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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (22), que, lançará no início de 2024 um programa que destinará todos os prédios públicos sem uso pelo governo federal para moradia popular. Ele classificou essa distribuição de "sensata" para que o povo tenha o direito de viver com decência.  “Tem prédio que dá para ser transformado em moradia. Tem prédio que a gente tem que vender e levar o dinheiro para fazer outra coisa. Tem terrenos, terrenos e terrenos que a gente pode fazer a doação para, inclusive, o preço da casa sair mais barato para o povo”, disse o presidente. 

A declaração feita na 20º edição do Natal dos Catadores, na área externa do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Participaram mais de 2 mil catadores de materiais recicláveis e pessoas em situação de rua, além de ministros.  Segundo Lula, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi orientada a fazer a distribuição dos imóveis da União sem uso. O presidente citou como exemplo a situação de mais de 3 mil imóveis do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sem utilidade, no momento. “Se não serve pro INSS, serve para o povo que precisa morar, que precisa estudar.” 

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Cessão da União Durante o evento, o governo federal oficializou a cessão de um terreno da União, com área de 2,5 mil quilômetros quadrados (km²), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) do Distrito Federal, à Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis do Cerrado.  A ministra Esther Dweck afirmou que a iniciativa cumpre a missão dada no início do mandato do presidente Lula de destinar para uso social os imóveis da União inativos, dentro do futuro Programa de Democratização dos Imóveis da União, que será formalizado em 2024. “Desde o início, a gente tem feito um trabalho enorme, pedido do presidente, para que a gente possa mapear tudo que tem e ver as grandes demandas da população brasileira de habitação, de regularização fundiária, de espaço para ter escolas, hospitais, e ter, também, moradia para muita gente que está precisando.” 

O imóvel doado no Distrito Federal vai beneficiar 120 famílias de catadores da associação. A área fica próxima ao terreno público do governo do Distrito Federal (GDF), no Setor Noroeste, em Brasília, ocupado há 23 anos pela associação. Após receber a ordem de despejo do GDF, a Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis do Cerrado virou cooperativa. A presidente da entidade, Raimunda Nonata da Silva, agradeceu a doação do terreno que abrigará a sede da associação.

“Estamos nessa luta e somos catadores. Vamos à luta, não [vamos] desistir. Catador, você, que tem um sonho para realizar: acredite!”  A comemoração natalina desta sexta-feira, seguida de almoço, também encerrou a décima edição do encontro sobre resíduos sólidos e reciclagem do país, a ExpoCatadores 2023, organizado pelo Movimento Nacional de Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis, que durou quatro dias, em Brasília.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 14, que os prefeitos façam concessões de terrenos locais para viabilizar a construção de casas com custos mais baratos. O chefe do Executivo disse ter pedido à ministra do Planejamento, Simone Tebet, um levantamento de todas as terras públicas do governo federal e patrimônio dos municípios para serem transformados em "moradia decente" e, assim, acabar com o déficit habitacional.

Lula participa da 84ª reunião geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Brasília. Em tom eleitoral e em aceno aos dirigentes municipais, o presidente defendeu a relação entre União e entes federados e prometeu trabalhar para que bancos públicos emprestem dinheiro aos municípios.

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"Eu nunca compreendi como o presidente da República, ou governador de Estado, mas sobretudo presidente, pensa em governar o País sem levar em conta os entes federados (...) Todas as cidades têm sua importância, porque é na cidade que acontecem os problemas da sociedade", afirmou, sob aplausos.

Lula destacou que, independentemente do partido ou religião de cada prefeito, tratará todos com respeito. "Em respeito ao fato de vocês representarem a cidade de vocês, tratarei como se fosse do meu partido", disse. Ele reforçou que "não faltará o presidente da República nos debates que vocês fizerem".

O presidente voltou a prometer crescimento econômico, recuperação de massa salarial e construção de moradias.

Por volta das 12h desta quarta-feira (21), um protesto por moradia bloqueou o cruzamento entre as ruas do Imperador e Martins de Barros, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. A manifestação foi organizada por moradores e coordenadores da ocupação Leonardo Cisneiros, localizada no antigo prédio do INSS, um edifício antes abandonado e de posse do Governo Federal. O imóvel foi ocupado em 17 de maio de 2021 e comporta cerca de 120 famílias. 

A Polícia Militar acompanhou a mobilização, que contou com objetos incendiados. A fumaça atrapalhou a passagem de pedestres e motoristas. Apesar das duas vias interditadas, o trânsito nos bairros de Santo Antônio, São José e Boa Vista foi “moderado”, de acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU). O Corpo de Bombeiros foi acionado, por volta das 13h, para conter as chamas e fazer a limpeza do local. Até o momento desta publicação, a ocorrência estava em andamento. 

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O prédio do antigo INSS, também no bairro de Santo Antônio, é alvo de uma ação de reintegração de posse. Perto de completar dois anos, a ocupação que se instalou no edifício pede que o Governo de Pernambuco tenha celeridade na discussão com o Governo Federal, para realizar a compra e registro do prédio. 

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“A gente quer alertar o governo que vai entrar, já que esse governo já vai sair [o do PSB], e a governadora Raquel Lyra tem que saber que temos uma ocupação aqui, a Leonardo Cisneiros, e que há uma negociação com o atual governo, que precisa avançar para tornar esse prédio o primeiro edifício de moradia popular de Pernambuco”, explicou Jean Carlos Costa, de 43 anos, e coordenador do Movimento de Luta e Resistência Pelo Teto (MLRT). 

De acordo com Jean, sempre que a ocupação tenta se manifestar, há repressão policial ou desentendimento com as forças pacificadoras. “Queremos abrir esse diálogo. Estamos fazendo um protesto pacífico e organizado, mas a polícia chega truculenta, ameaçando a gente, e um sargento aqui me ameaçou. Não aceitaremos esse tipo de repressão, eles estão aqui para garantir a nossa segurança e a segurança da cidade. Inclusive, a cidade está abandonada, cheia de assaltos. A gente repudia esse tipo de atitude”, completou o coordenador. 

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Moradores da ocupação Leonardo Cisneiros, no Centro do Recife, protestaram na tarde desta terça-feira (17), após um ano cobrando respostas do poder público sobre regularização da moradia de cerca de 120 famílias que moram hoje no antigo prédio do INSS. O edifício abandonado, que fica na Rua Marquês do Recife, no bairro de Santo Antônio, foi ocupado em 17 de maio de 2021, exatamente um ano atrás.  

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“Essa grande mobilização hoje é em comemoração de um ano da ocupação Leonardo Cisneiros. Ela é para cobrar política pública eficiente, principalmente do Governo Federal, que ainda não tomou uma posição em relação à doação do edifício. E também cobrar da Prefeitura do Recife políticas públicas de habitação. A gente não sabe qual a política implantada hoje em Pernambuco. São 120 famílias que não estão no prédio porque querem, mas porque precisam de moradia de qualidade”, afirma Jean Carlos, coordenador estadual do Movimento de Luta e Resistência Pelo Teto (MLRT).

O ativista esclarece também que o diálogo entre os ocupantes e a gestão municipal é bom, mas que diante da urgência, não há condições de estender a situação de irregularidade por mais tempo. “Nós temos tido um diálogo muito bom com a Prefeitura do Recife em relação à saúde, educação e vigilância sanitária, mas a gente está precisando de uma política efetiva, é a PCR e o Governo dizerem que vão pedir aquele prédio ao Governo Federal”, conclui. 

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Os manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam a passagem pela avenida Martins de Barros. O protesto foi um apelo à Prefeitura do Recife e ao Governo de Pernambuco, de quem os moradores solicitam intervenção desde o ano passado. Moradores temem despejo, uma vez que a decisão federal que assegurava a existência de ocupações em todo o país perde validade no próximo dia 30 de junho. 

De acordo com a decisão do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, a vigência da lei que barra despejos e desocupações em áreas urbanas e rurais em razão da covid-19 vai até o dia 30 do próximo mês. O prédio que hoje abriga a ocupação Leonardo Cisneiros é propriedade federal e precisaria de mediação das esferas municipal e estadual para viabilizar uma possível liminar de legitimação da moradia. 

“A gente queria ser visto. Queríamos que o poder público olhasse pra gente. Até porque, dia 30 acaba a lei e a gente tem medo de ser despejado. Se formos despejados, vamos pra onde? A luta é para que a gente consiga uma moradia digna. Aqui no Centro tem vários imóveis abandonados, que só servem como ponto de drogas, jogar lixo. A gente ocupou esse daí e a gente cuida dele”, compartilha Joseli Xavier, de 34 anos, pai de dois filhos e morador da ocupação. 

Atualmente, os filhos de Xavier ficam com a avó, em um outro bairro, para terem acesso à escola e poderem circular em maior segurança. O morador desabafa que a possibilidade de dividir a calçada com alguém o assusta: “É prometido que se vai resolver uma situação ou outra, mas é esquecido. Ainda bem que temos o movimento, mas é difícil. O medo é de dormir no dia 29 com um teto e no dia 30 amanhecer na rua. Até morar na rua não tem como, porque é tanta gente, que cada pedaço da rua tem um dono”. 

*Com informações de Jameson Ramos

Um local marcado pela tragédia vai virar moradia popular no Largo do Paissandu, região central da cidade São Paulo. Após um acordo de doação entre a Prefeitura e o Governo Federal, dono da área na qual o Edifício Wilton Paes de Almeida foi construído na década de 1960, o terreno será utilizado para construção de moradias populares. O edifício desabou após um incêndio no dia 1 de maio de 2018, matando nove pessoas. O projeto executivo foi apresentado nesta quarta-feira (29) e as obras devem começar até 1º de maio, data em que o incidente completará dois anos.

A tentativa começou ainda em 2019, quando o Governo Federal negou a transferência da área à administração municipal. De acordo com a Superintendência de Patrimônio da União (SPU), a negativa ocorreu porque a prefeitura não tinha um projeto para construção no local. Com a elaboração e apresentação do plano que consiste na edificação de um empreendimento composto por 14 andares e 90 unidades habitacionais, a União aceitou ceder o lote onde ficava o prédio, que foi ocupado de maneira irregular a partir de 2002. Na ocupação do Edifício Wilton Paes de Almeida, viviam mais de 450 pessoas.

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Os valores que custearão a obra do conjunto devem partir do novo programa habitacional de São Paulo, o Pode Entrar. O projeto, anunciado no último trimestre de 2019, destinará mais de R$ 1 bilhão em investimentos exclusivos dos cofres públicos paulistanos para a construção de cerca de 10 mil casas para famílias de baixa renda e que não tenham acesso ao crédito imobiliário.

Um novo programa habitacional deve garantir moradia para mais de 10 mil famílias na cidade de São Paulo. A prefeitura lançou, na última terça-feira (17), o "Pode Entrar". A iniciativa promete facilitar o acesso de grupos familiares com renda bruta de até três salários mínimos ao financiamento para aquisição de imóveis populares. Além de atender paulistanos que não tenham acesso aos subsídios do crédito imobiliário, o programa beneficiará aqueles que não foram mais respaldados pelo Governo Federal em 2019, classificados como “Faixa 1” pelo plano "Minha Casa, Minha Vida" e famílias com renda de até seis salários mínimos. Esta categoria pode ter auxílio de até R$ 40 mil, via de Carta de Crédito.

O projeto teve andamento a partir da alteração da Lei do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), sancionada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) em outubro. Antes, a norma ordenava que os repasses do fundo para a habitação fossem utilizados de forma exclusiva para a compra de terrenos. Com a mudança, o Fundurb permite que a cidade invista os recursos na construção de unidades habitacionais. Somada à construção de moradias populares, a iniciativa tem como objetivo a reabilitação de imóveis como prédios localizados no Centro de São Paulo.

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O investimento na fase inicial do programa é de mais de R$ 1 bilhão no ano de 2020, com recursos do município (Fundurb: R$ 499 milhões + Investimentos das Operações Urbanas: por volta de R$ 404 milhões) e operações de crédito de bancos nacionais (cerca de R$ 170 milhões). Na organização do modelo, a distribuição dos recursos ficou dividida por modalidade. Dos imóveis, 40% serão destinados aos cadastrados pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) e famílias removidas de áreas de risco ou intervenções públicas como reintegrações de posse. Outros 40% serão direcionados aos empreendimentos organizados por entidades sociais. Os 20% restantes vão para imóveis de locação social ou carta de crédito. Dentro de cada segmento do “Pode Entrar”, o programa assegura 5% das unidades construídas para Pessoas Com Deficiência (PCD), 5% para pessoas idosas e 5% para mulheres atendidas por medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

As primeiras obras do novo programa estão agendadas para fevereiro de 2020 em todas as regiões da capital paulista.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que autoriza a liberação de recursos para a construção de moradias populares na Zona Sul da capital. A votação teve 50 votos favoráveis e nenhum contrário. O texto seguirá para sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB).

A proposta integra a Operação Urbana Água Espraiada, criada há 17 anos e que já concluiu obras como a Ponte Estaiada e a avenida Roberto Marinho. O texto aprovado propõe que 30% do valor arrecadado com a venda de títulos na bolsa de valores – que permitem que construtoras levantem edifícios acima da altura permitida em Santo Amaro e Itaim Bibi – deve ser destinado à construção de habitações populares.

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De acordo com movimentos de moradia popular, existem mais de 1.700 famílias na fila e a aprovação do projeto de lei foi comemorada pelas pessoas que moravam em áreas desapropriadas pela Operação Urbana Água Espraiada. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento informou que a previsão é de que as moradias sejam entregues no início de 2019.

Para facilitar a vida das pessoas que estão na fila de espera dos programas habitacionais de Guarulhos, o Legislativo estuda a viabilidade de implantar um sistema de consulta online para dar mais transparência ao processo de seleção das famílias e evitar que os candidatos aguardem muito tempo sem nenhuma informação.

Nesta quinta-feira (8), o projeto de lei 156/2018, do vereador Wesley Casa Forte (PSB), recebeu um parecer favorável da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos.

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Na justifica do Projeto de Lei, o autor fala sobre a dificuldade da população para saber qual lugar ocupa na lista de espera. A proposta determina que a Prefeitura divulgue em seu site oficial na internet, a relação dos candidatos atendidos, a data de contemplação, o número de inscrição e a ordem de colocação.

A presidente da Comissão, Carol Ribeiro, (PMDB) afirma que a iniciativa pode evitar a alteração da lista de espera e melhorar o atendimento ao público. “O povo merece maior transparência na política habitacional”.

As empresas de construção que desenvolvem moradias populares, enquadradas no Minha Casa, Minha Vida, têm puxado a recuperação do mercado imobiliário. Direcional, MRV e Tenda responderam por dois terços dos lançamentos e das vendas do terceiro trimestre entre as 11 incorporadoras listadas na Bolsa. Juntas, as três lançaram empreendimentos com valor de vendas estimado em R$ 2 bilhões, um crescimento de 55,5% na comparação anual. As vendas no período totalizaram R$ 2,1 bilhões, avanço de 23,5%.

"O protagonismo da faixa popular na recuperação acontece sobretudo por causa do crédito. Os empreendimentos mais baratos, do Minha Casa, Minha Vida, têm acesso a crédito mais em conta. Os juros altos no passado recente praticamente inviabilizavam o financiamento", diz Pedro de Seixas, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em negócios imobiliários.

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Em São Paulo, imóveis com preços até R$ 240 mil lideraram em quase todos os indicadores de agosto, aponta o Secovi-SP (entidade do setor). No País, dados da Abrainc (associação de incorporadoras) mostram que as vendas de imóveis novos do Minha Casa, Minha Vida até agosto somaram 41,7 mil unidades, 23,6% mais que no mesmo período de 2016. Foram 33,4 mil lançamentos, alta de 13%.

O copresidente da MRV, Eduardo Fischer, reitera a perspectiva de mais lançamentos e vendas em 2018. Ele também avalia que há boa disponibilidade de recursos para financiar a compra de imóveis com juros baixos, ao contrário do restante do mercado. "As sinalizações do governo são de que a habitação popular é prioridade."

Já a Direcional avalia que ainda existe grande diferença no desempenho de cada ramo. Tanto o médio quanto o alto padrão sofrem com distratos, juros altos e baixa demanda. Diante disso, a companhia abandonou novos projetos nesse mercado. Mas no de moradias populares, a trajetória continua positiva.

No grupo das empresas focadas tanto no médio quanto no alto padrão - Cyrela, Even, Eztec, Gafisa, PDG, Rossi, Rodobens e Tecnisa - o resultado na Bolsa foi mais modesto. Os lançamentos atingiram R$ 1,27 bilhão, alta de 4,6%. Já as vendas subiram 42,4%, para R$ 1,39 bilhão. As incorporadoras conseguiram aumentar lançamentos e vendas no terceiro trimestre, além de diminuir o tamanho do rombo financeiro, o que sinaliza uma inflexão no mercado imobiliário após anos de crise.

Sair do vermelho, entretanto, é algo esperado só para meados de 2018, segundo empresários. Eles avaliam que o setor ainda depende de um avanço mais consistente da economia brasileira e da confiança dos consumidores para impulsionar as vendas e reduzir os estoques. O vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, Rodrigo Luna, ressalta que o crescimento do setor depende da volta do emprego e da retomada da renda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Casarão da Tamarineira, ou da Jaqueira, localizado na Zona Norte do Recife, estava abandonado e foi invadido por três famílias há 26 anos. Hoje, mais de 20 famílias ocupam o local, cerca de 70 pessoas.

Em 2010, um mandado de reintegração de posse no casarão pegou todos os moradores de surpresa. No relato de cada um é possível perceber o trauma daquele dia, quando pessoas exigiam que eles recolhessem os pertences e de deixassem o imóvel onde há anos viviam.  Movimentos sociais se reuniram e conseguiram segurar o mandado.

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Desde então, a luta é pela garantia dos direitos básicos de se ter onde viver dignamente. Em 2015, um novo capítulo trouxe incerteza na vida dos moradores do Casarão. O Portal LeiaJá foi até o local e ouviu as histórias de quem é personagem direto desta narrativa.

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Em meio à crescente tensão entre movimentos de moradia e os governos estadual e municipal, o prefeito Fernando Haddad (PT) enviou projeto à Câmara Municipal pedindo autorização para receber 10 terrenos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) avaliados em R$ 106,5 milhões. O pagamento do órgão do governo federal faz parte de uma dívida com o município. Os prédios serão reformados e transformados em habitação popular por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) entre a Prefeitura e o governo estadual.

Geraldo Alckmin (PSDB) e Haddad pretendem usar esses terrenos para dar início à produção de até 20 mil unidades habitacionais na região central da cidade. O governo municipal apoiará o projeto com cerca de R$ 400 milhões, dos quais R$ 300 milhões são de um fundo municipal que recebe recursos de contrapartida da Sabesp, concessionária do abastecimento da capital paulista.

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O problema é que Haddad e Alckmin vão ter de arrumar uma solução para desocupar esses prédios. Dois deles já estão ocupados pela Frente de Luta por Moradia (FLM) no centro: um na Rua José Bonifácio e outro na Avenida 9 de Julho.

A FLM é a entidade responsável pela ocupação da Avenida São João onde houve confrontos na terça-feira, 16, entre sem-teto e a Tropa de Choque. Cerca de 80 pessoas foram detidas e pelo menos 10 ficaram feridas. Para reformar esses dois prédios invadidos e transformá-los em moradia popular, Prefeitura e Estado também vão precisar pedir a reintegração de posse desses edifícios.

Outros três terrenos doados pelo governo federal à Prefeitura ficam na região de Heliópolis, na região onde está a maior favela de São Paulo, com cerca de 200 mil moradores. Um dos prédios do INSS fica na Rua Piauí, em Higienópolis, área nobre da região central.

A relação dos terrenos do INSS que serão transformados em moradia popular por meio de parceria entre Prefeitura e governo estadual é a seguinte:

1- Rua José Bonifácio, 237

2- Rua General Rondon, 52/58

3- Rua General Rondon, 82

4- Rua Almirante Marques Leão, 202

5- Rua Piauí, 527

6- Av. 9 de Julho, 584

7- Av. Almirante Delamare, 2867

8- Av. Almirante Delamare, 2911

9- Av. Almirante Delamare, 2925

10- Av. Carioca, esquina com Rua Maciel Parente

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