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Após polêmica expulsão do defensor mineiro Dedé durante o jogo entre Boca Juniors e Cruzeiro na última quarta-feira (19), pelas quartas de final da Libertadores, a CBF por meio de um ofício enviado a Conmebol se manifestou contra a decisão do árbitro paraguaio Eber Aquino.

Nesta sexta-feira (21), a Confederação Sul-Americana respondeu a CBF através de uma nota assinada pelo seu presidente Alejandro Domínguez, onde o dirigente diz que “compartilha da preocupação com a atuação da equipe de árbitros na partida mencionada” e que “já tomou medidas a respeito”.

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Também houve manisfestação do presidente do clube mineiro, Wagner Pires de Sá, onde o mesmo compareceu pessoalmente a sede da Conmebol para cobrar providências da entidade, e buscar uma forma de anulação do cartão vermelho recebido pelo zagueiro Dedé após choque com o goleiro do Boca, para que o defensor possa atuar no jogo de volta das quartas de final da Libertadores, que ocorre no dia 4 de outubro, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Por João Victor Rocha

Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentaram no último domingo (16), pela 25ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. A partida terminou empatada, mas o que desagradou mesmo foi a conduta de alguns torcedores do Galo.

Durante o clássico mineiro, torcedores do Atlético entoaram gritos homofóbicos contra os rivais. "Cruzeirense, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar veado", cantavam os atleticanos. Ao final da partida, o Galo usou seu perfil no Twitter para se pronunciar sobre o fato, condenando as atitudes.

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"O CAM lamenta profundamente as manifestações homofóbicas de parte dos torcedores, no jogo deste domingo, no Mineirão. Reiteramos nosso repúdio a quaisquer gestos de preconceito ou de incitação à violência. #TimeDeTodos", diz a publicação.

Confira o post: 

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Com uma rodada que não começou de forma positiva, o Sport entrou em campo contra o Cruzeiro precisando somar pontos para retornar ao G6 da Série A. A missão passava por derrotar o time quase todo titular da Raposa que não poupou seus atletas, mesmo com um jogo decisivo pela semifinal da Copa do Brasil mais a frente. O duelo teve superioridade da Raposa e um gol em cada tempo para garantir o placar de 2x0 e a mudança na tabela de classificação.

Cruzeiro manda no jogo e no placar

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Os primeiros lances da partida deixaram claro que se tratava de um duelo aberto, disputado. Mesmo o Cruzeiro tendo maior posse de bola, quem assustou primeiro foi o Sport. Aos quatro, Everton Felipe cobrou escanteio e André subiu mais alto que a zaga, porém a cabeçada passou por cima do gol. Pelo lado celeste, as melhores chances também surgiam por cima. Aos 18, Alisson arrancou pela esquerda e cruzou para Rafinha que tentou o voleio. Apesar da jogada surpreender a defesa, o meia acabou errando a bola. Dando sequência aos lances aéreos, André recebeu bola alçada por Diego e tentou cabecear no canto esquerdo de Fábio, entretanto a bola passou rente ao poste.

'Chamando o jogo', o centroavante chegou em velocidade pela direita e entrando em diagonal tentou o chute cruzado. O problema é que ele não pegou na bola como gostaria e mandou longe da barra. Mas foi a Raposa quem pôde comemorar aos 32, quando a bola foi cruzada na área e Sassá surgiu por trás da marcação para abrir o marcador; 1x0. O gol forçou o Leão a sair para o jogo, antes aguardando o momento para atacar, os rubro-negros começavam a se lançar ao campo adversário, deixando espaços. Em um contragolpe, aos 42, os mandantes tiveram a oportunidade de cobrar falta próxima à área. Thiago Neves mandou com perigo e Léo desviou, tirando de Magrão, contudo, acertando o travessão. No rebote, Henrique errou o voleio, mandando longe.

Antes do apito para o intervalo, os mineiros ainda tiveram outra oportunidade em cruzamento rasteiro de Ezequiel que Thiago Neves não chegou em tempo de carrinho. O primeiro tempo foi encerrado com vantagem para os donos da casa.

O domínio segue e Raniel define o placar

Assim como terminou a primeira etapa, o segundo tempo recomeçou com o time celeste pressionando. Logo aos quatro, Thiago Neves dominou na entrada da área e bateu colocado, por cima de Magrão que só torceu enquanto a bola passou e explodiu no travessão. A Raposa seguia melhor e voltou a assustar aos 13, em bola que Alisson pegou na risca da grande área, protegeu e bateu colocado, só que por cima da meta rubro-negra. Pouco depois, em um contra-ataque perigoso, Thiago Neves recebeu lançamento de Ezequiel e lançou de primeira para Sassá. O atacante dominou como deu e bateu já desequilibrado para a defesa de Magrão.

Demorou para que o Sport levasse perigo à meta celeste e só começou a chegar com as entradas de Anselmo e Rogério, ambos pelo lado esquerdo. Aos 22, o atacante saiu costurando a zaga até ter condições de finalizar de longe e soltou o pé. A bola passou perto do travessão de Fábio. O jogo seguiu como foi na maior parte do tempo, a posse de bola refletia o volume de jogo do Cruzeiro. Já com Juninho em campo, o Leão teve uma chance de marcar aos 36, em tabela entre os atacantes que acabou com o jovem avançado sendo travado pela zaga no momento da finalização.

Ainda houve tempo para Raniel, aos 41, aproveitar a sobra do bate rebate para marcar o gol que definiu o placar da partida. A vitória colocou os mineiros na sexta colocação com 30 pontos, tirando o próprio Sport, que tem 29, e o Atlético-PR pelo saldo de gols. Na próxima rodada, a Raposa joga novamente em casa, diante do Santos, enquanto que o Leão viaja para Porto Alegre, onde encara o Grêmio apenas no dia 2 de setembro.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro - 21ª rodada

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG

Cruzeiro: Fábio; Ezequiel, Léo, Murillo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson (Lucas Silva), Rafinha, Thiago Neves e Alisson (Élber); Sassá (Raniel). Técnico: Mano Menezes.

Sport: Magrão; Samuel Xavier, Ronaldo Alves, Oswaldo Henriquez e Mena (Anselmo); Patrick, Rithely e Diego Souza; Everton Felipe (Rogério), Reinaldo Lenis (Juninho) e André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Arbitragem: Caio Max Augusto Vieira - RN

Assistentes: Vinicius Melo de Lima - RN / Jean Marcio dos Santos - RN

Gols: Sassá e Raniel (CRU)

Cartões amarelos: Rafinha (CRU)

 

Mesmo empatando com a Ponte Preta, o Sport assumiu a quinta colocação da Série A, melhor posição alcançada até o momento pelo Leão. Parte dessa ascensão, mesmo com alguns tropeços, se deve ao bom momento da defesa rubro-negra, principalmente quando Ronaldo Alves está em campo. Com o zagueiro, o time comandando por Vanderlei Luxemburgo perdeu apenas uma das últimas 10 partidas, nada que deixe Ronaldo relaxado.

"Já estamos no returno do Brasileirão e os jogos daqui para frente serão cruciais para definir em que parte da tabela as equipes vão se posicionar. Estamos na briga pelas primeiras colocações da tabela e queremos seguir nesse grupo até as rodadas finais, por isso é muito importante mantermos essa pegada. Temos capacidade para fazer uma ótima campanha nesse returno e vamos dar o nosso melhor a cada rodada", afirma.

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No domingo (20), o Leão visita o Cruzeiro em Belo Horizonte-MG e existe uma preocupação com jogadores decisivos, tais como Thiago Neves, De Arrascaeta e Sassá. Contudo, o zagueiro leonino acredita que é possível segurar a Raposa e conta com as 'armas' do Leão para tal missão.

"Jogo complicado pela frente, mas para se manter nesse grupo de cima, temos que somar pontos sempre, independente do adversário. A gente sabe que o Cruzeiro tem uma equipe forte, com jogadores de qualidade e capacidade para resolver a partida a qualquer momento, mas nós também temos as nossas armas e vamos com força máxima para trazer um bom resultado lá de Minas Gerais", destacou Alves.

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O músico e ex-beatle Paul McCartney confirmou nesta terça-feira, dia 2, as datas e os locais dos quatro shows que fará no Brasil em outubro deste ano como parte da etapa sul-americana da sua última turnê internacional: a One on One.

O cantor britânico se apresentará no dia 13 de outubro no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre; no dia 15 no Allianz Parque, em São Paulo; no dia 17 no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte; e no dia 20 no Itaipava Arena Fonte Nova, em Salvador.

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As vendas para os concertos, que chegam a durar quase 3 horas com muitos clássicos do músico, começam para os clientes com o cartão ELO a partir da 00h01 da próxima sexta-feira (5) pela internet, das 10h em Porto Alegre e das 12h em São Paulo, em Belo Horizonte e em outros pontos de venda espalhados pelo Brasil.

Já a venda normal tem início na próxima segunda-feira (8) a partir da 00h01 pela internet e das 10h em todos os pontos de venda físicos. Sobre os valores dos ingressos, eles variam desde R$ 350, com meia entrada, até R$ 850.

A turnê mundial de One on One, que foi iniciada ainda no ano passado nos Estados Unidos, conta com clássicos tocados e cantados por Paul McCartney desde sua época nos grupos The Quarrymen e The Beatles até sua carreira solo mais recente.

Como o álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" completa 50 anos em 2017, algumas de suas principais canções devem ter destaque nas apresentações. 

Fora das duas últimas partidas da seleção devido a uma lesão na panturrilha direita, o lateral-esquerdo Marcelo será a única novidade da escalação do Brasil nesta noite de quinta-feira (10), a partir das 21h45, no clássico com a Argentina, no Mineirão. Considerado um dos melhores laterais-esquerdos do mundo, o jogador do Real Madrid assumirá a vaga que fora ocupada nas últimas partidas por Filipe Luís, que vai para a reserva.

Marcelo será um dos três jogadores que estiveram em campo na goleada por 7 a 1 na semifinal da Copa, em 2014, no mesmo Mineirão - os outros dois são Fernandinho e Paulinho - que será titular nesta quinta. Desde que chegou a Belo Horizonte, o lateral não concedeu nenhuma entrevista, mas, no domingo, revelou ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, que a lembrança daquele jogo ainda o persegue. Mais do que isso: segundo o lateral, todos os que enfrentaram a Alemanha têm o mesmo pensamento.

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"Toda convocação que tem eu digo assim: 'Vou tentar limpar o meu nome, vou tentar limpar o nome na seleção'. E todos que estavam nessa semifinal pensam a mesma coisa", afirmou o lateral.

Nos dois treinos orientados por Tite no Mineirão, Marcelo demonstrou bom entrosamento com o atacante Neymar. Rivais na Espanha, os dois jogarão pelo mesmo lado do campo na partida desta noite. Com liberdade para avançar pela esquerda, o lateral será também uma das armas ofensivas do Brasil.

Antes do último treino no Mineirão, Tite conversou com Marcelo e Filipe Luís. "Disse para eles que o Marcelo jogou muito nas duas primeiras partidas comigo, e que o Filipe Luís jogou muito nas últimas duas", contou o técnico, dizendo ainda que agradeceu aos dois e tinha que fazer uma escolha.

Marcelo passa por um bom momento no Real, apesar de ter ficado de fora de algumas partidas devido ao problema na panturrilha. Titular do time merengue, pelo qual joga há dez temporadas, Marcelo atuou em 11 jogos na atual temporada europeia. Ele marcou um gol.

Um mosaico que contará com a participação de 30 mil torcedores será um dos pontos altos na partida que marcará o retorno do Brasil ao Mineirão. O jogo também terá uma série de homenagens ao capitão do tricampeonato mundial de 1970, Carlos Alberto Torres. A intenção da CBF é fazer novamente do estádio que foi palco do maior fiasco da história do futebol brasileiro um local de celebração.

Antes da partida desta quinta, trinta mil cartazes serão colocados no setor vermelho do estádio, tanto no anel superior quanto no inferior. Eles serão utilizados pela torcida para formar o primeiro mosaico da história em uma partida da seleção brasileira. O projeto ficou a cargo do designer mineiro Thiago Scap, que já fez ações semelhantes para o Atlético-MG.

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O jogo também prestará uma série de homenagens a Carlos Alberto Torres, que faleceu no mês passado. Em campo, todos os jogadores irão atuar com uma faixa preta e a inscrição "Eterno Capitão", enquanto Daniel Alves - que joga na mesma posição que consagrou o capitão do Tri - usará uma braçadeira na cor branca. Ele também atuará com o número 4 às costas, o mesmo de Carlos Alberto. Antes da partida, será observado um minuto de silêncio.

O número de ingressos vendidos para partida estagnou nos últimos dias. Restam aproximadamente nove mil bilhetes à venda, de um total 62 mil colocados à disposição. Caso todos sejam vendidos, existe a chance de Brasil x Argentina estabelecer um novo recorde de renda no futebol brasileiro. A marca atual pertence ao Atlético-MG, que na final da Libertadores de 2013, contra o Olímpia, arrecadou R$ 14.176.000,00, também no Mineirão. O público pagante na ocasião foi de 56.557 torcedores. O preço médio do tíquete para aquele jogo saiu por R$ 250.

Não bastasse toda a rivalidade do confronto, o duelo entre Brasil e Argentina no próximo dia 10 é envolto em enorme expectativa por causa do local do jogo, marcado para o Mineirão, em Belo Horizonte. Será a primeira vez que a seleção brasileira vai jogar no estádio onde foi massacrada pela Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Sempre que é questionado sobre os 7 a 1, o técnico Tite não foge do tema, mas na entrevista coletiva que se seguiu à convocação da seleção, nesta sexta-feira (21), o treinador afirmou que "estamos em outro momento".

Para Tite, os jogadores não deverão sentir qualquer pressão extra. "O trabalho psicológico parece que ao longo do tempo já foi perfeitamente colocado, e segue sendo. É verdade esse fato (7 a 1), mas também é verdade que dois anos se passaram, assim como uma série de circunstâncias. É uma constatação. Aconteceu e passou. Estamos em outro momento", afirmou o treinador.

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Ele disse que mesmo os jogadores que estiveram em campo naquela semifinal e que foram convocados para o confronto diante da Argentina não podem receber uma cobrança maior. Para tanto, Tite lembrou um fato ainda da época em que foi treinador do Caxias, time do interior gaúcho, no ano 2000.

"Lembrei de uma história que tive com um diretor, Enio Costamilan (falecido em 2009), que eu tinha no Caxias. Estávamos falando de um momento de insucesso que nós tínhamos na equipe, e ele sabiamente disse assim: 'Não, eu não vou abrir mão desses jogadores pelo insucesso que eles tiveram'. Eu fiquei na dúvida, e ele me disse 'sabe por quê? Porque eles aprenderam. A vida é aprendizado, não só com sucesso'. Se serve para esses atletas, talvez sirva para todos nós", ponderou o técnico.

"Reitero: o resultado negativo que aconteceu não foi de uma equipe ou de um jogador. Foi de todos nós. Eu me senti perdedor nessa situação (7 a 1). A gente aprende com virtudes, acertos e erros. Eu tive insucesso em três meses como treinador em Minas. Acontece, é da vida", considerou Tite.

Para ele, o confronto contra a Argentina será especial. "É meu primeiro Brasil x Argentina, e eu não tenho adjetivo para colocar. Estou vivendo um sonho que todo técnico brasileiro gostaria de estar. Participar de um jogo desses com tamanha rivalidade e história... Não sei que adjetivo usar, talvez honra."

O Santa Cruz chegou a mais uma derrota no Campeonato Brasileiro. Ao perder por 2x0 para o Cruzeiro, o tricolor atingiu sete partidas sem vencer e mais uma sem gols sob o comando do técnico Doriva. Para o comandante coral, a situação fica cada vez pior, já que o time ainda não marcou gols desde que ele estreou, mas a hora não é de entregar as pontas.

"A gente sabia que seria difícil jogar aqui. Tivemos um primeiro tempo equilibrado, criamos as chances, mas infelizmente não fomos bem. O Robinho foi muito feliz e mudou o jogo naquele lance individual e na sequência o cenário piorou com nossa falha. Fizemos alterações, tivemos um bom volume ofensivo na reta final, mas não foi o suficiente. Mais uma vez saímos derrotados, porém temos que criar forças internas para seguir. A situação é crítica, cada vez mais difícil, mas ninguém irá entregar a toalha. Vamos fazer nosso melhor para somar os pontos nessa sequência em casa e melhorar nossa situação", afirmou.

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Na próxima quarta-feira (31), o tricolor tem o jogo da volta da Sul-Americana, contra o Sport, na Arena de Pernambuco. Apesar do desgaste, o Santa não pode se dar ao luxo de descansar. Tem que entrar com tudo que tiver, é assim que pensa o comandante coral. "Não sei ainda, vou avaliar a condição dos atletas. É um jogo importante para nós, competição internacional, contra o principal rival e jogos como esse necessitam todo um cuidado maior. Quero colocar em campo quem estiver melhor fisicamente. Estamos avaliando", disse Doriva.

Com as saídas de Fernando Gabriel e Marcinho, a necessidade de contratações ficou ainda maior, mas ninguém foi anunciado após a chegada de Pisano. O técnico espera que a diretoria traga reforços e comentou as situações de Lelê e Bruno Moraes, que não foram sequer relacionados para a partida com o Cruzeiro.

"São jogadores que estão no elenco e, enquanto estiverem aqui contamos com eles. Estamos conversando com a diretoria por possíveis reforços, que possam chegar e agregar ao elenco. Precisamos melhorar nosso elenco e estamos trabalhando em cima disso, pois ainda tem muita coisa para acontecer e temos que estar em condições de brigar pela permanência", completou.

A manhã de domingo reservava muita expectativa para o reencontro entre mineiros e pernambucanos. O Santa Cruz encarou o Cruzeiro, em plena recuperação na Série A, buscando voltar a vencer fora de casa. O tricolor até começou melhor a partida, mas em sete minutos assistiu Robinho e Ábila definirem o resultado em favor dos donos da casa. O resultado deixou o time coral ainda mais afundado na zona do rebaixamento.

Como era de se esperar, o time do técnico Mano Menezes começou em cima do Santa Cruz. Em dez minutos, foram três escanteios cobrados na área do Santa que viu Bruno Rodrigo quase marcar, livre de marcação em uma das bolas alçadas. A resposta veio aos 13 minutos, quando João Paulo encontrou Grafite na área, que driblou o marcador, mas bateu desequilibrado e o goleiro Rafael defendeu. Na sequência, a zaga isolou. Era difícil para o tricolor trocar passes no campo do adversário que buscava as bolas cruzadas na área, principalmente pela esquerda, com Edimar. A paciência era fundamental para o time coral que precisava segurar o adversário no começo de partida. A primeira chance real de gol, curiosamente foi do Santa quando, aos 25, Allan Vieira cruzou na área e Léo Moura chegou batendo de primeira, a bola explodiu no travessão.

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Aos 28, Rafael Sóbis recebeu boa bola de Edimar na área e deu o giro em cima do zagueiro, mas chutou para fora. Aos 34, Grafite recebeu bola do Pisano na área e colocou por entre as pernas do zagueiro Manoel, mas Lucas Romero chegou para evitar a finalização. O Cruzeiro passou a buscar o lado direito com o Ábila e Arrascaeta, mas faltava encaixar um bom cruzamento na área adversária. O técnico Mano Menezes pedia calma para sua equipe que não trabalhava bem a bola e deixava a torcida impaciente a cada lance de disputa que o árbitro, Sandro Meira Ricci não marcava falta. O apito marcando o fim do primeiro tempo deixou os mineiros preocupados, além da posse, o Santa teve também as melhores chances da partida.

Apagão Coral

A necessidade do resultado fez o Cruzeiro começar o jogo em cima do adversário. A pressão deu resultado logo aos três minutos, quando Robinho recebeu na entrada da área e bateu sem deixar a bola cair para abrir o placar, 1x0. O primeiro gol do meia pela raposa trazia uma tranquilidade para os quase 50 mil torcedores no Mineirão. Pior para o Santa Cruz, que, aos sete minutos, viu o adversário aumentar o marcador em jogada pela esquerda de Arrascaeta, encontrando o Ábila, empurrar para o gol, sem goleiro. A pressão mudou de lado, Santa precisava de uma reação e tinha que ser tão rápida quanto o apagão em que tomou os gols. A partir dali, o tricolor passou a pressionar com lances de velocidade de Keno e seus meias. Aos 20, após cobrança de falta, a bola foi disputada na área e sobrou para João Paulo encher o pé, mas o tiro passou pelo lado do gol de Rafael. A busca pelo primeiro tento era forte.

Aos 26 foi a vez de Grafite ter a oportunidade em bola travada por Marion e a zaga, mas o centroavante pegou com a canela e a bola foi para fora. Em cobranças de escanteio, o Cruzeiro levava perigo à meta de Tiago Cardoso. O Santa sentia a pressão de jogar atrás por dois gols. Tentava ligaçoes diretas da zaga para o ataque e via o adversário contra-atacando nos espaços deixados durante as ofensivas. Aos 38 minutos veio a melhor oportunidade em uma falta na entrada da área. Wallyson, ao invés de cruzar, tentou a cobrança direta e quase surpreendeu o goleiro Rafael que foi buscar a bola no ângulo. Aos 46, João Paulo cruzou na área e Wallyson cabeceou, mas o goleiro tirou praticamente na linha do gol. Aos 48 foi a vez do Cruzeiro perder um gol feito quando Willian recebeu na área e acertou a trave, no rebote, Rafael Sóbis tentou o chute e acertou o companheiro de equipe. O jogo terminou definido pelos dez primeiros minutos do segundo tempo, Cruzeiro 2x0 Santa Cruz.

Ficha técnica:

Torneio: Campeonato Brasileiro

Local: Mineirão

Cruzeiro: Rafael; Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo e Edimar; Ariel Cabral, Lucas Romero (Denílson) e Robinho (Rafinha); De Arrascaeta, Ábila (Willian) e Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes.

Santa Cruz: Tiago Cardoso; Léo Moura, Danny Morais, Luan Peres e Allan Vieira; Derley (Wallyson), Uillian Correia (Danilo Pires), João Paulo e Pisano (Marion); Keno e Grafite. Técnico: Doriva.

Arbitragem: Sandro Meira Ricci - SC

Assistentes: Nadine Schramm - SC / Helton Nunes - SC 

Gols: Robinho e Ábila (CRU)

Cartões amarelos: Lucas Romero e Ariel Cabral (CRU) / Derley, Uillian Correia e Keno (STA)

Público: 49.028 pagantes

Renda: R$ 1.445.435

No comando do Santa Cruz, Doriva ainda não sabe o que é vitória. Já foram dois jogos no comando coral e uma derrota e um empate somados. No próximo domingo (28), o técnico terá mais um compromisso pela frente em busca dos três primeiros pontos, contra o Cruzeiro, no Mineirão. Apesar do peso de jogar fora de casa os adversários celestes, assim como os tricolores, não vêm tendo uma boa campanha no brasileiro. O time de Mano Menezes ocupa a 16ª colocação com apenas quatro pontos a mais que os pernambucanos e, além disso, tem a pior campanha como mandante da Série A. É se baseando nesses números que Doriva já monta um esquema para buscar seu primeiro triunfo no clube.

“A gente sabe que há essa pressão no Cruzeiro pelo fato de jogar em casa de não ter retrospecto favorável. Temos que ser inteligentes e usar isso a nosso favor. Com o jogo acontecendo e a gente não permitindo que eles façam o gol, isso pode ir alterando o comportamento dos atletas deles em campo e podemos tirar proveito desse momento. Temos que ter uma estratégia bem definida e aproveitar esse tipo de situação”, analisou o treinador.

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Querendo jogar a pressão para os adversários, o técnico ainda encontrará um Mineirão lotado. Cerca de 37 mil cruzeirenses já garantiram ingresso para o jogo. A grande presença de público não é vista como mais um adversário para o Santa Cruz, mas pelo contrário, segundo Doriva, será uma motivação a mais para os jogadores. “Essa é a atmosfera que o atleta gosta de jogar. Quem dera todos os estádios fossem cheios em todos os jogos. O atleta gosta desse ambiente. Isso não vai alterar em nada, temos que ter equilíbrio e dentro de campo resolver nossos problemas, fazer uma partida inteligente”, destacou.

Na esperança de um recuperação ele ainda ressalta que mesmo com os últimos resultados tem encontrado um ambiente positivo no clube e por isso acredita na voltar por cima. “Quando aceitei esse desafio sabia que vinha para um clube pressionado. Mas, surpreendentemente, o ambiente interno é bom, o vestiário é sadio e está confiante. Temos implementado nossas ideias e a assimilação é rápida. Sabemos que a situação não e fácil, precisamos pontuar, reagir na competição, mas os atletas estão dispostos”, finalizou.

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O meia Everton Felipe vem se firmando no Sport a cada jogo. Pelo lado direito do time de Oswaldo de Oliveira, mais precisamente na ponta, o prata da casa incomoda  - e muito -  os adversários. Neste domingo (24), contra o Cruzeiro, o jovem resolveu aprontar pelo meio campo, numa arrancada digna de elogios. Ainda deixou Rogério na cara de Fábio, sabendo que o gol era certo.

Everton Felipe girou ainda no meio campo em cima da defesa cruzeirense e partiu de cabeça erguida. Deixando o egoísmo de lado, o meia passou para Rogério que de chapa e com muita segurança, marcou seu segundo gol na partida. Everton comemorou bastante sua contribuição.

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“A gente vem trabalhando, corrigindo nossos erros, acreditando no que o professor vem insistindo como meta. Foi um lance feliz. Quando vi o Rogério, tinha certeza que era gol”, declarou Everton Felipe, após o jogo.

O Sport ocupa agora a 14º posição, com 18 pontos. As duas próximas rodadas para o Leão serão dentro de casa.

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A vitória do Sport diante do Cruzeiro, neste domingo (24), no Mineirão, representou a concretização de uma evolução do time rubro-negro. Foi a primeira vitória leonina longe do Recife neste Brasileirão. Mesmo recebendo pressão no início do jogo, o time de Oswaldo de Oliveira soube se defender e aproveitar as chances de gols. De acordo com o treinador, a partida aconteceu como ele esperava e da forma como a equipe treinou durante a semana.

Segundo Oswaldo, o time mineiro teve domínio territorial em boa parte do jogo, mas a produção ofensiva do Sport, que soube definir bem as jogadas, culminou na vitória pernambucana. “Era previsível pela qualidade do Cruzeiro, especialmente por causa do quarteto ofensivo deles. São jogadores que realmente podem desequilibrar. Acho que isso valoriza muito o trabalho que a nossa equipe fez. Construímos a vitória de uma forma que a gente treinou bastante durante a semana”, analisou o técnico.

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O comandante rubro-negro ainda relembrou que o Sport já passou pelo que o Cruzeiro viveu neste domingo no Mineirão. Nem sempre o volume de jogo e as estatísticas de finalizações e posse de bola condizem com conquista da vitória, segundo o treinador.

“Já tivemos esse tipo de oportunidade (domínio). Contra a Ponte Preta, tivemos 56% de posse de bola, mas perdemos porque a Ponte foi mais eficiente. Hoje foi a nossa vez”, destacou Oswaldo, enfatizando que o time mineiro dominou as estatísticas, mas o Rubro-Negro foi mais eficaz nas finalizações.

O resultado diante do Cruzeiro tirou o Leão da zona de rebaixamento. O time pernambucano agora ocupa a 14ª colocação com 18 pontos, enquanto o cruzeiro é o vice lanterna com 15. 

O Sport ainda vislumbra uma vaga à Copa Libertadores da América 2016. Em sétimo colocado, com 52 pontos, o Leão praticamente não pode mais perder se quiser se manter na luta. Neste domingo (15), às 16h (do Recife), a equipe comandada pelo técnico Paulo Roberto Falcão terá mais um teste de fogo: enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão.

Faltam apenas quatro jogos para o fim da Série A e o Sport busca vencer todos os confrontos. Para tentar começar a traçar esse feito, o técnico Falcão tem um problema: não poderá contar com o lateral direito Samuel Xavier para a partida diante do Cruzeiro. Para a posição, deverá utilizar Ferrugem, que chegou a ser titular sob o comando de Eduardo Baptista durante o campeonato.

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Por outro lado, os rubro-negros voltam a contar com peças-chave do sistema defensivo: o zagueiro Durval e o volante Wendel. A dupla não atuou no último jogo porque se recuperava de lesão.

Invicto há seis jogos, o Cruzeiro enfrenta o Fluminense, neste domingo, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, pela 31.ª rodada do Campeonato Brasileiro, às 11 horas, um horário que tem atraído os torcedores mineiros e também embalado o time.

O técnico Mano Menezes estreou pelo time celeste em um duelo às 11 horas. Foi contra o Figueirense, com direito a uma goleada por 5 a 1 e mais de 30 mil torcedores presentes. O atacante Willian, que volta à equipe após cumprir suspensão, foi o destaque daquela partida com quatro gols.

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"Fico feliz pelo momento, em poder ajudar, contribuir com um bom futebol, com gols, assistências e sempre valorizando o coletivo. A equipe está bem preparada, ainda mais com o apoio da nossa torcida, que nos transmite uma energia, uma força muito grande, para que possamos, dentro de campo, nos fortalecer e fazer mais uma grande partida", declarou Willian.

Mano Menezes tem um desfalque certo e uma dúvida para a partida. O atacante Vinícius Araújo está fora após machucar a clavícula ao comemorar o gol no empate com o Atlético Paranaense em 2 a 2 na última rodada. O zagueiro Manoel sofreu entorse no tornozelo direito e não teve a presença confirmada pelo departamento médico. Se ele ficar de fora, Douglas Grolli será o substituto.

Cruzeiro e Atlético Mineiro ficaram no empate por 1 a 1 em uma partida eletrizante disputada neste domingo no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, pela 25.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clássico teve gol de empate do time alvinegro no final do segundo tempo e pênalti para o clube celeste desperdiçado um minuto depois.

Willian, que vem se transformando no grande artilheiro da equipe, marcou para o Cruzeiro ainda no primeiro tempo e desperdiçou o pênalti na etapa complementar. A partida foi a primeira do técnico Mano Menezes como treinador cruzeirense em um clássico contra o Atlético.

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Com o resultado, o time alvinegro mineiro se distancia um pouco do líder Corinthians, que, com 54 pontos depois de vitória por 3 a 0 contra o Joinville em jogo das 11 horas, tem agora cinco a mais na tabela de classificação. Já o Cruzeiro, com 29, segue próximo da zona de rebaixamento.

O Cruzeiro foi taticamente melhor no primeiro tempo. Ao mesmo tempo em que levava mais perigo ao gol do Atlético, apertava a marcação no meio de campo impedido o avanço do adversário. Aos 4 e aos 5 minutos, o time celeste conseguiu dois escanteios. Tanto em uma como na outra, Henrique tentou o arremate dentro da área, mas desperdiçou ambas.

Na melhor chance do Atlético, aos 28 minutos, Lucas Pratto desviou para fora cruzamento da direita. E, aos 37, no momento em que as duas equipes aumentavam a troca de passes no meio de campo, esperando o intervalo, saiu o gol do Cruzeiro, com grande falha do goleiro Victor no lance. Ceará cruzou da direita, a zaga não conseguiu afastar e a bola sobrou para Willian, que tocou entre as pernas do arqueiro alvinegro. O jogador agora tem seis gols na competição.

No início do segundo tempo, logo aos 7 minutos, Mena faz falta dura em Giovanni Augusto na direita - cartão vermelho para o jogador cruzeirense. Imediatamente após a expulsão, no entanto, por pouco o time da Toca da Raposa não faz o segundo. Alisson, aos 9, aproveitou erro de Rafael Carioca na saída de bola, avançou pela grande área, limpou a zaga e chutou no canto, para boa defesa de Victor.

O lance bizarro da partida aos 33 minutos. Marcos Rocha, ao tentar cobrar lateral da direita, deixou a bola escorregar. Reversão no lance. O Atlético tentava chegar, mas, assim como no primeiro tempo, encontrava uma defesa bem posicionada.

Aos 45 minutos, depois de escanteio da esquerda, Carlos marcou de cabeça. No minuto seguinte, pênalti para o Cruzeiro, depois de Willian ser parado pela zaga do Atlético - os jogadores atleticanos reclamaram que a falta teria sido fora da área. Victor, se redimindo da falha no gol, fez a defesa.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 1 x 1 ATLÉTICO-MG

CRUZEIRO - Fábio; Ceará (Fabiano), Manoel, Bruno Rodrigo e Mena; Willians (Charles), Henrique e Ariel Cabral; Alisson, Marquinhos (Fabrício) e Willian. Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-MG - Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete (Josué), Rafael Carioca (Dátolo), Luan, Giovanni Augusto e Patric (Carlos); Lucas Pratto. Técnico: Levir Culpi.

GOLS - Willian, aos 37 minutos do primeiro tempo; Carlos, aos 43 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Fábio (Cruzeiro); Marcos Rocha, Giovanni Augusto, Leandro Donizete, Josué e Jemerson (Atlético-MG).

CARTÃO VERMELHO - Mena (Cruzeiro).

ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).

RENDA - R$ 1.605.850,00.

PAGANTES - 45.991 pagantes.

LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Mesmo tendo sido derrotado pela primeira vez na Série A, o resultado negativo não abalou a confiança do técnico Eduardo Baptista no time rubro-negro. Diante do Atlético-MG, a invencibilidade do Sport na competição caiu, e o Leão viu a chance de reassumir a liderança ir embora permanecendo na terceira posição do brasileiro. Apesar de tudo, o comandante parabenizou a entrega do time na partida e garantiu que a equipe teve uma postura guerreira no jogo, fazendo uma das melhores apresentações na Série A. 

Contra um Mineirão lotado, Eduardo viu um Sport com coragem e que em nenhum momento a equipe cedeu à pressão, continuando a jogar para cima do Atlético. “Fomos um time guerreiro que não se intimidou com a pressão da torcida. Eram 50 mil pessoas e para quem estava aqui era um barulho ensurdecedor. Sofremos uma pressão muito forte, mas o time não sentiu, e esse é um ponto a ser destacado”, avaliou o técnico

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De acordo com o comandante, a derrota já era esperada durante a competição, pela dificuldade do brasileiro, porém, a forma como ela veio, com o time apresentando um bom futebol, o deu confiança de que o rubro-negro ainda pode brigar por mais. “Nós caímos de pé. Sabíamos que a derrota iria acontecer em algum momento, por ser um o campeonato longo e difícil. Buscamos o gol e tivemos chance de empatar, assim como eles tiveram de ampliar. Corremos o risco de nos expor, mas a equipe se portou bem. Foi um dos melhores jogos que vi nesse campeonato da serie A”, garantiu.

O primeiro gol do time mineiro foi considerado uma falta de atenção da defesa rubro-negra: um contra-ataque do galo, característica forte da equipe que já havia sido alertada para os atletas leoninos. Fora isso, Eduardo acredita que o time teve maturidade para não desistir até o último minuto. “O primeiro tempo defensivamente foi muito bom, com muita qualidade. Faltou segurar a bola em alguns momentos. No segundo tempo, era para termos feito o gol, erramos na frente e tomamos o contra-ataque. Sabíamos que era um time rápido e eram fatais no contra-ataque. Ainda tivemos força para empatar, mas logo em seguida tomamos o segundo num lance de méritos para o Giovanni”, ressalta. “Porém, o Sport não se intimidou, continuou jogando, sofreu alguns contra-ataques, mas acuou o time do Atlético no seu campo, jogou, rodou a bola e criou chances. Infelizmente veio a derrota, mas a maturidade e personalidade desse elenco me deixou satisfeito”, concluiu.

Sport e Atlético-MG mostraram que não é à toa que ocupam as primeiras colocações do Campeonato Brasileiro de 2015. Em uma das melhores partidas da competição até o momento, o Sport perdeu a sua invencibilidade ao ser derrotado por 2 a 1 dentro do Mineirão. 

O resultado mantêm as equipes nas mesmas posições. Na próxima rodada, o líder alvinegro enfrenta a Ponte Preta, em Campinas, enquanto o Leão, que permanece em terceiro na tabela, enfrenta o Palmeiras, na Arena Pernambuco.

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Equilíbrio e muita marcação

O que se viu dentro de campo nos primeiros 45 minutos de jogo foi um reflexo da tabela do Campeonato. Atlético-MG e Sport atuam de forma parecida. Muita marcação e tentando o ataque explorando a velocidade dos seus atacantes pelas laterais do campo.

O jogo truncado pelo meio fez com que os goleiros não tivessem muito trabalho. Se atuação dos arqueiros foi discreta, o mesmo não pode ser dito do árbitro goiano Elmo Resende. Tanto os pernambucanos quanto os mineiros desceram para os vestiários com reclamações.

Pelo lado rubro-negro as queixas se deram por uma falta não marcada em Samuel, quando ele se encaminhava para o gol, e por um cartão amarelo aplicado em Rithely por reclamação. Os donos da casa reclamaram de um gol anulado no último minuto do primeiro tempo, quando, segundo a arbitragem, Thiago Ribeiro estava impedido.

Times se empolgam e donos da casa vencem

Se a marcação foi a tônica do primeiro tempo, não segundo foi a objetividade. Com pouco mais de um minuto Lucas Pratto abriu o placar ao bater de primeira um cruzamento de Thiago Ribeiro. Três minutos depois o Sport respondeu e em uma cabeçada o zagueiro Matheus Ferraz igualou o placar.

Um duelo particular iria se destacar dentro do jogo. Giovani Augusto x Danilo Fernandes. No primeiro confronto vantagem para o goleiro rubro-negro em uma belíssima defesa após o chute de fora da área do meia atleticano. Mas o alvinegro foi insistente e mandou uma bomba do mesmo lugar. Dessa vez foi mais feliz e ampliou o placar para a sua equipe.

FICHA DO JOGO

Atlético-MG

 Victor; Carlos César, Jemerson, Leonardo Silva e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Giovanni Augusto (Guilherme), Maicosuel (Cárdenas) e Thiago Ribeiro (Carlos); Lucas Pratto. Técnico: Levir Culpi.

Sport

Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel (Mike) e Diego Souza; Maikon Leite (Neto Moura), Samuel (Wallace) e Marlone. Técnico: Eduardo Baptista

Arbitragem: Elmo Alves Resende Cunha (GO)

Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Jesmar Benedito Miranda de Paula (GO)

Local: Mineirão

Cartão Amarelo: Rithely (Sport) e Jemerson (Atlético-MG)

Gol: Lucas Pratto e Giovanni Augusto (Atlético-MG) – Matheus Ferraz (Sport)

Público: 50.684 torcedores

 

Eu estive lá. Vi de perto a história. Nunca consegui explicar direito aos que me perguntam como foi ver ao vivo o maior desastre do futebol brasileiro. A pancada foi grande. Demorei algum tempo para organizar as ideias, mas depois de exatos um mês da tragédia, conto nas linhas abaixo como foi a cobertura de um dos fatos mais interessantes da minha vida profissional.

Era a segunda vez que estava em Belo Horizonte durante a Copa. A primeira vez já não tinha sido muito tranquila. Onze dias depois, a vitória aos prantos e nos pênaltis contra o Chile ainda pairava no frio ar mineiro. Apesar de ter sido um triunfo, a memória pedia cautela. Não havia na cidade um entusiasmo de Copa do Mundo. O medo da torcida estava escondido em cada esquina de BH.

Reencontrei nos corredores do Mineirão um daqueles seis jornalistas escolhidos por Felipão para um conversa reservada. Com ele tive a minha única discussão mais áspera durante todo o Mundial. No mesmo estádio o comentei na porta de um banheiro que o treinador brasileiro era muito sortudo após a classificação na oitavas de final. Como uma mãe que defende um filho ele me garantiu que o que tínhamos acabado de ver era fruto da competência do técnico gaúcho, mesmo dependendo das defesas de Júlio César para passar de fase.

- Precisaremos de sorte ou competência amanhã contra os alemães? – brinquei ao sentar ao lado dele na coletiva de imprensa do técnico brasileiro, um dia antes do massacre.

- Guarde a sua sorte. Ganharemos na bola – respondeu aos risos.

Até agora não entendo o porquê, mas durante todo o mundial não conseguir me envolver emocionalmente com a seleção. Não lembro de ter gritado em um único gol do Brasil. Não era por conta da utópica imparcialidade jornalística, já que todos ali eram brasileiros e por mais queixas que tivessem em relação ao comando do futebol nacional, queriam ver a o time brasileiro campeão. Sinceramente a seleção não me empolgou.

Aquele 8 de julho de 2014 se mostrava não ser um dia comum. O questionado Fred era a maior esperança de todos os brasileiros. Ele iria desencantar e levar o time à final da Copa, segundo a maioria dos comentários nas redes sociais. 

Quatro horas antes de começar a partida um nervosismo, inédito até então, surgiu sem que eu percebesse. As mãos suavam, a boca secava e eu lembrava que tinha cravado em um bolão, semanas antes do início do mundial, que Brasil perderia na semifinal diante da excelente seleção alemã. Maldito palpite. 

Gol da Alemanha. Dá pra reverter. Mais um. Outro. Mais outro. E outro novamente. Acabou. A música Socorro, de Arnaldo Antunes, tocava sem parar na minha cabeça. Já não estava sentindo nada. Nem medo, nem vontade chorar ou de rir. Apaguei tudo que tinha escrito até então. O texto era outro. Tinha que narrar àquela epopeia.

Sete a um no placar e uma perplexidade em cada cadeira do estádio do mineiro. Desço os três lances de escadas da tribuna de imprensa para a Zona Mista junto com três repórteres alemãs. Quatro vozes mudas. A minha por motivos óbvios e a deles por um terrível constrangimento de rir dos brasileiros dentro da casa deles. 

Como esperado os jogadores demoraram quase uma hora para saírem dos vestiários. A maioria não tinha tristeza no olhar, mas raiva. Em certo momento fiquei em dúvida se a culpa tinha sido minha pela aquela acachapante derrota. Havia menos lágrimas naquele dia em comparação a vitória contra o Chile. 

Sabia que tinha vivenciado um dia histórico e traumático. Demorei pra entender o que tinha se passado naquele dia. Mesmo depois de um mês e escrevendo o que vi, parece ainda não ter sido verdade. Até porque, de lá pra cá, nada ainda mudou no futebol brasileiro.

3 dentro

- Sport. Assim como o Náutico, a diretoria acerta em manter os ídolos recentes dentro do clube. É bom para os jovens atletas terem como referência jogadores como Leonardo, que fizeram história no futebol pernambucano, trabalhando junto com eles. Todos ganham em ações como essas.

- Leonardo. Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-jogador e dirigente mostra que é um dos brasileiros que mais entendem a estrutura atual do futebol no mundo. Não à toa, em seu comando o Milan conseguiu títulos importantes e o PSG ressurgiu na Europa.

- Giba. O atleta anunciou aposentadoria na semana passada e deixa o esporte como o maior jogador da modalidade no Brasil em toda a história. Para se ter ideia do tamanho da importância e eficiência dele, Giba conquistou, pelo menos uma vez, todas as competições que disputou na carreira. 

 

 

 

3 fora

- Torcida Jovem do Sport. Beira ao absurdo a ação movida pelo grupo organizado contra o clube que eles dizem apoiar. Prontamente a diretoria do Sport veio a público garantir que cortou qualquer tipo de relação com os torcedores que já foram responsabilizados por cenas de violência e tumulto em estádios por todo o Brasil.

- CBF. A entidade que gere o futebol nacional divulgou esta semana o calendário para 2015. Ela se vangloriou por ter acabado com jogos no Brasil em datas Fifa, mas no dia posterior terá partidas normalmente, desfalcando da mesma forma os clubes.

- Santos. Só a história do jogador no clube justifica a contratação de Robinho. Afundado em dívidas e com o dinheiro da transferência de Neymar diluído há muito tempo, o alvinegro praiano aposta em um jogador que não passou de promessa por onde atuou fora da Baixada Santista.

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