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Nos quase seis meses em que Ronaldinho Gaúcho esteve preso no Paraguai, acusado de usar passaporte falso para entrar no país, o ex-jogador se manteve ativo nas redes sociais e, assim, conseguiu ganhar seguidores e continuar com seus patrocínios. Até live de grupo de pagode Ronaldinho participou durante a prisão domiciliar em um hotel no centro de Assunção.

Nos últimos meses, Ronaldinho teve um aumento de 400 mil seguidores em suas redes sociais. Nas principais plataformas digitais, ele acumula mais de 100 milhões de seguidores. Somente no Instagram, são 51,7 milhões. Esses números fizeram, por exemplo, a Embratur manter o ex-jogador como Embaixador do Turismo do Brasil, independentemente do processo que corria contra ele na Justiça paraguaia.

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"O passado vitorioso de Ronaldinho como ex-jogador de futebol é reconhecido no mundo inteiro, e possíveis erros em sua vida pessoal não apagam sua história de sucesso", diz nota enviada pela Embratur ao Estadão. "Seu trabalho como Embaixador do Turismo não consiste em cumprir agenda preparada pela Embratur, porém, quando chamado, costuma comparecer a eventos e também fazer postagens em suas redes sociais mostrando ao mundo as belezas do Brasil."

Sem restrição de uso do aparelho celular no hotel em que cumpriu prisão domiciliar enquanto esteve no Paraguai, Ronaldinho usou as redes sociais para parabenizar o amigo Lionel Messi pelo seu aniversário, relembrar dribles desconcertantes em dia de Gre-Nal e recordar as conquistas dos títulos da Copa Libertadores de 2013, com o Atlético-MG, e da Liga dos Campeões de 2006, com o Barcelona, entre outras postagens.

A casa de apostas Betcris, uma das patrocinadoras de Ronaldinho, manteve o contrato com o ex-jogador e, assim que ele saiu do Paraguai, lançou uma campanha com a imagem do astro nas redes sociais e nas placas de publicidade da partida entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro. "Em relação ao que aconteceu com ele no Paraguai, aprendemos com a mídia, como quase todo mundo. Confiamos no procedimento da Justiça e na presunção de inocência de Ronaldinho. Decidimos colocar em pausa a exposição durante esse período, mas estamos felizes por ele estar livre e esperamos ter campanhas bem-sucedidas com ele", disse Aurélien Lohrer, diretor de marketing da Betcris.

O especialista em marketing esportivo e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Marcelo Palaia compara Ronaldinho a Mike Tyson, considerado um dos maiores boxeadores de todos os tempos e dono de um longo histórico de problemas com a polícia e a Justiça dos Estados Unidos.

"A imagem do Ronaldinho já não era das melhores fora dos gramados. Porém, acredito que casos como o do Tyson ilustram bem no sentido de mostrar que o fã está disposto a perdoar deslizes de seus ídolos. Ele passou por vários episódios controversos, mas as pessoas não deixam de considerá-lo um dos grandes nomes do seu esporte. Na esfera de marcas e patrocinadores, é claro que existe uma mancha de não querer se associar a atletas que possam gerar prejuízo de reputação, mas ele ainda tem uma base de admiradores sólida que, eventualmente, abrem brechas para que empresas continuem o enxergando como potencial ícone", explica Palaia.

Quando a pandemia da covid-19 for controlada, talvez com uma vacina eficaz, faz parte dos planos de Ronaldinho e das empresas que o patrocinam voltar a organizar eventos pelo mundo. Era isso o que ele fazia antes do aparecimento da doença e sua prisão. A prisão de Ronaldinho em Assunção se deu justamente em uma dessas viagens, na qual ele iria participar do lançamento de um projeto da Fundação Fraternidade Angelical, da inauguração de um cassino e também promover a sua biografia, "Gênio da Vida".

México, China, Portugal, Israel, Tailândia, Japão, Alemanha, Quênia, Rússia... e Paraguai. Essa é a lista de países que Ronaldinho Gaúcho visitou antes de ser preso em Assunção, no dia 6 de março. O ex-jogador quer voltar a viajar pelo mundo para participar de eventos. Além de ele já ter admitido que gosta desse novo papel que assumiu desde quando pendurou as chuteiras, exibir a marca de seus patrocinadores virou importantíssima fonte de renda para Ronaldinho. Entre as empresas que contam com o astro nesse tipo de ação está a Betcris.

Legalmente, o ex-jogador está livre para ir a qualquer lugar depois de pagar multa de R$ 1,1 milhão à Justiça. "Não há nenhum impedimento para viagens. O resultado da suspensão do processo, com o pagamento da multa, é a absolvição", disse Sérgio Queiroz, advogado do ex-jogador e o do seu irmão, Assis.

Durante o período em que esteve preso, Ronaldinho conseguiu manter patrocínios e campanhas online com sua imagem foram lançadas assim que ele voltou ao Brasil. O próximo passo, quando a disseminação da covid-19 estiver controlada, serão ações com a presença do ex-jogador e de público.

"Ele nasceu como estrela mundial no período limite entre o analógico e o digital. E, apesar de ter uma legião de fãs de gerações seguintes devido ao seu futebol mágico, jogadores como ele possuem uma espécie de escudo que os eximem como ídolos de problemas de imagem. Deveria ser assim com todos. O ponto é que essa geração mais velha, que não nasceu na rede social e entende com mais facilidade alguns erros dos seus ídolos sem iniciar um movimento absurdo de ‘cancelamento’, também segue em suas redes sociais ídolos dessa geração atual, mas com um comportamento menos polarizado", analisa Gustavo Herbetta, fundador e diretor de criação da LMID, agência de marketing esportivo.

Voltar a viajar significará retomar um velho hábito para Ronaldinho. Ele está acostumado a rodar o mundo desde a adolescência - aos 17 anos, por exemplo, ele já vestia a camisa 10 da seleção no Mundial Sub-17 e foi o destaque da campanha do título conquistado no Egito.

O avanço do novo coronavírus em todo o mundo deve gerar uma crise financeira sem precedentes para os clubes de futebol, principalmente no Brasil. Além da falta de bilheteria nos jogos, outras importantes fontes de renda parecem secar até mais rápido do que se podia imaginar. Patrocinadores e a TV Globo colocaram o pé no freio em relação aos investimentos no esporte e os clubes se preparam para viver uma nova realidade financeira.

Sem transmissão de jogos e exibição de suas marcas na TV, algumas empresas estão deixando os clubes ou revendo contratos. Um caso que demonstra bem isso é a relação do Azeite Royal com os times cariocas. A empresa patrocinava os quatro principais clubes do Estado (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco). A crise chegou e o foco de investimento mudou.

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A empresa justificou, em nota, que concentra suas ações no abastecimentos de redes de supermercados parceiras, dando a entender que os clubes não são prioridades no momento. A parceria da marca com o Flamengo, em 2020, renderia cerca de R$ 3 milhões e os demais times receberiam valores próximos de R$ 1,5 milhão.

"O momento atual traz oportunidade a clubes e atletas com a produção de conteúdo para engajamento ainda maior de torcedores e fãs, além da possibilidade de realizar diversas ações em prol do combate à covid-19 e relacionadas ao terceiro setor", disse Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports & Marketing, uma das agências que mais fecha contrato de patrocínio com os clubes.

O futebol paulista também sofre com a crise desencadeada pela pandemia. A Marjosports, startup de tecnologia voltada para apostas esportivas, suspendeu seu contrato com o Corinthians, devido ao impacto que a paralisação do futebol provocou na empresa, que atua no ramo esportivo. No Santos, a Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT), que patrocinava as categorias de base da Vila Belmiro, suspendeu seu contrato com a equipe, tendo em vista que o setor de turismo é um dos mais afetados pela covid-19.

Em contrapartida, Palmeiras e São Paulo não apresentaram, por enquanto, suspensões ou rescisões com suas patrocinadoras. A Crefisa, empresa parceira do time alviverde e que paga o maior patrocínio do futebol brasileiro - cerca de R$ 81 milhões - já admite que pode rever o contrato e fazer alterações nos valores.

Outra importante fonte de renda vem da televisão. A TV Globo decidiu suspender o pagamento dos direitos de transmissão dos campeonatos estaduais por tempo indeterminado, para lamentação dos grandes clubes e desespero dos pequenos. "Para nós, a cota de TV representa 85% da nossa receita", contou um dirigente de um time do interior, que pediu para não ser identificado.

"Ocorre que as pessoas amam o esporte e esse período de ausência dos eventos fará com que a audiência seja ainda maior. E quando for novamente possível, com grande presença dos torcedores nos estádios e arenas. Todos estão sentindo falta de esportes, do futebol. Isso fará com que parte das perdas sejam compensadas", analisou Wolff.

Quando o Palmeiras contratou uma empresa para investigar uma possível interferência externa na arbitragem na final do Campeonato Paulista contra o Corinthians no ano passado, os clubes brasileiros descobriram um segmento de mercado ainda novo no Brasil. Empresas investigam a veracidade de informações, como uma checagem de antecedentes, realizam estudos de riscos empresariais e oferecem serviços de inteligência também na área esportiva.

Um ano e meio depois da final do Paulistão de 2018, a procura se diversificou. Patrocinadores procuram empresas especializadas para entender os riscos de um investimento em determinado clube de futebol, descobrir eventuais ligações políticas dos dirigentes e avaliar o impacto das eleições na gestão das agremiações.

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Especialistas ouvidos pelo Estado afirmam que vem aumentando a procura por empresas de investigação, mas não existem dados consolidados. As principais preocupações se referem à falta de profissionalização na gestão dos clubes e eventuais ligações políticas dos dirigentes.

"É um mercado que vem crescendo rapidamente no Brasil tanto em relação aos clubes como em relação aos potenciais investidores. Os clubes estão amadurecendo e aperfeiçoando suas formas de governança", afirma Ian Cook, diretor da Kroll em São Paulo e responsável pelo atendimento ao segmento esportivo no Brasil. A empresa realiza trabalhos de levantamento de informações para clubes e investidores em novos projetos no futebol, como a negociação com novos parceiros ou patrocinadores.

Na Europa, também existe grande preocupação no sentido inverso: clubes querem conhecer melhor a reputação de fornecedores e patrocinadores. Ian relata o caso de um grande clube do Campeonato Inglês (o nome não pode ser revelado) que queria conhecer a reputação de um fornecedor de material esportivo. A investigação, que incluiu uma visita à fábrica da China, mostrou que a empresa não teria de condições de oferecer o que estava propondo.

Na opinião do especialista, o mercado esportivo brasileiro também sofre influência dos escândalos de corrupção identificados pela operação Lava Jato, conjunto de investigações da Polícia Federal que apura esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina. "A operação Lava Jato mudou o ecossistema empresarial do Brasil como um todo. O esporte acaba sendo influenciado de forma indireta, mas o sistema como um todo mudou", explica Ian Cook.

Passados mais de sete meses da eliminação do Brasil na Copa do Mundo da Rússia e mesmo afastado dos gramados por causa de nova lesão no quinto metatarso do pé direito, Neymar tem conseguido recuperar a sua imagem perante público e patrocinadores depois de virar motivo de chacota e gerar memes nas redes sociais devido sua performance nos gramados russos. Nesta quarta-feira, por exemplo, o brasileiro foi anunciado como novo embaixador global do DAZN, marca de streaming esportivo.

Um plano de ação montado pelo seu pai e empresário junto com assessores ligados à área de marketing garantiu ao craque do Paris Saint-Germain não só a permanência dos seus principais patrocinadores, como também a atração de novas empresas para substituir marcas que não tiveram seus contratos renovados. Até o número de seguidores nas redes sociais do atacante foi incrementado pós-Copa, embora a maior preocupação do seu estafe após o fiasco na Rússia sempre foi recuperar a imagem de Neymar como jogador. O craque brasileiro, por exemplo, acompanha neste momento nova arrancada de Messi no Barcelona e todo o esforço de Cristiano Ronaldo para se dar bem na Juventus - ele é o artilheiro do Campeonato Italiano.

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Foi depois do Mundial do ano passado, por exemplo, que o atacante do Paris Saint-Germain rompeu a barreira dos 200 milhões de seguidores em suas contas nas três principais mídias sociais (Facebook, Instagram e Twitter). Hoje, são 210 milhões de seguidores - o equivalente à população do Brasil. Mais da metade dessa turma está concentrada no Instagram. Neymar saiu de 99 milhões de seguidores na rede depois da eliminação para a Bélgica para 111 milhões atualmente. As redes sociais, inclusive, estão entre os principais canais de propaganda do atleta para os seus patrocinadores.

Em dezembro, por exemplo, ele fechou contrato com a Qatar National Bank (QNB), maior instituição financeira do Oriente Médio e da África. Atualmente, o brasileiro tem mais de uma dezena de patrocinadores. A lista de marcas inclui gigantes internacionais como Nike, Red Bull, TCL, Mastercard e Gillette. Uma leitura que se pode fazer é de que a marca Neymar não perdeu valor com o fracasso da seleção na Copa.

Logo após o Mundial da Rússia, o primeiro passo dos responsáveis por administrar a carreira de Neymar foi reconhecer (internamente) que o craque saiu da disputa com a imagem arranhada por exagerar nas expressões de dor a cada falta sofrida em campo. O Estado apurou que, além de orientar que o atacante mudasse de postura em campo, fora das quatro linhas a estratégia montada foi de que Neymar deveria passar uma imagem mais "humanizada" ao público.

A garotada foi um nicho importante explorado pelo jogador e o seu instituto, na Praia Grande, teve papel fundamental nesse processo. Neymar participou de eventos beneficentes voltado aos jovens carentes atendidos pela entidade.

Com a imprensa, a relação também mudou. Se durante o Mundial ele quase não falou com os jornalistas (passou rapidamente na zona mista depois do jogo contra a Suíça e respondeu a três perguntas em entrevista coletiva após a partida com México), o craque deixou de lado a reclusão. Além de conversar com os jornalistas com maior frequência durante os amistosos da seleção, chegou a levar o seu filho, Davi Lucca, para participar ao seu lado de uma coletiva em Londres, na véspera do amistoso do Brasil contra o Uruguai.

Até a nova lesão no pé direito sofrida em janeiro foi usada dentro do plano de "humanizar" o craque. Pelo YouTube, por exemplo, o torcedor pode assistir aos exercícios físicos e sessões de fisioterapia a que ele é submetido diariamente. A ideia é mostrar em detalhes a rotina de Neymar para voltar aos gramados. Como comparação, no ano passado, quando ele quebrou o pé direito pela primeira vez, foram divulgadas pouquíssimas imagens do tratamento. Quase nada. Numa das fotos, ele tinha Bruna Marquezine no colo.

Dessa vez, apenas uma pequena parte da recuperação está sendo feita no Brasil e Neymar tem ficado mais próximo do dia a dia do PSG. O técnico Thomas Tuchel, inclusive, já avisou que considera importante que ele, mesmo lesionado, retorne para Paris para apoiar os companheiros no jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, contra o Manchester United, no dia 6 de março.

O processo de revisão de contratos de patrocínio da Petrobras foi reforçado na manhã desta quarta-feira (13) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em publicação na sua página oficial no Twitter. O mandatário considera que a medida oferece "maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público".

"Para maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público, Informamos que todos os patrocínios da Petrobras estão sob revisão, objetivando enfoque principal dos recursos para a educação infantil e manutenção do empregado à Orquesta Petrobras", escreveu. O presidente ainda não esclareceu como pretende destinar os recursos da estatal à educação infantil.

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No último dia 6, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) noticiou a intenção do governo em deslocar verbas de publicidade para as redes sociais e artistas menos famosos. Conforme fontes, a petroleira passou a avaliar a possibilidade de romper contratos firmados nos governos anteriores, principalmente com grandes grupos de teatro e cinema e com a imprensa profissional.

No ano passado, os departamentos de cultura e imprensa da estatal acumularam gastos de quase R$ 160 milhões. Do montante, cerca de R$ 120 milhões foram destinados a iniciativas publicitárias, enquanto patrocínios culturais somaram R$ 38 milhões. Ao todo, a Petrobras tem contratos de patrocínio ativos firmados em gestão e governos anteriores que somam ao redor de R$ 500 milhões, conforme dados divulgados em seu site. Alguns deles se estendem até 2021.

A migração da verba de cultura e publicidade para as redes sociais e artistas de menor visibilidade já estava decidida. Diante das divergências internas e alertas para os riscos jurídicos, porém, o tema voltou a ser discutido pelos advogados da empresa, que se sustentam no argumento de corte de custos para justificar as mudanças.

Executivos da área de comunicação da Petrobras chegaram a interpretar a decisão do governo em rever contratos de publicidade e comunicação como interferência política e ideológica. A principal reclamação é uma suposta falta de critério para definir os novos beneficiados.

Desde 2003, a Petrobras foi patrocinadora de mais de 4 mil projetos culturais a partir do programa Petrobras Cultural, que se tornou a maior seleção pública de projetos culturais no País.

O presidente Jair Bolsonaro informou, pelo Twitter, que os patrocínios concedidos pela Petrobras estão sendo revistos. “Para maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público, informamos que todos os patrocínios da Petrobras estão sob revisão, objetivando enfoque principal dos recursos para a educação infantil e manutenção do empregado à Orquesta Petrobras”, escreveu o presidente.

Bolsonaro permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, mas pode receber alta ainda esta semana. Para hoje (13), não estão previstos compromissos oficiais em sua agenda. As visitas continuam restritas.

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Segundo último boletim médico, de ontem à noite, o presidente mantém boa evolução clínica, está afebril, sem dor abdominal e com o quadro pulmonar em resolução.

Ele permanece uma dieta leve e com suplemento nutricional. Bolsonaro está internado desde o dia 27 de janeiro, para a retirada a bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal.

Tite poderá ser observado nesta segunda-feira em duas frentes distintas: em campo, comandará no CT do Spartak Moscou o primeiro treino da seleção brasileira para o amistoso de sexta-feira com a Rússia; na tela da TV, vai aparecer dando uma preleção para todos os brasileiros. É a estreia do treinador como garoto-propaganda do Itaú.

A campanha do banco é a terceira protagonizada por Tite, consequência do cargo, do sucesso da seleção e da proximidade da Copa da Rússia. As outras são da Samsung - desde agosto ano passado - e da Cimed, que a exemplo do Itaú também são patrocinadores da seleção. Em 2017, ele fez propaganda da Uninassau, da área de educação, sua primeira campanha.

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Como seus antecessores, o treinador aproveita a onda para "ganhar um extra’’. Mas, ele se impôs, e impôs, algumas regras para fazer as campanhas, de acordo com pessoas que acompanharam o processo.

Entre elas estão não fazer propaganda de bebida alcoólica, só gravar, fotografar e fazer outras ações publicitárias em finais de semana para não interferir no seu dia a dia na CBF (quando está no Rio, dá expediente na sede da entidade de segunda a sexta das 9h às 17h) e limitar a três as campanhas - em 2014, Felipão fez seis.

"Ele começou a planejar (a participação em propagandas) no ano passado. Mas não queria ficar sobrecarregado e misturar as coisas. Por isso decidiu, por exemplo, encerrar as gravações bem antes do início da Copa’’, contou um interlocutor do treinador. Tite não deverá gravar mais nada a partir de agora.

Uma das condições colocadas por ele foi a de poder alterar o roteiro das peças publicitárias, caso algum texto não "refletisse’’ o Tite real. A CBF não colocou restrições a esse trabalho paralelo do técnico. Ele iria consultor a entidade caso fosse procurado por algum concorrente dos patrocinadores da seleção, o que não ocorreu.

Invocando cláusula de confidencialidade, nenhuma das partes revela o valor do "cach꒒ do treinador. Fontes do mercado publicitário dizem que, considerando fatores como credibilidade, imagem positiva e a época, cada campanha pode render pelo menos algo em torno de R$ 2 milhões. Neymar, a estrela maior do futebol brasileiro, fatura R$ 5 milhões por campanha com veiculação nacional.

CREDIBILIDADE - As empresas, obviamente, têm a contratação de Tite como um gol de placa e destacam seu carisma e a imagem de seriedade. "Somos patrocinadores da seleção brasileira desde 2016 e buscávamos um embaixador que pudesse assinar junto com seleção em ano de Copa’’, disse Hélio Melo, diretor de marketing da Cimed. "Entendemos que o Tite era o nome de maior credibilidade.’’

A Samsung considerou o poder de liderança e a determinação do treinador características que "casam’’ com a filosofia da empresa. "O Tite foi escolhido porque tem atributos que estão alinhados com a marca’’, explica Andréa Mello, diretora de marketing corporativo.

Ambos os executivos dizem que poderão renovar com Tite independentemente do resultado do Brasil na Copa. Mas todos os contratos terminam ao final do Mundial.

Sem um patrocinador master desde 2013, o Santos terá ao todo seis marcas expostas em seu uniforme no jogo contra o Flamengo, domingo, às 16 horas, no Maracanã. Além de dois patrocinadores fixos (Corr Plastik, que fica na manga, e a Voxx Suplementos, no calção), o clube assinou quatro contratos de patrocínio pontuais para a partida válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na última quinta-feira, o clube acertou duas parcerias: uma com a multinacional norte-americana Kellogg's, que terá sua marca Sucrilhos exposta no ombro das camisas, e outra com a Loja do Mecânico, e-commerce de máquinas e ferramentas, que ficará na barra traseira do uniforme. Nesta semana, o Santos já havia acertado com o aplicativo IFood, que terá sua marca no espaço master, e com a escola de idiomas CNA, que ficará no calção.

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No meio de uma grave crise financeira, com os salários de junho em atraso, o Santos só havia conseguido esse número de patrocinadores na final do Campeonato Paulista. O jogo de domingo terá transmissão pela tevê aberta (Rede Globo e da Bandeirantes) e no sistema de pay-per-view. Mais de 32 mil ingressos já foram vendidos para a partida no Maracanã.

Os integrantes da bancada pernambucana do Congresso Nacional se reuniu com membros da Caixa Econômica Federal (CEF) para intermediar uma possível parceria da estatal com os três principais times de futebol do Estado. A ideia, tratada nessa quarta-feira (5), é que haja uma patrocino para reforçar as competições dos Clubes.

Segundo o senador Humberto Costa (PT), que encabeçou a reunião, o encontro contou com outros parlamentares como o senador Armando Monteiro (PTB) e os deputados federais Cadoca (PCdoB), Jorge Corte Real e Bruno Araújo (PSDB) e ficou decidido que a partir de agora, basta que a diretoria do Sport, Santa Cruz e Náutico apresentem as documentações exigidas. “Basta agora que os clubes tenham toda a documentação regularizada e estejam em dias com as funções ficais e trabalhistas”, explicou.

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De acordo com o deputado Bruno Araújo, a Caixa Econômica prioriza patrocínios em estádios ou cidades que tenham conta com o Estado ou com o município, além de determinar alguns requisitos. “Pelo fato da Caixa ser um banco estatal os times precisam estar com seus débitos negativos e não possuir nenhum tributo federal em aberto”, informou. 

Ainda segundo Araújo, o próximo passo é uma conversa entre os membros da CEF e a diretoria geral e de marketing dos clubes pernambucanos para dar andamento ao patrocínio. “A estatal mostrou que tem interesse em ampliar os patrocínios no Nordeste, mas foi uma conversa de reabertura de diálogo e a partir de agora, os dirigentes e a parte burocrática de Caixa Econômica vão começar a conversar”, acrescentou o deputado.

Como o patrocínio ainda não foi fechado, o parlamentar comentou que qualquer um dos três times poderá ser beneficiado, mas não sabe se os todos ganharão o apoio simultaneamente. 

No peito, nas costas, nos ombros, nas mangas, nas axilas. Banco, xampu, cimento, carro, plano de saúde. O manto sagrado dos clubes tem um preço. Em meio a tanta propaganda, o brasão, símbolo mais nobre de um clube, pode ser ofuscado por tamanha poluição visual.

Empresas querem ter seu nome vinculados a equipes que possam expor a sua marca. Desta forma os atletas viram grandes outdoors ambulantes, pois são esses mesmos patrocinadores que ajudam a pagar os seus salários.

 Sem saudosismos, mas há alguns anos certas marcas tinham total identificação com o clube. A Parmalat com o Palmeiras, a Kalunga com o Corinthians, a TAM com o São Paulo e a Petrobrás com o Flamengo. Atualmente no futebol brasileiro só o Fluminense tem um único patrocinador estampado na camisa.

É compreensível. Cada vez mais endividados, os clube precisam de receitas de todos os lados e as equipes de marketing literalmente vendem espaços publicitários nos uniformes. Os calções também entram nessa cota. Os meões ainda não.

Como em qualquer negócio, patrocínios em times de futebol é um jogo de interesse. O da empresa em se promover e o clube em de aumentar a receita. Se realmente valorizassem aquilo que os torcedores reverenciam, os cartolas cobrariam preços mais altos dos que os já praticados e dariam espaços fixos nas camisas, no máximo dois. Um no peito e outro no alto das costas. Isso para um único investidor. Em contrapartida, o anunciante teria exclusividade e desta forma estaria extremamente ligado ao clube. 

Para os mais céticos, publicidade no futebol é rentável e tem seus riscos. Milhares de pessoas usarão uma roupa com a sua marca, porém o esporte bretão brasileiro está longe de ser algo honesto, limpo, transparente e confiável, valores que todas empresas querem agregados ao seu nome. Mas o esporte vende. E muito. Com cifras estrelares.

Essa semana a montadora de carros japonesa Nissan anunciou que não mais patrocinará o Vasco. A justificativa foram as lamentáveis cenas protagonizadas pela torcida carioca na última rodada do Campeonato Brasileiro. Talvez seja apenas isso. Mas o fato do time não está na principal divisão do campeonato nacional, diminuindo a sua visibilidade, também é um fator a ser considerado. Infelizmente ainda temos que desconfiar das boas intenções no futebol.

3 dentro

- Neymar. Seis gols nas últimas três últimas partidas do Barcelona em 2013. Vencendo adversários e as desconfiança dos críticos, o camisa 11 do clube azul-grená fecha o ano beirando a perfeição.

- Várzea. O futebol amador vem ganhando destaque no Recife no final deste ano. Competições como o Recife Bom de Bola e a Taça Recife das Comunidades movimentam os bairros das periferias e aumentam os sonhos dos jovens para um futuro promissor.

 - Bayern de Munique. Com um time de estrelas e base da seleção alemã, a equipe é a grande favorita os título do Mundial de Clubes da Fifa. O Atlético-MG precisará de muito mais do que a inspiração de Ronaldinho Gaúcho pra vencer os campeões europeus.

3 fora

- Shotoo Brasil. Em tempos que se defende a não violência contra as mulheres, o evento de MMA anuncia a primeira luta mista do país. É isso mesmo. Um homem trocará socos e pontapés com uma mulher e haverá pessoas vibrando na plateia.

- STJD. O tapetão, que há muito não aparecia no futebol nacional, resolveu reaparecer e mais uma vez livrar o Fluminense. A Portuguesa, que não é inocente no caso, será a única punida e jogará novamente a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

- Futebol Feminino. Mesmo com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, o Campeonato Brasileiro de Futebol feminino também terminou em confusão. Árbitros se queixam de não terem recebido pagamentos e o balanço financeiro de alguns jogos ainda não foram feitos.

As inscrições de propostas para o Programa Banco do Brasil de Patrocínios se encerram no dia 30 de agosto. Podem se inscrever pessoas jurídicas que estejam em regularidade fiscal através do site do Banco do Brasil. Não é permitida a inscrição de projetos culturais destinados aos Centros Culturais do Banco do Brasil, sociais que se enquadrem nos programas da Fundação Banco do Brasil e demais vedações previstas no edital.

A divulgação dos projetos selecionados está prevista para janeiro de 2014 e os patrocínios serão destinados à realização de eventos que ocorrerão entre 1º de março e 31 de dezembro de 2014.

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Os torcedores do Sport que estavam insatisfeitos com a quantidade de nomes de patrocinadores estampados no novo uniforme da equipe, lançado na última terça (3), podem ficar sossegados. O departamento de marketing do clube anunciou que, a partir da próxima semana, serão comercializadas camisas sem a marca dos patrocínios, para alcançar 100% de satisfação do público rubro-negro.

A decisão foi tomada por causa da reclamação de torcedores sobre o grande número de patrocinadores, que deixavam o manto do Leão poluído. Por isso, encontrou uma maneira de dar um jeito nesse problema. Uma cláusula no contrato do Sport com as empresas permite que o clube comercialize 30% do lote total dos uniformes sem os nomes dos patrocinadores.

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Apesar de ainda não ter um valor definido, a ‘camisa lisa’ do Sport, segundo os dirigentes, será um pouco mais cara do que as comuns e chegarão às lojas já na próxima semana. O novo uniforme do clube foi apresentado na última terça-feira, numa das lojas oficiais do clube, no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

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