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A Polícia Civil de Goiás informou neste sábado (22) que, dentro da mala apreendida em operação realizada na sexta-feira (21) em um dos endereços ligados a João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, havia R$ 1,2 milhão em espécie, US$ 908 e 770 euros. Também foram encontrados um revólver calibre 38, uma algema e pouco mais de 100 pedras que ainda terão de ser periciadas pela autoridade policial.

As informações divulgadas neste sábado são complementares às apresentadas em coletiva de imprensa na tarde de sexta-feira. Entre os locais das apreensões está a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, onde ele fazia os atendimentos espirituais.

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O médium está preso desde o último domingo. Sua prisão havia sido determinada no dia 14 de dezembro, a pedido do Ministério Público e da Polícia Civil de Goiás, depois que mais de 330 mulheres, de vários Estados e pelo menos seis países, prestaram depoimento acusando o religioso de cometer abuso sexual durante atendimentos prestados em seu centro espiritual. A defesa afirma que João de Deus é inocente.

Na semana passada, a Polícia Civil e o Ministério Público de Goiás receberam denúncia de que o médium pode ter ligação com um negócio de falsas pedras preciosas. A informação chegou à força-tarefa por meio de uma testemunha, mantida em sigilo, e gerou a abertura de um novo inquérito. Se a suspeita for confirmada, João de Deus pode responder também por estelionato.

Questionado sobre o assunto em seu depoimento no domingo, o líder religioso negou participação em esquema de venda de falsas pedras preciosas. O médium é conhecido por atuar no ramo do garimpo, extração e lapidação de pedras. Alguns desses cristais são oferecidos, inclusive, a seus seguidores na Casa Dom Inácio de Loyola.

Na sexta-feira, o juiz Liciomar Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás, acatou novo pedido de prisão preventiva contra o médium. A nova prisão foi decretada por suposto porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito.

Na decisão de sexta-feira, Silva afirmou que a prisão preventiva é "necessária para a garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta do crime, em face da grande quantidade de armas e munições que o investigado mantinha em sua posse". Entre as seis armas encontradas na residência de João de Deus, uma delas estava com a numeração raspada.

O magistrado ainda destacou que a liberdade do médium poderá abalar "a paz e a tranquilidade no meio social, vez que essa liberdade servirá de incentivo para que outros indivíduos venham a praticar crimes de mesma natureza, além de permitir que ele continue a delinquir, o que justifica a restrição da liberdade".

Na última semana, a Polícia Civil de Goiás encontrou, a partir de mandados de busca e apreensão, aproximadamente R$ 405 mil em dinheiro vivo na residência do médium. A quantia estava em um fundo falso de um guarda-roupa, onde também foram encontradas cinco armas, espalhadas por gavetas e outros espaços, sendo uma delas com a numeração raspada.

De acordo com o Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público do Estado de Goiás, foram feitos 596 contatos pelo e-mail criado pela instituição especificamente para essa investigação. Deste total, foram identificadas 255 possíveis vítimas do médium, tendo sido ouvidas formalmente 75 em Goiás e em outros Estados.

A reportagem entrou em contato com a defesa do médium, mas não obteve resposta até a conclusão deste texto.

Confira a relação de itens apreendidos pela Polícia Civil na sexta-feira, de acordo com a assessoria de imprensa da autoridade policial:

- 20 pedras de tonalidade champanhe amarronzado de tamanhos diversos;

- 13 pedras transparentes de tamanhos variados;

- 17 pedras de tonalidade champanhe clara e algumas transparentes, tamanhos diversos;

- 42 pedras de tonalidade champanhe clara e amarronzada e tamanhos diversos;

- 7 pedras de cores verdes e esbranquiçadas de tamanhos diversos;

- 11 pedras de cores e tamanhos diversos em um saco plástico de cor transparente;

- 1 saco transparente de numeração 56 contendo pedras de tamanhos e cores diversas;

- 1 saco transparente de numeração 94 contendo pedras de tamanhos e cores diversas;

- 1 saco transparente de numeração 112 contendo pedras de cor preta e tamanhos diversos;

- 1 caixa de cor branca contendo duas pedras de cores verdes;

- 1 pasta de cor transparente contendo 35 caixas pequenas de cor branca, todas contendo

- pedras pequenas e lapidadas de cores diferentes;

- 1 revólver .38, Smith Wesson, nº 64652;

- 1 coldre de cor preta;

- 1 algema de nº 102710;

- 770 euros;

- US$ 908;

- R$ 1.212.110,00.

Ana Furtado fez uma revelação e tanto nesse sábado (22), durante o programa É de Casa. Enquanto olhava as notícias ao lado de André Marques, informações a respeito das denúncias de João de Deus apareceram e, pegando todo mundo de surpresa, a apresentadora contou que estava se programando para encontrar o médium por conta do câncer de mama que enfrentou.

Mostrando sua revolta por conta da história, ela declarou: "Eu chorei demais quando essas denúncias começaram a aparecer. Eu tenho fé em Deus, nas pessoas, e ele sempre foi uma figura para todos nós muito especial, com um dom divino realmente e abençoada. Todas as pessoas que vão em busca dele vão em busca disso, de um alento, da cura. Eu própria, eu te confesso, depois de tudo que passei esse ano eu quis ir no João de Deus, estava me programando para ir no ano que vem".

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"É muita decepção, é muito triste perceber que essa é a verdadeira índole dele. [Vamos] entregar agora nas mãos da Justiça do homem", concluiu a apresentadora.

Recentemente, Ana comemorou o fim de seu tratamento de radioterapia, que ela iniciou após terminar sua quimioterapia. "A cura é minha", celebrou ela na ocasião.

O juiz Liciomar Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça de Goiás, acatou nesta sexta-feira, 21, novo pedido de prisão preventiva contra João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, que está preso desde o último domingo por denúncias de abusos sexuais durante tratamento espiritual. A nova prisão foi decretada por suposto porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito.

Nos últimos dias foram apreendidas seis armas, além de mais de R$ 400 mil, pedras preciosas e medicamentos em propriedades ligadas ao médium. Hoje, em novos mandados de busca e apreensão, foram encontradas mais pedras preciosas e uma mala de dinheiro.

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A primeira ordem de prisão, decretada na sexta-feira passada, foi pela suspeita de abuso sexual. A denúncia baseou, ontem, o indiciamento de João de Deus por violação sexual mediante fraude. Segundo a Polícia Civil, ainda há outros oito procedimentos envolvendo mulheres de 20 a 40 anos em andamento que podem gerar novos indiciamentos.

Na decisão desta sexta, Liciomar afirmou que a prisão preventiva é "necessária para a garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta do crime, em face da grande quantidade de armas e munições que o investigado mantinha em sua posse". Entre as seis armas encontradas na residência de João de Deus, uma delas estava com a numeração raspada.

O magistrado ainda destacou que a liberdade do médium poderá abalar "a paz e a tranquilidade no meio social, vez que essa liberdade servirá de incentivo para que outros indivíduos venham a praticar crimes de mesma natureza, além de permitir que ele continue a delinquir, o que justifica a restrição da liberdade".

O advogado de João de Deus, Alberto Toron, criticou a decisão e disse que é "deplorável que profissionais da imprensa tenham acesso à decisão e os advogados do advogado, não". "A decretação da nova prisão preventiva, além de desnecessária, pois o investigado já está preso, se mostra inidônea porque calcada do desejo de calar o clamor público contra a impunidade", escreveu Toron em nota.

A defesa também alega que "a jurisprudência dos nossos tribunais é pacífica no sentido de que a prisão preventiva não se presta a punir sem processo e sem defesa". "Prisão preventiva serve para tutelar os interesses cautelares do processo, coisa que não se demonstrou."

Na decisão desta sexta-feira, a justiça também autorizou novos mandados de busca e apreensão em três endereços ligados ao médium João de Deus. Na nova operação foram encontradas pedras preciosas e uma mala de dinheiro.

Sobre o mandado de busca, a defesa classificou como inadmissível, porque teria sido determinado com base em denúncia anônima e genérica. "Mais: não se lavrou Auto de Apreensão no local como manda a lei. Portanto, a diligência é írrita", diz Toron.

A Polícia Civil de Goiás apreendeu hoje (21) dinheiro, pedras preciosas e medicamentos em residências ligadas ao médium João de Deus, na cidade de Abadiânia (GO). Foram feitas buscas em três endereços. Um dos alvos foi a Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus faz os atendimentos espirituais.

Os agentes encontraram o dinheiro dentro de uma mala. Os valores não foram divulgados. Havia ainda um cofre em um fundo falso de um armário. Em um dos locais, os policiais descobriram pedras preciosas. 

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No último dia 19, os policiais civis apreenderam pouco mais de R$ 400 mil e cinco armas de fogo em uma das residências do médium. Parte do dinheiro e o armamento estavam guardados no fundo falso de um guarda-roupa, em um quarto de uma das casas que o médium mantém em Abadiânia (GO).

Ontem (20), a polícia indiciou João de Deus, de 76 anos, pelo crime de violação sexual mediante fraude. O inquérito se refere à denúncia específica de uma mulher de 39 anos. O médium está preso preventivamente há seis dias no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, nos arredores da capital goiana.

De acordo com a vítima, o crime ocorreu em outubro deste ano, durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola.

O delegado Valdemir Pereira que acompanha em Abadiânia as denúncias contra João Teixeira de Farias, o João de Deus, de 76 anos, descreveu o modus operandi do médium nos crimes sexuais dos quais é acusado. Ele afirmou que João de Deus tinha como "prática" cometer o abuso e depois dar presentes às vítimas.

No caso mais recente, que resultou ontem no indiciamento do médium por violação sexual mediante fraude, com pena entre 2 a 6 anos de prisão, o delegado disse que João de Deus agiu da mesma forma. Após o abuso, o médium pediu que a mulher escolhesse um dos quadro expostos.

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O delegado afirmou, em entrevista coletiva, que a mulher de 39 anos contou ter sido abusada sexualmente em outubro deste ano, enquanto se submetia a tratamento na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. De acordo com ele, a vítima ainda está abalada com o que sofreu. Valdemir Pereira e policiais acompanharam a mulher até o centro espiritualista onde ela mostrou a sala na qual disse ter sido agredida pelo médium.

O médium está preso preventivamente no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O Supremo pode decidir hoje sobre pedido de liberdade.

Detalhes

A TV Anhanguera, de Goiânia, teve acesso ao depoimento da mulher. Nele, a vítima disse que agressão ocorreu em 24 de outubro. No relato, ela contou que o médium apagou a luz da sala enquanto estava sozinho com ela, depois passou a massageá-la abaixo do ventre e pediu que mexesse o quadril, em seguida tentou encostar.

No depoimento, a vítima afirmou também que João de Deus pediu que ela o massageasse na barriga e, em seguida, ela percebeu que ele estava com o órgão sexual exposto.

Outros crimes

O Ministério Público de Goiás continua recebendo relatos de possíveis crimes sexuais cometidos pelo médium no estado e em outros países. Alguns, de acordo com integrantes da força-tarefa que investiga as ações, podem ter prescrito. Mas serão úteis nas apurações, pois pode servir de material probatório.

Para promotores que atuam na força-tarefa das investigações, João de Deus pode ser indiciado por três crimes distintos – violação sexual mediante fraude, estupro e estupro de vulnerável.

A Polícia Civil também instaurou inquérito para investigar a origem de cinco armas e R$ 405 mil (em reais e moeda estrangeira), localizados em uma das propriedades de João de Deus.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pode decidir nesta sexta-feira (21) sobre o pedido de liberdade impetrado pela defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Ele está preso preventivamente há cinco dias, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, suspeito de crimes sexuais.

O habeas corpus foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas devido ao recesso do Judiciário, que começou há dois dias, o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão.

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Nessa quinta-feira (20), Toffoli pediu informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de decidir sobre o pedido de liberdade feito pela defesa. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Goiás com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia.

Há dois dias, o ministro Nefi Cordeiro, do STJ, negou seguimento a um habeas corpus impetrado pelo advogado Alberto Toron, que representa o médium. Ele argumentou supressão de instâncias, uma vez que um pedido de liberdade ainda está pendente de julgamento na primeira instância.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou liminar para soltar o médium, mas ainda não julgou o mérito do habeas corpus impetrado na primeira instância.

Indiciamento

Nessa quinta-feira (20), a Polícia Civil indiciou  João de Deus  pelo crime de violação sexual mediante fraude. O inquérito se refere à denúncia específica de uma mulher de 39 anos. De acordo com a vítima, o crime ocorreu em outubro deste ano, durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), a 118 quilômetros de Brasília.

A Agência Brasil apurou que, apesar de o inquérito concluir pelo indiciamento, o documento ainda não havia sido protocolado no Ministério Público de Goiás até o fim da tarde.

A Polícia Civil de Goiás decidiu indiciar, nesta quinta-feira, 20, o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, pelo crime de violência sexual mediante fraude, artigo 215 do Código Penal. A pena prevista para este crime é de dois a seis anos de cadeia, em regime fechado.

Os delegados responsáveis pelo caso estão a caminho de Abadiânia (GO), neste momento, para protocolar o inquérito policial finalizado junto ao fórum da cidade. Agora, o Ministério Público de Goiás irá decidir, a partir deste inquérito, se denuncia o médium à Justiça ou não.

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O inquérito leva em conta o caso de uma vítima, de aproximadamente 40 anos, que abuso sexual em outubro deste ano. Segundo o relatório final, o líder religioso ofereceu presentes, como uma pedra de valor e dois quadros religiosos, depois de tentar atos libidinosos com a mulher, com o objetivo de silenciar a vítima.

Inicialmente, a investigação tinha 15 casos, mas apenas um deles aconteceu depois de junho de 2018, pois, até setembro, o código penal determinava prazo máximo de seis meses para a denúncia após o crime.

A reportagem apurou que a mulher visitou a Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus fazia atendimentos espirituais, várias vezes e sempre acompanhada de um namorado. Em uma dessas ocasiões, ela ficou sozinha com o médium em uma sala para a consulta espiritual. Com as luzes apagadas, João de Deus teria começado a tocar próximo à região íntima da denunciante que, neste momento, percebeu que ele estaria com o órgão sexual exposto.

Aos policiais, a vítima contou que, quando percebeu a tentativa do médium, tentou resistiu e interrompeu qualquer contato físico. Nesse momento, João de Deus teria oferecido uma pedra de valor e um quadro religioso para a vítima. O Estado apurou que, em seu depoimento à Polícia Civil, João de Deus disse não se lembrar de ter dado esta pedra, mas admitiu a oferta de "quadros".

A prisão preventiva de João de Deus trouxe um impacto não apenas para o movimento da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium costumava fazer os atendimentos, mas também em procedimentos do local. Cápsulas "energizadas", antes vendidas a um preço de R$ 100, passaram agora a ser distribuídas gratuitamente. Funcionários do centro afirmaram que a mudança foi determinada pelo próprio médium, que costumeiramente indicava o remédio manipulado para mais de dois terços dos frequentadores.

Na manhã desta quarta-feira (19) a casa reunia menos de 200 pessoas em busca de tratamento espiritual. A sessão, a primeira depois da prisão preventiva do médium, começou mais tarde do que o usual, por volta das 9h. E uma hora depois já quase não havia fila no local.

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A maior parte dos bancos ficou vazia. O silêncio era tamanho que era possível ouvir os grilos. A televisão, que tradicionalmente exibe filmes com operações feitas por João de Deus, trazia apenas o alerta que as traduções eram feitas em várias línguas. E o nome do líder, que antes da prisão era citado de forma constante, não foi mencionado nesta quarta-feira.

João de Deus está preso desde domingo (16), em Goiânia, acusado de abusar sexualmente de pacientes em consultas que ele realizaria de forma particular, no próprio centro.

Poucos foram os frequentadores dispostos a falar sobre o tema. Um dos funcionários, que não quis ter seu nome identificado, adotou o discurso dos advogados de defesa e afirmou que o médium, de 76 anos, era muito assediado por mulheres.

"Aqui nesta casa há apenas a verdade", afirmava a oradora numa palestra para os poucos fiéis que ali se encontravam. Ela pedia energia para todos aqueles que passavam por provações.

O centro atrai mensalmente cerca de 10 mil pessoas, cerca de 40%, estrangeiros. Nesta manhã, a maior parte dos frequentadores era estrangeira. E em sua maioria, já tinham vindo para Abadiânia em outras oportunidades. Poucos foram as pessoas que estavam na Casa Dom Inácio nesta manhã pela primeira vez.

A passiflora é preparada num laboratório que funciona na própria Casa Dom Inácio de Loyola. O centro foi alvo na terça-feira (18) de buscas pela Polícia Civil. De acordo com funcionários, as cápsulas são iguais para todos. O que muda seria a "energia" dispensada em cada frasco. Na ação de busca em imóveis de João de Deus, a polícia apreendeu armas e dinheiro vivo.

Para os fiéis, a energia do remédio é personalizada. O tratamento dura cerca de dois meses. Questionado porque as cápsulas são vendidas a esse preço, funcionários afirmam haver custos para manutenção da fábrica - registrada no nome da mulher de João de Deus, Ana Keila Teixeira. Além disso, argumentam de que tudo o que é doado, não é valorizado.

A estimativa é que sejam vendidos mensalmente cerca de 8 mil frascos de remédio no centro. Isso significa que, somente com as cápsulas, a casa teria um faturamento bruto de R$ 800 mil. Sem falar na pomada para dores, para queimaduras e o xarope.

A ordem de gratuidade é apenas para a passiflora. De acordo com funcionários, não há ainda expectativa se o remédio será dado de forma gratuita para todos. Embora sem custo, as filas para a retirada das cápsulas não foi grande.

As ruas da parte nova da cidade amanheceram vazias. Às 8 horas, menos de 100 pessoas iam à pé, vestidas de branco, rumo ao centro. Costumeiramente, são centenas.

O impacto no movimento aterroriza o comércio da região. Eles temem que, mantida essa queda, os prejuízos serão ainda maiores. Já se fala em demissões. Situada a 113 quilômetros de Brasília, Abadiânia tem atualmente 17 mil habitantes. A estimativa da prefeitura é de que a Casa Dom Inácio de Loyola seja responsável por cerca de 1.300 empregos, diretos e indiretos.

Não há, no momento, de acordo com funcionários, expectativa de se fechar a casa. O recesso de fim de ano, que foi cogitado, agora está praticamente descartado.

Funcionários costumam comparar a casa a uma igreja. O padre até pode sair, mas o centro religioso permanece aberto. Funcionários dizem não haver sucessor para João de Deus. Caso a prisão se arraste, o "hospital espiritual', que acreditam existir em cima da casa, continuará funcionando por meio dos voluntários que fazem a corrente, afirmam.

A defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, preso há quatro dias, recorrerá nesta quarta-feira (19) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a prisão preventiva em prisão domiciliar com tornozeleira. O recurso ocorre após a Justiça de Goiás negar o habeas corpus impetrado pelos advogados.

"Apenas a liminar foi apreciada e negada. O julgamento final do habeas [corpus] deverá se dar após o recesso. Discordamos da decisão e vamos recorrer ao STJ", afirmou o advogado Alberto Toron, em nota à imprensa.

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Segundo o advogado, é preciso levar em conta a idade avançada e o estado de saúde do médium. Também deve ser considerado, de acordo com a defesa, o fato de o médium ter se apresentado espontaneamente à polícia e prestado esclarecimentos.

Pelo terceiro dia consecutivo, João de Deus passou a noite em uma cela de 16 metros quadrados com pia e vaso sanitário, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

O pedido de prisão preventiva foi decretado com base em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia, todas por crimes sexuais. Desde a semana passada, a força-tarefa do Ministério Público de Goiás recebeu 506 relatos de crimes sexuais atribuídos ao médium.

Para o promotor Luciano Miranda, que integra a força-tarefa que investiga as acusações, o médium é suspeito da prática de pelo menos três crimes: estupro de vulnerável, estupro e violação sexual.

Ontem (18), policiais federais, que fazem parte do grupo de força-tarefa, cumpriram mandados de busca e apreensão na Casa Dom Inácio Loyola, onde João de Deus fazia os atendimentos espiritualistas. Eles revistaram as partes internas, administrativa e os locais de oração.

Os policiais deixaram o centro espiritualista com documentos. Eles também foram a uma residência, apontada como propriedade do médium, onde recolheram armas e dinheiro, segundo informações preliminares.

A TV Anhaguera, de Goiânia, teve acesso ao pedido da Justiça de prisão preventiva com base nas investigações policiais. O texto menciona que o médium “se aproveitava” de “mulheres fragilizadas” e que em alguns casos houve “penetração”.

Também cita João de Deus com um  “comportamento padronizado” nas agressões sexuais e que ele criava uma “atmosfera intimidatória” para abusar das vítimas.

Armas e pistolas foram encontradas na casa do médium João de Deus em Abadiânia (GO), durante buscas realizadas na tarde desta terça-feira (18) pela Polícia Civil de Goiás. Além do armamento, a fiscalização encontrou grande quantia em dinheiro. Todo o material foi levado para perícia.

Nesta quarta-feira (19) a Polícia Civil deverá divulgar detalhes da operação. Além da casa do médium, buscas foram realizadas na Casa Dom Inácio de Loyola, onde o líder espiritual faz atendimentos para fiéis. O médium está preso preventivamente desde domingo (16), acusado de abusar sexualmente de mulheres.

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A Justiça de Goiás rejeitou no final da tarde desta terça-feira, 18, um pedido de habeas corpus em favor do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. A revogação da prisão preventiva havia sido pedido pela defesa do líder espiritual mas foi indeferida pela desembargador Jairo Ferreira Júnior.

Como o pedido foi negado, a estratégia da defesa será entrar com um novo pedido que reverta trocar a prisão preventiva por outra medida cautelar, como a prisão domiciliar.

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João de Deus está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde o último domingo, 16. Ele é acusado de crimes de abuso sexual e, nesse primeiro momento, a investigação se concentra em 15 casos.

A força-tarefa do Ministério Público de São Paulo (MPSP) ouviu, em uma semana, 28 mulheres que denunciaram o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Famoso por ter recebido celebridades nacionais e internacionais em Abadiânia, no interior de Goiás, o médium está preso desde domingo (16) por denúncias de abuso sexual.

Para esta terça-feira (18), estão previstos mais cinco depoimentos na capital paulista. A partir deta quarta-feira (19), o Ministério Público entra em recesso, as oitivas serão suspensas e retomadas em 7 de janeiro do próximo ano. O Ministério Público de Goiás já recebeu 506 acusações.

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As pessoas que se dizem vítimas do médium também podem enviar os relatos para denuncias@mpgo.mp.br. Em São Paulo, o e-mail para denúncias é somosmuitas@mpsp.mp.br. Todas as mulheres serão ouvidas em sigilo e não terão a identidade divulgada.

Defesa

Um pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados do João de Deus tenta transformar a decisão judicial de prisão preventiva em prisão domiciliar com uso tornozeleira, por causa da idade avançada e dos problemas de saúde do médium. Ele se entregou à polícia domingo, em uma área rural de Abadiânia, após longa negociação.

Os advogados reiteram a inocência do médium e levantam dúvidas sobre o comportamento das possíveis vítimas e o conteúdo dos depoimentos.

A polícia também investiga uma recente movimentação de cerca de R$ 35 milhões nas contas de João de Deus.

O apresentador Otávio Mesquita publicou um vídeo nessa segunda-feira (17), no Instagram, para dar sua opinião sobre o caso João de Deus, médium que foi acusado por mais de 300 mulheres de abuso sexual em Abadiânia, interior de Goiás. No registro, Mesquita criticou as mulheres que aderiram ao movimento "Mexeu com uma, mexeu com todas" no período das eleições deste ano.

"Cadê vocês, hein? Mexeu com uma, mexeu com todas? Nada até agora? (...) Estão perdendo a credibilidade. Não façam isso", disparou, referindo-se às artistas brasileiras, entre atrizes e apresentadoras, que participaram da campanha.

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Após o comentário, Otávio Mesquita recebeu inúmeras mensagens de repúdio de seguidores anônimos e conhecidos do público, como as atrizes Carolina Ferraz, Alice Wegmann, Fernanda Rodrigues, Nathalia Dill e a apresentadora Astrid Fontenelle. "Que oportunidade você perdeu de ficar calado. Que feio. Mas como eu bem sei que você está surfando na onda errada, repito a dica das amigas: se informe melhor (...) Repito: informe-se!", rebateu Astrid.

"O movimento 'Mexeu com uma, mexeu com todas' não surgiu para defender ou atacar esse ou aquele político. É um movimento de acolhimento às mulheres vítimas de abuso. Se atualize. São mais de 500 denúncias contra o João de Deus. E nos manifestamos sim", escreveu a atriz Carolina Ferraz. Depois da reação das famosas, o apresentador retirou o vídeo da rede social.

A Justiça de Goiás pode decidir nesta terça-feira (18) o pedido da defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, que entrou com habeas corpus para transformar a decisão judicial de prisão preventiva em prisão domiciliar com tornozeleira. O argumento utilizado se baseia na idade avançada e no estado de saúde de João de Deus.

A decisão ocorre no momento em que a força-tarefa, criada pelo Ministério Público de Goiás, para apurar as acusações de abuso sexual contra o médium, recebeu 506 relatos de mulheres que denunciam crimes sexuais. Há uma semana, desde que o grupo foi criado, o número de denúncias aumenta.

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Pela segunda noite consecutiva, João de Deus dormiu em uma cela de 16 metros quadrados com pia e vaso sanitário, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, denominado Núcleo de Custódia. O pedido de prisão preventiva se sustentou em 15 denúncias já formalizadas em Goiânia – todas por crimes sexuais.

No domingo (16) à tarde, João de Deus se entregou em uma estrada de terra na região de Abadiânia, em Goiás. De acordo com os advogados, o lugar foi escolhido para preservar o médium. Porém, policiais confirmaram que houve uma longa negociação para ele se entregar.

Os advogados reiteram a inocência do médium e levantam dúvidas sobre o comportamento das possíveis vítimas e o conteúdo de seus depoimentos. A polícia também investiga a a movimentação de cerca de R$ 35 milhões nas contas de João de Deus.

O criminalista Alberto Toron, defensor do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, protocolou um habeas corpus, na tarde desta segunda-feira, 17, junto à Justiça de Goiás com o objetivo de revogar a prisão preventiva do líder religioso.

João de Deus está, neste momento, no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiâna, a 20 quilômetros da capital. Ele divide a cela com três advogados desde a noite de domingo, 16, quando chegou à cadeia após prestar depoimento e fazer exame de corpo de delito em Goiânia.

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Caso o habeas corpus seja negado, a estratégia da defesa será pedir que se adote medidas cautelares, em vez da prisão. Entre as opções cogitadas pelo defensor estão prisão domiciliar, colocação de tornozeleira e a proibição dele exercer o ofício dele.

"São medidas que acautelam o meio social, que preservam a possibilidade da prática de novos crimes, se é que eles existiram, com um método menos invasivo, meio menos invasivo", explicou Toron.

O criminalista Alberto Toron, que representa o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, deve fazer um "escrutínio" dos depoimentos das vítimas como parte da estratégia para tirar o crédito de denúncias contra o líder religioso. Segundo Toron, é preciso analisar "o contexto" das denúncias contra seu cliente para saber se o depoimento de algumas dessas mulheres têm "crédito ou não".

O argumento do advogado faz referência, por exemplo, ao depoimento de Zahira Leeneke Maus, uma coreógrafa holandesa que falou ao programa "Conversa com Bial", da TV Globo. Segundo Toron, a vítima teria um passado ligado à prostituição e extorsão.

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"Há uma holandesa que foi exibida, salvo erro de memória, no programa do Pedro Bial. Porém esta holandesa, estou recebendo informações já com um dossiê, tem um passado nada recomendável, o que pode descredibilizar (sic) (o depoimento). Quero dizer que ela era uma prostituta e tinha um passado de extorsão", disse.

"A comprovação desses e outros fatos, se pessoas querem se aproveitar para pedir dinheiro ou não, se o passado dela a compromete ou não, tudo isso vai ter que ser analisado corretamente a partir da crítica a esses depoimentos", complementou o defensor.

Toron disse que o problema não seria a vítima ter sido prostituta, mas sim ter praticado extorsão, algo que estaria em um "dossiê" recebido pela defesa. "É óbvio que o fato de a pessoa ter sido prostituta não a descredibiliza, mas é preciso ver o contexto da vida dessa mulher para ver se ela tem crédito ou não. Isso nós não fizemos ainda por absoluta ausência de tempo. Mesmo o depoimento dessa holandesa, nós não tivemos acesso a esse depoimento ainda", afirmou.

Outra vítima cujas acusações foram colocadas em xeque é uma das filhas de João de Deus, que disse ter sido abusada pelo médium ainda quando era criança. Depois que o vídeo ganhou as redes sociais, ela gravou um outro depoimento negando o primeiro, mas, recentemente, disse ter sido coagida a fazê-lo. O criminalista afirmou que a filha tem um passado de "internações" e, justificou, que, por isso, João de Deus aceitou fazer um acordo na Justiça.

"A história é muito diferente. Essa moça (filha de João de Deus) foi internada várias vezes, (o acordo) foi até uma forma de ajudar a filha. E aí se celebrou um acordo no processo civil. Ela fez mais de um vídeo retirando e desmentindo essas acusações e depois voltou à carga. Fica muito difícil compreender o que acontece com ela, ela tem um história de internações também. Não quero nem me aprofundar isso em respeito a ela", afirmou.

O advogado negou que fazer esse tipo de avaliação das denúncias seja jogo sujo. "Jogo sujo é alguém acusar falsamente outra pessoa de uma prática tão grave, o que estou querendo dizer, sem jogo sujo, é que nós precisamos fazer um escrutínio calmo para não linchar uma pessoa sem direito de defesa", rebateu. "Soa estranho que uma mulher que se diz violentada volte (atrás) uma duas, três, oito vezes, Isso precisa ser escrutinado, não se trata de fazer jogo sujo", finalizou.

A defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, prepara para esta segunda-feira (17) o habeas corpus para reverter o pedido de prisão preventiva em domiciliar com tornozeleira. O advogado Alberto Toron afirmou que devem ser considerados a idade elevada e o estado de saúde dele. Lembrou que João de Deus passou por um tratamento de combate ao câncer e é cardíaco.

O médium é denunciado por mais de 300 mulheres, incluindo jovens e casos de crianças, de abuso sexual. Algumas acusações têm mais de 30 anos. Elas relatam que os abusos, em geral, ocorriam durante os atendimentos espirituais. Ele se entregou nesse domingo (16), por volta das 16h20, na zona rural de Abadiânia, em Goiás, depois de longa negociação.

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A primeira noite do médium, após sua entrega à polícia, foi no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, denominado Núcleo de Custódia. João de Deus, segundo os policiais, ficaria em uma cela de 16 metros quadrados com cama, pia e vaso sanitário. A defesa pediu  que João de Deus fosse colocado em uma cela sozinho.

Interrogatório

O médium prestou ontem depoimento por mais de três horas na delegacia em Goiânia. O interrogatório terminou por volta das 22h. Ele foi questionado sobre 15 depoimentos de mulheres que o denunciaram por abuso sexual, negou as acusações e apresentou sua versão sobre as denúncias.

Após o interrogatório, João de Deus foi levado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois seguiu para Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Antes do depoimento, o delegado-chefe, André Fernandes, afirmou que o médium seria questionado sobre cada um dos 15 depoimentos, separadamente. Segundo ele, as denúncias envolvem distintos crimes, como os mais variados atentados a costumes e fraudes.

 “[Há uma] singularidade de comportamento. Nesses depoimentos há um ato comum, um modus operandi comum. A gente percebe uma igualdade de comportamento.”

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, disse neste domingo (16) que o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, utilizava a fé para cometer abusos sexuais contra suas vítimas. Por isso, uma das possibilidades é que o líder religioso seja enquadrado, entre outras tipificações, no crime de "violência sexual mediante fraude". Após mais de quatro horas de depoimento, João de Deus não admitiu crime, porém, em nenhum dos casos investigados inicialmente.

Neste caso, o artigo do Código Penal que pode ser utilizado nos inquéritos é o 215, que trata do ato de ter "conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima". Por enquanto, a investigação contra João de Deus se concentra em 15 casos, que serão apurados separadamente. Cada um deles vai ter seu próprio inquérito e investigação própria.

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"Ele respondeu a todas as indagações feitas pela Polícia Civil. Foi um interrogatório de sete páginas, bem detalhado e agora as investigações continuam. Ele apresenta a versão dele sobre os fatos e ao final cabe a nós a tipificação, o relatório e o envio desse material para o Judiciário. Ao Judiciário caberá a última palavra", disse Fernandes. "Com certeza, ele não admite (os crimes). Apresenta a versão dele sobre o ocorrido. Ele utilizava a questão da fé, (há) vários argumentos para poder enquadrá-lo nesse tipo (violência sexual mediante fraude)", complementou.

O médium João de Deus deixou o Instituto Médico Legal de Goiânia no fim da noite deste domingo, 16, após prestar depoimentos na Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC) sobre as denúncias de abuso sexual. O líder espiritual foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, a 20 quilômetros da capital, onde passará pelo menos a primeira noite de sua prisão preventiva.

A Polícia Civil disse também que, neste primeiro depoimento, João de Deus respondeu apenas sobre casos envolvendo abuso sexual e que ele deve ser intimado a um novo interrogatório quando a investigação for apurar outros possíveis crimes cometidos pelo médium. "Esse foi um primeiro interrogatório somente sobre a questão do abuso sexual. Nada impede que ele tenha que prestar um novo interrogatório", disse.

Por fim, o delegado André Fernandes disse ainda que o líder espiritual estava em "perfeito juízo" durante os questionamentos e que não teve nenhum problema de saúde. "Ele lembra das pessoas, explica o que aconteceu, como foi, ele estava em perfeito juízo", afirmou.

Apesar da investigação se concentrar em 15 casos de abuso, a Polícia Civil espera receber ainda mais denúncias agora que João de Deus foi preso preventivamente. "Entendemos que com a prisão dele haverá um encorajamento de vítimas e isso poderá levar a um aumento da procura da Polícia Civil", disse.

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, disse neste domingo, 16, que a investigação sobre as denúncias de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, vai se concentrar em 15 casos e que a polícia irá focar, a partir de agora, a "formação da prova".

"A polícia civil está analisando caso a caso e está se concentrando na questão do abuso (sexual). O grande desafio é provar essa situação. A Polícia Civil persiste focada na formação da prova. Tem muitos crimes que estão prescritos, mas vítimas que comparecem atuarão como testemunha", afirmou.

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João de Deus está, neste momento, na Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic) em Goiânia (GO), onde prestará depoimento sobre as denúncias de abuso sexual. Após ser interrogado, ele será levado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo delito. Em seguida, o líder religioso será encaminhado para o Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia para cumprir prisão preventiva.

O líder espiritual teve o mandado de prisão decretado no fim da manhã de sexta-feira, 14, e se entregou às autoridades somente na tarde deste domingo. O delegado-geral negou que a Polícia Civil estivesse preocupada com uma possível fuga do acusado. "Tínhamos situação controlada. A apresentação espontânea só se deu após várias técnicas utilizadas, aprendida por grandes delegados. É o momento agora da Polícia Civil confeccionar suas provas", afirmou.

André Fernandes afirmou também que, caso a investigação aponte para a participação de funcionários da Casa Dom Inácio de Loyola nos supostos crimes cometidos, essas pessoas também serão alvos do inquérito policial. "Se as investigações provarem isso, que houve qualquer tipo de conivência, essa pessoa será trazida para dentro da investigação. Com certeza (cúmplices podem ser punidos)."

O médium João de Deus chegou no fim da tarde deste domingo, 16, à Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic) em Goiânia, onde prestará depoimento sobre as denúncias de abuso sexual. O líder espiritual teve o mandado de prisão decretado no fim da manhã de sexta-feira, 14, e se entregou às autoridades nesta tarde de domingo.

O delegado André Almeida afirmou ao jornal "o Estado de S. Paulo" no sábado, 15, que o interrogatório será "longo e detalhado". Em virtude da idade - 76 anos - e dos crimes pelos quais é acusado, a expectativa é que o médium seja lotado em uma cela individual.

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A defesa de João de Deus afirmou que planeja apresentar um pedido de habeas corpus para suspender a prisão preventiva. No sábado, o advogado Alberto Toron afirmou que não há contemporaneidade entre as denúncias contra o médium e sua necessidade de prisão. "Os fatos são antigos e não aconteceu nada de novo que justificasse a prisão", declarou.

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