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O papa Francisco não presidiu a cerimônia da véspera do Ano Novo na Basílica de São Pedro, conforme estava previsto nesta sexta-feira (31), mas proferiu a homilia.

Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, celebrou a cerimônia enquanto o pontífice, de 85 anos, usando uma máscara, passou a maior parte do ato sentando, às margens da sala.

Segundo um porta-voz do Vaticano, Francisco quis que o cardeal presidisse a celebração. A mudança foi anunciada apenas três horas depois de o Vaticano confirmar que o papa celebraria a cerimônia.

No ano passado, o pontífice não pôde celebrar as missas de Ano Novo por causa de ciática, uma afecção nervosa crônica que lhe causa dor no quadril e da qual sofre há tempos.

Tradicionalmente, o papa visita o presépio na Praça de São Pedro depois da véspera do Ano Novo, mas o ato foi cancelado na sexta-feira por medo de que o coronavírus pudesse se espalhar entre a multidão reunida.

O papa Francisco prestou neste domingo (3) uma homenagem a todos os médicos e padres que perderam a vida em decorrência do novo coronavírus (Sars-CoV-2) enquanto tentavam ajudar os pacientes infectados pela Covid-19. Durante a celebração do "Bom Pastor", na missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Pontífice lembrou que, somente na Itália, mais de 100 padres morreram. "Penso em muitos pastores do mundo, que dão suas vidas pelos fiéis", disse.

Ao dizer que o exercício da medicina também é uma forma de cuidar da população e ser "um pastor", Francisco pediu para os fiéis ficarem "cientes de que só na Itália 154 médicos morreram no ato do serviço".

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"Que o exemplo desses párocos e pastores médicos nos ajude a cuidar do santo povo fiel de Deus", apelou o argentino. Em sua homilia, Jorge Bergoglio também explicou que "na história da Igreja houve muitos falsos pastores que se aproveitaram, exploraram o rebanho". "Eles não estavam interessados no rebanho. Eles só estavam interessados em fazer carreira, política, dinheiro", alertou.

Por fim, o líder da Igreja Católica fez uma oração pelos pacientes contaminados com o novo coronavírus, que assistem e incentivam à colaboração internacional que está ocorrendo para encontrar vacinas e tratamentos. "É importante, de fato, reunir as habilidades científicas, de forma transparente e desinteressada".

O Papa, então, fez um apelo para que o "acesso universal a tecnologias essenciais que permitam a todas as pessoas infectadas, em todas as partes do mundo, receber os cuidados de saúde necessários".

Da Ansa

O papa Francisco pediu para o mundo parar de "desfigurar o rosto da Amazônia", na missa deste domingo na basílica de São Pedro de conclusão do sínodo dedicado à região.

"Os erros do passado não foram suficientes para deixar de espoliar e causar feridas a nossos irmãos e nossa irmã Terra: vimos no rosto desfigurado da Amazônia", disse o papa diante de centenas de religiosos e outros convidados, entre eles indígenas provenientes da bacia amazônica.

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Em sua homilia, o papa condenou "o desprezo" pela história e pelas tradições de outros povos, "considerando-os inferiores e de pouco valor" e que "apaga sua história, ocupa seus territórios, usurpa seus bens", disse.

"Quanta suposta superioridade que hoje se converte em opressão e exploração!", lamentou.

O papa argentino criticou também a hipocrisia de tantos cristãos que "praticam a religião do eu".

"E, além de esquecer de Deus, esquece do próximo; ou pior, lhe despreza. Ou seja, para ele não tem um preço, não tem um valor. Se considera melhor que os demais, a quem chama, literalmente, de 'os demais, o resto'. São 'o resto', os descartados de quem precisa se manter à distância", condenou.

"Quantas vezes vemos acontecer esta dinâmica na vida e na história! Quantas vezes quem está à frente, como fariseu em relação ao publicano, levanta muros para aumentar as distâncias, tornando os demais descartados", acrescentou.

Com essa defesa dos "descartados", o papa concluiu com uma missa solene a primeira assembleia de bispos dedicada à defesa da Amazônia de seus habitantes.

Nenhum símbolo religioso indígena foi utilizado durante a cerimônia na basílica vaticana.

Os 184 bispos que participaram do sínodo aprovaram um documento que pede a criação do "pecado ecológico", bem como a possibilidade de ordenar padres casados e estudar a possibilidade de contar com mulheres diáconos - temas tabu para os católicos conservadores.

O papa Francisco criticou fortemente na noite desta segunda-feira (24) a "voracidade consumista" da humanidade, e pediu reflexão sobre o sentido espiritual de suas vidas e o fato de compartilhar com os mais pobres, em sua homilia na noite de Natal.

"Diante da manjedoura, compreendemos que não são os bens que alimentam a vida, mas o amor; não a voracidade, mas a caridade; não a abundância ostentada, mas a simplicidade que devemos preservar", disse o sumo pontífice.

"O homem tornou-se ávido e voraz. Para muitos, o sentido da vida parece ser possuir, estar cheio de coisas", acrescentou Francisco, líder de 1,3 bilhão de católicos do mundo, diante de dezenas de milhares de fiéis reunidos, como ocorre todos os anos, na basílica de São Pedro, em Roma.

"Uma ganância insaciável atravessa a história humana, chegando ao paradoxo de hoje, em que alguns se banqueteiam lautamente, enquanto muitos não têm pão para viver", destacou.

Francisco disse que "é preciso superar os cumes do egoísmo" e "evitar escorregar nos precipícios da mundanidade e do consumismo".

"Diante da manjedoura, compreendemos que não são os bens que alimentam a vida, mas o amor; não a voracidade, mas a caridade; não a abundância ostentada, mas a simplicidade que devemos preservar", disse.

"Será verdade que preciso de tantas coisas, de receitas complicadas para viver? Quais são os contornos supérfluos de que consigo prescindir para abraçar uma vida mais simples?", perguntou o papa.

Nenhum texto do Novo testamento detalha o dia e a hora de nascimento de Jesus de Nazaré.

Sua celebração em 25 de dezembro na tradição cristã foi escolhida no século IV no Ocidente.

O papa Francisco pediu durante a sua homilia neste sábado aos 1,2 bilhão de católicos no mundo que tenham compaixão das crianças abandonadas à própria sorte neste Natal.

"Deixemo-nos interpelar pelas crianças que, hoje, não estão deitadas em nenhum berço e nem são acariciadas pelo afeto de uma mãe ou um pai (...), mas que estão em algum refúgio subterrâneo para escapar dos bombardeios, sobre as calçadas de uma grande cidade, no fundo de uma barca repleta de migrantes", pediu Francisco.

Neste ano mais de 5.000 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

"Deixemo-nos interpelar pelas crianças que não deixam nascer, pelas as que choram porque ninguém sacia sua fome, pelas as que não têm brinquedos, mas armas, em suas mãos", acrescentou o papa argentino.

O pontífice também pediu aos católicos que evitem o egoísmo. "O Natal é uma festa onde os protagonistas somos nós, em vez dele; em que as luzes do comércio joga sombra à luz de Deus; em que nos empenhamos pelos presentes e permanecemos insensíveis a quem está marginalizado".

No domingo, Francisco pronunciará sua tradicional mensagem de Natal urbi et orbi.

O papa Francisco pediu neste domingo (8) em sua homilia de Pentecostes na Praça de São Pedro uma Igreja que surpreenda e que não hesite em "se encontrar com o povo".

"A Igreja está convocada a surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os braços de Deus estão sempre abertos", declarou o Papa poucas horas antes de receber no Vaticano o presidente israelense, Shimon Peres, e o líder palestino, Mahmud Abbas, para uma oração inédita pela paz.

"A Igreja de Pentecostes é uma Igreja que não se resigna em ser inócua, um elemento decorativo. É uma Igreja que não hesita em sair, se encontrar com o povo", declarou o Papa, que desde sua chegada ao Vaticano tenta dar ares novos à instituição.

A celebração do Pentecostes comemora o momento em que, segundo a tradição, depois da Páscoa os apóstolos receberam dons do Espírito Santo que lhes permitiram evangelizar. Também celebra o nascimento da Igreja católica.

O Papa Francisco homenageou nesta terça-feira (24) "os últimos, os excluídos", durante a Missa do Galo, celebrada na Basílica de São Pedro, ao lembrar que foram eles os primeiros a entender o alcance para a Humanidade do nascimento de Jesus.

"Os pastores foram os primeiros que receberam o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros porque estavam entre os últimos, os marginalizados", disse o Papa em sua breve homilia, entre as mais importantes para os católicos. Diante de milhares de peregrinos e turistas que assistiram à missa solene no maior templo do catolicismo, Francisco voltou a citar os pobres e menos favorecidos.

"Se amamos Deus e os irmãos, caminhamos na luz, mas se nosso coração se fecha, se prevalecem o orgulho, a mentira, a busca do interesse próprio, então as trevas nos rodeiam, interiormente e por fora."

A missa, transmitida ao vivo para 65 países, foi concelebrada com 30 cardeais, 40 bispos, 250 sacerdotes e 14 diáconos, com a participação de 100 curas, para dar a comunhão a centenas de fiéis presentes.

O papa Francisco fez uma referência neste domingo a sua recente viagem ao Brasil em ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e pediu que "os jovens não sigam o Papa, e sim Jesus Cristo". "No domingo passado estive no Brasil. A santa missa e a Jornada Mundial chegavam ao seu fim. Nunca nos esqueçamos: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo", disse o pontífice diante de milhares de pessoas durante a homilia do Angelus na Praça de São Pedro. "O Papa guia e acompanha os jovens no caminho da fé e da esperança", acrescentou, afirmando que os "jovens são particularmente sensíveis à ausência de valores que os cerca".

Francisco improvisou depois algumas palavras, que não estavam em seu discurso oficial, para agradecer "ao generoso povo" brasileiro pela acolhida que recebeu durante a semana passada no Rio de Janeiro. De acordo com o Vaticano, mais de 3 milhões de fiéis assistiram à missa de encerramento da JMJ na praia de Copacabana, há uma semana. Em sua volta ao Vaticano, o papa argentino assegurou que sua "alegria é muito maior do que o cansaço" acumulado após a viagem de uma semana.

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Durante celebração na Praça de São Pedro, no Vaticano, na última terça-feira (19), o Papa Francisco falou sobre bondade, ternura e esperança. O discurso do Santo Padre aconteceu na primeira homilia de seu pontificado, uma reflexão após as leituras do Antigo e do Novo Testamento.

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O Papa Francisco ainda pediu que os fiés lutassem pela paz e pela defesa do meio-ambiente. Assista a trechos da homilia do pontífice na reportagem da AFP.

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