Tópicos | Nanotecnologia

A tecnologia deu mais um passo para colaborar com a eliminação do coronavírus. Na última terça-feira (15), as empresas Nanox, especialista em nanotecnologia, e Promaflex, do ramo plástico, anunciaram o desenvolvimento de um filme adesivo que cobre superfícies e desativa o causador da Covid-19. De acordo com as companhias, o contato do agente viral com micropartículas de prata e sílica presentes na composição do produto elimina o vírus em dois minutos.

"Como as micropartículas de prata e sílica são adicionadas na massa do plástico durante a produção, a ação antimicrobiana permanece durante toda a vida útil do material", explicou Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox, à agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ainda segundo o anúncio, o filme pode ser aplicado em superfícies como botões de elevadores, corrimãos, maçanetas e telas sensíveis ao toque.

##RECOMENDA##

De acordo com os cientistas, os testes mostram que o material, feito à base de polietileno, eliminou 99,84% de partículas do SARS-CoV-2. À Agência Fapesp, o pesquisador Lucio Freitas Junior, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o resultado é mais eficiente e eficaz do que os protocolos exigem. "A norma técnica de medição da atividade antiviral em plásticos e outras superfícies não porosa, a ISO 21702, estabelece que o material tem que demonstrar essa ação em até quatro horas. O filme plástico com o aditivo mostrou ser capaz de atingir essa meta em um prazo muito menor e a ação virucida aumentou com o tempo", citou. Embora comprovada eficiência, os fabricantes orientam que o material deve ser substituído a cada três meses.

Máscara e tecido

O produto desenvolvido pela Nanox é o segundo material plástico da empresa com a tecnologia para eliminação do SARS-CoV-2 no mercado. A companhia se uniu à fabricante de brinquedos Elka e desenvolveu uma máscara termoplástica reutilizável. Há cerca de duas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou o produto como Equipamento de Proteção Individual (EPI). A empresa especializada em nanotecnologia também empregou o método tecnológico de produção em tecidos para fabricação de vestimentas que desativam o causador da Covid-19.

Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, desenvolveram um tratamento à base de nanopartículas que pode acabar com a rejeição de órgãos transplantados em seres humanos. De acordo com o artigo divulgado pelos cientistas, a interferência acontece aos poucos, com a mudança lenta e gradativa do RNA, fazendo com que os glóbulos brancos parem de atacar o “novo membro”.

Conforme explicado no artigo, as nanopartículas podem ser usadas não somente pare esse fim, mas também podem auxiliar nos tratamentos mais complicados, que envolvem a administração de medicações mais específicas e em doses mais eficazes, evitando submeter o paciente a desgastes desnecessários com tratamentos invasivos.

##RECOMENDA##

O próximo passo dos pesquisadores é testar o novo procedimento em pessoas que receberam transplantes de rim. Apesar de ser uma solução promissora, eles deixaram claro que essa técnica ainda está em fase de testes e pode levar muito tempo ainda para que seja adotada por médicos de todo o mundo, de forma segura.

Em 2016, o Brasil contabilizou 24.958 transplantes de órgãos, a maioria dos transplantados recebeu rins (5.492).

Engenheiros da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, criaram um dispositivo que armazena energia a partir do movimento humano. Isso significa que, depois de aperfeiçoada, a tecnologia vai permitir que smartphones não necessitem mais de carregadores. Batizado de nano gerador, o dispositivo foi capaz de alimentar uma tela touchscreen de LCD, 20 lâmpadas de LED, e um teclado flexível, simplesmente ao ser pressionado, sem a necessidade de baterias.

O artigo que apresenta a descoberta, foi publicado no diário Nano Energy e os autores afirmam que “estamos no caminho para a criação de dispositivos que funcionarão utilizando apenas energia de movimentos dos humanos”. Um dos destaques do professor de engenharia elétrica e computacional, Nelson Sepúlveda, é a possibilidade de não precisar carregar o smartphone por dias ou semanas, em um futuro próximo.

##RECOMENDA##

O dispositivo consiste em várias camadas de silicone sobrepostas, da espessura de uma folha de papel sulfite com nano carregadores que, quando pressionadas, geram energia. O líder e investidor da pesquisa chama a tecnologia de FENG (sigla em inglês para nano gerador eletro metálico biocompatível). Segundo Sepúlveda, o dispositivo é relativamente barato e simples, o que o torna acessível.

Roupas que combatem a celulite, cápsulas que hidratam a pele. Essas e outras novidades chegam ao mercado brasileiro entre uma série de produtos feitos a partir da nanotecnologia, que é a pesquisa e manipulação de moléculas e átomos para criar materiais. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), há cerca de 100 empreendimentos com esse perfil no País. O estado de Santa Catarina lidera o ranking de estados, com 25 empresas com essa especialização.

O gerente de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae, Célio Cabral, explica que mesmo com os altos custos, riscos e retornos de longo prazo que envolvem esse tipo de negócio, o número de empresas com base tecnológica tem crescido exponencialmente. “É um diferencial competitivo, sobretudo, em um momento de crise, em que as condições econômicas são cada vez mais difíceis no acesso ao mercado. O risco é maior, mas a possibilidade de retorno é grande”.

##RECOMENDA##

"Esse empreendedor, via de regra, não tem perfil empresarial, é um cientista. Então é fundamental que ele busque se capacitar em gestão empresarial, entender que empresa é muito diferente de laboratório, entender de gestão financeira, de pessoas, linhas de acesso a mercado, linhas de acesso a financiamento”, disse Cabral ao lembrar que o próprio Sebrae oferece um portfólio de serviços para esse tipo de empreendimento, como assessoria, consultoria, capacitação e recursos de até R$ 125 mil não reembolsáveis para projetos de inovação.

A nanotecnologia foi incluída no Plano Plurianual (PPA) do governo federal de 2000-2003 e ganhou programa específico a partir do PPA seguinte. Até o ano passado, o Brasil respondia por menos de 0,1% da produção mundial do setor.

Formada em farmácia, a catarinense Betina Giehl Zanetti Ramos dedicou o mestrado e o doutorado ao tema da nanotecnologia. A vida acadêmica seria o caminho mais previsível, mas ela decidiu ousar e transformar teoria em prática. Em 2009, criou a Nanovetores, uma incubadora de insumos nanotecnológicos, em Santa Catarina.

“Depois que terminei essa etapa de formação, arrisquei em algo que apostava que teria uma potencialidade de boa aplicação”, conta ela, que chama a nanotecnologia de nova revolução industrial. "Ela quebra muitos paradigmas em vários setores”.

Precursora no ramo de encapsulação (processo em que um ou mais ingredientes são revestidos por uma cápsula), a empresa trouxe para o mercado de cosméticos algumas novidades, como as cápsulas que, ao serem ingeridas, hidratam a pele. “A encapsulação evita possíveis efeitos adversos, que muitas vezes produtos em formato líquido apresentam, além de melhorar a estabilidade e a eficácia dos cosméticos”.

Segundo Betina, a experiência em administração e empreendedorismo do marido, Ricardo Henrique Ramos, foi crucial para o sucesso da Nanovetores, que hoje tem 25 funcionários e cinco distribuidores internacionais. No ano passado, o faturamento fechou em cerca de R$ 2,5 milhões, R$ 1 milhão a mais do que em 2013.

Mas não foi fácil. Os primeiros dois anos foram dedicados à comprovação clínica de eficácia e segurança dos produtos. “A nanotecnologia é ainda muito recente, exige grande bagagem teórica de conhecimento e há uma lacuna muito grande entre a pesquisa que se faz na universidade e a produção desse material industrialmente”.

O mercado de cosméticos ficou pequeno para o casal, que decidiu expandir a novidade para o setor têxtil. A tecnologia inédita no Brasil ajudou a criar roupas com propriedades antibacterianas, com aroma, que ajudam a relaxar a musculatura e combater a celulite e a flacidez.

Para as empresas interessadas em entrar para este universo, Betina aconselha: “Temos um mercado gigantesco para abranger, mas é importante que todo o novo fornecedor dessa tecnologia tenha consciência de que tipo de produto está levando para o mercado, que requer controle e abordagem criteriosa”.

Empresa voltada para o segmento farmacêutico, em São Paulo, a Nonotimize desenvolve, entre outros produtos, micro e nano encapsulamento de princípios ativos que melhoram o desempenho de remédios. “O principal objetivo é reduzir o número de doses que o paciente vai administrar para facilitar a terapia e a adesão a tratamentos mais complicados”, conta o diretor-executivo da empresa, José Martins.

O pesquisador acredita que o principal desafio para o sucesso desse tipo de empreendimento é conseguir transformar um produto de laboratório em mercadoria de larga escala e avaliar a viabilidade econômica. “Existe um conjunto de produtos que tecnicamente pode ser desenvolvido, mas muitas vezes não compensa que se agregue tecnologia”, destaca. “Via de regra, esse produto é desenvolvido em laboratório e durante o processo de escalonamento encontra barreiras e muitas vezes não consegue chegar de fato ao mercado”.

A falta de regulação sobre o desenvolvimento da nanotecnologia é outro problema, ressalta. “Não existem ainda regras claras que possam dar segurança suficiente para que as empresas realizem os investimentos e consigam incorporá-los na tecnologia. Há um gargalo regulatório a ser vencido”.

Em 2014, o Brasil integrou o programa NanoReg, um projeto de pesquisa com foco na regulamentação em nanotecnologia, proposto por um consórcio de mais de 50 instituições do mundo todo, entre empresas, universidades, institutos de pesquisa, institutos de metrologia e órgãos de governo, com financiamento da União Europeia.

Entre os objetivos do projeto está o de disponibilizar aos legisladores um conjunto de ferramentas para avaliação de risco e instrumentos de tomada de decisão, a curto e médio prazos. Outra meta é desenvolver e estabelecer uma estreita colaboração entre governos e indústria para a gestão adequada dos riscos e criar a base para abordagens comuns, conjuntos de dados mutuamente aceitáveis e práticas de gestão de risco.

Em 2012, o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI ) criou o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNANO), uma rede de laboratórios com o objetivo de fornecer infraestrutura e suporte acessíveis a pesquisadores, empresas e órgãos públicos de todo o País para o desenvolvimento e inovação em nanociências e nanotecnologias.

De 15 a 19 de dezembro será realizada a II Semana de Biociências e Biotecnologia em Saúde da Fiocruz Pernambuco. Na ocasião serão promovidas palestras, minicursos teórico-práticos, mesas redondas e sessão de pôster. O evento é destinado aos alunos de graduação. Para participar, os interessados devem fazer a inscrição através do site do evento, até o dia 30 de novembro.

Entre as os temas abordados estão doenças negligenciadas, entomologia, microbiologia, virologia, genética, câncer, bioinformática, nanotecnologia, ética em pesquisa e técnicas utilizadas na biociência. O período de submissão de resumos de trabalhos científicos já começou e termina dia 23 deste mês. Para obter mais informações, os interessados podem acessar o site do encontro

##RECOMENDA##

Por meio de partículas minúsculas, a nanotecnologia desenvolve produtos e processos tecnológicos. Os interessados em saber mais sobre o assunto devem ficar atentos. A Faculdade Joaquim Nabuco, unidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, realizará um curso sobre o tema, no dia 8 de julho.

Com início às 19h, o curso será realizado no auditório da instituição de ensino, no segundo andar do prédio situado na Avenida Senador Salgado Filho, sem número, área central de Paulista. A atividade será conduzida pela médica Jandira Dantas Machado.

##RECOMENDA##

As inscrições podem ser feitas de forma gratuita pelo endereço virtual da Faculdade. Outros detalhes informativos sobre o curso podem ser obtidos pelo telefone (81) 2121-5999 ou pelo e-mail julianne.galvao@joaquimnabuco.edu.br.

 

O governo federal vai investir R$ 440 milhões para fortalecer as ações na área de nanotecnologia até 2014. Conforme antecipado pela Agência Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), um conjunto de medidas para criar, integrar e fortalecer as atividades do setor, com foco na inovação.

A iniciativa pretende aproximar a infraestrutura acadêmica e as empresas, fortalecendo as relações entre pesquisa, conhecimento e setor privado. Entre as ações da IBN está a reestruturação do Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), que terão prioridade nas políticas públicas de apoio à infraestrutura e formação de recursos humanos. Das 50 propostas apresentadas por instituições e universidades de todo o país, 26 foram selecionadas para integrar o sistema.

##RECOMENDA##

O SisNano é composto por unidades especializadas e multiusuárias de laboratórios, direcionadas a pesquisa, desenvolvimento e inovação em nanociências e nanotecnologias. O sistema visa a mobilizar as empresas instaladas no Brasil e apoiar suas atividades, além de reforçar a infraestrutura existente e universalizar o acesso à comunidade científica.

O coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do ministério, Flávio Plentz, explicou em entrevista à Agência Brasil, que os laboratórios do SisNano receberão recursos para operar de maneira “aberta ao uso”, tanto para pesquisadores e empresas.

“Vai modificar muito o ambiente da nanotecnologia no Brasil. Porque, agora, eles [os laboratórios] vão estar à disposição para desenvolvimento e vão ter o compromisso de ser laboratórios abertos onde as pessoas poderão entrar, contratar desenvolvimento ou colocar as suas equipes ou os seus pesquisadores lá dentro fazendo o desenvolvimento”, disse Plentz.

O SisNano é formado por duas categorias. Os laboratórios estratégicos, ligados ao MCTI e aos órgãos públicos, nos quais 50% do tempo de uso dos equipamentos deverá ser disponibilizado a usuários externos. E os laboratórios associados, localizados em universidades e em institutos de pesquisa, deverão oferecer 15% do tempo a pesquisadores e empresas de fora da instituição.

A nanociência é capaz de manipular, sintetizar ou modificar a matéria em uma escala de tamanho de nanômetro, que é 1 bilionésimo do metro. Tudo que se faz em termos de modificação, manipulação ou síntese de materiais nessa escala é considerado nanotecnologia.

O governo federal vai lançar um edital para pesquisa e cooperação entre Brasil e Portugal na área de nanotecnologia, anunciou neste domingo (9) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em entrevista à imprensa, ao chegar à capital portuguesa. Mercadante informou que também está sendo preparado um edital para cooperação técnica nas áreas de biotecnologia e tecnologia de informação e comunicação.

O ministro falou também sobre o problema de trabalho dos engenheiros brasileiros em Portugal, garantindo que tudo está sendo resolvido pelo governo. “Haverá política de reciprocidade mais depressa do que ocorreu no caso dos dentistas”, disse Mercadante. Ele se referia às dificuldades dos dentistas brasileiros em Portugal, que se arrastaram por toda a década de 90 do século passado, com os profissionais enfrentando obstáculos para instalar seus consultórios em território português.

##RECOMENDA##

Mercadante integra a comitiva oficial da presidenta Dilma Rousseff, que chegou hoje a Portugal. Durante a visita, também deve ser tratada a suspensão do edital para vinda de estudantes brasileiros a Portugal pelo Programa Ciência sem Fronteiras. A decisão de não enviar novos estudantes a Portugal e remanejar os selecionados nos editais de 2013 foi tomada em março.

Em maio, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (Crup) divulgou nota lamentando a decisão do governo brasileiro de suspender a concessão de bolsas de estudos para alunos de graduação do Ciência sem Fronteiras em instituições do país. O Crup equivale no Brasil à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A partir desta quinta-feira (7) o Recife irá receber uma reunião sobre nanotecnologia. No evento serão abordados temas como a utilização da tecnologia nas áreas de segurança, saúde e meio ambiente. Representantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Inmetro e Universidade de São Paulo estarão presentes no evento.

Esta é a terceira reunião do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Nanotecnologia para Marcadores Integrados (INCT-INAMI). O encontro reunirá mais de 110 especialistas em nanotecnologia no auditório do Núcleo Integrado de Atividades de Ensino do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da Universidade Federal de Pernambuco.

##RECOMENDA##

NANOTECNOLOGIA

A nanotecnologia (algumas vezes chamada de Nanotech) é o estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular. Geralmente lida com estruturas com medidas entre 1 a 100 nanômetros em ao menos uma dimensão, e incluí o desenvolvimento de materiais ou componentes e está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica).

O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza). É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). Criada no Japão, a nanotecnologia busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao homem.

 

[@#galeria#@]

Realizada em Nova Iorque, a exposição Nanoarte 2013 conta com a participação de quatro pesquisadores e técnicos do Instituto Nacional de Ciências dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN). A mostra funciona como um concurso e além dos brasileiros outros 29 participantes de países como Alemanha e Romênia também contribuiram para as 107 imagens expostas.

##RECOMENDA##

Oriunda da nanotecnologia, a nanoarte é uma expressão artística recente e em relativa ascenção e valorização internacional. As obras são resultados das transformações morfológicas que ocorrem nos laboratórios, obtidas através do uso de microscópios eletrônicos de alta precisão. Nanoarte converge arte, ciência e tecnologia, as nanoestruturas é que deram origem a forma criada por cientistas e construídas por meio de produtos químicos ou processos físicos.

[@#galeria#@]

Já estão abertas as oficinas e exposições no Espaço Ciência que fazem parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A programação acontece durante todo o dia com exposições de Nanotecnologia e Química na construção da história, no pavilhão em anexo ao teatro do Espaço Ciência. 

Carolina Araujo, monitora do Espaço Ciência

##RECOMENDA##

A estudante de química da Universidade Federal Rural de Pernambuco e monitora do Espaço Ciência, Carolina Araujo, destaca a importância da mostra. “É muito legal ver como as crianças e os jovens se divertem com os assuntos abordados e aprendem de forma diferenciada.”, destaca Carolina.

Na área de nanotecnologia, os visitantes podem entender como é feita a produção de robôs tão pequenos, que segundo Carolina poderiam ser comparados ao tamanho de um metro dividido por um bilhão de vezes, além de literalmente experimentar como se comportam moléculas soltas no ar, com o aparelho que simula gravidade zero.

Já no espaço reservado para a química, o destaque é justamente a integração com a aula de história. Quem andar pelo espaço vai entender como a ciência está presente em tudo que se pode imaginar, até mesmo como guerras foram ganhas com o uso de simples combinação de elementos químicos.

Duas vezes por dia, acontece também o teatro científico, às 11h30 e 16h20. Ambos os horários são abertos a participação de escolas e interessados no assunto. Com muito humor, a equipe do Espaço Ciência apresenta experimentos químicos, discute a sustentabilidade, preservação do meio ambiente e trocam informações com os participantes.

Os eventos da SNCT seguem até o dia 21 de outubro em todo o país. Em Pernambuco são 62 instituições promovendo a interação entre a ciência e a tecnologia no dia a dia das pessoas. A programação completa está disponível no site. Todos os eventos em todos os polos são gratuitos, contudo para alguns é necessário fazer a inscrição com antecedência.

O Espaço Ciência, um museu interativo localizado na cidade de Olinda, completará, no próximo dia 28, 18 anos de existência. Para comemorar a data, haverá a inauguração da exposição NanaExplora, que abordará diversos aspectos da nanotecnologia e suas aplicações.

De acordo com a assessoria de comunicação do museu, um dos destaques da exposição é o microscópio de tunelamento, que aumenta um bilhão de vezes e permite a visualização dos átomos.

A inauguração será no horário das 10h. O Espaço Ciência fica no endereço do Complexo de Salgadinho, sem número.

“O Brasil tem que dar esse passo, tem que criar uma infraestrutura que permita, tanto ao pesquisador industrializar a tecnologia, como às empresas terem acesso a uma rede de conhecimento, para converter ideias de seus setores de desenvolvimento em produtos”, afirma o físico Flávio Plentz, que assumiu, esta semana, a Coordenação Geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGNT/MCTI).

Para Plentz, os avanços na área de tecnologia no país viriam em um momento de maturidade do cenário nacional. “Nos últimos anos, o Brasil deu um salto muito grande em formação de recursos humanos, em produção de trabalhos científicos e em publicação de artigos”, afirma. “Se não está completamente consolidado, esse sistema está em um patamar muito melhor do que ocupava em um passado recente”.

##RECOMENDA##

Para colaborar com esse crescimento, o coordenador tem a expectativa de que o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano) promova a interação entre pesquisadores e empresas que trabalhem com matérias em escala atômica. “Na verdade, vai ser uma rede de laboratórios financiada pelo ministério, que deve formar uma base de infraestrutura para pesquisa e desenvolvimento em nano”, adianta.

A próxima etapa para a implementação do DIsNano deverá ocorrer no fim de agosto, quando o Comitê Consultivo de Nanotecnologia deve analisar as primeiras propostas de instituições que possuem interesse em compor a rede. Criado em maio de 2011, esse grupo tem como secretaria executiva a CGNT e se é composto por representantes de institutos de pesquisa do MCTI, empresas públicas, entidades privadas e universidades. O objetivo é assessorar a pasta no setor, considerado estratégico para o desenvolvimento industrial do País. 

GESTÃO

Para promover a integração entre a gestão das atividades, o coordenador do CGNT considera fundamental a atuação do Comitê Interministerial de Nanotecnologias (CIN), fundado em 9 de julho, a fim de organizar as respectivas ações do governo. O MCTI coordena o grupo, com participação dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Defesa (MD), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), da Educação (MEC), do Meio Ambiente (MMA), de Minas e Energia (MME) e da Saúde (MS).

“Esse comitê coloca a nanotecnologia num outro nível de ação governamental, porque ele vai poder criar um determinado programa a partir de conhecimentos e recursos de oito ministérios”, analisa Plentz. “Isso vai dar uma consistência, uma robustez bem maior para as ações do MCTI e do governo federal”.

Também para aproximar o Brasil das potências mundiais do setor, o Ministério instituiu em fevereiro o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano). A formatação da rede cooperativa será definida por uma comitiva brasileira com viagem programa para a Ásia em setembro. Flávio Plentz integra o grupo, chefiado por Adalberto Fazzio, assessor especial do ministro.

Graduado em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1985, Flávio Orlando Plentz Filho fez mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1989 e 1993, e pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 1995. Ele é professor da UFMG, com formação em física de semicondutores e atuação recente com nanomateriais de carbono, além de técnicas de micro e nanofabricação.

Fonte: Assessoria do MCT

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou no Diário Oficial da União (DOU), instrução que regula a integração dos Laboratórios Estratégicos e Associados ao Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano) para aumentar a interação entre os pesquisadores brasileiros. As regras atendem à Portaria 245, de 5 de maio.

Entre outros requisitos, a Instrução Normativa 2 de 2012 determina a necessidade de regimento interno, de equipe profissional em quantidade suficiente e com formação compatível com as atividades executadas e de fornecimento de suporte técnico e de apoio a usuários externos.

##RECOMENDA##

Estabelece ainda prioridade aos laboratórios integrantes do SisNano em políticas públicas de apoio à infraestrutura de laboratórios e formação de recursos humanos altamente qualificados, de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) e associadas ao Plano Brasil Maior.

O regulamento se aplica a todos os estabelecimentos, públicos ou privados, que possuam sistemas e equipamentos para atuação na área de nanotecnologia, dentro do território nacional.

Entre outros objetivos, o sistema nacional visa a promover o avanço científico e tecnológico e a inovação na área, além de otimizar a infraestrutura, o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada, promover a formação de recursos humanos e capacitar o país a desenvolver programas de cooperação internacional. Hoje A maior parte dos estudos está em nanotecnologia no Brasil está concentrada em São Paulo, especialmente na Universidade de São Paulo.

*Com informações da Agência MCTI

O Brasil e a China vão trabalhar juntos para desenvolver novas tecnologias na área de Nanotecnologia – ciência que trabalha com objetos e matérias de tamanho até dez mil vezes menor que o diâmetro de um fio de cabelo. 

O Diário Oficial da União publicou, nesta semana, a portaria assinada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, instituindo o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano).

Segundo a portaria, o CBC-Nano terá a forma de uma rede cooperativa de pesquisa e desenvolvimento, como mecanismo de implementação do Acordo sobre Cooperação Científica e Tecnológica firmado por ambos os países, no âmbito dos objetivos estratégicos nacionais nesta área.

O centro vai coordenar as atividades envolvendo a cooperação Brasil-China em áreas de nanotecnologia no âmbito do MCTI. O local deve promover o avanço científico e tecnológico da investigação e aplicações de materiais nanoestruturados; consolidar e ampliar a pesquisa na área e expandir a capacitação científica.

A iniciativa tem como objetivo explorar os benefícios resultantes de projetos associados a implicações tecnológicas e criar programas de mobilização de empresas instaladas no Brasil para possíveis desenvolvimentos na área de nanomateriais.

*Com informações da Agência MCTI

São Paulo – O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse hoje (3) que o governo brasileiro vai construir um centro de pesquisas em nanotecnologia em Campinas, em uma parceria com a Academia Chinesa de Ciências. O centro deve realizar pesquisas em biotecnologia e outras ciências especiais.

O ministro acertou nesta quarta-feira detalhes da parceria em uma reunião com representantes da academia chinesa durante o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. De acordo com o ministro, o memorando que formalizará o acordo será assinado durante uma viagem que ele fará à China e também à Coreia do Sul, nos próximos dias.

##RECOMENDA##

Mercadante disse que o centro deve custar R$ 10 milhões, investimento que será dividido entre os dois países. Segundo o ministro, o Brasil vai firmar com a academia convênios para pesquisas em ciências da computação, ciências espaciais e sobre mudanças climáticas.

De acordo com ele, o Brasil negocia, na Organização das Nações Unidas (ONU), a instalação de um centro internacional de formação de pesquisadores sobre biodiversidade no país. Ainda este ano, a ONU deve lançar um plano sobre biodiversidade. Caso aprovado pela ONU, o centro de formação seria instalado em Manaus, segundo o ministro. Mercadante lembrou que a unidade poderia usar as instalações do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), que já tem sede na cidade.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando