Tópicos | iniciativa privada

[@#galeria#@]

Respeitando a programação habitual do Espaço Ciência, direção e voluntários organizaram, neste domingo (27), um ato para informar e denunciar à população a Lei Estadual nº 17.940, sancionada no dia 21 de outubro, pelo governador Paulo Câmara. O texto acorda que parte do terreno construído será cedido à instalação de um data center e a construção de um "landing station" para receber cabos submarinos. Os 8.000m² em jogo não apenas contemplam o acervo do museu, como hoje dão espaço a parte do conteúdo de apresentação do público ao trabalho dos pesquisadores.

##RECOMENDA##

A legislação também consta da revogação da Lei nº 17.613, de 27 de dezembro de 2021, que cedia o Espaço Ciência como patrimônio do município do Recife pelo prazo de 10 anos.

“Uns dois para três anos atrás acompanhamos esse projeto e concordamos com a instalação, aqui nesta área, da estação de recepção do cabo. Em nenhum momento concordamos, e nem foi falado para a gente, sobre a construção do data center. A recepção do cabo exigiria a concessão de uma pequena área e que seria incorporada ao acervo do museu, para que o visitante conhecesse melhor sobre o cabo submarino, a sua finalidade. Pensamos que seria um aporte ao museu, mas essa lei nos surpreendeu doando essa área aqui”, esclareceu o diretor do Espaço Ciência, Antônio Carlos Pavão, ao LeiaJá.

De acordo com o diretor, a área compõe o discurso museográfico do equipamento tecnológico. O Espaço Ciência possui cinco espaços exibidores: Água, Movimento, Percepção, Terra e Espaço; o último sendo completamente cedido dentro da área doada. Só para o segmento “Espaço”, foram cerca de 26 anos de investimentos e planejamento com consultores internacionais e nacionais. 

“É absurdo a gente pensar que alguém venha interferir num museu, quando estamos precisando preservar os equipamentos culturais, e aí a gente vê uma agressão deste tipo para o investimento privado. Precisamos e concordamos com o cabo para Pernambuco, mas agredindo o espaço ciência, não. Precisamos revogar essa lei. Em vez de agredirem o Espaço Ciência, deveriam abrir mais investimentos para cá”, completou o diretor. 

O pesquisador também declarou que as manifestações continuarão acontecendo, dentro da programação do Espaço Ciência, mas que não devem interromper o serviço prestado e tem o intuito de informar ao público sobre a decisão estadual, até que o equipamento obtenha resposta. Segundo ele, o atual governo não procurou a direção do museu diretamente para dar detalhes. O governo de transição, da equipe de Raquel Lyra (PSDB), está analisando o contrato, mas ainda não informou se haverá revogação com o vigor do próximo mandato.

“Estou indignado com a doação da área-espaço. Acredito que todas as áreas daqui, para quem frequentou ou fez estágio, servem para ver o tanto de experimento científico que é feito e o valor que têm. É uma área que foi arquitetada, teve um plano para ser montada, ou seja, é um patrimônio e deve ser preservada. Estou aqui porque é importante se mobilizar, chamar atenção, levar às redes sociais, para que saibam a mutilação que está acontecendo ao Espaço Ciência”, compartilhou Josival Francisco, de 24 anos, biólogo doutorando e ex-estagiário do Espaço Ciência.

O presidente Jair Bolsonaro editou nesta sexta-feira (17) uma medida provisória para permitir que a iniciativa privada possa comprar vacinas contra a Covid-19 diretamente com os fabricantes. 

A medida é decorrência do fim do estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), decretado em função da pandemia de Covid-19 no Brasil.

##RECOMENDA##

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, a medida não trará prejuízos ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação. 

O órgão justifica que a vacinação no país atingiu doses suficientes para contemplar 100% dos grupos prioritários. Além disso, o Ministério da Saúde mantém contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses e a possibilidade de compra adicional de 50 milhões. 

"O que se vivenciava em 2021 - ante a escassez de vacinas no Brasil e no mundo, a iniciativa privada não estava autorizada a adquirir vacinas contra a covid-19, em detrimento do Poder Público - se modificou, e a escassez de vacinas restou superada, tendo o Estado sido capaz de ofertar vacinas à população em geral, em quantidade suficiente, conforme dados demonstrados pelo Ministério da Saúde", informou a secretaria. 

Três semanas depois de desistir de sua pré-candidatura à Presidência da República, o ex-governador João Doria reuniu jornalistas para um café da manhã na capital nesta segunda-feira, 13. Ele anunciou que vai voltar a atuar no setor privado e permanece no PSDB.

A cúpula do tucana resistia à candidatura do ex-governador, que ficou isolado na sigla.

##RECOMENDA##

O tucano disse que recebeu um "honroso convite" para integrar, a partir de 1° de julho, o Conselho do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade fundada por ele e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto.

O ex-chanceler Celso Lafer e o ex-ministro Henrique Meirelles também farão parte do conselho do Lide.

Doria disse que não terá função executiva no grupo e nem será remunerado.

Em um discurso de cerca de 20 minutos, Doria falou sobre os seis anos de vida pública entre as prévias do PSDB para a prefeitura em 2016 e a atribulada disputa interna pela vaga de candidato tucano ao Palácio do Planalto.

"Não sou um profissional da política. Sou um gestor. Mas respeito os profissionais da política", disse Doria.

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) convocou uma Assembleia Geral Extraordinária, nesta quarta-feira (11), para discutir sobre o futuro dos profissionais com a concessão do ramal à iniciativa privada. A categoria vai avaliar a possibilidade de greve para se manifestar contra a estadualização do Metrorec.

LeiaJá também: Metrô do Recife será administrado pela iniciativa privada

A reunião está marcada para as 18h desta quarta-feira (11), na 'Praça da Greve', na Estação Central do Recife. A pauta oficial aborda temas como a avaliação das atuais condições de trabalho e os investimentos no sistema prometidos pelo governo federal através da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Nessa terça-feira (14), o prefeito João Campos (PSB) esteve em Brasília e assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que empresas privadas administrem seis parques do Recife. Após a fase de análise, o edital de licitação deve ser lançado nos primeiros meses de 2022.

Os parques Dona Lindu, Jaqueira, Macaxeira, Santana, Caiara e Capibaribe serão avaliados por uma consultoria contratada pelo banco nos próximos 30 dias. O acordo prevê que o BNDES pague R$ 2,46 milhões pelo estudo, que deve ser concluído em até oito meses.

Prefeito diz que polêmica é desnecessária

##RECOMENDA##

O próprio João Campos assumiu que a proposta gerou polêmica, mas defende a gestão dos dispositivos pela iniciativa privada por mais 'modernização' e para evitar gastos da Prefeitura com manutenção, limpeza, poda e iluminação.

"Todos os parques terão suas entradas gratuitas, não será cobrado de maneira nenhuma para entrar em algum deles", garantiu.

Ao invés de vender os seis dispositivos para empresas, o prefeito quer ceder a gestão através de contratos temporários. 

"Às vezes se criam polêmicas desnecessárias, em que as pessoas veem por cima o assunto e terminam fazendo um juízo de valor diferente do que é. Primeiro, a gente tem que diferenciar o que é Parceria Público-Privada (PPP) de Concessão. Nas concessões você não onera o Poder Público.  Então, a gente está estudando um modelo de concessão para seis parques municipais que não vai gerar nenhum custo para o município”, explicou.

Recife servirá como teste para o BNDES

Recife será um teste para o novo modelo de atuação do BNDES que, se der certo, será levado a outros municípios do país. “O Recife será um projeto-piloto para a atuação do BNDES na estruturação da concessão de parques municipais, com um grande potencial de difusão para todo o País”, disse Fábio Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES.

Os estudos programados pela parceria vão avaliar a viabilidade econômico-financeira, questões de Engenharia e criar o arcabouço jurídico para entregar os espaços à futura empresa concessionária. Todo processo será acompanhado Secretaria Executiva de Parcerias Estratégicas (SEPE) e a empresa deve ressarcir o BNDES pelos custos do levantamento.

Antes de lançar o edital que vai definir a futura administradora, o projeto será disponibilizado para consulta pública por 30 dias e segue para aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Só então a licitação será aberta, com perspectiva de fechar o contrato com a vencedora nos primeiros meses de 2023.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tentou tirar a responsabilidade do governo federal pela falta de kit intubação nos hospitais públicos. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 15, ele destacou a doação de medicamentos feita por empresas e pediu que os governos estaduais também se mobilizem para evitar o desabastecimento. No auge de infecções pela covid-19, hospitais no interior de São Paulo já limitam o número de atendimentos por falta de remédio.

O tom da entrevista foi de resposta ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que desde o início da semana acusa o Ministério da Saúde de ter "sequestrado os medicamentos", proibindo a venda de empresas brasileiras a Estados e municípios.

##RECOMENDA##

"Os medicamentos doados pela Vale foram encaminhados de maneira tempestiva para atender ao governo de São Paulo e demais governos. Atribuição que os próprios governadores, especialmente os dos grandes Estados poderiam buscar esses medicamentos seja no mercado internacional, seja no nacional. Eles têm elementos para fazer isso e também se associar ao Ministério da Saúde nessa tarefa de apoiar a sociedade brasileira. Não adianta ficar só enviando ofício", disse Queiroga.

O governo de São Paulo disse ter enviado nove ofícios ao Ministério da Saúde, o último deles na terça-feira, pedindo urgência para reforçar os estoques de medicamentos. Os últimos cinco foram encaminhados a Queiroga e, os anteriores, ao ex-ministro Eduardo Pazuello.

Queiroga detalhou nesta sexta-feira que os 2,3 milhões de medicamentos para kit intubação importados pela Vale estão previstos para chegar nesta quinta-feira, 15, às 22h30, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Não foi informado quando os hospitais devem receber os kits. "Os Estados têm que procurar esses medicamentos também. Não é só empurrar nas costas do Ministério da Saúde. Se instituições privadas importam e trazem para cá, porque estados não fazem isso?", questionou o ministro.

Também nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo da Espanha doará medicamentos do kit intubação para abastecer os estoques dos hospitais brasileiros. De acordo com a pasta, a previsão é que os medicamentos saiam do país europeu no final da próxima semana com destino ao Brasil.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 8, onde se disse "vacinado contra intrigas". Queiroga, que visitou o Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, elogiou a diplomacia brasileira em busca de vacinas e negou que o Brasil seja uma ameaça internacional por causa do coronavírus. O novo titular da pasta ainda disse ser favorável à aprovação pelo Congresso de aval para a compra de imunizantes pela iniciativa privada.

Após a visita, em entrevista coletiva, o ministro disse ser favorável à aprovação pelo Congresso da compra de vacinas da iniciativa privada. "Uma vez que existe lei, precisa cumprir. Não vou me manifestar sobre decisões do Congresso Nacional. Lei é para ser cumprida. E se houver apoio da iniciativa privada, melhor." A Câmara aprovou nesta semana projeto de lei que permite a empresas comprar imunizantes que não tenham registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas tenham aval de autoridades internacionais.

##RECOMENDA##

"Não é o momento de ficar 'ah, porque o privado vai furar a fila', é preciso parar com isso, vamos nos unir", declarou Queiroga. Especialistas têm criticado a proposta e fabricantes afirmam que não pretendem negociar com grupos particulares. Questionado, o ministro reafirmou o compromisso de vacinar um milhão de brasileiros por dia. Queiroga ainda elogiou a diplomacia brasileira, através da qual serão garantidos, segundo ele, insumos para a produção das vacinas, especialmente a partir da China.

Ele também rechaçou o título de "ameaça mundial" que o Brasil vem recebendo devido a sua dificuldade em lidar com a pandemia. "Ele [Anthony Fauci, cientista americano que lidera o combate à covid-19 no país] deve cuidador dos Estados Unidos. Do Brasil, cuido eu", rebateu Queiroga.

O ministro visitou uma ala do Hospital Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em março, na zona norte de Porto Alegre, com 55 leitos para pacientes com covid-19, onde anunciou a autorização para a abertura de novos leitos de UTI no Estado. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para obrigar a União a reativar vagas de terapia intensiva no Rio Grande do Sul e em mais quatro Estados (São Paulo, Bahia, Maranhão e Piauí).

Já sobre o chamado "tratamento precoce", Queiroga, que é cardiologista, ressaltou que cabe aos médicos a decisão sobre o ministrar ou não medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, comprovadamente ineficazes contra a covid-19. "Os pacientes precisam ser atendidos de maneira pronta e o tratamento compete ao médico, que é um profissional autônomo e a ele cabe decidir o que é melhor para o seu paciente", destacou.

Queiroga também foi perguntado acerca da fala do ministro Onyx Lorenzoni de que Estados estariam retendo vacinas. "Não avalio quem está mentindo ou não. Avalio que as políticas públicas têm que chegar a quem precisa delas. Já me vacinei contra a Covid e intrigas", disse.

Antes de Queiroga, o governador Eduardo Leite (PSDB) classificou como fake news a fala de Onyx. Nesta quarta-feira, 7, o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República utilizou sua conta no Instagram para questionar o porquê de os governadores estarem "retendo" vacinas. "Por que reter vacina? Por que desobedecer a instrução do Ministério da Saúde? E, enquanto o Governo Federal trabalha, você vai ler por aí no pessoal que vive de narrativa que 'o problema é que não tem vacina'", escreveu.

Onyx interpretou um decreto do governo gaúcho, publicado em 01 de abril, o qual estabelece a reserva de 10% das doses produzidas pelo AstraZeneca/Fiocruz para as segundas doses. Estiveram presentes no encontro o governador do RS, Eduardo Leite, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e os respectivos secretários estadual e municipal de Saúde. Foram apresentados a Queiroga dados sobre a vacinação e as ocupações de leitos em Porto Alegre e no RS.

Em entrevista ao LeiaJá, o senador e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT), reprovou o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro, na última terça-feira (27), que dá margem ao início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o parlamentar, a proposta, além de reduzir o acesso da população à saúde básica, cria o risco de desperdício do dinheiro público.

"Acho que seria o começo de um processo para desmontar o SUS como um sistema público, que atende todo mundo gratuitamente. Não há dúvida que eles têm esse interesse", projetou o senador, que critica a falta de um amplo debate sobre a proposta com os estados, a sociedade civil e o próprio Ministério da Saúde.

##RECOMENDA##

A medida promete incluir cerca de 39 mil Unidades Básicas de Saúde no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). Dessa forma, as instituições seriam operadas por empresas e agentes da iniciativa privada.

"Essas experiências de parceria com iniciativa privada, modelo de gestão de Organização Social (OS), modelo de gestão de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), estamos vendo vários exemplos onde não tem dado certo. Episódios de corrupção e ineficiência", pontuou, ao reforçar que o SUS já mantém parcerias com entidades para promover serviços hospitalares e laboratoriais.

Humberto ainda destaca que a pandemia mostrou a necessidade de fortalecer o SUS, por isso classifica o decreto como "paradoxal". Na sua visão, privatizar o sistema é uma amostra do "aperreio" do Governo Federal com a crise econômica.

"O governo está muito desesperado com a situação econômica e fiscal do país. A dívida aumentando, o investimento externo acabando, os dólares sendo retirados do Brasil. Então, o governo está muito preocupado em dar sinais lá para fora de que vai fazer uma política diferente e diminuir o tamanho do estado cada vez mais", concluiu.

O Rio terá um hospital de campanha financiado pela iniciativa privada para ajudar no atendimento aos infectados pelo novo coronavírus. A concepção da unidade, que custará R$ 45 milhões, é liderada pela Rede DOr, que vai bancar R$ 25 milhões do valor total. O hospital, que será destinado aos pacientes do SUS, é um dos oito anunciados nesta semana pelo governador Wilson Witzel. A expectativa é de que todos estejam prontos até o dia 30 de abril.

O terreno da unidade bancada por empresas fica no 23º Batalhão da Polícia Militar (Leblon), na zona sul. Os R$ 20 milhões restantes serão pagos, em parcelas iguais, pela Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e Banco Safra. Segundo a Rede DOr, serão gerados mais de mil empregos diretos e indiretos.

##RECOMENDA##

O principal hospital de campanha apresentado pelo governo estadual será no Maracanã, na zona norte, com 400 vagas. Os demais terão 200 cada, como é o caso do que será construído no Leblon. Ao todo, portanto, 1.800 leitos são previstos pelo governo estadual.

A distribuição das unidades abarca praticamente todas as áreas da cidade - a exceção é o Centro - e inclui ainda os municípios mais populosos da Região Metropolitana (São Gonçalo e Duque de Caxias) e a cidade mais populosa fora dela, Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense. O pequeno município de Casimiro de Abreu, no interior, também está na lista.

Na capital, além do Maracanã e do Leblon, são planejadas unidades em Bangu e Jacarepaguá, na zona oeste. No caso de Bangu, o hospital será construído no Complexo Penitenciário de Gericinó.

A Prefeitura da capital fluminense, por sua vez, tem como principal projeto o hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste, com 500 leitos. Nesta segunda-feira, o prefeito Marcelo Crivella disse ainda que vai construir, com a ajuda do Exército, uma unidade menor em Santa Cruz, também na zona oeste, com 100 leitos.

Há, inclusive, a expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro visite o Riocentro nesta sexta-feira. Ele e o prefeito vivem um momento de aproximação, de olho na próxima eleição municipal.

Apesar de o hospital bancado pela iniciativa privada ser em parceria com o governo estadual, Crivella idolatrou o fundador da Rede DOr, Jorge Moll, em entrevista coletiva nesta terça-feira. "Com a força de um bandeirante, a fé de um mártir e a tenacidade de um gladiador, colocou vários hospitais na nossa cidade", disse o prefeito.

Somando os hospitais anunciados pelo governo e pela Prefeitura são, portanto, 2.400 novos leitos no Rio. Até o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, o Estado já registrou 708 casos da doença, com 23 mortes.

O terraço do Edifício Martinelli, primeiro arranha-céu construído na cidade de São Paulo, pode voltar a ser atração do roteiro cultural da capital paulista. A Prefeitura busca investidores para que o local receba apresentações culturais e exposições. A ideia é que o espaço também esteja equipado com restaurante, café e loja. A aprovação da concessão do ambiente à iniciativa privada ainda está sob consulta pública.

Após apresentar propostas físicas e econômicas da concessão às empresas interessadas, a Prefeitura espera receber investimentos da ordem de R$ 3 milhões em infraestrutura. Entretanto, a definição desses valores só será exposta no documento final de concorrência. A gestão municipal ainda pretende levantar mais recursos junto a empresas privadas por intermédio do projeto Triângulo SP, que quer requalificar o Centro de São Paulo como referência turística da cidade.

##RECOMENDA##

Terraço do Edifício Martinelli - Foto: Leon Rodrigues/SECOM

O edital de concessão do Edifício Martinelli deve ser lançado até julho e a entrega das propostas está programada para o final do mês de agosto. A intenção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano é entregar o novo espaço cultural até o segundo semestre de 2020, quando a inauguração do prédio completará 91 anos.

 

A Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial um convite às empresas interessadas em participar da concorrência para o processo de concessão de 14 parques. A intenção é receber projetos e estudos sobre como seriam explorados os espaços públicos. De acordo com o comunicado oficial, o objetivo é desonerar os cofres em 40% do orçamento atual gasto com a manutenção das áreas.

Um dos pontos destacados pela convocação é de que as empresas que vencerem as licitações para administrar os parques da cidade terão que garantir o acesso gratuito de forma permanente. Entre os que serão entregues à iniciativa privada estão os parques do Ibirapuera, Aclimação, do Carmo, Chácara do Jockey e Jardim da Luz. No total, serão 14 parques na primeira etapa e, segundo declarações do prefeito João Dória, outros locais podem ser incluídos.

##RECOMENDA##

Anualmente, o município gasta R$ 21 milhões com a manutenção do Parque do Ibirapuera e a proposta de concessão vai permitir a exploração do espaço para a realização de eventos. Em casos de eventos gratuitos abertos ao público, a segurança e limpeza será feita pela administração pública. Em contrapartida, a empresa responsável pelo parque poderá explorar o comércio de alimentos e bebidas dentro do espaço.

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na terça-feira, 7, projeto de lei que autoriza a concessão de 25 parques públicos do Estado à iniciativa privada. Pelo texto, fica autorizado, por 30 anos, o uso para ecoturismo e exploração comercial madeireira ou de subprodutos florestais.

A proposta original da gestão Alckmin, de 2013, mencionava apenas três parques e a exploração turística. No ano passado, o projeto sofreu uma modificação que deixou em aberto quais unidades poderiam ser consideradas e, na prática, tornou possível que mais de cem parques tivessem a gestão concedida à iniciativa privada. Após um ano sem avanços, na quinta-feira, 2, foi apresentada uma emenda aglutinativa pelo líder do governo, Cauê Macris (PSDB), e mais 21 deputados, que delimitou a concessão a 25 parques e colocou o projeto em regime de urgência para votação, como divulgou na terça-feira, 7, o jornal Folha de S.Paulo. O texto segue para a sanção do governador.

##RECOMENDA##

Entre os parques que poderão ser explorados estão os de Campos do Jordão, Cantareira, Jaraguá, Serra do Mar, Ilha do Cardoso e Ilhabela.

Ambientalistas e o Ministério Público se queixaram da pressa para aprovação e disseram que ficaram de fora itens que garantiriam a restauração de áreas exploradas, os direitos das comunidades que vivem nesses locais e as pesquisas ali feitas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A participação da iniciativa privada na energia nuclear conta com "vontade política" por parte do governo, mas depende ainda de estudos sobre o modelo de negócios a ser adotado. Segundo o diretor de Planejamento e Gestão da Eletronuclear, Leonam Guimarães, o governo está estudando alternativas para permitir a entrada das empresas no setor: seja com alterações constitucionais, seja com um modelo híbrido ao já existente, com formação de parcerias com a iniciativa privada para atuar na gestão dos empreendimentos, sem interferência sobre a operação do sistema nuclear.

"Existe a vontade política e o ministro (Eduardo Braga) já deixou isso bem claro. A parceria pode ser até majoritária, desde que a responsabilidade da operação fique sob controle estatal. Assim estaria atendendo à Constituição e se poderia fazer composições de parceria de forma a ser atrativo para o investidor", afirmou Guimarães, após participar de seminário do setor, no Rio.

##RECOMENDA##

Segundo ele, no caso de mudanças na Constituição, o modelo poderia focar em concessões, a exemplo do que aconteceu no setor de óleo e gás, na década de 90. Já há uma proposta em tramitação no congresso, mas o tema não é consenso no setor. O diretor da Eletronuclear se diz contrário ao projeto, pela dificuldade em encontrar investidores e empresas com conhecimento do negócio para operar. A solução, segundo ele, seria permitir a atuação com parcerias para, no futuro, com a comprovação da viabilidade do negócio, abrir o mercado a concessões.

Pela legislação atual, a manipulação do urânio é de monopólio do governo, em função das legislações de segurança internacional que limitam a circulação desses produtos no mercado. "Não estamos discutindo o monopólio sobre materiais nucleares. Essa é uma razão que leva a operação a continuar com a Eletronuclear, porque precisa comprar e usar esse material", completou o diretor.

Guimarães afirmou ainda que as sinalizações do governo de que vai priorizar a segurança de abastecimento energético no planejamento do setor, em oposição ao custo da energia comprada, como vinha sendo feito, favorecem o setor de energia nuclear. Entretanto, há "barreiras" para o desenvolvimento do setor, como a aprovação da opinião pública e a falta de recursos para desenvolver os projetos.

"O planejamento do setor se dá com três pilares: a universalização do acesso, o custo e a segurança do abastecimento. Fomos bem sucedidos com a universalização, e equilibrar custo e segurança não é fácil. A energia é um insumo caro em todo o mundo", afirmou o diretor, ao comentar o custo atual da produção das usinas de Angra 1 e Angra 2, em torno de R$ 160 por megawatt/hora. "O trabalho continuou, mas em ritmo mais devagar por conta da falta de recursos. Com a decisão do governo, vamos precisar de mais recursos para finalizar os estudos", frisou o diretor.

A conquista do espaço passou às mãos de empresários milionários, que constroem as naves do futuro, capazes de viajar de Nova York a Paris em uma hora e meia. Estes pioneiros têm um ponto em comum: não dependem mais dos programas governamentais, que foram sendo reduzidos paulatinamente.

São outros tempos. A Nasa, agência espacial americana, mandou o primeiro homem à Lua em 1969 em plena corrida espacial durante a Guerra Fria. Atualmente, é um empresário sul-africano, Elon Musk, criador dos carros elétricos Tesla e da empresa de foguetes espaciais SpaceX, que pretende fazer a primeira viagem a Marte na próxima década.

O projeto de outro milionário, o britânico Richard Branson, fundador do grupo Virgin, é o que está mais adiantado e é o mais comentado. Sua nave, a SpaceShipTwo, lançada com um foguete de quatro motores com dupla fuselagem, poderá transportar dois pilotos e seis passageiros em um voo suborbital de três horas.

Di Caprio -

Apesar dos muitos adiamentos desde os primeiros testes, em 2007, sir Richard garante que será, ao lado dos filhos, o primeiro passageiro de um voo espacial civil antes do fim do ano.

Sua empresa, a Virgin Galactic, obteve em maio passado luz verde da FAA, agência federal americana de aviação, para transportar passageiros de uma base no Novo México, a "Spaceport America", que mais parece saída de um filme de ficção científica.

O preço da passagem, 250.000 dólares, não parece ter desanimado os mais de 600 candidatos, inclusive várias celebridades com o ator de Hollywood Leonardo DiCaprio, que já reservou seu lugar.

Já a XCOR é mais acessível. Por 100 mil dólares, oferece um voo suborbital de uma hora a bordo de sua nave Lynx, que decolará e aterrissará como um avião no deserto de Mojave, na Califórnia. Trezentas passagens já foram vendidas.

"O primeiro protótipo está em fase de montagem. Se tudo sair bem, os voos de teste começarão antes do fim do ano e os voos comerciais, antes do fim de 2015", declarou à AFP Michiel Mol, membro da direção da empresa.

A companhia planeja fazer quatro voos diários e acumular experiência mais rapidamente que a Virgin Galactic.

Estes empresários não se contentam em satisfazer os caprichos dos ricos, mas visam também o mercado de lançamento de satélites com menos de 250 kg.

"Não há lançador específico dedicado aos pequenos satélites", explicou Rachel Villain, da Euroconsult. "Há um ano, todos estão procurando a forma de diminuir os custos para que o simples lançamento de um pequeno satélite seja mais rentável do que embarcar como passageiro em um lançador maior".

"Estes novos atores estão mudando as coisas, criando uma revolução no universo dos lançadores mediante procedimentos muito astutos, mais inteligentes porque não geram rejeitos, reutilizáveis e, finalmente, são menos caros", avalia Philippe Boissat, especialista em aeronáutica da consultoria Deloitte.

Também é o objetivo de um recém-chegado, o Swiss Space Systems ou S3. Com uma nave transportada por um Airbus A300, seu fundador, Pascal Jaussi, quer primeiro lançar satélites e depois transportar passageiros de um ponto a outro do planeta.

Este ex-piloto de testes de 37 anos tem como meta dividir por quatro o preço de um lançamento, para reduzi-lo a 8 milhões de euros por um satélite de 250 kg posto em órbita.

"Os fabricantes de satélites que querem lançar constelações de satélites meteorológicos ou de vigilância estão nos enchendo de pedidos", relata.

Os primeiros voos de testes estão previstos para o fim de 2017 e os primeiros lançamentos comerciais, para o fim de 2018, de uma base espacial nas ilhas Canárias.

Para passar ao transporte intercontinental de passageiros na década seguinte, está mandando certificar, está certificando perante as autoridades aeronáuticas todos os elementos de sua nave espacial, como um avião.

Um avião comercial faz o trajeto de 5.800 km entre Nova York e Paris em sete horas. Com velocidade Mach3, a nave da S3 percorreria esta distância em 1H30.

"Gostaríamos de chegar ao preço de uma primeira classe para um novo transatlântico. Nunca teríamos que superar os 30.000 francos suíços (33.000 dólares)", disse.

Philippe Boissat vai além. "Estes voos suborbitais", antecipa, "vão gerar uma nova geração de pilotos de caça, no comando das naves, sua missão será proteger os satélites ou neutralizar aqueles que representam uma ameaça".

A Secretaria Especial de Portos fez nesta terça (6) uma chamada aos interessados na instalação, ampliação e na exploração de terminais portuários. De acordo com o ministro Leônidas Cristino, os investimentos deverão chegar a R$ 5 bilhões – dos quais R$ 2,3 bilhões são para dois projetos de ampliação e R$ 2,7 bilhões para 12 novos terminais. Estima-se que os investimentos aumentem a capacidade de movimentação de carga em 35,6 milhões de toneladas.

O anúncio, que será publicado no Diário Oficial da União desta quarta (7), faz parte das medidas do governo no âmbito do novo marco do setor portuário estabelecido na Medida Provisória dos Portos, sancionada no início de junho. "O governo quer investimentos e o aumento da capacidade de movimentação de carga, com menos tempo e com o menor custo", disse Cristino.

##RECOMENDA##

A região Sudeste é a que receberá a maior fatia dos investimentos, R$ 4,3 bilhões – distribuídos entre duas ampliações e dois projetos. O Espírito Santo é o estado que receberá maior investimento. Será construído um novo terminal de logística de minério de ferro, orçado em R$ 2 bilhões. No caso das ampliações, uma será de um estaleiro no Rio de Janeiro, orçada em R$ 409 milhões; a outra, em Santos, para a movimentação de graneis sólidos (como açúcar, fertilizante), orçada em R$ 1,8 bilhão.

Para construir os 150 km de corredores de ônibus até 2016, como prometido na campanha eleitoral, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pretende arrecadar parte dos R$ 6,1 bilhões estimados para as obras com a venda de terrenos a particulares. Em vez de só desapropriar imóveis para erguer paradas e abrir faixas de ultrapassagem, a administração vai repassar quarteirões inteiros para a iniciativa privada. Os recursos, então, serão investidos em corredores de vias como Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes.

A proposta, divulgada pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, ainda não explica como imóveis particulares, depois de desocupados a pedido da Prefeitura e com autorização da Justiça, serão entregues a empreiteiras - que poderão construir unidades residenciais ou comerciais. Segundo Tatto, uma das justificativas para a proposta é o adensamento de áreas perto do transporte público. "A ideia é desapropriar toda a quadra e fazer a venda de lotes, casas, apartamentos. Aí, adensa a área onde está o transporte público. Desapropria todo o pedaço e esse estoque de terra serve para pagar a desapropriação que se precisa para o transporte. O setor imobiliário constrói. Isso é uma ideia do prefeito, não é minha, não", disse Tatto.

##RECOMENDA##

Embora o Estatuto das Cidades preveja que o município tenha instrumentos para usar terrenos para angariar fundos, a forma como esse repasse será feito ainda não está definida, segundo a secretaria. A pasta informou que outro departamento da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, é que fará o detalhamento do processo.

Segundo o advogado conselheiro da Comissão de Habitação e Urbanismo da OAB-SP Carlos Artur André Leite, a polêmica está no fato de que a Prefeitura vai usar bens particulares para lucrar e executar seu projeto. "As indenizações devem ser calculadas de forma a ressarcir os antigos proprietários também da valorização que eles teriam com esse imóvel." Ele afirmou que uma das melhores maneiras para executar esse plano é por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), em que empresas particulares que recebessem esses terrenos tivessem a obrigação de construir os corredores.

A cidade já tem uma licitação em andamento para construir cerca de 70 km de corredores, em avenidas como a Engenheiro Luís Carlos Berrini, Guarapiranga e Carlos Caldeira Filho. O projeto apresentado em uma audiência pública nesta terça-feira é para uma segunda etapa de obras, previstas para começar em janeiro do próximo ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura tem plano para que a malha de corredores de ônibus da capital chegue a 400 quilômetros de vias. Ontem, a administração municipal incluiu em seus planos um mapa que prevê corredores exclusivos na Avenida Paulista e em trechos das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Ainda não há prazo para que essas obras saiam do papel, mas não devem ser tocadas na atual gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). Como ainda não existe projeto executivo (o plano final, que guia a obra durante sua execução), não há definição se a Paulista terá um corredor central ou se a proposta será simplesmente transformar as atuais faixas exclusivas - que já existem, à direita - em corredores.

Os corredores de ônibus que a cidade deve ganhar têm diferenças importantes, segundo a avaliação de técnicos, em relação às faixas e corredores existentes. Para começar, o pagamento da passagem vai ser feito na própria plataforma, que estará construída no mesmo nível dos degraus de embarque. Além disso, os corredores terão faixas para que um coletivo ultrapasse o outro. Tudo isso serve para aumentar a velocidade média dos ônibus.

##RECOMENDA##

A cidade passa ainda por um processo de troca dos pontos de ônibus, a cargo da empresa Otima. A presidente da empresa, Violeta Kertész Noya, disse que seu projeto - vencedor de uma licitação da gestão Kassab, que tem quatro modelos - não prevê esse tipo de ponto de embarque. Mas ela afirmou que podem ser feitas mudanças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O modelo de gestão dos portos é confuso, difícil de ser gerenciado e representa um gargalo para o Brasil, na avaliação do governo, que prepara um pacote que promete uma "revolução" no setor.

Uma equipe do Palácio do Planalto trabalha há meses sobre estudos e detalhes técnicos que, segundo uma fonte, visam "tornar o modelo portuário nacional algo simples de gerir e de entender". A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar as mudanças em meados de outubro.

##RECOMENDA##

Entre as propostas em análise estão a "federalização" das companhias docas estaduais. As estruturas ficariam centralizadas em um operador da União, na forma de uma autoridade portuária, órgão que passaria a ser responsável pelo planejamento do setor, e pela realização e fiscalização de arrendamentos.

Já a operação dos navios ficaria a cargo de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), composta por uma ou mais empresas, e com participação da União, que entraria com parcela minoritária.

Essa SPE teria como obrigações contratuais as obras de infraestrutura terrestre e marítima (como dragagem para aumento da capacidade do terminal, por exemplo), pelo fornecimento de água, eletricidade e sinalização, e pela manutenção e reparo das instalações.

Estudo. As propostas fazem parte de amplo estudo entregue à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pela Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop). Depois de visitar os principais terminais europeus, no início do mês, a auxiliar da presidente Dilma Rousseff convocou empresários e sindicalistas do setor portuário para discutir o modelo brasileiro.

Segundo o presidente da Fenop, Mauro Salgado, as empresas que atuam na operação dos portos garantem ao governo investimentos da ordem de R$ 33 bilhões até 2022. Desse montante, o equivalente a R$ 10,7 bilhões serão aplicados em terminais de contêineres, R$ 10,3 bilhões em concessões anteriores à Lei 8.630 (chamada de "Lei dos Portos", de 1993), e R$ 12 bilhões em terminais de granéis sólidos e líquidos, como soja e petróleo.

O principal mote do governo é, de acordo com uma fonte, tornar o modelo portuário do País mais amigável para receber uma forte expansão dos investimentos. Esses gastos são necessários para modernizar e ampliar os terminais existentes hoje.

Diagnóstico. Para o governo, a situação do setor é heterogênea: há portos modernos, e capazes de, com um ritmo adequado de manutenção e ampliação, fazer frente ao incremento do comércio exterior; e terminais ultrapassados, que não estão integrados à outras malhas de transporte. Mas, mesmo entre os portos mais modernos, como o de Santos (SP), o governo entende que a gestão precisa ser dinamizada.

Um caso sempre citado pelos técnicos do governo em reuniões com especialistas, empresários e técnicos é a obra de dragagem de aprofundamento, tocada pela Companhia Docas de São Paulo (Codesp), para que todo o canal de Santos tenha 15 metros de profundidade, e não mais de 12 a 14 metros.

A obra, exigida pela Secretaria dos Portos e iniciada pela Codesp em fevereiro de 2010, ainda não foi homologada pela Marinha, que conduz a medição oceânica submersa. O mesmo problema atinge outros terminais dentro do programa nacional de dragagem: as obras saíram, mas não há aval técnico dos militares. "Os diversos atores estatais precisam de um esquema mais ágil, e isso será alcançado com estruturas mais enxutas e centralizadas", diz uma fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidenta Dilma Rousseff destacou nesta quinta-feira (13) que o lançamento do Plano Brasil Medalhas 2016 ganhou amplitude porque era necessária uma cerimônia de celebração das medalhas ganhas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres. “Conquista, a gente tem sempre que celebrar”, disse, ressaltando que os atletas brasileiros têm condições ganhar mais medalhas nos próximos Jogos, a serem disputados no Rio de Janeiro.

Além do esforço oficial, do patrocínio das empresas estatais e da excelência dos atletas e técnicos, ela disse que “seria de suma importância que esse esforço fosse acompanhado também pela inciativa privada”. Existe consciência, do lado do governo, de que “o Brasil é capaz de se transformar em uma potência olímpica”, e para tanto vamos capacitar 22 centros de treinamento em boas condições pelo país, uma vez que o desempenho do atleta depende também do apoio direto e do suporte de infraestrutura, disse.

##RECOMENDA##

As declarações foram feitas durante o lançamento do plano, que pretende colocar o país entre as dez maiores potências olímpicas nos Jogos de 2016 e entre os cinco melhores nas Paralimpíadas. Condição que não será nada fácil de ser alcançada, de acordo com o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons.

Embora otimista com o potencial atlético do país, ele lembrou que nossa equipe terminou em sétimo lugar nas Paralimpíadas de Londres, dois postos melhor que há quatro anos, em Pequim. Ele destacou que vai ser difícil e complicado ganhar mais duas posições no ranking das paralimpíadas, pois “na nossa frente só tem cachorro grande”, disse, referindo-se à Austrália, Ucrânia e aos Estados Unidos - países classificados imediatamente à frente do Brasil. Acredita, porém, que com o plano lançado hoje, no Palácio do Planalto, “podemos sonhar com o quinto lugar”.

Em seu pronunciamento, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, enalteceu a disciplina, dedicação e entrega com que os atletas olímpicos e paralímpicos representaram o Brasil e “nos encheram de orgulho”. Mas o país quer firmar uma imagem esportiva ainda mais forte nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, e para tanto criou o plano hoje anunciado para ajudar a preparar o esporte de alto rendimento.

O Plano Brasil Medalhas 2016 terá R$ 1 bilhão a mais de investimentos públicos, dos quais dois terços sairão do Orçamento Geral da União (OGU) e um terço de investimentos das empresas estatais. São recursos novos, adicionais ao orçamento usual do Ministério do Esporte e a fontes de financiamento com a Lei Agnelo/Piva e a Lei de Incentivo ao Esporte, com valor total de R$ 1,5 bilhão.

De acordo com Aldo Rebelo, o Ministério do Esporte vai priorizar os investimentos nas modalidades com mais chance de medalhas. Foram escolhidas 21 modalidades olímpicas (atletismo, basquetebol, boxe, ciclismo, natação, judô e outras) e 15 paraolímpicas (atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, natação, remo e outras). A estratégia, segundo ele, é perseguir o “crescimento intensivo e extensivo no desempenho esportivo”, com mais medalhas nas provas já ganhas por atletas brasileiros, e chegar ao pódio em esportes que ainda não vencemos.

O ministro revelou, ainda, que também serão pagas Bolsa Atleta (R$ 20 mil) para a compra de equipamento e material esportivo, além de apoio a treinamento no Brasil e no exterior, bem como para a participação em competições. Também estão previstas bolsas mensais de R$ 15 mil para atletas medalhistas, de R$ 10 mil para técnicos e de R$ 5 mil para fisioterapeutas, psicólogos e demais profissionais da equipe multidisciplinar.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando