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Brasília - A presidenta Dilma Rousseff está reunida na tarde deste sábado (10) com ministros e técnicos do governo para debater o pacote de incentivos para o setor portuário, que será anunciado nos próximos dias. Participam da reunião o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams e o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

As medidas para os portos, que devem incluir concessão de terminais e novas regras para o setor, terão como objetivo ampliar o número de unidades portuárias no país e reduzir o custo e escoamento dos produtos para baratear as exportações.

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Em agosto, o governo lançou a primeira etapa dAo Programa de Investimentos em Logística, com a concessão à iniciativa privada de nove trechos de rodovias e 12 de ferrovias.

O governo deve cortar tarifas portuárias e reduzir exigências para que os práticos (profissionais que manobram os navios) atuem nos portos do País. Essas medidas estão no centro do pacote que a presidente Dilma Rousseff pretende anunciar na próxima terça-feira (13). Ao mesmo tempo em que ataca custos, o pacote lista também um conjunto de investimentos emergenciais nos portos e nos acessos por rodovias e ferrovias a eles.

O objetivo da presidente Dilma é direto, e repetido por quase todos os técnicos do governo envolvidos com as medidas: igualar a operação dos portos brasileiros à dos principais do mundo, como Roterdã (Holanda).

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Isso deve acontecer em todos os sentidos - tributários, custos com mão de obra, infraestrutura básica e modelo gerencial.

Eliminar algumas taxas, como as cobradas pela utilização de faróis e canais, não é muito complicado. Já cortar aquelas cobradas pela Polícia Federal e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é algo mais delicado, pois indicaria pouca atenção à fiscalização. Esses temas estão em análise.

Técnicos estimam que a mão de obra representa 50% do custo portuário, por isso estão na mira as despesas vinculadas aos práticos.

Cabotagem

O pacote terá um programa de incentivo à navegação de cabotagem, batizado provisoriamente de Pró-Cabotagem. Ele envolverá investimentos nos portos de rio e sua interligação com os portos marítimos.

A gestão dos portos também será tratada no pacote. A ordem é uniformizar o funcionamento e evitar o que ocorre hoje: cada unidade tem um modelo singular de operar. Ao todo, o País conta com 18 portos ligados a sete Companhias Docas, 13 portos administrados por Estados, três de responsabilidade de municípios, um porto público privado (Imbituba-SC), além dos terminais privativos, que pertencem a companhias como Transpetro (da Petrobras) e Vale. Para melhorar e padronizar a gestão, a tendência é que seja criada uma Autoridade Portuária nos moldes da extinta Portobrás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, disse que é muito provável que o pacote de portos saia na próxima semana. "Acho que tem essa indicação de ser semana que vem", disse. Fonte do alto escalão do governo ouvida pela Agência Estado informou que o governo federal divulgará o pacote de investimentos para o setor portuário na próxima terça-feira, dia 13 de novembro.

Questionado sobre as novidades do pacote, ele reforçou que seguirá os mesmos moldes do pacote de concessões de rodovias e ferrovias e disse que é preciso esperar mais uma semana para ter as informações. Figueiredo também não conseguiu afirmar se o anúncio esperado para a próxima semana irá contemplar também aeroportos, o que era esperado em um primeiro momento. "Não posso afirmar, não estou acompanhando de perto o assunto". O presidente da EPL esteve em Porto Alegre em um evento de empresários da construção pesada.

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O modelo de gestão dos portos é confuso, difícil de ser gerenciado e representa um gargalo para o Brasil, na avaliação do governo, que prepara um pacote que promete uma "revolução" no setor.

Uma equipe do Palácio do Planalto trabalha há meses sobre estudos e detalhes técnicos que, segundo uma fonte, visam "tornar o modelo portuário nacional algo simples de gerir e de entender". A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar as mudanças em meados de outubro.

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Entre as propostas em análise estão a "federalização" das companhias docas estaduais. As estruturas ficariam centralizadas em um operador da União, na forma de uma autoridade portuária, órgão que passaria a ser responsável pelo planejamento do setor, e pela realização e fiscalização de arrendamentos.

Já a operação dos navios ficaria a cargo de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), composta por uma ou mais empresas, e com participação da União, que entraria com parcela minoritária.

Essa SPE teria como obrigações contratuais as obras de infraestrutura terrestre e marítima (como dragagem para aumento da capacidade do terminal, por exemplo), pelo fornecimento de água, eletricidade e sinalização, e pela manutenção e reparo das instalações.

Estudo. As propostas fazem parte de amplo estudo entregue à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pela Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop). Depois de visitar os principais terminais europeus, no início do mês, a auxiliar da presidente Dilma Rousseff convocou empresários e sindicalistas do setor portuário para discutir o modelo brasileiro.

Segundo o presidente da Fenop, Mauro Salgado, as empresas que atuam na operação dos portos garantem ao governo investimentos da ordem de R$ 33 bilhões até 2022. Desse montante, o equivalente a R$ 10,7 bilhões serão aplicados em terminais de contêineres, R$ 10,3 bilhões em concessões anteriores à Lei 8.630 (chamada de "Lei dos Portos", de 1993), e R$ 12 bilhões em terminais de granéis sólidos e líquidos, como soja e petróleo.

O principal mote do governo é, de acordo com uma fonte, tornar o modelo portuário do País mais amigável para receber uma forte expansão dos investimentos. Esses gastos são necessários para modernizar e ampliar os terminais existentes hoje.

Diagnóstico. Para o governo, a situação do setor é heterogênea: há portos modernos, e capazes de, com um ritmo adequado de manutenção e ampliação, fazer frente ao incremento do comércio exterior; e terminais ultrapassados, que não estão integrados à outras malhas de transporte. Mas, mesmo entre os portos mais modernos, como o de Santos (SP), o governo entende que a gestão precisa ser dinamizada.

Um caso sempre citado pelos técnicos do governo em reuniões com especialistas, empresários e técnicos é a obra de dragagem de aprofundamento, tocada pela Companhia Docas de São Paulo (Codesp), para que todo o canal de Santos tenha 15 metros de profundidade, e não mais de 12 a 14 metros.

A obra, exigida pela Secretaria dos Portos e iniciada pela Codesp em fevereiro de 2010, ainda não foi homologada pela Marinha, que conduz a medição oceânica submersa. O mesmo problema atinge outros terminais dentro do programa nacional de dragagem: as obras saíram, mas não há aval técnico dos militares. "Os diversos atores estatais precisam de um esquema mais ágil, e isso será alcançado com estruturas mais enxutas e centralizadas", diz uma fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pacote para investimentos em portos, que estava previsto para ser divulgado até o próximo dia 5 de outubro, deve ser apresentado pelo governo federal só na segunda quinzena de setembro, disse, nesta sexta-feira, Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL). "Não há uma data definida, mas o mais provável é na segunda quinzena", disse.

O programa será só de investimentos privados. Ele não citou valores, mas disse que, somando com os recursos públicos a serem aplicados no setor, deve girar entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, o que representa a necessidade de investimentos para ampliar a capacidade portuária do País para atender o mercado nos próximos 20 anos.

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Bernardo Figueiredo informou que entre os novos portos que devem ser anunciados está um no sul da Bahia, na região de Ilhéus, chamado Porto Sul, e outro na região de Manaus. Eles estarão no pacote a ser divulgado. Os demais investimentos referem-se a concessões de terminais portuários.

O governo espera redução de 30% nas tarifas portuárias após o pacote de concessões que deverá ser anunciado em meados de outubro, informou o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele disse que são dois os objetivos perseguidos com as novas medidas: aumentar a capacidade instalada para atender ao mercado nos próximos 20 anos e estimular a competição, para baixar preços.

"Se você tem toda a capacidade concentrada em um único fornecedor, isso pode gerar distorções", comentou. "Na Europa, você tem concorrência porto a porto, e dentro dos portos os terminais disputam um com o outro, e é isso que faz os preços caírem por lá." O governo também fez um levantamento em cada porto do País para avaliar as necessidades de investimento de cada um. "A capacidade vai variar de porto para porto", disse.

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Também em outubro deverão ser negociadas as novas concessões em aeroportos, segundo informou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da NBR, a TV oficial do governo federal. Ela não adiantou o formato que será adotado, mas garantiu que, qualquer que seja o modelo escolhido, a Infraero terá participação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Batizada por seu antecessor de mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente Dilma Rousseff cria empresas para concretizar projetos de governo, especialmente nas áreas de infraestrutura e política industrial. Nos bastidores, a equipe do Palácio do Planalto estuda a criação de duas novas entidades ainda neste ano, seguindo esta mesma linha: a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Autoridade de Gestão Portuária.

Com essas e eventualmente outras estruturas, Dilma tenta consolidar a gestão plena da máquina pública federal. Isto é, além de apoiar seus planos nas agências reguladoras, criadas na administração de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), e nas estatais "turbinadas" sob Lula, como Petrobras, Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dilma lança mão de empresas com perfil estruturante, com prerrogativa de planejar e monitorar a ação pública e privada.

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Será assim no caso das duas novas estatais. A Embrapii terá o objetivo de intermediar a relação entre centros de pesquisa tecnológica e o parque manufatureiro, à semelhança do que faz a Embrapa com a produção nacional agrícola. Já a autoridade portuária, caso seja criada, servirá de coordenadora dos portos, monitorando chegadas e partidas de navios.

O perfil de atuação do Estado é pragmático. Diante do enorme e crescente déficit no regime previdenciário do setor público federal, de R$ 60 bilhões por ano, Dilma não pestanejou, e logo nos primeiros meses de governo elencou a aprovação no Congresso do novo regime previdenciário como prioridade legislativa - ao final de 12 meses, aprovou e sancionou a Fundação Nacional de Previdência Complementar do Servidor Federal, que entra em vigor em 2013.

A Funpresp foi gestada sob FHC, entre 1997 e 2000, e transformada em projeto de lei nos anos Lula, que desistiu de aprová-la no Congresso diante da forte oposição dos sindicatos de servidores. Outros exemplos do modelo Dilma têm sido a atuação mais incisiva das agências criadas pelos tucanos nos setores de telefonia, energia e aviação, reforçando o papel do Estado na economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O setor portuário brasileiro poderá receber investimentos da ordem de R$ 44 bilhões no período entre cinco e dez anos. O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), a pedido do governo federal, com dados das 84 empresas associadas da entidade. "São investimentos de pequenas, médias e grandes empresas. Esse investimento poderá ser ainda maior dependendo da reforma portuária", disse o presidente da ABTP, Wilen Manteli.

O executivo, que participa do Fórum Brasil Competitivo, realizado em parceria do Grupo Estado e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou que hoje são dois os principais problemas enfrentados pelo setor portuário do País: o marco regulatório e gestão dos portos. "Há muita interferência política. O atual modelo não funciona. E esperamos que esses problemas sejam efetivamente enfrentados no pacote que está sendo anunciado", disse.

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Manteli destacou que o setor possui outros entraves, que também dificultam o desembolso de investimentos. Segundo ele, os marcos regulatórios do setor são instáveis, e há um excesso de órgãos e normas, que geram insegurança jurídica, além da taxação ao setor.

O presidente da ABTP criticou as Companhias Docas, que caracterizou como um "modelo anacrônico e com mentalidade burocrática". Segundo ele, o setor está hoje engessado com as atuais normas contábeis, que "impede que o administrador do porto utilize os recursos como qualquer empresa privada". "Temos que buscar uma solução para Docas", disse.

Para Manteli, a solução, nesse caso, seria a adoção de parcerias público privada (PPPs). "O instrumento mais adequado seria esse, onde o capital predominante é o privado. A União participaria com o poder de veto em algumas matérias", frisou o presidente da ABTP. Segundo o executivo, esse modelo daria segurança ao governo e promoveria uma "administração privada e eficiente dos portos".

De acordo com o presidente da ABTP, esse modelo poderia ser posto em prática sem a necessidade do envio de um projeto de lei ao Congresso Nacional, fato que atrasaria, ainda mais, o desenvolvimento dos portos brasileiros. "Há uma grande expectativa e esperamos que o governo federal anuncie a terceira reforma dos portos, com a privatização da gestão portuária, para destravar esses nós e gargalos que impedem o avanço do setor portuário", destacou Manteli.

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Complexo Portuário de Suape e o Porto do Recife. Esses são alguns dos locais que têm a atuação de inúmeros empreendimentos, principalmente exportadores e importadores. Em Suape, por exemplo, existem mais de 100 empresas em operação, com responsabilidade de geração de mais de 25 mil empregos diretos, além de outras 50 em implantação, de acordo com o site oficial do complexo.

Indústrias de produtos químicos, metal-mecânica, naval e logística são exemplos de serviços. Também se destaca o segmento da construção civil, somando um investimento de R$ 40 bilhões.

Essas informações não são apenas ilustrativas. Elas também servem para destacar um novo segmento profissional que está sendo bastante requisitado nos portos, que o de gestão portuária. A profissão é voltada para gerir empresas e atividades marítimas. O gestor pode atuar em terminais portuários, empresas ligadas à portos, principalmente exportados e importadoras, além de agenciamento marítimo.



De acordo com o coordenador do curso de gestão portuária da Faculdade Joaquim Nabuco, Unidade de Paulista, Ernandes Rodrigues, esse profissional também pode trabalhar por ferrovias e rodovias. Isso ocorre porque os carregamentos que chegam dos navios precisam ser transportados e distribuídos pelas regiões dos estados. Dentro desse contexto, os gestores portuários ajudam no processo de logística dos transportes.

O curso

A graduação possui duração de dois anos. Ernandes Rodrigues conta que as pessoas que pretendem ingressar no curso precisam ter algumas características. “Para fazer gestão portuária é interessante que o aluno goste de números, porque o curso trabalha bastante com cálculos”, explica.

Além do foco principal, que é a gestão de portos e empresas marítimas, os alunos passam por diversas áreas, como a própria administração e a economia. Direito marítimo e portuário, meio ambiente e gestão portuária, comércio exterior e legislação aduaneira, operações portuárias e sistema de transporte e armazenamento, são algumas das disciplinas do curso.

Mercado promissor

O coordenador destaca que a sociedade precisa identificar este forte desenvolvimento portuário pelo qual Pernambuco está passando. A qualificação em gestão portuária, segundo Rodrigues, deve ser trabalhada no próprio Estado, uma vez que, por falta de mão de obra qualificada, profissionais de outras regiões estão sendo contratados para suprir a demanda de serviços.

“As pessoas precisam se preparar para o que já existe e o que vem pela frente”, frisa coordenador, destacando a fábrica da Fiat que está sendo instalada no município de Goiana, e, paralelamente a ela, várias empresas serão instaladas em Pernambuco, aumentando a quantidade de atividades portuárias.

De acordo com Rodrigues, a remuneração salarial de um jovem gestor portuário, saindo da formação, é de aproximadamente R$ 1.200. O valor pode chegar a até R$ 5 mil, se o profissional tiver uma pós-graduação, entre outras qualificações.

Como todo gestor, que atua na administração portuária também se depara com problemas em meio ao trabalho. “É importante que o gestor seja uma pessoa que busque resolver problemas. Na gestão portuária também existem problemas, como uma carga que não chegou a seu destino. Por isso, o profissional precisa ter habilidade para achar soluções”, aconselha Rodrigues.

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O porto de Vitória operou normalmente no último final de semana. Desde o início da greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a situação no porto capixaba era considerada uma das mais críticas, mas o decreto federal 7.777, publicado na última quarta-feira (25), permitiu que as embarcações voltassem a atracar normalmente no Estado.

Até semana passada, cerca de 13 embarcações aguardavam para entrar no porto, quando o número normal é de dois navios esperando para atracar. De acordo com a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), os navios ficam esperando no máximo 30 horas para atracar, mas até sexta-feira passada, havia navios aguardando desde o dia 18. Atualmente, há seis embarcações aguardando para entrar no porto de Vitória e a Codesa espera que até terça-feira a situação esteja regularizada.

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A greve da Anvisa teve início no dia 16 e se soma à operação padrão da Receita Federal. Para garantir o funcionamento de serviços públicos, o governo federal publicou o decreto 7.777, que estabelece que ministros, supervisores de órgãos ou entidades devem promover convênio com Estados e municípios para garantir que os setores paralisados funcionem. No final da semana passada, de acordo com a Federação Nacional das Agências de Navegação (Fenamar), os servidores públicos se adaptaram às novas determinações governamentais e os resultados foram positivos no Espírito Santo.

Na sexta-feira, a Justiça negou liminar em mandado de segurança impetrado pelo Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Espírito Santo (Sindamares) que pedia que as licenças de livres práticas fossem concedidas. Entre outros argumentos, a juíza da 5ª Vara Cível da Justiça Federal do Espírito Santo, Viviany de Paula Arruda, considerou que o decreto 7.777 iria conduzir a situação no porto à normalidade.

O número de navios que aguardavam para atracar no porto de Suape, em Pernambuco, caiu de 12 na última quarta (25) para quatro neste domingo, após a liminar concedida pela Justiça Federal na última quinta-feira (26). A medida determinou a atracação dos navios fundeados, mesmo sem o certificado de livre prática - concedido pela Anvisa e necessário para o embarque e desembarque de mercadorias nos portos - cuja emissão está prejudicada por conta da greve dos servidores.

Os navios que ainda aguardavam estavam à espera da liberação do cais por outras embarcações e não pela falta do certificado. "A paralisação da Anvisa quebrou a rotatividade do porto, que precisa de alguns dias para se normalizar", explicou o presidente do Sindicato das Agências de Navegação do Estado de Pernambuco (Sindanpe), Ricardo Luiz Von Sohsten.

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Segundo ele, "com a decisão judicial, não houve maiores prejuízos ou ameaça de desabastecimento", pois os navios - alguns carregados com trigo e combustível - levaram no máximo dois dias para atracar. "Não comprometeu", observou, ao lembrar que o custo médio por dia fundeado (estacionado) representou prejuízo de cerca de U$ 25 mil dólares por embarcação.

Nessa quarta (27), os portos do Recife e Suape realizaram um encontro para oficializar o projeto que tem como objetivo abolir o uso de papel nas operações dos terminais. Intitulado "Porto Sem Papel" faz parte de uma estratégia de modernização e começa a vigorar nos locais no dia 03 de julho.

A solução foi criada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), com financiamente da Secretaria Especial de Portos (SEP). Os dados referentes a atracação, operação e desacatração dos navios são unificados e disponibilizados para todas as instituições que estão envolvidas na atividade portuária, entre elas a ANVISA, Marinha, Ministério da Agricultura, Polícia Federal, Receita Federal e a Autoridade Portuária.

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A expectativa do orgão portuário é de que essa integração elimine a burocracia, diminua o tempo para a obtenção da aprovação para que um navio atraque e com isso, a diminuição do custo das operações em 25%. Isso sem contar a economia de papel.

Segundo o governo, cerca de 17 toneladas deixarão de ser utilizadas, o que poupa cerca de 1.100 árvores. O investimento da SEP no Porto sem Papel foi de R$ 114 milhões, e a intenção da secretaria é de que todos os 35 portos brasileiros implantem o projeto até junho de 2013.

Até o momento, 13 portos já operam com o sistema, como o Porto de Santos, em São Paulo, e o de Vitória, no Espírito Santo.

Vinte pessoas foram presas na manhã de hoje, durante a Operação Navio Fantasma, ação conjunta entre a Receita Federal e Polícia Federal, desencadeada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que utilizava portos e aeroportos em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná para importar mercadorias sem o pagamento dos impostos devidos. A Receita Federal estima que a fraude seja de mais de US$ 50 milhões.

Os 60 servidores da Receita e 200 da Polícia Federal estão cumprindo 20 mandados de prisão e 42 mandados de busca e apreensão. No Estado de São Paulo, duas pessoas foram presas na capital, nove em Santos, uma em Sorocaba e uma em Campinas. Foram presas ainda, cinco pessoas no Rio de Janeiro e duas em Curitiba, no Paraná. Os 42 Mandados de Busca e Apreensão estão sendo cumpridos nessas mesmas cidades. Entre os presos estão cinco servidores da Receita Federal, empresários, "laranjas" e despachantes aduaneiros, segundo a PF.

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As investigações começaram em janeiro do ano passado, segundo a PF, após a Alfândega de Santos, no litoral de São Paulo, ter percebido que mercadorias importadas supostamente encaminhadas para aquele local não chegavam para o desembaraço. A PF estima que a organização criminosa tenha movimentado cerca de 220 toneladas de mercadorias.

De acordo com a PF, a quadrilha importava mercadorias que declarava para o fisco como sendo de baixo valor agregado, como partes e peças para manutenção de navios atracados no Porto de Santos, mas importava tablets de marca renomada, telefones celulares, relógios e armações de óculos de grife. O bando também importava irregularmente mercadoria de importação controlada, como equipamentos médicos e munição.

A Justiça Federal em Santos decretou o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos. Foi realizada a apreensão judicial de cargas já retidas pela Receita Federal no decorrer da investigação.

A Secretaria de Portos da Presidência (SEP) criou um grupo de trabalho para o desenvolvimento de estudos do Plano Nacional de Logística Portuária e do Plano Geral de Outorgas, dentro do acordo de cooperação técnica celebrado entre a União, por intermédio da SEP e da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq).

A portaria instituindo o grupo foi publicada no Diário Oficial da União de hoje e define que as atribuições do grupo será gerenciar os trabalhos conjuntos, definir o plano de trabalho e as bases da revisão periódica do Plano Geral de Outorgas.

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O grupo será formado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da SEP; pelo diretor de Modernização e Revitalização Portuária da SEP; pelo diretor de Sistemas e Informações Portuárias da SEP; pelo diretor de Desempenho Operacional da SEP; pelo superintendente de Portos da Antaq; gerente de Regulação Portuária da Antaq; gerente de Portos Públicos da Antaq; gerente de Estudos e Desempenho Portuário da Antaq.

A portaria define ainda que o grupo deverá se reunir mensalmente ou, extraordinariamente, sempre que houver convocação.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) está com inscrições abertas para o curso de Logística Portuária. O curso ajudará os profissionais entenderem as atividades dos terminais portuários e promoverá o conhecimento da legislação e normas vigentes. Além disto, os participantes aprenderão noções de transporte marítimo, logística, armazenagem e movimentação portuária. As aulas acontecerão dos dias 12 a 23 de setembro, das 19 às 22h. Para se inscreverem, os interessados deverão procurar a sede do Senac, no bairro de Santo Amaro, no Recife. O valor total do investimento é de R$ 270 reais.

Serviço

Curso: Logística Portuária
Central de Atendimento Senac
Av. Visconde de Suassuna, nº 500
CEP 50.050-540 - Santo Amaro - Recife - PE
Fones: (81) 3413.6728 / 6729 / 6730
E-mail: senac@pe.senac.br

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