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Se depender do médico britânico Phil Davies, 55 anos, o planeta Marte já tem dono e o proprietário é ele próprio. O cientista inglês é criador de uma projeção a laser capaz de atingir a atmosfera do planeta vermelho a 91 milhões de quilômetros, e pode gerar dióxido de carbono no ar marciano. Segundo os especialistas, a liberação do gás tornaria o planeta habitável.

Em entrevista ao portal de notícias Daily Star, o cientista disse estar em busca do reconhecimento do projeto na Organização das Nações Unidas (ONU) para se declarar "dono de Marte". Segundo ele, a legislação espacial vigente permite que qualquer pessoa que obtenha sucesso em criar uma atmosfera habitável pode reivindicar o título. No entanto, para ingressar na ONU, o médico precisa da chancela de uma nação pertencente ao grupo e, para isso, tenta convencer o governo britânico a dar o suporte necessário para aprovação do pedido.

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Ainda segundo o médico, a reivindicação do título não é apenas para que a superfície de Marte tenha um dono. Na declaração ao portal inglês, o cientista alega que o pedido vai de encontro à política de superpotências, que podem tentar explorar os minérios do espaço sideral com armas nucleares. De acordo com ele, o Tratado do Espaço Sideral é a única lei que impede o uso de material bélico em outras órbitas.

Elon Musk afirmou durante uma videoconferência intitulada "Humanos a Marte" (Humans to Mars), citado pelo canal CNBC, que espera ver o foguete Starship realizar seu primeiro teste de voo orbital em 2021, advertindo também que o projeto de colônia no Planeta Vermelho pode ser um bilhete só de ida para os participantes.

"Quero enfatizar que isto é uma coisa muito difícil e perigosa, complexa, não para os fracos de coração", declarou o empreendedor. "Boa chance de você morrer, vai ser difícil, mas será bastante glorioso se der certo".

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O empreendedor afirmou que a empresa está fazendo bons progressos, observando que "a coisa que realmente impede o progresso da nave estelar é o sistema de produção". No entanto, segundo Musk, o principal problema não é a viagem em si, mas manter as pessoas vivas no destino.

"Chegar a Marte, eu acho, não é a questão fundamental. A questão fundamental é construir uma base, construir uma cidade em Marte que seja autossustentável. Vamos construir uma fábrica de propulsão, uma base inicial em Marte, Base Alfa de Marte, e depois levá-la ao ponto em que seja autossustentável".

O bilionário disse nesta semana que sua empresa SpaceX está planejando iniciar a montagem de um protótipo para o acelerador de foguete espacial Super Heavy esta semana. Ele terá mais do dobro do impulso do Saturn V, que levou Apollo até a Lua e três vezes o impulso do Falcon Heavy.

Foi projetado que o Starship seja suficientemente grande para transportar até 100 passageiros, e no momento a SpaceX está testando sua capacidade de alcançar a órbita da Terra e retornar com segurança. Depois disso, a próxima etapa do projeto será o estabelecimento de uma instalação de lançamento na Lua, com uma colônia em Marte como objetivo final.

Da Sputnik Brasil

O robô Curiosity comemorou 6 anos explorando o planeta vermelho neste domingo (5). O rover da NASA pousou na Cratera Gale, em Marte, no dia 5 de agosto de 2012, quando iniciou a missão que transformou os conhecimentos da superfície marciana, mostrando um planeta que pode ter hospedado vida e que, talvez, ainda possa hospedá-la.

Dentre as descobertas feitas pelo Curiosity desde então, destacam-se porções do solo que fizeram parte do leito de rios e um terreno que já abrigou um lago. Além disso, localizou desertos de areia parecidos com os da Terra, encontrou boro (elemento químico essencial para a vida) e moléculas orgânicas que alimentam a esperança de encontrar formas de vida em Marte.

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Essa esperança foi aumentada ainda recentemente, quando radares italianos descobriram um lago salgado sob a superfície marciana.

Graças aos sucessos das descobertas do Curiosity e aos obstáculos que o robô enfrentou desde o seu lançamento, como problema nas rodas e no computador de bordo, a NASA está trabalhando no sucessor do Curiosity, chamado Missão Marte 2020.

Como todo aniversário, o robô Curiosity publica uma comemoração em seu Twitter e, neste ano, não foi diferente. Entretanto, a mensagem que mais tocou as pessoas foi a de 2013, quando o rover postou uma versão robotizada de "Parabéns para você".

Enquanto Curiosity finaliza a segunda fase da sua missão até o fim deste ano, espera a chegada da última sonda lançada pela NASA, chamada Insight, que estudará o coração de Marte. A aterrissagem está prevista para novembro.

Da Ansa

Um enorme lago subterrâneo foi detectado em Marte pela primeira vez, o que aumenta a possibilidade de que haja mais água e, talvez, vida no Planeta Vermelho, disseram astrônomos internacionais nesta quarta-feira (25).

Localizado debaixo de uma camada de gelo marciano, o lago é amplo, com cerca de 20 quilômetros de largura, afirma o estudo publicado na revista americana "Science" e dirigido por pesquisadores italianos.

Este é o maior corpo de água líquida já encontrado no Planeta Vermelho.

"Este é um resultado surpreendente que sugere que a água em Marte não é um riacho temporário, como revelado em descobertas anteriores, mas um corpo de água persistente que cria condições para a vida durante longos períodos de tempo", disse Alan Duffy, professor associado da Universidade de Swinburne na Austrália, que não esteve envolvido no estudo.

Marte é agora frio, árido e deserto, mas costumava ser quente e úmido e abrigava uma grande quantidade de água líquida e lagos há pelo menos 3,6 bilhões de anos.

Os cientistas estão ansiosos para encontrar sinais de água atual, porque tais descobertas são essenciais para resolver o mistério de se existiu vida em Marte em seu passado remoto e se esta poderia persistir hoje em dia.

Ter a possibilidade de acessar fontes de água também poderia ajudar os humanos a sobreviverem em uma futura missão tripulada a este planeta vizinho da Terra.

A água deste lago em particular, no entanto, não seria potável, e está a quase 1,5 km de profundidade da superfície gelada em um ambiente hostil.

Há um debate sobre se há ali dentro formas de vida microbianas.

Alguns especialistas são céticos a respeito dessa possibilidade devido a que o lago é frio e salobre, e contém uma forte dose de sais e minerais marcianos dissolvidos.

A temperatura é provavelmente inferior ao ponto de congelamento da água pura, mas o lago pode permanecer em estado líquido devido à presença de magnésio, cálcio e sódio.

"Esta é uma descoberta de extraordinária importância, e aumentará a especulação sobre a presença de organismos vivos no Planeta Vermelho", disse Fred Watson, do Observatório Astronômico da Austrália.

"No entanto, deve-se ter precaução, já que a concentração de sais necessária para manter a água líquida poderia ser fatal para qualquer vida microbiana similar à da Terra", acrescentou Watson, que não participou da pesquisa.

- Detecção de radar -

A descoberta foi feita utilizando instrumentos de radar da sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia (AEA), lançada em 2003.

A ferramenta se chama Radar Avançado para a Pesquisa da Ionosfera e do Subsolo de Marte (MARSIS) e foi projetada para encontrar água subterrânea enviando pulsos de radar que penetram na superfície e nas camadas de gelo.

MARSIS "mede como se propagam as ondas de rádio e como refletem de volta na nave", disse o estudo. Estes reflexos "proporcionam aos cientistas informações sobre o que há debaixo da superfície".

O autor principal, Roberto Orosei, do Instituto Nacional de Astrofísica de Bolonha, Itália, sondou uma região chamada Planum Australe, situada no sul da camada gelada de Marte, de maio de 2012 a dezembro de 2015.

Um total de 29 séries de amostras de radar mostraram uma "mudança brusca em seu sinal de radar associado", permitindo aos cientistas mapearem os contornos do lago.

"O perfil de radar desta área é similar ao dos lagos de água líquida que se encontrem debaixo das camadas de gelo da Antártica e Groenlândia na Terra, o que sugere que há um lago subglacial nesta localização em Marte", indicou o relatório.

- Confirmação necessária -

"Esta é a primeira massa de água que foi detectada, por isso é muito emocionante", disse à AFP por e-mail David Stillman, pesquisador do Departamento de Estudos Espaciais do Southwest Research Institute no Texas.

No entanto, Stillman, que também não participou na pesquisa, disse que é necessário que outra sonda ou instrumentos possam confirmar a descoberta.

O cientista apontou que um instrumento de radar de maior frequência fabricado pela agência espacial italiana, o SHARAD, a bordo da sonda Mars Reconnaissance lançada em 2005 não pôde detectar a água subterrânea.

"É estranho que o SHARAD não possa confirmar esta descoberta. Efetivamente, o SHARAD não pode atravessar o gelo aqui e ninguém entende porque", acrescentou Stillman. "Isto sugere que algo estranho está acontecendo aqui. Portanto, sou cético sobre esta descoberta".

Mas os pesquisadores estão entusiasmados com o potencial de futuras descobertas, porque se é possível encontrar água líquida no polo sul de Marte, esta também poderia ser encontrada em outro lugar.

"Não há nada de especial nesta localização além do radar MARSIS da sonda Mars Express, que é mais sensível a essa região, o que significa que provavelmente haja depósitos de água similares debaixo da terra em todo Marte", disse Duffy.

Cientistas detectaram geleiras enterradas em Marte, que oferecem novos indícios sobre a quantidade de água acessível que o Planeta Vermelho tem e onde esta se encontra, informaram pesquisadores nesta quinta-feira (11).

Embora se saiba há algum tempo que existe gelo em Marte, estudar melhor sua profundidade e localização poderia ser vital para futuras missões com humanos, indicou o estudo publicado na revista americana Science.

"Basicamente, os astronautas poderiam ir lá com um balde e uma pá e obter toda a água que necessitam", disse um dos autores da pesquisa, Shane Byrne, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade de Arizona, em Tucson. A erosão deixou expostos oito locais de gelo, com profundidades de um a 100 metros abaixo da superfície, afirmou.

Estas escarpas subterrâneas parecem "ser gelo quase puro", indicou o artigo, baseado em dados recolhidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, lançada em 2005. "Este tipo de gelo está mais estendido do que se pensava anteriormente", disse Colin Dundas, geólogo do Serviço Geológico de Estados Unidos, em Flagstaff, Arizona.

O gelo mostra faixas e variações de cor que sugerem que se formou camada por camada, talvez conforme a neve se acumulou ao longo do tempo. Os pesquisadores acreditam que o gelo se formou há relativamente pouco tempo, pois os locais parecem ser lisos na superfície, e não marcados por crateras que teriam se formado com o impacto de detritos celestes no planeta ao longo do tempo.

Os buracos e precipícios estão todos perto dos polos, que mergulham em uma escuridão gélida durante o inverno marciano e não seriam um local adequado para um acampamento humano de longo prazo.

No entanto, se fosse possível perfurar e analisar uma amostra de uma das geleiras, os pesquisadores poderiam aprender muito sobre a história climática de Marte e o potencial de vida no planeta vizinho. A Nasa planeja enviar os primeiros exploradores a Marte na década de 2030.

A Agência Espacial Europeia tenta, na tarde desta quarta-feira, 19, realizar pela primeira uma operação de pouso de uma sonda na superfície de Marte. Até hoje, todos os módulos de pouso que chegaram ao solo marciano com sucesso foram enviados pela Nasa, dos Estados Unidos.

Na missão ExoMars, da ESA, o pequeno módulo de pouso Schiaparelli se separou de sua nave-mãe Trace Gas Orbiter (TGO), no último domingo, 16, e estava programado para pousar em Marte nesta quarta por volta de meio-dia (horário de Brasília).

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Até agora, o módulo ainda não enviou sinais à Terra, mas os astrônomos da ESA afirmam que isso era esperado, já que a natureza do sinal é bastante tênue. O sucesso do pouso deverá ser confirmado nas próximas horas. A missão deverá detectar e identificar gases na atmosfera do planeta vermelho - incluindo traços de metano, que é um dos gases excretados até mesmo pelos menores e mais primitivos organismos vivos.

Mas o propósito central da ExoMars é mesmo testar as tecnologias de descida e pouso na superfície que deverão ser utilizadas na segunda fase da missão, que prevê o envio de um veículo de seis rodas a Marte em 2020. O veículo será capaz de escavar o solo marciano até a profundidade de dois metros, para buscar vestígios primitivos de vida no planeta.

A primeira tentativa da ESA para pousar um módulo em Marte fracassou, em 2003. A missão Mars Express enviou o módulo de pouso britânico Beagle 2 à superfície do planeta vizinho, mas ela perdeu a comunicação e nenhum dado foi enviado à Terra.

A operação de pouso é arriscada, já que nos últimos 121 quilômetros de descida, o módulo Schiaparelli, precisa reduzir a velocidade de 21 mil quilômetros por hora para apenas 10 quilômetros por hora em exíguos seis minutos. A temperatura durante a dramática descida é de cerca de 1500 graus Celsius.

Ao mesmo tempo em que o Schiaparelli fazia sua descida, a nave TGO realizou com sucesso a manobra de entrada na órbita de Marte, depois de percorrer 500 milhões de quilômetros em uma jornada que durou sete meses. A nave foi lançada em março, de uma base no Casaquistão.

"Várias tentativas de aterrissar em Marte falharam exatamente porque há uma longa cadeia de comandos que precisam ser executados sem a menor falha. Não pode haver nem um único elo fraco nesse encadeamento", disse o cientista francês François Forget, um dos responsáveis pela missão ExoMars.

Com cerca de 600 quilos, o módulo Schiaparelli pousará na Planície Meridiani. Um escudo térmico protegerá o módulo das altas temperaturas da entrada na atmosfera, a 121 quilômetros de altitude.

Quatro minutos depois, com a velocidade reduzida de 21 mil para 1.7 mil quilômetros por hora pelo atrito com a atmosfera, com o módulo a 11 quilômetros da superfície, um paraquedas supersônico será acionado. Quarenta segundos depois, o escudo térmico é ejetado e o paraquedas reduz a velocidade do Schiaparelli a 240 quilômetros por hora.

O paraquedas é então ejetado, junto com a cobertura traseira do módulo, que liga seus radares e ativa os propulsores, que reduzem a velocidade a 4 quilômetros por hora. A apenas dois metros da superfície, os propulsores são desligados e o módulo cai em queda livre sobre a superfície, a 10 quilômetros por hora.

Outros pousos

O primeiro módulo a ser enviado para pousar no planeta vermelho foi o Marte 2, da União Soviética, em 1971. Ele foi o primeiro objeto humano a tocar a superfície marciana, mas se espatifou contra ela. Os soviéticos tentaram realizar operações semelhantes novamente ainda em 1971, depois em 1973, mas todas fracassaram.

Soviéticos tentaram ainda sem sucesso enviar um módulo de pouso a Phobos, principal lua de Marte, em 1988. Em 2011, a Rússia, em parceria com a China, tentou mais uma vez pousar em Phobos, mas a nave nem mesmo saiu da órbita da Terra.

Já os americanos obtiveram sucesso em duas operações em 1975, com os módulos de pouso das naves Viking 1 e 2. Em 1996, a Nasa também foi bem sucedida com a missão Mars Pathfinder, que enviou à superfície do planeta o Sojourner, primeiro veículo a circular em solo marciano.

Em 2003, a Nasa enviou mais dois veículos no planeta, o Spirit e o Opportunity, cada um em um local diferente de Marte, ambos com sucesso. No mesmo ano, a missão de pouso da ESA fracassou.

Em 2011, os americanos enviaram ainda a Marte o veículo Curiosity, que está ativo até hoje. A única missão americana fracassada ao planeta vermelho foi a tentativa de envio do módulo de pouso Mars Polar Lander, em 1999, que perdeu o contato com a Terra. Ele provavelmente se espatifou na descida.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, escreveu um artigo para a emissora "CNN" nesta terça-feira (11) em que afirma que seu país fará missões tripuladas a Marte na década de 2030.

"Nós temos uma meta clara e vital para o próximo capítulo da história espacial dos Estados Unidos: enviar humanos para Marte na década de 2030 e trazê-los em segurança de volta para a Terra, com a ambição de ficar por lá por um tempo prolongado", escreveu o presidente.

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Segundo Obama, para atingir o objetivo é preciso "continuar com a cooperação entre o governo e inovadores privados e nós estamos prontos para seguir nosso caminho". "Dentro de dois anos, as empresas privadas vão enviar pela primeira vez astronautas para a Estação Espacial Internacional", acrescentou afirmando que mais de "mil empresas" estão trabalhando atualmente em iniciativas privadas para o Espaço.

O mandatário ainda ressaltou que as missões que vão ser realizadas nos próximos anos, tanto pela Nasa como pelas empresas privadas, "irão nos ensinar como humanos poderão viver longe da Terra - algo que nós precisaremos entender para as longas jornadas para Marte".

Obama ainda falou sobre sua empolgação pelas missões espaciais desde que era criança no Havaí e ressaltou os "grandes investimentos" feitos por seu governo, desde 2008, na modernização da Nasa.

"Eu ainda tenho o mesmo sentimento de admiração sobre nosso programa espacial que eu tinha quando criança. Ele representa parte essencial de nosso caráter - curiosidade e exploração, inovação e ingenuidade, forçando os limites do que é possível e fazê-lo antes de qualquer pessoa", destacou Obama lembrando que os norte-americanos já enviaram missões de reconhecimento a todos os planetas do Sistema Solar e até mesmo para Plutão.

A China quer enviar a Marte um veículo orientado à distância para explorar o planeta vermelho, em uma nova etapa do ambicioso programa espacial de Pequim, anunciou na sexta-feira um alto funcionário espacial chinês.

As autoridades aprovaram em janeiro a missão, declarou o diretor da Administração Espacial Nacional chinesa, Xu Dazhe, em uma coletiva de imprensa em Pequim. A operação deveria ser realizada por volta de 2020, explicou Xu, acrescentando que o prazo era "um desafio" mas que um êxito da tentativa significaria "um passo de gigante" nas capacidades espaciais do seu país.

"Nosso objetivo é entrar na órbita de Marte, aterrissar e pôr em movimento um robô, tudo em uma única missão, o que seria bastante difícil de realizar", afirmou. A China está investindo bilhões de iuanes em seu programa espacial e trabalhando para alcançar os Estados Unidos e a Europa.

Mas também quer competir com a Índia, que em setembro de 2014 se tornou o primeiro país da Ásia a alcançar Marte, com uma sonda de baixo custo que colocou em órbita em volta do planeta vermelho. Uma vez na superfície de Marte, segundo Xu, o robô chinês poderia estudar o solo, a atmosfera, e o meio ambiente do planeta, assim como procurar indícios de água.

"A pesquisa sobre esses temas é uma pesquisa sobre a própria humanidade e sobre as origens da vida", declarou. "Somente após o êxito desta missão, a China poderia afirmar que embarcou de verdade na exploração do espaço profundo", completou.

A China tem um ambicioso e multibilionário programa espacial militar que vê como um símbolo do progresso do país e do seu status global. Em 2013, Pequim conseguiu desembarcar na lua um robô chamado "Coelho de jade", que posteriormente apresentou problemas mecânicos. A China espera poder pousar por volta de 2018 sua sonda Chang'e-4 - cujo nome vem da deusa da lua na mitologia chinesa - no lado escuro do satélite natural da Terra.

Os Estados Unidos já enviaram dois veículos guiados à distância para Marte, e a antiga URSS e a Agência Espacial Europeia também realizaram missões no planeta vermelho. Em 2001, a China fracassou na sua primeira tentativa de por um satélite na órbita de Marte, quando o foguete russo que transportava o material falhou ao tentar sair da órbita terrestre.

O presidente da agência espacial francesa CNES, Jean-Yves Le Gall, comemorou nesta segunda-feira o lançamento bem sucedido da sonda russo-europeia ExoMars 2016 rumo ao planeta vermelho, estimando que trata-se de uma missão "notável".

O foguete russo Proton transportou nesta segunda para o espaço a ExoMars 2016, composta por uma sonda capaz de detectar gases em nível de vestígios, chamada de TGO (Trace Gaz Orbiter). O foguete também transporta um módulo de testes de aterrissagem, batizado de Schiaparelli.

"Era uma missão muito perigosa. Não é todo dia que vamos a Marte. A última vez, para a Europa, foi há treze anos com a missão Mars Express", disse Le Gall à AFP após ter assistido ao lançamento a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

"Foi uma grande sorte termos participado desta missão memorável", afirmou. "O bom resultado de segunda garante o destino da ExoMars 2018", acrescentou.

O conselho da ESA irá discutir essa semana outra missão russo-europeia, ExoMars 2018, que enviará um veículo para que busque sinais de vida passada sobre Marte. A esperança é encontrar moléculas orgânicas que seriam testemunhas de uma vida passada em Marte.

A ExoMars 2018, que ainda não saiu do papel, pode ser atrasada em dois anos, segundo o diretor-geral da ESA, Jan Wörner.

"Acredito que se fizermos esforços, é possível que estejamos em forma para lançarmos em 2018", afirmou Le Gall. "Tudo indica que a data de 2018 é viável".

O orçamento das duas missões ExoMars, que é de 1,2 bilhão de euros em cerca de vinte anos (2002 a 2022) para a Europa, precisaria de uma expansão.

"Se lançarmos a ExoMars 2018 com dois anos de atraso, o prolongamento será ainda maior. É melhor lançar o quanto antes", disse Le Gall.

A morte do cantor David Bowie, no último dia 10 de janeiro, abalou seus fãs ao redor do mundo. Após o anúnico de seu falecimento, os admiradores do artistas lhe renderam todos os tipos de homenagem tanto na internet como na porta de sua residência, em Nova Iorque. Agora, um destes fãs criou uma petição para que o planeta Marte seja rebatizado com o nome de Bowie.

Danny Rapscallion, de Belfast, no Reino Unido, criou a campanha no site change.org. Para o fã, dar o nome de seu ídolo ao planeta vermelho seria justificável pelas constantes referências ao espaço encontradas na obra de Bowie. "David inspirou milhões com sua música, abordando especialmente seu fascínio pelo espaço, planetas e a existência extra-terrestre. ele levou as pessoas a observar as estrelas e o céu para abrir a mente e pensar segundo os princípios da Astronomia", escreveu Danny na página da petição. 

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Em sua justifactiva, Rapscallion diz ainda: "Ele (Bowie) nos deu arte como nenhum outro. O maior elogio que podemos dar a este grande homem é rebatizar Marte com seu nome. Ele nos deu tanto, um pedaço da Galáxia em troca é apenas uma gota no universo". Curiosamente, a petição já tem cerca de 7 mil assinaturas concordando com a mudança. 

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A sonda espacial britânica Beagle 2, que estava perdida desde 2003, foi encontrada em Marte por um satélite da Nasa que orbita em torno do planeta vermelho, confirmou nesta sexta-feira a Agência espacial do Reino Unido.

O Beagle-2 "foi encontrado parcialmente implantado na superfície do planeta, acabando com o mistério sobre o que ocorreu com a missão há mais de uma década", disse a agência em um comunicado.

A descoberta demonstra que "a sequência de entrada, descida e aterrissagem do Beagle 2 funcionou e a sonda pousou com êxito em Marte no Natal de 2003", acrescentou a agência sobre esta nave batizada em homenagem ao barco "Beagle" com o qual o pai da teoria da evolução, Charles Darwin, fez suas pesquisas.

A nave precisava se implantar completamente depois de aterrissar para entrar em funcionamento, já que era necessária a abertura total dos painéis solares para expor a antena RF, que iria transmitir os dados e receber os comandos a partir da Terra.

"Infelizmente, devido à implantação parcial", lamentou a agência, "não será possível ressuscitar a Beagle 2 e recuperar os dados" da sonda.

A nave foi uma ambiciosa colaboração entre a indústria, as universidades britânicas e a Agência Espacial Europeia.

O diretor deste organismo europeu, Jean-Jacques Dordain, comemorou nesta sexta-feira a descoberta.

"O que foi encarado há 11 anos como um fracasso por fim não foi um fracasso total. Ao menos houve uma aterrissagem em Marte", considerou Dordain.

A sonda espacial indiana que ingressou na órbita de Marte nesta quarta-feira enviou suas primeiras imagens, na qual se observa a superfície do Planeta Vermelho, repleta de crateras, informou a agência espacial indiana, ISRO.

A ISRO enviou uma das imagens, tiradas de uma altura de 7.300 quilômetros, a sua página no Facebook, que mostra crateras sobre uma superfície de cor alaranjada. "A vista daqui é muito bonita", afirma a legenda da foto publicada também no Twitter.

Um funcionário da ISRO confirmou à AFP a recepção com êxito de várias imagens, enquanto um porta-voz da agência governamental disse que a sonda funcionava corretamente.

A Índia se converteu no primeiro país asiático a alcançar Marte na quarta-feira, quando a sonda não tripulada Mangalyaan entrou na órbita do planeta vermelho após uma viagem de 10 meses. A missão tem por objetivo buscar sinais de vida no planeta.

Com um orçamento de 74 milhões de dólares, a missão indiana custou apenas uma pequena parte do que representou a sonda MAVEN da Nasa americana (671 milhões de dólares), que alcançou a órbita marciana com sucesso no último domingo.

Até agora, apenas Estados Unidos, Rússia e Europa conseguiram concretizar este feito.

Zoe, um protótipo do qual sairá um robô que a Nasa enviará em missão a Marte em 2020, faz testes de funcionamento no deserto do Atacama, no norte do Chile, que reúne as mesmas características físicas do planeta vermelho.

O robô explorador iniciou os testes com um primeiro trajeto em um terreno situado 2.300 metros sobre o nível do mar, em pleno deserto do Atacama, e sob o estudo de cientistas da Universidade de Carnegie Mellon dos Estados Unidos e da Universidade Católica do Norte do Chile.

"Começou em 15 de junho, percorreu 30 quilômetros. Testamos equipamentos deste protótipo para aproveitar as partes que sejam utilizáveis que serão incorporadas ao robô que viajará em 2020", disse esta sexta-feira à AFP Guillermo Chong, pesquisador do Departamento de Ciências Geológicas da Universidade Católica do Norte.

O deserto do Atacama, o mais árido do mundo, foi usado pela agência espacial americana em ocasiões anteriores para testar outras unidades que viajaram em missões espaciais, graças à semelhança de sua superfície e condições climáticas com outros corpos celestes.

"A radiação ultravioleta, a 'hiperaridez', as mudanças de clima entre o dia e a noite, a falta de macrovida e a ausência de água" são algumas das analogias entre Marte e o deserto do Atacama, afirmou o pesquisador.

O protótipo, cujo movimento é controlado dos Estados Unidos, fará testes até o próximo domingo no deserto chileno.

Durante este tempo, Zoe buscará vestígios de microvida no deserto, enquanto os especialistas revisarão seus equipamentos como sensores usados para a detecção de vida, a definição de minerais que venham a ser coletados, a captação de energia e para tirar fotografias.

Zoe tem um peso aproximado de 771 quilos. Seu chassi é feito de alumínio e outras ligas, tem várias câmaras e na parte superior tem dois painéis solares, enquanto suas rodas são de bicicleta, mas o robô que irá a Marte terá rodas de metal, sustentou Chong.

O robô, que já foi testado em 2005 nestas paragens, também conta com um laboratório interno e uma broca que lhe permitirá fazer sondagens de até um metro de profundidade, mediante os quais poderá detectar microorganismos.

O investimento durante a fase de testes do protótipo chegará a 100.000 dólares.

Pode ter existido vida microbiana em Marte, segundo uma análise dos minerais contidos na primeira amostra de uma rocha coletada com instrumentos do robô americano Curiosity, anunciou nesta terça-feira (12) a Nasa.

"Uma pergunta fundamental desta missão (Curiosity) é se Marte pode ter sido propício para a vida", disse Michael Meyer, cientista chefe do Programa de Exploração de Marte da Nasa. "Pelo que sabemos agora, a resposta é sim".

O robô Curiosity utilizou pela primeira vez sua furadeira para perfurar uma rocha do planeta Marte, retirar uma mostra dela e analisá-la, anunciou a Nasa neste sábado.

O robô, que pousou no Planeta Vermelho em agosto, utilizou a "furadeira fixada a um braço robótico para perfurar uma rocha chata e retirar uma parte de seu interior", disse um comunicado da agência espacial norte-americana.

"O robô mais avançado até agora conhecido é um laboratório de análise completo", comemorou John Grunsfeld, responsável pela missão, citado no comunicado.

Segundo Grunsfeld, trata-se do "feito mais importante" desde a chegada do Curiosity a Marte.

A Nasa estima que as amostras de rochas, extraídas de uma cratera de 1,6 cm de diâmetro e de 6,4 cm de profundidade, darão indícios sobre o ambiente que já foi úmido no solo marciano.

Para estar em condições de realizar a perfuração em Marte, a Nasa disse ter fabricado oito perfuradores e ter perfurado mais de 1.200 vezes 20 tipos de rocha na Terra.

Nos próximos dias, os controladores em terra vão transferir a mostra em um dispositivo de análise, depois de garantir que ele não foi contaminado na Terra.

O Curiosity é o robô mais sofisticado enviado a Marte, contando com seis rodas e 10 instrumentos científicos, e realiza uma missão de dois anos para determinar se existiu vida microbiana no Planeta Vermelho.

A plataforma da Google, criada desde 2009, permite ver de perto o planeta vermelho, um dos mais curiosos lugares da galáxia. Durante essa semana, o Google Mars recebeu atualização e permite que o usuário utilize zoom para verificar maiores detalhes do planeta. 

O programa funciona como uma extensão do Google Earth, que mostra imagens da Terra, e recebeu melhorias em resolução das imagens reproduzidas, afinal, atualmente a câmera da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, tem uma maior qualidade e permite explorar áreas com 20 metros por pixel. A câmera presente na sonda é a HiRiSE.

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O usuário também pode explorar os locais onde o robô Curiosity poderia ter passado através de uma espécie de passeio guiado sugerido pela plataforma. 

Para quem deseja explorar Marte basta abrir o Google Earth e clicar no botão laranja, em forma de Saturno que fica localizado na parte superior da tela. 

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