Presidenciável pelo Podemos, Sergio Moro chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "vaca sagrada". Nesse domingo (5), o ex-juiz da Lava Jato, que esteve no Recife para lançar seu livro sobre bastidores do governo Bolsonaro, comentou sobre os desdobramentos da investigação.
##RECOMENDA##O ex-ministro da Justiça destacou que não tem desavenças pessoais com o petista, nem quis humilhar, apenas aplicar a Lei no processo penal.
Ele confessou que seu trabalho seria mais "fácil" se a operação não tivesse chegado ao ex-presidente, em vista que a Lava Jato tomou proporções de "guerra" com o indiciamento de Lula e a movimentação contrária do PT.
"Todo mundo sabe que a Petrobras foi roubada durante o Governo do Partido dos Trabalhadores. O certo a fazer era reconhecer os erros e rever os desvios éticos, mas o partido é importante para o país", classificou Moro. "Não tem como alcançar a redenção sem confissão", complementa.
Sobre o pedido de condução coercitiva, esclareceu que fez a solicitação para evitar ações da militância na tentativa de impedir o depoimento do petista.
"É uma conversa afiada dizer que eu condenei o ex-presidente. Eu condenei em primeira instância", explicou ao reforçar que sua decisão foi reafirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Moro, inclusive, foi alvo de manifestação por parte de apoiadores de Lula no início da noite de hoje. Militantes chamaram o ex-ministro de “juiz ladrão” e relembraram a suspeição do ex-juiz da Lava Jato confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do Triplex do Guarujá e do Sítio Atibaia.