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Um caminhão de carga que transportava equipamentos de radioterapia usados, que compreendem materiais radioativos extremamente perigosos, foi roubado de um posto de gasolina na região central do México. Autoridades emitiram um alerta em seis Estados centrais do país e na capital para encontrar o veículo, informaram funcionários do governo mexicano e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU.

A AIEA disse que o caminhão levava Cobalto-60. O equipamento de radioterapia pertencia à agência de saúde pública do México e não estava mais em uso, disse Ricardo Maza, funcionário do setor de proteção civil do Estado de Veracruz, um dos quais onde o alerta foi emitido. A cápsula do material radioativo estava blindada com chumbo, afirmou ele.

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Segundo Maza, os ladrões provavelmente queriam o caminhão e não sabiam o que ele carregava. O equipamento era transferido para um centro de estocagem para detritos radioativos quando o veículo foi roubado.

O material foi lacrado de forma apropriada e não representa risco, contanto que a cápsula onde foi colocado não seja quebrada ou alterada, informou, em comunicado, a Comissão Nacional para Segurança Nuclear da Secretaria de Energia do México.

Mas a comissão pediu que quem quer que esteja de posse do material não deve abri-lo ou danificá-lo, porque ele pode representar um sério risco à saúde, lembrando que ele deve ser devolvido imediatamente.

O caminhão Volkswagen branco com a identificação da empresa "Transportes Ortiz" saiu de Tijuana e ia para uma instalação de estocagem na região central do país. O veículo foi roubado num posto de gasolina de Tepojaco, no Estado de Hidalgo, ao norte da Cidade do México.

O motorista Valentin Escamilla Ortiz disse às autoridades que saiu de Tijuana no dia 28 de novembro e estava descansando no caminhão durante a noite quando dois homens armados se aproximaram do veículo por volta da 1h30 da madrugada de terça-feira. Eles o expulsaram do caminhão, amarraram suas mãos e pés e o deixaram num terreno baldio na proximidades.

Quando ele conseguiu se libertar, correu para o posto de gasolina e pediu ajuda. A AIEA descreveu a carga como "extremamente perigosa" se danificada ou removida de sua blindagem protetora. Fonte: Associated Press.

O acordo em torno do programa nuclear iraniano eliminará no longo prazo qualquer necessidade de um sistema de antimísseis na Europa, afirmou nesta quarta-feira (4) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

O governo dos Estados Unidos alega que o escudo antimísseis que pretende instalar em diferentes pontos da Europa tem como objetivo proteger seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e fazer frente ao que vê como uma ameaça representada pelo Irã.

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A Rússia opõe-se ferrenhamente ao escudo antimísseis, pois considera o sistema uma ameaça a sua segurança e exige garantias de que os mísseis não ficarão apontados para seu território.

Hoje, depois de uma reunião com chanceleres da Otan em Bruxelas, Lavrov disse a jornalistas que não haverá "nenhuma razão" para o escudo antimísseis se o acordo com o Irã for plenamente implementado.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, também observou uma relação entre o acordo com o Irã e o escudo antimísseis.

"Aquilo que obtivemos até agora em relação ao programa nuclear iraniano nos dá esperança em outros contextos também, inclusive na difícil questão do escudo antimísseis", disse ele a jornalistas em Bruxelas.

"É óbvio que esses assuntos estão relacionados", prosseguiu o alemão. "Quanto mais progresso obtivermos em relação ao programa nuclear iraniano, maiores os efeitos sobre o programa de defesa antimísseis e maiores são as chances de superarmos as dificuldades com a Rússia em relação a isso", explicou Westerwelle. Fonte: Associated Press.

O congelamento das atividades nucleares iranianas pelo período de seis meses, definido em acordo com o P5+1 (grupo composto por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), vai começar a valer em janeiro. A afirmação foi feita, nesta sexta-feira (29), em Viena por Reza Najafi, representante do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Esperamos que no final de dezembro ou começo de janeiro possamos iniciar a implementação das medidas acordadas por ambos os lados", declarou Najafi a jornalistas.

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Também nesta sexta-feira, o governo iraniano rejeitou a possibilidade de envolver-se em negociações sobre o futuro de seu programa nuclear que contem com a presença de Israel entre os participantes. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, e divulgada pela agência estatal de notícias Irna.

"Nós não participaremos de nenhuma reunião da qual participe o regime de ocupação", assegurou o chanceler iraniano, em menção à ocupação por Israel de territórios reivindicados pelos palestinos para a fundação de um futuro Estado.

Zarif fez o comentário em resposta à possibilidade de Israel engajar-se nas negociações entre o Irã e o grupo de seis potências formado por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. A origem desse rumor ainda não está clara.

"Jamais uma coisa assim irá acontecer e nós definitivamente não estaremos na sala em que representantes do regime sionista estiverem presentes", disse o chanceler iraniano. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse - com base nas informações fornecidas pelo Irã - que está satisfeita por a planta nuclear de Bushehr não sido danificada pelo terremoto que atingiu o país nesta quinta-feira (28) e que deixou sete pessoas mortas. A agência disse que não vai pedir mais informações porque também levou em consideração a localização e violência do terremoto.

O tremor ocorreu perto da cidade de Borazjan a uma profundidade de apenas 16,4 quilômetros e a cerca de 60 quilômetros da usina nuclear de Bushehr. O terremoto de 5,6 graus na costa iraniana do Golfo Pérsico provocou a morte de pelo menos sete pessoas e deixou outras 30 feridas, disse o diretor da defesa civil local, Hassan Qadami, à mídia local. Fonte: Associated Press.

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Um terremoto de 5,6 graus na costa iraniana do Golfo Pérsico provocou a morte de pelo menos sete pessoas, disse o diretor da defesa civil local, Hassan Qadami, à mídia local. Além das sete pessoas mortas, 30 ficaram feridas, disse ele à agência estatal de notícias Irna.

O tremor ocorreu perto da cidade de Borazjan a uma profundidade de apenas 16,4 quilômetros e a cerca de 60 quilômetros da usina nuclear de Bushehr. Não há informações sobre eventuais impactos do tremor de terra sobre a estrutura da usina. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Políticos iranianos com posições mais extremas criticaram publicamente o acordo alcançado em Genebra na semana passada com as seis potências ocidentais sobre o programa nuclear do país. O deputado Ruhollah Hosseinian, por exemplo, disse que a decisão foi vaga e condicional, o que pode finalmente levar ao fechamento do programa de enriquecimento de urânio do país. O deputado Hamid Rasaei, da mesma linha política, chamou a decisão de "um cálice de veneno".

"Um cálice de veneno foi dado ao povo, mas (o governo) está tentando mostrar como uma bebida doce por meio da manipulação da mídia", disse Rasaei.

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"Nós devemos dizer às pessoas o que perderam e o que ganharam com o acordo", disse Hosseinian. "É praticamente pisotear os direitos de enriquecimento (de urânio) do Irã. Essas restrições indicam que caminhamos para uma auto paralisação nesse setor", complementou.

A maioria dos parlamentares apoiou o acordo, destacando a redução das sanções atuais impostas pelas potências mundiais e o impedimento de novos bloqueios políticos e econômicos.

Na madrugada de domingo, o Irã chegou a um histórico acerto temporário com as seis potências globais (EUA, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha) conhecidas como P5+1. O país do Oriente Médio se comprometeu, durante os próximos seis meses, a não enriquecer urânio a mais de 5% e a neutralizar todo seu estoque de urânio enriquecido a quase 20%, patamar acima do qual o combustível pode ser usado na produção de armas nucleares. Os iranianos também serão submetidos à supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Em contrapartida, o P5+1 se comprometeu a suspender os bloqueios sobre o ouro e metais preciosos, setor automobilístico e às exportações petroquímicas do país, o que fornecerá cerca de US$ 1,5 bilhão em receita potencial aos iranianos. Também permitirão que US$ 4,2 bilhões das vendas de petróleo possam ser transferidas em parcelas ao governo do país.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei - que tem a palavra final sobre todas as questões de Estado -, tem apoiado publicamente as negociações sobre o programa nuclear do país. No entanto, ele não discordou da posição dos parlamentares que criticaram o acordo.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, afirmou que o acordo ajudou na redução das sanções e impede que a Organização das Nações Unidas (ONU) e as potências mundiais possam impor novos bloqueios ao país. O acordo, segundo ele, também prevê futuros alívios no setor comercial em troca da redução do seu programa de enriquecimento.

A base aliada do governo saudou Zarif como "embaixador da paz", considerando as negociações como uma vitória diplomática para o Irã. Também consideraram a reação de ira do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como um triunfo para o país. Netanyahu classificou o acordo de um "erro histórico", o que faz do mundo "um lugar muito mais perigoso". Ele acrescentou que Israel não está vinculado a qualquer decisão tomada.

Israel acredita que o Irã está tentando desenvolver uma bomba nuclear. Netanyahu tem expressado ceticismo sobre a posição moderada do presidente iraniano, Hassan Rouhani, a quem chamou de "lobo em pele de cordeiro".

A Arábia Saudita demonstrou cautela com o acordo entre o Irã e o grupo de potências formado por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia. Na avaliação de Riad, o acordo é um "primeiro passo" em direção a uma solução mais abrangente sobre o futuro do programa nuclear iraniano.

A primeira reação oficial da Arábia Saudita consta de uma nota do gabinete de governo distribuída pela agência estatal de notícias Saudi Press.

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Segundo o governo saudita, o acordo será um "bom primeiro passo" se houver "boa vontade" dos envolvidos e poderá ser considerado "abrangente" se, no futuro, tornar o Oriente Médio uma região livre de armas de destruição em massa - numa alusão aos arsenais de Israel.

Antes do acordo, a Arábia Saudita vinha demonstrando desconforto com a abertura de seu principal aliado externo, os Estados Unidos, ao Irã.

Mais cedo, os governos de Qatar, Bahrein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos divulgaram nota saudando o acordo. Fonte: Associated Press.

O negociador-chefe do Irã para as negociações nucleares em Genebra, Abbas Araqchi, citou "falta de confiança" e "grandes diferenças" entre o Irã e os membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Alemanha, mas disse que um acordo pode ser alcançado amanhã.

Araqchi, ex-vice-ministro de relações exteriores, disse em sua conta no Twitter que o Irã não assinará um acordo sobre seu programa nuclear a não ser que esses países aceitem que Teerã assegure seu direito de enriquecer urânio.

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"O principal obstáculo é a falta de confiança por conta do que aconteceu na última rodada", afirmou o negociador-chefe à televisão estatal do Irã, referindo-se à apresentação de termos mais duros nos minutos finais das negociações na última rodada. "Enquanto a confiança não for restaurada, nós não podemos continuar com negociações construtivas."

Mesmo assim, Araqchi expressou a esperança de alcançar um acordo até amanhã e pediu que o outro lado da negociação seja flexível. O ministro de relações exteriores da França, Laurent Fabius, também disse esperar que um acordo seja alcançado em Genebra, mas alertou que qualquer acordo deverá atender às demandas de Paris.

Em declaração nesta manhã, o ministro de relações exteriores da França, Laurent Fabius, disse que as lideranças mundiais estão unidas em apoiar a posição dura da França. Os franceses têm incomodado as lideranças iranianas ao demandar que Teerã dê passos concretos em retroceder no programa nuclear antes de aprovar um alívio nas sanções ao país.

As exigências de Paris incluem que Irã entregue fornecimentos de urânio enriquecido a níveis próximos ao das construções de armas e que o país suspenda a construção de um reator nuclear na cidade de Arak. Autoridades dos EUA, Reino Unido, França, China, Rússia, Alemanha retomaram as negociações com o Irã ontem.

Enquanto isso, o Irã busca uma retirada das sanções lideradas pelos EUA sobre as exportações de petróleo e acesso ao sistema bancário internacional.

Araqchi afirmou que a discussão sobre o direito de enriquecer urânio está fora de questão, mas disse que o Irã está aberto a negociar o nível de enriquecimento, onde ele é conduzido e os estoques. Ontem, o aiatolá Ali Khamenei, que dá a cartada final nas decisões sobre o programa nuclear, disse que não dará "um passo atrás nos direitos da nação iraniana". Fonte: Dow Jones Newswires.

Após reunião com líder israelense, o presidente russo Vladimir Putin disse em Moscou que está otimista com relação às negociações sobre o programa nuclear do Irã em Genebra e que espera que uma solução mútua aceitável será encontrada. Israel tem sido o opositor mais veemente à proposta de compromisso nuclear de seu vizinho por acreditar que ficará em perigo em relação ao Irã.

Em comentários, nesta quarta-feira (20), após reunião com Putin, Benjamin Netanyahu disse que "acredita na possibilidade de um acordo melhor, mas isso requer de nós sermos mais consistentes e persistentes".

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O líder israelense disse que o Irã precisa concordar em desmantelar suas centrífugas, enviar o material nuclear enriquecido para fora do país e desmontar seu reator de plutônio. Fonte: Associated Press.

O presidente francês François Hollande disse nesta quarta-feira que as declarações do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, são "inaceitáveis" e devem elevar as tensões nas negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano.

Hollande referiu-se ao discurso feito por Khamenei no qual afirmou que a França estava "se ajoelhando" para Israel e no qual reafirmou o "direito" do Irã de "enriquecer seu estoque de urânio".

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"O presidente disse que as palavras de Ali Khamenei sobre Israel são inaceitáveis e complicam as negociações", disse a porta-voz do governo francês, Najat Vallaud-Belkacem, após comparecer a uma reunião de gabinete com Hollande.

A França tem sido dura nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, insistindo que Teerã entregue ou desintegre seu estoque de urânio, que foi enriquecido em um nível que se aproxima do grau para a fabricação de armas. A França também quer que Teerã interrompa o desenvolvimento de seu reator nuclear em Arak, já que para o governo francês ele pode ser usado para produzir plutônio para uma bomba nuclear.

As declarações de Hollande foram feitas após o retorno de uma vista de três dias a Israel.

Vallaud-Belkacem disse aos jornalistas que o gabinete de Hollande discutiu o dossiê nuclear iraniano horas do início de um novo encontro, nesta quarta-feira, entre Irã e o P5+1 (grupo de potências nucleares formado por Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha) em Genebra. Ela disse, porém, que a França ainda tem esperanças a respeito de um acordo, mas sua posição não foi alterada.

Durante discurso à milícia paramilitar Basij, que é controlada pela poderosa Guarda Revolucionária. Khamenei referiu-se a Israel - "o regime sionista" - como o "o cão raivoso da região".

Khamenei afirmou também que o regime israelense está "fadado ao colapso", intensificando a guerra de palavras entre os dois países. "O regime sionista é um regime cujos pilares são extremamente fracos e está fadado ao colapso", afirmou ele durante encontro com a milícia.

"Qualquer fenômeno que seja criado pela força não pode perdurar", disse ele, em declarações transmitidas ao vivo pela televisão.

As observações foram feitas no momento em que Israel faz duras críticas aos esforços da potências mundiais para chegar a um acordo com o Irã a respeito do programa nuclear iraniano. Israel, o único país da região que tem armamentos nucleares não declaradas, se opõe ao acordo.

O P5+1 e o Irã retomam as negociações em Genebra nesta quarta-feira, mas o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu diz que um acordo seria "perigoso". Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da Rússia Vladimir Putin recebe hoje em Moscou o primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu. As conversas devem girar em torno do programa nuclear iraniano e da guerra civil na Síria. A reunião deve começar por volta das 12h no horário de brasília e deve haver a divulgação de posicionamentos dos líderes depois do encontro.

Putin e Netanyahu poderão tratar do andamento das negociações entre representantes das potências mundiais e do Irã sobre o programa nuclear no país do Oriente Médio. Negociadores do grupo de países do chamado P5+1 se reúnem em Genebra para procurar um acordo e driblar as atividades nucleares iranianas. Fazem parte da rodada de conversas Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia, além da Alemanha. É a terceira reunião em menos de um mês.

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Israel já havia expressado sua preocupação com os debates em Genebra. Em vez de determinar o encerramento do enriquecimento de urânio, conforme resoluções do Conselho de Segurança da ONU vinham demandando, os negociadores parecem estar caminhando para um acordo mais compreensivo, que garantiria a continuidade do programa para propósitos civis. Junto com outros passos, essa seria uma primeira fase enquanto um acordo de longo prazo é costurado entre o Irã e o P5+1.

Líderes iranianos deixaram claro que o país não vai considerar abrir mão do enriquecimento de urânio. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quarta-feira que ele não irá permitir nenhum recuo nos "direitos nucleares" do Irã. "Eu insisto em estabelecer os direitos da nação iraniana, incluindo os direitos nucleares", disse a militares em Teerã, num raro discurso televisionado. "Não estou interferindo nos detalhes das negociações, mas há linhas e limites que devem ser respeitados", acrescentou Khamenei.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quarta-feira que ele não irá permitir nenhum recuo nos "direitos nucleares" do Irã. Em meio a uma nova rodada de conversas com potências mundiais, ele expressou apoio aos negociadores em Genebra, mas afirmou que os iranianos estavam instruídos a respeitar "as linhas vermelhas" de Teerã.

Khamenei pareceu ter se referido à insistência do Irã em continuar enriquecendo urânio em seu próprio solo. O processo pode servir para fornecimento de energia, mas também pode ser usado para criação de componentes para uma bomba atômica.

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"Eu insisto em estabelecer os direitos da nação iraniana, incluindo os direitos nucleares", disse o líder iraniano a militares em Teerã, num raro discurso televisionado. "Insisto em não recuar um único passo dos direitos da nação iraniana", afirmou.

As declarações acontecem num momento em que o chamado P5+1, um grupo de países que juntou esforços para negociações sobre o programa nuclear do Irã, procura um acordo com o país para driblar as atividades nucleares. O grupo inclui os Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia, além da Alemanha. Representantes dos seis países e negociadores iranianos se encontraram nesta quarta-feira pela terceira vez em menos de um mês.

As potências mundiais suspeitam que o Irã está mascarando os objetivos militares em seu esforço nuclear, apesar de repetidas negativas de Teerã. A decisão final está com Khamenei. "Não estou interferindo nos detalhes destas negociações mas há linhas e limites que devem ser respeitados, disse ele. "Devemos respeitar esses limites e não entrar em atrito diante da algazarra dos inimigos e da oposição", acrescentou.

A eleição do moderado Hassan Rouhani como presidente do Irã aumentou as expectativas de um final para as discordâncias sobre o programa nuclear iraniano depois de uma década de iniciativas que falharam em aliviar as tensões. Israel expressou sua preocupação com os debates em Genebra. Em vez de determinar o encerramento do enriquecimento de urânio, conforme resoluções do Conselho de Segurança da ONU vinham demandando, as potências parecem estar contente com a suspensão do enriquecimento em níveis médios. Junto com outros passos, essa seria uma primeira fase enquanto um acordo de longo prazo é costurado entre o Irã e o P5+1. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo iraniano não vê necessidade de as potências com as quais negocia o futuro de seu programa nuclear reconhecerem explicitamente o direito ao enriquecimento de urânio, pois considera que isso já está claro no Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). A declaração foi feita neste domingo pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, citado pela agência local de notícias Isna.

Os comentários do chanceler iraniano sugerem um abrandamento da posição do país, que no passado chegou a exigir do Ocidente que reconhecesse explicitamente o direito da república islâmica de produzir combustível para operar suas usinas. O país, no entanto, é signatário do TNP, cujos termos já subentendem esse "direito".

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À Isna, Zarif observou que o direito ao enriquecimento de urânio é inegociável, mas não é necessário um reconhecimento explícito porque isso já está claro no documento.

O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico. O Irã, por sua vez, sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, como a geração de energia elétrica e o desenvolvimento de isótopos medicinais, estando de acordo com as normas do TNP.

No decorrer da semana, representantes do Irã e do grupo de potências formado por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia voltarão a se reunir em Genebra para buscar um acordo sobre os rumos do programa nuclear iraniano. Fonte: Associated Press.

O Irã não expandiu suas instalações nucleares nos últimos três meses, mostra um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado nesta quinta-feira.

A medida pode ter efeitos positivos na construção da confiança, antes da nova rodada de negociações sobre o programa nuclear do Irã, marcada para 20 de novembro.

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A AIEA, que é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), disse que apenas quatro novas centrífugas de enriquecimento de urânio estavam operando na instalação de Natanz e nenhuma nova na instalação subterrânea de Fordo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, amenizou suas críticas contra as negociações lideradas pelos EUA com o Irã e alegou que a pausa nas conversas deu mais tempo para conseguir concessões.

Benjamin Netanyahu reagiu com revolta durante o fim de semana quando foram divulgadas notícias de que as potências mundiais estavam perto de um acordo com o Irã. A autoridade disse que ele rejeitava o acordo que estava surgindo.

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As negociações visavam conter as atividades nucleares do Irã em troca de uma flexibilização da sanções econômicas. Os duros comentários de Netanyahu aumentaram as tensões com os EUA e levaram o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, dizer que as críticas do líder israelense eram prematuras.

Netanyahu disse nesta segunda-feira que a pausa nas negociações oferece uma oportunidade para alcançar um acordo "muito melhor". Mas ele manteve a sua posição de que um acordo final deve "negar ao Irã uma capacidade nuclear militar". Fonte: Associated Press.

O Irã concordou nesta segunda-feira com a expansão do monitoramento da Organização das Nações Unidas (ONU) nas instalações nucleares do país, o que inclui um novo reator, informou a televisão estatal iraniana. O acordo pode impulsionar negociações mais amplas a respeito do programa atômico de Teerã.

O acordo foi fechado durante negociações em Teerã com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, como parte de uma iniciativa paralela para ampliar os esforços com o objetivo de aliviar os temores ocidentais sobre a possibilidade de o Irã desenvolver armas nucleares, algo que Teerã nega.

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A promessa de conceder acesso a inspetores da ONU a instalações iranianas pode ajudar no avanço das negociações entre Irã e as potências mundiais. As conversações no final de semana envolvendo Estados Unidos, Rússia, França, China e Alemanha não resultaram num acordo, mas elas devem ser retomadas na próxima semana em Genebra.

O chamado "mapa do caminho", descrito pela televisão estatal iraniana, permitirá aos inspetores da AIEA ter acesso a uma importante mina de urânio e ao local onde deve ser construído um reator de água pesada, que usa um diferente tipo de refrigerante em vez de água convencional e produz uma quantidade maior de subprodutos de plutônio do que reatores convencionais.

Durante as negociações em Genebra no final de semana, entre o Irã e as seis potências, a França insistiu que mais controles são necessários para o reator, que deve ser construído na cidade central de Arak.

O plutônio pode ser usado na produção de armas nucleares, mas a separação de seus subprodutos exige tecnologia especial que, atualmente, o Irã não tem. O acordo desta segunda-feira pode também abrir caminho para inspeções mais amplas, embora nenhum detalhe tenha sido divulgado.

"As medidas práticas serão implementadas nos próximos três meses, a partir de hoje", disse o diretor-geral da AIEA, Yukiyo Amano, em coletiva de imprensa em Teerã.

O anúncio, porém, não mencionou a instalação militar de Parchin, que fica a sudeste de Teerã. A AIEA quer visitar novamente o local para investigar a suspeita de que testes explosivos, relacionados a possíveis disparadores nucleares, foram realizados. O Irã nega as acusações, mas tem se negado a abrir a base.

Inspetores da ONU trabalham no Irã há anos, mas reclamam do acesso limitado a algumas áreas e a algumas autoridades. As negociações entre a AIEA e Teerã sempre foram uma iniciativa separada, embora relacionada, às negociações internacionais com o Irã sobre seu controverso programa nuclear. Fonte: Associated Press.

O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, considerou neste sábado (9) que um acordo sobre o programa nuclear do Irã em discussão com as potências mundiais é um " erro histórico". "Um acordo agora, nas condições atuais, é um erro histórico que vai permitir que o regime belicoso de Teerã prossiga com o seu perigoso programa nuclear e sua ambição de espalhar o terror e enfraquecer regimes no Oriente Médio e no mundo inteiro", afirmou Yaalon.

Ele pediu que as potências mundiais que negociam com o Irã em Genebra sejam "intransigentes" com a república islâmica, em linha com os comentários do ministro da Justiça israelense, Tzipi Livni. "Não há necessidade para apressar a assinatura de um acordo que não vai atingir seus objetivos, já que um acordo muito mais favorável poderia ser assinado, dado que o Irã está sob pressão ", disse Livni disse em um comunicado.

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O acordo proposto - visto como um primeiro passo antes de novas negociações sobre um acordo final - prevê que o Irã congele parte de seu programa nuclear por até seis meses, em troca de algum alívio das sanções econômicas. Diplomatas do grupo P5 +1 (que é formado por Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos, mais a Alemanha) lutaram para garantir o acordo durante negociações deste sábado, em Genebra.

Depois de várias reuniões com os colegas diplomatas, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que ainda há "divergências" sobre algumas questões e apontou para divisões entre as potências mundiais . "Há diferenças de opinião dentro do grupo P5 +1 ", disse Zarif, acrescentando que as negociações não continuaram no domingo se um acordo não fosse alcançado, segundo a agência de notícias iraniana ISNA. "Se não chegarmos a um acordo hoje à noite, as conversações serão retomadas nos próximos sete ou dez dias", afirmou.

O govenro de Israel é contrário a possibilidade de o Irã fechar um acordo com as potências mundiais. Na sexta-feira, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, alertou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que ele estava oferecendo o Irã "o negócio do século". "Este é um negócio muito ruim, que Israel rejeita totalmente", declarou Netanyahu. Israel, o único país do Oriente Médio com poder nuclear não declarado, vê um Irã com armas nucleares como uma ameaça e não descartou a possibilidade de um ataque militar preventivo.

Os governos ocidentais - e Israel - acusam o Irã de desenvolver uma capacidade militar de armas nucleares sob o disfarce de um programa civil. O governo de Teerã nega qualquer ambição. O Irã abriu conversas com o Ocidente após a eleição, em junho, do moderado Hassan Rouhani, que substituiu o radical Mahmoud Ahmadinejad. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente iraniano, Hasan Rouhani, insistiu neste sábado (9) para que as potências mundiais não percam a "oportunidade excepcional" para chegar a um acordo nas negociações em curso em Genebra sobre o programa nuclear do país.

"Espero que o grupo "P5+1" (EUA, China, Grã-Bretanha, Rússia, França e Alemanha) tire o máximo proveito desta oportunidade excepcional que a nação iraniana tem oferecido à comunidade internacional, para que possamos chegar a um resultado positivo dentro de um prazo razoável", disse, segundo a agência de notícias IRNA. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, Yukio Amano, deve visitar Teerã na próxima semana em um possível novo sinal de progresso nas negociações sobre o programa nuclear do país, segundo informações da agência estatal de notícias IRNA.

De acordo com a agência, o chefe do setor nuclear do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou que Amano visitará Teerã no dia 12 de novembro. A AIEA não confirmou ou negou a reportagem da agência.

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Na semana passada, em Viena, os enviados do Irã e da AIEA discutiram as propostas de Teerã para aliviar as preocupações ocidentais de que o Irã poderia eventualmente produzir armas nucleares. Detalhes das ofertas do Irã não foram divulgados, mas podem ser estudadas ainda mais durante as conversas que começam na quinta-feira, em Genebra, entre o Irã e potencias mundiais. O Irã alega que só busca usar reatores nucleares para os setores de energia e saúde. Fonte: Associated Press.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse neste domingo (3) que não está otimista com as negociações nucleares, mas afirmou que apoia os encontros. As declarações dele ocorrem próximas à nova rodada de negociações com o chamado P5+1 (os cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - EUA, Reino Unido, França, China e Rússia - mais a Alemanha), nos dias 7 e 8 deste mês.

"Não estou otimista sobre as negociações, mas, com a graça de Deus, não vamos sofrer perdas também", disse Khamenei. "Seria melhor se as negociações dessem frutos, mas, se não houver resultados, o país deve confiar em si mesmo", afirmou ele a um grupo de estudantes em sua residência, um dia antes da data que marca a tomada da embaixada dos EUA em Teerã, em 1979. Fonte: Dow Jones Newswires.

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