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Pesquisadores de segurança da Academia Naval dos EUA e da Universidade de Maryland publicaram recentemente um estudo que mostra como um xereta pode reproduzir facilmente o desbloqueio padrão do Android, aquele em que desenhamos uma sequência com os dedos na tela, com relativa facilidade. As informações são do site WIRED.

Em seus testes, os pesquisadores descobriram que os padrões de seis pontos do Android podem ser recriados por duas de cada três pessoas que observam um usuário desbloquear seu smartphone a cinco ou seis metros de distância.

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Por outro lado, recriar um PIN de seis dígitos usado na maioria dos iPhones se provou ser surpreendente difícil. Apenas um em cada dez observadores no estudo conseguiu reproduzi-lo depois de apenas um olhar.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores recrutaram 1.173 voluntários. Cada uma deles foi exposto a vídeos retratando pessoas desbloqueando seus celulares. Os participantes então precisaram reproduzir os padrões de bloqueio.Cerca de 64% das pessoas conseguiram o feito com sucesso após uma única olhada.

Para usuários de Android que se sentem apegados ao desbloqueio por padrão, o estudo encontrou um consolo. Desligar as linhas que rastreiam o caminho do seu dedo enquanto ele desliza pela tela ajuda significativamente a reduzir o potencial de espionagem.

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Para aqueles usuários que prezam a segurança em primeiro lugar, a empresa russa InfoWatch Group anunciou o TaigaPhone, um novo smartphone projetado para uso corporativo que terá recursos internos de privacidade que prometem proteger seu dono de qualquer roubo de dados. O telefone, que está em fase final de produção, será comercializado pelo equivalente a US$ 260.

Este smartphone tem uma tela de 5 polegadas, suporte para dois chips e processador quad-core. A empresa InfoWatch quer vender o TaigaPhone às empresas a um custo entre 12.000 e 15.000 rublos, quase cinco vezes mais barato do que um iPhone na Rússia.

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A InfoWatch diz que o dispositivo pode garantir a confidencialidade de todos os usuários, rastrear a localização e evitar vazamentos de informações. O TaigaPhone sai da caixa rodando o Android 6.0 Marshmallow, do Google. A expectativa é que o aparelho esteja disponível no final de outubro.

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A entrevista de emprego é um momento importante na busca por uma recolocação no mercado de trabalho. Nela, profissionais e empregadores devem avaliar um ao outro para que se possa decidir se o empregado tem o perfil da empresa para a qual está se candidatando. No entanto, não é raro que as corporações cometam abusos ao tentar saber mais detalhes a respeito do comportamento dos candidatos, passando dos limites profissionais e entrando na esfera pessoal, invadindo a vida privada.

Apesar de não haver vínculo empregatício, a fase de seleção, juridicamente chamada de pré-contratual, também conta com leis que protegem empregadores e candidatos, sendo possível haver condenação às empresas que cometam violações de direitos na seleção. Ocorreu punição recentemente com a American Airlines, empresa aérea condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho por usar um polígrafo, equipamento conhecido popularmente como detector de mentiras, durante uma entrevista de emprego, além de realizar perguntas invasivas. O LeiaJá ouviu especialistas e uma profissional do ramo de recrutamento para entender como a busca por informações é conduzida nas seleções de candidatos e quais são os limites legais inseridos nesse contexto. 

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Condenação com caráter pedagógico

A juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, Renata Nóbrega, quando perguntada se as empresas podem entrar no âmbito da vida pessoal dos candidatos, a resposta foi taxativamente “não”. Ela justificou citando a resolução 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição Federal de 1988, que vedam a discriminação de qualquer natureza aos candidatos, além de assegurar-lhes o direito à honra, dignidade, privacidade e silêncio. 

Renata destaca também que os empregadores têm recursos alternativos à invasão da privacidade para assegurar a competência do candidato e proteger seu patrimônio. “Além de solicitar referências a antigos empregadores e realizar entrevistas, os empregadores podem firmar contratos com período de experiência e solicitar reparação caso seja lesado por um empregado”, diz. 

A juíza também reforça que, mesmo sem vínculo empregatício, quem se sentir lesado pode recorrer à justiça para buscar reparação, e que há diferenças de penalização às empresas se a ação for individual ou coletiva. “Se o candidato se sentir lesado ele vai à justiça e em caso de condenação, a empresa pode pagar multa na ação individual. Já na ação coletiva, o impacto é maior em caso de condenação, pois além de uma multa que pode ser aplicada, há um Termo de Ajuste de Conduta para que a empresa se adeque, sob pena de multa e de outras sanções, pois o importante é corrigir o erro para que o meio ambiente do trabalho melhore, dando à condenação um caráter pedagógico”, explica juíza.   

O que não é permitido

A procuradora do Trabalho Melícia Carvalho também afirma que o interesse da empresa em relação às informações sobre os candidatos deve se limitar ao que tiver relação com a função a ser desempenhada e ao que é determinado ou permitido por lei. Ela explica que é indicado solicitar o currículo, documentos, pedir referências sobre o profissional, entrevistar fazendo perguntas em relação às competências, à escolaridade e experiências do candidato. “Mas não é adequado perguntar sobre religião, família, orientação sexual, posicionamento político, pretensões de casamento e filhos”, nem solicitar certidão negativa de órgãos de proteção ao crédito, antecedentes criminais e realizar buscas em redes sociais. A procuradora ainda explica que há casos em que existe um choque entre direitos, e o bom senso e razoabilidade vão determinar naquela circunstância qual deles vai prevalecer. 

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Como reunir provas

Perguntada de que forma os candidatos podem reunir provas e registrar uma denúncia formal, Melícia orienta que em caso de dinâmicas de grupo em que ocorra uma invasão de privacidade ou discriminação, o candidato deve falar com outros candidatos que podem testemunhar no processo. Já em caso de entrevistas individuais e privadas, a procuradora explica que pode ser pedida uma resposta da empresa quanto à razão da não contratação, caso haja suspeita de que o candidato foi recusado para a vaga por algum critério discriminatório. 

“O candidato pode perguntar, por telefone ou e-mail, por que não foi aprovado na seleção. Caso a empresa não responda, é possível fazer o mesmo questionamento pessoalmente, indo à sede da empresa e gravar a resposta, para o caso de necessitar provar a razão da recusa. Por outro lado, se o candidato não conseguir provas, recomenda-se registrar a denúncia, pois em geral ele não foi o único que passou por uma eliminação discriminatória ou teve sua intimidade invadida nestes casos”, explica a procuradora, que também reforça que Ministério Público do Trabalho está apto a receber denúncias de candidatos e trabalhadores. 

Entrevista não é interrogatório

Siedja Luna é coordenadora de recrutamento do Grupo Ser Educacional e explica que o momento da entrevista de emprego deve fluir de forma tranquila e leve, tanto para o candidato quanto para o recrutador. De acordo com ela, a seleção deve “ser uma conversa, ter leveza e deixar a pessoa à vontade, não deve ser um interrogatório”.

Ela também explana que durante o processo de entrevista de emprego, os recrutadores jamais devem fazer perguntas ofensivas ou que possam encabular os candidatos à vaga. "Todas as perguntas devem ser abertas, para que a pessoa se abra evitando discursos prontos, e precisam estar voltadas para questões como a capacidade de comunicação, o comprometimento, a forma de liderança, gestão e a maneira do candidato de lidar com situações de conflito”, pontuou a recrutadora.

Segundo Siedja, durante o processo de seleção, as empresas buscam saber sobre aspectos do comportamento dos candidatos que possam influir no dia a dia de trabalho com o restante da equipe; há maneiras de ter todas as informações necessárias sem invadir a privacidade dos candidatos. “Nós utilizamos dinâmicas de grupo para ver como os candidatos agem em equipe e sua interação nos relacionamentos interpessoais. Também temos testes e as referências de antigos empregadores, além da própria entrevista”, explica ela.

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Um juiz dos EUA rejeitou um processo em nível nacional que acusava o Facebook de rastrear a atividade de usuários na internet mesmo depois de eles se desconectarem da rede social. A decisão foi emitida na última sexta-feira (30) pelo magistrado Edward Davila, de San Jose.

Os acusados alegaram que o Facebook rastreou quais sites eles visitaram, o que significa que a empresa poderia construir registros detalhados de seu histórico de navegação. Os autores alegaram que isso violava as leis federais e estaduais de proteção e privacidade.

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O juiz rejeitou o caso. Segundo ele, os autores não conseguiram demonstrar que tinham uma expectativa razoável de privacidade ou que sofreram qualquer dano ou perda econômica com isso. O magistrado disse, ainda, que os usuários poderiam ter tomado medidas para manter seus históricos de navegação privados.

"A intrusão do Facebook poderia ter sido facilmente bloqueada, mas os demandantes optaram por não fazer isso", disse o juiz.

"O fato de que o navegador de um usuário envia automaticamente a mesma informação para ambas as partes não estabelece que uma das partes interceptou a comunicação do usuário com a outra", complementou. Em nota enviada ao jornal britânico The Guardian, o Facebook informou estar satisfeito com a decisão do tribunal.

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Sandy sempre afirmou que procura ser discreta sobre sua vida pessoal, principalmente quando o assunto é seu filho Theo, que comemorou três anos de vida no último sábado (24). Por esse motivo, a cantora não gostou quando um fã postou foto do menino no Instagram, e logo o pediu para que apagasse a postagem.

A publicação era uma homenagem a Sandy. O fã colocou uma série de fotos da criança com a legenda "Hoje faz três anos que nasceu o presente mais esperado, o anjo tão aguardado pois a partir do momento que sua mãe nos comunicou que estava grávida de ti, de certa forma todos nós ficamos grávidos juntos". 

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Incomodada com a exposição do seu filho, ela comentou "Você sabe que eu não gosto que publiquem fotos do meu filho. Por favor, apague esse post. Obrigada", e a pessoa por trás da postagem respondeu "Poxa Vida. Sério mesmo?! Fiz com tanto carinho e amor que tenho por você e toda sua família. Cuidei pra pegar somente fotos que já saíram na mídia e maioria no tamanho família que saiu na tv e tals..."

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Os gigantes da tecnologia como Facebook, Google, YouTube e Twitter precisam colaborar para evitar a ação de piratas e terroristas, diz um novo relatório. O documento pede às empresas que comecem a compartilhar informações sobre usuários entre si para identificar fraudes. A sugestão polêmica foi apresentada no novo estudo da organização de proteção ao consumidor Digital Citizens Alliance.

De acordo com o documento, isso poderia ajudar a combater uma grande variedade de questões, incluindo hackers, malware, notícias falsas e pornografia infantil. A ideia de ampla partilha de dados entre grandes empresas e agências governamentais é extremamente preocupante, pois pode colocar os direitos dos cidadãos em risco.

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Segundo a organização, a ausência do compartilhamento de dados permite que criminosos saltem de uma plataforma à outra sem maiores problemas. A entidade diz que os casinos dividem há décadas informações para evitar trapaceiros, e o setor de varejo faz o mesmo.

"Um modelo similar permitirá que as plataformas digitais e a aplicação da lei identifiquem e combatam mais rapidamente aqueles que buscam usar as plataformas para prejudicar os consumidores", informou o relatório.

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Uma operação criminosa administrada por funcionários da Apple para roubar e vender dados privados de usuários do iPhone e de outros produtos foi descoberta na China, de acordo com as autoridades. No total, 22 pessoas foram detidas sob a suspeita de infringir a privacidade de clientes da empresa e obter ilegalmente informações digitais sigilosas, segundo a polícia local da província de Zhejiang.

As autoridades não especificaram se os dados pertenciam a clientes chineses ou estrangeiros. Dos 22 suspeitos, 20 eram funcionários da Apple que supostamente usavam os sistemas internos da empresa para coletar nomes de usuários, números de telefone, IDs da Apple e outras informações pessoais, que foram vendidas como parte de uma fraude no valor de mais de 5,8 milhões de euros.

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A força tarefa para desmantelar a rede criminosa foi realizada por policiais das províncias de Guangdong, Jiangsu, Zhejiang e Fujian. Segundo o jornal britânico The Guardian, a venda de informações pessoais é comum na China, que implementou uma polêmica e nova lei de segurança cibernética destinada a proteger as redes do país e informações de usuários. A Apple não se posicionou sobre o caso.

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O Uber liberou uma nova ferramenta em seu aplicativo que promete proteger a privacidade de seus usuários. A partir de agora, os passageiros que solicitam um carro podem definir seus pontos de partida e chegada sem ter que especificar um endereço.

Com as novas opções de localização, se você não tiver vontade de solicitar um motorista em um endereço específico, poderá inserir no aplicativo o nome de duas ruas transversais ao local de partida e definir manualmente no mapa o ponto exato onde deseja ser buscado.

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Vale a pena notar que, se você realmente queria proteger sua privacidade com o sistema anterior, sempre foi possível mover fisicamente o ponto de captura no mapa do Uber, ou simplesmente escolher um endereço próximo e não o seu próprio.

Mas como TechCrunch observa, o Uber descobriu que poucas pessoas estavam utilizando essa opção. A atualização para adicionar o recurso será lançada para todos os usuários dos EUA, mas uma implementação mais ampla será liberada em breve.

"Os usuários gostam de apertar um botão e conseguir uma corrida rapidamente. Mas nem todo mundo gosta de compartilhar seu endereço com alguém que acabou de conhecer para isso. Na verdade, muitos deles nos disseram que ao longo do tempo preferem não compartilhar qualquer informação pessoal quando usam o aplicativo", informou o Uber, em um post de blog.

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Angelina Jolie e Brad Pitt pareciam ter chegado a um acordo sobre a custódia dos filhos, mas parece que o ator não ficou muito satisfeito depois que a ex mulher exigiu que os documentos do processo de divórcio fossem abertos para consulta pública e a acusou de expor a privacidade dos filhos, segundo o Daily Mail.

"Angelina aparentemente não tem um mecanismo de auto regulação para impedir que informações sensíveis sejam colocadas no registro público ou ela tem outros motivos", disse a equipe jurídica do ator em documentos judicias.

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A confirmação do divórcio aconteceu no dia 20 de setembro, quando um representante da atriz enviou um comunicado ao jornal The Telegraph anunciando o fim da relação de um dos casais mais icônicos de Hollywood. O advogado Robert Offer confirmou e soltou um comunicado.

"Essa decisão foi tomada pela saúde da família. Ela não vai comentar o assunto e pede que deem privacidade para a família neste momento".

Pode ser um amante abandonado procurando vingança após o término. Ou então um hacker, amador ou profissional, publicando imagens íntimas de uma celebridade. A chamada "pornografia de vingança" - a publicação de nus, ou de fotos explícitas sem o consentimento da pessoa retratada - afeta um em cada 25 americanos, de acordo com um novo estudo sobre o fenômeno.

A questão chamou a atenção do público em 2014, quando fotos de nus de celebridades, entre elas a atriz Jennifer Lawrence e a modelo Kate Upton, foram postadas por um hacker na Internet, no escândalo que ficou conhecido como "Celebgate". A principal autora do estudo, Amanda Lenhart, do Data & Society Research Institute, disse que esta foi a primeira pesquisa nacional sobre pornografia de vingança, ou não consensual.

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Segundo o estudo, 2% da população tiveram uma foto, ou vídeo, explícitos postado na Internet sem sua permissão, e muitos outros enfrentaram tal ameaça. No total, 4% foram vítimas de publicações de imagens, ou de ameaças, o que equivale a cerca de 10,4 milhões de americanos, de acordo com a pesquisa.

"A pornografia não consensual pode ter um impacto devastador e duradouro sobre as vítimas. Por isso, é essencial que entendamos o quão comum isso é e quem é afetado", disse Lenhart. "Mesmo que as imagens não cheguem a ser publicadas, os agressores podem usar ameaças como um método de controle, ou de intimidação das vítimas", acrescentou.

Em alguns casos de pornografia de vingança, imagens explícitas foram roubadas de servidores privados on-line, ou na nuvem, enquanto outras vítimas foram fotografadas, ou filmadas, secreta, ou forçosamente. Atrizes, modelos e atletas que foram vítimas da pornografia da vingança no "Celebgate" falaram da angústia emocional que experimentaram.

"Só porque eu sou uma figura pública, só porque eu sou uma atriz, não significa que eu pedi isso", disse Lawrence, em uma entrevista após o incidente. "Não é um escândalo. É um crime sexual, é uma agressão sexual", denunciou.

Os jovens de entre 15 e 29 anos são mais propensos a relatar terem sido ameaçados, e há mais mulheres afetadas do que homens: uma em cada 10 mulheres com menos de 30 anos disse ter sofrido ameaças desse tipo.

Entre os internautas que se identificam como lésbicas, gays, ou bissexuais, 15% disseram que alguém ameaçou compartilhar fotos, ou vídeos, deles nus, ou quase nus.

Homens também são vítimas

"É importante que reconheçamos que os homens também são vítimas da pornografia não consensual", advertiu Lenhart. "As vítimas do sexo masculino são muitas vezes invisíveis, mas espero que este relatório nos desafie a pensar de forma diferente", acrescentou.

Advogados de vítimas pediram leis para punir os autores de pornografia de vingança, mas defensores das liberdades civis argumentam que essas medidas poderiam violar a liberdade de expressão. De acordo com o estudo, 30 estados americanos aprovaram legislações nos últimos três anos para definir e criminalizar a pornografia de vingança.

O relatório se baseou em um levantamento de 3.002 usuários americanos de Internet, de 15 anos ou mais, entre 17 de maio e 31 de julho de 2016. A margem de erro foi estimada em dois pontos percentuais.

Lenhart comentou que não há estudos anteriores comparáveis que mostrem uma tendência, mas observou que a pornografia de vingança "tem sido ajudada pelo desenvolvimento de câmeras digitais, smartphones e mídias sociais".

Funcionários da Uber são acusados de usar o sistema de rastreamento da empresa para monitorar o paradeiro de políticos, celebridades e até mesmo de ex-cônjuges, de acordo uma ação movida contra a empresa por seu ex-investigador forense. Segundo o processo, os empregados tinham acesso às informações sobre as corridas de todos os usuários.

O processo foi apresentado por Ward Spangenberg, que começou a atuar na empresa em março de 2015. Ele foi demitido 11 meses depois, após sofrer retaliações ao apontar falhas de segurança e outros problemas internos.

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Segundo o investigador, a falta de segurança da empresa em relação aos dados dos usuários permitiu que funcionários tivessem acesso às informações de viagens de celebridades como a cantora Beyoncé.

Além das vulnerabilidades de segurança, Spangenberg disse que a Uber apagou arquivos que estava legalmente obrigada a manter. Segundo ele, a companhia também criptografou remotamente seus computadores para impedir a coleta de informações por parte das autoridades, durante as investidas do governo em seus escritórios estrangeiros.

Em sua defesa, a Uber diz investir na área de segurança. "Temos centenas de especialistas em segurança e privacidade trabalhando 24 horas por dia para proteger nossos dados", disse a empresa, em nota enviada ao site The Verge. A empresa diz ainda que os funcionários precisam de uma aprovação jurídica para conseguir acessar os dados de usuários. 

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Brinquedos que usam smartphones ou tablets para funcionar podem estar espionando seus filhos. Essa é a preocupação de um grupo de consumidores e organizações de privacidade que se dirigiram ao fabricante da boneca My Friend Cayla para expressar seus temores. O produto supostamente tem a capacidade de escutar conversas entre as crianças e suas famílias, violando as leis protetoras da privacidade infantil.

Os relatórios também mencionam o robô I-QUE, do mesmo fabricante, como um possível espião. Os itens fazem parte da mais nova geração de brinquedos inteligentes que possuem interatividade como parte de seus principais atrativos para chamar a atenção das crianças.

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A queixa, enviada para autoridades dos EUA, afirma que esses brinquedos podem gravar e recolher as conversas privadas de crianças, sem quaisquer limitações. Segundo a entidade, informações pessoais estão sendo extraídas das interações feitas pelos pequenos com os produtos.

O relatório também alega que os dois brinquedos têm endereços IP para a coleta de dados de localização, de acordo com suas políticas de privacidade. Ao menos 18 associações de defesa de consumidores e proteção da infância – em 15 países europeus e nos EUA – denunciarão o tema ante as autoridades.

A fabricante Genesis, responsável pelos brinquedos, defendeu a privacidade de dados em uma postagem de blog. "Nossa política é que não usamos nem vendemos dados de voz para fins de marketing ou publicidade", escreveu o executivo Richard Mack.

Ao ser comprado pelo Facebook em 2014, o WhatsApp deixou muitos internautas preocupados sobre como este acordo poderia comprometer a privacidade de seus usuários. O cofundador do aplicativo, Jan Koum, esperava conter esse medo, afirmando na época que o serviço de mensagens iria operar de forma independente. Nesta quinta-feira (25), no entanto, a regra do jogo mudou. O WhatsApp está afrouxando algumas das suas próprias restrições ao atualizar seus termos de serviço e política e anunciou que vai começar a compartilhar uma quantidade limitada de dados com o Facebook.

O WhatsApp diz que o compartilhamento de informações significa que Facebook poderá oferecer melhores sugestões de amigos, mapeando as conexões sociais dos usuários entre os dois serviços, para entregar anúncios mais relevantes na rede social. O aplicativo de mensagens diz também que a partir de agora poderá explorar melhor o potencial do WhatsApp no trato entre empresas e seus clientes.

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Desta forma, o usuário poderá receber notificação de algum problema com sua conta no banco ou atraso em um voo. "Gostaríamos de testar estes recursos ao longo dos próximos meses, porém, é necessário atualizar nossos termos de serviço e política de privacidade antes de começarmos", disse o WhatsApp, em comunicado.

No texto, a empresa também versa sobre o delicado tema da criptografia – que já ocasionou a suspensão do aplicativo três vezes no Brasil. "Mesmo que estejamos trabalhando em colaboração com o Facebook, suas mensagens criptografadas permanecerão privadas e ninguém mais poderá lê-las. Nós, o Facebook ou qualquer outra pessoa estarão impossibilitados de ler as suas mensagens", garante o WhatsApp.

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A BlackBerry anunciou nesta segunda-feira (26) um novo smartphone Android chamado DTEK50. O aparelho com tela de 5,2 polegadas não traz especificações arrebatadoras, mas tenta chamar atenção por uma das principais características da companhia – o foco em privacidade. A BlackBerry chega a dizer que este novo telefone é o mais seguro do mundo, pois possui uma espécie de armadura digital capaz de proteger as informações pessoais do usuário. O produto será vendido na próxima semana por US$ 300.

O telefone com espessura de 7,4 milímetros é o mais fino já feito pela BlackBerry. As especificações ainda incluem processador Snapdragon 617, câmeras traseira de 13 megapixels e frontal de 8 megapixels, 3 GB de memória RAM, 16 GB de armazenamento interno e bateria de 2.610 mAh. Ele sai da caixa rodando o Android 6.0 Marshamallow, mas a BlackBerry adicionou sua experiência no ramo da segurança no aparelho.

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Todo cuidado é pouco

O DTEK50 possui uma solução automática que monitora o sistema em tempo real e avisa quando a privacidade do usuário for exposta e que medidas ele pode tomar para evitar o roubo de informações. O aparelho ainda notifica quando algum aplicativo tira fotos, envia mensagens, acessa contatos ou o microfone do dispositivo sem a permissão do dono.

A preocupação com segurança não para por aí. O DTEK50 também possui criptografia completa que protege fotos e informações e ainda traz um serviço que armazena senhas, informações de login e registros sensíveis. A empresa explica porque decidiu investir tanto em privacidade. "A segurança sempre esteve no sangue da BlackBerry, e a privacidade sempre foi nossa prioridade. É por isso que o DTEK50 te permite compartilhar os detalhes de sua vida inteiramente sob seu controle", explica a companhia. 

Os primeiros atletas da China que chegaram para os Jogos do Rio-2016 começaram nesta quinta-feira a sua preparação no Esporte Clube Pinheiros. Mas ninguém pôde ver. O Comitê Olímpico Chinês pediu privacidade e impediu que público e imprensa acompanhassem as movimentações das equipes de tênis de mesa, natação e futebol. A discrição deve ser a tônica da aclimatação chinesa em São Paulo.

Os funcionários do Pinheiros receberam ordens expressas para evitar o contato dos atletas com o público. Não estão programadas as chamadas "janelas de imprensa", período de treinos abertos. Eles se preparam em horários específicos, diferentes do período de utilização dos outros 38 mil associados. Ao todo, o clube vai receber atletas de 14 modalidades durante três semanas.

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No hotel onde os atletas estão, nas proximidades do clube, a preocupação com o isolamento é a mesma. O comitê alugou 150 quartos duplos, cerca de 75% do estabelecimento, no período entre 22 de julho e 3 de agosto. O acesso ao lobby é restrito e a segurança, redobrada. O hotel não divulga os números envolvidos na operação.

O professor Carlos Bezerra de Albuquerque, diretor do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), ficou impressionado com a preocupação dos chineses com a discrição. Nesta quinta-feira, ele recebeu a visita de integrantes da comissão técnica de canoagem, que vai utilizar a raia olímpica da USP para treinamentos. O primeiro treino da equipe, marcado para amanhã, já está vetado para a imprensa. "Eles foram enfáticos na questão da privacidade. Não querem entrevistas nem filmagens. Fiquei impressionado", disse o professor.

Funcionários do Clube Pinheiros e do Cepeusp sugerem a preocupação com algum tipo de espionagem esportiva. Ou seja, os chineses temem que os métodos de treinamentos sejam observados pelos adversários. Bezerra aposta na concentração e foco dos atletas na reta final de preparação olímpica. "Eles se preocupam com a parte técnica, mas não acho que considerem o treino um segredo de Estado. Eles querem também manter o foco", opinou.

Ainda na quarta-feira desembarcaram em São Paulo os atletas do Japão (natação) e de Israel (judô, natação e atletismo). Os dois países vão se preparar na Hebraica. No sábado, a Unisanta, em Santos, recebe parte da delegação da Itália (natação, triatlo e maratona aquática).

A Microsoft teve uma grande vitória na batalha pela privacidade de dados, nesta quinta-feira (14), depois que um tribunal de apelação dos EUA considerou que a companhia não é obrigada a fornecer dados para a polícia.

Um painel de três juízes de um tribunal de apelação dos EUA, em Nova York, ordenou que o mandado contra a Microsoft seja desprezado. Um mandado de dezembro de 2013 exigia que a Microsoft entregasse o conteúdo de uma conta de e-mail usada por um suposto traficante de drogas.

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A empresa de Redmond, firma de tecnologia com sede em Washington, entregou informações da conta armazenadas em solo americano, mas disse que o conteúdo dos e-mails estava armazenado em servidores na Irlanda. A nacionalidade e a localização do suposto traficante não foram reveladas.

A juíza Susan Carney, da Corte de Apelação, afirmou que a legislação do país não dá à Justiça americana autoridade para obrigar as companhias de internet nos EUA a fornecer conteúdo de e-mail armazenado em servidores no exterior.

A Microsoft elogiou a decisão, dizendo que ela ajuda a garantir os direitos à privacidade das pessoas, garantidos pelas leis de seus países.

O caso foi acompanhado de perto por aqueles que temiam que uma decisão contra a Microsoft pudesse abrir caminho para que países forçassem as empresas de internet a fornecer os dados do usuário, independentemente do lugar do mundo em que estão armazenados.

"Essa decisão é uma grande vitória para a proteção dos direitos de privacidade das pessoas, protegidas por suas próprias leis, em vez de estarem ao alcance de governos estrangeiros", celebrou o diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, por e-mail.

"A decisão deixa claro que o Congresso dos EUA não deu ao governo dos EUA autoridade para usar mandados de busca unilateral para além das fronteiras dos EUA. Saber que as informações pessoais serão protegidas pela lei local também é essencial para que as pessoas confiem nas empresas de tecnologia", argumentou Smith.

O Facebook passará a autorizar todos os seus membros a recusar a publicidade segmentada, como parte de uma evolução das regras de proteção da privacidade, informou nesta sexta-feira (27) a rede social americana. "Você quer ver anúncios online selecionados com base em seus interesses no Facebook?", pergunta agora o site aos seus membros em todos os países em suas configurações de página.

O site também detalha todos os cookies, pequenos arquivos que informam sobre a navegação na maioria dos sites, que o Facebook impõe aos utilizadores. A rede social americana também pediu aos seus utilizadores europeus que autorizem novamente os cookies, uma autorização que já condicionava o registro na rede social.

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A rede social concebeu essas atualizações para continuar a cumprir com a legislação europeia, indicou em um comunicado Stephen Deadman, responsável pela proteção da privacidade no Facebook. "É importante para nós que as pessoas, editores e anunciantes entendam completamente como funciona a publicidade no Facebook", acrescentou Stephen Deadman.

Com esta nova política de publicidade mais legível e detalhada, a rede social responde em particular às autoridades francesas, que cobraram esclarecimentos sobre seus métodos de rastreamento de usuários. Em fevereiro, a Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL) concedeu três meses para a rede social atender a uma lei francesa sobre a coleta e uso de dados de usuários da internet.

A Justiça belga também ordenou o Facebook em 2015 a parar de rastrear os internautas sem o seu consentimento. O Facebook, que afirma ter comercializado até agora apenas publicidades visando seus membros, também anunciou que vai expandir seus serviços de publicidade segmentada para todos os internautas, e em todo o mundo.

A rede vai colocar cookies em computadores e telefones de todos aqueles que consultem os sites de seus clientes, seguindo a maioria do setor de publicidade europeu, disse Stephen Deadman.

Um relatório divulgado pela empresa de pesquisa e segurança online Hold Security mostra que um hacker conseguiu obter credenciais de login de mais de 272 milhões de contas de e-mail, que agora estão disponíveis para venda no submundo do crime russo. A maioria dos dados pertencem a clientes do Mail.ru, serviço popular na Rússia, embora a lista também inclua um número significativo de informações de pessoas que utilizam o Gmail, Yahoo e produtos da Microsoft.

De acordo com o pesquisador Alex Holden, o repositório de credenciais, que totaliza 1,17 bilhão de registros, foi encontrado em um fórum online. Estima-se que o arquivo contém cerca de 57 milhões de contas do Mail.ru, além de outras dezenas de milhões de dados de três grandes fornecedores mundiais de serviços de e-mail como o Gmail, Microsoft e Yahoo, e mais centenas de milhares de contas de provedores alemães e chineses.

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Curiosamente, o hacker pediu a apenas 50 rublos - menos de US$ 1 – pelo acesso do banco de dados, informou a empresa Hold Security. Depois de ser informado sobre a potencial violação de credenciais de e-mail, um porta-voz do Mail.ru disse que a empresa iria verificar se os dados vazados são compatíveis com as credencias de seus clientes.

A Microsoft disse, em nota, que oferece diversas ferramentas para garantir a segurança de seus usuários, além de recursos para que seus clientes possam recuperar uma eventual conta roubada. Yahoo e Google, porém, não quiseram comentar o caso publicamente.

A maioria dos provedores de acesso à internet no Brasil não informa claramente de que maneira coleta, utiliza e armazena os dados dos consumidores. É o que revela um estudo realizado pelo Internet Lab - um dos principais centros de pesquisa de política em internet no País - em parceria com a organização não governamental norte-americana Electronic Frontier Foundation (EFF), uma das mais importantes entidades de defesa de direitos digitais em todo o mundo.

Entre as operadoras brasileiras, a mais bem colocada foi a TIM, que recebeu pelo menos um ponto nos principais quesitos. A pior posicionada foi a Oi, que pontuou em apenas uma das categorias. Para fazer o estudo, as entidades analisaram contratos de prestação de serviço de banda larga (fixa, móvel ou ambos) das operadoras Claro, Oi, TIM, Vivo, NET e GVT. Cada uma fornece pelo menos 10% do total de acessos à internet no País - ao todo, elas são responsáveis por cerca de 90% das conexões.

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A pesquisa mostra que nenhuma das seis operadoras respeita integralmente o Marco Civil da Internet. A lei - espécie de constituição que determina direitos e deveres no uso da rede - determina que os usuários têm o direito a informações sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados cadastrais (nome, endereço, CPF, por exemplo) e de registro (data e hora de uma conexão e endereço IP do usuário). Três das seis operadoras analisadas não pontuaram neste critério.

Segundo o Internet Lab, os consumidores não encontram nos contratos detalhes sobre como cada operadora coleta, usa e armazena seus dados pessoais, nem como elas garantem a segurança dessas informações sensíveis. "Os contratos desenvolvem pouco estes temas, muitas vezes de uma forma bem confusa", diz o diretor do Internet Lab, Dennys Antonialli.

Ordem judicial

As operadoras também não deixam claro em que circunstâncias elas cedem os dados dos usuários para o Ministério Público (MP) ou para a Justiça. O Marco Civil garante que, na investigação de crimes, autoridades possam requerer dados cadastrais, mas restringe o acesso a dados pessoais e conteúdo das comunicações a pedidos com ordem judicial.

Para o Internet Lab, embora empresas como a NET, TIM e GVT tenham cumprido esta determinação, em seus contratos predomina a linguagem jurídica, difícil de entender para a maioria dos consumidores.

Para estimular que as operadoras melhorem suas práticas, a pesquisa também verificou se a empresa contesta judicialmente pedidos de dados abusivos, se já se posicionou sobre projetos de lei que afetam a privacidade, se informa quantas vezes recebeu pedidos de autoridades do governo e, por fim, se notifica o cliente quando recebe pedidos de acesso a seus dados pessoais.

Nenhuma operadora pontuou nos últimos dois critérios. "Quando o consumidor é notificado, ele pode exercer seu direito de defesa contra irregularidades", disse o vice-presidente da EFF, o norte-americano Kurt Opsahl.

Versão brasileira

A pesquisa foi inspirada no estudo americano "Who Has Your Back", elaborado anualmente pela EFF, para avaliar as práticas e políticas de operadoras e empresas de internet em relação a privacidade de seus usuários. Nos EUA, além das operadoras, Facebook, Apple, Google e Microsoft estão entre as empresas avaliadas.

Embora a metodologia tenha sofrido alterações para se adaptar à realidade brasileira, as operadoras locais tiveram desempenho superior às americanas, quando o estudo foi realizado pela EFF pela primeira vez, em 2011. "Isso reflete que estas questões sobre defesa dos dados estão mais presentes na sociedade", diz o especialista.

Em notas enviadas ao jornal O Estado de S. Paulo, Claro/NET e Vivo/GVT afirmaram que cumprem a legislação rigorosamente em relação aos dados dos clientes. Para a operadora TIM, a pesquisa é uma importante ferramenta para fomentar a discussão sobre a transparência. A operadora Oi preferiu não comentar os resultados da pesquisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O fabricante de telefone BlackBerry reconheceu indiretamente, nesta segunda-feira (18), que trabalhou com a Polícia Federal do Canadá no desmantelamento de uma organização da máfia de Montreal que usava seu sistema de mensagens. Apesar disso, a empresa insiste em que seu sistema de segurança é impenetrável.

Em um blog, o diretor-geral John Chen reiterou a posição de longa data da companhia canadense de que as empresas de tecnologia, como responsáveis, devem cumprir as solicitações de acesso à informação legais e razoáveis. "Para a BlackBerry, há um equilíbrio que deve ser respeitado entre fazer o que é correto, como ajudar a deter os criminosos, e evitar que os governos cometam abusos sobre a privacidade dos cidadãos", disse Chen.

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Na semana passada, citando documentos judiciais, os sites de notícias Vice News e Motherboard relataram que a BlackBerry teria ajudado a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) a espionar membros de um bando criminoso de Montreal suspeito de homicídio. Segundo os documentos, a polícia obteve a criptografia de chave dos celulares BlackBerry dos acusados. Com isso, foi possível acessar o conteúdo da troca de mensagens entre aparelhos de membros da organização mafiosa. A investigação começou em 2010 e levou à acusação e à condenação de 32 pessoas por tráfico de drogas, extorsão, assalto e outros crimes.

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