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O governador de Pernambuco e possível presidenciável, Eduardo Campos (PSB), criticou nesta terça-feira (17) o baixo crescimento econômico de Pernambuco e da região Nordeste. Segundo Campos, "apesar da transformação que o Brasil viveu, ainda somos 13,5% das riquezas" nacionais e as possibilidades de desenvolvimento para os nordestinos seguem sem grandes mudanças.

"Para nós parece que a porta, que nos leva ao caminho do trabalho e da cidadania, está sempre com uma banda fechada. A gente tem que ser sempre mais capaz do que os outros, temos que trabalhar mais do que os outros, temos que ter mais fé do que os outros. A gente tem que perseverar mais do que outros para atravessar o nosso caminho da sobrevivência e da melhoria de vida", disparou o governador.

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O presidenciável frisou ainda a participação do povo pernambucano na concretização do projeto entregue na cerimônia - a plataforma P-62 do Atlântico Sul - e pontuou que Pernambuco soube bem aproveitar os bons ventos.

"Tenho consciência presidenta (Dilma Rousseff), que este agradecimento as parcerias que fizemos devem ser estendidas a todo o povo pernambucano que ajudou esses projetos a se tornarem realidade. E (agradecer) a nossa equipe, porque como dizia o poeta, e bem, não há vento bom para que não sabe onde quer ir, para aproveitar as chances e as oportunidades que são únicas no cotidiano da gente nordestina", analisou Campos.

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BELO JARDIM (PE) - Principal evento cultural do calendário de Belo Jardim, o Jardim Cultural - além de ofertar diversão para a população - também é uma boa oportunidade para aquecer a economia da cidade localizada no Agreste do Estado. Até o próximo domingo (17), o município espera receber um público total superior a 100 mil pessoas no evento, o que aumenta significativamente a circulação financeira.

Segundo o secretário municipal de turismo, cultura e eventos, Luiz Carlos Bezerra, o número de visitantes de outras regiões também movimenta a economia das cidades vizinhas a Belo Jardim. “Esperamos receber até o final do evento entre 30 e 40 mil visitantes de outras cidades. Isso aquece muito o aspecto econômico, uma prova é que estamos com os hotéis e pousadas lotados, tendo gente hospedada também no município de Pesqueira”, explicou.

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Esses números animam o vendedor ambulante Daniel Marcos de Medeiros, de 27 anos, que saiu do Rio Grande do Norte há dois meses para trabalhar em um circuito de eventos e, pela primeira vez, chegou até o Jardim Cultural. “Pelo que conversei com os outros comerciantes, aqui o movimento é bom e dá lucro. O primeiro dia já teve uma grande clientela”, explica o vendedor, informando ainda que na sua barraca os produtos com maior procura são chiclete e cigarros. Sobre a expectativa de lucro, Daniel está otimista. “Minha perspectiva é conseguir apurar cerca de R$ 2 mil livre”, comenta aos risos, dizendo também que só retorna para casa no próximo dia 2 de dezembro.

Outro tipo de comércio que está aquecido com a realização da festa é o de bebidas e comidas. Jean Carlos (foto ao lado), 33 anos, trabalha desde a primeira edição do Jardim Cultural vendendo bebidas e reforça a tese de que o trabalho neste período é rentável. “O evento é bom. Minha espectativa é faturar entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil neste ano”, ressalta. Segundo ele, as opções mais procuradas são a caipiroska a caipifruta, ambas vendidas a R$ 5.

Essa estimativa otimista de Daniel e Jean Carlos se justifica pelo quando encontramos o supervisor elétrico Anderson Barbosa (foto abaixo), que veio do Recife com a esposa para curtir a festa ao lado de amigos. “Em duas horas de festa, já gastamos cerca de R$ 200 reais. Até o final da programação de hoje, a gente deve gastar cerca de R$ 350 a R$ 400 reais”, detalhou Anderson ainda no início da noite.

Além do comércio informal, o Jardim Cultural, segundo o prefeito da cidade, João Mendonça, também gera mais renda para outras áreas. “Trata-se de um evento que movimenta todos os setores, como serviços de beleza, roupas, calçados e transporte”, acrescentou.

Tanto o prefeito quanto o secretário de turismo, cultura e eventos da cidade informaram que ainda não é possível ter uma estimativa que quanto o evento deve gerar de movimentação financeira. De acordo com eles, logo após o encerramento da festa, uma reunião será realizada com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para avaliar os impactos do Jardim Cultural na economia da cidade.

Apesar das preocupações de investidores e da reclamação de empresas, a desaceleração da economia brasileira parece que ainda não foi sentida no carrinho do supermercado. Gigantes do setor de alimentos e bens de consumo, como a francesa Danone e a suíça Nestlé, seguem animados com o Brasil. A mesma coisa acontece com grandes varejistas europeus, como os franceses Carrefour e Casino.

“Não há desaceleração para nós. Pode até ser que ela venha. Talvez, o que temos agora é um pouco de volatilidade”, disse o diretor financeiro da francesa Danone, Pierre-Andre Terisse, ao responder uma pergunta durante teleconferência no fim de julho sobre eventual preocupação com a desaceleração em emergentes como a China e América Latina. Na apresentação dos resultados, Terisse fez uma série de elogios ao desempenho da filial brasileira.

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“O Brasil, particularmente, continua sendo um motor muito forte para o crescimento do grupo”, disse ele. “Continuamos a fazer progressos e reforçar nossa presença na América Latina, com um desempenho muito forte no Brasil.”

A concorrente Nestlé também elogiou o mercado brasileiro. “Na América Latina, o Brasil continua a entregar um alto nível de crescimento orgânico”, destacou o balanço divulgado em 8 de agosto. Aos acionistas, a companhia suíça destacou que a venda “do achocolatado Nescau e dos biscoitos foram o ponto alto” no Brasil. “E o chocolate Kit Kat continua a construir um forte momento (no País)”, diz a empresa.

Sinais de alerta

A anglo-holandesa Unilever reconheceu no balanço semestral que grandes emergentes como o Brasil e Rússia dão sinais de desaceleração. Apesar disso, a companhia destacou positivamente o desempenho da filial brasileira na primeira metade do ano, tanto que a empresa acelerou o lançamento de produtos no País.

Como os brasileiros continuam comprando achocolatados, biscoitos, chocolates e produtos de limpeza, os supermercados não têm do que reclamar. No balanço do francês Carrefour, as vendas no Brasil subiram 9,5% no segundo trimestre, na comparação com igual período de 2012. O ritmo, porém, é menos intenso que no primeiro trimestre, quando as vendas avançaram 13,3%.

O concorrente Casino está ainda mais feliz com o Brasil. Com a incorporação do Grupo Pão de Açúcar, a América Latina contribuiu com quase dois terços do lucro operacional do grupo francês no semestre. Depois da briga pelo controle do varejista brasileiro, o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, elogiou diversas vezes a filial brasileira. “Foi excelente”, resumiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar da confiança da indústria ter caído 2,3% na passagem de fevereiro para março, como demonstrou a sondagem da Fundação Getúlio Vargas divulgada nesta quarta-feira, o setor industrial ligado a investimento demonstrou otimismo com a situação econômica na atualidade, assim como nos próximos meses. Segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, os segmentos de bens de capital e de insumos para a construção civil demonstraram apostar no crescimento da economia.

"A percepção dos segmentos mais ligados a investimento não está piorando. O resultado (de redução da confiança da indústria em março) está concentrado nos bens de consumo duráveis e não duráveis", afirmou Campelo.

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A interpretação do economista da FGV é que o aumento dos preços dos alimentos terá efeito sobre o consumo e a produção do grupo de bens de consumo não duráveis, mas esse deve ser um comportamento pontual.

Também os bens de consumo duráveis devem passar por um processo de desaceleração no segundo trimestre deste ano, estimou Campelo. O segmento deverá passar por uma fase de ajuste após a suspensão do programa de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também do orçamento das famílias.

Já os segmentos relacionados ao investimento demonstram passar por um período de "calibragem" ao longo do primeiro semestre, após forte queda no ano passado. "A partir do segundo semestre, também os duráveis podem voltar a crescer e, no caso dos não duráveis, o cenário de desaceleração é passageiro e deve voltar a crescer influenciado pela massa salarial", projetou o economista da FGV.

O Brasil está com empresários otimistas. Em outubro deste ano, o otimismo das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras registrou 124 pontos, a mais alta pontuação desde que o Índice de Confiança das MPE no Brasil (ICMPE) começou a ser calculado, no mês de abril também deste ano. De acordo com informações da Agência Sebrae de Notícias, 72% dos pequenos negócios estão prevendo um faturamento maior até o próximo mês, e 26% desses negócios almejam contratar mais funcionários até o mesmo mês.

Os dados foram apurados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por meio de uma pesquisa com 5,6 mil pequenos negócios em todo o Brasil. Esse grupo representa microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, que faturam no máximo R$ 3,6 milhões anualmente.

Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, o otimismo dos empresários é um resultado benéfico para a economia brasileira. "A confiança dos pequenos negócios na expansão das atividades representa um impacto muito positivo para a economia do país, já que este segmento representa 99% das empresas brasileiras", declarou o presidente, em depoimento à agência.

Os otimistas

De acordo com o estudo, os setores que mais acreditam no cenário econômico brasileiro são comércio e serviços, com 124 pontos registrados; seguidos pela construção civil (123); e indústria (121). Já os Microempreendedores Individuais (MEI), que faturam no máximo R$ 60 mil ao ano, apresentaram o maior nível de confiança em outubro, de 127 pontos.

As Empresas de Pequeno Porte, que faturam entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões anualmente, tiveram 126 pontos. As Microempresas, que possuem receita anual entre R$ 60 mil e R$ 360 mil, obtiveram 121 pontos.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que saiu da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizada em Tóquio mais otimista do que quando chegou. No encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional do FMI, um dos eventos mais importantes da reunião do Fundo, o ministro afirmou que os líderes da economia mundial precisam agir e adotar medidas para que o nível de atividade global se recupere logo.

"O que eu disse é que nós temos que escolher qual é o caminho que queremos trilhar para saber se vamos ter uma crise de longo prazo ou mais curta que poderemos enfrentar. E que isso dependia de mudar a atitude em relação à política fiscal e apressar as medidas nas áreas monetária e financeira", disse.

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Segundo ele, os europeus são um pouco mais resistentes, mas "ouviram os recados e estão sofrendo na pele também". "Mesmo os países mais fortes, como a Alemanha, terão uma redução do crescimento econômico neste ano. Então quando começa a pegar na pele passa a reagir", afirmou.

Segundo Mantega, os líderes econômicos de outros países e instituições internacionais que participaram do encontro avaliaram que houve uma melhora das condições do nível de atividade mundial desde a última reunião do Fundo realizada em abril, devido a algumas ações que foram adotadas especialmente na zona do euro.

"Mas na minha opinião essa melhora não se traduziu em resultado concreto e o que vimos foi uma deterioração da situação econômica com o crescimento mais baixo dos países europeus", disse o ministro. "Apenas os EUA melhoraram um pouquinho, houve um início de reação no mercado imobiliário, com um crescimento melhor. Porém, há a ameaça do chamado fiscal Cliff, o abismo fiscal que eles têm pela frente, que poderá comprometer o futuro da economia americana", ponderou.

O ministro da Fazenda ressaltou também que os países em desenvolvimento foram atingidos pela desaceleração da economia global pior do que o esperado há seis meses. "Os emergentes também foram afetados principalmente pela contração do comércio internacional", destacou. Segundo ele, o comércio global deve avançar apenas 3,5% em 2012, ante taxas de 10% a 15% de incremento apuradas nos últimos anos.

O ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, disse neste sábado que o sentimento dos investidores em relação ao país melhorou muito nos últimos meses e que o governo não terá nenhum problema de pagar dívidas que estão para vencer nas próximas semanas.

"Há muito mais otimismo em relação à Espanha que há três ou quatro meses", disse Guindos, durante entrevista coletiva durante os encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Tóquio.

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Ghindos afirmou ainda que a Espanha já completou quase 90% do cronograma de emissão de títulos deste ano, o que deixa o país numa situação "extremamente confortável" antes do vencimento de grandes volumes de dívida neste mês. As informações são da Dow Jones.

Menos empresários brasileiros se sentem otimistas com relação à economia nacional. O International Business Report (IBR) 2012, da Grant Thornton International, mostra que 61% dos empresários locais estão otimistas com os próximos 12 meses, número 25 pontos porcentuais menor do que os 86% registrados no primeiro trimestre do ano. Com a variação, o País caiu da segunda para a oitava posição no ranking mundial de otimismo.

De acordo com o estudo, o otimismo global medido no segundo trimestre deste ano foi de 23%, quatro pontos porcentuais acima do trimestre anterior, quando o índice era de 19%. O IBR é feito com 11.500 empresas em 40 países.

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"Com a continuidade da crise internacional, o empresário brasileiro começa a sentir os efeitos de cortes de investimentos, por exemplo, e volta o foco para a economia local, onde as perspectivas não são mais tão animadoras, com confirmação de um crescimento modesto do PIB e políticas de incentivo focadas no consumo e não no crescimento", disse em nota distribuída à imprensa Fábio Luis de Souza, da Grant Thornton Brasil.

Marcada pela crise e por um forte desemprego, a Espanha segue como o país mais pessimista, com o índice de otimismo marcando -66%, mas está em situação melhor do que a verificada no trimestre anterior (-71%). Na sequência vêm Grécia (-58%), Holanda (-46%) e Japão (-41%). Os empresários argentinos diminuíram o grau de otimismo. No primeiro trimestre do ano, 24% estavam otimistas, enquanto na leitura mais recente o índice caiu para -30%.

Entre os empresários mais otimistas estão os do Peru, onde 96% se sentem confiantes com a economia local. Em seguida, vêm Chile e Filipinas (90%), Geórgia (83%), Canadá (70%), Índia (67%) e África do Sul (63%). A Bélgica saiu de um nível negativo de otimismo registrado no primeiro trimestre (-26%) e aumentou 64 pontos percentuais. Hoje, 28% dos empresários belgas se consideram otimistas com a economia local. A Suíça também saiu do negativo, passando de -22% de empresários otimistas para 16%.

Na União Europeia, o otimismo subiu 2 pontos porcentuais e chegou a -2% no segundo trimestre do ano. Na América do Norte, o grau de otimismo também subiu, de 47% para 52%. Na América Latina, houve redução de 20 pontos porcentuais do otimismo, que passou de 73% para 53%. Nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o otimismo ficou estável em 41%.

O otimismo das famílias com relação à situação econômica do Brasil caiu em maio em comparação com abril. A informação é do Índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgado nesta terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Enquanto em abril 68,3% das famílias disseram acreditar que o Brasil passaria por melhores momentos nos próximos 12 meses, essa porcentagem caiu para 66,8% em maio. Com relação ao longo prazo (os próximos cinco anos), o otimismo também caiu: de 63,5% em abril para 62% em maio.

A confiança das famílias na situação econômica do País é um dos critérios usados pelo Ipea para medir o otimismo das famílias. Em maio, o índice geral se manteve estável em relação a abril, quando foi registrado o menor nível do ano, com 67 pontos. O estudo mostrou ainda que a estabilidade é fruto de variações de expectativas entre as regiões do País. A região Centro-Oeste é a mais otimista, com alta de 1,3 ponto no índice em maio, chegando a 79,5. A região Nordeste também teve alta, de 1,5 ponto em maio em relação ao mês anterior, chegando a 65,5. As regiões Sudeste, Sul e Norte tiveram queda nas expectativas, de 0,7, 1,7 e 0,8 ponto, respectivamente. Apesar disso, o Sudeste é o a segunda região mais otimista, com índice de 70,1 em maio.

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O IEF é feito mensalmente com pesquisa em 3.810 domicílios, distribuídos por mais de 200 municípios em todos os Estados.

A percepção das famílias sobre suas situações financeiras com relação ao ano anterior foi positiva. Em maio, 77,8% das famílias disseram estar melhor financeiramente hoje do que há um ano. Em abril, a porcentagem era de 75,8%. De acordo com o Ipea, na divisão por classes, os segmentos mais ricos da população são os mais otimistas com relação à situação financeira.

Para o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, André Calixtre, os aumentos reais nos salários podem ser apontados como responsáveis pela estabilidade no otimismo brasileiro e a inflação não teve grande impacto no índice deste mês. "Não é só o emprego, mas o salário do cidadão que está crescendo, na média, acima da inflação. Esses ganhos reais seguram a expectativa da família. Mesmo que você tenha aumento dos preços na magnitude que ele tem sido - que não é uma explosão inflacionária -, como está dentro de uma margem pequena de variação, não contamina (a expectativa)", disse.

Dívidas e contas atrasadas

A maioria das famílias consultadas na pesquisa (53,5%) afirmou não ter dívidas. O valor representa aumento no endividamento das famílias, já que é menor do que o de abril, quando a porcentagem era de 54,6%, sendo que apenas 8,5% das famílias disseram estar muito endividadas em maio. A variação regional, contudo, é grande. No Centro-Oeste, quase 90% das famílias dizem não ter dívidas. Na sequência, vêm Sudeste (65,4%), Sul (47,7%), Nordeste (36%) e Norte (30,3%).

Apesar de alto, o resultado do endividamento no Nordeste é o único que apresentou recuo em relação a abril, quando 29,7% das famílias disseram não ter dívida alguma. Apesar de apresentarem altos índices de endividamento, a minoria das famílias nas regiões Norte (8,7%) e Nordeste (13,2%) disse estar "muito endividado". A maior parte das pessoas, nas duas regiões respondeu que está "mais ou menos" endividados - 41% no Norte e 26,9% no Nordeste. A resposta "pouco endividados" foi dada por 20% das pessoas no Norte e 23,8% no Nordeste.

De acordo com o Ipea, o problema do endividamento atinge principalmente as classes mais ricas, sendo que a faixa salarial mais endividada é o das famílias com mais de 10 salários mínimos, estrato social que tem um peso pequeno na sociedade brasileira. Mesmo assim, o número de famílias pertencente a esse grupo que disse estar muito endividado (10%) não é expressivo, segundo o Ipea.

Também em maio, a maioria das famílias (69%) não possuía contas atrasadas. Do restante, os que possuem dívidas, 15,74% disseram ter condições plenas de quitá-las no mês; 45,93% dizem que vão conseguir quitar parcialmente suas dívidas e 36,48% afirmam não ter condições de quitar plenamente suas dívidas no mês em questão.

O número de famílias que disse que não pretende tomar empréstimos diminuiu em maio com relação às respostas de abril, passando de 92,89% para 91,63%.

O presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, afirmou nesta quinta-feira que continua otimista com a economia brasileira. "Acho que o governo está tomando a direção certa. Sou um otimista com tudo isso", afirmou o empresário durante palestra no Congresso Apas, na capital paulista.

Abílio Diniz reforçou que não se preocupa com questões relacionadas ao endividamento, que afetam muito pouco o negócio do varejo de alimentos. "O crescimento das vendas nos supermercados está muito relacionado à distribuição de renda e estímulos ao consumo. Vamos fazer o brasileiro consumir mais. Não estou preocupado com o crédito, pois no nosso caso os financiamentos são curtos, de 24 meses no máximo. O problema são os financiamentos imobiliários, de até 30 ou 40 anos" avaliou.

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Os empresários da indústria veem 2012 com mais otimismo do que o ano anterior, apontou a Sondagem de Investimentos da Indústria de Transformação divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Isso não impediu, no entanto, uma redução da previsão do ritmo de crescimento da capacidade instalada do setor para o período entre 2012-2014, ante o triênio imediatamente anterior.

Entre os fatores que podem influenciar os investimentos, a confiança no nível da demanda interna para 2012 aumentou na sondagem atual em relação ao visto em 2011. O item foi apontado como influência positiva por 75% das empresas, cinco pontos porcentuais acima do observado no ano anterior. Enquanto 12% viram o nível da demanda interna como fator negativo para 2011, o porcentual referente a 2012 recuou para 7%.

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O otimismo também cresceu em relação ao nível da demanda externa, visto como influência positiva por 32% e negativa por 9%, ante 27% e 12% em 2011. Já o Ambiente Macroeconômico puxou para cima a realização de investimentos no ano passado na avaliação de 53% das empresas. Por outro lado, 20% delas viram o item como influência negativa. Nas projeções para 2012, os porcentuais são de 53%, novamente, e 17%, de acordo com a sondagem referente a janeiro e fevereiro.

A taxa de câmbio este ano também é percebida como mais favorável do que em 2011. Para 28% (ante 23% no ano passado), o item é uma influência positiva, enquanto 22% (ante 31% em 2011) dizem que é negativa. O item Situação Econômica Externa foi o único em que a proporção dos que a avaliam como uma influência negativa sobre o investimento superou à dos que a apontam como influência positiva (33% contra 22%). No entanto, houve uma relativa melhora em relação ao observado no ano passado, quando apenas 16% das empresas perceberam influência positiva e 36%, influência negativa para este fator.

O ano de 2012 será melhor que 2011 na opinião de 74% dos brasileiros consultados em pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, em parceria com a empresa Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). O resultado é recorde pelo terceiro ano seguido - em 2010 o porcentual foi de 71% e em 2011, de 73%. A proporção de otimistas no País, de acordo com Barômetro Global de Otimismo divulgado hoje, praticamente dobrou em 32 anos, já que em 1980 essa parcela era de 38%.

A pesquisa identifica o otimismo também em relação à situação econômica dos brasileiros. Para 60% consultados, 2012 será um ano de prosperidade. Esse índice é praticamente o dobro da média da população que se considera otimista em 58 países pesquisados: 32% acreditam que o ano será de prosperidade econômica. Em todo o mundo, a parcela dos que esperam dificuldades é de 33%. A África é o continente que começou o ano mais confiante em relação à economia (68%), seguido da América Latina (54%). As regiões menos otimistas estão no Oeste europeu, onde só 7% estão confiantes de que o ano será de prosperidade, e no leste da Europa (14%).

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A sondagem mostra que 76% dos brasileiros declararam estar satisfeitos com suas vidas hoje, patamar acima da média global, de 53%. Na região Sul é onde se encontra a maior parcela de pessoas satisfeitas com sua vida (81%), seguido pelo Sudeste (76%), Nordeste e Norte/Centro-Oeste (ambas com 75%). O Brasil, porém, aparece na sexta posição no índice de felicidade entre os 58 países consultados, atrás de Fiji, Nigéria, Gana, Holanda e Suíça. Os habitantes da Romênia e do Egito são os mais infelizes, com índices de 39% e 36%, respectivamente.

O Barômetro Global de Otimismo busca medir a expectativa da população mundial para o ano que se inicia. Foram entrevistadas 52.913 pessoas de 58 países. No Brasil, foram 2.002 cidadãos com mais de 16 anos em 142 municípios, entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2011.

Empresários otimistas para 2012. É o que afirma a pesquisa Serasa Experian sobre Expectativa Empresarial, divulgada nesta semana. Segundo dado do estudo, 82% das pequenas empresas estão projetando para cima a previsão de faturamento no primeiro trimestre de 2012, no sentido do aumento de vendas.

O economista do Serasa Experian, Carlos Henrique Almeida, relatou que o otimismo é maior para os empreendimentos que atuam nos setores de comércio e serviço. “Isso ocorre porque o governo vai estimular o consumo neste ano, usando o mercado interno para blindar o país dos impactos da crise global”.

Ainda de acordo com a pesquisa, 32% das empresas aguardam aumentar os investimentos neste primeiro trimestre, e 59% tiveram no ano de 2011 o faturamento melhor que o ano de 2010. Os dados também mostram que 26% das pequenas empresas pretendem ampliar o número de funcionários neste período.

A pesquisa
O estudo aponta que 30% dos entrevistados esperam melhores condições de crédito (limites, juros e prazos) nos três primeiros meses de 2012. Em 2011, no último trimestre, o percentual era de 25%. No que diz respeito a possíveis acontecimentos globais em 2012, como crises econômicas e catástrofes naturais, 55% das pequenas empresas acreditam que sua realidade mudará para melhor, tento em vista que o foco é o mercado interno.

A pesquisa analisa entrevistas feitas em dezembro de 2011, com 1.015 executivos de todos os setores econômicos, como também instituições financeiras de portes pequeno, médio e grande.

A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial é formada a partir de levantamento estatístico, com uma amostra de mais de mil empresas representativas dos setores da indústria, serviços e instituições financeiras de todas as regiões do Brasil.

A primeira semana de 2012 comprovou que o Brasil mantém o posto de queridinho dos investidores globais. Bastou uma pausa nas preocupações com a Europa para o País se destacar. Nos cinco primeiros dias úteis do ano, o Tesouro Nacional e duas empresas privadas captaram juntos US$ 2,6 bilhões no mercado externo. Se fosse mantido pelas outras 51 semanas do ano, seria um ritmo três vezes superior ao de 2011, quando as emissões atingiram US$ 38,5 bilhões.

Trata-se apenas de um cálculo indicativo, pois ninguém se arrisca a estimar por quanto tempo essa janela de oportunidade vai se manter aberta. A razão? As turbulências na Europa. Executivos alertam que, de fevereiro a abril, os países que tiram o sono dos investidores - Espanha, Itália, Portugal e Grécia - terão altos volumes de dívida para refinanciar. Ou seja, um leilão malsucedido de italianos ou espanhóis seria suficiente para azedar o clima.

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"Em termos relativos, o Brasil está melhor do que a maioria dos europeus, inclusive a França", observou o diretor executivo da Ashmore Brasil, Eduardo Câmara. "Mas, para o País nadar de braçada, é preciso que a situação europeia seja definida." A Ashmore é uma gestora internacional especializada em emergentes, com ativos de US$ 60 bilhões.

Quando Câmara fala em nadar de braçada, refere-se à possibilidade de o otimismo deste início de 2012 se espraiar para outros mercados, como o de ações. Por enquanto, o segmento em que o Brasil aparece bem é o de emissão de dívidas. Como lembra o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Alberto Kiraly, esse é o mercado que costuma reagir primeiro quando a confiança melhora.

Por isso, ao menos por ora, não se espera que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seja inundada de recursos externos - a despeito da entrada de mais de R$ 600 milhões de dinheiro estrangeiro entre 2 e 4 de janeiro. "Vamos ver se se trata de um movimento mais duradouro e amplo quando empresas de menor porte também acessarem o mercado", ponderou a diretora-geral da Fator Administração de Recursos, Roseli Machado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O otimismo da indústria de materiais de construção sobre o fechamento das vendas internas aumentou neste mês ante o anterior, segundo informou hoje (28) a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). O Termômetro Abramat, pesquisa realizada entre os associados da entidade, apontou que 69% dos empresários consultados avaliaram o desempenho do mês como bom e muito bom, ante 57% em outubro. Já para dezembro, 54% das empresas estão otimistas quanto ao fechamento das vendas internas no curto prazo.

Em nota, Walter Cover, presidente da Abramat, atribui o otimismo do setor ao tradicional aumento nas vendas do comércio no final do ano.

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Com relação ao mercado externo, a sondagem mostra que 33% das empresas estão otimistas com o desempenho das exportações em novembro, uma leve alta ante os 30% em outubro. Para dezembro, a expectativa de otimismo é verificada entre 35% dos empresários.

O levantamento mostrou também uma elevação no total de empresas que declaravam ter boas expectativas em relação às ações do governo federal nos próximos 12 meses. Esse indicador subiu de 38% em outubro para 44% neste mês. O nível, no entanto, é bem menor que os 61% registrados em novembro do ano passado.

A intenção de investir nos próximos 12 meses também subiu, passando de 71% das indústrias em outubro para 72% neste mês. Em novembro do ano passado, a pretensão era de 76%.

Por fim, a pesquisa da Abramat mostra que houve uma ligeira queda na utilização da capacidade industrial no mês. Em novembro, este indicador caiu para 85%, após manter estabilidade no patamar de 86% por quatro meses consecutivos (de julho a outubro).

As bolsas europeias operavam em alta na manhã de hoje, enquanto os investidores avaliavam a promessa feita no fim de semana pelos países do G-20 de resolver a crise de dívida da zona do euro. O tom positivo, no entanto, perdeu força após comentários desanimadores de autoridades europeias sobre a situação da região.

Às 9h05 (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,45%, Paris avançava 0,01% e Frankfurt tinha queda de 0,31%.

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Os ministros de Finanças do G-20 afirmaram que vão garantir que os bancos estão adequadamente capitalizados e terão acesso suficiente a financiamentos e disseram que um plano abrangente para solucionar a crise da zona do euro será anunciado na cúpula da União Europeia marcada para 23 de outubro. Como resultado, as bolsas da Europa abriram em forte alta.

Porém, os índices de ações recuaram das máximas depois que o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que a cúpula da próxima semana não trará um solução final para a crise. Além disso, segundo um porta-voz, a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que "o sonho de resolver todos os problemas na cúpula da UE" é impossível.

O clima otimista dos mercados também foi prejudicado por alertas de operadores e investidores de que a reunião dos ministros de Finanças do G-20 não produziu resultados concretos ainda. Outro fator negativo foi o comentário do Deutsche Bank de que a nota de risco da dívida da França está sob ameaça. "Nós consideramos que a deterioração nas condições econômicas está criando um risco destacável de que a França seja colocada sob observação negativa pelas agências de rating antes do fim deste ano", disse o banco. As informações são da Dow Jones.

O otimismo dos empresários do setor da construção para os próximos seis meses caiu ao menor nível da série, que começou a ser realizada em janeiro de 2010. Segundo dados da sondagem Indústria da Construção, divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a expectativa do setor quanto ao nível de atividade caiu para 56,2 pontos em setembro, após registrar 60,1 pontos em agosto. Em janeiro de 2010, esse índice era de 70,6 pontos.

O indicador varia de 0 a 100 pontos, e valores acima de 50 indicam aumento da atividade e do otimismo. Embora ainda positiva, a expectativa do setor da construção em setembro registrou queda nos quatro componentes que formam o indicador.

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O otimismo do setor quanto a novos empreendimentos e serviços caiu de 60,1 pontos em agosto para 57,6 em setembro. Em relação a compras de insumos e matérias-primas, o indicador caiu de 59,7 pontos em agosto para 55,5 pontos em setembro. Quanto ao número de empregos, o índice caiu de 60,1 em agosto para 55,9 pontos em setembro.

Na avaliação por porte, as empresas que tiveram a menor evolução no nível de atividade em agosto foram as pequenas, registrando 48,0 pontos, enquanto as médias registraram 49,1 pontos, e as grandes, 53,1 pontos. Mesmo registrando o menor nível do mês, as pequenas foram as únicas que tiveram alta na atividade em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 47,0 pontos. Nessa comparação, a queda no nível atividade ocorreu tanto com as médias (51,0 pontos em julho) quanto com as grandes empresas (54,8 pontos em julho).

A Sondagem Indústria da Construção consultou 417 empresas no período de 1º a 19 de setembro de 2011.

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