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O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculado ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública, notificou o Facebook e o WhatsApp a prestarem esclarecimentos sobre a nova política de privacidade anunciada para o WhatsApp. A Senacon deu um prazo de 15 dias para resposta.

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O Facebook, empresa da qual o WhatsApp faz parte, deverá explicar, por exemplo, até onde o usuário poderá controlar a sua privacidade e até onde isso impactará na continuidade da utilização do aplicativo. A empresa também deverá responder sobre os impactos da nova política de privacidade em comparação com as versões anteriores, além de informar sobre aspectos do mesmo tratamento na Europa.

As mudanças nos termos de uso do WhatsApp, que são as regras do aplicativo, assustaram muitos usuários de um dos serviços de mensagens mais usados no país. O WhatsApp anunciou que dados pessoais dos usuários do aplicativo serão compartilhados com outras empresas do grupo Facebook, que adquiriu o programa em 2014.

Para continuar usando o aplicativo, o usuário será obrigado a aceitar as mudanças. Caso contrário, ele terá que escolher outro programa de troca de mensagens. O WhatsApp ainda vai permitir ao usuário apagar a conta caso não aceite os termos. Essa nova política entraria em vigor em 8 de fevereiro, mas foi adiada para maio.

 

Com o crescimento da importância e visibilidade da inteligência artificial (IA) estão aumentando também as preocupações com as consequências negativas da utilização dessas tecnologias. Diante dos riscos e efeitos prejudiciais, governos, pesquisadores, associações civis e até mesmo empresas vêm discutindo os cuidados e medidas necessários para mitigar esses resultados prejudiciais.

O arco de riscos e perigos é diverso. Para além do tema mais notório do futuro do trabalho, possíveis complicações vão da discriminação de determinados segmentos até a própria mudança da noção de humanidade e da prevalência desta sobre as máquinas, passando por ameaças à privacidade e danos na organização de mercados e abusos no emprego de armas.

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A inteligência artificial envolve processamento complexo que demanda uma grande quantidade de dados para sua eficácia. Por isso, o funcionamento adequado destes sistemas, e eventuais ganhos advindos, pressiona por uma coleta crescente de informações. Tais soluções podem amplificar a já forte preocupação com a proteção de dados pessoais.

Em agosto do ano passado, foi tornado público que o Google trabalhava em um projeto (Project Nightingale) pelo qual coletava dados de milhões de pacientes dos Estados Unidos por meio de acordos com empresas sem que essas pessoas soubessem. O Google é uma das empresas de ponta nesse campo, utilizando inteligência artificial em diversos produtos, do mecanismo de busca ao tradutor, entre outros.

O Facebook, outro conglomerado importante no emprego de aplicações com inteligência artificial, também vem historicamente aprofundando formas de coleta de informações de usuários. Em depoimento ao Congresso dos Estados Unidos em abril de 2018, o diretor-executivo, Mark Zuckerberg, admitiu que a empresa coleta dados inclusive de quem não é seu usuário.

Pesquisa do Pew Research Center divulgada em 2019 com cidadãos norte-americanos apontou que cerca de 80% dos ouvidos estavam preocupados com sua privacidade e sentiam-se sem controle de suas informações pessoais frente a empresas e aos governos. Já outro estudo, da Unysis, colocou o Brasil como sexto país em que os cidadãos estão mais receosos em relação ao acesso às suas informações online.

Essas preocupações vêm ensejando a aprovação de leis em diversos países, como o regulamento geral da União Europeia, cuja vigência iniciou em 2018, e a Lei Geral de Proteção de Dados ( lei brasileira Nº 13.709), que entrará em vigor em agosto deste ano. Mais de 100 países já possuem legislações deste tipo, um mapa global pode ser visto no levantamento da consultoria DLA Piper.

Discriminação

Uma vez que os sistemas de inteligência artificial vem ganhando espaço em análises e decisões diversas, essas opções passam a afetar diretamente as vidas das pessoas, inclusive discriminando determinados grupos em processos diversos, como em contratações de empregados, concessão de empréstimos, acesso a direitos e benefícios e policiamento. Uma das aplicações mais polêmicas são os mecanismos de reconhecimento facial, que podem determinar se uma pessoa pode receber um auxílio, fazer check in ou até mesmo ir para a cadeia.

Na China, uma ferramenta chamada SenseVideo passou a ser vendida no ano passado com funcionalidades de reconhecimento de faces e de objetos. Mas a iniciativa mais polêmica tem sido o uso de câmeras para monitorar atos e movimentações de cidadãos com o intuito de estabelecer notas sociais para cada pessoa, que podem ser usadas para finalidades diversas, inclusive diferenciar acesso a serviços ou até mesmo gerar sanções.

No Brasil, soluções deste tipo vêm sendo utilizadas tanto para empresas como o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) como para monitoramento de segurança por câmeras, como nos estados do Ceará, Bahia e Rio de Janeiro. Neste último, no segundo dia de funcionamento, uma mulher foi presa por engano, confundida com uma fugitiva.

Em fevereiro de 2018, dois pesquisadores do renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e da Universidade de Stanford, Joy Buolamwini e Timnit Gebru, testaram sistemas e constataram que as margens de erro eram bastante diferentes de acordo com a cor da pele: 0,8% no caso de homens brancos e de 20% a 34% no caso de mulheres negras. Estudo do governo dos Estados Unidos, publicado no ano passado, avaliou 189 ferramentas deste tipo, descobrindo que as taxas de falsos positivos eram entre 10 e 100 vezes maior para negros e asiáticos do que para brancos.

Os questionamentos levaram estados e cidades a banir a tecnologia, inclusive São Francisco, a sede das maiores corporações de tecnologia do mundo; e Cambridge, onde fica o Instituto de Tecnologia de Massachusetts. A Comissão Europeia anunciou, no início do ano, a possibilidade de banir o reconhecimento facial, tema que está em debate no bloco. No Brasil, ao contrário, há dois projetos de lei obrigando o reconhecimento facial em determinadas situações, como em presídios.

Projetos de inteligência artificial podem promover a discriminação também em políticas públicas. Na província de Saltas, na Argentina, a administração local lançou uma plataforma tecnológica de intervenção social em parceria com a Microsoft com o intuito de identificar meninas com potencial de gravidez precoce a partir da análise de dados pessoas, como nome e endereço.

“Além dos métodos estatísticos serem malfeitos, a iniciativa tem presunções sexistas, racistas e classistas sobre determinado bairro ou segmento da população. O trabalho é focado em meninas, somente, presumindo que os garotos não precisam aprender sobre direitos sexuais e reprodutivos. Temos que tomar cuidado para que segmentos já segregados não sejam mais discriminados sob uma máscara de opções neutras da tecnologia”, observa a diretora da organização Coding Rights e pesquisadora do Berkman Klein Center da Universidade de Harvard, Joana Varón, que elaborou um artigo sobre a experiência.

A analista de políticas para América Latina da organização internacional Eletronic Frontier Foundation, Veridiana Alimonti, ressalta questões a serem observadas nas decisões automatizadas. Os parâmetros dos modelos são construídos por um humano, que tem concepções e objetivos determinados. E seu emprego em larga escala traz riscos ao devido processo em decisões que afetam a vida das pessoas a partir de sistemas que muitas vezes não possuem transparência tanto no seu desenvolvimento quanto na sua aplicação.

“É preciso que haja resposta a medida em relação a esse tipo de decisão. É preciso ter dimensão do impacto que isso tem e salvaguardas de direitos que precisam ser protegidos, seja antes na escolha da ferramenta ou para ter pessoa específica que possa ter condição de revisão e que seja efetiva, e não que simplesmente se crie um processo em que essa reclamação leve a uma nova análise pelo sistema”, argumenta.

Concentração

A capacidade de influência a partir dessa gama variada de decisões é ainda maior quando um determinado agente possui poder de mercado. Na área de tecnologia, grandes conglomerados dominam seus nichos de mercado e lideram a adoção de inteligência artificial, como Microsoft, Amazon, Google, Apple e Facebook nos Estados Unidos; e Tencent e Alibaba na China.

O Google possui mais de 90% do mercado de buscas e mais de 70% do mercado de navegadores, bem como controla a maior plataforma audiovisual do mundo, o Youtube. O Facebook alcançou 2,5 bilhões de usuários e controla os três principais aplicativos do mundo: Facebook, FB Messenger e Whatsapp, além do Instagram.

Quanto mais participação de mercado e mais usuários, mais dados são coletados. E se essas informações pessoais são consideradas por entidades internacionais como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Fórum Econômico Mundial (FEM) um ativo econômico chave, quem controla amplas bases passa a deter uma vantagem competitiva chave, podendo reforçar seu domínio e prejudicar concorrentes.

“Essa nova economia parece muito mais tendente à concentração e centralização. É muito mais difícil vencer barreiras monopolistas neste setor do que em outro. Essa monopolização dos dados significa uma monopolização da capacidade de monetizá-los e gerar novos avanços tecnológicos com base neles. A disputa pelos dados é uma disputa central e parte considerável destes serviços está fazendo pelo mundo todo”, analisa o professor de sociologia econômica da Universidade Federal do Ceará Edemilson Paraná.

Armas autônomas

Um dos riscos objeto de atenção mais forte tem sido o crescimento de armas inteligentes, como drones e tanques autônomos, descritas como a terceira revolução das guerras após a pólvora e as armas nucleares. Entre 2000 e 2017, eles subiram de 2 para mais de 50 em todo o mundo. Os países que mais desenvolvem essas máquinas são Estados Unidos, Israel, Rússia, França e China. Tais aparelhos elevam os riscos das decisões autônomas, uma vez que essas passam a envolver a decisão sobre vida e morte de indivíduos.

Em 2015, mais de mil pesquisadores da área de inteligência artificial e especialistas como o falecido físico Stephen Hawking, o co-fundador da Apple Steve Wozniak e o cérebro por trás da Tesla e da SpaceX Elon Musk assinaram uma carta aberta cobrando que as Nações Unidas banissem o uso de armas autônomas como drones. Uma campanha foi criada para essa finalidade, chamada Parem os Robôs Assassinos, advogando pela proibição da produção e do uso de armas totalmente automatizadas. Em fóruns internacionais e nas Nações Unidas, governos discutem a regulação ou o veto ao emprego dessas tecnologias, ainda sem conclusão.

Esse conjunto de riscos, contudo, vem provocando uma atenção relativa das empresas que lidam com inteligência artificial. Levantamento da McKinsey de novembro de 2019 apontou também que 40% das companhias ouvidas identificam e priorizam os riscos relacionados a essa tecnologia. Os impactos negativos que mobilizam maior atenção das empresas ouvidas foram a cibersegurança (62%), cumprimento da lei (50%), privacidade (45%), explicabilidade (39%), reposição de força de trabalho (35%), reputação organizacional (34%) e tratamento justo (26%). Na comparação entre utilizadores intensos de inteligência artificial e demais setores, a preocupação com parâmetros no uso de dados ocorre em 76% dos primeiros e 18% dos segundos. A garantia de mecanismos de explicação foi relatada por 54% dos primeiros, contra 17% do segundos.

Princípios éticos

Esse amplo conjunto de riscos e polêmicas ensejou a ampliação do debate sobre os cuidados e medidas a serem tomadas para mitigar tais ameaças e potencializar o uso de máquinas inteligentes para finalidades adequadas. Centenas de pesquisadores subscreveram um documento chamado Princípios de Asilomar, em referência ao local onde uma conferência foi realizada sobre o tema, na Califórnia em 2017.

O texto afirma princípios como segurança, responsabilidade, privacidade e benefício da sociedade. Pontua também cuidados como explicação e capacidade de auditoria em caso de decisões, falhas e desvios (inclusive no campo jurídico), respeito aos valores e direitos humanos, compartilhamento dos benefícios e ganhos econômicos promovidos por máquinas inteligentes, controle humano e não-subversão das dinâmicas humanas.

Nos últimos anos, empresas de tecnologia também apresentaram suas balizas. A Microsoft, por exemplo, lançou seus princípios: imparcialidade, confiabilidade, transparência, privacidade e segurança, inclusão e responsabilidade. O Google também anunciou valores e diretrizes para o desenvolvimento dessas tecnologias: benefício social, mitigação do reforço de vieses, segurança, transparência, incorporação de princípios de segurança no seu desenho técnico, expressar parâmetros científicos de ponta e ser disponibilizada para usos de acordo com esses princípios.

O principal relatório sobre inteligência artificial no mundo (AI Index, elaborado pela Universidade de Stanford) registrou em sua edição de 2019 que 19% das empresas ouvidas pelo levantamento relataram alguma medida para promover a explicabilidade dos seus algoritmos. Outras 13% informaram atuar para lidar com problemas como vieses e discriminação, buscando formas de amplificar a equidade e o tratamento justo de seus sistemas.

Governos e organismos internacionais também entraram na discussão. Em abril do ano passado, a Comissão Europeia divulgou diretrizes para uma inteligência artificial centrada nas pessoas. Elas reforçam a relevância da participação e o controle dos seres humanos, com objetos técnicos que promovam o papel e os direitos das pessoas, e não prejudiquem estes.

Uma orientação complementar é a garantia de que os sistemas considerem a diversidade de segmentos e representações humanas (incluindo gênero, raça e etnia, orientação sexual e classe social, entre outros) evitando atuações que gerem discriminação.

Segundo o documento, os sistemas de inteligência artificial devem ser robustos e seguros, de modo a evitar erros ou a terem condição de lidar com estes, corrigindo eventuais inconsistências.

Ao mesmo tempo, o texto destaca a necessidade de assegurar a transparência dos sistemas, bem como a garantia de sua rastreabilidade e explicabilidade, para que não haja dificuldades na compreensão de sua atuação. Essas soluções técnicas devem assegurar a privacidade e o controle dos cidadãos sobre seus dados. As informações coletadas sobre um indivíduo não podem ser utilizadas para prejudicá-lo, como em decisões automatizadas que o discriminam em relação a alguém.

Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) defende que a inteligência artificial deve beneficiar as pessoas e o planeta ao promover crescimento inclusivo, desenvolvimento sustentável e bem-estar. O desenvolvimento deve respeitar as legislações e os direitos humanos, valores democráticos e a diversidade, com salvaguardas como permitir a intervenção humana quando necessário.

A OCDE reforça a importância da transparência e da explicabilidade de modo que pessoas possam entender o funcionamento e as decisões tomadas e questioná-las se desejarem. Tais tecnologias devem ser seguras e não oferecer riscos para as pessoas; e os indivíduos, as empresas e as organizações por trás deles devem ser responsabilizados se for o caso.

Joana Varon, da Coding Rights, contudo, pondera que muitas empresas pautam uma agenda de ética e inteligência artificial de modo que tais diretrizes não atrapalhem seus negócios.

“Este debate de ética e inteligência artificial acaba levando a uma interpretação de que a simples autorregulação das empresas seria suficiente. Devemos falar é de direitos humanos e nas relações de poder existentes na sociedade”, advoga.

Uma abordagem mais forte emerge também nas discussões sobre políticas públicas e regulação do tema, objeto de outra reportagem desta série.

O Google começou a apagar de forma automática o histórico de buscas e a localização dos novos usuários de forma periódica a cada 18 meses, anunciou o CEO Sundar Pichai, em uma medida para reforçar as configurações de privacidade.

A mudança foi introduzida na quarta-feira (24), na mais recente tentativa de uma grande empresa de tecnologia de conquistar a confiança do público depois que Facebook e Google receberam multas pesadas por violações da segurança nos últimos anos.

"Acreditamos que os produtos devem manter as suas informações apenas pelo tempo que for útil para você", escreveu Pichai em um texto publicado em seu blog, no qual destaca que as mudanças foram projetadas "reter menos dados por default".

Ao criar uma nova conta do Google, "seus dados de atividade serão apagados de forma automática e contínua após 18 meses, ao invés de serem conservados até que você decida apagá-los", explicou.

Os usuários atuais também podem decidir que seus dados sejam apagados de forma automática a cada três ou 18 meses - uma ferramenta que não mudou, mas estas pessoas serão recordadas sobre a opção.

A tecnologia de localização dos smartphones está no foco da atenção à medida que os governos estudam ou implementam iniciativas baseadas em aplicativos para prevenir os contágios do coronavírus, apesar das preocupações com as liberdades civis e a privacidade.

Pichai, também CEO da matriz do Google, Alphabet, garantiu em seu blog que a "privacidade está no coração de tudo o que fazemos".

Também explicou outras mudanças, como o acesso mais fácil às configurações de privacidade nos aplicativos e o modo "incógnito".

O comissário de proteção de privacidade do Canadá pediu que um tribunal federal intervenha para impedir que o Facebook continue violando as leis de privacidade do Canadá, segundo um comunicado divulgado na quinta-feira (6).

O comissário Daniel Therrien pediu a um juiz federal que emita uma ordem "que exija que o Facebook implemente medidas efetivas, precisas e facilmente acessíveis para obter e garantir consentimento válido de todos os usuários" em relação ao acesso a seus dados, aponta o comunicado.

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Este é o primeiro passo para a abertura de um processo legal na Corte Federal.

A demanda é a continuação de uma investigação realizada no ano passado por essa divisão policial, que revelou "sérias deficiências no manuseio de informações pessoais da gigante da mídia social" no Canadá, de acordo com as informações divulgadas.

A investigação respondeu a uma denúncia que acusava a rede social de permitir que uma empresa privada usasse um aplicativo para obter informações pessoais de usuários, antes de compartilhá-las com outras organizações, como a britânica Cambridge Analytica.

A Cambridge Analytica esteve no centro de um escândalo por ter usado os dados pessoais de dezenas de milhões de usuários do Facebook sem seu conhecimento para favorecer o então candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.

O Facebook questionou os resultados da investigação canadense e se recusou a seguir as recomendações para corrigir as deficiências, disse o comissário.

Outros países já iniciaram ações contra o Facebook, incluindo os Estados Unidos, onde a rede foi punida no final de julho com uma multa recorde de 5 bilhões por não proteger os dados pessoais de seus usuários.

Em um evento na sua sede em São Paulo, o Google divulgou a chegada da sua nova caixinha de som inteligente, Google Nest Mini, que passa a ser vendida no país nesta terça-feira (12). Durante a divulgação, a companhia foi questionada sobre a privacidade garantida para as pessoas, visto que o novo hardware tem microfones, reconhecimento de voz e foi feito para auxiliar o dia a dia do usuário. Segundo o Google, há um compromisso com a privacidade e segurança de seus clientes.

 A empresa garante que o microfone do Nest Mini pode ser completamente desligado a partir de um interruptor na lateral do aparelho na posição “off” - ao acioná-lo, a cor das luzes de LED muda para laranja, indicando que está desligado. Ainda conforme o Google, a qualquer momento é possível controlar dados e apagar o histórico de ações e pesquisas através da seção ‘Minhas Atividades’ no aplicativo Google Home e pelo navegador.

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 O diretor de comunicação do Google no Brasil, Rafael Corrêa, afirma que a multinacional opera pelos seguintes pilares: usuário no controle, transparência, segurança e forma de uso dos dados, que é de maneira agregada e anonimizada. “Não é possível que um pesquisador [do Google] saiba quem fez uma pergunta ou quem fez uma pesquisa. Não é assim que funciona. Esses quatro pilares são importantes e estão presentes em todos os nossos produtos, incluindo o Nest Mini”, diz Corrêa.

O Nest Mini grava dados do usuário na nuvem por 60 dias. “Ele guarda as gravações de maneira agregada e coletiva para gerar uma série de estudos, que vão desde melhorar a qualidade das respostas, melhorar o entendimento dos diferentes sotaques que têm no Brasil a melhorar o entendimento da voz do usuário”, garante o diretor de comunicação. Segundo Corrêa, uma vez que o usuário entre na seção ‘Minhas Atividades’ e solicite que os seus dados sejam deletados, as gravações são apagadas em definitivo. “Essa discussão da privacidade é importante e a gente está aberto a fazer.”

 A empresa já esteve envolvida em polêmicas sobre privacidade. Em outubro, o Tribunal de Apelação de Londres aceitou uma ação contra o Google, que teria coletado dados de navegação de mais de quatro milhões de usuários do iPhone entre 2011 e 2012. Em 2018, o Wall Street Journal divulgou que a companhia ocultou uma falha que deixava exposto os dados pessoais de centenas de milhares de usuários da rede social Google Plus.

 O Google Nest Mini passa a ser vendido em lojas físicas e e-commerce do Brasil neste terça-feira por R$ 349. A caixinha de som inteligente do Google é integrada com o Google Assistente e permite a interação com objetos inteligentes compatíveis, como televisão, lâmpadas e plugues inteligentes.

A popstar Demi Lovato, dona dos hits "Sorry Not Sorry", "Give Your Heart a Break", "Stone Cold", "Cool For The Summer", "Heart Attack", "Skyscraper", entre outros, teve a sua conta do Snapchat invadida. Hackers entraram na rede social e realizaram publicações com fotos íntimas da cantora.

"Participe deste servidor de discórdia para os meus nus", dizia a mensagem no Snap, indicando um link antes de divulgar uma imagem que supostamentente seria dela. Segundo o site The Blast, a equipe de Demi Lovato está tomando as devidas providências para que as imagens não sejam reproduzidas em outras plataformas. Até o momento, Demi não se pronunciou sobre o assunto. No Twitter, fãs da cantora lamentaram a atitude dos invasores.

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"Como existe pessoas que querem fazer o mal para esse anjo chamado Demi Lovato?", comentou no microblog um dos internautas. "Demi Lovato e qualquer outra mulher tem o direito sim de fazer fotos íntimas e isso não suja a imagem de ninguém, afinal, é só um corpo, anatomia, como qualquer outro, mas é de direito dela também decidir com quem compartilhar essas fotos não exposição por hacker desocupado", comentou outra pessoa. 

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O termo “hiperconectividade” se refere a uma realidade do tempo em que vivemos. Muitas pessoas passam boa parte ou mesmo todo o dia conectadas à internet, onde quer que estejam. Somado a isso, com o uso constante de diversos aplicativos para celular, passa despercebido que cedemos dados pessoais, geográficos e mesmo de hábitos. Uma pesquisa no Google já diz muito sobre o seu perfil. Os locais que você visita, também. Há como preservar certa privacidade, mesmo dentro dessa realidade?

Do mesmo modo que a internet abriu um sem número de possibilidades, oportunidades e facilitou diversos aspectos da vida cotidiana, com o tempo surgiu uma série de riscos à privacidade – embora seja sempre importante destacar que, sozinha, ela não é culpada por isso. Para registrar um endereço de e-mail, por exemplo, ou realizar um cadastro em um site de compras, é comum termos que ceder algum tipo de informação pessoal como CPF, RG, etc., e, nem sempre nos preocupamos ou temos a garantia de que nossos dados serão guardados de forma segura. Mais que isso, muitos dados são coletados pelos aplicativos para “oferecer uma melhor experiência” – sempre com nossa permissão.

Quem nunca se pegou, por exemplo, momentos depois de uma conversa com amigos em uma mesa de bar, recebendo notificações ou ofertas sobre o tema discutido, mesmo que não tenha tocado no smartphone? As grandes empresas como a Google negam que coletam informações pelo microfone do aparelho, mas, para nós, já ficou bem claro que esse tipo de ação é realizada. É preciso saber lidar com essa situação, tornando-a um fato da vida. Hoje, ninguém que tem um smartphone consegue “se esconder” totalmente – a não ser que entre em uma caverna, sem nenhum tipo de conexão, e que não seja visto no caminho.

Creio que não devemos mais nos preocupar tanto com esse tipo de uso de nossas informações. Parece invasivo – e, de fato, não deixa de ser. Porém, acontece e dificilmente se pode fazer algo a respeito. De outro lado, é também preciso tomar cuidado com o que mostramos na web. O simples ato de ficar conectado o tempo todo nos expõe até a riscos físicos. Não é incomum acontecerem sequestros, invasões a residências e assaltos a pessoas que expõem suas vidas nas redes sociais. Não bastassem esses crimes, os internautas também estão sujeitos aos crimes virtuais como roubo de dados confidenciais e o monitoramento de conversas.

O Brasil já possui legislação que versa sobre o desenvolvimento do ambiente virtual, o Marco Civil da Internet, mas este não abarca todas as possibilidades que não param de aparecer a todo tempo – uma característica da internet, que se expande e reinventa constantemente. Necessário se faz que o Poder Legislativo mantenha-se atualizado com as inovações que surgem, a fim de garantir um nível razoável de privacidade à população. Se precisamos utilizar a internet para quase tudo na vida, é também preciso que tenhamos segurança, inclusive jurídica, para isso. O progresso é necessário, mas deve ser acompanhado dos contrapesos adequados.

O Facebook anunciou que haverá mudanças nos botões de privacidade dos grupos criados na plataforma. Antes, os usuários podiam escolher entre público, fechado ou secreto, para decidir como seria a visibilidade da página. Agora, para tornar essas configurações mais fáceis de entender, as opções serão resumidas a público e privado.

"No ano passado, trabalhamos com especialistas em privacidade de várias partes do mundo, que buscam conscientizar as pessoas a respeito de como gerenciar suas informações online. Esses especialistas contribuíram com informações essenciais para nos ajudar a garantir que as novas configurações de privacidade fossem precisas e mais simples de usar", disse Jordan Davis, gerente de produto de Grupos do Facebook.

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Entre as novidades está a possibilidade dos administradores escolherem se querem ou não que o grupo seja encontrado na ferramenta de pesquisa e em outros locais do Facebook. Páginas que tinham o status como “secreto”, agora serão “privado” e “oculto”. Aqueles grupos que antes eram “fechado”, agora serão “privado” e “visível” e os que são “públicos”, continuarão “públicos” e “visíveis”. 

Os administradores encontrarão os novos controles nas Configurações do Grupo. Restrições em relação a se e quando um administrador pode alterar as configurações de privacidade continuaram e sempre que uma mudança for permitida os membros receberão uma notificação informando sobre a ação. 

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O co-fundador da Wikipédia, Larry Sanger, está convidando usuários do mundo todo para dar uma pausa nas redes sociais nos dias 4 e 5 de julho. O movimento, que já circula em algumas plataformas com a hashtag #SocialMediaStrike, está aparecendo timidamente em algumas discussões na internet.

Em março deste ano, o filósofo já havia dado declarações que queria entrar em guerra contra as grandes corporações e que as pessoas estavam insatisfeitas como a forma que os algoritmos funcionavam, mas precisavam de um “empurrãozinho” para protestar. 

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Para isso acontecer Larry fez uma postagem no Reddit e em seu blog pessoal, em que incentiva os usuários a não utilizarem nenhuma plataforma social como Facebook, Twitter e Instagram. O hiato aconteceria durante os dois dias de julho, com exceção para postagens dizendo que os usuários estariam participando da greve. Sanger acredita que os dados fornecidos na internet pertencem aos usuários e que as empresas de tecnologia não deveriam ser detentoras dessas informações. 

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O protesto pega o gancho dos inúmeros escândalos de privacidade envolvendo gigantes como Facebook e Google. Sanger está chamando o ato de Declaração da Independência Digital, em que ele acredita que a ação é fundamental para a mudança na atitude das empresas em relação à propriedade dos dados.

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A rede social de compartilhamento de imagens Instagram não supervisiona as conversas privadas de seus usuários para enviá-los anúncios direcionados, afirmou seu diretor, Adam Mosseri, em uma entrevista à CBS divulgada nesta terça-feira.

"Não olhamos suas mensagens, não escutamos em seu microfone, isso seria extremamente problemático por muitas razões diferentes", disse. "Mas sou consciente de que vocês terão dificuldade para acreditar em mim".

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O diretor do Instagram, propriedade do Facebook, foi consultado sobre relatos de anúncios publicitários de produtos mencionados em conversas privadas que apareceram depois no feed dos usuários em questão.

"Há duas formas para que isso possa ter acontecido", disse Mosseri.

"Uma é simplesmente o acaso. A outra é que você pode ter mencionado um tema que lhe veio à cabeça porque esteve interagindo com esse tipo de conteúdo recentemente", explicou.

"Vamos supor que você está interessado na comida e nos restaurantes, viu um restaurante no Facebook ou no Instagram que gostou, ficou na sua cabeça, talvez em um nível subconsciente", afirmou Mosseri.

A questão da confidencialidade dos dados dos usuários das redes sociais é um tema particularmente sensível para a empresa matriz do Instagram, Facebook, desde o escândalo global em 2018 das informações dos usuários às que a empresa Cambridge Analytica teve acesso.

"Telefone só serve para marcar reunião em lugar errado." A frase citada pelo deputado João Roma (PRB-BA), vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, funciona como "mantra" para alertar que não se deve usar o telefone para passar informações "quentes", mas para despistar possíveis tentativas de grampo. "Sigo esse ensinamento do ex-presidente Tancredo Neves quando tenho de tratar de algo pessoal ou delicado."

O deputado não está sozinho. O vazamento de diálogos envolvendo autoridades acendeu uma luz amarela na Praça dos Três Poderes. No Congresso, a ação básica agora é a ativação da "confirmação em duas etapas" nos aplicativos de mensagens, o que confere maior segurança às conversas. Dentro do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional baixou ordem para que se usem aparelhos criptografados oferecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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Já no Supremo Tribunal Federal, um integrante da Corte ouvido reservadamente pela reportagem disse que não dá mais para encarar o WhatsApp como um aplicativo privado, mas, sim, como um "alto-falante" que espalha conteúdo abertamente. Em Brasília, muitos têm migrado para o aplicativo de mensagens privadas Signal, considerado, por ora, o mais seguro da categoria.

O clima é de vigilância constante. Deputados e senadores que não se atentavam para questões de segurança digital passaram a buscar medidas para garantir privacidade no mundo virtual. Na semana passada, termos como "reforma da Previdência" e "crédito suplementar" deram lugar a "confirmação em duas etapas" e "criptografia".

O fato de ainda não haver registro de ataques a aparelhos funcionais do Legislativo não evitou que aumentasse a busca de parlamentares pelo setor de tecnologia da Casa, atrás de auxílios técnicos e pedidos de varreduras, para verificar se seus aparelhos estão grampeados. Para Roma, "essas arapongagens e fake news" são coisas antigas na política. "Mudam apenas os meios tecnológicos." O líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), busca informações sobre como proteger sua conta e pretende levar uma orientação para que sua bancada adote a dupla verificação nos aparelhos.

Há quem se prepare contra invasões há tempos, como o deputado e líder do MBL Kim Kataguiri (DEM-SP). "Sou técnico em processamento de dados, não leu meu Wikipédia?", brincou. Para ele, a adoção de duas senhas não é suficiente para evitar a ação de hackers. "Criptografo todos os dados do celular, pago antispyware", disse, citando programa que detecta "espiões".

A prevenção, em alguns casos, passa pela substituição frequente de equipamentos. O deputado do PSL Alexandre Frota (SP) troca de aparelho a cada três meses. "Todo mundo fica tendo acesso ao número e acaba que fica vulnerável." A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), adota a prevenção como maneira de coibir possíveis ataques. Todos os meses, seus dois aparelhos passam por varreduras de técnicos de segurança da informação. A deputada não atende telefonemas de números desconhecidos.

Celular criptografado não ganha adeptos no Planalto

No Planalto, os aparelhos celulares criptografados fornecidos pelo GSI não conquistaram usuários ilustres. A ideia era que ministros e o presidente Jair Bolsonaro tivessem uma comunicação mais segura, mas os telefones só falam entre si e não têm muitas funcionalidades. Por isso, não ganhou muitos adeptos no governo. Bolsonaro, durante café da manhã com jornalistas na sexta-feira, 14, disse que não usa o aparelho recomendado. "Sigo agindo da mesma maneira. Não tenho nada a esconder."

No Supremo e na Procuradoria-Geral da República, a atenção foi redobrada. "Imaginem, Vossas Excelências, se algum de nós perde o celular", disse o ministro do STF Ricardo Lewandowski, em sessão realizada na terça-feira passada.

Ministros do STF adotam cautela em comunicações privadas

Ministros do tribunal costumam ser cautelosos em suas comunicações privadas. Como estão acostumados a decretar quebra de sigilo telefônico, sabem que não estão imunes a vazamentos. É prática dentro do STF não fazer ligações por linhas telefônicas, mas chamadas de áudio via WhatsApp, consideradas mais seguras que as comuns.

Em conversa com jornalistas, o ministro Gilmar Mendes demonstrou preocupação com o risco de ataques, especialmente com o plenário virtual da Corte, plataforma online onde processos são julgados. "Veja o tumulto que pode ocasionar uma invasão nessa área. Muitas vezes, deixamos votos em preparação e podemos mudar esse voto. Imagine uma violação no meio da preparação de um voto? Isso tem resultados trágicos", afirmou Gilmar.

O uso de "bots", aplicativo que simula ações humanas para, entre outras tarefas, impulsionar conteúdo, foi citado pela ministra Cármen Lúcia. "Hoje temos a informação e a deformação de retóricas que não têm nem fonte humana, mas que têm consequência jurídica, política e institucional de toda a natureza", disse Cármen. "Nós estamos ingressando no Admirável Mundo Novo, no 1984, de George Orwell", completou Lewandowski. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Google está tentando deixar os dados dos seus usuários ainda mais protegidos. A gigante da internet começou a restringir o acesso aos dados nas extensões usadas no navegador. Agora será necessário usar o “conjunto mínimo de permissões necessárias” ao solicitar acesso aos dados.

Para garantir a privacidade dos usuários a empresa também exigirá que as extensões sigam as políticas de privacidade na Chrome Web Store. A atitude já vinha sendo exigida para extensões que pedem "dados pessoais e confidenciais do usuário" e está sendo expandida para aquelas que precisam de acesso a qualquer tipo de comunicação pessoal ou conteúdo gerado pelo usuário.

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Apesar do anúncio as duas políticas ainda não foram implementadas. O Google prometeu aos desenvolvedores cerca de 90 dias de antecedência, antes de entrar em vigor, para que possam se adequar as novas medidas. Quem não seguir as diretrizes terá sua extensão removida da loja e desativada do Chrome.

Google Drive na mira da privacidade

De acordo com o site The Verge, além das novas políticas para as extensão do Chrome, o Google Drive também receberá uma política de limitação semelhante.  Aplicativos que usam o recurso serão limitados, perdendo acesso ao conteúdo geral e tendo permissão para usar apenas os arquivos específicos que precisam.

Apenas serviços de backup completos e outros aplicativos que exigem acesso total ainda serão permitidos, mas eles devem ser examinados pela empresa antes. Uma forma de evitar os escândalos de privacidade tão conhecidos pelo Facebook.

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Até pouco tempo, fazer uma boa foto de um objeto distante envolvia usar uma lente profissional e alguma habilidade como fotógrafo. Novos smartphones podem mudar esse cenário: o Huawei P30 Pro tem zoom digital de 50x - um dos mais potentes do mercado. Mais que só uma câmera poderosa, o aparelho traz também software que melhora a qualidade da imagem, evitando os borrões comuns a outras fotografias de celular feitas com zoom.

Junto da inovação, porém, o smartphone levanta dúvidas sobre privacidade. Afinal, o mesmo zoom que aproxima o usuário de seu ídolo em um show pode ser usado para espionar o vizinho - como uma versão contemporânea do que se passa no filme Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock. Na Europa, o P30 Pro está sendo vendido por  € 999 - ainda não foi divulgado o preço para o Brasil. Segundo fotógrafos consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo, lentes teleobjetivas profissionais que permitem um zoom semelhante ao do smartphone - mas com qualidade de imagem superior - custam a partir de R$ 2,5 mil.

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"A questão do superzoom no celular não foge do debate que já existe sobre drones ou teleobjetivas. A diferença está apenas no acesso a esse tipo de tecnologia, que deixaria de ser algo restrito", diz Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS).

Hoje não existe uma lei específica sobre o zoom de um celular. A proteção que existe em casos de violação de privacidade com o superzoom é o direito à imagem, mesma regra aplicada quando alguém divulga uma foto não desejada de outra pessoa na internet.

Binóculo

Aplicar uma regra parecida aos celulares seria inviável: não teria como proibir que as pessoas andem com os celulares na rua. "Proibir o superzoom de celulares seria como restringir o uso do binóculo", afirma Dennys Antonialli, diretor do centro de pesquisa de tecnologia e direito Internet Lab. "É mais fácil fechar a cortina para se proteger do vizinho."

Para o fotógrafo Fabrício Vianna, especializado em fotos de shows e casas noturnas, a evolução da tecnologia pode gerar situações complicadas. "Hoje, já há casos de fotógrafos que usam o zoom 'na noite' para ver um decote", conta. "Dar uma ferramenta dessa na mão de qualquer pessoa pode ser perigoso."

Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Huawei disse que acredita que "inovação e tecnologia digital contribuem para as experiências fotográficas dos consumidores, sempre de acordo com as leis vigentes e a etiqueta de comportamento social."

Há ainda quem se preocupe com um segundo capítulo dessa história: o uso das câmeras para reconhecimento facial. "Se o zoom tiver mecanismo de reconhecimento facial, ele infringiria a legislação", afirma Antonialli, do Internet Lab. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhões de usuários do aplicativo de fotos Instagram - e não apenas dezenas de milhares - tiveram suas senhas armazenadas em servidores internos em formato não criptografado, informou a rede social Facebook nesta quinta-feira, que revisou suas estimativas anteriores.

"Encontramos novas senhas do Instagram armazenadas em formato legível, e hoje estimamos que o problema tenha afetado milhões de usuários do Instagram", disse o Facebook em uma atualização de seu blog publicado em 21 de março.

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A empresa-mãe do Instagram revelou que as senhas de centenas de milhões de usuários haviam sido armazenadas em servidores internos de forma não criptografada, alegando que não havia violações de segurança, antes de assegurar que os problemas técnicos haviam sido resolvidos.

Também observou que o problema afetou "centenas de milhões de usuários do Facebook Lite", uma versão simplificada do site para conexões de Internet de baixa qualidade, "dezenas de milhões de outros usuários do Facebook e dezenas de milhares de usuáriosdo Instagram".

O grupo, que afirma ter 2,3 bilhões de usuários ativos em todo o mundo, também confirmou nesta quinta que nenhum uso mal-intencionado dessas senhas foi identificado.

Há mais de dois anos, o grupo tem lidado com repetidas controvérsias, desde a manipulação da rede para fins políticos por países ao gerenciamento dos dados dos usuários, que formam a base de seu modelo de negócios.

"Alexa, que tempo fará amanhã em Paris?" A pergunta ao assistente de voz virtual da Amazon parece banal, mas, apesar disso, é ouvida com atenção por uma equipe de analistas de dados.

Recentes revelações sobre a gigante americana colocam de novo no banco dos réus o tema dos dados pessoais espalhados na internet.

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Durante nove horas por dia, equipes da Amazon, que trabalham em todo o mundo, ouvem milhares de áudios captados por Alexa, o assistente virtual, através dos altos-falantes Echo.

Esta informação foi revelada por dois funcionários em Bucareste para a agência Bloomberg. Esses ouvintes humanos não são mencionados explicitamente nas condições de uso e venda da Amazon, que apenas mencionam gravações cujo objetivo é "melhorar a experiência".

Várias ofertas de emprego de "analista de dados" em Bucareste apareceram esta semana na plataforma online "Amazon Jobs".

Outra oferta, para ser "responsável pelo controle de qualidade", também na Romênia, diz que a Alexa "ouve milhares de pessoas todos os dias falando sobre diferentes tópicos (...) e precisa de nossa ajuda para dar sentido a esses áudios".

"Nós só registramos um número extremamente baixo de interações de um conjunto aleatório de clientes para melhorar a experiência de nossos usuários", afirmou a Amazon em um comunicado enviado à AFP.

"Os funcionários não têm acesso direto a informações que permitam identificar uma pessoa ou uma conta", acrescenta a empresa.

Na Europa, um regulamento sobre proteção de dados, em vigor desde maio, normalmente limita a quantidade de dados transmitidos e dá aos usuários a possibilidade de recuperá-los e excluí-los.

No Google e na Apple, que segundo a Bloomberg também recorrem a essas espionagens humanas, os processos aleatórios normalmente precisam impedir que qualquer informação pessoal seja transmitida nas gravações.

A Amazon propõe excluir esses arquivos, mas não menciona a possibilidade de interromper a transmissão de gravações.

"As condições gerais de uso são escritas por exércitos de advogados, destinam-se a proteger a empresa legalmente, não para informar o consumidor", adverte Caroline Lancelot-Miltgen, professora e pesquisadora da Audencia, especialista em questões de dados pessoais.

"São os consumidores que devem dizer 'chega'. Mas eles veem os benefícios imediatos destes objetos sem ter consciência dos riscos", acrescenta.

- Alternativas raras -

Ter um alto-falante conectado seria como ter um microfone em sua casa? Devemos pensar em cada palavra que falamos perto de um assistente virtual?

A princípio, não. Os objetos conectados estão configurados para serem ativados - e habilitados a gravar - apenas quando são solicitados.

Mas o assistente virtual pode confundir certos sons com a palavra-chave que o ativa.

Segundo a investigação da Bloomberg, que dá como exemplos uma mulher que canta no chuveiro ou uma criança que chora, estas gravações involuntárias não são pouco habituais.

Duas pessoas indagadas disseram, no entanto, que haviam interpretado os sons como se fossem indicação de uma agressão sexual.

"A voz é um fato biométrico, o perigo real é a usurpação da identidade através da cópia do traço vocal", diz Rand Hindi, membro do conselho nacional digital francês, e também fundador da Snips, uma empresa que propõe assistentes virtuais que funcionam sem internet.

Segundo ele, a possibilidade de constituir "um banco de dados de vozes que correspondam a todos os usuários da Amazon, fácil de confrontar com outro banco de dados externo, é um perigo real".

A controvérsia sobre o uso de dados pessoais por esses gigantes digitais deu origem a outro tipo de assistentes alternativos, como Snips, que tentam tirar proveito da desconfiança gerada pelo "GAFA" (Google, Apple, Facebook, Amazon).

A American Winston Privacy ou a Dutch Scalys sugerem, por exemplo, sistemas que fazem comunicações seguras com objetos conectados.

A empresa Smarte desenvolveu um módulo capaz de bloquear os microfones do Amazon Echo.

Essas iniciativas, no entanto, ainda são muito minoritárias contra esses gigantes: os assistentes vocais da Amazon e Google concentram mais de 60% do mercado mundial, de acordo com o gabinete da Canalys.

Se você cansou de ser jogado em grupos aleatórios do WhatsApp, em que conhecia no máximo uma pessoa, aí vai uma boa notícia. O serviço de mensagens atualizou, nesta quarta-feira (3), uma nova função que permite ao usuário escolher quem poderá adicioná-lo nos chats coletivos.

Na prática, caso o administrador do grupo tente adicionar uma pessoa que não tenha dado autorização para tal, o aplicativo exibirá uma mensagem de que é preciso enviar um convite de forma particular.

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A funcionalidade está disponível na atualização mais recente do mensageiro e para ativá-la é necessário acessar Conta, Privacidade e, em seguida, Grupos. Dessa forma, você escolhe quem poderá adicioná-lo automaticamente em conversas: todos, apenas contatos ou ninguém.

De acordo com o blog oficial do aplicativo “'Ninguém' significa que você terá que aprovar a entrada em cada grupo para o qual você foi convidado, e 'Meus contatos', significa que somente usuários da sua lista de contatos poderão adicionar você a um grupo”. A nova ferramenta será liberada aos poucos, para todas as plataformas, nos próximos dias.

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Anitta completa 26 anos no próximo sábado, mas, a comemoração será com uma grande festa em sua casa, nesta quinta (28). A cantora, porém, fez um pedido um tanto atípico aos convidados. Ela que é adepta das redes sociais e costuma compartilhar vários detalhes de sua rotina com seus seguidores proibiu fotos em sua festa.

Segundo o Jornal Extra, a celebração será na própria casa da cantora, no Rio de Janeiro, com o tema No Fundo do Mar. No convite, uma plaquinha indica a proibição de fotos durante a festa. No último ano, quando completou 25 primaveras, Anitta gravou o clipe de Indecente durante a comemoração do aniversário.

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O Facebook está caminhando para se tornar uma plataforma "focada na privacidade" e concentrada na confidencialidade, anunciou nesta quarta-feira (6) o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, ao expor sua visão estratégica para transformar o gigante das redes sociais.

Para Zuckerberg, criticado por seu manejo considerado permissivo dos dados confidenciais dos usuários, o Facebook deve se tornar uma rede mais unificada e concentrada nas trocas privadas - em contraposição à publicação de posts visíveis para um grande número de pessoas - e nos formatos de "stories", que desaparecem em 24 horas.

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"Quando penso no futuro da internet, penso que uma plataforma de comunicações focada na privacidade será muito mais importante que as plataformas abertas atuais", considerou, anunciando também sua intenção de possibilitar pagamentos on-line "de forma privada e segura".

A mudança segue os novos gostos dos usuários de redes sociais. "Hoje em dia já vemos que as mensagens privadas, os 'stories' efêmeros e os pequenos grupos são de longe os formatos de comunicação on-line que crescem mais rápido", escreveu Zuckerberg em um texto de 3.000 palavras em sua página de Facebook.

O presidente do grupo tem a intenção de unificar de forma técnica a rede com seus outros serviços Messenger, Instagram e Whatsapp. Dessa forma seria possível trocar mensagens nessas redes, que poderiam adotar a criptografia de dados, como é o caso atualmente do Whatsapp.

"Nos próximos anos, planejamos reconstruir nossos serviços em torno dessa ideias", disse Zuckerberg, consciente do desgaste que a imagem do Facebook sofreu pelos casos de manipulação de dados.

Embora "não tenhamos atualmente uma boa reputação de poder construir serviços que protejam a privacidade (...), podemos evoluir para construir serviços que as pessoas realmente queiram", afirmou.

O Facebook disse que está suspendendo seu programa que coletava dados pessoais de usuários voluntários no iOS. O TechCrunch informou que a empresa pagou cerca de US$ 20 mensalmente a pessoas com idades entre entre 13 e 25 anos em troca da instalação de um aplicativo chamado Facebook Research, que monitora suas atividades no telefone e na web e as envia de volta ao Facebook.

O aplicativo de pesquisa dá ao Facebook a capacidade de ver as mensagens privadas, os e-mails, as pesquisas na web e a atividade de navegação dos usuários. Segundo a denúncia do TechCrunch, o Facebook pediu que os voluntários realizassem até capturas de tela do histórico de pedidos da Amazon e enviassem de volta à empresa.

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O Facebook, por sua vez, nega que o aplicativo espionava os usuários, já que eles consentiram em permitir o acesso a todas as atividades do seu telefone, e ainda foram pagos por isso. Agora, o Facebook agora disse que vai cancelar a versão para iOS do seu aplicativo de pesquisa. O programa polêmico, porém, continuará a ser executado no Android.

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O Instagram notificou alguns usuários sobre uma falha de segurança que pode ter exposto suas senhas. Ironicamente, a falha de segurança foi causada por uma ferramenta introduzida pelo Instagram em abril deste ano que permite aos usuários saber quantos dados pessoal o site havia coletado. As informações são do site The Information.

Chamada de "Download Your Data", a ferramenta foi introduzida para ficar de acordo com as novas regulações europeias sobre privacidade de dados e satisfazer os usuários preocupados com a sua segurança nas redes. Segundo o site, algumas pessoas que utilizaram o recurso tinham suas senhas incluídas na URL de seu navegador web e os dados eram armazenados nos servidores do Facebook, proprietária do Instagram.

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Em comunicado, o Facebook garantiu que o problema atingiu um pequeno número de pessoas e que todas já foram notificadas a respeito do ocorrido. O Facebook também disse que os dados foram apagados e a brecha de segurança reparada. Quem não recebeu contato sobre o tema não teve a senha exposta.

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