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O Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que injetou 100 bilhões de yuans (US$ 15,6 bilhões) em liquidez por meio de uma linha de crédito de médio prazo, em uma ação para manter a ampla liquidez no sistema bancário do país.

O PBoC disse que ofereceu os fundos a 11 instituições financeiras a uma taxa de juros de 3,25%, levemente abaixo da taxa anterior de 3,35%. O empréstimo é por um prazo de seis meses e busca levar os bancos a aumentar os empréstimos para as pequenas empresas e o setor agrícola.

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Anteriormente, o PBoC informou que havia 595,5 bilhões de yuans em circulação no fim de outubro de sua linha de crédito de médio prazo. Essa ferramenta foi adotada pelo PBoC em 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.

Em meio a uma crise de liquidez nunca vista na história do Estado, devido ao agravamento do quadro nacional, o governado Paulo Câmara (PSB) passou a usar de todos os meios para rechear o tesouro. E ontem obteve o aval da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para usar até 70% dos depósitos administrativos e judiciais – tributários ou não – recolhidos em processos que tenham o Estado de Pernambuco como parte.

O projeto, aprovado em regime de urgência-urgentíssima por uma ampla maioria da Casa, estabelece, também, que os 30% restantes sejam destinados a um fundo de reserva para assegurar o pagamento da parte contrária caso esta venha a ganhar o processo na justiça. O fundo de reserva está previsto pela Lei federal nº 151, que autoriza o Poder Executivo dos Estados a utilizar os depósitos litigiosos como fonte de recursos.

O fundo de reserva será constituído pela parcela (mínimo de 30%) dos depósitos judiciais e administrativos não repassados à conta única do Tesouro. O Estado terá de aportar recursos para recomposição do fundo, em até 48 horas, após comunicação do banco oficial, sempre que o saldo estiver abaixo do limite estabelecido.

Os depósitos judiciais e administrativos em dinheiro referente a processos em tramitação devem ser realizados em bancos públicos que destinarão 70% dos valores atualizados para a conta única da Fazenda Pública que for parte no litígio. Os recursos poderão ser empregados para o pagamento de precatórios, dívida pública fundada, despesas de capital e também na recomposição dos fluxos de pagamento e do equilíbrio atuarial do fundo de previdência estadual.

Trata-se de mais uma fonte de receita para o Estado suportar os reflexos da crise econômica do País. A possibilidade de uso dos recursos dos depósitos judiciais vinha sofrendo a objeção do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), tendo o presidente Frederico Neves se manifestado contrariamente à medida por entender que causaria “insegurança jurídica”. 

“Ganhamos uma importante fonte de recursos para Pernambuco, da qual pode se valer para honrar compromissos com as instituições, as políticas públicas em execução e, em última instância, os anseios e necessidades da população”, disse o governador, acrescentando que os recursos serão um instrumento para “conter os efeitos negativos” do cenário econômico do País no Estado.

PELO FÍGADO -  A campanha contra as medidas econômicas imprescindíveis ao País e, especialmente contra seu condutor, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode devolver ao ex-presidente Lula o comando do Brasil sem que ele tenha sido eleito, ou reeleito, ou convocado, ou aprovado. Lula já falou publicamente sobre seu desejo de ver Levy longe do Governo. Agora ele só esbraveja contra o ministro em encontros particulares. Quem conhece o ex-presidente sabe que, quando está contrariado, é seu fígado quem “fala” por ele.

Água cara em Limoeiro– Diante do agravamento da seca, em Limoeiro, tradicional bacia leiteira do Agreste Setentrional, um caminhão pipa com água está sendo comercializado a R$ 180. Segundo o prefeito Thiago Cavalcanti, a frota de pipas do Exército não está atendendo toda a demanda da população. “Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 50 anos em nossa região e ter acesso à agua é algo desesperado”, admite.

Pulga atrás da orelha– Acusado pela Força-Tarefa da Lava Jato de ser "operador do PMDB" no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", fez, ontem, o seu primeiro depoimento após aderir ao instituto da delação premiada. Ele responde pelos crimes de pertencer a organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro nacional e internacional. A expectativa é que envolva mais figurões dentro e fora do PMDB na ladroagem.

PT vai para o ataque– Uma cartilha de 34 páginas, que será divulgada, ontem, pelo PT, acusa os integrantes da força-tarefa da Lava Jato, assim como o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de trabalhar em sintonia com setores da imprensa para “eliminar o partido da vida política brasileira”. Intitulado “Em defesa do PT, da verdade e da democracia”, o documento destaca até iniciativas do partido na área do combate à corrupção” e condena o que chama de campanha de criminalização do partido.

Sem projeto de vice – Em entrevista ao Frente a Frente, a coordenadora estadual do Prodetur, Isabel Urquisa, que se revelou na grata surpresa das eleições passadas em Olinda, nega, categoricamente, que tenha qualquer projeto ou intenção de, filiada agora ao PSDB, saindo do PMDB, compor uma chapa com PSB, tendo na cabeça o advogado Antônio Campos. “Estou chegando ao PSDB com o aval do partido para ser protagonista da eleição em Olinda”, ressalta, referindo-se ao desejo de disputar, mais uma vez, a Prefeitura.

CURTAS

CRISE BRABA– Pelo menos 80% dos prefeitos pernambucanos não têm, ainda, de onde tirar o dinheiro para honrar o pagamento do 13º salário dos servidores. O cenário não é diferente no restante do Nordeste nem tampouco do País. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, nem 10% dos prefeitos têm caixa para quitar o 13º.

ALÔ, BREJO DA MADRE DE DEUS! Estarei hoje em Brejo da Madre de Deus, no Agreste Setentrional, para o lançamento dos meus livros Perto do coração e Reféns da seca. A noite de autógrafos será na Câmara de Vereadores, às 19 horas. Amanhã, será a vez de Caruaru, na livraria Nobel, no Shopping Caruaru, também às 19 horas. Semana que vem a agenda será no Sertão, com uma paradinha, antes, em São Caetano.

Perguntar não ofende: Joaquim Levy não tem semancol?

Os imóveis com preço abaixo de R$ 400 mil têm se mostrado os mais resistentes à perda de fôlego do mercado imobiliário. Enquanto os empreendimentos de preços mais elevados estão ficando para trás nas vendas, as unidades chamadas de "econômicas" continuam mostrando liquidez elevada.

De acordo com Leandro Caramel, superintendente de Atendimento da imobiliária Habitcasa, empresa da Lopes, os compradores de apartamentos cujos preços extrapolam os R$ 400 mil foram mais contaminados pelo ambiente econômico ruim do País. O menor ritmo de valorização dos imóveis associado às incertezas sobre os rumos da economia brasileira têm inibido esses potenciais compradores, na sua avaliação.

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"Os imóveis mais caros são destinados para famílias que já têm uma casa própria e estão buscando um espaço maior. Elas tiveram incremento da renda ou pensam em ter filhos, mas não têm urgência na mudança", explica Caramel. "Esse cliente quer saber o que vai acontecer com os preços e fica mais atento ao andamento do mercado."

Já as unidades econômicas, segundo ele, atendem pessoas que estão fazendo sua primeira compra. É o caso de solteiros ou casais que buscam um imóvel próprio com o objetivo de abandonar o aluguel, sair da casa dos pais ou por causa de planos profissionais. Nesses casos, as perspectivas econômicas têm um peso menor na decisão de compra.

"A consequência é que a velocidade de vendas é boa para os imóveis econômicos, e o estoque está abaixo da média", observa Caramel. De acordo com levantamento realizado pela imobiliária Lopes, do total de 99.014 mil unidades lançadas na cidade de São Paulo nos últimos três anos, 19.530 ainda não foram vendidas, o equivalente a 19,7% do total.

Já dentre os imóveis de até R$ 199 mil, os estoques estão em apenas 6%, nível abaixo da média do mercado. Dentre aqueles com preço de R$ 199 mil a R$ 399 mil, o estoque está em 17%, também abaixo da média. "Existe uma demanda ainda muito forte por esses produtos, apesar do volume lançado ter crescido", diz o superintendente da Habitcasa.

Por outro lado, o estoque está em 23% dentre as unidades de R$ 400 mil a R$ 699 mil, 32% dentre os de R$ 700 mil a R$ 1,49 milhão, e 28% para aqueles com valor acima de R$ 1,5 milhão.

"A grande demanda é no segmento econômico, onde está o comprador do primeiro imóvel. É aí onde temos a maior procura", diz Antônio Guedes, diretor de Operações da PDG Realty. "Aquele comprador que já tem seu imóvel e pensa em se mudar de apartamento fica mais confortável em negociar e demorar mais para a compra", complementa.

Guedes avalia também que a menor elevação dos preços espantou compradores que buscam um imóvel como investimento, pensando em locação e/ou revenda futura. Como o pico da valorização já ocorreu, esses investidores migraram para outros ativos.

Concorrência

A escassez na oferta de imóveis econômicos também ajuda a explicar a liquidez elevada desses empreendimentos. Do ano passado pra cá, muitas incorporadoras em processo de reestruturação optaram por deixar de atuar dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, que abrange apenas os imóveis com preços inferiores a R$ 200 mil. Nesse ramo, as empresas obtêm lucratividade mais estreita do que em outros empreendimentos de maior preço.

Para as incorporadoras especializadas no segmento popular, a queda na concorrência foi extremamente favorável. No primeiro semestre, por exemplo, a MRV atingiu R$ 3,05 bilhões em vendas, 23% mais do que no mesmo período do ano passado e recorde em sua história.

De acordo com avaliação de Leonardo Corrêa, diretor de Finanças da MRV, o avanço foi impulsionado ainda pelas condições saudáveis para os compradores de imóveis no segmento econômico, com baixo nível de desemprego e estabilidade na oferta de crédito imobiliário. "O mercado está mostrando resiliência", avalia Corrêa.

Bolsa

Na Bolsa de valores, ações de MRV e Direcional também ganharam importância entre analistas. Em relatório distribuído na última semana, analistas do banco Credit Suisse reiteraram sua preferência por incorporadoras voltadas para o mercado de baixa renda. "As vendas continuam positivas e estamos ficando mais confiantes sobre a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida", afirmaram.

No mesmo relatório, o Credit baixou os preços-alvo das ações de Cyrela, Even, EzTec, Gafisa, Helbor, Rossi e Tecnisa. "Nossa tese de que a demanda ia esfriar para produtos de renda média parece estar se confirmando, e os dados operacionais do segundo trimestre apontam para uma desaceleração na velocidade de vendas", completaram os analistas.

As reservas internacionais subiram US$ 89 milhões ontem (14), informou hoje o Banco Central. Pelo conceito de liquidez internacional, as reservas passaram de US$ 375,859 bilhões para US$ 375,948 bilhões. O resultado reflete, entre outros aspectos, a oscilação do valor de mercado dos ativos que compõem as reservas, como os títulos da dívida dos Estados Unidos e de outros países.

O dólar caiu nesta sexta-feira, 27, ao nível mais baixo em dois anos diante do euro e da libra, com investidores ajustando posições para o fim de 2013, em dia de pouca liquidez no mercado. Analistas disseram que traders que apostavam em quedas das moedas da Europa se viram obrigados a comprar para cobrir posições.

"Do ponto de vista dos fundamentos, não esperamos que esse movimento continue. Mas, num mercado sem liquidez, é improvável que vejamos investidores se aproveitando da alta do euro como uma oportunidade para iniciar novas posições 'vendidas' até depois do ano-novo", disse o estrategista Michael Sneyd, do BNP Paribas.

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Frente ao iene, porém, o dólar está em alta, tendo superado a marca de 105 ienes pela primeira vez desde outubro de 2008. Traders atribuíram esse movimento à perspectiva de redução das compras de bônus do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em janeiro, enquanto o Banco do Japão (BoJ) deverá manter uma política monetária relaxada.

Às 17h02 (de Brasília), o euro estava cotado a US$ 1,3759, de US$ 1,3692 nesta quinta-feira, 26; o iene estava cotado a 105,12 por dólar, de 104,82 por dólar nesta quinta-feira. Frente à moeda japonesa, o euro estava cotado a 144,61 ienes, de 143,50 ienes nesta quinta. O franco suíço estava cotado a 0,8908 por dólar, de 0,8968 por dólar na quinta-feira, e 1,2255 por euro, de 1,2276 por euro na quinta. A libra estava cotada a US$ 1,6482, de US$ 1,6414 ontem. O dólar australiano estava cotado a US$ 0,8868, de US$ 0,8896 ontem. Fonte: Dow Jones Newswires.

Seguindo o bom humor externo em função do acordo nuclear entre as potências globais e o Irã, o índice da Bolsa de São Paulo iniciou o dia em alta, puxado pela valorização de mais de 1% das ações da Petrobras. Em Nova York, no mercado futuro, o S&P 500 subia 0,32%, o Nasdaq avançava 0,39% e o Dow Jones estava em +0,39%.

Por volta das 10h25, o Ibovespa avançava 0,20%, aos 52.897 pontos. Em seguida, no entanto, o mercado virou e o índice passou a cair 0,49%, para 52.541 pontos, às 10h40, em função do baixo volume, que abre espaço para maior volatilidade.

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Os papéis da estatal de petróleo ainda sobem com a perspectiva da reunião do Conselho de Administração, na próxima sexta-feira, 29, e recuperando-se das perdas de sexta-feira. Já os bancos têm novo dia de queda de suas ações, ante a ação no STF da remuneração da caderneta de poupança. Vale também recua.

Destaque ainda para a publicação de aviso de mercado da Via Varejo de sua oferta secundária de 107.562.595 units no Nível 2 da Bolsa, que pode chegar a R$ 4,879 bilhões. O preço será fixado no dia 12 de dezembro. O início das negociações das ações na Bovespa, sob o código "VVAR11", está previsto para 16 de dezembro.

Em meio à baixa liquidez decorrente do feriado nos Estados Unidos, os juros futuros abriram a sessão em baixa, seguindo o relativo bom humor dos mercados internacionais e a queda do dólar ante o real no mercado de balcão. As bolsas internacionais avançam, após a divulgação de dados positivos do índice de gerente de compras (PMI) do setor industrial da China e da Europa, além da reduzida possibilidade de um ataque iminente dos Estados Unidos à Síria, já que o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que vai reagir ao uso de armas químicas, mas pretende ouvir o Congresso dos EUA, que está em recesso.

Às 9h28, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 marcava 10,46%, de 10,53% no ajuste de sexta-feira, 30. Na ponta longa, o DI para janeiro de 2017 era negociado a 11,72%, na máxima, de 11,82% na sexta-feira. O dólar à vista no balcão abriu a R$ 2,3660, em queda de 0,71%.

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De toda forma, os investidores devem manter a cautela em semana carregada de eventos importante para o comportamento da curva a termo. Amanhã, saem os dados da produção industrial de julho, o primeiro indicador relativo ao terceiro trimestre, podendo fornecer pistas sobre o desempenho da atividade após a surpresa positiva com o PIB do trimestre passado, que cresceu 1,5% ante o período imediatamente anterior).

Além disso, na sexta-feira, serão divulgados a inflação medida pelo IGP-DI e pelo IPCA de agosto. Hoje pela manhã, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,20% no encerramento do mês de agosto ante -0,17% na última leitura de julho, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar de o índice ter vindo no piso do intervalo das estimativas apuradas pelo AE Projeções (0,20% a 0,26%), o grupo Alimentação voltou ao terreno positivo (0,17%) e puxou a alta do fechamento de agosto.

A valorização recente do dólar ante o real continua deteriorando as expectativas inflacionárias. A pesquisa Focus, publicado hoje pelo Banco Central, revelou mais uma alta da mediana para o índice de 2013, que passou de 5,80% para 5,83%. Há quatro semanas estava em 5,75%. Já para 2014, a mediana das previsões para o IPCA seguiu em 5,84% ante taxa de 5,87% vista um mês atrás.

Por outro lado, o resultado surpreendente de alta do PIB levou a revisões das projeções do mercado financeiro para a economia. A mediana das projeções do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 subiu de 2,20% para 2,32%. Já para 2014, a mediana das previsões para a expansão do PIB passou de 2,40% para 2,30%.

A grande expectativa, no entanto, se concentra na divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira. Os analistas esperam por detalhes da motivação do Banco Central em manter o ritmo de alta da Selic em 0,5 ponto porcentual, além de eventuais pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.

No sábado, 31, durante o discurso de encerramento de evento da BM&F Bovespa, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou a estratégia de atuação no câmbio, ao falar em ofertar proteção, mas não comentou sobre eventuais leilões de dólar à vista. Ele destacou que há uma estratégia clara do BC no mercado cambial, com os leilões semanais de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra.

Após a fala, quando indagado por jornalistas sobre a venda de dólares no mercado à vista, Tombini ficou calado. No mesmo evento, o diretor de política monetária, Aldo Mendes, disse que o BC está "muito satisfeito" com a reação dos mercados financeiros ao leilões de swap cambial e destacou a previsibilidade do programa até o fim do ano.

Lá fora, a agenda econômica norte-americana traz, na sexta-feira, 6 o número de vagas de emprego criadas nos Estados Unidos em agosto, o famoso Payroll. Antes, saem os postos de trabalho no setor privado (quinta-feira, 5). No mesmo dia, na Europa, serão anunciadas as decisões de política monetária dos bancos centrais da Inglaterra (BoE) e da zona do euro (BCE). Um dia antes, na quarta-feira, 4, é a vez do Produto Interno Bruto (PIB) europeu no trimestre passado e o Federal Reserve publica ainda o Livro Bege.

O governo chinês estaria tentando suavizar a cobertura jornalística feita pela imprensa chinesa sobre a crise de liquidez enfrentada pelo sistema bancário nacional. A denúncia foi feita pelo jornal britânico Financial Times (FT). Segundo a publicação, autoridades da área de comunicação do governo chinês enviaram comunicado pedindo que meios de comunicação parem com os "exageros sobre a chamada crise de liquidez".

Segundo o jornal, o comunicado do Partido Comunista sugere que seja moderada a cobertura que estaria espalhando a mensagem de que os mercados financeiros do país não estariam suficientemente abastecidos com dinheiro. "Primeiro, é preciso evitar exageros maliciosos. A mídia deve relatar e explicar que os nossos mercados têm a garantia da liquidez suficiente e que nossa política monetária é constante. Em segundo lugar, a mídia deve reforçar a comunicação positiva. Deve-se informar plenamente o aspecto positivo da nossa atual situação econômica, reforçando a confiança do mercado", diz o texto obtido pelo FT.

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A reportagem do jornal britânico afirma que "funcionários do setor de propaganda enviam regularmente diretrizes para a mídia do país sobre temas políticos sensíveis". "Mas é raro que essas instruções sejam enviadas a meios financeiros", destaca. Segundo o FT, um editor de economia de um grande jornal recebeu o comunicado há três dias e um produtor de uma emissora de televisão no interior do país foi contatado ontem.

A crise de liquidez tem aumentado a preocupação da população com o dinheiro. Em um fim de semana no final de junho, caixas eletrônicos de alguns dos principais bancos da China permaneceram desligados por uma hora e a mídia chinesa questionou as instituições sobre uma suposta falta de dinheiro. No fim de semana passado, ocorreu situação semelhante. Nos dois casos, bancos informaram que os terminais ficaram desligados por alguns minutos para manutenção de rotina.

O presidente da Comissão Reguladora do Sistema Bancário da China, Shang Fulin, afirmou que existe liquidez abundante no sistema bancário do país e que a recente crise de liquidez no mercado de crédito interbancário diminuiu. Trata-se da mais recente tentativa das autoridades de tranquilizar o nervosismo dos mercados.

No início desta semana, o banco central chinês sinalizou que estava tentando pôr um fim a um aperto de caixa, cujo objetivo fora esvaziar uma perigosa bolha de crédito, depois que as quedas no mercado chinês e no exterior terem indicado que suas políticas poderiam produzir efeitos negativos e provocar uma forte desaceleração na segunda maior economia do mundo.

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"Nosso sistema bancário não sofre de falta de liquidez, apesar do recente aperto de caixa, que ocorreu em razão de uma série de fatores", afirmou Shang durante um fórum financeiro.

A crise de crédito diminuiu nos últimos dias e "não vai afetar as operações diárias dos bancos", afirmou ele, acrescentando que alguns bancos precisam melhorar sua liquidez e gerência de risco.

A falta de crédito interbancário se espalhou para o mercado de ações, deixando os investidores nervosos e provocando queda de 5% no valor das ações na segunda-feira, 24, embora os preços já tenham se recuperado.

Shang disse que o regulador vai continuar a pedir aos bancos que mantenham o controle sobre as plataformas de crédito para os governos locais, que cresceram muito entre 2009 e 2010, quando, como parte do pacote de estímulo econômico, os bancos receberam sinal verde para emprestar recursos para projetos de investimento de governos locais.

Muitos economistas e analistas temem que boa parte desse dinheiro tenha sido investida em projetos dispendiosos e inúteis, o que pode levar ao aumento de créditos podres no sistema bancário.

O regulador bancário também pediu aos bancos comerciais que fortaleçam a fiscalização de produtos de gestão de riquezas - investimentos que oferecem apenas parte da garantia de um depósito, mas fornece retornos mais altos - e melhore a transparência das vendas desses produtos.

Até o final de março, os ativos aplicados nesses produtos somavam 8,3 trilhões de yuans, disse Shang. Dados do regulador bancário mostram que os valores investidos nesses produtos chegaram a 7,1 trilhões de yuans no final de 2012, quando a agência coletou dados sobre eles pela primeira vez. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, pediu para o Banco Central Europeu (BCE) reduzir a quantia de liquidez na zona do euro, em uma entrevista à revista Wirtschaftswoche.

"Há muito dinheiro no mercado, em minha opinião", afirmou Schäuble. "Eu posso apenas apoiar se o BCE tentar usar a margem de manobra para reduzir um pouco a grande liquidez. Segundo ele, muita liquidez pode criar novas bolhas de preços de ativos, alertou.

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Ele admitiu, porém, que a margem de manobra do BCE para reduzir a liquidez atualmente é pequena, dada a atual crise na periferia da zona do euro. "Não devemos esquecer na Alemanha, que muitos países europeus ainda estão em uma situação de crescimento precário", comentou.

Ao mesmo tempo, o ministro elogiou a posição de política monetária do BCE: "Com uma taxa de inflação de 2%, só se pode dizer que o BCE parece fazer tudo certo no momento. "A queda dos saldos do sistema de transferências automáticas transeuropeias de liquidações pelos valores brutos em tempo real (TARGET2) também mostrou que "estamos no caminho certo", disse ele. As informações são da Market News International.

A produtora de carne de frango norte-americana Zacky Farms entrou com pedido de concordata na segunda-feira, apontando como justificativa o aumento dos preços do milho e da soja provocado pela pior estiagem em décadas nos Estados Unidos.

A empresa informou que teve problemas de liquidez e gastos de US$ 1,8 milhão por semana para alimentar 1,9 milhão de perus e 600 mil frangos por causa do aumento dos preços do milho e da soja, de acordo com os documentos enviados ao Tribunal de Falências de Sacramento.

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O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) injetou 290 bilhões de yuans (US$ 45,96 bilhões) no mercado monetário nesta terça-feira oferecendo acordos de recompra reversa em sua operação regular no mercado aberto. Esse foi o maior volume de recursos já injetado pelo PBOC no mercado em um só dia e teve como objetivo aliviar a falta de liquidez no setor bancário antes do fim do trimestre.

A liquidez no sistema bancário chinês está apertada desde a semana passada em razão do aumento da demanda das instituições financeiras por recursos antes do fim do terceiro trimestre à medida que elas tentam cumprir exigências regulatórias para a relação entre empréstimos e depósitos. A taxa média ponderada interbancária de sete dias, que é uma medida do custo do financiamento de curto prazo, subiu para 4,72% no fim da tarde na China, o nível mais alto em sete meses, de 4,51% na segunda-feira.

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A grande injeção de liquidez, que também faz parte dos esforços do PBOC para impulsionar a enfraquecida economia local, é mais um sinal de que o banco central agora favorece as operações no mercado aberto quando ajusta sua política monetária e dificilmente reduzirá a reserva compulsória dos bancos no curto prazo.

Em um comunicado, o PBOC informou que ofereceu 100 bilhões de yuans em acordos de recompra reversa de 14 dias, uma linha de crédito de curto prazo, à taxa de 3,45%, e 190 bilhões de yuans em recompras reversas de 28 dias, à taxa de 3,60%. Incluindo a operação de hoje, o banco central chinês injetou um total de 2,238 bilhões de yuans no mercado desde junho por meio de acordos de recompra reversa.

O PBOC realiza operações no mercado aberto regularmente, às terças e quintas-feiras, oferecendo títulos e acordos de recompra para controlar a liquidez no mercado monetário. Nesta semana expiram 2 bilhões de yuans em títulos e 107 bilhões de yuans em acordos de recompra reversa. As informações são da Dow Jones.

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