Tópicos | Operação Tesouro Perdido

No depoimento que prestou à Polícia Federal no último dia 19, o ex-assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão afirmou que não conhecia o apartamento onde foram encontrados R$ 51 milhões em dinheiro. Para justificar a presença de suas impressões digitais em algumas das notas encontradas no imóvel, Ribeiro disse que costumava contar dinheiro do posto de combustíveis Alameda da Praia, localizado na praia de Stella Maris, em Salvador, que tem o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) como sócio.

O posto de combustíveis aparece nas declarações de bens que Lúcio entregou à Justiça Eleitoral quando foi candidato a deputado federal em 2010 e 2014. Nas duas ocasiões, o então candidato declarou possuir 1.000 cotas do estabelecimento no valor de R$ 8.110,01. Na página do deputado no site da Câmara consta que Lúcio foi gerente administrativo do estabelecimento entre 2007 e 2010.

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À Polícia Federal, Ribeiro disse que o dinheiro que "por ventura tenha manuseado" era do posto de gasolina. Segundo ele, os valores contados "giravam em torno de R$ 10 mil a R$ 15 mil". "Que por vezes ia buscar dinheiro, às vezes o motorista e, ainda, os próprios familiares o recolhiam. Que contado o dinheiro ele era depositado em conta vinculada ao próprio posto", informa termo do depoimento de Ribeiro ao qual à repotagem teve acesso.

Segundo o depoente, o dinheiro chegava "solto ou mesmo novo, com fitas" às suas mãos. Aos investigadores, o ex-assessor afirmou não saber "a origem do dinheiro que contava em tais situações ou mesmo o destino que lhe era dado na sequência". A partir de 2010, afirmou, ele passou a receber pedidos frequentes do ex-ministro Geddel Vieira Lima para contar quantias maiores, que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.

Geddel, que está preso desde setembro, e Lúcio são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro na ação que investiga a origem dos R$ 51 milhões. O ex-ministro e o deputado, bem como seus advogados, não responderam aos contatos feitos pela reportagem nesta terça-feira, 7.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considerou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima "parece" ter assumido a posição de líder de uma organização criminosa. Para ela, a prisão preventiva do ex-ministro é "imprescindível" para a continuidade das investigações.

Geddel foi preso em julho por tentativa de obstrução de justiça, mas colocado em prisão domiciliar dias depois. No último dia 8 de setembro, o ex-ministro foi novamente preso preventivamente após a Polícia Federal encontrar o equivalente a R$ 51 milhões atribuídos a ele em um apartamento em Salvador (BA), na operação Tesouro Perdido.

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Para Raquel Dodge, Geddel "fez muito em pouco tempo". "A sua defesa não tem razão quando afirma que a apreensão destes quase R$ 52 milhões não é causa suficiente para um novo decreto de prisão. Não há registro histórico no Brasil de apreensão maior de dinheiro e, ao que tudo indica, dinheiro público desviado e ocultado ilicitamente", escreveu Raquel. Segundo ela, o "valor monumental" indica a gravidade do crime.

"A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado. Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido."

Nas palavras da procuradora-geral, está sendo investigada uma "poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente da Câmara dos Deputados". A investigação que levou ao dinheiro escondido no apartamento em Salvador apura desvios na Caixa Econômica Federal, com suposta participação de Geddel e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

A manifestação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após as defesas de Geddel e do advogado Gustavo Ferraz, suposto aliado do peemedebista, entrarem com pedido de liberdade. Fachin manteve Geddel preso, mas substituiu a preventiva de Ferraz por prisão domiciliar e pagamento de fiança.

A manutenção da prisão de Geddel gera apreensão no Planalto, que teme que o ex-ministro admita a delação premiada como estratégia de defesa e implique a cúpula do PMDB. Geddel foi ministro do presidente Michel Temer e considerado um aliado no Planalto.

A procuradora-geral da República apontou que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal chegaram ao apartamento a partir da afirmação do delator Lúcio Funaro de que entregou mais de R$ 11 milhões em espécie a Geddel, "que seriam dinheiro público". "Logo, a soma do dinheiro apreendido é muito superior às entregas de Funaro", escreveu Raquel, que defendeu em manifestação que as investigações sobre o ex-ministro precisam prosseguir.

Para a PGR, em prisão domiciliar Geddel poderia "manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação".

Decisão

Fachin também determinou, em sua decisão, a prisão domiciliar para Job Ribeiro Brandão, secretário parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel. Brandão também ficará afastado da função na Câmara e deverá usar tornozeleira eletrônica.

Já dura pelo menos cinco horas a operação de busca e apreensão da Polícia Federal no gabinete do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) na Câmara. Agentes da PF, que chegaram por volta das 5h30 desta segunda-feira, 16, ao gabinete do deputado, ainda continuavam no local por volta das 10h40.

O corredor que dá acesso ao gabinete, no 6º andar do anexo 4 da Câmara, está bloqueado por policiais legislativos para evitar o acesso da imprensa. Somente servidores de outros gabinetes podem passar pelo local para trabalhar.

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A ação no gabinete do deputado, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi determinada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido da PGR ocorre no âmbito da investigação que apura a ligação do parlamentar com os R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador.Geddel está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

O Palácio do Planalto se preocupa hoje mais com a possibilidade de o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso desde o dia 8, fechar um acordo de delação premiada do que com a nova denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República na semana passada contra o presidente Michel Temer.

A avaliação de auxiliares próximos a Temer é de que a segunda acusação formal oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que acusa o presidente de liderar uma organização criminosa e de obstruir a Justiça, terá um placar mais favorável que a primeira acusação quando chegar ao plenário da Câmara dos Deputados. Em agosto, quando a Procuradoria denunciou Temer por corrupção passiva, 263 deputados votaram por barrar o prosseguimento da acusação.

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Já em relação a Geddel, a avaliação no Planalto é de que a situação é "praticamente incontornável" depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em espécie em um apartamento em Salvador, onde foram identificadas as impressões digitais do ex-ministro.

Até a primeira prisão do ex-ministro, no dia 3 de julho, baseada em depoimentos do corretor Lúcio Funaro e de sua mulher, Raquel Pitta, a avaliação era de que seria possível obter sucesso na defesa técnica, uma vez que não existiam provas concretas da tentativa de obstrução da Justiça.

A apreensão do dinheiro, entretanto, segundo os investigadores, jogou por terra o discurso da defesa de que as acusações eram versões de delatores interessados em benefícios. Os R$ 51 milhões materializaram as provas necessárias para sustentar as afirmações dos colaboradores. A homologação da delação de Funaro fortaleceu a tese da acusação contra Geddel.

Além disso, o ex-diretor de Defesa Civil de Salvador Gustavo Pedreira, apontado como homem de confiança de Geddel, cujas impressões digitais também foram encontradas no apartamento, afirmou estar disposto a colaborar com as investigações. Ele já confirmou ter buscado dinheiro em São Paulo a pedido de Geddel. Não está descartada a possibilidade de o ex-ministro ser alvo de outras denúncias.

Distanciamento

Geddel, ao lado de Temer, fazia parte do núcleo duro do PMDB, que inclui os atuais ministros e também denunciados Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). O Planalto avalia que Geddel é temperamental e emotivo e, por isso, não aguentaria muito tempo na prisão. Essas características, disse um auxiliar, podem aumentar ainda mais as chances de o ex-ministro fornecer informações em troca de benefícios.

Apesar disso, o discurso no governo é de que, se Geddel fechar acordo de colaboração premiada, não haverá nada de comprometedor contra o presidente. Ainda assim, a ordem no Planalto tem sido se distanciar ao máximo do ex-ministro. Desde que foram descobertos os R$ 51 milhões, os principais interlocutores do presidente evitam o assunto ou, quando abordados, dizem que ele não tem relação com o Palácio do Planalto.

Procurada, a defesa de Geddel não havia se manifestado até a publicação desta matéria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) alegou risco de "estupro" na Penitenciária da Papuda, local em que o ex-ministro está recolhido desde a semana passada, em Brasília, e pediu que ele volte para o regime de prisão domiciliar em seu apartamento em Salvador. O requerimento foi negado pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que ressaltou o fato de os advogados do peemedebista terem usado informações "inverídicas" e "especulativas" na petição.

A defesa se baseou em matéria publicada no portal "A Folha Brasil", no dia da prisão do ex-ministro, noticiando que mensagens vazadas por familiares de detentos do Complexo Penitenciário da Papuda dariam conta de "ameaças de estupro" que teriam sido "enviadas aos políticos que estão cumprindo pena ou prisão preventiva".

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Conforme a "reportagem" citada pelos advogados de Geddel, facções criminosas da unidade prisional teriam avisado aos acusados de corrupção que teriam de prestar serviços sexuais e domésticos aos demais internos. "Um famoso ex-deputado já está 'casado' com um traficante. Seus familiares estão pedindo intervenção da Justiça para que a violência e humilhação cessem o mais breve possível", diz trecho do texto publicado no site.

A defesa também alegou que a família do peemedebista teria recebido mensagem ameaçadora por rede social e que peças do procedimento criminal, além de imagens da audiência de custódia, teriam sido publicadas pela imprensa, o que seria um fator de exposição e risco. A petição alega que "qualquer lesão que aconteça a Geddel será de responsabilidade direta de todos os garantidores que se omitiram". "Por fim, a defesa requer a imediata colocação do custodiado em prisão domiciliar, alegando ser esta a única forma de garantir a sua integridade física ou, em caso de entendimento diverso, pede sua alocação em batalhão de guarda da Polícia Militar", narra o despacho da magistrada.

Em resposta ao pedido, a juíza afirmou não ter competência para decidir sobre o pedido, uma vez que se trata de assunto da alçada da Justiça Federal. Ela argumentou que, a despeito disso, o pedido é baseado em notícia de caráter especulativo, pois, após a prisão de Geddel, os familiares dos presos de seu bloco nem os haviam visitado, ou seja, não poderiam ter tido contato com eles para saber de eventuais ameaças.

"Soa um tanto estranho que essas mensagens tenham sido dirigidas ao ora custodiado, quando sequer havia divulgação relativa à unidade prisional em que seria alocado, em especial porque a matéria jornalística traz alguma informações inverídicas sobre a realidade das unidades prisionais do DF, inclusive quanto ao número de refeições disponibilizadas aos custodiados", escreveu.

A juíza acrescentou que Geddel não tem nenhuma prerrogativa ou garantia que lhe assegure custódia em sala de Estado Maior, na Polícia Militar.

O ex-ministro foi preso na última sexta-feira, 8, após a Polícia Federal descobrir que escondia R$ 51 milhões em dinheiro vivo num apartamento em Salvador bem próximo ao local em que já cumpria prisão domiciliar. Ele está preso numa ala da Papuda que já é destinada a internos vulneráveis, a exemplo de policiais que correm algum risco de ataque dos presidiários.

O advogado de Geddel, Gamil Föppel, foi procurado pela reportagem, mas ainda não se pronunciou.

Irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) desapareceu dos corredores da Câmara. Desde que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em um apartamento usado pelo ex-ministro do governo Michel Temer, Lúcio não aparece no Congresso Nacional.

A última vez que o deputado marcou presença no plenário da Casa foi no dia 4 de setembro, um dia antes da operação policial que descobriu o "bunker" de Geddel em Salvador. Lúcio é presidente da comissão especial que discute propostas para reforma política, mas não compareceu à sessão de votação desta tarde. Os trabalhos estão sendo conduzidos por Lázaro Botelho (PP-TO). Até o momento a Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara (SGM) não recebeu nenhum pedido formal de licença do parlamentar.

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A investigação sobre o "tesouro" escondido pelo ex-ministro poderá ser enviada nos próximos dias para análise do Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Federal encontrou indícios de envolvimento do deputado nos crimes sob investigação. Congressistas têm foro por prerrogativa de função e só podem ser alvos de inquéritos criminais que tramitem na Corte.

No depoimento prestado à PF, o dono do apartamento em que foram encontradas malas abarrotadas de dinheiro, Silvio Antônio Cabral da Silveira, disse que atendeu ao pedido de Lúcio para emprestar o imóvel em nome da amizade com o parlamentar, embora não conhecesse Geddel. Além disso, no local, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, apontada como empregada doméstica do congressista.

Como informou mais cedo o blog de Fausto Macedo, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, pediu que a Procuradoria da República no Distrito Federal se pronunciasse sobre a necessidade de envio do inquérito ao STF. Se o magistrado decidir enviar o caso ao STF, caberá aos ministros da Corte deliberar se toda a investigação correrá na instância superior ou apenas a parte referente a Lúcio.

O deputado, que sempre costuma atender ligações e responder mensagens de texto, não retornou às chamadas telefônicas da reportagem.

Logo depois de ter prisão de Gustavo Ferraz decretada pela Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira, 8 de setembro, a prefeitura de Salvador decidiu exonerá-lo do cargo de diretor-geral da Defesa Civil (Codesal).

A PF encontrou, na última terça-feira, 5, um apartamento no bairro Graça, em Salvador, com malas e caixas com dinheiro, que somavam R$ 51 milhões. Segundo as investigações, o dinheiro pertencia ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e Ferraz o auxiliava a escondê-lo. Na quinta-feira, 7, foram encontradas digitais do ex-ministro e de Gustavo Ferraz no apartamento.

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A decisão da 10ª Vara Federal de Brasília aponta indícios de que os "valores vultosos estavam sendo mantidos escondidos no supracitado apartamento por Geddel Quadros Vieira Lima, com o auxílio direto de Gustavo Pedreira do Couto Ferraz". Ferraz é apontado pela PF como "pessoa ligada a Geddel".

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) chegou às 16h desta sexta-feira, 8, a Brasília em voo que partiu de Salvador, onde foi preso preventivamente por suspeita de lavagem de dinheiro, a mando do juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal.

Vestindo roupas brancas e segurando uma mala, o peemedebista desembarcou da aeronave e caminhou rumo a um dos hangares do aeroporto da capital federal. O ex-ministro agora será levado ao Instituto Medico Legal (IML) para exames de praxe e, posteriormente, vai para o complexo penitenciário da Papuda, nos arredores de Brasília.

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O ex-ministro estava em regime domiciliar após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Após Operação Tesouro Perdido, da Polícia Federal, que culminou com a maior apreensão em dinheiro vivo da história brasileira, no valor de R$ 51 milhões, o magistrado de Brasília mandou Geddel de volta para a cadeia.

O empresário Silvio Silveira disse à Polícia Federal nesta quarta-feira, 6, que "não sabia" que o apartamento no bairro da Graça, em Salvador, estava sendo usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima para guardar dinheiro. Ele admitiu ter emprestado o imóvel a Geddel. Nesta terça-feira, 5, a PF fez buscas no endereço e encontrou R$ 51 milhões em dinheiro vivo, fortuna atribuída ao ex-ministro do governo Temer cuja origem seria propina.

Silveira apresentou-se à PF e contou que Geddel pediu o apartamento para estocar "pertences do pai" (falecido em janeiro de 2016).

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Segundo o delegado Daniel Justo Madruga, superintendente regional da PF na Bahia, os agentes ficaram "surpresos" com a descoberta de tanto dinheiro - a PF levou cerca de 12 horas para fazer a contagem, utilizando oito máquinas e onze funcionários de uma empresa transportadora de valores.

A conferência indicou R$ 42,6 milhões e US$ 2,68 milhões em cédulas.

Geddel ainda não se manifestou sobre a origem da fortuna a ele atribuída.

A Polícia Federal usou sete máquinas para contar os R$ 51 milhões apreendidos no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A conferência da dinheirama atribuída a Geddel levou 14 horas para terminar - atravessou praticamente toda a terça-feira, 5, e invadiu o início da madrugada desta quarta-feira, 6.

Foram apreendidos incríveis R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será depositado em uma conta judicial. É a maior apreensão de dinheiro vivo no País. O valor em dólar foi convertido para real e chegou a R$ 8.387.366,40. Foi usada a cotação de venda desta segunda-feira pelo BC (1 dólar = 3,1203 reais).

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O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal na manhã desta terça na Operação Tesouro Perdido, nova fase da Cui Bonno?. A ação fez buscas em um imóvel em Salvador e foi autorizada pela 10.ª Vara Federal de Brasília. A Tesouro Perdido mirou no local apontado como bunker do ex-ministro. O apartamento seria usado para armazenagem de dinheiro em espécie.

Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel "estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência".

Geddel está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica, que estão em falta na Bahia. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho. A investigação é conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu, entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.

A Polícia Federal (PF) encontrou, nesta terça-feira (5), caixas e malas de dinheiro em um apartamento que seria utilizado pelo ex-governador da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB), em Salvador. De acordo com a PF, o endereço foi encontrado após as investigações decorrentes das últimas fases da Operação Cui Bono. A Tesouro Perdido, deflagrada hoje, cumpriu mandados de busca e apreensão emitidos pela 10ª Vara Federal de Brasília.

Segundo a PF, o local estava sendo utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie. Durante as buscas foi encontrada grande quantia ainda não estimada. Os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.

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O ex-ministro de Temer foi preso em julho acusado de participar de esquema ilegal de liberação de recursos na Caixa Econômica e atualmente cumpre prisão domiciliar, sem o uso de tornozeleira eletrônica por ordem do desembargador Ney Bello. Ele exerceu o cargo de vice-presidente do banco durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No governo Temer, Geddel foi ministro da Secretaria de Governo, mas deixou o posto depois de denúncias feitas pelo então ministro da Cultura, Marcelo Calero. 

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