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Armado, o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) reagiu a uma declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recomendou que os sindicatos fosse até as residências dos parlamentares "incomodar a tranquilidade" dos políticos para pressioná-los por demandas sindicais. 

No que parece ser o seu gabinete na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Feitosa disse que Lula estava "ficando doido em mandar as pessoas incomodar, ir na casa dos deputados falar com a mulher dele e com os filhos".

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Com a mão na arma que estava na sua cintura, o deputado disse que Lula poderia mandar 50 ou 100 "que a gente vai saber receber essas pessoas que vão me incomodar, minha família e meus filhos. Manda, lá. Serão bem recebidos visse, Lula", disse Alberto Feitosa. 

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Entenda

Na última segunda-feira (4), em evento com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o petista defendeu que os sindicalistas mapeiem o endereço dos parlamentares e se dirijam a essas residências para "incomodar a tranquilidade" dos políticos, pressionando-os com as demandas sindicais.

"Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas até a casa dele, não é para xingar, mas para conversar com ele, conversar com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito", afirmou Lula.

Essa fala gerou reação de vários opositores, principalmente os bolsonaristas, como foi o caso do deputado federal Junio Amaral (PL-MG), que divulgou um vídeo no mesmo estilo do deputado Coronel Alberto Feitosa e, armado, afirmou que aguardava a "turma do ex-presidente. 

Por conta dessa reação, o PT entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra Junio Amaral. O partido afirma que a reação do parlamentar foi "desproporcional, autoritária, odiosa, totalmente incompatível com o que se espera de um deputado federal".

Lula se defende

Na manhã desta quinta-feira (7), em entrevista à rádio Jangadeiro, de Fortaleza, o ex-presidente tentou explicar o estímulo dado aos sindicalistas e assegurou que sugeriu que a população pudesse conversar com os parlamentares de forma civilizada. 

"Eu disse que, ao invés de gastar fortuna indo para Brasília fazer protesto, porque quando a gente está dentro do Congresso a gente não vê o protesto, todo deputado e senador mora numa cidade. Não custa nada o povo que está reivindicando ir conversar na porta da casa dele de forma civilizada", destacou.

Ele complementa que os congressistas deveriam agradecê-lo. "Ao invés de um deputado me agradecer, esses deputados que falam que andam com o povo de braços abertos, dizem que abraçam o povo, porque depois de eleito o povo passa a ser tido como estorvo". 

Para Lula, não custa nada o cidadão ir à casa do político bater palma e conseguir conversar de forma civilizada. Confira a gravação a partir dos 23 minutos e 40 segundos. 

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Nesta quinta (28), quando se é celebrado o Dia do Servidor Público, servidores de diversas áreas se concentraram em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), para um ato contra a reforma administrativa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. Convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais de Pernambuco, a mobilização teve como objetivo chamar atenção da população e de parlamentares para a defesa dos direitos desses profissionais. 

Com faixas e cartazes, os servidores reuniram-se em frente da Alepe por volta das 9h desta quinta (28) em uma mobilização que acontece a nível nacional. A aposentada da área da educação e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de PE, com mais de três décadas de serviço público, Ivete Caetano, falou sobre a importância do ato. “Hoje é o Dia do Servidor e da Servidora Pública que colocam todo seu fazer profissional à serviço da população, à serviço das políticas públicas, às serviço de todas as políticas sociais que são direito da população. Esse direito tá sofrendo um ataque como nunca sofreu na nossa história. Um ataque aos direitos fundamentais, aos direitos humanos nesse momento, principalmente da saúde e da educação”. 

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A presidente disse também que “a luta em defesa do serviço público” tem sido constante e que em 31 anos de atuação viu diferentes governos praticarem ataques aos direitos previstos na Constituição de 1988. “A gente vê como uma coisa muito permanente que a luta pela defesa das políticas públicas e sociais não acaba, é permanente. Em alguns governos, como nos governos Lula, a gente respirou porque teve mais avanços que a constituição de 88 já havia consolidado. Mas os governos que se sucederam foram governos de retirada de direitos, de sucateamento, de estado mínimo de privatização. Nós estamos à disposição da sociedade para garantir esse bem maior à sociedade que são os direitos sociais”. 

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Também presente no ato, o presidente da CUT, Paulo Rocha, afirmou que a reforma da PEC 32 atinge não só aos servidores, mas também, à população. “Pode todo o serviço público ser repassado para a iniciativa privada com fins lucrativos. A iniciativa privada não vai fazer pra não ter lucro. Então vai ter escola lá no interior, hospital lá longe sem perspectiva de lucro? Isso prejudica a população”. 

Para Rocha, o objetivo da reforma seria “acabar com o serviço público” e “retroagir ao que era antes da Constituição de 1988”. Ele falou, ainda, sobre a estabilidade dos servidores, ameaçada pela proposta. “O servidor público precisa de estabilidade para garantir que o serviço continue, independente de quem for. Retirar a estabilidade é impedir que o servidor público faça as coisas como tem que ser feita. (Veja) o exemplo do delegado que denunciou a venda ilegal de material, o exemplo do fiscal que autuou Bolsonaro quando era candidato porque tava pescando em local proibido. Eles querem retirar a estabilidade para permitir que determinados políticos e pessoas de poder econômico façam e desfaçam do Brasil, independente do povo”. 

Participam do ato no Recife profissionais da administração, educação, assistência social e metalúrgicos. Eles fizeram uma breve caminhada até à Rua da Aurora como parte da mobilização que acontece a nível estadual e nacional articulada com os sindicatos em Brasília, que fazem pressão no Congresso nesta quinta (28). 

A reforma, proposta pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido), já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) e agora precisa ser aprovada em dois turnos no plenário, com três quintos dos votos. Em caso de aprovação, ainda será necessário passar pelo Senado Federal. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete colocar a PEC 32 em votação no plenário da Casa até novembro. 

*Com informações de Vitória Silva

No Recife, as manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram encerradas por volta das 12h40, na Praça do Carmo, localizada na área central do Recife. Pela primeira vez neste ano, participaram juntos no ato os partidos PSOL, PT, PCdoB, PDT e PSB.

Este é o sexto protesto da campanha "Fora Bolsonaro", que acontece no país desde o dia 29 de maio. Segundo os organizadores, a manifestação nacional contra o atual presidente da República reúne 21 partidos políticos, além da sociedade civil, movimentos populares, ativistas e artistas.

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O presidente nacional da Central única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, reforçou a convocação de todos os brasileiros e brasileiras para os protestos, que ainda acontecem em várias cidades do país, contra o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que a tarefa mais importante é por fim ao governo do genocida.

“Cada dia que Bolsonaro permanece no governo é mais miséria, mais desemprego e mais morte. E não há tarefa mais importante para nós trabalhadores do que por fim a esse governo genocida e que extermina o futuro e os sonhos da classe trabalhadora brasileira”, pontua Nobre.

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Contra o desmonte dos serviços públicos federais, estaduais e municipais centrais sindicais de Pernambuco farão uma manifestação contra a Reforma Administrativa proposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Na terça-feira (14), será promovido um Dia Nacional de Luta, que acontecerá em frente das assembleias legislativas de cada um dos estados do Brasil. No Recife, a mobilização deve reunir centrais sindicais, servidores federais, estaduais e municipais em frente a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com concentração marcada para às 9h.

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Para Paulo Rocha, presidente da CUT Pernambuco, o que está acontecendo "é um verdadeiro desmonte, uma vez que retira direitos dos servidores públicos, privatizar os serviços  prestados à população e ainda abre uma porta para a corrupção PEC 32"

Segundo ele, a reforma administrativa é um "verdadeiro desmonte, uma vez que retira direitos dos servidores públicos, privatiza os serviços prestados à população e ainda abre uma porta para a corrupção. Contra a reforma, o site Na Pressão disponibiliza canais de comunicação com deputados e senadores que atuam contra a PEC. 

 Esta quarta-feira (18) será um dia de mobilização nacional dos servidores públicos municipais, estaduais e federais contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa e em defesa dos empregos. 

Na capital pernambucana, a concentração será no Parque 13 de maio, às 15h, com caminhada pela Rua do Hospício até os Correios, na área central da cidade. Também haverá ato às 15h em frente à Faculdade de direito do Recife.

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirma que, se aprovada, a reforma Administrativa "destruirá os serviços públicos, afetando todos os brasileiros que já lutam pela sobrevivência e sofrem todos os tipos de ataques do governo de Jair Bolsonaro (sem partido)".

A luta contra a reforma é a principal pauta das manifestações da quarta-feira, mas a mobilização também irá reivindicar contra o desemprego, pelo auxílio emergencial de R$ 600, por vacinação para todos, contra as privatizações e o empobrecimento da população.

"Vamos mostrar que a CUT, o movimento sindical, apesar da pandemia e com todos os cuidados sanitários, começa a colocar sua pauta trabalhista no centro do debate para o país emergir desta crise sem precedentes criada por esse governo. Nossa luta contra tudo isso só está começando neste dia 18, será longa e difícil, mas vamos vencer", pontua Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT. 

Segundo levantamento do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Crédito no Estado de Pernambuco, até esta segunda-feira (8), 219 bancários testaram positivo para o Covid-19 no Estado, outros 147 casos estão sendo mantidos como suspeitos para o novo coronavírus. Só a Caixa Econômica Federal é responsável por maior parte desses números, sendo 60 de seus bancários confirmados e outros 60 ainda na espera dos resultados do Covid-19.

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Isso pode ser um reflexo da situação que os bancários da Caixa estão enfrentando diariamente desde o início do pagamento da primeira parcela do Auxílio Emergencial no dia 9 de abril. Com poucas informações, aplicativo disponibilizado pela estatal apresentando falhas e o desespero das pessoas que se viam sem renda, o que boa parte desses beneficiários acreditaram é que só na agência conseguiriam tirar dúvidas e sacar o dinheiro. 

Foram milhões de pessoas enfrentando filas e aumentando a demanda de quem trabalhava 6h ou 8h por dia e que foi obrigada a se “adequar” e passar a trabalhar até 14h por dia (segundo tem constatado o sindicato) - nesse caso os que atuam na CAIXA de todo o Brasil. Tamanha situação enfrentada pelos bancários só fez aumentar as dificuldades de quem trabalha na estatal e de quem precisa dos recursos disponibilizados. Nesses últimos dois meses, de acordo com a CAIXA, mais de 107 milhões de brasileiros pediram o auxílio.

Com familiares idosos em casa e com doenças que podem agravar a situação do Covid-19, os bancários temem a contaminação. O estresse por conta da carga de trabalho e o cotidiano na empresa também são as questões mais apontadas pelo sindicato dos bancários que recebe - em muitos casos - as informações anonimamente, já que esses bancários também temem pela sua estabilidade na empresa.

Saque da 2ª parcela só foi permitido a partir do dia 30 de maio. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

O LeiaJá entrou em contato com alguns bancários para saber mais detalhes sobre a situação vivida diariamente nas agências nesse momento de pandemia. No entanto, segundo apontado por uma dessas fontes, a Caixa proibiu que os seus funcionários falassem qualquer coisa relacionada a estatal e que toda a comunicação deveria ser feita com o setor específico, que está subordinado a tratar dessas questões com os veículos de comunicação. 

Suzineide Rodrigues, presidente licenciada do Sindicato dos Bancários em Pernambuco, aponta que a Caixa só está liberando os seus funcionários com exames clínicos. O exame através da telemedicina e testes para os bancários, sem custo para tais, só foram possibilitados depois que o Comando Nacional dos Bancários, em reunião com a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban), realizada no dia 12 de maio, conquistou o compromisso de que os bancos do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa iriam se responsabilizar por isso. 

Os testes de Covid-19 nos bancários só são realizados se, após o atendimento via telemedicina, a avaliação médica indique a necessidade. Do contrário, mesmo com alguns sintomas, a confirmação não é realizada por meio do exame. “Os testes podem dar segurança para toda a equipe, porém os bancários não devem descuidar das medidas de distanciamento e sanitárias”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Não há registro de mortes de bancários devido ao Covid-19 em PE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens 

Mesmo diante desse compromisso, Suzineide reforça que "a CAIXA está orientando através da telemedicina que se a pessoa tiver sintomas leves, pode continuar trabalhando. Você não pode trabalhar com sintomas leves e continuar o contato com as pessoas porque vai estar colocando em risco a própria vida, da família e das outras pessoas. Nós defendemos que todos os profissionais precisam ter as condições de vigilância para que possam desempenhar bem as suas atividades e não adoecerem", ressalta a presidente licenciada Suzineide.

O bancário Raul Campêlo, 41 anos, atua na linha de frente do atendimento ao público como caixa e no dia 8 de maio, quatro dias depois de voltar de férias, onde estava isolado com a família, foi diagnosticado com o novo coronavírus. Ele aponta que a categoria tem convivido diariamente com o medo e com o receio do que pode acontecer de pior. "Mas mesmo assim, consciente dessa missão que nós têmos, que é fazer chegar os recursos nas mãos de quem mais precisa, nós temos caminhado em frente. Mas eu sou a prova viva que um bancário adoecido não consegue cumprir com a sua missão", revela.

Raul aponta ainda que a categoria precisa ser protegida para que consiga continuar cumprindo o seu papel e os recursos liberados pelo governo federal continuem chegando nas mãos dessas pessoas que tanto precisam e estão em meio às incertezas propiciadas pela pandemia desde março deste ano. 

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"Todos os bancários estão desempenhando um papel de risco nas suas vidas, mas continuam porque sabem a importância de atender bem aqueles que estão desempregados e precisam do Auxílio Emergencial para ter, minimamente, as suas condições de vida", avalia Suzineide.

A Fenaban afirma que alguns bancos estão utilizando os mesmos procedimentos de sanitização de hospitais e outros serviços que precisam manter o funcionamento simultaneamente aos procedimentos de desinfecção do ambiente. 

A Contraf-CUT assevera que "o banco tem que aplicar o protocolo, que é encaminhar os trabalhadores para o médico, fazer o teste e afastar quem precisa ser afastado. Em caso de dúvida, afasta. Em caso de sanitização preventiva, o bancário precisa ser informado para não gerar apreensão entre os trabalhadores”.

Desenvolvimento de doenças psicológicas é uma característica da categoria

Por estarmos diante de uma situação pandêmica recente, ainda não existem dados oficiais de como essa situação está atingindo as questões psicológicas do bancários, categoria que tem como característica o desenvolvimento de doenças psicológicas. Para se ter noção, uma última pesquisa divulgada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostra que o total de bancários afastados por doença cresceu 30% entre 2009 e 2017. 

Pelo menos metade desses casos foram decorrentes de transtornos mentais e comportamentais, que cresceram 61,5% no período. As informações são baseadas nos dados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Suzineide Rodrigues confirma que tem recebido relatos de bancários desenvolvendo ansiedade, depressão, tudo isso por conta do volume de trabalho. "Tem bancários que ligam chorando e preocupados com a saúde da família", pontua.

Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a CAIXA para saber o posicionamento da estatal sobre os casos apontados, no entanto, até a liberação da matéria a CAIXA não retornou nossas demandas

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Em reunião com a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o vice-presidente Hamilton Mourão recomendou que os sindicalistas procurem seus representantes no Congresso Nacional para participar dos debates sobre a reforma da Previdência. Mourão disse que, no encontro, realizado na manhã desta quinta-feira (7), procurou “desmistificar” pontos da reforma.

“Eu os alertei que eles têm que usar os representantes que eles elegeram no Congresso. Para que também apresentem as ideias que eles têm a respeito do assunto. Ao mesmo tempo, eu conversei com eles para desmistificar um pouco a questão da Previdência, de que quem tem direito não vai perder esse direito”, disse o vice-presidente.

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Na saída da reunião, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, se disse preocupado com o modelo de capitalização, estudado pelo governo no escopo da reforma.

Mourão afirmou que a geração de emprego também foi tema da reunião. “Eles vieram apresentar as demandas deles em relação ao emprego. A indústria teve uma queda tremenda na capacidade de empregar. Muita empresa fechou, outras botaram gente para fora. Então, eles vieram conversar a esse respeito”.

Ao ser questionado sobre receber a CUT, tradicional aliada do PT, partido opositor do governo, Mourão disse: “A democracia não é isso aí?”.

Na manhã desta terça-feira (17), movimentos populares como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo uniram-se para protestar a favor do ex-presidente Lula (PT) e "denunciar os dois anos do golpe". O ato ocorreu em frente à sede da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, em Salvador.

De acordo com a Frente Brasil Popular, que organizou juntamente com a Frente Povo Sem Medo, o protesto é em defesa da democracia, referindo-se ao governo Temer, ao Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela liberdade de Lula.

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“A Rede Globo teve papel muito importante na articulação desse golpe, na manipulação da informação, e estamos nas ruas para denunciar que a Globo é golpista e não representa o povo brasileiro”, conforme divulgado no texto da Frente Brasil Popular, em sua conta no Facebook.

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Todas as atenções estão voltadas para a votação do Senado Federal, que decide acerca da aprovação ou não do impeachment da presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (11). Ao todo, 68 parlamentares estão reunidos e se posicionam antes da votação, que está prevista para acontecer a partir das 22h. Na área externa da Câmara milhares de brasileiros se concentram à espera do resultado.

O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de Pernambuco, Carlos Veras relatou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que em Brasília, a mobilização está intensa e que a classe trabalhadora vai continuar a lutar. “A repressão está intensa. A polícia está utilizando gás lacrimogêneo. Além disso, os ataques contra a democracia estão sendo constantes, mas nenhuma dessas atitudes vai intimidar”, falou.

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Segundo Veras, caso o impeachment seja aprovado, as paralisações vão ser intensificadas, conforme a agenda nacional. “Todos os trabalhadores vão cessar as atividades, a indústria, o serviço público e o setor privado vão aderir às paralisações nacionais. No Brasil, vamos parar várias rodovias e em Pernambuco, organizaremos mobilizações do Litoral ao Sertão", previu.  

De acordo com a assessoria nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a expectativa é que a próxima Executiva e o Diretório Nacional aconteçam na próxima terça-feira (16) e quarta-feira (17), respectivamente. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa na tarde desta quarta-feira, 23, na Casa de Portugal, zona central da capital paulista, de um ato de sindicalistas em apoio a ele, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Há cerca de mil pessoas no local, principalmente ligadas à CUT e à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Há também integrantes da Força Sindical - que é rachada entre sindicalistas pró e contra o governo.

Lula chegou de carro, sem falar com a imprensa ou com militantes que tentavam se aproximar. No palco, ele ouviu a leitura de uma carta dos sindicalistas, que pedem por sua posse no Ministério da Casa Civil. A nomeação de Lula está suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a questão só deve ser decidida em plenário na semana que vem.

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"Manifestamos total solidariedade à presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita pela maioria do povo brasileiro, e ao companheiro e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e exigimos a imediata efetivação de sua pose como ministro-chefe da Casa Civil. Expressamos a convicção de que Lula, na condição de maior líder político e popular do País, merece e goza de plena confiança e solidariedade dos dirigentes e da classe trabalhadora brasileira e irá contribuir de forma decisiva para solucionar a crise política e institucional que perturba o Brasil", diz trecho da carta.

O documento também critica o que chama de tentativa de golpe contra o governo Dilma e chega a comparar o cenário atual com o suicídio de Getúlio Vargas em 1954 e com o golpe militar, com a deposição de João Goulart em 1964. "Somente a via democrática, sem subterfúgios ou à margem da Constituição, poderá criar as condições para a retomada do crescimento e a geração de empregos no País. O momento requer unidade e demanda repúdio a atitudes antidemocráticas", diz outro trecho da carta.

Moro

O ato também teve falas contra o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato. Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), chegou a chamar Moro de "agente do Estado Islâmico". "O Moro parece um agente do Estado Islâmico, nunca vi uma pessoa provocar tanto terror", afirmou Araújo.

Outras manifestações se posicionaram de forma contrária à condução coercitiva de Lula pela Lava Jato, autorizada por Moro. Os sindicalistas também criticaram a divulgação do áudio de grampos envolvendo Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Nas manifestações que antecedem a fala de Lula, sindicalistas também manifestaram apoio à posse dele na Casa Civil. Álvaro Egea, secretário geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), disse querer ver Lula no governo e afirmou que setores conservadores tentam "construir um Estado de exceção" para "retirar direitos dos trabalhadores". "Presidente Lula, queremos o senhor na Casa Civil, queremos o senhor no governo", afirmou.

As falas são de apoio à legitimidade do mandato de Dilma Rousseff, mas também com críticas à política econômica que os sindicalistas classificam de "neoliberal". "Nós temos que baixar os juros e injetar dinheiro na economia brasileira. Não vai ter golpe, vai ter luta", disse Luizinho, presidente da Nova Central de São Paulo.

"Nosso ato não significa apoio à política do governo Dilma, mas nesse momento não temos dúvidas, vamos pra rua organizar a classe trabalhadora e botar esses golpistas para correr", disse Edson Carneiro, o Índio da Intersindical.

Juruna, da Força Sindical, afirmou na sequência que "tomar tranco" pode ser positivo, para a unidade das centrais. A Força tem uma atuação rachada na batalha do impeachment. Ela é presidida por Paulinho da Força, que é aliado de Eduardo Cunha na Câmara e milita pelo impeachment de Dilma, mas tem lideranças pró-Lula e pró-governo. "Tomar um tranco também é muito bom porque leva à unidade de ação", disse Juruna.

Na onda da mobilização convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em todo o Brasil, a quarta-feira (15) promete ser muita manifestação no Recife. O Sindicato dos Urbanitários (Sindurb-PE) confirmaram, nesta terça, que trabalhadores da Compesa, Celpe e Chesf se concentração em frente às sedes das respectivas empresas, em protesto ao Projeto de Lei 4330 que regulamenta a terceirização no país. 

“Vamos parar o atendimento ao público, apenas com exceção aos serviços essenciais. Acreditamos numa adesão de 80% dos trabalhadores da Chesf, 70% na Compesa e um pouco menos na Celpe. Este projeto de lei desobriga as empresas a contratarem os profissionais e precariza a situação do trabalhador. Virão trabalhadores não só do Recife, como também da Região Metropolitana”, assegura o presidente do Sindurpe-PE, José Barbosa Filho.

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De acordo com o representante da categoria, o sindicato ganhou uma ação civil pública, depois de cinco anos, que obriga a Celpe a contratar quase 5 mil profissionais terceirizados. “Com a PL, a luta vai por água abaixo”, lembra Barbosa Filho. As concentrações estão previstas para as 8h, em frente à Chesf, no bairro de San Martin, passando pela Celpe e concluindo na Compesa, na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro. 

Contra os argumentos de modernização da indústria, os trabalhadores criticam a lei por estimular uma terceirização sem controle, com risco de acabar com os concursos públicos, categorias profissionais e, consequentemente, acabar com a atividade “fim” das empresas. O LeiaJá entrou em contato com as empresas envolvidas e, até o momento da publicação desta matéria, não havia recebido resposta ou posicionamento das mesmas em relação às manifestações. 

Servidores da Prefeitura também param

Às 14h, os servidores da Prefeitura do Recife também demonstram a insatisfação com a PL 4330 e vão às ruas protestar contra a terceirização regulamentada. Os trabalhadores participarão do movimento realizado pela CUT-PE, realizado na Avenida Cruz Cabugá, em frente à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco. Uma passeata seguirá até o Palácio do Campo das Princesas. 

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e vários movimentos sociais organizam manifestação contra aprovação do Projeto de Lei 4.330/04, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. As centrais sindicais farão, na próxima terça-feira (7), em Brasília, uma manifestação com a intenção de ocupar o Congresso Nacional para impedir a aprovação do Projeto. No Recife, o ato será no Parque 13 de Maio, em Santo Amaro, com concentração a partir das 15h.

De acordo com os movimentos, o PL, do empresário e ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), extirpa os direitos dos trabalhadores, piora as condições de trabalho, saúde e renda. As reivindicações também serão em defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores, da Petrobrás e das reformas política e agrária, da democratização da comunicação e do combate à corrupção. Atualmente, 12,7 milhões de trabalhadores (6,8%) do mercado de trabalho são terceirizados.

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A CUT elaborou o dossiê “Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha”, apresentando que os terceirizados ganham menos, trabalham mais e correm mais risco de sofrerem acidentes, inclusive fatais. Em dezembro de 2013, os trabalhadores terceirizados recebiam 24,7% a menos do que os que tinham contratos diretos com as empresas, tinham uma jornada semanal de três horas a mais e eram as maiores vítimas de acidentes de trabalho. Dos 10 maiores grupos de trabalhadores em condições análogas à de escravos resgatados entre 2010 e 2013, 90% eram terceirizados.

Conheça o PL 4,303/04 na íntegra no site da Câmara dos Deputados

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realiza um movimento nacional, na próxima quarta-feira (28), para exigir, entre outras pautas, a revogação imediata das medidas provisórias (MPs) 664 e 665, editadas pela Presidência da República no fim de 2014. O Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos e Empregos ocorrerá em todas as capitais do País. No Recife, a CUT-PE confirmou uma manifestação a partir das 8h. 

Presidente da entidade, Carlos Veras afirmou que a CUT-PE, ao lado de diversas outras militâncias do Estado, guiará uma mobilização em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE), na Avenida Agamenom Magalhães, no bairro do Espinheiro. De acordo com o representante sindical, as MPs retiram direitos dos trabalhadores. 

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Entre as mudanças, uma das mais polêmicas é em relação ao seguro-desemprego. Antes, o trabalhador com seis meses de trabalho já tinha direito; com a medida provisória, para pedir pela primeira vez é necessário uma carência de 18 meses, 12 meses na segunda solicitação e seis meses a partir da terceira. 

“O Brasil não tem política de combate à rotatividade. A culpa é do empresariado, o trabalhador não é demitido porque quer. A MP foi feita sob a justificativa de precisar corrigir distorções e fraudes, mas está, na verdade, retirando direitos do trabalhador”, analisa Carlos Veras. Há alterações também nas pensões por morte, auxílio-doença, auxílio-pescador e abono salarial.

Somadas às reivindicações sobre as medidas provisórias 664 e 665, o movimento da próxima quarta-feira também integrará outras pautas, como a redução de financiamentos, carga-horária de trabalho e Reforma Política. “Estarão também presentes a CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), MST (Movimento Sem-Terra), a Fetape (Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco), movimentos estudantis, de moradia também. Este é o primeiro momento do ano”, classica Veras.

O presidente da CUT-PE lembrou que esta primeira manifestação é como uma preparação para um grande evento, a Marcha da Classe Trabalhadora, prevista para ser realizada no dia 26 de fevereiro, também em todas as capitais brasileiras. 

Um passeio ciclístico pelo centro da capital paulista, na manhã de hoje (28), fez parte da programação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para o Dia do Trabalhador, comemorado na próxima quarta-feira (1º). De acordo com a entidade, que este ano escolheu o tema Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade, mais do que lazer, a atividade quis chamar a atenção para os problemas de mobilidade urbana nos grandes centros urbanos e para o alto custo da tarifa de transporte público.

Em um percurso de oito quilômetros, com início e fim no Vale do Anhangabaú, cerca de 50 trabalhadores, segundo a Polícia Militar, pedalaram por ruas do centro da cidade, como Avenida São João e Elevado Costa e Silva (mais conhecido como Minhocão). Além dessa atividade, a CUT, que reúne cerca de 2 milhões de filiados no estado, planeja para o próximo dia 1º uma festa no Vale do Anhangabaú, que contará com celebração ecumênica, atos políticos e shows musicais. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), são esperadas 30 mil pessoas no evento.

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Assim como a CUT, outras centrais sindicais planejam atividades para celebrar o Dia do Trabalhador em São Paulo. Na Praça Campo de Bagatelle, no bairro Santana, zona norte, as organizações Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil, União Geral de Trabalhadores e Nova Central Sindical de Trabalhadores fazem um ato unificado. Sorteio de prêmios, shows e discursos de lideranças políticas fazem parte da programação, que começará às 9h. A CET estima um público de 300 mil pessoas.

Estão na pauta de reivindicação do ato unificado questões como a jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução de salários, a reforma agrária, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, a política de valorização dos aposentados e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Eles celebram, ainda, os 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A Central Sindical e Popular Conlutas e a Intersindical esperam reunir cerca de mil trabalhadores na Praça da Sé, no centro da capital. Na pauta do movimento, dois pontos foram destacados pela organização: a anulação da reforma da previdência social de 2003 e a luta contra a flexibilização dos direitos trabalhistas.

As empresas aéreas fecharam, nesta terça-feira (20), um acordo com os sindicatos ligados à Força Sindical que, na prática, reduz as chances de greve nos aeroportos durante o final do ano, e isola a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas negociações salariais. Ao mesmo tempo, o governo assegurou que não haverá caos aéreo e aposta que a greve não vai acontecer.

Até o início da noite de hoje, os sindicatos do município do Rio de Janeiro e do Estado do Amazonas, que representam empregados que trabalham em terra, firmaram um compromisso com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) aceitando a proposta patronal de reajuste de 6,17%, em linha com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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O sindicato de aeroviários de São Paulo ainda poderá votar a proposta hoje, mas desde o início descartava uma paralisação das atividades, segundo Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo, ligado à Força Sindical. A entidade representa cerca de 25 mil do total de 60 mil empregados de companhias aéreas do País, segundo Silva.

Também ficou acertado um aumento de 10% para o valor dos pisos salariais, vale-refeição e cesta básica. Por último, foi criado um piso específico para operadores de equipamentos de R$ 1.000. "Há um clima de diálogo. Não há o menor ambiente para greve em nível nacional nas empresas aéreas. Ainda mais por causa de uma diferença de reajuste tão pequena e às vésperas do Natal", disse Odilon Junqueira, negociador das empresas.

 

Aumento - Segundo Silva, as companhias devem aplicar o reajuste salarial a todos os funcionários do País, independentemente do sindicato a que estão filiados. A decisão enfraquece a CUT e pode sepultar a paralisação. "Isso dificulta fazer a greve, é um pouco decepcionante porque ainda tínhamos dois dias para negociar, mas não me surpreende vindo da Força Sindical", afirmou Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (tripulação).

Na segunda-feira, Fochesato e o Sindicato Nacional dos Aeroviários (pessoal de terra) notificaram o Tribunal Superior do Trabalho (TST) que os empregados de aéreas cruzariam os braços a partir das 23h da próxima quinta-feira. Eles queriam 7% de reajuste, que embute um aumento real de 0,83%. "Vamos submeter a proposta à assembleia. Por enquanto, a greve está mantida. Só depois da assembleia saberemos", disse a presidente do sindicato dos aeroviários, Selma Balbino.

Antes mesmo do acordo do Rio e Amazonas ser divulgado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, descartou a possibilidade de apagão aéreo no final do ano. Mesmo se houver greve, o passageiro não sofrerá transtornos, segundo a ministra. Ela disse confiar nas previsões do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que monitora a situação e mantém contato com as aéreas.

"Nós temos conversado com as empresas e acreditamos que elas estão com programas para atender as pessoas nos aeroportos", afirmou. "Acreditamos que não teremos problemas." Para a ministra, ainda há margem para avançar nas negociações entre trabalhadores e empresas aéreas. "Acreditamos que tudo vai se resolver bem." O Ministério Público do Trabalho informou que acompanha o caso e que poderá acionar o TST se for necessário.

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