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Um tratamento com cloroquina, geralmente utilizado para combater a malária, mostrou sinais de eficácia contra o coronavírus, afirmou à AFP Didier Raoult, diretor do Instituto Mediterrâneo de Infecções em Marselha (sul da França), com base nos resultados de um estudo clínico chinês.

“Sabíamos que a cloroquina era eficaz in vitro contra o novo coronavírus e a avaliação clínica realizada na China confirmou”, explica o professor Raoult, um renomado especialista em doenças infecciosas, ao comentar a primeira publicação deste estudo clínico de três pesquisadores chineses na revista BioScience Trends.

“Finalmente, esta infecção é talvez a mais simples e mais barata para curar todas as infecções virais”, afirmou o diretor do instituto hospitalar universitário muito envolvido na detecção do novo coronavírus na França.

O artigo publicado na internet em 19 de fevereiro tira suas conclusões de um ensaio clínico realizado em mais de dez hospitais chineses (em Wuhan – foco da epidemia – Pequim e Xangai) para avaliar “a eficácia da cloroquina em tratamentos associados ao COVID-19”.

“Os resultados obtidos até agora com mais de 100 pacientes demonstraram que o fosfato de cloroquina é mais eficaz do que o tratamento recebido pelo grupo comparativo para conter a evolução da pneumonia, melhorar a condição dos pulmões, para que o paciente volte a dar negativo para o vírus e diminua a duração da doença”, afirmaram os pesquisadores chineses. O estudo não quantifica a diferença de eficácia.

“A capacidade antiviral e anti-inflamatória da cloroquina pode ter uma eficácia potencial no tratamento de pacientes afetados com pneumonias provocadas pelo COVID-19”, continua o artigo sobre o estudo realizado pelos professores Jianjun Gao, Zhenxue Tian e Xu Yang da universidade de Qingdao e do hospital de Qingdao.

Além de sua eficácia, a “cloroquina é um medicamento barato e seguro, usado há mais de 70 anos”, diz o artigo.

Segundo os pesquisadores chineses, um tratamento diário de 500 mg de cloroquina por dez dias seria suficiente.

A conclusão de um estudo conduzido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) pode abrir para cientistas a possibilidade de pensar em estratégias de bloqueio da transmissão da malária pelo mosquito vetor. Segundo o estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as bactérias intestinais do mosquito influenciam o desenvolvimento do parasita causador da doença no organismo do inseto, o que altera também as chances de transmissão para humanos.

Quando o Anopheles darlingi pica um humano que está com malária, ocorre uma interação entre o parasita e as bactérias intestinais do mosquito, o que é crucial para a continuação do ciclo de transmissão da doença. De acordo com a pesquisa, o conjunto de micro-organismos no intestino do mosquito parece determinar sua vulnerabilidade à infecção pelo parasita Plasmodium vivax – espécie responsável pela maioria dos casos de malária no Brasil.

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“Descobrimos que, no intestino do Anopheles, a carga parasitária tem influência na composição da microbiota e vice-versa. Após investigar a relação parasita-bactéria mais a fundo, integrando dados da composição da microbiota a análises genéticas referentes a imunidade do mosquito, pretendemos realizar estudos de silenciamento de genes. O objetivo é desenvolver mosquitos imunes ao Plasmodium vivax”, disse à Agência Fapesp o professor Jayme Augusto de Souza-Neto, da Unesp de Botucatu e coordenador do projeto.

Dessa forma, o mosquito não se infecta e, consequentemente, não transmite o parasita para humanos, explicou Souza-Neto, que é professor do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp.

A descoberta vai possibilitar o desenvolvimento de estratégias de modificação de população, por exemplo, liberar na natureza mosquitos transgênicos que sejam imunes ao parasita da malária.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (30) o registro de um medicamento com potencial para facilitar de forma expressiva o tratamento da malária e evitar recaídas. Batizada de tafenoquina, a droga é a primeira aprovada nos últimos 60 anos para a principal forma da doença, provocada pelo Plasmodium vivax.

O maior avanço, de acordo com pesquisadores, está relacionado à forma de uso. Ele reduz a duração do tratamento de sete para um dia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária anunciou nesta quinta-feira (10) que foi alcançado o objetivo de arrecadar os 14 bilhões de dólares necessários para o combate a estas doenças nos próximos três anos.

Este dinheiro está destinado a salvar cerca de 16 milhões de vidas adicionais - 32 milhões já foram - e evitar 234 milhões de novas infecções até 2023.

O Fundo, criado em 2002, também registrou a chegada de novos contribuintes. Os países da África contribuíram o dobro que na ocasião anterior.

No entanto, a Rússia e a América Latina não responderam ao chamado do fundo e se destacaram por sua ausência.

Peter Sands, diretor-executivo do fundo, declarou que está "muito orgulhoso" pelo dinheiro arrecadado. "Amanhã focaremos em qual é a melhor maneira de utilizá-lo", disse.

 

A malária matou mais de 1.800 pessoas no Burundi no decorrer do ano, informou a ONU, o mesmo número de vítimas provocado pelo ebola em um ano na vizinha República Democrática do Congo.

Entre 1 de janeiro e 21 de julho de 2019 foram "notificados 5.738.661 casos e 1.801 mortes", afirma um relatório do Escritório para a Coordenação Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas.

O Burundi tem quase 11,5 milhões de habitantes. O OCHA destacou que uma mesma pessoa pode ter contraído malária diversas vezes.

Os autores do relatório mencionam as "proporções epidêmicas" da doença desde o início de maio, mas o governo do Burundi descartou até o momento declarar uma epidemia de malária, apesar dos pedidos das organizações internacionais neste sentido desde abril.

"Durante a semana 29 (de 15 a 21 de julho de 2019), 152.243 casos, incluindo 65 mortes, foram registrados em 39 distritos dos 46 que existem no Burundi", informa o relatório.

O número de casos apontados aumentou 164% na comparação com a semana 29 de 2018.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017 foram registrados quase 219 milhões de casos de malária, que deixaram 435.000 mortos, 93% deles na África.

A densidade da selva venezuelana não lhe dá calor. Na verdade, José Gregorio sente frio. "Dói o corpo, a cabeça, tenho febre", queixa-se este indígena. O diagnóstico: malária, um mal erradicado há anos entre os yukpa, mas que voltou com a crise, assim como no restante da Venezuela.

"Começou a se sentir mal, os ossos doíam, começou a vomitar, não comia. Agora já está há quatro, ou cinco dias sem comer", relatou sua mulher, Marisol. O bebê de ambos, Gregorio José, de quatro meses, balbucia algo junto ao pai na cama.

El Tukuko, um povoado ao pé das montanhas que cruzam a fronteira com a Colômbia, com 3.700 habitantes, é o maior assentamento de indígenas yukpa.

E, como diz Marisol, a malária está "de volta", do mesmo modo que em toda Venezuela, um país que até agora era considerado o primeiro no mundo a erradicar a doença em 1961.

- "Pandemia" -

Não há estatísticas oficiais sobre a malária em El Tukuko, nem sobre o número de mortes causadas até agora.

Na sala da missão católica onde atende, o médico Carlos Polanco afirma que, de cada dez pessoas que vão ao laboratório para fazer teste para malária, "entre quatro, ou cinco, saem positivo, ou até mais. É um número alarmante".

Nelson Sandoval, um religioso capuchinho que preside a missão, acrescenta: "Antes de ser frade, conhecia esta comunidade e nunca tinha visto nenhum caso de malária aqui. Isso é uma pandemia".

El Tukuko está sendo afetado pela Plasmodium vivax, uma forma de malária menos letal do que a outra cepa, Plasmodium falciparum, que prevalece nas regiões amazônicas do sudeste da Venezuela.

Segundo Sandoval e Polanco, a razão da volta da doença é simples. Há alguns anos, o governo venezuelano enviava regularmente funcionários para fazer a fumigação. A fumaça atacava os mosquitos Anopheles, transmissores da malária, e a doença estava sob controle.

Estas campanhas de fumigação foram paralisadas, de acordo com Sandoval, aumentando a população de mosquitos. "A malária veio correndo", afirmou ele.

A isso, soma-se a desnutrição.

"Antes, (os yukpa) variavam seu consumo, porque havia um pouco mais de acessibilidade aos insumos. Mas agora não é fácil variar. A situação de inflação não permite", explica Polanco.

"E eles se contentam com consumir o que cultivam, como mandioca e banana", exemplifica.

Hoje, El Tukuko é a imagem da propagação da malária na Venezuela.

A situação é "catastrófica" para Huníades Urbina, médico e secretário da Academia Nacional de Medicina. Segundo ele, em 2018, "houve 600.000 (casos) e as sociedades científicas estimam que, em 2019, vá chegar a pelo menos um milhão de pessoas afetadas".

São apenas estimativas, porém, porque "o governo esconde esses números", disse Urbina.

- Sem resposta -

A expansão da malária caminhou de mãos dadas com o aprofundamento da crise. Em Zulia, os postos de gasolina estão secos há semanas. Os cortes de energia são comuns, e os moradores fogem para o exterior aos milhares.

A falta de perspectiva também intensifica a mobilidade interna da população. E, quando voltam para casa procedentes de áreas infectadas com malária, alguns espalham a doença.

Em El Tukuko, a médica Luisana Hernández se desespera ao pedir alguma ajuda do governo. "A cada dia a deterioração é maior", desabafa.

Os refrigeradores para o armazenamento de vacinas não funcionam. Embora a equipe conte com um gerador elétrico, o aparelho não pode funcionar por falta de combustível.

Sem possibilidade de trazer medicamentos da cidade e sem recursos para prevenção, erradicar a malária parece uma tarefa quase impossível.

Sandoval tenta fazer isso com os parcos recursos disponíveis. Graças à ONG católica Cáritas e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a missão distribui medicamentos de cloroquina e primaquina contra a malária para os yukpa doentes.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) informou que há cinco casos suspeitos de malária. De acordo com o comunicado enviado pela Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, as cinco pessoas foram a Moçambique, onde teriam adquirido a doença.

Dois casos foram confirmados, inclusive de Robinson Natanael Teodoro, que morreu no dia 24 em Valença, sul do estado. O outro caso é de um homem que está internado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com quadro evoluindo bem. O grupo seria de missionários de uma igreja e teriam retornado ao Brasil no último dia 23, quando apresentaram os sintomas da doença.

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Segundo o médio infectologista Alexandre Chieppe, assessor da SES, os outros três casos, que não foram confirmados, não são graves. “A gente ainda não tem detalhes da citopatologia do quadro clínico desses três ainda. Mas a princípio se trata de casos suspeito de malária, tanto por conta dos sintomas apresentados como pelo vínculo epidemiológico, por terem visitado a área no mesmo momento da infecção dos outros dois casos confirmados.”

Dois casos de malária confirmados nos últimos dias no município de Ilhabela puseram em alerta o Litoral Norte do Estado de São Paulo. A região já era alvo de atenção por causa de casos confirmados, inclusive com óbitos, de febre amarela.

A Secretaria da Saúde confirmou o diagnóstico positivo para a malária, na última terça-feira, 20, em um bebê de 1 ano e 2 meses. No dia anterior, uma criança de quatro anos teve a doença confirmada. Os dois pacientes estão medicados, passam bem e aguardam alta hospitalar, segundo a prefeitura.

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De acordo com a Secretaria da Saúde, as crianças moram em áreas com mata nativa, habitat do mosquito Anopheles, transmissor da doença.

Equipes da Vigilância Epidemiológica realizam varreduras nas regiões dos bairros do Reino e Perequê, onde surgiram os casos. Para controle, a prefeitura iniciou mutirões de limpeza e de conscientização de moradores em todos os bairros próximos dos casos. Ainda não existe vacina eficaz contra a doença disponível na rede pública de saúde, por isso devem ser evitadas as áreas de risco.

O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde informou que, este ano, foram registrados 6 casos da doença no Estado - o número não inclui os dois casos de Ilhabela, ainda em fase de notificação. Em todo o ano passado, foram 15 casos. Em 2016, tinham sido dez e, em 2015, apenas dois. De acordo com a Vigilância, o parasita que circula no Estado de São Paulo provoca uma forma mais branda da doença, em comparação com outras regiões. "O Estado presta auxílio aos municípios, assim que há confirmação do caso, com a busca ativa de vetores por meio do efeito da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) e também incentiva a realização de exames na população próxima da região de infecção", informou a pasta.

A região do Litoral Norte concentra a maioria dos casos de malária do Estado. A urbanização de áreas de mata favorece a transmissão da doença a humanos. Em São Sebastião, três pessoas tiveram a doença este ano. Outro caso foi registrado em Caraguatatuba. Também houve um caso confirmado em São José dos Campos e outro em Natividade da Serra. Os turistas e pessoas que vão para a região de mata estão sendo orientados a usarem repelentes, principalmente após as 18 horas, pois o mosquito tem hábitos noturnos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os cães podem ser treinados para farejar certos tipos de câncer, pessoas em risco de sofrer um coma diabético e agora crianças com malária.

De acordo com as descobertas apresentadas no encontro anual da American Society of Tropical Medicine and Hygiene, os cães treinados para farejar parasitas da malária acusaram a presença da doença transmitida por mosquito apenas cheirando as meias de crianças africanas que acabaram acusaram positivo no exame posterior, embora não apresentassem febre ou outros sintomas externos.

A malária mata em torno de 445.000 pessoas em todo o mundo a cada ano e é causada por parasitas que são transmitidos por mosquitos infectados.

Casos de malária estão em ascensão no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que houve 216 milhões de casos de malária em 2016, um aumento de cinco milhões em relação ao ano anterior.

"É preocupante, nosso progresso no controle da malária estagnou nos últimos anos, por isso precisamos desesperadamente de novas ferramentas inovadoras para ajudar na luta contra essa doença", afirmou o coautor do estudo, James Logan, do chefe do departamento do controle de doenças da London School of Hygiene and Tropical Medicine.

"Nossos resultados mostram que cães farejadores podem ser uma forma séria de diagnosticar pessoas que não apresentam nenhum sintoma, mas ainda são infecciosas, de forma mais rápida e mais fácil", explicou.

No total, 175 meias foram testadas, incluindo 30 de crianças portadoras de malária na Gâmbia e 145 de crianças não infectadas.

Os cães conseguiram identificar corretamente 70% das amostras infectadas com malária.

Eles também foram capazes de identificar 90% das amostras sem parasitas da malária.

O pesquisador-chefe, Steve Lindsay, professor do departamento de biociências da Universidade de Durham, disse que isso mostra um "grau de precisão crível".

Maiores pesquisas são necessárias, mas especialistas estão esperançosos de que as descobertas possam levar a uma "maneira não invasiva de rastreio da doença nos portos de entrada de forma semelhante a como cães farejadores são rotineiramente usados para detectar frutas, vegetais ou drogas em aeroportos", acrescentou.

"Isso poderá ajudar a prevenir a propagação da malária em países que foram declarados livres da doença e também garantir que pessoas que não sabem que estão infectadas com o parasita da malária recebam tratamento para a doença", disse ainda.

O Espírito Santo enfrenta um surto inédito da forma mais grave da malária - causada pelo parasita Plasmodium falciparum que, normalmente, só ocorre na Região Norte do País, onde a doença é endêmica. O Estado já registrou 106 casos da infecção por mosquitos Anopheles. Uma pessoa morreu.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Ricardo Oliveira, os casos estão concentrados nas comunidades vizinhas de Vila Pavão (86 casos), onde foi decretada situação de emergência, e Barra de São Francisco (20 casos).

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As duas comunidades têm uma população grande proveniente de Rondônia. A Vigilância Sanitária acredita que o surto tenha sido causado por um caso importado, embora a hipótese não esteja comprovada.

"O número de casos está aumentando porque estamos na região e estamos identificando os infectados", explicou Oliveira. "A doença, na verdade, estava circulando ali há uns 30 dias, mas só constatamos na semana passada. Agora, estamos usando inseticida para matar o mosquito e identificando, por meio de uma busca ativa, as pessoas infectadas."

Com o apoio do governo federal, o Estado montou uma força-tarefa de combate à infecção no município de Vila Pavão. Um laboratório capaz de entregar o resultado do exame em meia hora foi instalado. Carros de fumacê estão percorrendo os municípios da região, aspergindo inseticida.

Com a decretação da situação de emergência, está autorizada também a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção do surto, entre elas a aquisição de insumos necessários ao atendimento emergencial da população. Os capixabas estão recebendo repelente e sendo orientadas a usar blusas de manga comprida e calças para se protegerem, além de mosquiteiros.

A prefeitura de Vila Pavão vetou ainda a realização de eventos festivos, religiosos e esportivos - que reúnem muitas pessoas em um mesmo espaço - pelos próximos 30 dias. O objetivo é esperar até que se tenha um quadro mais claro da situação.

Os sintomas mais comuns da malária são febre, fadiga, vômitos e dores de cabeça. Em casos graves, a doença pode causar icterícia, convulsões, coma e morte. A maior parte das mortes é causada pelo P. falciparum, que normalmente só ocorre na Região Norte. As espécies P. vivax, P. ovale e P.malariae geralmente causam formas mais brandas da doença. Quando a infecção não é tratada apropriadamente, ela pode retornar meses mais tarde.

Não existe vacina para a doença. Mas, nas áreas endêmicas, além das barreiras físicas, alguns medicamentos são usados como prevenção.

Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 o País registrou o menor número de casos em 37 anos, 129.243. No entanto, em 2017, o número voltou a subir e foram feitas 194.372 notificações. Neste ano, entre janeiro e junho, houve 92.357 relatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova molécula sintetizada em laboratório - que teve base em compostos naturais achados em bactérias marinhas - pode ser o ponto de partida para uma nova droga contra a malária, aponta novo estudo de cientistas brasileiros. Segundo os autores da pesquisa, publicada recentemente na revista Journal of Medicinal Chemistry, a nova molécula foi capaz de matar o Plasmodium falciparum, protozoário causador da doença, incluindo a linhagem que resiste a antimaláricos convencionais.

De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil teve 174.522 casos de malária notificados ao longo de 2017, na Região Amazônica. O número aumentou em relação ao ano anterior, quando foram reportados 117.832. Segundo a entidade, em 2016 foram registrados 216 milhões de casos da doença, que provocou a morte de 445 mil de pessoas no mundo.

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Os cientistas testaram a molécula em culturas in vitro e também realizaram testes em camundongos, utilizando um modelo para estudos da malária em animais. De acordo com um dos autores do artigo, Rafael Guido, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), a molécula mostrou alto poder contra o Plasmodium falciparum e é altamente seletiva, isto é, atua apenas no protozoário, sem causar danos às células do organismo do hospedeiro.

"Nos testes em animais, a molécula conseguiu reduzir 62% da quantidade de parasitas no sangue já no quinto dia de testes", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As ações de prevenção e diagnóstico da malária serão intensificadas esta semana nos estados da Amazônia, especialmente no Amazonas, Pará e Acre. No ano passado, o número de infecções na região chegou a quase 175 mil, um aumento de 48% em relação ao ano anterior.

Vinte e quatro pessoas morreram na Amazônia em 2017 após contrair malária. O coordenador do Programa Nacional de Controle e Prevenção da doença, Cássio Peterka, disse que outros estados que também preocupam o Ministério da Saúde. 

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“A gente tem a questão de Roraima que concentra mais de 70% da malária em três municípios. Tem a questão do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa. Tem a questão da malária em área indígena também. Estamos sempre discutindo como aplicar a melhor estratégia para a retomada da redução e prontos a pensar na eliminação da malária no país,” disse Peterka.

Esta semana, a Secretaria de Saúde de Roraima confirmou 5.750 casos de malária em todo o estado no período de 1º de janeiro a 30 de março deste ano. Desse total, 2.040 foram importados de outras unidades federativas ou de outros países.

Parte dos casos de malária notificados no estado são provenientes da Venezuela. O governo vai reforçar o treinamento de agentes de endemias, secretários municipais, profissionais da atenção básica, microscopistas e bioquímicos para lidar com o problema.

No Amazonas, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde, quase 19 mil casos de malária foram registrados no primeiro trimestre - um aumento de 34,33% em relação ao mesmo período do ano passado.

O chefe do Departamento de Vigilância Ambiental do Amazonas, Cristiano Fernandes, afirma que a ocupação desordenada em área urbana tem facilitado o contato da população com as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, os vetores da malária. O grande desafio é o diagnóstico precoce, já que não existe vacina, mas há tratamento para a doença.

“A gente tem adotado essa semana para mobilizar principalmente os gestores dos municípios para a necessidade de intensificação das ações de vigilância, prevenção e controle da doença. Lembrando que essas ações são feitas durante todo o ano,” disse ele.

O Dia Mundial de Luta contra a Malária, celebrado hoje, 25 de abril, foi criado em 2007, durante a Assembleia Mundial da Saúde, com o objetivo de chamar a atenção de governantes e profissionais para uma doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2017, além do Brasil, Equador, México, Nicarágua e Venezuela notificaram uma elevação do número de infecções, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Em Juazeiro do Norte, no Ceará, uma jovem de 20 anos foi diagnosticada com malária. A mulher teria contraído a doença no Amazonas, onde morava há cerca de quatro anos. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, este é o primeiro caso de malária diagnosticado. Após a confirmação da doença, a secretaria isolou a área onde a mulher recebe atendimento por questão de segurança. Não foi divulgado o lugar onde houve o bloqueio.

A Secretaria também informou que está oferecendo toda assistência adequada, com medicamentos e profissionais de infectologia. Agentes de endemia utilizaram bombas costais para aplicação de produtos químicos de combate a insetos. Assim, evitam que jovem seja picada por algum mosquito e que leve a doença para outras pessoas. Um fumacê também está sendo utilizado no bairro.

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De acordo com o Ministério da Saúde, todas as medidas estão sendo feitas por precaução, pois, a Região do Cariri não possui condições propícias para o desenvolvimento do mosquito transmissor da doença, sendo assim, não oferece risco à população.

Sobre a doença

A malária é uma doença infecciosa causada pelo parasita Plasmodium. Ela é transmitida pela picada do mosquito ou por contato pelo sangue. Atualmente há três espécies de parasitas, sendo um deles mais agressivos que leva ao óbito.

Os principais sintomas são: febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações

Uma mulher que estava em Fernando de Noronha apresentou sintomas da malária, que em seguida foi confirmado pelo Hospital Oswaldo Cruz, onde foi tratada. Segundo apurado pela imprensa local, a vítima da doença é missionária e moradora da cidade de São Paulo. Ela estava em missão e havia chegado em Pernambuco vinda de Angola, continente Africano. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que assim que fizeram todos os procedimentos adequados, a mulher deixou o Estado.   

Em nota, a SES informa que "Pernambuco não é área de circulação da malária. Todos os casos confirmados são de pacientes oriundos de áreas de ocorrência da doença, como a região Amazônica e países da África", afirma. Neste mês de janeiro a Secretaria recebeu a notificação de dois suspeitos da enfermidade, sendo um já descartado e o outro caso (dessa missionária).

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Malária

Segundo informações do Médicos Sem Fronteiras, é uma doença evitável, detectável e tratável, que se apresenta mais comumente em áreas pobres e desfavorecidas.

Uma vez transferida para o corpo humano, a infecção viaja até o fígado, onde se multiplica e entra nas células vermelhas do sangue. Dentro dessas células, os parasitas se multiplicam rapidamente até elas se romperem, liberando ainda mais parasitas na corrente sanguínea e manifestando, nesse processo, os sintomas típicos da doença.

A malária começa como a gripe, com os primeiros sintomas surgindo entre nove e 14 dias após a infecção. Os sintomas incluem febre (podem ocorrer ciclos típicos de febre, calafrios e suor em grande quantidade), dor nas articulações, dores de cabeça, vômitos frequentes, convulsões e coma.  

O Estado da Bahia apresenta um crescimento de casos confirmados de malária, segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), obtidos pela Rede Bahia de Televisão. Até a tarde desta terça-feira (23) 22 casos estão confirmados.

Todos foram registrados em Wenceslau Guimarães, cidade no baixo sul da Bahia, que enfrenta um surto (localizado) da doença. Uma moradora do município morreu e um outro óbito está ainda sob investigação.

Drones que dispersam enxames de mosquitos estéreis em amplas áreas estão sendo desenvolvidos para ajudar a prevenir a propagação de doenças como a malária e dengue. Esses insetos não podem produzir descendentes quando se acasalam com fêmeas e, por isso, ajudam a reduzir a população de pernilongos. As informações são da BBC.

Como é difícil espalhá-los em áreas sem estradas, a organização de tecnologia WeRobotics vem desenvolvendo drones para fazer esse trabalho. Mas um dos desafios é empacotar centenas de milhares de mosquitos frágeis sem danificar suas pernas e asas finas.

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É por isso que antes de serem colocados nos drones, os insetos são refrigerados. Desta forma, eles entram em um estado de sono e não se movimentam. O próximo desafio é liberá-los gradualmente em uma ampla área, sem despertar todos ao mesmo tempo.

Para fazer isso, a equipe projetou uma plataforma rotativa com orifícios, através dos quais os mosquitos são soltos. Eles pousam em uma câmara de espera onde acordam, e podem voar para a natureza. Os drones ainda estão em desenvolvimento, mas a empresa espera testar sua tecnologia na América Latina em 2018.

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O vocalista do grupo baiano Parangolé, Tony Salles, recebeu alta nesta segunda-feira (24), após passar 14 dias internado no Hospital Aliança, em Salvador, diagnosticado com malária. O cantor contraiu a doença depois de voltar da África, onde realizou um show na cidade de Nova Guiné. Durante tratamento, Tony chegou a passar por cirurgia, para conter hemorragia causada pela doença.

Devido ao seu estado, a banda Parangolé havia informado, através de sua assessoria, que os shows do grupo seriam cancelados. Após alta de Tony, a banda deve retornar a agenda de apresentações a partir do dia 18 de agosto.

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Tony emitiu um comunicado, através de seu perfil oficial no instagram, agradecendo por todo apoio que recebeu dos fãs, durante o período em que ficou internado. A próxima apresentação da Parangolé está marcada para o dia 18 de agosto, em Vitória (ES).

O vocalista da banda Parangolé, Tony Salles, recentemente diagnosticado com malária, após retornar de show em Nova Guiné, Africa, passou por cirurgia de emergência para tratamento da doença. Segundo boletim médico, o cantor teve hemorragia interna em região do baço, mas já foi transferido para o quarto. A operação ocorreu nesta terça-feira (18).

A cirurgia foi necessária após Tony passar por uma transfusão de sangue. O boletim esclarece que a operação foi feita com urgência, por causa da "hemorragia intrabdominal por ruptura espontânea do baço". Após procedimento, o estado do cantor ficou estável.

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"O paciente evolui no pós-operatório imediato lúcido e comunicativo, sem sinais de novas perdas sanguíneas, mantendo-se sob vigilância e cuidados médicos intensivos", explica a nota do Hospital Aliança, onde ele está internado. Ainda segundo médicos, o cantor ainda não tem previsão de alta, devido ao seu quadro clínico.


O cantor baiano Tony Salles, vocalista da banda de pagode Parangolé, foi diagnosticado com malária após retornar de temporada na África, de acordo com informações de sua assessoria. O show aconteceu no dia 25 de junho deste ano, em Nova Guiné. Tony é ex-marido da dançarina Scheila Carvalho.

O artista foi internado na última segunda-feira (10), em Hospital de Salvador.  Ainda segundo a assessoria de imprensa, ele já está fazendo tratamento e tomando medicações. O quadro do cantor é estável. Devido ao estado do artista, a agenda de shows da próxima semana foi cancelada.

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A vacina contra a malária mais avançada do mundo será testada em grande escala no Quênia, Gana e Malauí, anunciou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), que espera vacinar 360.000 crianças entre 2018 e 2020.

De acordo com números da OMS, a África é o continente mais afetado pela malária, com 92% das 429.000 mortes registradas no mundo em 2015 por esta doença, transmitida por mosquitos.

As crianças com menos de cinco anos representam mais de dois terços das mortes.

A vacina Mosquirix (tambén chamada RTS,S,), criada pelo laboratório farmacêutica britânico GlaxoSmithKline (GSK) em conjunto com a ONG Path Malaria Vaccine Initiative, está destinada a crianças de pouca idade.

A vacina, combinada com métodos de diagnóstico, tratamentos e medidas preventivas — como os mosquiteiros impregnados de repelentes — "poderia salvar dezenas de milhares de vidas na África", afirmou à AFP Matshidiso Moeti, diretora da OMS para a África.

Os grandes progressos no controle da malária correm risco diante da "necessidade urgente" de mais verbas, adverte a Organização Mundial de Saúde em seu relatório anual sobre a enfermidade.

Entre 2010 e 2015, o número de novos casos de malária caiu em 21% e a mortalidade, em 29%, mas no ano passado ocorreram 212 milhões de novos casos, principalmente na África subsaariana.

Esta região concentra 90% dos casos no planeta, seguida pelo sudeste da Ásia (7%) e o Mediterrâneo oriental (2%), destaca a OMS, que apresentará o relatório nesta terça-feira, em Londres.

"Persiste a carência de recursos" em muitos países da África subsaariana, lamentou a OMS, explicando que 43% de sua população não está protegida com elementos básicos, como redes contra mosquitos ou inseticidas.

"A falta de financiamento e os sistemas de saúde frágeis minam os progressos" contra uma doença que atinge, em particular, crianças menores de 5 anos, 70% dos óbitos por malária no mundo. Em 2015, os fundos dedicados à luta contra a malária somaram 2,9 bilhões de dólares, 45% do considerado necessário para eliminar a doença até 2030.

Estados Unidos e Grã-Bretanha são os principais doadores mundiais do combate à malária, com 35% e 16% do total da verba.

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