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A taxa de mortalidade de bebês no primeiro ano de vida na população yanomami atingiu 114,3 a cada mil nascimentos em 2020. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o número é 10 vezes a taxa do Brasil e supera a dos países africanos Serra Leoa e República Centro-Africana, que estão entre os mais pobres do mundo e têm os maiores índices de mortalidade de crianças. Serra Leoa tinha, em 2020, taxa de mortalidade de 80,5 e a República Centro-Africana, de 77.

Segundo relatório da Missão Yanomami, divulgado pelo Ministério da Saúde, as mortes de bebês recém-nascidos representaram quase 60% dos óbitos em menores de um ano de 2018 a 2022. De acordo com o relatório, isso revela falha na atenção à gestação, ao parto e aos cuidados recebidos no nascimento. O documento indica a desnutrição como uma das principais causas de óbito de crianças. A Missão Yanomami foi realizada de 15 a 25 de janeiro.

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A doutora em nutrição e professora aposentada da Universidade Federal de Pernambuco Sonia Lucena explica que a desnutrição impacta severamente na imunidade das crianças.

Dados coletados desde 2015 apontam frequência de baixo peso. Em 2021, esse índice chegou a 56,5% das crianças yanomami. Quase metade das gestantes estava abaixo do peso em 2022.

Cinco milhões de crianças com menos de cinco anos morreram em 2021, um "número alarmante", apesar dos avanços registrados desde o começo do século, alertaram agências da ONU nesta terça-feira (10).

“O fato de 5 milhões de menores terem morrido em 2021 antes de chegarem ao quinto aniversário é alarmante, dada a disponibilidade de conhecimento e de ações para impedir essas mortes”, aponta um relatório elaborado por várias organizações, entre elas Unicef, Organização Mundial da Saúde e Banco Mundial.

Quase metade das mortes (2,3 milhões) ocorreram no primeiro mês de vida, principalmente por complicações durante o parto ou por prematuridade. Após o primeiro mês, doenças infecciosas, principalmente pneumonia, diarreia e malária, são as principais ameaças.

O relatório destaca que essas "mortes intoleráveis" eram "amplamente evitáveis", uma vez que as crianças poderiam ter recebido um atendimento melhor durante o parto, uma alimentação melhor, vacinas ou água de melhor qualidade.

Enquanto a pandemia dificultou as campanhas de vacinação, 2 milhões de menores foram privados de vacinas essenciais em 2021 em relação a 2020, e 6 milhões a menos do que em 2019, assinala o relatório.

As agências, no entanto, veem sinais positivos. A taxa de mortalidade de menores de cinco anos caiu 50% desde 2000 e a de mortes no parto, 35%.

Em 2021, o número de bebês natimortos foi estimado em 1,9 milhão, de acordo com um segundo relatório das mesmas agências divulgado nesta terça-feira. Mas "desde 2010 é registrada uma desaceleração clara dos avanços", ressaltam as agências.

“Na ausência de medidas rápidas que permitam melhorar os serviços de saúde, as organizações internacionais preveem cerca de 59 milhões de mortes de menores e jovens até 2030, às quais se somarão 16 milhões de natimortos”, advertem.

O relatório destaca as desigualdades no mundo, com menores que não têm as mesmas chances de sobrevivência de uma região para outra. As crianças da África Subsaariana correm o maior risco de morrer antes dos 5 anos, seguidas pelas do Sudeste Asiático.

"Vontade e liderança política são indispensáveis para garantir um financiamento perene dos cuidados básicos de saúde, um dos investimentos mais úteis que os países e parceiros do desenvolvimento podem fazer", comentou Juan Pablo Uribe, do Banco Mundial.

Foram divulgadas nesta quinta (26) as Tábuas Completas de Mortalidade atualizadas, referentes à expectativa de vida adulta e mortalidade infantil em Pernambuco no ano de 2019. O levantamento do IBGE aponta que a expectativa de vida do pernambucano chegou aos 75 anos, um aumento de 0,4 ano em comparação ao ano de 2018, quando a expectativa de vida era 74,6 anos. A expectativa de vida no estado é inferior à média brasileira, que chegou aos 76,6 anos.

Para os homens, a esperança de vida ao nascer também aumentou. De 70,8 anos em 2018, a taxa subiu para 71,2 anos. Já as mulheres tiveram aumento de 0,2 anos, saindo dos 78,4 em 2018, para 78,6 em 2019. A diferença entre os dois sexos é de 7,5 anos e está acima do indicador nacional, que é de 7,1 anos.

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A analítica do IBGE explica que no caso dos homens, a expectativa de vida é menor, em parte, devido ao fenômeno da sobremortalidade masculina, ocasionada por causas externas ou não naturais que atingem os homens com mais intensidade, incluindo os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais e outras eventualidades.

Com relação à mortalidade infantil, Pernambuco mantém a média. A taxa foi de 11,4 óbitos de crianças de até 1 ano a cada mil nascidos vivos. Com o resultado, o estado manteve, em comparação ao ano anterior, a nona menor taxa de mortalidade infantil do país e o índice mais baixo da região Nordeste.

A média nacional é de 11,9 óbitos de bebês que não conseguem fechar o primeiro ano de vida a cada mil nascidos vivos. A taxa de mortalidade infantil é menor entre os bebês pernambucanos do sexo feminino, que mostram 10,2 óbitos por mil nascimentos, em comparação aos do sexo masculino, com 12,4 óbitos.

O levantamento apresenta projeções a partir de dados coletados no Censo Demográfico de 2010 e é usado como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

A mortalidade das crianças menores de 5 anos chegou a um mínimo histórico em 2019, mas este avanço poderia ser afetado pela pandemia da Covid-19 por privá-los de cuidados médicos nos países pobres, alertou a ONU nesta quarta-feira (9).

"O número de mortes de crianças menores de cinco anos chegou a seu nível mais baixo em 2019, com 5,2 milhões contra 12,5 milhões em 1990", informaram em comunicado conjunto diversas agências da ONU, entre elas o Fundo para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Nos últimos 30 anos, as ações de saúde destinadas a prevenir ou tratar as causas da mortalidade infantil, como a prematuridade, o baixo peso ao nascer, as complicações durante o parto, a pneumonia, a diarreia ou a malária, assim como a vacinação desempenharam um papel importante para salvar milhões de vidas", explicaram.

A pandemia da Covid-19, porém, pode colocar um freio neste avanço, alertaram as entidades: "Em todo o mundo, as intervenções de saúde para crianças ou mães foram interrompidas, devido à falta de recursos ou por medo de contrair a covid-19".

Segundo um estudo realizado pela Unicef em 77 países, 68% deles enfrentou algum tipo de interrupção em programas de vacinação ou de visitas médicas infantis.

"A comunidade mundial evoluiu muito na eliminação das causas evitáveis de morte em crianças para deixar que a pandemia da Covid-19 detenha" este esforço, analisou a diretora da Unicef, Henrietta Fore, citada no comunicado.

Fore afirmou que, "sem investimentos urgentes para retomar os cuidados e os serviços sanitários interrompidos, milhões de crianças de menos de 5 anos, e em particular os recém-nascidos, poderão morrer".

"O fato de hoje haver mais crianças que fazem um ano de vida do que em qualquer outro momento da história demonstra o que é possível quando o mundo coloca a saúde e o bem-estar no centro de suas ações", declarou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Contudo, afirmou que "não devemos permitir que a pandemia coloque em risco progressos consideráveis para nossas crianças e as gerações futuras".

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promove hoje (27) sessão, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para marcar os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança. O órgão produziu um relatório que confere ao Brasil reconhecimento por ter melhorado, ao longo dos anos, índices como o da mortalidade, do trabalho infantil, além da exclusão escolar.

Conforme o Unicef, de 1990 a 2017 registrou-se "redução histórica" no total de mortes de crianças menores de um ano de idade. No período, a taxa nacional caiu de 47,1 para 13,4 a cada 1 mil nascidos vivos. Além disso, entre 1996 e 2017, 827 mil vidas foram salvas.

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As ações de mitigação articuladas pelos governos geraram efeitos de âmbito nacional, causando impacto também em São Paulo. No estado, a redução do índice foi de 22,5 para 10,9, de 1996 para 2017, quando 103 mil vidas de bebês foram salvas.

A queda nos índices de cobertura vacinal, adverte o Unicef, tem sido porta de entrada para doenças que eram, até recentemente, consideradas erradicadas, como o sarampo. "Em 2016, a mortalidade infantil subiu pela primeira vez em mais de 20 anos e ainda não voltou aos patamares de 2015, acendendo um sinal de alerta. No total, 42 mil crianças menores de 5 anos ainda morrem por ano no Brasil", informa o fundo da ONU no relatório.

Índice de violência

A alta incidência de homicídios de adolescentes é outro ponto abordado no documento. O Unicef destaca que, entre 1990 e 2007, o total de ocorrências dessa natureza mais do que dobrou.

"De 1996 a 2017, 191 mil crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram vítimas de homicídio", informam os autores do relatório, acrescentando que, a cada dia, em média, 32 meninas e meninos nessa faixa de idade são assassinados.

Nos municípios paulistas, somente na década encerrada em 2017, destaca o documento do Unicef, 8.200 crianças e jovens nessa faixa etária foram assassinados. A taxa chegou a ser de 9,7 homicídios por 100 mil habitantes, há dois anos. A estimativa é que mais de 1 milhão de menores de idade vivam em áreas afetadas pela violência armada na cidade de São Paulo.

Sala de aula

Outro aspecto mostrado no relatório é o acesso de crianças e adolescentes à educação. Na avaliação do Unicef, o país "conseguiu avançar consideravelmente" nessa área.

"Em 1990, quase 20% das crianças de 7 a 14 anos (idade obrigatória na época) estavam fora da escola. Em 2009, a escolaridade obrigatória foi ampliada para a faixade 4 a 17 anos. E, em 2017, 4,7% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos estavam fora da escola".

Os especialistas do Unicef ponderam que, embora o índice de exclusão escolar tenha diminuído significativamente, o país ainda não atingiu a universalização do ensino. Ao todo, quase 2 milhões de meninas e meninos estão fora da escola.

"Em São Paulo, 13% das crianças e adolescentes estavam fora da escola em 1996. Em 2018, eram 3,9%, o que representa 330 mil meninas e meninos. Há ainda aqueles que estão na escola sem aprender. A adolescência é a fase da vida mais afetada com a distorção idade-série no país: 14,9% dos estudantes do ensino médio e 12,5% nos anos finais do fundamental estão dois ou mais anos atrasados, totalizando 6,5 milhões de meninas e meninos. Em São Paulo, são 556.515 crianças e adolescentes", completa o órgão.

Imigrantes e saúde mental

Para o Unicef, outro ponto que deve integrar a agenda das autoridades preocupadas com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes refere-se à acolhida de refugiados. Dos cerca de 200 mil venezuelanos que ingressaram no país até julho, 30% eram menores de idade. O estado é o segundo com maior volume de pedidos de refúgio, concentrando mais de 10% do total.

O tema suicídio também figura no relatório do Unicef como uma das questões contemporâneas que requerem atenção. "Nos últimos 10 anos, os suicídios de crianças e adolescentes vêm aumentando no Brasil. Eles passaram de 714, em 2007, para 1.047, em 2017. No estado de São Paulo houve aumento de 53% no número de casos, saltando de 98, em 2007, para 150 em 2017".

 O Brasil teve quase 18 mortes por 1.000 nascidos vivos em 2017. Em Singapura, cidade-Estado insular localizada na ponta sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático, teve duas mortes por 1.000 nascidos vivos. Ou seja, o Brasil tem 9 vezes mais mortes que Singapura.

O Brasil também supera a Síria em número de mortes infantis. A Síria contabilizou 15 mortes de crianças menores de um ano para cada 1.000 nascidas vivas no país. Os dados são do CIA World Factbook.

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De acordo com um estudo divulgado pela revista cientifica Plos Medicine, cortes orçamentários em saúde básica e assistência social podem levar a até 20 mil mortes e 124 mil hospitalizações de crianças com menos de 5 anos até 2030, no Brasil.

A expectativa de vida do brasileiro passou de 75,8 anos para 76 anos de 2016 para 2017, um aumento de três meses e 11 dias. O dado é da Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2017, divulgada hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A publicação apresenta as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos e são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

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Segundo o estudo, a expectativa de vida dos homens aumentou de 72,2 anos em 2016 para 72,5 anos em 2017, enquanto a das mulheres foi de 79,4 para 79,6 anos.

Regionalmente, Santa Catarina apresenta a maior expectativa de vida, de 79,4 anos, seguida por Espírito Santo, 78,5 anos; Distrito Federal, 78,4 anos, e São Paulo, 78,4 anos.

O Rio Grande do Sul (78,0 anos), Minas Gerais (77,5 anos), Paraná (77,4 anos) e Rio de Janeiro (76,5 anos) são os únicos que têm indicadores superiores à média nacional. No outro extremo, com as menores expectativas de vida, estão Maranhão (70,9 anos) e Piauí (71,2 anos).

Ao comentar os resultados do estudo, a pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi disse que a tendência do país é de convergência com o nível dos países desenvolvidos. “Temos uma certa gordura para queimar em relação à expectativa de vida. No Brasil, tendemos a convergir para o nível dos países desenvolvidos, que estão na faixa dos 83 anos. É uma diferença ainda considerável, mas, se pensarmos que existem países na faixa dos 50 anos, vemos que estamos mais próximos dessa faixa superior”.

Segundo o pesquisador, a tendência é que esse aumento continue de forma gradual e cada vez mais lenta, uma vez que o salto dado no passado foi fruto, sobretudo, de uma forte queda na mortalidade infantil.

“Inicialmente, os ganhos se davam pela redução da mortalidade entre os mais jovens, em função da própria natureza dos óbitos. É algo que não necessita de grandes avanços tecnológicos, como a consciência de que é necessário dar água potável para as crianças. O próprio soro caseiro foi importante na década de 1980”, complementou Minamiguchi.

Mortalidade infantil

A taxa de mortalidade infantil (probabilidade de óbito até um ano de idade) teve uma melhora, que ficou em 12,8 a cada mil nascidos vivos, contra 13,3 em 2016.

Já a taxa de mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade) caiu de 15,5 por mil em 2016 para 14,9 por mil em 2017. Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,7% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,3% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2017.

A tendência, segundo o pesquisador do IBGE, é de que os óbitos se concentrem cada vez mais nas crianças de até 1 ano, cujas mortes são causadas, predominantemente, por questões congênitas, como a má formação do feto.

“No grupo de 1 a 4 anos, predominam causas ligadas ao ambiente em que a criança vive, como a falta de saneamento básico. No grupo de até 1 ano, temos muitos óbitos que ocorrem nas primeiras semanas de vida da criança, causadas sobretudo por doenças congênitas”, explica.

A avaliação do IBGE é de que a queda na mortalidade infantil nas últimas sete décadas está amplamente relacionada ao aumento da expectativa de vida. Enquanto a taxa de mortalidade infantil caiu de 146,6 para 12,8 entre 1940 e 2017, a expectativa de vida ao nascer foi de 45,5 anos para 76 anos no mesmo período.

A cada cinco segundos, uma criança ou adolescente morre vítima de violência, doenças ou acidentes no mundo, informou nesta terça-feira (18) um relatório elaborado em conjunto pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial.

Segundo o documento, apesar dos avanços dos últimos 25 anos no combate contra a pobreza no mundo, o número de mortes de crianças ainda é "inaceitável". Somente em 2017, 6,3 milhões morreram e, de acordo com o relatório, grande parte dos falecimentos poderia ter sido evitada.

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Além disso, o boletim revelou que 5,4 milhões das vítimas eram crianças com menos de cinco anos de idade. Apesar da situação ser grave, o número é muito inferior às 12,6 milhões que morreram em 1990.

"Sem uma ação urgente, 56 milhões de crianças morrerão até 2030. Fizemos enormes progressos para salvar crianças desde 1990. Mas milhões ainda estão morrendo por quem são e onde nasceram. Soluções médicas fáceis, água limpa, eletricidade e vacinas podem mudar a vida de muita gente", alertou Laurence Chandy, responsável pelo levantamento.

Metade das mortes registradas em 2017 aconteceu nos países da África Subsaariana, como Níger, Burundi, Chade e República Centro-Africana, que são algumas das nações com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta.

Nos países da Europa, por exemplo, uma em cada 185 crianças morre com menos de cinco anos. Na África, por sua vez, essa proporção é de uma para 13.

Além disso, a pesquisa apontou que um recém-nascido na África ou em algum país do sudeste asiático possui nove vezes mais chances de morrer no primeiro mês de vida em comparação com crianças de países ricos.

"Devemos priorizar o fornecimento de acesso universal a serviços de saúde de qualidade para todas as crianças, particularmente no nascimento e nos primeiros anos, para que elas tenham a melhor chance possível de sobreviver e prosperar", disse Nono Simelela, diretora geral de saúde da família, da mulher e da criança da OMS.

Já o Brasil, por sua vez, registrou 25 mil mortes de crianças em 2017, nove para cada mil nascimentos. A taxa teve um pequeno aumento em relação a 2016, quando 23 mil mortes foram registradas.

Da Ansa

A mortalidade infantil continua em queda no Brasil. Os dados divulgados nesta quinta-feira (24) na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que as mortes de crianças com até 1 ano de idade passaram de 4% do total de óbitos registrados em 2005 para 2,5% em 2015. Na faixa até 5 anos, esse percentual caiu de 4,8% para 3% dos óbitos.

Em 1974, os óbitos de crianças menores de 1 ano representavam 28% do total no Brasil e os de menores de 5 anos, 35,6%. “Cabe enfatizar que a diminuição dos níveis de fecundidade também contribuiu de forma significativa para o declínio destes percentuais”, diz o estudo.

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O IBGE também atribui o declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), além do maior acesso da população aos serviços de saúde, o que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida.

“Enfim, diversas ações advindas não somente das esferas governamentais, mas também de entidades privadas e organizações sociais, foram conduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil e infantojuvenil”, mostra a pesquisa.

Envelhecimento da população brasileira

O estudo aponta que o aumento do volume de óbitos registrados no Brasil nos últimos dez anos, passando de 992.477 registros de óbitos em 2005 para 1.227.396 em 2015, um acréscimo de 23,7%, ocorre “em virtude da diminuição da mortalidade nas idades iniciais, fazendo com que um maior contingente de indivíduos chegue às idades finais, onde a mortalidade é elevada, gerando um aumento no número de óbitos nas idades mais avançadas”.

Em 1974, a morte das pessoas de mais de 65 anos representava 27,3% do total, quando o país ainda tinha uma população muito jovem. A partir de 2005, 52,4% dos óbitos registrados são da população idosa. Em 2015, este percentual alcança 58,1%.

“A estrutura de óbitos vem se modificando fortemente no Brasil com a tendência que se concentre cada vez mais nas idades finais da vida”, afirmou o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque.

O estudo Estatísticas do Registro Civil é resultado da coleta das informações prestadas pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e os tabelionatos de notas do país.

O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial de prematuridade com cerca de 300 mil bebês prematuros por ano – 11,7% do total de nascimentos no país. A maioria dos casos decorre de gestações na adolescência ou tardias, pré-natal deficitário e doenças maternas. Os dados foram divulgados pela organização não governamental (ONG) Prematuridade.com.

De acordo com a entidade, o nascimento prematuro figura como a principal causa de mortalidade infantil até 5 anos de idade em todo o mundo. No Brasil, os números revelam que, a cada 30 segundos, um bebê morre em consequência do parto antecipado. “O nascimento de um prematuro deixa sequelas psicológicas permanentes para os pais e pode acarretar sequelas de saúde para os bebês”, destacou a ONG.

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Diante do cenário, a Prematuridade.com. prepara nesta quarta-feira (16) uma série de ações no Congresso Nacional na tentativa de instituir formalmente a data como Dia Nacional da Prematuridade. A proposta é sensibilizar parlamentares para a criação do Novembro Roxo, campanha reconhecida internacionalmente na prevenção à prematuridade, mas ainda sem representatividade no Brasil.

Parto prematuro

A ONG lembra que é considerado parto prematuro aquele que acontece antes de 37 semanas de gestação. “Acontece que nem sempre a prematuridade dá sinais de que vai acontecer e ainda não se conhece todas as causas que levam ao parto prematuro; em muitos casos, não se consegue associá-la a uma causa específica”, alertou.

Estão em maior risco para trabalho de parto prematuro as mulheres que já passaram por um parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou com história de problemas de colo do útero ou uterinos.

Além disso, outros fatores podem levar ao parto prematuro: ausência de pré-natal, fumo, álcool, drogas, estresse, infecções do trato urinário, sangramento vaginal, diabetes, obesidade, baixo peso, pressão alta ou pré-eclâmpsia, distúrbios de coagulação, algumas anomalias congênitas do bebê, gestações muito próximas (período menor do que nove meses entre o nascimento do bebê e uma nova gravidez), gravidez fruto de fertilização in vitro e idade menor de 17 anos e acima de 35.

Sinais e sintomas

Os principais sintomas do parto prematuro são bolsa rota/ruptura prematura de membrana, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, placenta prévia, malformações uterinas, infecções uterinas e malformações fetais.

Já os sinais e sintomas do trabalho de parto prematuro incluem contrações a cada dez minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais e cólica abdominal com ou sem diarreia.

Prevenção

Entre as medidas a serem tomadas para evitar que o bebê nasça antes do tempo estão:

- Converse com seu ginecologista/obstetra antes mesmo de engravidar. Ele poderá dar conselhos muito úteis para que você inicie a gravidez de maneira saudável e evite um parto antes da hora

- Assim que o resultado der positivo, avise seu médico imediatamente. Quanto antes o pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto

- Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas que você já apresentou, histórico familiar, assim como o histórico de saúde do pai do bebê

- Siga as consultas e os exames do pré-natal rigorosamente

- Esteja vigilante sobre sua pressão arterial e cheque-a sempre que achar conveniente

- Mantenha uma dieta equilibrada

- Mantenha-se numa faixa de peso adequada. Converse com o obstetra e, se preciso, faça acompanhamento com nutricionista

- Evite bebidas alcoólicas: o álcool, durante a gestação, mesmo em doses muito pequenas, pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento

- Não fume. O fumo aumenta chances de parto prematuro, de o bebê nascer com baixo peso e da morbimortalidade dos recém-nascidos

- Não se auto-medique. Alguns remédios são altamente perigosos para as gestantes e esses avisos, via de regra, estão escritos com letras pequenas nas bulas dos medicamentos

- Exercite-se. Se o seu médico autorizar e sempre com acompanhamento profissional

- Mantenha seu calendário de vacinação atualizado. Converse com seu obstetra sobre o assunto: algumas vacinas estão contraindicadas na gravidez e outras necessitam reforço

- Não se esqueça do ácido fólico e da vitamina B12. Eles vão garantir que seu bebê não desenvolva malformações ou tenha danos no sistema nervoso. O consumo do ácido fólico deve ser iniciado antes mesmo da concepção do bebê. Esses nutrientes são facilmente encontrados em alimentos de origem animal (carnes, laticínios, ovos) e em vegetais verde-escuros

- Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais

A mortalidade infantil no mundo foi dividida por dois em um quarto de século mas apenas 62 países em 195 conseguiram atingir os objetivos definidos pelas Nações Unidas (ONU) - segundo números divulgados pela ONU nesta quarta-feira.

"A mortalidade global de crianças com menos de cinco anos foi reduzida em 53% nestes últimos 25 anos", mas para vários países a meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) não foi estabelecida, segundo estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet.

A mortalidade infantil mundial passou de 12,7 milhões em 1990 para 5,9 milhões em 2015 (estimativa), segundo estudo estatístico realizado por membros da ONU e suas agências Organização Mundial de Saúde (OMS) e Unicef.

"Progressos notáveis foram realizados a nível mundial para melhorar a expectativa de vida das crianças nos últimos 25 anos", comentaram os autores do trabalho, coordenado por Danzhen You, da Unicef.

Os autores chamaram a atenção para uma tendência "encorajadora" nos últimos anos no leste e no sul do continente africano, e afirmaram que caso a mortalidade infantil continuasse no mesmo nível de 2000, 48 milhões de crianças a mais teriam morrido nos últimos 15 anos.

"Devemos reconhecer que grandes progressos foram feitos globalmente, especialmente desde os anos 2000", reconheceu a diretora-geral adjunta da Unicef, Geeta Rao Gupta.

"Mas muitas crianças continuam a morrer por causas evitáveis antes dos cinco anos", disse a responsável da ONU em comunicado.

- Quase 16 mil mortes diárias -

Quase 16 mil menores de cinco anos morrem diariamente no planeta, e em pouco menos da metade dos casos (45%) o falecimento se dá nos primeiros 28 dias de vida.

As principais causas de mortalidade infantil são nascimento prematuro, complicações no parto e diversas doenças, como pneumonia, diarreia e malária.

"Mas a metade das mortes está associada à desnutrição", que debilita a resistência dos menores, destaca a ONU.

Muitas destas mortes poderiam ter sido evitadas com a concentração de esforços em regiões-chave da África subsaariana e do sudeste da Ásia, onde as taxas de mortalidade infantil são mais elevadas.

No total, 236,3 milhões de crianças menores de cinco anos morreram nestes últimos 25 anos, destaca o relatório, que reflete as diferenças na esperança de vida das crianças de acordo com as regiões do planeta.

Os países da África subsaariana seguem tendo a mais alta taxa de mortalidade infantil do mundo: uma a cada 12 crianças morre antes de fazer cinco anos, mas a situação está mudando para melhor, revela a ONU.

"Progressos rápidos permitiram salvar milhões de crianças desde 2000, mas o esforço deve prosseguir e se acelerar nos países subsaarianos" se queremos atingir novos objetivos para 2030, destaca Wu Hongbo, secretário-geral adjunto das Nações Unidas para assuntos econômicos e sociais.

Novos objetivos, denominados "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", acabam de ser adotados para 2030 e buscam reduzir a mortalidade infantil a 25 óbitos por cada mil nascimentos no planeta, contra as atuais 42,5 mortes por mil.

A taxa de mortalidade infantil em 2012 foi de 15,7 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos. Em 2011, essa taxa foi de 16,4, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta segunda-feira, 2, as Tábuas Completas da Mortalidade para o Brasil 2012. Apesar da melhora, o resultado brasileiro ainda está longe do verificado em países desenvolvidos, onde as taxas de mortalidade infantil situam-se em torno de cinco óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos.

Apesar dos declínios observados nos últimos anos na taxa de mortalidade infantil brasileira, ainda há espaço para avanços significativos. Os riscos de morte no primeiro ano de vida são elevados. Em 2012, a esperança de vida ao nascer foi de 74,6 anos, mas, se essa criança sobrevivesse aos riscos de morte dos primeiros meses e atingisse o primeiro ano de vida, a expectativa de vida aumentaria: passaria a 74,8 anos, vivendo, em média, 75,8 anos.

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A partir de um ano de vida, a tendência da série volta a ser decrescente: conforme aumenta a idade diminui a expectativa de vida. No entanto, em 2012, houve aumento na expectativa de vida dos brasileiros em todas as idades, beneficiadas com a diminuição da mortalidade.

Houve melhora principalmente nos extremos da distribuição etária, além do avanço na esperança de vida para os menores de um ano de idade, foi registrado aumento também para o grupo aberto de 80 anos ou mais, sobretudo para a população feminina. Na passagem de 2011 para 2012, para o grupo de 80 anos ou mais de idade, enquanto a expectativa de vida dos homens aumentou em 2 meses e cinco dias, a das mulheres se expandiu em 6 meses e 25 dias.

Também houve avanço na fase adulta, de 15 a 59 anos de idade. Em 2011, a cada 1.000 pessoas que atingiriam os 15 anos, 846 aproximadamente completariam os 60 anos de idade. Em 2012, destas mesmas 1.000 pessoas, 848 atingiriam os 60 anos.

Um dos indicadores de desenvolvimento dos países está ligado diretamente a redução da taxa de mortalidade infantil. No Brasil, esse número foi reduzido em 75% em pouco mais de 20 anos. Isso significa dizer que, se em 1990 tínhamos 52 mortes de crianças a cada mil nascidos vivos, em 2012, esse numero foi de 13 mortes a cada mil nascidos vivos. Vale salientar que, reduzir a mortalidade infantil é um dos oito Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento, estabelecidos pela comunidade internacional em 2000.

Não é novidade que a ausência de acompanhamento médico, deficiência na assistência hospitalar, desnutrição, déficit nos serviços de saneamento ambiental estão entre as causas da mortalidade. Entretanto, e de acordo com estudo publicado recentemente pelo Estadão Dados, o analfabetismo dos pais é a principal causa da mortalidade infantil.

É indiscutível que a ausência de saneamento básico, por exemplo, provoca a contaminação da água e dos alimentos, podendo desencadear doenças como a hepatite A, cólera e diarreia, que figuram entre causas da mortalidade infantil. No entanto, essas doenças são facilmente curáveis quando a população é instruída sobre como identificar e tratar tais enfermidades.

Os níveis de redução atingidos no Brasil são favoráveis e estão dentro das metas estimadas. Contudo, ao observamos países de economia desenvolvida, a mortalidade infantil atinge índices muito baixos, alguns deles registram médias inferiores a 3 mortes para cada mil nascidos,  como o Japão, Islândia, Suécia, Noruega e Cingapura. Vale lembrar que nestes mesmos países temos altos índices na área de educação.

Segundo a Organização das Nações Unidas, ainda estamos no 97º lugar no ranking mundial de mortalidade infantil, bem distante de países como a China, que apresenta 1,89 mortes por 1.000 nascidos vivos, e do Chile, que está em 47º lugar com apenas 6,54 mortes. Em último lugar no ranking estão a República Democrática do Congo (112,2) e Serra Leoa (121,9).

Voltando ao Brasil, nada mata mais as nossas crianças do que a ignorância. O impacto da alfabetização de adultos sobre a mortalidade de crianças é duas vezes maior do que o da pobreza. Em termos claros, a casa pode não ter água ou saneamento básico, mas, se os pais tiverem um pouco de educação, conseguem fazer o pré-natal dos filhos e mantê-los com as vacinas em dia, além de tratar a desidratação decorrente da diarreia, e outras ações simples.

Mais uma vez voltamos à importância da educação para o desenvolvimento do nosso País. Tanto nas áreas de economia, política ou saúde, a educação é a resposta para muitas mudanças. Investir em educação é necessário, primordial e imprescindível.

A mortalidade infantil no Brasil caiu 77% entre 1990 e 2012, de acordo com estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo o estudo, em 1990 a taxa de mortalidade infantil no País era 62 para cada mil nascidos vivos. Em 2012, o número caiu para 14, o que coloca o Brasil em 120º lugar no ranking entre mais de 190 países. A lista é decrescente e quanto mais à frente, maior o índice de mortalidade.

A taxa de mortalidade infantil calcula a probabilidade de morte entre o nascimento e os 5 anos de idade a cada mil nascimentos. Ela compõe a expectativa de vida ao nascer, que faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e é um dos indicativos mais usados para mensurar o desenvolvimento dos países e nortear a elaboração de políticas públicas.

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O Brasil teve melhora em todos os índices apurados. No ranking do Unicef, o País está atrás de outros desenvolvidos como Finlândia, Japão, Cingapura, Noruega e Islândia - primeira colocada no ranking. Os cinco países com os piores índices de mortalidade infantil estão no continente africano: Serra Leoa, Angola, Chade, Somália e Congo. As informações são da Agência Brasil.

João Pessoa - Em 30 anos a Paraíba viu o número de mortalidade infantil diminuir 80,44%. Os números são do levantamento “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade” de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgado na noite desta terça-feira (06) pelo Secretaria Estadual de Comunicação.

De acordo com os dados, de 1980 a 2010, o Estado passou de 117,1 para 22,9 crianças mortas antes de completarem um ano de vida para cada mil nascidas vivas. Esta é a maior queda em todo o país.

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Já a expectativa de vida dos paraibanos aumentou em mais de dez anos. Em 1980 os homens viviam em média 54,05 anos, e as mulheres, 59,94. Em 2010, Os moradores passaram a viver 67,38 anos, e as moradoras 74,92. O aumento foi de 14,18 anos.

Segundo o IBGE, o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de residências com saneamento básico adequado, a diminuição da desnutrição infanto-juvenil e um maior acesso da população aos serviços de saúde são algumas das razões para a melhoria dos números nas últimas três décadas.

De 2000 a 2011, a mortalidade infantil diminuiu 32% no Estado de São Paulo, atingindo um índice de 11,5 óbitos a cada 1 mil bebês nascidos vivos com menos de 1 ano de idade. Em 2000, esse índice era de 16,9. O dado será anunciado nesta terça-feira pela Secretaria Estadual da Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, a projeção de mortalidade infantil para 2011 no País é de 16,8, índice que chegou a 26,8 em 2000.

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Para o secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri, o que possibilitou a redução do índice foi o aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, a melhora da cobertura vacinal e o aumento do número de unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal. Só em 2011 foram inaugurados 102 novos leitos de UTI neonatal no Estado, totalizando 1.050.

Atualmente, a maior preocupação da pasta, segundo Cerri, é com a gestante que não recebe o acompanhamento adequado. Ele cita que 76% das grávidas do Estado passam por pelo menos sete consultas de pré-natal. "Ainda temos certo número de grávidas que não fazem acompanhamento. É um grupo de risco, com doenças maternas como hipertensão e diabete que aumentam o risco de óbito fetal perinatal."

Em 2011, as causas perinatais - decorrentes de problemas na gravidez, no parto ou no nascimento - representaram 57,4% da mortalidade infantil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A taxa de mortalidade infantil teve redução recorde na última década e chegou a 15,6 mortes de bebês de até um ano de idade por mil nascidos vivos, segundo dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é 47,5% menor que os 29,7 por mil registrados em 2000. Antes do período 2000-2010, a maior queda tinha acontecido entre 1970 e 1980, quando a taxa de mortalidade infantil caiu 39,3%, passando de 113 óbitos por mil nascidos vivos para 69,1 por mil. Desde 1960 (131 mortes por mil nascidos vivos) a 2010, a redução foi de 88%.

Estimativas da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), que reúne universidades e outras instituições de pesquisa, além de órgãos do governo como Ministério da Saúde e o próprio IBGE, já indicavam havia alguns anos queda na mortalidade infantil bem mais acentuada do que a registrada anualmente pelas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílio (Pnads). Com a divulgação do Censo 2010, os dados oficiais e as estimativas se aproximam.

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Apesar dos avanços, o Brasil ainda está longe dos padrões dos países mais desenvolvidos, de cinco mortes por mil nascidos vivos ou menos. As mais baixas taxas de mortalidade, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são da Islândia, Cingapura e Japão, em torno de 3 mortes por mil nascidos vivos. A menor taxa das Américas é de Cuba (5,1 mortes por mil nascidos vivos). Itália, Portugal e Nova Zelândia têm índice de 5 mortes por mil. O Brasil continua atrás da Argentina (13,4 por mil), Uruguai (13,1 por mil ) e Chile (7,2 por mil). A taxa brasileira se equipara às da Moldávia (15,8 por mil) e da Síria (16 por mil). Os piores índices são do Afeganistão (157 por mil) e Serra Leoa (160 por mil).

No período de 2000 a 2010, o Nordeste teve a maior redução na mortalidade infantil, entre todas as regiões, de 58,6%. Os índices nordestinos caíram de 44,7 mortes por mil nascidos vivos para 18,5 por mil. Continua a ser a região com a pior taxa, mas as diferenças entre as regiões caíram significativamente. A taxa de mortalidade infantil no Norte, segundo o Censo 2010, é de 18,1 mortes por mil nascidos vivos. O Centro-Oeste registrou 14,2 por mil; o Sudeste chegou a 13,1 por mil e o Sul continuou com a menor taxa, de 12,6 por mil.

A queda significativa da mortalidade infantil é resultado de uma combinação de fatores, segundo os técnicos do IBGE, como a redução da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher), a ampliação de políticas públicas de prevenção em saúde, as melhorias no saneamento básico, o aumento da renda, especialmente da população mais pobre, e maior escolaridade das mães.

Por Estado, a taxa de fecundidade só está acima da taxa de reposição nos Estados do Norte, mais Maranhão, Alagoas, Mato Grosso. O Estado com menor taxa de fecundidade é São Paulo, com 1,67.

Educação

O IBGE também revelou que 966 mil crianças e adolescentes de 6 a 14 anos não frequentavam a escola em 2010. É o equivalente a 3,3% do total da população nessa faixa etária.

A comparação com 2000, porém, só é possível para a faixa 7 a 14 anos, porque a lei que fixou os 6 anos como idade para ingresso no Ensino Fundamental é de 2006. Na faixa 7 a 14, o índice de crianças fora da escola era 3,1% em 2010 e representa um avanço em comparação com 2000, quando a proporção era de 5,5%. "Seguindo o curso normal da educação, as crianças deveriam ingressar no ensino fundamental aos seis anos de idade e estar cursando a última série aos 14 anos", lembram os técnicos do IBGE na publicação Censo Demográfico 2010 - Dados Gerais da Amostra.

Outros dois dados de educação são preocupantes. Na faixa 15 a 17 anos, 16,7% não iam à escola em 2010. Eram 22,6% em 2000. Na população de 25 anos ou mais, o porcentual de pessoas com pelo menos o ensino médio completo era em 2010 de apenas 35,8%. Em 2000, porém, era muito menos: 23,1%.

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