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O sanfoneiro, cantor e compositor José Domingos de Morais, eternizado sob o nome Dominguinhos, faleceu nesta terça-feira (23), por volta das 18h, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Dominguinhos estava internado desde o dia 18 de dezembro de 2012, no Hospital Santa Joana, em Recife, com um quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. No dia 13 de janeiro deste ano ele foi tranferido para a capital paulista, onde lutou bastante, mas não resistiu. O músico lutava contra um câncer no pulmão e já havia sido internado, chegando a cancelar apresentações por conta dos problemas de saúde no fim de 2011. 

José Domingos de Morais é um dos músicos mais respeitados no Brasil. Exímio instrumentista e excelente compositor, Dominguinhos acompanhou dezenas de artistas significativos da música brasileira e criou algumas das canções mais conhecidas do cancioneiro nacional. Discípulo maior de Luiz Gonzaga e principal seguidor do seu legado, o músico se apresentou recentemente (no dia 13 de dezembro) em Exu, cidade natal do Rei do Baião, durante as comemorações pelo centenário de nascimento de Gonzagão.

Natural de Garanhuns, José Domingos de Morais nasceu no dia 12 de fevereiro de 1941 e começou sua carreira artística ainda na infância, tocando no trio Os Três Pingüins com os irmãos. Aos sete anos, conheceu Luiz Gonzaga, que lhe disse ter talento. Depois de seis anos, quando se mudou com a família para o Rio de Janeiro e procurou o Rei do Baião, que o presenteou com uma sanfona de presente.

Nos anos 1950 e 60, ganhou a vida tocando boleros e sambas-canções em cassinos, gafieiras, churrascarias e boates. Em 1967, gravou seu primeiro LP e ingressou na Rádio Nacional. A partir daí, tornou-se famoso no meio musical e passou a ser convidado para gravações e turnês com artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.

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Compositor de primeira linha, Dominguinhos é autor de algumas canções clássicas da música brasileira como Lamento Sertanejo, Abri a porta, De volta para o aconchego e Isso aqui tá bom demais. Gravou 41 discos e compôs trilhas para cinema, firmando-se como um dos compositores e sanfoneiros de maior prestígio do Brasil.

Morreu nesta terça-feira (11), aos 90 anos, um dos maiores historiadores do País, Jacob Gorender. Ele estava internado no Hospital São Camilo e o enterro será realizado no cemitério israelita do Butantã. Autor de clássicos da historiografia brasileira, como "O Escravismo Colonial", de 1978, e "A Burguesia Brasileira", de 1981, Gorender participou de acontecimentos marcantes da história do Brasil.

Nascido em 20 de janeiro de 1923, em Salvador, numa família modesta de imigrantes judeus russos, ingressou na faculdade de Direito em 1941. Iniciou ali o contato com a militância do PCB. No ano seguinte, tornou-se membro do partido. Aos 20 anos, alistou-se como voluntário na Força Expedicionária Brasileira (FEB) e partiu para a Europa para combater na Segunda Guerra Mundial. Na volta ao Brasil em 1945, retomou a militância pelo PCB, onde permaneceu até 1968, quando deixou a filiação. Sem nunca abandonar a militância de esquerda, fundou o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

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Com o recrudescimento do Regime Militar em 1969, o partido ampliou as ações de guerrilha e os membros mergulharam na clandestinidade. Durante seis anos, Gorender viveu em 30 esconderijos diferentes. Em 1970, foi preso pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury e levado ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Lá, foi torturado e levado ao Presídio Tiradentes. Em 1987, Gorender somou o repertório teórico à experiência na militância e na luta armada e lançou "Combate nas Trevas: Esquerda Brasileira: das ilusões Perdidas à Luta Armada".

Familiares, amigos e colegas de profissão estão reunidos nesta tarde, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, no velório do jornalista Alberto Tamer. Tamer, que trabalhou durante mais de 50 anos no jornal O Estado de S. Paulo na área de economia, morreu neste domingo de insuficiência cardíaca após passar uma cirurgia no coração.

O jornalista foi internado em fevereiro deste ano para uma cirurgia no hospital Albert Einstein e há um mês estava no Incor, em São Paulo. "Foi um grande homem, um lutador. O Brasil deve muito a ele", disse a viúva Linda Tamer, com quem Tamer teve três filhos, que lhe deixaram cinco netos.

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Alberto Tamer Filho afirmou que o pai foi um "eterno repórter que adorava ir a campo". "O que ele mais gostava era do furo", disse o filho ao comentar que o pai viveu bem a vida e curtiu a profissão de jornalista como um todo.

Sergio Tamer, o filho que comanda a assessoria de imprensa criada por Alberto, também lembrou que o pai foi um dos remanescentes do jornalismo romântico. "Apaixonado e autêntico, meu pai era um assíduo frequentador de sebo. Ele lia e incentivava a leitura", disse, destacando que mesmo internado, Tamer não se não desligava do noticiário e mantinha contato com as redações para comentar as reportagens econômicas. "Ele queria o celular e computador para continuar escrevendo", lembrou.

Cerca de 80 pessoas prestam homenagem a Temer nesta tarde e aguardam a saída do velório, às 15h, para o Horto da Paz, no crematória de Itapecerica da Serra, onde deve ocorrer a cerimônia de cremação às 16h.

O jornalista Alberto Tamer morreu neste domingo, aos 81 anos, em São Paulo, após longo período de convalescença, segundo informou a assessoria Tamer Comunicação. A causa da morte não foi revelada. Tamer trabalhou por mais de 50 anos no jornal O Estado de S. Paulo, onde foi editorialista, colunista e se destacou na cobertura de assuntos econômicos.

Conforme informações do Portal dos Jornalistas, Tamer foi comentarista e apresentador nas rádios Jovem Pan e Eldorado e nas tevês SBT, Manchete e Bandeirantes. Em 1994, mudou-se para Paris, de onde enviou matérias especiais para O jornal O Estado de São Paulo, sem deixar de escrever sua coluna. O velório será no Cemitério da Paz, no Morumbi, das 11h às 15h.

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José Rinaldo Tasso Lasalvia, imortalizado pela torcida do Náutico como Nado, morreu na madrugada desta sexta-feira (4). O ex-jogador alvirrubro passou mal em casa e chegou a ser levado para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista.

O ex-atleta faz parte do elenco que conquistou o maior feito do Náutico até hoje, o hexacampeonato pernambucano, formando um dos melhores ataques da história do futebol local ao lado de Bita, Nino e Lala. Entre em seus feitos, estão 40 gols marcados com a camisa alvirrubra em 248 jogos e foi primeiro jogador do Nordeste a ser convocado para seleção brasileira atuando por um time da região.

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Além do Náutico, Nado também jogou no Vasco, Ceará e Fortaleza. Ainda não foram definidos local e horário para o velório e sepultamento do ex-jogador.

Milhares de equipes militares, civis ou simples cidadãos tentavam neste domingo resgatar as vítimas e ajudar os feridos do terremoto que deixou pelo menos 203 mortos e desaparecidos em Sichuan, sudoeste da China. Mais de 24 horas depois do terremoto de 6,6 graus de magnitude que destruiu quase 10.000 casas nesta região montanhosa e muito populosa, os feridos são levados para os hospitais já lotados. Eles recebem atendimento nas barracas de campanhas montadas após a catástrofe.

A província de Sichuan, uma das quatro mais povoadas da China, com 80 milhões de habitantes, foi devastada por um terremoto em 2008, 7,9 graus, que deixou 87.000 mortos e desaparecidos na região de Wenchuan, 200 km ao nordeste do epicentro do tremor de sábado. Segundo o balanço oficial mais recente, o terremoto deixou 179 mortos, 24 desaparecidos e 11.500 feridos.

Bombeiros e voluntários, que trabalharam durante toda a noite, conseguiram retirar dos escombros de edifícios 91 sobreviventes, informou o ministério da Segurança Pública. Com a ajuda de cães farejadores, as equipes de resgate tentavam avançar para as zonas rurais mais afastadas, com acesso mais complicado após deslizamentos de terra.

Mais de 1.100 tremores secundários foram registrados desde o terremoto inicial, que durou quase 30 segundos. O epicentro foi localizado perto da cidade de Ya'an, no cantão de Lushan, 140 km ao oeste da capital provincial, Shengdu. As construções nas zonas rurais chinesas geralmente deixam a desejar na qualidade, sem respeitar as normas de segurança para prevenir os efeitos dos terremotos.

O acesso das equipes de resgate também era prejudicado pelos grandes engarrafamentos nas estradas que levam à região, incluindo alguns de mais de 20 quilômetros. Um veículo militar que transportava 17 soldados caiu em um barranco e um oficial morreu, informou a agência oficial Xinhua.

Mais de 17.000 militares e policiais foram enviados para a região. Além disso, cinco drones são utilizados para fazer imagens aéreas. O primeiro-ministro, Li Keqiang, que visitou no sábado a área afetada pelo terremoto, continua supervisionando as operações. A imprensa estatal exibiu imagens do chefe de Governo tomando café em uma das barracas montadas para os desabrigados.

"O esforço nos trabalhos de resgate é nosso primeiro dever", disse, depois de destacar que as primeiras 24 horas eram cruciais para salvar vidas. O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um telegrama de pêsames ao colega chinês Xi Jinping e ofereceu a ajuda de Moscou. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, também expressou "sinceras condolências" ao governo e ao povo da China. O presidente francês, François Hollande, que fará uma visita de Estado a China na quinta-feira e sexta-feira, manifestou a solidariedade do país.

Milhares de equipes militares, civis ou simples cidadãos tentavam neste domingo resgatar as vítimas e ajudar os feridos do terremoto que deixou pelo menos 203 mortos e desaparecidos em Sichuan, sudoeste da China.

Mais de 24 horas depois do terremoto de 6,6 graus de magnitude que destruiu quase 10.000 casas nesta região montanhosa e muito populosa, os feridos são levados para os hospitais já lotados. Eles recebem atendimento nas barracas de campanhas montadas após a catástrofe.

A província de Sichuan, uma das quatro mais povoadas da China, com 80 milhões de habitantes, foi devastada por um terremoto em 2008, 7,9 graus, que deixou 87.000 mortos e desaparecidos na região de Wenchuan, 200 km ao nordeste do epicentro do tremor de sábado.

Segundo o balanço oficial mais recente, o terremoto deixou 179 mortos, 24 desaparecidos e 11.500 feridos. Bombeiros e voluntários, que trabalharam durante toda a noite, conseguiram retirar dos escombros de edifícios 91 sobreviventes, informou o ministério da Segurança Pública. Com a ajuda de cães farejadores, as equipes de resgate tentavam avançar para as zonas rurais mais afastadas, com acesso mais complicado após deslizamentos de terra.

Mais de 1.100 tremores secundários foram registrados desde o terremoto inicial, que durou quase 30 segundos. O epicentro foi localizado perto da cidade de Ya'an, no cantão de Lushan, 140 km ao oeste da capital provincial, Shengdu. As construções nas zonas rurais chinesas geralmente deixam a desejar na qualidade, sem respeitar as normas de segurança para prevenir os efeitos dos terremotos. O acesso das equipes de resgate também era prejudicado pelos grandes engarrafamentos nas estradas que levam à região, incluindo alguns de mais de 20 quilômetros.

Um veículo militar que transportava 17 soldados caiu em um barranco e um oficial morreu, informou a agência oficial Xinhua. Mais de 17.000 militares e policiais foram enviados para a região. Além disso, cinco drones são utilizados para fazer imagens aéreas.

O primeiro-ministro, Li Keqiang, que visitou no sábado a área afetada pelo terremoto, continua supervisionando as operações. A imprensa estatal exibiu imagens do chefe de Governo tomando café em uma das barracas montadas para os desabrigados. "O esforço nos trabalhos de resgate é nosso primeiro dever", disse, depois de destacar que as primeiras 24 horas eram cruciais para salvar vidas.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um telegrama de pêsames ao colega chinês Xi Jinping e ofereceu a ajuda de Moscou. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, também expressou "sinceras condolências" ao governo e ao povo da China. O presidente francês, François Hollande, que fará uma visita de Estado a China na quinta-feira e sexta-feira, manifestou a solidariedade do país.

O ator britânico Richard Griffiths, que interpretou no cinema o tio de Harry Potter na famosa saga do jovem bruxo, faleceu aos 65 anos depois de ser submetido a uma operação cardíaca, anunciou nesta sexta-feira seu agente.

Richard Griffiths morreu na quinta-feira no hospital por complicações da cirurgia, disse Simon Beresford.

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Embora tenha começado sua carreira como ator de teatro, depois participou de diversas séries de televisão britânica, encarnando, entre outros, um inspetor nos anos 90, Henry Crabbe, na bem-sucedida série "Pie in the Sky".

Mas se tornou conhecido em todo o mundo ao interpretar no cinema o tio de Harry Potter, Valter (Vernon) Dursley, um homem bruto e antipático, reconhecido por sua obesidade e por seu grande bigode, que odeia o mundo dos bruxos.

Dursley é obrigado a receber Harry em sua casa após a morte de seus pais, mas o trata mal e o obriga a dormir em um armário sob a escada.

Daniel Radcliffe, que interpretou o bruxo em toda a série, homenageou este artista, cujo "incentivo, apoio e humor" fizeram com que seu trabalho de ator fosse "uma alegria".

"Em agosto de 2000, antes do início oficial da filmagem de Harry Potter, rodamos uma cena em frente à casa dos Dursley. Era a primeira vez que eu tinha que interpretar Harry, estava nervoso e ele me tranquilizou", disse Radcliffe. "Estou orgulhoso de dizer que o conheci", acrescentou.

Emílio Sant´Anna Santiago, mais conhecido como Emílio Santiago, nasceu no Rio de Janeiro no dia 6 de dezembro de 1946. Começou sua carreira com participações em festivais universitários na década de 1970, foi finalista do programa de calouros do apresentador Flávio Cavalcanti e trabalhou como crooner da orquestra de Ed Lincoln.

Ao longo de sua trajetória, ele lançou mais de trinta discos e recebeu diversos prêmios, incluindo um Grammy Latino em 2012 pelo CD Só danço samba - ao vivo. No dia 7 de março deste ano, ele foi internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, por conta de um Acidente Vascular Cerebral, e faleceu nesta quarta (20).

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Relação com o Recife

O cantor nutria um carinho especial pela capital de Pernambuco. Sua última apresentação foi no carnaval 2013, quando Emílio Santiago participou de prévias, da abertura do Carnaval do Recife e fez shows em alguns polos da cidade durante a folia de momo. Ele mantinha um apartamento no 18º andar de um prédio no bairro de Santo Amaro e tinha o desejo de fazer um disco que exaltasse sua ligação com o Nordeste.

Emílio recebeu o título de cidadão pernambucano e afirmou em entrevista ao Diario de Pernambuco que Recife "É uma escolha do coração, de viver, passear, me divertir". Solteiro, ele morreu sem deixar herdeiros.

O intelectual francês Stéphane Hessel, autor do livro "Indignai-vos!", que inspirou movimentos de protesto em todo o mundo, faleceu na noite de terça-feira aos 95 anos.

Hessel "morreu à noite", anunciou à AFP sua esposa, Christiane Hessel-Chabry.

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Stéphane Hessel nasceu em 20 de outubro de 1917 em Berlim, mas se mudou para a França aos oito anos e adquiriu a nacionalidade francesa em 1937. Membro da resistência e deportado durante a Segunda Guerra Mundial, e depois embaixador da França, Hessel, homem de esquerda e europeísta convencido, era conhecido pela defesa dos direitos humanos, do direito de asilo, dos imigrantes e dos direitos dos palestinos.

Escreveu muitas obras, mas foi o pequeno livro "Indignai-vos!, publicado em 2010 e no qual defendia o espírito de resistência, que lhe rendeu fama mundial.

Entre as primeiras reações, o presidente do Parlamento Europeu, o social-democrata alemão Martin Schulz, saudou "o grande europeu, sempre comprometido, nunca satisfeito, impulsionado por um espírito de combate e de liberdade".

Na França, as declarações de homenagem de personalidades políticas são inúmeras. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, afirmou que "Stéphane Hessel encarnava o espírito de resistência", "a força do combate contra todas as injustiças" e era para "todas as gerações uma fonte de inspiração" encarnando "a fé no futuro deste novo século".

"Indignai-vos!", livro-manifesto que convoca a insurreição pacífica, ressoou em todo o mundo, com mais de 4 milhões de exemplares vendidos em 35 países. Acompanhou os levantes populares nos países árabes e serviu de bandeira aos movimentos de protestos dos indignados nos países ocidentais, de Espanha e Grécia aos Estados Unidos, onde inspirou o movimento "Occupy Wall Street".

Entrevistado em 2012 pela AFP, Stéphane Hessel afirmou que continuava surpreso por este sucesso. "Isto se explica por um momento histórico. As sociedades estão perdidas, se perguntam como fazer para avançar e buscam um sentido à aventura humana", disse.

Em 2011, publicou "Empenhai-vos!", livro de entrevistas, além de "Exija!", um chamado contra a arma nuclear. Em 2012, publicou na França "Declaremos a paz", livro de conversas com o Dalai Lama.

Entre as suas obras também figuram "Danse avec le siècle" ("Dança com o século", 1997), "Dix pas dans le nouveau siècle" ("Dez passos no novo século", 2002), "Citoyen sans frontières" ("Cidadão sem fronteiras", 2008) e "Le Chemin de l'espérance" ("O caminho da esperança", 2011), escrito junto com o sociólogo Edgar Morin.

Era filho de Franz Hessel e de sua esposa Helen Grund, que inspiraram junto com o escritor Henri-Pierre Roché a história de "Jules et Jim", levada ao cinema pelo diretor François Truffaut.

Naturalizado francês em 1937, estudou na Escola Normal Superior de Paris e se graduou em filosofia.

Foi convocado em 1939 no início da guerra e se uniu às Forças Francesas Livres em 1941. Detido pela Gestapo, foi deportado em 1944 ao campo nazista de Buchenwald, no qual ocultou sua identidade para escapar da morte e do qual fugiu.

No fim da guerra, empreendeu uma carreira diplomática no secretariado-geral da ONU (1946-1951). Nas Nações Unidas, participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Assumiu posteriormente vários cargos na função pública e na diplomacia francesa. Se aposentou em 1983, mas Stéphane Hessel nunca abandonou seu combate às injustiças.

BELÉM - Almir Gabriel, 80 anos, morreu na manhã desta terça-feira, na capital paraense. O político estava internado desde o último dia 6 em um hospital particular de Belém, vítima de um enfisema pulmonar, uma doença degenerativa, que provoca a perda de capacidade respiratória e oxigenação insuficiente, tendo como uma de suas causas a exposição prolongada ao fumo de tabaco. Ele também enfrentava um edema, que representa um acúmulo anormal de líquido nos pulmões, o que leva à falta de ar.

Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, Almir Gabriel iniciou sua trajetória política em 1979, quando foi secretário de Saúde e, depois, secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes (1979-1983). O ex-governador ainda passou pelos cargos de prefeito de Belém (1983 a 1986), senador da República (ajudou a elaborar a Constituição de 1988) e governador do Pará por duas vezes (entre 1995 e 2002) , destacando-se como uma das maiores lideranças políticas do Estado.

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O corpo de Gabriel será  velado ainda nesta terça-feira (19) no Palácio Lauro Sodré, em Belém. No local, serão feitas homenagens oficiais como chefe de Estado. De acordo com a nota oficial do Governo do Estado, o sepultamento será feito no túmulo da família do ex-governador, em Castanhal.

Por Juliana Gomes

O Google escolheu uma maneira respeitosa de se pronunciar a respeito da tragédia que ocorreu na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A empresa inseriu um lacinho preto abaixo do campo de busca, mostrando sua solidariedade de forma discreta, na versão da página brasileira e mais uma legenda ao clicar no laço dizendo: "Estamos em luto com todo o Brasil".

O incêndio que ocorreu na boate Kiss, na madrugada de sábado para domingo, tirou a vida de mais de 230 pessoas – a maioria deles jovens universitários. Acredita-se que o fogo tenha se iniciado quando um dos integrantes da banda que tocava no local acendeu um sinalizador para fazer alguma espécie de show pirotécnico durante a sua apresentação.

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O Governo do Distrito Federal cancelou neste domingo o evento desta segunda-feira que marcaria a contagem regressiva para os 500 dias da Copa do Mundo de 2014. A determinação partiu do governador Agnelo Queiroz (PT), em respeito às vítimas da tragédia que matou mais de 230 pessoas em um incêndio em uma boate na cidade de Santa Maria (RS), na madrugada deste domingo.

O evento ocorreria por meio de uma parceria do governo de Brasília com o Ministério dos Esportes, a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL). "Este domingo é um dia de grande tristeza para mim e para todo o povo do Distrito Federal. Em nome dos brasilienses e dos demais brasileiros que moram na nossa capital, quero me solidarizar com os pais, mães, irmãos, familiares e amigos das vítimas dessa terrível tragédia em Santa Maria (RS) e com todos os gaúchos", afirmou.

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A revelação do cartaz oficial da Copa do Mundo, prevista inicialmente para o evento em comemoração aos 500 dias, foi remarcada para esta quarta, às 12h30, após a reunião de diretoria do COL, no Rio de Janeiro.

A poeta japonesa Toyo Shibata morreu naturalmente este domingo aos 101 anos no Japão, onde o primeiro de seus livros, publicado há apenas três anos, vendeu 1,6 milhão de exemplares. "Morreu em paz e sem sofrimento", disse à AFP seu filho Kenichi, de 67 anos.

No começo de 2010, Toyo Shibata ficou famosa com seu primeiro livro de poesias intitulado "Kujikenaide" (Recolha a luz do sol com as mãos), uma lição de vida cheia de humor que causou furor entre os leitores japoneses de todas as idades, antes de ser traduzido a outras línguas.

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O segundo volume, "Hyakusai" (100 anos) publicado um ano e meio mais tarde pela mesma editoria Asukashinsha, também vendeu milhares de exemplares.

O rosto sorridente de Toyo Shibata foi, além disso, objeto de um livro recente de fotografias com mensagens de esperança e alento destinados às vítimas do terremoto, tsunami e da catástrofe nuclear do dia 11 de março de 2011 no nordeste do Japão.

O cineasta japonês Nagisa Oshima, diretor de filmes como "Furyo, Em Nome da Honra" e "O império dos sentidos", morreu nesta terça-feira aos 82 anos, informou seu filho Arata.

"Meu pai morreu calmamente", indicou Arata à AFP, falando em Fujisawa, perto de Kamakuram, na região de Tóquio, onde Oshima estava hospitalizado.

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"Oshima faleceu acompanhado da família, de sua esposa Akiko e de seu filho mais velho, Takeshi. Eu não estava. Eles o haviam hospitalizado no final do ano e ele morreu por causa de uma pneunomia", acrescentou.

Oshima ficou conhecido nos anos 60 com uma série de filmes de temática política. Muitos deles tratavam de assuntos vinculados à discriminação e exploravam os limites do socialmente aceitável.

Essa exploração chegou com seu "O império dos sentidos" (1976), sobre a relação, inspirada num caso real, entre uma ex-prostituta e o dono de um hotel em que ela trabalhava. O filme realiza uma incursão na dependência sexual, com final trágico das relações de dominação das duas personagens.

"Furyo, em nome da honra" (1983), com David Bowie no elenco e baseado num romance de Laurens van der Post, conta as complexas relações em um campo de prisioneiros de guerra no Japão durante a Segunda Guerra Mundial.

O ex-goleiro Ladislao Mazurkiewicz, que defendeu a seleção do Uruguai em três edições da Copa do Mundo, morreu na madrugada desta quarta-feira em um hospital de Montevidéu. Ele estava internado há mais de uma semana em razão de problemas respiratórios e o seu quadro ficou agravado após começar a sofrer com problemas renais.

Mazurkiewicz tinha 67 anos e ficou mais conhecido no Brasil após participar de lances com Pelé na Copa do Mundo de 1970, vencida pela seleção brasileira. No principal deles, no jogo válido pelas semifinais, o Rei do Futebol driblou o goleiro sem tocar na bola. A finalização, porém, foi para fora. Ao término do torneio, ele foi eleito o melhor goleiro da Copa do México.

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Considerado um dos melhores goleiros da história do futebol mundial, Mazurkiewicz também participou de duas outras Copas, em 1966 e 1974. Ele também teve passagem marcante pelo Peñarol, clube em que conquistou a Libertadores e o título mundial em 1666.

Mazurkiewicz atuou no futebol brasileiro e defendeu o Atlético Mineiro entre 1972 e 1974. O ex-goleiro também jogou pelo Granada, da Espanha, o Cobreloa, do Chile, e o América de Cáli, da Colômbia, antes de encerrar a sua carreira no Peñarol, em 1981.

Morreu ontem (1), aos 80 anos, um dos professores mais renomados da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Jaime de Azevedo Gusmão Filho. A fatalidade se deu por conta de uma parada cardiorrespiratória. O corpo foi velado no Cemitério e Crematório Morada da Paz, em Paulista, onde será cremado ao meio-dia, desta quarta-feira (2).

O professor foi um dos pioneiros no mapeamento de encostas para prevenção de deslizamentos na Região Nordeste. Entre as suas linhas de pesquisa estavam os estudos dos morros de Olinda e da Região Metropolitana do Recife.

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Em entrevista publicada, em maio de 2010, no site da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS), Jaime Gusmão deixou clara a sua preocupação com a sociedade. Ele esperava fazer da engenharia um instrumento útil para a melhoria das condições de vida das pessoas.

RENOME - Pernambucano de Caruaru, Jaime Gusmão recebeu da UFPE o título de "Professor Emérito", em 2003, por ter contribuído de modo notável, através do campo de pesquisa e ensino, para o progresso da universidade.

Autor de várias publicações em sua área, Gusmão não conseguiu fazer o lançamento do livro “Democracia e Universidade – a Campanha Perdida para Reitor” - em que relatou a campanha e derrota na eleição para reitor da UFPE, em 1991 -, devido às complicações do Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido há dois anos.

Jack Klugman, astro da televisão americana, que interpretou um desorganizado jornalista esportivo em "The Odd Couple" e um médico legista em "Quincy, M.E", morreu nesta segunda-feira, aos 90 anos, em Los Angeles.

O advogado de Klugman, Larry Larson, informou que o ator morreu em paz em sua casa, no bairro de Northridge, em Los Angeles, acompanhado de sua esposa, Peggy, com quem se casou há apenas cinco anos. Ele deixa dois filhos, David e Adam, e dois netos.

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Seu papel como o jornalista esportivo Oscar Madison na comédia "The Odd Couple", que foi ao ar entre 1970 a 1975, rendeu-lhe dois prêmios Emmy.

O ator conquistou outro Emmy por seu papel no programa de televisão "The Defenders", que marcou seu primeiro grande sucesso.

Fumante durante grande parte de sua vida, sobreviveu a um câncer na garganta diagnosticado pela primeira vez em 1974. Pode continuar a atuar graças a uma cirurgia e tratamento contínuo.

No entanto, não parou de fumar, de acordo com a Fundação do Câncer Oral, e a doença voltou.

Sua voz se tornou um sussurro quando teve uma corda vocal removida em 1989, mas conseguiu recuperá-la, mesmo que mais fraca e rouca.

A comunidade de Newtown compareceu em peso às igrejas da cidade neste domingo (16) para recordar as 26 vítimas, 20 delas crianças, do massacre na escola Sandy Hook, horas antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Em um dia nublado e frio, centenas de pessoas compareceram às 7h30 à igreja católica Saint Rose of Lime, a mesma que organizou as primeiras missas após a tragédia. Mas, ao contrário de sexta-feira, desta vez a missa foi fechada à imprensa, que não teve acesso ao templo, por decisão dos fiéis. "A situação é extremamente tensa, por isto não queremos jornalistas ou câmeras aqui", disse à AFP, de modo calmo, Brian Wallace, porta-voz da igreja.

Ao final da primeira missa, um morador de Newtown reiterou o pedido de "respeito" às famílias das vítimas, em especial nos próximos dias, que serão marcados pelos funerais. "Apreciamos seu respeito, agora e no futuro, pelas famílias", afirmou Ray Gallagher, que tentava conter as lágrimas.

Um voluntário da Cruz Vermelha, Rosty Slabicky, também compareceu à missa na igreja Saint Rose of Lime. Ele disse que as famílias e os que deram assistência imediata no local da tragédia estão "devastados". "A comunidade está se reunindo e rezando. Estão devastados. Não apenas as famílias, mas também os voluntários na emergência estão vivendo a crise de uma forma muito pessoal e emocional", destacou.

Outras igrejas da cidade também receberam moradores durante a manhã, como St. John's Episcopal Church e a United Methodist Church, ambas próximas da escola Sandy Hook.

Um dos maiores pianistas e historiadores da música do século 20, o norte-americano Charles Rosen morreu no domingo, no Hospital Monte Sinai de Nova York, de câncer, aos 85 anos. Visto como um homem da Renascença, Rosen é autor de livros de referência na área, como "O Estilo Clássico" (1971) e "A Forma Sonata" (1980), de certo modo uma continuação do primeiro por analisar essa forma musical típica da era clássica. O último livro publicado por Rosen, "Freedom and the Arts" (Harvard University Press, R$ 121,50), lançado em abril do ano passado nos EUA, traz uma coletânea de ensaios seus sobre música e literatura - ele era doutor em literatura francesa pela Universidade de Princeton.

A estreia de Rosen em Nova York como pianista, em 1951, foi seguida pela gravação completa dos Estudos de Debussy, abrindo as principais salas de concerto da Europa para o norte-americano. Alguns dos mais renomados compositores do século 20, entre eles Stravinski e Pierre Boulez, escreveram peças especialmente para serem gravadas por Rosen, que ajudou a promover a obra pianística do compositor norte-americano Elliott Carter, morto no mês passado. É dele a primeira gravação do "Concerto Duplo" (1959) do músico.

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A importância de Rosen é medida até mesmo pelo esforço que fez para entender a modernidade musical - ele que, aos 7 anos, ouviu Debussy pela primeira vez e detestou, dizendo que era preciso ter uma lei para proibir peças musicais como a do compositor impressionista francês, que gravaria quando adulto. Rosen começou a aprender piano ainda garoto e foi aluno de Moritz Rosenthal, nascido em 1862, que chegou a ter aulas com Liszt.

Nascido em Nova York em 5 de maio de 1927, Rosen recebeu neste ano do presidente Barack Obama a medalha National Humanities por sua contribuição cultural. Erudito, ele detestava competições e dizia que arte não é uma questão de gosto, mas de entendimento - lembrando que também Beethoven sofreu a incompreensão de seus contemporâneos, como Igor Stravinski e Pierre Boulez sofreriam no século 20.

Beethoven, aliás, é um dos três autores analisados por Rosen em "O Estilo Clássico". Dele, o musicólogo estuda as sonatas para piano, elegendo ainda Haydn (os quartetos de cordas) e Mozart (as óperas cômicas).

As últimas sonatas para piano de Beethoven foram gravadas por Rosen, que também registrou obras-primas do repertório barroco, destacando-se "A Arte da Fuga" e as "Variações Goldberg", de Bach, além de peças de Schumann. Sobre a época do último, ele escreveu "A Geração Romântica", lançado pela Edusp há dez anos e esgotado, que cobre da morte de Beethoven à de Chopin, e ainda um livro fundamental que analisa a produção literária do período, "Poetas Românticos, Críticos e Outros Loucos" (Ateliê Editorial, 280 págs., R$ 48). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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