Tópicos | movimento passe livre

O Movimento Passe Livre convocou para a próxima quinta-feira, dia 10, uma manifestação contra o reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo. A partir de hoje, as tarifas de trem, metrô e ônibus passam de R$ 4 para R$ 4,30 na capital. O ato será realizado a partir das 17h, em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade.

Tendo entre suas principais bandeiras a defesa da tarifa zero no transporte público, o Movimento Passe Livre foi um dos protagonistas de manifestações contra um aumento da tarifa de ônibus, ocorridas em 2013. O movimento, que na época questionava o reajuste de R$ 3 para R$ 3,20, ajudou a dar corpo a protestos contra a corrupção em todo o País, ainda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

##RECOMENDA##

Dois fotógrafos foram detidos ontem (17) durante protestos do Movimento Passe Livre (MPL) contra reajustes de tarifa na zona oeste de São Paulo. Durante o ato, manifestantes bloquearam a rua Colômbia ateando fogo em uma barreira de pneus. Os fotógrafos André Lucas, do coletivo Choc Documental, e Gustavo Ferreira de Oliveira, que estavam fazendo a cobertura da manifestação, foram levados para o 15° Distrito Policial. O local dos protestos foi escolhido por estar nas proximidades da casa do prefeito João Dória.

O MPL contesta a decisão da ministra Laurita Vaz, ministra do Supremo Tribunal de Justiça, de revogar a decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que impedia o aumento do valor cobrado pela integração entre os ônibus intermunicipais e trens ou metrô. O valor foi reajustado de R$ 5,92 para R$ 6,80 e, na opinião do juiz paulista, pune os moradores das áreas mais distantes da região metropolitana.

##RECOMENDA##

Na tarde de ontem, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) oficializou a contestação do aumento da tarifa enviando um documento às secretarias de Mobilidade e Transportes e de Transportes Metropolitanos. De acordo com o pesquisador de mobilidade do Idec, Rafael Calábria, a medida atinge principalmente os moradores da zona leste de São Paulo, que são responsáveis por 49% das integrações. 

O segundo ato contra a tarifa de R$ 3,50 em São Paulo também acabou em confronto entre a Polícia Militar e adeptos da tática Black Bloc. Após um primeiro conflito na Rua da Consolação, que resultou em um detido, uma confusão maior aconteceu na frente da Prefeitura. Pedras foram atiradas contra soldados, que revidaram com balas de borracha e bombas de gás e de efeito moral. Às 21 horas, havia informações de mais nove presos e pelo menos três agências bancárias depredadas.

O clima de tensão já era notado antes mesmo da concentração na Avenida Paulista. Para evitar o "catracaço" - a entrada sem pagar -, grupos de policiais se postaram desde as 15 horas nas principais estações de metrô das regiões leste e central. O efetivo da Polícia Militar para acompanhar o ato também foi reforçado. Às 17 horas, os cerca de 500 manifestantes que enfrentavam a chuva na Praça do Ciclista já eram acompanhados por cerca de mil soldados.

##RECOMENDA##

A chuva atrapalhou a formação, que só começou a marchar rumo à Prefeitura às 18h30. Nesse momento, estavam reunidos 3 mil manifestantes. A polícia revistava pessoas com máscaras e apreendia objetos - "para evitar vandalismo" -, o que motivou críticas de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Líderes do Movimento Passe Livre (MPL) ainda voltaram a criticar a ação policial e a "criminalização" dos ativistas (veja ao lado). "Estamos agindo preventivamente, dentro da lei", disse o tenente-coronel Marcos Vinicius Cesario, responsável pelo policiamento.

Uma hora depois, quando se paralisava o trânsito na Rua da Consolação, houve o primeiro confronto. PMs cercaram e detiveram um black bloc. Houve reação dos manifestantes. Os agentes lançaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral e cerca de 400 pessoas fugiram pela Rua Bela Cintra. Os militares ainda fecharam o cerco aos mascarados na esquina com a Rua Maria Antônia.

Como consequência, os black blocs se aglomeraram na frente da passeata e integrantes do MPL tentaram conversar com o grupo, argumentando que a briga era pela redução da tarifa. A tensão continuou. Rafael Lessa, da Defensoria Pública, ressaltou que a Polícia Militar "não está preparada para conter violência em protesto".

Ao contrário do que aconteceu na semana passada, quando o primeiro confronto resultou em uma série de depredações e na dispersão dos ativistas - com um saldo de 53 presos -, a maior parte dos participantes (2.500) seguiu marchando até a frente da Prefeitura.

Anhangabaú

Às 20 horas, para conter atos de vandalismo - em 2013, chegou a ocorrer uma tentativa de invasão do prédio em um ato do MPL -, unidades da Tropa de Choque já se posicionavam na frente da sede da Prefeitura. O local foi esvaziado e teve os portões fechados preventivamente.

Ônibus deixaram de circular pela região da Rua Xavier de Toledo, próximo da Prefeitura, criando fila nos pontos. O comércio no Anhangabaú fechou e o metrô acabou lotado por pessoas que fugiam da confusão.

Ao chegar ao local, às 20h30, integrantes do MPL projetaram na frente da Prefeitura a imagem de Fernando Haddad (PT), com os dizeres "Je suis Catraca". Na sequência, mascarados começaram a jogar pedras contra o cerco de proteção. A reação foi imediata, com balas de borracha e gás.

Na confusão, houve uma fuga em três direções: Rua Líbero Badaró, Rua Xavier de Toledo e Largo de São Francisco. Mas um grupo de black blocs continuou a enfrentar a polícia com rojões, além de depredar bancas de jornal e bancos.

Cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram no fim da tarde desta sexta-feira, 16, de um protesto convocado pelo Movimento Passe Livre do Rio de Janeiro contra o aumento da tarifa de ônibus na capital fluminense. Até as 20 horas não havia sido registrado nenhum tumulto.

O grupo se concentrou a partir das 17h30 nos arredores da igreja da Candelária, no centro, e por volta das 18h15 saiu caminhando pela pista central da avenida Presidente Vargas rumo à sede administrativa da prefeitura, na mesma região.

##RECOMENDA##

A Polícia Militar, que não divulgou o efetivo deslocado para acompanhar o protesto, formou fileiras nas laterais, de forma a impedir que o grupo invadisse outras pistas.

Havia gente com bandeiras de partidos políticos, como o PSTU, e outros estavam mascarados, como os 'black blocs' habitualmente fazem. Nos cartazes, além de protestos contra o aumento da passagem, críticas à prisão de militantes e ao terrorismo na França.

Em 3 de janeiro, a passagem do ônibus municipal no Rio passou de R$ 3 para R$ 3,40. O Ministério Público contesta o valor, afirmando que o reajuste condizente com o contrato de concessão permitiria elevar o preço para R$ 3,20. A Justiça analisa o caso.

Por volta das 19h15 o grupo chegou à sede da prefeitura, onde permanecia até as 20 horas, em clima pacífico.

Um líder do PT tomou a palavra e foi vaiado pelos manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) no segundo ato neste ano contra o aumento da tarifa, em São Paulo. Integrantes do MPL arrancaram o microfone da mão dele. Como no primeiro ato, na semana passada, diversos líderes de partidos estão presentes, como PCO e PSOL.

A Polícia Militar (PM) repetirá a tática usada na última manifestação, em que fez um cordão de isolamento ao redor dos manifestantes - conhecida como "envelopamento".

##RECOMENDA##

O ato começou a se deslocar, descendo a Rua da Consolação, no sentido da Prefeitura de São Paulo. Adeptos da tática black bloc estão na linha de frente. Comerciantes na Rua da Consolação começam a baixar as portas conforme os cerca de mil manifestantes avançam.

Alvo de depredação em manifestações passadas, a concessionária da Hyundai, na Rua da Consolação, instalou grandes telas de aço na fachada do prédio.

Por volta das 19h30, a manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento no preço da tarifa de ônibus, trem e metrô chegou perto da Rua Marques de Paranaguá. Grupos de "black blocs" estão em trechos do movimento. Teve início uma confusão na Rua da Consolação. Policiais militares tentaram deter "black blocs" e um deles foi preso.

Policiais fecharam o cerco ao redor dos mascarados, na esquina com a Rua Maria Antônia. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Um defensor público foi liberado para entrar no cerco formado pela Polícia Militar (PM) ao redor do "black bloc" detido, depois que manifestantes protestaram. O detido deve ser levado ao 78° Distrito Policial (Jardins).

##RECOMENDA##

Depois que a polícia usou bombas, alguns manifestantes seguiram para outras direções. Cerca de 400 pessoas saíram do trajeto proposto, entraram na Bela Cintra e seguem em direção à Paulista. Policiais Militares se posicionam.

Porém, o "grosso" dos manifestantes se reagrupou e segue em direção à Prefeitura de São Paulo. A Tropa de Choque já está posicionada no local.

A chuva que cai na tarde desta sexta-feira, 16, em São Paulo, acabou afastando muitos manifestantes da marcha que será promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL). No horário previsto para início do ato, às 17 horas, na Praça do Ciclista, cerca de 200 manifestantes tentavam se proteger da chuva e aguardavam a definição do roteiro do ato desta sexta.

O número de policiais militares, no momento, é maior do que participantes do protesto. Pelo menos 500 policiais estão nas imediações. O efetivo municipal será maior do que o do protesto da semana passada, quando mil policiais foram deslocados.

##RECOMENDA##

Por volta das 17 horas, os representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que participam dos atos do MPL, afim de dar apoio jurídico aos integrantes do movimento, discutiram com a Polícia Militar (PM) em razão da revista promovida na entrada da Avenida Paulista.

Representantes da OAB e do MPL acusam a PM de constranger as pessoas, apreendendo objetos como máscaras e vinagre. Em contrapartida, a PM afirma que faz tudo dentro da lei, apenas revistando possíveis suspeitos de atos de vandalismo e apreendendo materiais que possam ser usados para depredar patrimônio. O MPL prometeu fazer hoje um "catracaço", pulando as catracas do metrô afim de defender a bandeira da redução das passagens.

O Movimento Passe Livre anunciou que fará protesto no dia 9 de janeiro, uma sexta-feira, contra o aumento das passagens de ônibus e metrô na capital paulista a partir de 2015. Na página oficial da ala paulistana do movimento na internet, a manifestação contrária ao reajuste nas tarifas está agendada às 17 horas, em frente ao Teatro Municipal, na região central da cidade.

Na sexta-feira (26), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou que no dia 6 de janeiro a tarifa de ônibus na capital paulista subirá dos atuais R$ 3,00 para R$ 3,50, aumento de 16,67%. No mesmo dia, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), também admitiu que haverá reajuste no transporte sobre trilhos, mas não informou valores.

##RECOMENDA##

Em junho do ano passado, Haddad e Alckmin chegaram a aumentar as tarifas de ônibus e metrô para R$ 3,20, mas revogaram o reajuste após uma série de manifestações idealizadas pelo MPL que se espalharam também por outras capitais do País onde houve anuncio semelhante.

Tais manifestações, que agregaram outras entidades e demandas da população na sequência, também incorporaram protestos em relação à organização da Copa do Mundo de 2014, surpreenderam a classe política brasileira e chegaram a afetar a popularidade de governantes.

Conforme a Prefeitura de São Paulo, com o reajuste anunciado, a integração dos ônibus com metrô e trem custará R$ 5,45, ante os R$ 4,65 atuais. O aumento das passagens valerá para usuários do bilhete único comum e para quem pagar a tarifa com dinheiro na catraca do coletivo. O reajuste não será aplicado para usuários de bilhete único mensal, semanal ou diário, que hoje custam R$ 140, R$ 38 e R$ 10, respectivamente.

A despeito do aumento nas passagens, a Prefeitura de São Paulo anunciou que haverá concessão de passe livre estudantil nos ônibus para todos os alunos da rede pública e também para os de baixa renda na rede privada. Estudantes de nível superior com o financiamento do ProUni ou com cotas raciais e sociais também estarão isentos.

No comunicado que informa sobre a manifestação do dia 9 de janeiro o Movimento Passe Livre reconheceu que a isenção para os estudantes é uma "conquista da luta do povo", que foi às ruas no ano passado.

Alertou, porém, que a medida da Prefeitura ainda não é a desejada "tarifa zero". "A medida ainda está longe do que é fundamental: enquanto o transporte continuar sendo tratado como mercadoria e enquanto houver tarifa e aumentos, haverá luta da população, se organizando e resistindo em cada canto da cidade", escreveu o MPL.

"Não aceitaremos nenhum centavo a mais! Agora é de R$ 3 para baixo, até zerar!", destacaram os representantes do movimento, no intuito de estender o benefício da isenção para toda a população.

Na avaliação do MPL, cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo. "Com menos gente circulando, novos aumentos serão necessários, numa espiral que diminui cada vez mais o direito à cidade da população", salientaram os representantes do movimento.

'Aula pública'

Além da manifestação do dia 9 de janeiro, o MPL já anunciou que realizará, no dia 5, uma "aula pública" contra a tarifa. Este outro ato específico deverá acontecer em frente à sede da Prefeitura de São Paulo.

O Movimento Passe Livre (MPL), entidade que luta pela gratuitade do transporte público em todo o País e protagonizou os protestos de junho de 2013, publicou nota nesta sexta-feira, 19, criticando a "tarifa zero" no transporte aos estudantes carentes de São Paulo. A medida foi aprovada na Câmara nesta semana e poderá tornar gratuitas as viagens de ônibus a todos os estudantes de escola pública, além dos alunos de escola privada de baixa renda.

"Sem dúvidas essa medida é mais um resultado da luta da população da cidade, que tomou as ruas em junho de 2013. Mas é insuficiente", afirmou o texto, divulgado à noite no site do MPL.

##RECOMENDA##

Para o movimento, não basta garantir passagens para a escola ou a universidade, já que a educação "não se limita à experiência escolar. Educação também significa ir a espaços culturais, conhecer bairros diferentes dos nossos e, fundamentalmente, experimentar a liberdade e a responsabilidade de poder ir para onde quisermos".

Quando falou pela primeira vez sobre a medida, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) fez menção ao MPL ao dizer que "o movimento não precisa fazer" perguntas sobre a origem do dinheiro que custeará as passagens.

"Tudo bem que o movimento não precisa fazer (esta pergunta), mas o gestor público tem que responder, da onde ele vai tirar os recursos para aumentar o subsidio à tarifa".

Veja a íntegra da nota do MPL:

Desde meados de novembro circulam rumores sobre uma nova tentativa de aumento na tarifa de ônibus na cidade, que poderia chegar a R$ 3,50. Há poucos dias, a imprensa divulgou que o aumento poderia ser aplicado só no pagamento em dinheiro e que viria acompanhado de um "pacote de bondades", incluindo uma "tarifa zero" para estudantes de baixa renda. Na calada da noite desta quinta (18), a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei que prevê essa "tarifa zero", mas sem especificar do que se trata, quem será considerado de baixa renda e quais as burocracias que estudantes terão de enfrentar para ter o benefício. Sem dúvidas essa medida é mais um resultado da luta da população da cidade, que tomou as ruas em junho de 2013. Mas é insuficiente.

As declarações de Haddad sugerem que essa "tarifa zero" para estudantes de baixa renda será, na verdade, um passe livre estudantil, com número de viagens limitado ao trajeto casa-escola-casa. O próprio prefeito declarou que pagar para ir à escola "colide" com o princípio de que a educação deve ser pública - por isso mesmo não faz sentido restringir a um grupo o direito de todas e todos a um transporte público de verdade. Isso é transformar esse direito em mais um benefício, concedido pelo governo com critérios ainda muito vagos.

E, como ex-ministro da educação, o prefeito sabe que ela não se limita à experiência escolar. Educação também significa ir a espaços culturais, conhecer bairros diferentes dos nossos e, fundamentalmente, experimentar a liberdade e a responsabilidade de poder ir para onde quisermos. Para ser "tarifa zero", esse passe estudantil terá que ser irrestrito, para quantas viagens se fizerem necessárias.

Mais do que isso: assim como a cobrança de tarifa no transporte colide com a noção de educação pública de verdade, ela colide também com a saúde pública, a cultura para todos, com parques públicos, com uma cidade que exista para quem a constrói todos os dias. Afinal, uma cidade só existe para quem pode se movimentar por ela.

Um novo aumento irá excluir ainda mais gente do transporte coletivo - e da cidade. E não é porque um trabalhador recebe vale-transporte que ele não sentirá o impacto: o aumento restringe ainda mais a sua mobilidade à ida e vinda do trabalho e fecha as portas da cidade para qualquer outra atividade. Mas na visão dos patrões, que se supõem donos da cidade, bem representada pelas declarações do prefeito, ninguém tem que sair da periferia se não for para trabalhar ou, se tiver dinheiro, para consumir.

Se a tarifa aumentar apenas para os pagamentos em dinheiro, o que vai acontecer quando o Bilhete Único estiver "sem sistema"? Teremos que pagar a tarifa mais cara, com aumento? Ou o governo nos garante que, havendo queda de sistema, as catracas serão liberadas? O aumento da tarifa em dinheiro é o aumento da exclusão das pessoas mais pobres, aquelas que não conseguem arcar com os custos e a burocracia de comprar o Bilhete e mantê-lo carregado. São elas que pagariam a tarifa mais cara em dinheiro?

Os jornais afirmam, com a maior naturalidade, que o aumento irá acompanhar a inflação do período. Mas um direito pode ser medido pela inflação? Se os custos de operação do transporte acompanham a inflação, isso não significa que o preço da passagem tenha que fazer o mesmo. Esses custos não podem depender da cobrança de uma tarifa para quem usa o transporte coletivo. É injusto cobrar mais de quem usa mais se os ônibus, o metrô e os trens são fundamentais para toda a cidade funcionar: sem eles, como ficaria o trânsito? Como os trabalhadores chegariam no trabalho, do qual toda a sociedade depende?

Transporte não é mercadoria. E seu custo tem que ser pago pelo conjunto da sociedade de forma progressiva. Quem tem mais dinheiro deve pagar mais, quem tem menos pagar menos e quem não tem dinheiro não pagar nada.

E não precisamos perguntar de onde viria o dinheiro para uma eventual Tarifa Zero, porque essa é, antes de tudo, uma decisão política. Se o prefeito acredita que, com o vale-transporte, o subsídio pago pela prefeitura para manter a tarifa se torna um "subsídio para os empregadores", porque não cobrar uma parte dos custos do transporte diretamente dos patrões (e sem os 6% descontados do salário)? As soluções técnicas virão e poderão ser debatidas assim que a Prefeitura tiver a coragem de tomar uma decisão política.

A auditoria internacional contratada pelo governo municipal demonstrou o que todo mundo que anda de ônibus já sabia: as empresas do transporte, controladas por umas poucas famílias, lucram milhões em cima do sofrimento da população.

Faltam itens obrigatórios nos ônibus, empresários recebem por viagens não realizadas, os preços são superfaturados, os ônibus são mais velhos do que o permitido, a lotação é acima da recomendada… Segundo a SP Trans, acabar com as fraudes da máfia dos transportes e reduzir seu lucro exorbitante (que em alguns casos passa dos 50%), entre outras medidas, seria suficiente para manter o preço da tarifa - ou até reduzi-lo.

E não custa lembrar dos custos do próprio sistema de cobrança de tarifa: boa parte do que pagamos serve apenas para sustentar a existência dos cartões e das catracas, com toda a burocracia falha de cadastro e os postos de venda. Além disso, a notícia do corte de custos através da redução de funcionários nos ônibus não pode transformar-se em mais desemprego - desde o começo do ano mais de 600 trabalhadores foram demitidos. Esperamos que caso seja efetivada tal medida, todas as medidas de segurança no tráfego dos ônibus estejam plenamente garantidas, e os funcionários sejam relocados em funções melhores ou equivalentes dentro dos serviços do transporte municipal.

Talvez a Prefeitura imagine que o passe livre para estudantes de baixa renda sirva para desmobilizar a luta. Então se engana. A luta por transporte não se restringe a uma ou outra categoria: ela é de toda população trabalhadora da cidade, que depende da condução para viver e enfrenta diariamente a humilhação coletiva nos ônibus e trens. Essa nova medida é mais um resultado da pressão da luta, como foi a própria revogação dos 20 centavos, a expansão das faixas de ônibus muito além do planejado e a auditoria do lucro das empresas.

Mas ainda não se chegou ao fundamental: enquanto o transporte continuar sendo tratado como mercadoria e enquanto houver tarifa e aumentos, haverá luta da população, se organizando e resistindo em cada canto da cidade!

Não aceitaremos nenhum centavo a mais; agora é de R$ 3 para baixo, até zerar!

A luta segue até tarifa zero para todas e todos!

Contra qualquer aumento!

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, confirmou nesta terça-feira, 15, que ele e sua vice Marina Silva vão defender a bandeira do Passe Livre nas eleições deste ano. Pouco antes, em sabatina realizada pelo jornal Folha de S. Paulo, portal UOL, Jovem Pan e SBT, Campos mencionou rapidamente a proposta, que ainda está em estudo, e poderia se destinar a liberar gratuitamente o transporte público, por exemplo, a estudantes da periferia.

"Queremos afirmar o nosso compromisso com a questão da mobilidade, sobretudo dos estudantes e com a causa do Passe Livre. É isso que a gente estava gravando, eu não sei como essa notícia saiu", disse a jornalistas na saída do evento. "Estávamos fazendo um programa com uma série de alunos que foram se reunir e gravar conosco. Tratamos do assunto respondendo a uma pergunta de um estudante e eu reafirmo o que eu disse lá. Não era exatamente pra sair de ontem pra hoje, era mais pra frente, mas eu e Marina temos o compromisso com a tese do Passe Livre", completou.

##RECOMENDA##

Marina Silva, que assistiu à sabatina, confirmou a decisão política da campanha. "Essa proposta está em discussão. Nós já temos a decisão política de que vamos adotar o Passe Livre e os nossos técnicos estão buscando as fontes e as formas de como isso vai acontecer", disse a ex-senadora.

Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo hoje, Campos e Marina prometeram a um grupo de estudantes universitários e de escolas públicas, nesta segunda-feira, 14, incluir a discussão do Passe Livre no programa de governo da chapa PSB/Rede, que deve ser concluído até o fim do mês. A ideia inicial, segundo teria explicado Campos, será financiar a medida com ações que podem ser tomadas pela União, como desoneração fiscal para o setor de transportes e baixa no preço de combustível. Hoje, durante a sabatina e na saída do evento, tanto Campos como Marina evitaram detalhar como o Passe Livre pode ser viabilizado nacionalmente.

Neste sábado (21), os integrantes da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) realizam um debate sobre ação policial, movimento passe livre e as possíveis perspectivas para as próximas mobilizações. O evento acontecerá a partir das 9h, na sala 4 da Faculdade de Direito do Recife, em frente ao parque Treze de Maio.

A Oposição Rodoviária de Verdade CSP Conlutas também participará da assembleia, trazendo alguns detalhes sobre à greve da categoria. 

##RECOMENDA##

Os 22 integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) de Salvador que ocupam, desde a tarde de segunda-feira, 22, as galerias da Câmara de Vereadores do município decidiram manter a mobilização, após uma reunião com lideranças partidárias da Casa.

Os manifestantes consideraram "insuficientes" as propostas feitas pelos legisladores para a desocupação do prédio - entre elas, uma audiência pública com o prefeito ACM Neto (DEM) no dia 9. "Vamos ficar até conseguirmos a redução (do preço) das passagens", afirmou um integrante do grupo, que pediu para não ser identificado.

##RECOMENDA##

A redução de R$ 2,80 para R$ 2,50 na tarifa do transporte público do município é uma das seis reivindicações consideradas "prioritárias" pelo grupo. Na lista também estão a circulação 24 horas de ônibus pelos "principais terminais e logradouros" da cidade e "abertura das planilhas" do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps).

Na tarde desta terça-feira, 23, a sessão ordinária que estava agendada na Câmara foi suspensa e alguns vereadores acusaram os manifestantes de impedir o funcionamento da Casa. O grupo, porém, nega a acusação, dizendo que a ocupação é pacífica.

A Polícia Militar reforçou a segurança no entorno do prédio, impedindo a entrada de outros manifestantes na Câmara. Um grupo, que havia participado, entre a manhã e o início da tarde, de uma passeata entre a Avenida Paralela e o Centro Administrativo da Bahia, foi ao local, mas não conseguiu entrar no prédio. Há manifestantes acampados em barracas do lado de fora do imóvel.

Os cerca de 100 manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) de Salvador que foram ao Centro Administrativo da Bahia (CAB)tentar entregar a pauta de reivindicações do grupo ao governador Jaques Wagner (PT) deixaram o local, na tarde desta terça-feira sem se encontrar com o gestor.

Eles seguem para o centro da cidade, para uma reunião entre lideranças partidárias da Câmara de Vereadores e representantes do movimento, que acampam desde a segunda-feira, 22, no prédio do legislativo de Salvador.

##RECOMENDA##

Os manifestantes chegaram ao prédio da Governadoria por volta das 13 horas, depois de promover uma passeata na Avenida Paralela, a mais movimentada da cidade, e de promover ações na frente da Secretaria de Segurança Pública e da Assembleia Legislativa.

O grupo foi recebido, na sede do governo, por uma equipe da Secretaria de Comunicação, que informou que Wagner estava em uma audiência e que havia pedido para que os manifestantes elegessem uma comissão para ir ao gabinete. O grupo, porém, não elegeu os representantes, alegando não haver líderes no movimento, e desistiu do encontro.

Apesar disso, o secretário de Comunicação, Robinson Almeida, garantiu que o governo estará representado na audiência pública com os integrantes do movimento, marcada pelo presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), para o dia 8.

A Prefeitura de Salvador informou, por meio de nota, que "estão em fase de implantação várias medidas que estão na pauta de reivindicações do Movimento Passe Livre (MPL), como o bilhete único, a reativação do Conselho Municipal de Transportes, e ônibus 24 horas". Ainda de acordo com o texto, "a Prefeitura já solicitou das empresas de ônibus a planilha de custos" e "o prefeito sempre se colocou à disposição para receber uma comissão do movimento, o que não aconteceu por falta de consenso do grupo sobre a escolha dos representantes para o encontro".

Um grupo de 30 pessoas do Movimento Passe Livre (MPL) de Salvador ocupou, na tarde desta segunda-feira, a Câmara de Vereadores. Alguns jovens estão acorrentados a estruturas da sala.

##RECOMENDA##

ACM Neto participa, nesta segunda-feira, da recepção ao papa Francisco, no Rio, e voltará a despachar em Salvador na manhã desta terça-feira, 23.

SALVADOR (BA) – O Movimento Passe Livre comunicou por volta das 15h, desta segunda-feira (22), que está ocupando a Câmara de Vereadores de Salvador. Segundo carta aberta divulgada pelos manifestantes à comunidade de Salvador, o Passe Livre permanecerá ocupado na câmara até que  pautas como a redução da tarifa de ônibus de R$ 2,80 para R$ 2,50, ampliação do Bilhete Único e Domingo é Meia, efetivo de 24 horas, abertura das planilhas de gastos das empresas de transporte público e realização da Conferência Municipal de Transportes sejam atendidas.

Nesta segunda-feira o movimento rebateu um pronunciamento do governador da Bahia, Jaques Wagner, sobre as negociações entre o governo. Uma manifestação do grupo está marcada para acontecer nesta terça-feira (23) às 8h, no Crentro Administrativo da Cidade.

##RECOMENDA##

 

Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, o Movimento Passe Livre saiu do Palácio do Planalto dizendo que o governo federal não apresentou nenhuma proposta concreta para zerar a tarifa do transporte público ou melhorar o serviço. "Diálogo é um passo importante, mas sem ações concretas, que firmem essas melhorias para a população, não existe avanço", disse Mayara Vivian, uma das líderes do MPL.

Segundo os líderes do movimento, os quatro militantes que vieram de São Paulo foram convidados pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no sábado, 21. A Presidência da República custeou, de acordo com eles, a passagem para Brasília. "A gente não tem dinheiro nem para pagar R$ 3,20", justificou Mayara.

##RECOMENDA##

Os líderes do MPL defenderam o empenho do governo na PEC 90, que torna o transporte público num direito social, mas Dilma se comprometeu apenas a fiscalizar os gastos dos recursos públicos com transporte. "Se tem dinheiro para construir estádio, tem sim para tarifa zero", insistiu Mayara. Eles contaram que essa foi a primeira vez que a Presidência da República recebeu um grupo ligado a defesa do transporte público e deixaram a reunião criticando o "despreparo do governo" para lidar com a questão.

O grupo deixou o Palácio do Planalto anunciando que continuará mobilizado até que medidas concretas sejam anunciadas e que o MPL se somará nesta semana às "lutas das esquerdas". "As manifestações seguem até a gente conseguir o nosso objetivo, que é a tarifa zero", disse Marcelo Hotinsky, um dos líderes do MPL.

A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira, 24, às 14 horas, no Palácio do Planalto, com representantes do Movimento do Passe Livre (MPL), que lideraram os primeiros protestos pelo País. A ideia do encontro com os líderes das passeatas que levaram mais de 1,2 milhão de pessoas às ruas nas duas últimas semanas é reverter a imagem de que é uma governante que não ouve ninguém. Às 16 horas, será a vez de Dilma se encontrar com os 27 governadores de Estado e do Distrito Federal, além dos prefeitos de capitais - eles dirão a ela que não têm mais como abrir mão de receitas municipais para atender às crescentes reivindicações por melhorias nos serviços públicos, sobretudo em relação ao setor de transportes.

Na terça-feira, 25, uma nova rodada de reuniões será realizada, com a presidente Dilma recebendo outros segmentos representativos de movimentos jovens. Ainda estarão com a presidente os representantes de entidades tradicionais como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB.

##RECOMENDA##

Segurança

A presidente Dilma Rousseff determinou a seus ministros que se mobilizem para que o governo dê à população, o quanto antes, as respostas cobradas nos protestos. Mesmo sendo dia do aniversário de 90 anos de sua mãe, Dilma convocou reunião na manhã de domingo, 23, com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) para discutir a segurança da nova manifestação marcada para esta quarta-feira, dia 26. Dilma tem repetido que considera intolerável que continuem a ocorrer atos de vandalismo. A ação de inteligência, neste caso, é considerada fundamental. Só que, mais uma vez, José Elito, que comanda a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ficou de fora da reunião com Dilma.

O Distrito Federal terá mais um dia de protestos nesta quarta-feira (19). O movimento Passe Livre, que propõe o transporte público gratuito para todas as pessoas, se concentrará às 17h, na Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília.

Nesta quinta (19), o movimento Acorda Brasília pretende tomar a Esplanada dos Ministérios. A concentração será às 16h, na área em frente ao Museu da República. De acordo com os organizadores, desta vez, o grupo não pretende seguir em marcha até o Congresso interrompendo o tráfego de veículo, porque eles também querem a adesão dos motoristas. Eles criticam os altos impostos e pedem mais investimento em educação, saúde e segurança.

##RECOMENDA##

Transporte
O Governo do Distrito Federal (GDF) confirmou que não haverá reajuste de passagens neste ano. Havia esse temor devido à renovação da frota, que deve ser concluída até o final do ano. 

A redução de tarifas, inclusive, está sendo discutida na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta quarta. Estão presentes, como convidados, os presidentes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati (que também é prefeito de Porto Alegre).

Os prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad, e do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também foram convidados, mas não compareceram.

Protestos
Na última segunda-feira (17), mais de dez mil pessoas bloquearam a Esplanada dos Ministérios para protestar contra a corrupção e a favor da melhoria da qualidade dos serviços públicos. O grupo chegou a ocupar a marquise do Congresso Nacional, ficando no espaço entre as cúpulas do Senado e da Câmara, e o gramado e espelho d'água.

Pelo segundo dia seguido, o protesto do Movimento Passe Livre contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem teve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar. Ontem (7) à noite as bombas de efeito moral estouraram na Marginal do Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, que foi totalmente bloqueada no sentido Castelo Branco entre as 19h15 e 19h45.

O reflexo da manifestação na região de Pinheiros foi o terceiro pior índice de congestionamento na cidade neste ano: 226 quilômetros de lentidão às 19h, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

##RECOMENDA##

Na Estação Faria Lima de metrô, manifestantes jogaram pedras em 13 seguranças da concessionária ViaQuatro, que administra a Linha 4-Amarela. Uma catraca de vidro foi quebrada. Os agentes fecharam as entradas da estação na Avenida Brigadeiro Faria Lima e a PM reforçou a segurança para permitir a saída dos passageiros.

Porta-vozes do grupo explicaram que o movimento de ontem (7) foi organizado para divulgar uma grande manifestação programada para a próxima terça-feira. "O da semana que vem é que está sendo mais bem organizado", disse um dos representantes do movimento que não quis se identificar.

O confronto de ontem (7) começou por volta das 19h15, quando cerca de 5 mil manifestantes, segundo a polícia, bloquearam todas as faixas da Marginal do Pinheiros. A marcha havia começado uma hora antes na Avenida Brigadeiro Faria Lima e desceu a Avenida Rebouças. Manifestantes picharam orelhões, paredes e a passarela que dá acesso ao Shopping Eldorado.

No cruzamento da Rebouças com a Marginal, o grupo aproveitou uma brecha em um bloqueio que havia sido montado pela Polícia Militar no acesso da Ponte Eusébio Matoso e entrou na via expressa. Ali, no entanto, a tropa de choque da PM estava à espera dos manifestantes.

Até então, a PM só observava o protesto e o cercava com um cordão de isolamento. O único princípio de conflito havia sido na altura do número 1.216 da Faria Lima, quando dez policiais tentaram liberar uma das faixas. Os manifestantes avançaram em direção aos PMs e a passeata prosseguiu. Mas, com a ocupação da Marginal, meia hora depois, a tropa de choque jogou bombas de efeito moral e disparou balas de borracha para tentar dispersar o protesto.

Refúgio

Cerca de 30 estudantes que participavam do protesto entraram no Motel Astúrias, na esquina da Marginal do Pinheiros com a Rua Paes Leme, para se proteger das bombas de gás lacrimogêneo e do spray de pimenta jogados pelos policiais militares.

Os seguranças do motel ainda tentaram evitar que os manifestantes entrassem no local, que estava cheio de clientes. No entanto, eles também foram afetados pelo gás lacrimogêneo e o grupo de manifestantes aproveitou para entrar correndo, procurando torneiras para lavar o rosto. Depois de alguns minutos, após tentar sair, alguns manifestantes foram detidos pela polícia.

Antecipação

Desde as 15h a PM já estava se preparando para a manifestação na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, marcada para as 17h. Destacou homens para ficar na frente da estação de metrô, do Shopping Iguatemi e de outros pontos comerciais.

A maioria das empresas da região dispensou seus empregados às 16h para que não houvesse problema na hora da saída. Assim, a hora do rush foi adiantada para os trabalhadores do bairro. Quem precisava passar pelo local para ir para casa, no entanto, não teve a mesma sorte. Os ônibus da Faria Lima ficaram parados em uma fila que ia do Largo da Batata à Avenida Presidente Juscelino Kubitschek. Quando os manifestantes tomaram a avenida, o comércio fechou as portas.

Em toda a região de Pinheiros o trânsito ficou mais carregado que o comum para uma sexta-feira. Na Rua Cardeal Arcoverde, o congestionamento era intenso desde o início da via, na Avenida Doutor Arnaldo.

Mobilização

É o segundo dia seguido de protestos contra o aumento das tarifas de ônibus, trem e metrô (que foram reajustadas em 6,67%, de R$ 3 para R$ 3,20). Anteontem (6), os manifestantes fecharam as Avenidas Paulista, 23 de Maio, 9 de Julho e São Luís com 2 mil pessoas, segundo a PM, e 5 mil, de acordo com a organização.

Antes do protesto na Faria Lima, os organizadores promoveram uma enquete no Facebook sobre se o movimento deveria ter ou não vandalismo. A maioria (1,1 mil votos) escolhia a opção "Sem vandalismo, se a polícia agir a gente grava e divulga a repressão". Mais de 200 pessoas votaram em "Sem vandalismo, mas se a polícia vier para cima, nós vamos para cima deles!". A opção "Fazer muito barulho e parar o trânsito" reunia mais de 200 votos, e menos de 100 pessoas votaram em "Com vandalismo! Tem que quebrar tudo e dar motivo pra falarem!" As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando