram copiadas de dois dos 32 cadernos de pré-teste do Enem aplicado no ano passado a 91 alunos da escola.

Seguindo o pensamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a coordenação da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiu ontem apoiar a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação) à prefeitura paulistana. Com isso, em eventuais prévias, o nome preferido de Lula subiria dos 6,5% que sua corrente, Mensagem ao Partido, obteve na última eleição do diretório municipal para mais de 30%.

Cerca de 60 dirigentes da CNB participaram da reunião que fechou questão em torno da pré-candidatura de Haddad. Estavam lá deputados como o ex-presidente nacional do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, réu no processo do mensalão.

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No início do encontro, Haddad pediu pessoalmente apoio dos dirigentes da CNB e, a exemplo de Lula, defendeu seu nome como uma novidade na política com reais condições de vencer em 2012. Além do ministro, disputam a candidatura os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, que lidera as pesquisas eleitorais.

Pré-candidato à Prefeitura de Osasco, João Paulo foi um dos poucos presentes a se opor à declaração de apoio a Haddad neste momento - o parlamentar defendia postergar a decisão. "Mas todos os presentes garantiram que vão acatar a decisão da maioria e trabalhar pela candidatura do ministro", afirmou um dos participantes.

Embora majoritária no âmbito nacional, a corrente de Lula era a terceira força na capital, mas ganhou a adesão de dois vereadores - Alfredinho e Francisco Chagas -, do ex-vereador Paulo Fiorilo e do deputado estadual José Zico Prado. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, o fortalecimento da CNB faz parte de uma tática para vencer as prévias, caso não seja possível obter consenso, como defende o ex-presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o ministro da Educação, Paulo Haddad (PT), preferiu dar os primeiros passos da longa jornada de bicicleta. Foram 300 metros de pedaladas pela avenida central da cidade satélite do Recanto das Emas, a 30 quilômetros do Plano Piloto, durante o lançamento, hoje, do programa Caminho da Escola.

Haddad tem a preferência do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, os maiores cabos eleitorais do País hoje. Estreante nas urnas, ele sabe, porém, que o caminho é difícil e cheio de armadilhas. Ele terá que vencer primeiro a disputa interna com a senadora Marta Suplicy, considerada um osso duro, e depois convencer o forte candidato peemedebista, Gabriel Chalita, a retirar seu nome do páreo.

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Indagado se considerava superada ao menos a primeira etapa, dentro do PT, Haddad negou com convicção: "Longe disso, estamos dialogando", disse. Diante da insistência dos repórteres, ele mudou de assunto, alegando que sua prioridade é tocar as ações do Ministério. "Esse é um assunto (a candidatura) que eu trato só no final de semana e em São Paulo", desconversou.

Criado pelo MEC para facilitar o deslocamento dos estudantes no meio rural e nas pequenas cidades de até 20 mil habitantes, o Caminho da Escola começa por Brasília porque a cidade, segundo ele, tem uma cultura de trânsito, reconhecida no País, de respeito a pedestres e a ciclistas. Até 2012 serão distribuídas 1 milhão de unidades, as primeiras 100 mil este ano.

Os alunos, que devem estar matriculados no ensino médio, ainda precisam fazer um treinamento e obter licença do Detran para ganhar a bicicleta escolar. O objetivo, segundo o ministro, é desenvolver o programa de forma paulatina e cautelosa. "Não podemos pôr em risco a segurança das pessoas, agindo de maneira atabalhoada", enfatizou.

Haddad fez o percurso acompanhado do governador Agnelo Queiroz (PC do B), autoridades e estudantes beneficiados pelo programa. Cuidadoso com a aparência, o ministro colocou o capacete com jeito para não desfazer o penteado. Sob o sol forte do meio dia, ele só cedeu com resistência a retirar o paletó antes de subir na sua bicicleta.

Versão em miniatura do Minha Casa Minha Vida, o programa não deixa de ter seu apelo eleitoral. "Para nós é um incentivo, ajuda", disse a estudante Mariana Santos, da rede pública local, uma das participantes. "O ministro é bonitinho... ele é candidato a que, mesmo?", indagou. A secretária de educação do DF, Regina Vinhais, carregou no confete ao destacar, em discurso, os méritos de Haddad. "O senhor é o melhor ministro da educação que já tivemos no Brasil".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a faxina que vem sendo promovida pela presidente Dilma Rousseff nos ministérios dos Transportes e da Agricultura. Ressaltou que as mudanças na estrutura do governo federal valem "para qualquer partido" e "para qualquer aliado". "A presidente está apenas garantindo com que os órgãos de investigação trabalhem de modo correto", disse.

Ele afastou o risco de que essa reestruturação da máquina pública possa criar uma crise na base aliada. Segundo ele, a presidente tem uma boa relação com as siglas que a apoiam no Congresso. De acordo com ele, os partidos sabem "que ninguém pode ser colocado no governo federal no intuito de se apropriar do dinheiro público".

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"As pessoas se queixam agora como se queixavam de mim e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, porque é normal que a base aliada queira cada vez mais ser atendida". O ex-presidente pediu paciência e lembrou que a atual presidente está apenas há seis meses à frente do Palácio do Planalto. "O que é importante é que ela está fazendo um trabalho extraordinário", disse.

O ex-presidente participou hoje da 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo (SP), promovida no Pavilhão Vera Cruz. Na visita, tirou fotos, deu autógrafos e conversou com estudantes e professores. O ministro da Educação, Fernando Haddad, também presente ao evento, percorreu a Feira Literária no rastro do ex-presidente, o principal entusiasta de sua candidatura, em 2012, à Prefeitura de São Paulo.

Alvo de críticas de algumas alas petistas que veem nele falta de traquejo político, Haddad fez questão de acenar e ensaiou breves conversas com estudantes. O convite para comparecer à feira foi do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, tido como principal tutor do ministro para a corrida eleitoral.

Reunião

O ministro Haddad foi o primeiro a chegar ao evento, onde em seguida, reuniu-se com o prefeito de São Bernardo. O ex-presidente Lula chegou logo depois e foi acompanhado por Haddad e Marinho em uma rápida passagem pela Feira Literária. No trajeto, o ministro foi abordado por um pequeno grupo de estudantes que reivindicava o estabelecimento pelo governo federal de uma vinculação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área de Educação. No início, o ministro apenas acenou para o grupo de estudantes. Diante da insistência, aceitou um folheto e fez uma promessa: "Eu vou defender 11%!".

Lula e Haddad leram livros infantis para um grupo de 60 crianças, com idades entre 9 e 10 anos. A obra que ficou a cargo do ex-presidente foi a "Obax", de André Neves que conta a história de uma princesa africana. O ex-ministro leu "Asa de Papel", de Marcelo Xavier, que destaca a importância da leitura entre os jovens. Antes de começar a ler, o ex-presidente mostrou algumas figuras como a da árvore africana Baobá e das savanas, para facilitar o entendimento da história pelas crianças. Ao citar a savana africana, Lula a comparou com o cerrado brasileiro e aproveitou a oportunidade para ressaltar o crescimento da região Centro-Oeste, que segundo ele apresenta hoje a maior produtividade de grãos do Brasil.

A visita do pré-candidato do PT ao Grande ABC, berço político da sigla, faz parte da estratégia de Lula para arregimentar apoio de vereadores e prefeitos à candidatura de seu novo afilhado político. O lançamento do nome de Haddad ainda encontra resistência junto a lideranças do PT na cidade de São Paulo. Em especial junto a aliados da senadora Marta Suplicy, que se considera a candidata natural para a disputa municipal.

O ex-presidente tem atuado desde julho, no Instituto Cidadania, onde despacha atualmente para diminuir a rejeição ao ministro. O foco de ação de Lula tem sido lideranças políticas da Região Metropolitana de São Paulo e dirigentes críticos à defesa que ele faz ao nome de Haddad.

Pesquisa Vox Populi sobre a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo em 2012 coloca o ministro da Educação, Fernando Haddad, com 3% de intenção de voto, no cenário mais favorável ao petista, no qual o candidato do PSDB é o senador Aloysio Nunes Ferreira - o tucano aparece com 6%. Encomendada pela Força Sindical, a pesquisa entrevistou 1.000 pessoas e foi realizada entre 9 e 13 de julho. A margem de erro é de 3,1 pontos porcentuais.

Incentivado pelo ex-presidente Lula para aumentar a inserção petista junto à classe média paulistana, Haddad tem o melhor desempenho na zona oeste, onde 7% disseram que votariam nele. A região é a formada por bairros com alta renda e escolaridade.

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No cenário em que o nome do PSDB é o do ex-governador José Serra, Haddad tem 2% das intenções de voto. Serra lidera com 26%. Em terceiro, está o deputado Celso Russomanno (14%), do PP, seguido do vereador Netinho de Paula (8%), do PC do B. Depois estão o presidente da Força, o deputado Paulinho (7%), do PDT, e Soninha Francine (5%), do PPS. Neste cenário, Haddad está empatado com o deputado Gabriel Chalita (PMDB) e na frente do secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), e do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), ambos com 1% - os dois são opções do prefeito Gilberto Kassab para a sua sucessão.

Embora apresente a maior rejeição entre todos os nomes colocados (18%), a senadora Marta Suplicy (PT) lidera os cinco cenários em que é citada como candidata. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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