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Consagrado como um dos principais nomes da música brasileira, o pernambucano Lenine volta ao Estado para se reencontrar com o público, mas dessa vez com uma roupagem um pouco diferente. Ele se apresenta neste domingo (20), no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). O show gratuito está previsto para às 18h (horário local) e faz parte da comemoração de 60 anos de uma construtora do estado.
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A apresentação será dividida em três momentos e tem um repertório que conta com nove músicas do cantor e compositor, além de outras três peças que a Orquestra vai interpretar solo. Na primeira parte do show, a OSB vai interpretar as peças "Lamento e Dança", do pernambucano Clóvis Pereira; Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky , além de Ludmila, criada por Mikhail Glinka. O segundo momento, é com a participação de Lenine. As canções da programação são: "A Gandaia das Ondas/Pedra e Areia", "De onde vem a Canção", "O Último Pôr do Sol", "Miragem do Porto", "Se Não For Amor Eu Cegue", "Jack Soul Brasileiro", "Leão do Norte", "Chão" e "O Silêncio das Estrelas" (foto abaixo). "Não foi difícil 'pinçar' as músicas para esta apresentação", comentou Lenine.
A orquestra sinfônica estará sob a batuta do maestro Leandro Carvalho (foto à direita), que conhece de perto a música pernambucana e o trabalho de Lenine e rasga elogios ao artista nordestino. "Está sendo um prazer enorme para a Orquestra estar em Recife e muito bem acompanhada desse mestre chamado Lenine, grande compositor e instrumentista. Iluminada mesmo", comentou. Ele ainda detalha o que o público vai ver hoje à noite.
"Os arranjos ficaram lindos e a integração foi muito especial. Está uma simbiose real e isso acaba resultando em uma música cheia de energia e emoção", analisou.
Lenine e a OSB realizaram três ensaios para esta apresentação. Em um deles, o pernambucano, bem humorado, conversou com a equipe do Portal LeiaJá e comentou a expectativa para a noite deste domingo, além de analisar esse momento de comemoração dos 30 anos de carreira.
LeiaJá - Lenine, você vai ter mais uma vez esse encontro com o público pernambucano. Qual expectativa para essa apresentação gratuita, com promessa de casa cheia para conferir esse espetáculo?
Lenine - Acho bacana, me sinto honrado. Primeiro, pela lembrança, né? Segundo, por tocar em casa e, terceiro, por poder vestir minhas canções a rigor (risos) e dividi-las no coletivo, com esse grupo de 80 pessoas que formam a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Então, eu estou muito feliz. Feliz e muito honrado.
LeiaJá - Como foi a elaboração do repertório para essa apresentação, já que são 30 anos de carreira e tantas músicas para selecionar um pequeno número?
Lenine - Acho que um fato que facilitou muito foi o de já ter tido experiência com outras orquestras, com a OSB, inclusive. Isso me possibilitou, com o tempo, ir arranjando parte do meu repertório dessa maneira sinfônica. Então, de certa maneira, não foi muito difícil a gente "pinçar" as canções mais importantes de cada projeto, tentar ser amplo nessa amostragem, afinal de contas eu estou comemorando 30 anos. Eu levei tudo isso em consideração e selecionei essas oito canções para a gente cantar agora no domingo.
LeiaJá - Fazer um show com uma orquestra é mais fácil ou mais difícil?
Lenine - A questão não é se é difícil ou mais fácil, a questão é chegar na alma da música. Você pode chegar de várias maneiras. No caso de uma orquestra, como é muito mais gente, quando esse clique acontece é infinitamente mais impactante porque se trata de 80 pessoas tocando junto, exercitando a música coletivamente e isso tem um significado que, realmente, reverbera muito mais.
LeiaJá - Chegando aos 30 anos de carreira, como é que você imagina o seu futuro musical? Como você avalia a sua maturidade musical nesse momento?
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