Tópicos | Geddel Vieira Lima

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar na tarde de hoje (15) o julgamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima e de seu irmão, o ex-deputado Lucio Vieira Lima, no caso dos R$ 51 milhões em espécie encontrados dentro de malas e sacos num apartamento de Salvador.

Em duas sessões anteriores, o relator do caso, ministro Edson Fachin, e o revisor, Celso de Mello, votaram pela condenação de ambos pelo crime de lavagem de dinheiro.

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Nesta terça-feira, o julgamento será retomado com a continuidade do voto de Celso de Mello, que deve se pronunciar a respeito de outros crimes de lavagem atribuídos aos irmãos e também pelo de associação criminosa. Por este crime, Fachin votou também pela condenação.

Celso de Mello deverá votar também sobre a situação de Job Brandão, ex-assessor parlamentar de Lúcio, e do empresário Luiz Fernando Machado, também denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento no caso. Ambos foram absolvidos por Fachin.

Além de relator e revisor, devem ainda votar no caso os demais ministros da Segunda Turma: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Geddel está preso desde 2017 no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, em decorrência deste e de outros casos de corrupção do qual é alvo de investigação.

As defesa dos irmãos Vieira Lima alega que os laudos e as investigações da Polícia Federal não foram capazes de comprovar a ligação entre eles e dinheiro, e que nulidades processuais devem levar à absolvição de ambos.

As defesas de Job Brandão e de Luiz Fernando Machado sustentam que eles não tinham conhecimento da natureza ilícita do dinheiro.

Denúncia

A denúncia foi apresentada ao STF pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge. Na acusação, ela sustentou que o dinheiro apreendido seria proveniente de esquemas de corrupção na Caixa Econômica Federal investigados em outras ações penais. Geddel foi vice-presidente do banco.

Outra parte teria sido acumulada por Lúcio Vieira Lima por meio do crime de peculato, em que o parlamentar se apropriou de parte do salário do ex-assessor parlamentar Job Brandão.

Além do dinheiro encontrado, outros R$ 12 milhões teriam sido lavados por Geddel e Lúcio por meio de investimentos em imóveis de alto padrão em Salvador, em empreendimentos da empresa Cosbat, administrada por Luiz Fernando Machado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin votou nesta terça-feira (1º) pela condenação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, e de seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A manifestação de Fachin, relator do processo, foi feita no julgamento do caso relacionado aos R$ 51 milhões em espécie encontrados no apartamento em Salvador, em 2017. Pelos fatos, Geddel está preso há dois anos.

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O ministro também votou pela absolvição do ex-assessor de Lúcio Vieira, Job Brandão, e do empresário Luiz Fernando Costa Filho, sócio de uma construtora que recebeu investimentos de Geddel, por entender que os acusados não tinham conhecimento da origem ilícita dos recursos movimentados e que o ex-assessor era apenas um cumpridor de ordens.

Ao votar pela condenação de Geddel, Fachin analisou as provas obtidas pela Polícia Federal. Segundo o ministro, peritos encontraram fragmentos das digitais de Geddel e Job nos sacos de dinheiro que estavam dentro do apartamento.

Além disso, segundo o ministro, o doleiro Lúcio Funaro relatou e comprovou em depoimentos de delação premiada que fez entregas de propina em dinheiro a Geddel. De acordo com o delator, o repasse de propina foi de aproximadamente R$ 20 milhões, entre 2012 e 2015, quando o ex-deputado era vice-presidente da Caixa. Os repasses ocorriam em troca da liberação de empréstimos a empresas interessadas em obter os recursos e ocorreram em hotéis, hangares de táxi-aéreo e no escritório de Funaro, em São Paulo.

Sobre a conduta de Lúcio Vieira Lima, Fachin disse que o irmão de Geddel ajudou na lavagem de dinheiro ao investir em empresas da família e no mercado imobiliário, por meio da ocultação do valores de propina.

Após voto de Edson Fachin, a sessão da Segunda Turma do STF, que julga o caso, foi suspensa e será retomada na próxima terça-feira (8).

Denúncia

A denúncia foi apresentada ao STF pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge. Na acusação, ela sustentou que o dinheiro apreendido seria proveniente de esquemas de corrupção na Caixa Econômica Federal investigados em outras ações penais. Geddel foi vice-presidente do banco. Outra parte teria sido acumulada por Lúcio Vieira Lima por meio do crime de peculato, em que o parlamentar se apropriou de parte do salário do ex-assessor parlamentar Job Brandão.

Além do dinheiro encontrado, outros R$ 12 milhões teriam sido lavados por Geddel e Lúcio por meio de investimentos em imóveis de alto padrão em Salvador, em empreendimentos da empresa Cosbat, administrada por Luiz Fernando Machado.

Defesas

Durante o julgamento, o advogado Gamil Föppel, representante da família, disse que Geddel está preso há dois anos e que o Ministério Público Federal nunca se conformou com a liberdade do ex-ministro. O advogado também criticou a perícia feita pela Polícia Federal (PF), que não teria seguido os trâmites legais ao encontrar fragmentos de digitais de Geddel em um saco de plástico que continha dinheiro.

"Tenho absoluta certeza que, se respeitadas as regras processuais, não há outra alternativa senão absolver todos os réus de todas as imputações que foram são feitas", afirmou.

A defesa de Job Brandão disse que ele não tinha consciência da ilicitude do dinheiro movimentado pela família de Geddel. Segundo o advogado, Brandão era somente um cumpridor de ordens ao receber recursos em dinheiro ou guardá-los.

A defesa do empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho afirmou que ele não tinha ciência da procedência ilícita dos recursos que foram aplicados pela família na empresa. Segundo o advogado César Faria, o empresário, quando recebeu dinheiro em espécie, registrou os valores na contabilidade da empresa e depositou no banco, não tendo intenção de ocultá-los.

 

O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania) chamou o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “bandido” e “canalha” durante o debate de votação dos destaques da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Calero foi ministro da Cultura no governo Temer, mas pediu demissão do comando da pasta após um imbróglio com o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

A fala de Calero foi em reação aos elogios que o deputado José Medeiros (Podemos) fez a Temer sobre o debate que iniciou no mandato dele em relação às mudanças nas regras da Previdência. 

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“É lamentável que a essa altura do campeonato a gente ouça um deputado defendendo ou fazendo elogios a Michel Temer, esse bandido, canalha, que já foi preso duas vezes”, disparou. 

“Eu sou testemunha da bandidagem de Michel Temer, amigo de Geddel Vieira Lima. Bandido, safado. O sujeito que queria que eu participasse de um esquema de corrupção para lavar dinheiro. Então é absurdo ouvir esse elogio nesta Casa. Isso é uma vergonha para o Brasil”, acrescentou o deputado. 

Segundo Calero, quando era ministro Geddel tentou pressioná-lo para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizasse a construção de um empreendimento em Salvador. 

Mais um duro golpe no cidadão de bem do país, que aos poucos vai notando que nada muda neste país e quem tem dinheiro acaba não tendo mesmo problema com a justiça, aliás que justiça ... eis que o juiz Vallisney Oliveira de Souza, da 10ª Vara Federal no DF, absolveu o ex-ministro Geddel Vieira Lima do crime de obstrução de justiça. Preso preventivamente no Complexo da Papuda desde o ano passado, ele era acusado de embaraçar investigações que apuravam desvios em fundos da Caixa Econômica Federal, ao supostamente tentar impedir a delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro. Ao fundamentar a decisão, proferida nesta quarta-feira (4/7), o magistrado afirma que “os indícios de que Lúcio Funaro estaria sofrendo um constrangimento velado por parte do denunciado, por intermédio de ligações efetuadas pelo último à sua esposa Raquel, não restaram comprovados após os depoimentos judiciais prestados em Juízo”.  Afinal até agora nada de falar sobre os 51 milhões de reais achados em um local creditado a ele. Daqui alguns dias Geddel vai ficar livre pode acreditar nisso e claro livre vai continuar a juntar dinheiro para encher outro apartamento.

 

PP marca convenção

O deputado federal e presidente do Progressistas em Pernambuco, Eduardo da Fonte, define data para a realização da Convenção Estadual, que acontecerá no dia 5 de agosto. O evento ocorrerá das 15h às 17h na Sede do partido, localizada no Pina.

PR também define data

Devido à escolha do dia 4 de agosto para a realização da Convenção Nacional do Partido da República (PR), o deputado federal e presidente estadual do PR, Sebastião Oliveira, decidiu realizar, em 5 de agosto, dia seguinte ao evento de Brasília, a Convenção Estadual da sigla.

Presença política na Fenearte

Um momento de enaltecer as riquezas culturais e artísticas de Pernambuco e valorizar o artesanato da terra. Assim foi a tarde de hoje, quando foi realizada a abertura oficial da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) que já chega a sua 19ª edição. O prefeito Geraldo Julio, acompanhado da primeira dama, Cristina Mello, e do Governador do Estado, Paulo Câmara, conferiu de perto o evento que é considerado a maior feira de artesanato da América Latina, e que está sendo realizado no Centro de Convenções de Pernambuco.

Geraldo Julio presente

“A Fenearte é sempre uma oportunidade de vermos o melhor que está sendo produzido por vários artesãos que temos espalhadas pelo estado. É um momento de valorizar a nossa cultura popular e movimentar também a economia com os negócios que são feitos aqui, além de alavancar o turismo. Pessoas de várias cidades podem vir aqui e conferir a riqueza da nossa cultura e criar também um bom ambiente para o artesanato”, afirmou o prefeito Geraldo Julio.

Boa notícia

O juiz federal Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, aceitou nesta quarta (4) denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) com acusação de crime de lavagem de dinheiro. Com a decisão, Alves é réu no processo. Henrique Alves é acusado de ter feito transações financeiras, em 2014 e 2015, para encobrir suposta propina paga pela construtora Carioca, uma das responsáveis pela obra Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Os fatos foram investigados na Operação Sépsis, da Polícia Federal. 

Incentivos a indústria

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) foi um dos coordenadores de manifesto das bancadas federais do Nordeste a ser encaminhado ao presidente da República reivindicando a prorrogação, até 2025, dos incentivos fiscais à indústria automobilística instalada na região, que vencem em 2020. A medida beneficiará diretamente a Fiat Chrysler em Goiana e a Baterias Moura, em Belo Jardim.

Deputados em aliança

Os deputados federais e senadores nordestinos destacam, no manifesto, que “a prorrogação viabilizará um novo ciclo de investimentos que irá consolidar a cadeia produtiva na região, gerando mais empregos de qualidade, ampliando o número de fornecedores e a capacidade produtiva do setor”. Segundo o manifesto, “tal política foi fundamental para descentralizar os investimentos da produção automotiva, sendo capaz de gerar profundas mudanças na realidade socioeconômica da região e dos municípios, que eram anteriormente vítimas da estagnação econômica e da ausência de oportunidades para a população”.

A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu barras de chocolate importados e pelo menos cinco pendrives na cela em que estão o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A informação é da TV Globo. A vistoria foi realizada nesse domingo (17), após denúncias de que os políticos estariam recebendo “regalias” na Papuda.

No momento da operação, de acordo com informações repassadas pelos investigadores,  o ex-senador teria tentado se livrar de um dos pendrives, colocando-o na privada, mas o dispositivo foi recuperado e deve passar por uma perícia. Um bloco com anotações de Geddel também foi encontrado pela polícia. 

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As buscas foram autorizadas pela Justiça, além do conteúdo apreendido, a polícia também descobriu quem facilitou a entrada dos alimentos e das mídias na prisão. À reportagem, as defesas de Geddel e Luiz Estevão disseram não saber das buscas e estranharam o fato da imprensa ter a informação antes deles. 

Luiz Estevão está preso desde março de 2016, condenado por desvio de recursos públicos destinados à construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Em janeiro de 2017, ele ficou no isolamento da prisão por dez dias em janeiro após encontrarem cafeteira, cápsulas de café, chocolate e macarrão importado na sua cela. Naquele ano, ele ainda foi denunciado pelo Ministério Público do DF por ter financiado a reforma do local onde está preso. 

Já Geddel Vieira Lima foi denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigação e está preso em Brasília desde setembro. Ele cumpre prisão preventiva, desde que a Polícia Federal descobriu R$ 51 milhões em malas e caixas em um apartamento atribuído a ele, em Salvador. 

Os advogados que compõem as equipes de defesa, no âmbito da Lava Jato, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Roberto Batochio, e do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), Gamil Föppel, palestram em um seminário que acontece no Recife, nesta quinta (3) e sexta-feira (4). O ex-advogado-Geral da União e ex-ministro da Justiça do governo Dilma, José Eduardo Cardozo, também participa do 3º Seminário de Ciências Criminais, promovido pela União dos Advogados Criminalistas (Unacrim). 

O evento, que será no JCPM Trade Center no bairro do Pina, será norteado pela Operação Lava Jato e suas consequências para a justiça criminal, como a execução da pena a partir da condenação em 2ª instância. 

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Também deverão ser debatidos temas que têm causado polêmica como a duração do processo, a distorção da prisão preventiva, o ativismo judicial, a lavagem de dinheiro e a crise da execução penal no Brasil.

“Há uma série de questões que precisam ser discutidas não só pelos tribunais, mas também pela sociedade, como a execução antecipada da pena e a necessidade de se respeitar as garantias constitucionais que protegem os cidadãos justamente dos arbítrios do estado”, aponta o presidente da Unacrim, o advogado criminalista Carlos Barros.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar no dia 8 de maio se recebe ou não a denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Eles são acusados pela Procuradoria-geral da República (PGR) no caso do "bunker" de R$ 51 milhões, encontrados em um apartamento em Salvador. Também foram denunciados a mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor parlamentar, Job Ribeiro Brandão, o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, e o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho.

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A Segunda Turma é formada pelos ministros Edson Fachin, relator do caso, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

No dia 9 de abril, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou a Fachin uma manifestação em que reitera à Corte que aceite a denúncia. Segundo a denúncia da PGR, de 2010 até 5 de setembro de 2017, a família Vieira Lima cometeu crimes de ocultação da origem, localização, disposição, movimentação e propriedade das cifras milionárias em dinheiro vivo. Até janeiro de 2016, o dinheiro teria ficado escondido em um closet na casa de Marluce Vieira Lima.

Após essa data, o montante de R$ 42 milhões e cerca de U$ 2,5 milhões foi transferido em malas e caixas para um apartamento no bairro da Graça, em Salvador. Semanas depois, foi levado para um apartamento vizinho, onde ocorreu a apreensão pela Polícia Federal, na Operação Tesouro Perdido.

Quando recebeu a denúncia e os pedidos da PGR em dezembro, Fachin atendeu à solicitação de bloqueio de cerca de R$ 13 milhões que, segundo a acusação, teriam sido lavados por Lúcio, por Geddel, pela mãe e por Luiz Machado, sócio da Cosbat Construção Engenharia, por meio de empresas do ramo imobiliário. A lavagem teria ocorrido em sete empreendimentos imobiliários relacionados à Cosbat, à GVL Empreendimentos, à M&M Empreendimentos e à Vespasiano Empreendimentos.

Defesas

A reportagem entrou em contato com a defesa dos acusados, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para as manifestações.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para análise da Segunda Turma da Corte o julgamento do recebimento ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima, seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), e outras quatro pessoas. Os seis são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, no caso em que foram encontrados R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador (BA). A data, no entanto, ainda será definida. Fachin, que preside a Segunda Turma, é o relator do caso.

No dia 9 de abril, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao ministro uma manifestação em que reitera à Corte que aceite a denúncia. A mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho e os ex-secretários parlamentares Job Ribeiro Brandão e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz também são alvo da ação. Os advogados dos acusados tentam impedir o recebimento da denúncia.

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Raquel contesta a alegação da defesa de que a denúncia é frágil, por não descrever adequadamente o fato criminoso. Para ela, a narrativa da denúncia delimita, especifica e aponta o que cada um dos acusados fez nos contextos criminosos. De acordo com a procuradora-geral, a defesa reproduz em suas manifestações "as argumentações padronizadas de sempre".

Na avaliação de Raquel, as provas apresentadas nas operações Lava Jato, Sépsis, Cui Bono? e Catilinárias "interrelacionam-se, justapõem-se, explicam-se" de modo a "elucidar um todo criminoso de corrupção sistêmica e de lavagem de dinheiro, em que a apreensão dos R$ 51 milhões - a maior da história criminal deste país - é o momento mais visível e eloquente".

A procuradora-geral ressalta que Marluce e os filhos faziam aplicações com a intenção de ocultar os valores obtidos irregularmente. O dinheiro sujo era "por eles aplicado em investimentos no mercado de incorporação imobiliária de alto luxo na capital baiana, por meio do Grupo Cosbat - Construção e Engenharia". A denúncia revela que ao menos R$ 12.778.895,49 foram usados para adquirir cotas de participação de empreendimentos da empresa, por meio de empresas que tinham como sócios Marluce e Geddel Viera Lima.

Estratégia

A defesa dos acusados alegou ainda que as três buscas e apreensões realizadas ao longo das investigações não são válidas. Em uma manifestação, os advogados contestam a validade da decisão do juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, que deu início às investigações, e dos laudos periciais.

Em resposta à defesa, Raquel diz que a estratégia dos advogados ao recorrer ao argumento da nulidade é a única opção que resta diante da abundância de provas dos crimes cometidos. "Como não podem infirmar o mérito, inventam-se ataques à forma da investigação, sob a roupagem de nulidade."

Denúncia anônima

No parecer, a procuradora-geral afirma ainda que os acusados querem fazer parecer que a busca fundou-se somente em denúncia anônima. Raquel rebate a fala da defesa alegando que "a precária informação anônima" que informou ao Núcleo de Inteligência da Polícia Federal de que um apartamento estaria sendo utilizado por Geddel Vieira Lima para guardar caixas com documentos e que teria havido uma movimentação estranha no local, supostamente para esconder provas, "foi devidamente autuada, registrada e passou a constituir um documento público".

"A leitura dessas peças e, sobretudo, das provas que as instruem, comprova que foram vários os elementos (depoimentos, colaboração premiada, levantamentos in loco) embasadores do mandado judicial naquele apartamento de Salvador." "A resposta escrita (da defesa) mantém a estratégia de adiar o debate de mérito para criar um ambiente de nulidade que não existe", escreve Raquel.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Geddel Vieira Lima, de Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), de Marluce Vieira Lima, de Luiz Fernando Machado da Costa Filho, de Job Ribeiro Brandão e de Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou manifestação para o Supremo Tribunal Federal (STF) na qual defende o desmembramento das investigações relacionadas ao ex-ministro Geddel Vieira Lima no caso do "bunker" que guardava o equivalente a R$ 51 milhões. Se o relator do caso, ministro Edson Fachin, decidir na linha apresentada pela procuradora, a apuração sobre o ex-ministro e aliado do presidente Michel Temer deve voltar à Justiça de primeira instância.

Geddel e o advogado Gustavo Ferraz foram presos no dia 8 de setembro na Operação Tesouro Perdido, quando o dinheiro foi achado em um apartamento em Salvador. Cinco dias depois, o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, remeteu as investigações ao Supremo ao identificar a menção ao deputado Lúcio Vieira Lima - o único dos três que tem foro privilegiado. Segundo depoimentos colhidos pela PF, o apartamento onde foram encontradas as malas com dinheiro foi emprestado a Lúcio.

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Celeridade

A manifestação de Raquel é mantida em sigilo e será analisada por Fachin, que recebeu o parecer anteontem. Na primeira instância, a tendência é de que as investigações tenham desfecho mais rápido do que no STF - tanto pelo procedimento célere em relação à Corte como pelo fato de que os investigadores no primeiro grau já conduziam o caso.

O Ministério Público Federal (MPF) aguarda a decisão para oferecer provável denúncia contra os envolvidos. As defesas também esperam o desmembramento para discutir a estratégia a ser tomada - como eventuais negociações de delação.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O relatório da Polícia Federal sobre o "Quadrilhão do PMDB" na Câmara, que embasou denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, apresenta um capítulo sobre pagamentos de propinas à suposta organização criminosa do partido. Em tópico relacionado somente ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), as investigações apontam para voos do delator Lúcio Funaro com destino a Salvador, onde permanecia por aproximadamente meia hora, decolando de volta ao ponto de partida. As datas e horários, fornecidos aos investigadores por empresa dona do hangar, são equivalentes às apontadas em planilhas de Funaro em que são registrados supostos pagamentos ao ex-ministro. Segundo a PF, documentos apontam para repasses de R$ 16,9 milhões do operador a Geddel somente entre 2012 e 2015.

Geddel está preso preventivamente desde o dia 8 de setembro, após a Polícia Federal descobrir, na Operação Tesouro Perdido, um apartamento em Salvador a apenas 1,2 Km da casa do peemedebista, com R$ 51 milhões em dinheiro vivo em malas e caixas. Ele é investigado na Operação Cui Bono? por supostos desvios oriundos de liberações de empréstimos à época em que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal.

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O dinheiro tinha as digitais do ex-ministro e do ex-chefe da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Pedreira Couto Ferraz. Aliado ao PMDB na Bahia, Ferraz é apontado pela PF como o interposto que teria pego dinheiro para Geddel do doleiro Lúcio Funaro em São Paulo.

Em delação, Funaro afirma ter feito pagamentos de R$ 20 milhões ao peemedebista. Desse total, a PF encontrou registros de voos e pagamentos em planilhas que supostamente são relacionados aos repasses de R$ 16,9 milhões.

Nas planilhas do delator, Geddel é associado às indicações "G", "Ge", "Gu", "Ged", "Gued", "If/g" e "If-salv", de acordo com a PF.

O doleiro alegou que teria entregue valores e o ex-ministro teria feito entregas a um hangar da Aero Star Taxi Aereo LTDA, no aeroporto de Salvador. A empresa forneceu as informações sobre pousos e decolagens do delator. Cruzando dados fornecidos pela empresa com planilhas de Funaro, a Polícia Federal identificou indícios de pagamentos a Geddel.

"Com relação ao registro de pagamento referente ao dia 30/01/2014, dos valores de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), em oficio emitido pela empresa Aero Star, verificou-se que Lúcio Funaro contratou, por meio de sua empresa Viscaya Holding Participações, intermediações, estruturações e serviços LTDA, serviços de "hangaragem" no dia 29/01/2014, um dia antes da data registrada na planilha de pagamentos a Geddel. A aeronave, PT -MJC, de propriedade de Lúcio Funaro, permaneceu do hangar da empresa por apenas 30 minutos. Entre 19:02h e 19:32h. Esse curto período de parada, juntamente com os contextos apresentados, permitem inferir que o objetivo da viagem teria sido unicamente para a entrega de valores conforme a planilha de Funaro", conclui a PF.

Em situação semelhante, no dia 17 de fevereiro do mesmo ano, quando o doleiro registrou pagamento de R$ 650 mil a Geddel em suas planilhas, consta na ficha de atendimento de serviço de 'hangaragem' da Aero Star Taxi Aéreo para o avião de Lúcio uma permanência de apenas 42 minutos. Segundo a PF, 'esse período curto reforça, mais uma vez, as declarações de Lúcio Funaro sobre o fato de ter viajado até Salvador com a única finalidade de proceder à entrega de valores no hangar da empresa'.

A Polícia Federal ainda relata situações semelhantes em que os voos de Funaro, com permanência curta em Salvador, batem com registros de supostos pagamentos a Geddel.

Em uma das ocasiões em que o doleiro relata ter feito entregas a Geddel Vieira Lima em março de 2014, quando ficou hospedado no hotel Pestana, em Salvador. De acordo com o doleiro, o peemedebista teria chegado em sua Cherokee.

A Polícia Federal recebeu, do hotel Pestana, o registro de hospedagem de Funaro e identificou, na declaração de bens de Geddel, a Cherokee mencionada pelo delator.

Funaro ainda entregou doação oficial por meio de empresa à qual é ligado, a Araguaia Energia Elétrica, no valor de R$ 50 mil, ao PMDB da Bahia, cuja pessoa jurídica está em nome de Geddel.

O Palácio do Planalto se preocupa hoje mais com a possibilidade de o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso desde o dia 8, fechar um acordo de delação premiada do que com a nova denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República na semana passada contra o presidente Michel Temer.

A avaliação de auxiliares próximos a Temer é de que a segunda acusação formal oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que acusa o presidente de liderar uma organização criminosa e de obstruir a Justiça, terá um placar mais favorável que a primeira acusação quando chegar ao plenário da Câmara dos Deputados. Em agosto, quando a Procuradoria denunciou Temer por corrupção passiva, 263 deputados votaram por barrar o prosseguimento da acusação.

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Já em relação a Geddel, a avaliação no Planalto é de que a situação é "praticamente incontornável" depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em espécie em um apartamento em Salvador, onde foram identificadas as impressões digitais do ex-ministro.

Até a primeira prisão do ex-ministro, no dia 3 de julho, baseada em depoimentos do corretor Lúcio Funaro e de sua mulher, Raquel Pitta, a avaliação era de que seria possível obter sucesso na defesa técnica, uma vez que não existiam provas concretas da tentativa de obstrução da Justiça.

A apreensão do dinheiro, entretanto, segundo os investigadores, jogou por terra o discurso da defesa de que as acusações eram versões de delatores interessados em benefícios. Os R$ 51 milhões materializaram as provas necessárias para sustentar as afirmações dos colaboradores. A homologação da delação de Funaro fortaleceu a tese da acusação contra Geddel.

Além disso, o ex-diretor de Defesa Civil de Salvador Gustavo Pedreira, apontado como homem de confiança de Geddel, cujas impressões digitais também foram encontradas no apartamento, afirmou estar disposto a colaborar com as investigações. Ele já confirmou ter buscado dinheiro em São Paulo a pedido de Geddel. Não está descartada a possibilidade de o ex-ministro ser alvo de outras denúncias.

Distanciamento

Geddel, ao lado de Temer, fazia parte do núcleo duro do PMDB, que inclui os atuais ministros e também denunciados Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). O Planalto avalia que Geddel é temperamental e emotivo e, por isso, não aguentaria muito tempo na prisão. Essas características, disse um auxiliar, podem aumentar ainda mais as chances de o ex-ministro fornecer informações em troca de benefícios.

Apesar disso, o discurso no governo é de que, se Geddel fechar acordo de colaboração premiada, não haverá nada de comprometedor contra o presidente. Ainda assim, a ordem no Planalto tem sido se distanciar ao máximo do ex-ministro. Desde que foram descobertos os R$ 51 milhões, os principais interlocutores do presidente evitam o assunto ou, quando abordados, dizem que ele não tem relação com o Palácio do Planalto.

Procurada, a defesa de Geddel não havia se manifestado até a publicação desta matéria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) alegou risco de "estupro" na Penitenciária da Papuda, local em que o ex-ministro está recolhido desde a semana passada, em Brasília, e pediu que ele volte para o regime de prisão domiciliar em seu apartamento em Salvador. O requerimento foi negado pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que ressaltou o fato de os advogados do peemedebista terem usado informações "inverídicas" e "especulativas" na petição.

A defesa se baseou em matéria publicada no portal "A Folha Brasil", no dia da prisão do ex-ministro, noticiando que mensagens vazadas por familiares de detentos do Complexo Penitenciário da Papuda dariam conta de "ameaças de estupro" que teriam sido "enviadas aos políticos que estão cumprindo pena ou prisão preventiva".

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Conforme a "reportagem" citada pelos advogados de Geddel, facções criminosas da unidade prisional teriam avisado aos acusados de corrupção que teriam de prestar serviços sexuais e domésticos aos demais internos. "Um famoso ex-deputado já está 'casado' com um traficante. Seus familiares estão pedindo intervenção da Justiça para que a violência e humilhação cessem o mais breve possível", diz trecho do texto publicado no site.

A defesa também alegou que a família do peemedebista teria recebido mensagem ameaçadora por rede social e que peças do procedimento criminal, além de imagens da audiência de custódia, teriam sido publicadas pela imprensa, o que seria um fator de exposição e risco. A petição alega que "qualquer lesão que aconteça a Geddel será de responsabilidade direta de todos os garantidores que se omitiram". "Por fim, a defesa requer a imediata colocação do custodiado em prisão domiciliar, alegando ser esta a única forma de garantir a sua integridade física ou, em caso de entendimento diverso, pede sua alocação em batalhão de guarda da Polícia Militar", narra o despacho da magistrada.

Em resposta ao pedido, a juíza afirmou não ter competência para decidir sobre o pedido, uma vez que se trata de assunto da alçada da Justiça Federal. Ela argumentou que, a despeito disso, o pedido é baseado em notícia de caráter especulativo, pois, após a prisão de Geddel, os familiares dos presos de seu bloco nem os haviam visitado, ou seja, não poderiam ter tido contato com eles para saber de eventuais ameaças.

"Soa um tanto estranho que essas mensagens tenham sido dirigidas ao ora custodiado, quando sequer havia divulgação relativa à unidade prisional em que seria alocado, em especial porque a matéria jornalística traz alguma informações inverídicas sobre a realidade das unidades prisionais do DF, inclusive quanto ao número de refeições disponibilizadas aos custodiados", escreveu.

A juíza acrescentou que Geddel não tem nenhuma prerrogativa ou garantia que lhe assegure custódia em sala de Estado Maior, na Polícia Militar.

O ex-ministro foi preso na última sexta-feira, 8, após a Polícia Federal descobrir que escondia R$ 51 milhões em dinheiro vivo num apartamento em Salvador bem próximo ao local em que já cumpria prisão domiciliar. Ele está preso numa ala da Papuda que já é destinada a internos vulneráveis, a exemplo de policiais que correm algum risco de ataque dos presidiários.

O advogado de Geddel, Gamil Föppel, foi procurado pela reportagem, mas ainda não se pronunciou.

Irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) desapareceu dos corredores da Câmara. Desde que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em um apartamento usado pelo ex-ministro do governo Michel Temer, Lúcio não aparece no Congresso Nacional.

A última vez que o deputado marcou presença no plenário da Casa foi no dia 4 de setembro, um dia antes da operação policial que descobriu o "bunker" de Geddel em Salvador. Lúcio é presidente da comissão especial que discute propostas para reforma política, mas não compareceu à sessão de votação desta tarde. Os trabalhos estão sendo conduzidos por Lázaro Botelho (PP-TO). Até o momento a Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara (SGM) não recebeu nenhum pedido formal de licença do parlamentar.

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A investigação sobre o "tesouro" escondido pelo ex-ministro poderá ser enviada nos próximos dias para análise do Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Federal encontrou indícios de envolvimento do deputado nos crimes sob investigação. Congressistas têm foro por prerrogativa de função e só podem ser alvos de inquéritos criminais que tramitem na Corte.

No depoimento prestado à PF, o dono do apartamento em que foram encontradas malas abarrotadas de dinheiro, Silvio Antônio Cabral da Silveira, disse que atendeu ao pedido de Lúcio para emprestar o imóvel em nome da amizade com o parlamentar, embora não conhecesse Geddel. Além disso, no local, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, apontada como empregada doméstica do congressista.

Como informou mais cedo o blog de Fausto Macedo, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, pediu que a Procuradoria da República no Distrito Federal se pronunciasse sobre a necessidade de envio do inquérito ao STF. Se o magistrado decidir enviar o caso ao STF, caberá aos ministros da Corte deliberar se toda a investigação correrá na instância superior ou apenas a parte referente a Lúcio.

O deputado, que sempre costuma atender ligações e responder mensagens de texto, não retornou às chamadas telefônicas da reportagem.

Em vídeo publicado nas redes sociais, a ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou, neste sábado (9), o país vive uma “situação dramática”. Fazendo um panorama dos últimos acontecimentos, mas sem mencionar diretamente a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ou as últimas ações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Marina disse que as lideranças dos grandes partidos “se acham acima da lei” e pediu que a população continuasse mobilizada para apoiar a Lava Jato. 

“Mais uma vez estamos diante de uma situação dramática no nosso país. Malas de dinheiro pra todo lado. Pessoas do setor político e empresarial, que se acham acima da lei e da justiça, dando uma demonstração concreta do envolvimento direto das principais lideranças dos grandes partidos no Brasil - PT, PMDB, PSDB e seus satélites [com a corrupção]”, criticou.  

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No vídeo, a porta-voz da Rede Sustentabilidade observou também que nos últimos tempos “somos surpreendidos com coisas que a gente nem consegue imaginar como é que elas vinham acontecendo durante todos estes anos e com prejuízo da vida dos brasileiros”.

Com o cenário, segundo Marina, “é muito importante o apoio a ser dado a Lava Jato para que continuem este trabalho de passar o Brasil a limpo”. “Todos eles estão juntos para desmoralizar a Lava Jato, o Ministério Público, o procurador Rodrigo Janot e a Polícia Federal. Caberá a sociedade continuar mobilizada”, declarou.

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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) chegou às 16h desta sexta-feira, 8, a Brasília em voo que partiu de Salvador, onde foi preso preventivamente por suspeita de lavagem de dinheiro, a mando do juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal.

Vestindo roupas brancas e segurando uma mala, o peemedebista desembarcou da aeronave e caminhou rumo a um dos hangares do aeroporto da capital federal. O ex-ministro agora será levado ao Instituto Medico Legal (IML) para exames de praxe e, posteriormente, vai para o complexo penitenciário da Papuda, nos arredores de Brasília.

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O ex-ministro estava em regime domiciliar após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Após Operação Tesouro Perdido, da Polícia Federal, que culminou com a maior apreensão em dinheiro vivo da história brasileira, no valor de R$ 51 milhões, o magistrado de Brasília mandou Geddel de volta para a cadeia.

A senadora Kátia Abreu (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira (8), que a prisão do ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima (PMDB) era o “mínimo” que o país esperava da Justiça. O novo pedido de prisão preventiva foi expedido depois que a Polícia Federal apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador que estava sendo utilizado por Geddel como “bunker”. Para a senadora, o valor encontrado em malas e caixas não é apenas do ex-ministro. 

“Prender Geddel Vieira Lima é o mínimo que o Brasil esperava da Justiça. Vamos esperar sua delação, que não deve demorar. Ou alguém acha que os R$ 51 milhões é só dele? Não é não. Muita terra para o caminhão dele”, declarou. Kátia ABreu não esclareceu de quem ela acredita que também seria o dinheiro. Geddel foi preso na manhã de hoje em Salvador e deve ser levado para Brasília.

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Os R$ 51 milhões foram apreendidos na terça-feira (5), durante a Operação Tesouro Perdido, uma nova fase da Cui Bonno. O empresário Silvio Silveira, dono do apartamento, disse à Polícia Federal que "não sabia" que o local era utilizado para que o peemedebista guardasse dinheiro. Segundo Silveira, Geddel pediu para guardar pertences do pai no local. 

Recentemente, Kátia Abreu questionou a falta de punição interna no PMDB a investigados em esquemas de corrupção. Atualmente ela é alvo de um processo que pode resultar na expulsão da legenda por infidelidade. A senadora é contra as reformas promovidas pelo presidente.

Ex-governador da Bahia e ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima (PMDB) foi preso na manhã desta sexta-feira (8), em Salvador, pela Polícia Federal, após um pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público Federal. Por volta das 7h, o peemedebista foi levado para o aeroporto, de onde seguiu para Brasília.

Geddel estava cumprindo prisão domiciliar desde julho, acusado de participar de esquema ilegal de liberação de recursos na Caixa Econômica. Ele exerceu o cargo de vice-presidente do banco durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

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A prisão acontece dias depois da PF encontrar R$ 51 milhões em um apartamento na capital baiana que estava sendo utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker”. O valor foi apreendido na manhã da terça-feira (5), na Operação Tesouro Perdido, nova fase da Cui Bonno?. O empresário Silvio Silveira, dono do apartamento, disse à Polícia Federal que "não sabia" que o local era utilizado para que o peemedebista guardasse dinheiro. Segundo Silveira, Geddel pediu para guardar pertences do pai no local. 

O empresário Silvio Silveira disse à Polícia Federal nesta quarta-feira, 6, que "não sabia" que o apartamento no bairro da Graça, em Salvador, estava sendo usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima para guardar dinheiro. Ele admitiu ter emprestado o imóvel a Geddel. Nesta terça-feira, 5, a PF fez buscas no endereço e encontrou R$ 51 milhões em dinheiro vivo, fortuna atribuída ao ex-ministro do governo Temer cuja origem seria propina.

Silveira apresentou-se à PF e contou que Geddel pediu o apartamento para estocar "pertences do pai" (falecido em janeiro de 2016).

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Segundo o delegado Daniel Justo Madruga, superintendente regional da PF na Bahia, os agentes ficaram "surpresos" com a descoberta de tanto dinheiro - a PF levou cerca de 12 horas para fazer a contagem, utilizando oito máquinas e onze funcionários de uma empresa transportadora de valores.

A conferência indicou R$ 42,6 milhões e US$ 2,68 milhões em cédulas.

Geddel ainda não se manifestou sobre a origem da fortuna a ele atribuída.

A Polícia Federal usou sete máquinas para contar os R$ 51 milhões apreendidos no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A conferência da dinheirama atribuída a Geddel levou 14 horas para terminar - atravessou praticamente toda a terça-feira, 5, e invadiu o início da madrugada desta quarta-feira, 6.

Foram apreendidos incríveis R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será depositado em uma conta judicial. É a maior apreensão de dinheiro vivo no País. O valor em dólar foi convertido para real e chegou a R$ 8.387.366,40. Foi usada a cotação de venda desta segunda-feira pelo BC (1 dólar = 3,1203 reais).

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O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal na manhã desta terça na Operação Tesouro Perdido, nova fase da Cui Bonno?. A ação fez buscas em um imóvel em Salvador e foi autorizada pela 10.ª Vara Federal de Brasília. A Tesouro Perdido mirou no local apontado como bunker do ex-ministro. O apartamento seria usado para armazenagem de dinheiro em espécie.

Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel "estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência".

Geddel está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica, que estão em falta na Bahia. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho. A investigação é conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu, entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.

A Polícia Federal (PF) encontrou, nesta terça-feira (5), caixas e malas de dinheiro em um apartamento que seria utilizado pelo ex-governador da Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB), em Salvador. De acordo com a PF, o endereço foi encontrado após as investigações decorrentes das últimas fases da Operação Cui Bono. A Tesouro Perdido, deflagrada hoje, cumpriu mandados de busca e apreensão emitidos pela 10ª Vara Federal de Brasília.

Segundo a PF, o local estava sendo utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie. Durante as buscas foi encontrada grande quantia ainda não estimada. Os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.

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O ex-ministro de Temer foi preso em julho acusado de participar de esquema ilegal de liberação de recursos na Caixa Econômica e atualmente cumpre prisão domiciliar, sem o uso de tornozeleira eletrônica por ordem do desembargador Ney Bello. Ele exerceu o cargo de vice-presidente do banco durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No governo Temer, Geddel foi ministro da Secretaria de Governo, mas deixou o posto depois de denúncias feitas pelo então ministro da Cultura, Marcelo Calero. 

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