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Na manhã desta terça-feira (17), movimentos populares como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo uniram-se para protestar a favor do ex-presidente Lula (PT) e "denunciar os dois anos do golpe". O ato ocorreu em frente à sede da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, em Salvador.

De acordo com a Frente Brasil Popular, que organizou juntamente com a Frente Povo Sem Medo, o protesto é em defesa da democracia, referindo-se ao governo Temer, ao Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela liberdade de Lula.

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“A Rede Globo teve papel muito importante na articulação desse golpe, na manipulação da informação, e estamos nas ruas para denunciar que a Globo é golpista e não representa o povo brasileiro”, conforme divulgado no texto da Frente Brasil Popular, em sua conta no Facebook.

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Nesta sexta-feira (12), o presidente Michel Temer (PMDB) completa um ano à frente do comando do país. Certamente, a data será repercutida e marcada pela exposição de opiniões contra e a favor da gestão peemedebista. O coordenador da Frente Povo Sem Medo, Kleber Santos, em entrevista concedida ao LeiaJá, foi um dos líderes de movimentos sociais que falou sobre tema. Ele foi enfático ao criticar Temer. “É um governo de muito fracasso. O povo almeja dias melhores”, disparou. 

Kleber declarou que Temer assumiu o país afirmando que iria acabar com o desemprego, o que não aconteceu. “É um governo golpista que dizia que ia combater a corrupção, mas em poucos meses vários ministros caíram sob a acusação de corrupção. Assumiram dizendo que iriam acabar com o desemprego, que ia desenvolver o país e que iríamos crescer economicamente e hoje a nossa situação é que são mais de 14 milhões de desempregados no nosso país e a economia não dá sinal de recuperação”, lamentou. 

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Ele também comentou as reformas propostas ressaltando a da previdência e a trabalhista. Para ele, “essas pautas de retiradas de direitos dos trabalhadores e do povo pobre” é o símbolo do seu governo. “Primeiro foi a PEC que congela os gastos públicos em áreas sociais como saúde e educação por 20 anos. Nenhum país tomou essa medida. E, depois, a reforma trabalhista que é literalmente voltar à época da escravidão, que é para sacrificar o povo, que é para o povo morrer trabalhando e não se aposentar. É um governo de muitas falácias e de muitas promessas, mas que na verdade é para enganar o povo”. 

Sobre o possível vídeo que o presidente irá divulgar nesta sexta (12) para falar sobre feitos de sua gestão e mais uma vez defender as reformas, Kleber Santos pontuou que será mais “um vídeo com mentiras para o povo brasileiro”. 

“Ele vai tentar justificar as retiradas dos direitos. Mais um pronunciamento de mentiras. Qual o argumento dele para fazer essas reformas? Que é para modernizar o país? Que é para melhorar a relação entre patrões e empregados? Na realidade, ele quer que os acordos se sobreponham à Lei e isso não existe. O poder maior é dos patrões, quem tem dinheiro. Infelizmente, existem alguns sindicatos que estão enfraquecidos nessa questão. Mais um vídeo para enganar o povo brasileiro a querer que acredite nisso, que na verdade é a piora das condições de vida”, explanou. 

Mais greves

O coordenador avisou que os movimentos contra Temer e o povo que não aprova sua gestão irão lutar enquanto o governo “insistir” na pauta das reformas. E avisou que a população continuará se manifestando. “Com certeza, vamos estar nas ruas fazendo mais greves e mais mobilizações. O último dia 28 foi um grande ato apesar de tentativa de boicote, apesar do governo tentar se fazer de cego e descaracterizar, tivemos a maior greve geral do país desde 1917. O povo está sentindo que o sapato está apertando no seu pé”. 

Kleber acredita que Michel Temer pode ainda perder o mandato se continuar tomando as medidas atuais. “A pressão popular vai cada vez mais aumentar. O povo está sentindo. Com essas medidas, ele vai ficando fragilizado. Não vai conseguir concluir o seu mandato porque o povo vai tomar as ruas e exigir que não ataque mais os seus direitos”, concluiu. 

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Na noite desta sexta-feira (2), dois dias após o protesto realizado na Avenida Agamenon Magalhães, integrantes da Frente Povo Sem Medo, da União dos Estudantes Secundarista de Pernambuco (UESPE) e outros movimentos contra o Governo Temer, se concentraram no Parque 13 de Maio, no centro do Recife, a partir das 16h. Por volta das 18h, os manifestantes saíram em passeata até a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), localizada na Avenida Cruz Cabugá. 

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Segundo um dos integrantes e organizadores do ato de hoje, Jonis Manoel, o local foi escolhido por representar os empresários e patrões. “Eles enriquecem a custa do povo trabalhador e, nós, pernambucanos honramos o nosso estado. Nós, que somos do povo, sairemos às ruas. Denunciaremos e lutaremos pela democracia, salário justo e pelo direito de férias. Nós somos contra o golpe que Temer deu junto com o filhinho de papai Mendoncinha”, disse.

“Esses golpistas que se instalaram tem sangue em suas mãos. Querem privatizar a educação, saúde e o transporte. Eles são os responsáveis pelo golpe contra a classe trabalhadora e, nós, vamos dizer hoje não, amanhã não, e depois de amanhã não novamente até Temer cair. Até a construção do poder popular. Estaremos na luta dos negros, das negras, do povo LGBT, dos desempregados, dos sem-teto. Queremos um país justo com igualdade de oportunidade e não conseguiremos isso sem luta”, acrescentou Jonis. 

Mais protestos

A estudante Milena da Silva, também integrante do Povo Sem Medo, disse que o ato sequente ao da última quarta (31) visa não perder tempo.  “Não podemos dar espaço para que eles ganhem cada vez mais poder. A ideia é de que seja um atrás do outro. Semana que vem já iremos realizar outro e assim por diante. Não iremos parar até que esse presidente saia”, contou. 

Para ela, o governo que se consolidou no poder tem um pacote de medidas que irão atacar a classe trabalhadora. “São cortes previstos na saúde, na educação, na cultura, no transporte. Ele também tem um projeto de reforma na previdência que visa aumentar o tempo para a aposentadoria e também um projeto de lei, que eles chamam de flexibilização das leis trabalhistas, mas, na verdade são as retiradas dos direitos do trabalhador como férias e décimo terceiro”.

“Então, a perspectiva do Povo Sem Medo é continuar nas ruas até que o Governo Temer saia e até que barremos todas as políticas que são contra a população trabalhadora. Vamos continuar nas ruas fazendo trancamento das principais avenidas da cidade e, a cada ato, iremos trancar por mais dez minutos até o Governo Temer cair”, avisou Milene da Silva. 

 

A reta final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no Senado, prevista para a próxima semana, traz os movimentos contra e a favor da destituição do mandato da petista de volta às ruas neste fim de semana. Grupos das duas frentes têm atos agendados para o domingo (31) em diversas capitais do país. 

No Recife, a primeira mobilização é a do Vem Pra Rua, com a concentração marcada para as 10h, na avenida Boa Viagem, no bairro homônimo, na zona sul. O movimento tem pregado que a manifestação nacional terá como foco a defesa da Operação Lava Jato, mas o primeiro item da pauta de reivindicações é “exigir o impeachment definitivo de Dilma Rousseff, cuja votação no Senado está marcada para agosto”. 

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“Não somos mais um termômetro para o impeachment de Dilma, afinal ele já é dado como certo no Senado, mas vamos às ruas com o apoio irrestrito a ele, claro”, explicou uma das porta-vozes do Vem Pra Rua na capital pernambucana, Maria Dulce.

Em contraponto às bandeiras que serão erguidas pela manhã, a Frente Povo Sem Medo – que reúne partidos políticos, como o PSOL, e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) – vai realizar um ato defendendo o retorno de Dilma Rousseff à Presidência, contra os “retrocessos” do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e a favor da realização do plebiscito para que a população decida se quer novas eleições ou que a petista conclua o mandato até 2018.  

“Vamos reafirmar o nosso compromisso com esta luta e reafirmar que a saída para a crise é nas ruas. Um conjunto da sociedade via o impeachment como uma solução para crise, mas hoje já reconhece que o governo Temer não dá respostas a esta questão. Defendemos os direitos, a democracia de fato e somos contra o golpe. Que o povo decida o melhor para o país”, salientou o membro da Frente Povo Sem Medo em Pernambuco, Rud Rafael.  

Segundo ele, o ato não quer promover “nenhum clima de rivalidade ao ato que vai acontecer em Boa Viagem, mas explicitar que existem os dois lados”. A manifestação será às 15h, com concentração na Praça do Derby, área central do Recife. 

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Vestidas predominantemente de vermelho, dezenas de pessoas se concentram na Praça do Derby, área central do Recife, para uma manifestação contra o processo de impeachment, a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e em defesa da democracia. O ato faz parte de uma mobilização unificada das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo que acontece em todo o país quase um mês após a presidente Dilma Rousseff (PT) ser afastada do exercício do mandato. 

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De acordo com o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras (PT), a expectativa é de a passeata ganhe as ruas por volta das 17h. Os militantes vão seguir pelas Avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto. 

"Estamos hoje nas ruas realizando mais um dia de mobilização nacional. Só estamos no início da luta, não vamos deixar este governo golpista passar. Vamos continuar pressionando e esperamos sim reverter este processo", salientou o dirigente.

Além da CUT, o Movimento Sem Terra (MST), a UNE, o bloco carnavalesco Eu Acho É Pouco, o Levante Popular e outros movimentos participam do ato. Entre os partidos, membros do PT, PSOL, PCdoB e PDT também estão entre os presentes. 

Vice-presidente do PT no estado, a deputada Teresa Leitão, destacou que acredita na volta da presidente e o ato de hoje deve mostrar para a população o sentimento de "golpismo" que se instalou no país. "Acho que sim. Ela pode voltar ao governo. Esses dias mostraram que a máscara do governo golpista caiu. Só um governo como este poderia mexer na máquina pública como ele fez", cravou. 

Caravana da Democracia 

Após o ato desta sexta, uma caravana pretende percorrer em 12 dias 11 municípios. Petrolina, Salgueiro, Ouricuri, Serra Talhada, Petrolândia, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Surubim e Palmares vão receber atos organizados pelas Frentes. A intenção com a caravana  é de instalar cerca de 500 unidades das Frentes e denunciar o golpe em todo os estado. As mobilizações iniciam no próximo dia 27, com a presença do ex-presidente Lula em Petrolina, no Sertão.

Às vésperas da votação que definirá se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) será instaurado ou não, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras (PT), afirmou que os movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo não pretendem dar trégua a um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

"Apenas com as paralisações e greves gerais vamos conseguir barrar o golpe. Um governo golpista não terá trégua. Vamos fazer mobilizações, paralisações e uma pressão geral diante de uma gestão que quer retroceder diante dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais”, argumentou o dirigente em conversa com o Portal LeiaJá.  “Por cima e com canetadas não vai resolver, tem muita gente corrupta”, acrescentou.

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De acordo com ele, um retrato disso foi visto durante a manhã de hoje, quando membros da CUT-PE, do Levante Popular da Juventude e do Movimento Sem Terra (MST), além de outras entidades, fecharam pontos na BR-101, em Goiana e em Jaboatão; na BR-232, na altura de Pesqueira e em Caruaru. 

Para finalizar o Dia Nacional de Mobilização contra o impeachment de Dilma, os grupos realizam um ato na Praça do Derby, área central do Recife, às 16h. No local, está montado o Acampamento Popular da Democracia desde o último dia 25. 

“Vamos reunir os trabalhadores da Compesa, da Chesf, dos bancos, das escolas, do Metrô e os movimentos. Todos eles fizeram uma paralisação durante o dia de hoje. Fomos às ruas para mostrar que não vamos permitir governo eleito a partir de um golpe”, observou Veras. Segundo o presidente da CUT, a previsão inicial é de que o ato se concentre apenas na Praça do Derby, já que o evento também marcará o encerramento das atividades no local. Os acampados devem desmontar as tendas fixadas na Praça ainda nesta terça.

Membros de movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo inauguram, na tarde desta segunda-feira (25), um novo “Acampamento Popular pela Democracia”. Contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em tramitação no Senado, os militantes vão ficar acampados na Praça do Derby, área central do Recife, sem data para deixar o local. 

De acordo com a organização cerca de 10 comitês pela democracia, entre eles de LGBT, juventude e igrejas, se uniram a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), ao Movimento Sem Terra (MST) e a partidos como o PT, PSOL e PCdoB para participar do acampamento. Atividades político-culturais, manifestos e shows fazem parte da programação desta semana. A expectativa inicial é de quem 700 pessoas acampadas na praça.

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Durante a abertura, marcada para iniciar às 16h, vai acontecer uma Assembleia Popular pela Democracia e a homenagem aos parlamentares que votaram contra a admissão do impeachment na Câmara dos Deputados. 

Nesta terça-feira (26) vai ocorrer o lançamento da Brigada de Agitação e Propaganda Dom Helder Câmara, um coletivo social que deve promover atividades com a juventude. Já na quarta (27), na programação está prevista a realização de uma Assembleia Popular das Mulheres pela Democracia com foco da discussão pautada pelo “caráter machista do golpe”. 

No dia 28, o grupo acampado no Derby se junta às centrais sindicais, a partir das 9h, para uma marcha até a sede da Federação das Indústrias de Pernambuco, na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro. Eles vão protestar contra o que chamaram de “patronato golpista”. Já à noite, farão uma homenagem aos 20 anos do massacre de El Dourado dos Carajás. Na próxima sexta-feira (29), vai acontecer um debate sobre o direito a comunicação, informação e mídia, seguido de apresentações do Som na Rural.  

Encerrando a programação da semana, no sábado (30) os movimentos vão para Olinda onde participam, a partir das 16h, do Carnaval pela Democracia, na Praça do Carmo, e às 19h um ato cultural, intitulado de “Esquenta para o 1º de maio”, faz parte do cronograma de atividades na Praça do Derby. 

No domingo (1º), Dia do Trabalhador, o grupo se une a centrais sindicais e outras representantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para a caminhada do “Dia de Luta da Classe Trabalhadora pela Democracia e Contra o Golpe”. A concentração do ato inicia às 9h e os militantes saem da Praça do Derby e seguem em direção ao Marco Zero, onde comemoram os 30 anos da Festa das Lavadeiras no Recife. 

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