Tópicos | Leis

Presente em mais de 3 mil municípios e beneficiando 140 milhões de brasileiros, a tecnologia 5G enfrenta um entrave para a expansão. A falta de legislações atualizadas impede a instalação da infraestrutura necessária para a melhoria do sinal.

Segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade, apenas 399 dos municípios brasileiros (7,16% do total) atualizaram as leis de antenas locais à tecnologia 5G. O problema afeta inclusive grandes cidades. Quatro capitais – Belo Horizonte, Fortaleza, Natal e Recife – não adaptaram a legislação de telecomunicações ao 5G, embora tenham esse tipo de sinal.

##RECOMENDA##

Entre as cidades do interior e de regiões metropolitanas de mais de 500 mil habitantes, oito não têm legislação adequada ao 5G: Aparecida de Goiânia, Campinas, Contagem, Guarulhos, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Serra e Vila Velha.

O levantamento analisou tanto as cidades que aderiram as leis locais à Lei Geral de Antenas (LGA) quanto os municípios que adequaram a essa legislação, mas ainda não adaptaram a norma à instalação de infraestruturas de telecomunicações.

Quanto aos municípios com mais de 500 mil habitantes, a Conexis Brasil Digital informou que 12 têm leis adequadas ao 5G e seis atualizaram a legislação à Lei Geral de Antenas, mas ainda precisam adaptar a lei para a instalação de infraestruturas.

Nas cidades entre 200 mil e 500 mil habitantes, a situação piora. De 101 municípios nessa categoria, 53 não adaptaram as leis à LGA, 15 atualizaram, mas precisam revisar a legislação e 33 estão com leis preparadas para o 5G.

Mesmo com a demora, houve avanços. O total de municípios que adaptaram as leis locais à LGA saltou de 347 em 2022 para 573 no ano passado, alta de 65%. Desse total, no entanto, 174 localidades precisam adequar a legislação à tecnologia 5G.

Potencial

Segundo a Conexis Brasil, que gerencia o projeto Conecte 5G, a existência de leis municipais que facilitem a instalação de antenas, com regras claras e licenciamento ágil, resulta na atração de investimentos, ao oferecer mais segurança jurídica para as operadoras. Diferentemente das tecnologias 3G e 4G, o sinal 5G não exige a instalação de torres, com as antenas podendo ser instaladas no topo de prédios e interferindo pouco na paisagem urbana.

Apesar dos entraves legislativos, a cobertura do 5G no Brasil supera as metas estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Atualmente, a tecnologia está disponível em todas as cidades com mais de 500 mil habitantes e na maior parte dos municípios com mais de 200 mil habitantes. O edital original do 5G estipulava a universalização do 5G nas cidades com mais de 500 mil moradores até julho de 2025 e nas localidades com mais de 200 mil habitantes até julho de 2026.

Mesmo com a superação da meta, a Conexis Brasil informa que a demora reduz o potencial da tecnologia 5G. Isso porque a digitalização da economia exigirá mais antenas que a rede atual. Nas capitais que não adequaram a legislação, as operadoras enfrentam problemas para instalar as infraestruturas necessárias.

Entrou em vigor a lei que incorpora a proteção integral dos direitos de crianças e adolescentes como um dos princípios fundamentais na formação dos profissionais da educação. 

A Lei 14.679/23 também insere entre os principais pontos de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) a identificação de maus-tratos, negligência e violência sexual praticados contra menores de 18 anos. 

##RECOMENDA##

O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a Lei Orgânica da Saúde. As alterações irão garantir que a formação dos profissionais da educação básica inclua capacitação permanente para identificar sinais de maus-tratos, negligência e abuso sexual de crianças e adolescentes. 

Nas ações do SUS, a nova norma busca inserir a proteção aos direitos humanos nos princípios a serem seguidos durante a prestação de serviços. E, ainda, estabelece que a identificação de maus-tratos e de violência sexual contra menores de idade deve receber atenção especial dos profissionais da saúde.

Entre os dias 20 e 29 de setembro, a Prefeitura de Guarulhos abrirá inscrições para os editais da Lei Paulo Gustavo, que viabiliza recursos no setor de cultura, na execução de ações e projetos em todo o Brasil. 

Cerca de R$ 9.989.052,25 (reais) serão destinados a produtores com atuação na área de cultura; pessoas físicas, empresas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, como associações, fundações e organizações da sociedade civil.

##RECOMENDA##

Os interessados podem inscrever seus projetos através de cinco editais diferentes: EDITAL 004/2023-SC – Produção Audiovisual; EDITAL 005/2023-SC - Cinemas de Rua; EDITAL 006/2023-SC - Salas de Cinema; EDITAL 007/2023-SC - Formação, Qualificação e Difusão Audiovisual; EDITAL 008/2023-SC - Demais Áreas Culturais; e EDITAL 009/2023-SC - Pontos de Cultura.

Os editais concentram 70% dos recursos para fomento do setor audiovisual: incentivo à produção de obras audiovisuais; seleção de projetos culturais de formação, qualificação e difusão audiovisual; recebimento de apoio financeiro por pontos de cultura; apoio à reforma, manutenção e funcionamento de salas de cinema; manutenção e ao funcionamento de cinemas de rua ou itinerantes, novos ou já existentes. 30% também pode ser destinados a editais de projetos das demais áreas culturais.

Para participar, é necessário acessar o site: guarulhos.sp.gov.br/leipaulogustavo, escolher o edital de interesse e preencher formulário específico do edital escolhido. Os participantes devem verificar a documentação encaminhada, por meio de upload de arquivo em formato PDF.

Nesta segunda-feira (7) é comemorado os 17 anos da Lei Maria Penha. Para celebrar, a Prefeitura de Guarulhos planejou uma programação de eventos e palestras ao longo do mês, com o tema “Porque uma voz não se calou, hoje milhares podem ser ouvidas”. Serão abordados os temas papel da Defensoria Pública, Lei Maria da Penha, feminicídio e autoconhecimento. Confira: 

sexta-feira, 11 de agosto  

##RECOMENDA##

Palestra – “A Lei Maria da Penha – Lei 11.340”

Horário: 14h

Local: Casa da Mulher Clara Maria Vila Galvão

Endereço: Rua Brigadeiro Lima e Silva, número 565 – Vila Galvão, Guarulhos/SP

Telefone: (11) 2086-2374

 

segunda-feira, 14 de agosto

Palestra – “A Lei Maria da Penha – Lei 11.340”

Horário: 14h

Local: Casa da Mulher Clara Maria Haroldo Veloso

Endereço: Rua Agostinho da Silva, número 20 – Haroldo Veloso

Telefone: (11) 2467-6445

 

sexta-feira, 18 de agosto

Palestra: “Feminicídio”

Horário: 10h

Local: Espaço da Mulher Clara Maria Pimentas

Endereço: Estrada do Caminho Velho, 351 – Pimentas

Telefone: (11) 2480-1060

 

quinta-feira, 24 de agosto 

Roda de Conversa – “O papel da Defensoria Pública”

Horário: 14h 

Local: Casa da Mulher Clara Maria Recreio São Jorge

Endereço: Rua das Margaridas, número 58 – Recreio São Jorge

Telefone: (11) 2446-1756

 

sexta-feira, 25 de agosto

Palestra – “Autoconhecimento – Evoluir e Aprender”

Horário: 10h

Local: Espaço da Mulher Clara Maria Pimentas

Endereço: Estrada do Caminho Velho, 351 – Pimentas

Telefone: (11) 2480-1060

 

Palestra – “A Lei Maria da Penha – Lei 11.340”

Horário: 14h 

Local: Casa da Mulher Clara Maria Bom Clima

Endereço: Rua Morro Agudo, número 112 – Jardim Bom Clima

Telefone: (11) 2468-3569

 

quinta-feira, 30 de agosto 

Palestra – “A Lei Maria da Penha – Lei 11.340”

Horário: 8h às 14h

Local: Casa da Mulher Clara Maria Recreio São Jorge

Endereço: Rua das Margaridas, número 58 – Recreio São Jorge

Telefone: (11) 2446-1756

 

sexta-feira, 31 de agosto

Roda de Conversa – “O papel da Defensoria Pública”

Horário: 9h30 

Local: Casa da Mulher Clara Maria Vila Galvão

Endereço Rua Brigadeiro Lima e Silva, número 565 – Vila Galvão

Telefone: (11) 2086-2374

 

Roda de Conversa – “O papel da Defensoria Pública”

Horário: 14h 

Local: Casa da Mulher Clara Maria Haroldo Veloso

Endereço: Rua Agostinho da Silva, número 20 – Haroldo Veloso

Telefone: (11) 2467-6445

Os parlamentares de Minnesota, nos Estados Unidos devem aprovar uma lei, nesta segunda-feira (15), que proíbe a divulgação de deepfakes pornográficos. Essa é uma resposta ao compartilhamento de vídeos falsos gerados por inteligência artificial (IA) de conteúdo sexual. A expectativa é de que tudo comece até o final do mês de maio. 

Os deputados estaduais de Minnesota aprovaram um projeto que excluía os vídeos falsos pornográficos que fossem paródias, sátiras, comentários ou com algum valor jornalístico ou político, com base na liberdade de expressão. No entanto, o Senado alterou o dispositivo vetando totalmente o deepfake pornô. Agora a Câmara de Deputados de Minnesota deve voltar novamente o projeto, antes de enviar para a sanção do governador. Porém, os deepfakes para fins educacionais continuam sendo permitidos.  

##RECOMENDA##

Cerca de 96% das deepfakes que circulam online têm natureza pornográfica, afirmou uma das defensoras do projeto, a senadora estadual Erin Maye Quade. “A tecnologia deepfake tem o poder de prejudicar reputações, arruinar vidas e até mesmo ameaçar a integridade de nossa democracia”, avaliou Quade.

Os deepfakes têm sido apontados como a mais nova ameaça à democracia dos Estados Unidos. A ferramenta perigosa pode ser usada para influenciar os eleitores nas semanas que antecedem as eleições e, por isso, os parlamentares estaduais estão buscando regular as tecnologias de inteligência artificial. A Califórnia e o Texas já tornaram crime a divulgação dos vídeos falsificados envolvendo políticos nas semanas que antecedem as eleições. 

As operadoras de telefonia móvel enfrentam um entrave para a expansão do sinal 5G para as cidades de médio porte. Segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, que reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade, dez dos 26 municípios com mais de 500 mil habitantes não têm leis específicas para a instalação de antenas e demais infraestruturas necessárias para a nova tecnologia.

O levantamento não considera as capitais, que já têm 5G desde o segundo semestre do ano passado. Apenas as cidades de regiões metropolitanas ou do interior incluídas na nova etapa de expansão do sinal foram incluídas.

As cidades que precisam adequar a legislação para receber a tecnologia são Ananindeua (PA), Aparecida de Goiânia (GO), Belford Roxo (RJ), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Nova Iguaçu (RJ), Osasco (SP), São Bernardo do Campo (SP), Serra (ES) e Vila Velha (ES).

Pelo edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o sinal 5G deve estar instalado nas cidades com mais de 500 mil moradores até julho de 2025, com uma antena para cada 10 mil pessoas. A agência reguladora já autorizou a ativação comercial da frequência de 3,5 giga-hertz (GHz) nas 26 cidades. No entanto, a adoção da tecnologia também depende das leis locais.

##RECOMENDA##

Ajuste parcial

Segundo o levantamento, 12 municípios com mais de meio milhão de habitantes têm leis específicas sobre o tema, mas precisam adequar a legislação local à Lei Geral de Antenas e a práticas de licenciamento que forneçam segurança jurídica.

Essa lista é composta por Caxias do Sul (RS), Contagem (MG), Duque de Caxias (RJ), Feira de Santana (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Juiz de Fora (MG), Londrina (PR), Niterói (RJ), Ribeirão Preto (SP), Santo André (SP), São Gonçalo (RJ) e Sorocaba (SP).

Nesses locais, assim como ocorre em algumas capitais que ainda não adaptaram a legislação, a tecnologia 5G pode ser instalada, mas a expansão do sinal e a cobertura em determinados bairros ficam comprometidas.

Apenas quatro das 26 cidades com mais de 500 mil moradores, segundo a Conexis Brasil, têm legislações e processos burocráticos municipais que tornam o ambiente favorável para a chegada do 5G. Os municípios são Campos dos Goytacazes (RJ), Joinville (SC), São José dos Campos (SP) e Uberlândia (MG).

Segundo a entidade, que gerencia o projeto Conecte 5G, a existência de leis municipais que facilitem a instalação de antenas, com regras claras e licenciamento ágil, resulta na atração de investimentos, ao oferecer mais segurança jurídica para as operadoras. Diferentemente das tecnologias 3G e 4G, o sinal 5G não exige a instalação de torres, com as antenas podendo ser instaladas no topo de prédios e interferindo pouco na paisagem urbana.

O candidato do Novo a presidente da República, Luiz Felipe D'Avila, defendeu a revisão da Lei de Licitações porque, segundo ele, "engessa brutalmente o investimento", além de impulsionar a "judicialização dos contratos". O candidato propôs que Estados e municípios participem mais dos processos de concessões públicas, reduzindo o maior protagonismo do governo federal.

O principal problema no setor da infraestrutura hoje, segundo ele, é a falta de coordenação entre os setores público e privado e a sociedade civil. "O mais importante é acertar a governança e a coordenação dos projeto s para viabilizar os investimentos."

##RECOMENDA##

D'Avila participou nesta segunda-feira, 29, do evento "Abdib Fórum 2022 - agenda da infraestrutura com presidenciáveis" em um hotel na capital paulista.

Quando os brasileiros foram às ruas em junho de 2013, uma das principais pautas que emergiram nos protestos foi o aprimoramento do combate à corrupção. A então presidente, Dilma Rousseff (PT), respondeu com um pacote de leis sobre o tema, que depois foram fundamentais para permitir as investigações da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014.

No entanto, após as apurações alcançarem nomes do partido como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sigla se voltou contra a chamada "agenda anticorrupção" - e passou a trabalhar para desmantelá-la no Congresso, muitas vezes em conjunto com partidos do Centrão.

##RECOMENDA##

Projetos como a Lei Anticorrupção e a Lei das Organizações Criminosas, ambas de 2013, sofreram modificações ou foram alvo de projetos apresentados por petistas com apoio de parlamentares do PL, do Republicanos e do Progressistas, siglas que ocuparam ministérios nas gestões petistas e hoje dão suporte ao governo de Jair Bolsonaro.

O PT teve também protagonismo em outras mudanças legislativas que tendem a enfraquecer o arcabouço legal anticorrupção no País, de acordo com especialistas que acompanham o assunto. É o caso das alterações na Lei da Improbidade e da proposta de emenda à Constituição que muda a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e amplia a influência do Legislativo no órgão.

Secretário-geral do PT, o deputado Paulo Teixeira (SP) disse ao Estadão que "não houve mudança" de pensamento do partido sobre as legislações aprovadas, mas a intenção de "fazer o correto combate à corrupção". "A Lei de Improbidade combateu um monte de gente inocente. O correto combate à corrupção não pode destruir empresas, mas tem que tirar os corruptos das empresas", afirmou o parlamentar.

Teixeira declarou ainda considerar que o PT se deixou levar pela pressão que existia a favor do combate à corrupção após os protestos de junho de 2013, e acabou patrocinando leis "autoritárias", como a Lei das Organizações Criminosas.

"Nós erigimos uma legislação autoritária. Na ânsia de responder ao combate à corrupção, acabamos aceitando no Brasil legislações sugeridas pelos Estados Unidos e que eram altamente autoritárias, e que nem eles aplicavam lá", disse o secretário-geral do partido.

Ao lado do colega Wadih Damous (PT-RJ), Teixeira propôs uma série de mudanças na Lei das Organizações Criminosas, criando regras rígidas para os acordos de delação premiada e a exclusão da possibilidade de prisão preventiva para garantia da ordem pública e econômica - justificativa que motivou inúmeras ordens de custódia na Lava Jato.

ELOGIOS

Nos últimos anos, a atuação de governos do PT na agenda anticorrupção chegou a ser elogiada até por quem investigava seus nomes mais proeminentes, como Lula e os ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu. Em 2016, o então procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que os governos petistas permitiram o fortalecimento da Polícia Federal e do Ministério Público.

Mas o avanço das investigações da Lava Jato foi o estopim para que o PT se voltasse contra legislações criadas durante os 14 anos das gestões Lula e Dilma - normas consideradas pilares no enfrentamento dos crimes de colarinho-branco. O partido que garantiu a independência da PF e do MP passou a questionar a atuação dos órgãos no Congresso.

No fim de outubro, uma proposta de Teixeira tentou aumentar a influência da Câmara e do Senado no CNMP. O órgão responsável por fiscalizar a conduta de promotores e procuradores foi criado em 2004, no governo Lula. Apelidada de "PEC da Vingança" por associações do Ministério Público e considerada uma revanche contra a Lava Jato, a proposta foi barrada na Câmara por 11 votos. A rejeição do texto surpreendeu os parlamentares.

A derrota ocorreu semanas após uma vitória considerada importante pelos deputados. A Lei de Improbidade, de 1992 e anterior aos governos petistas, foi afrouxada pelas mãos de Carlos Zarattini (PT-SP), responsável pelo texto aprovado no Congresso, na maior mudança feita nas normas sobre improbidade até hoje.

'MUDANÇA'

Para especialistas, a nova lei dificulta a punição a políticos. O principal ponto é o que prevê condenação por improbidade apenas nos casos em que seja comprovado o "dolo específico", ou seja, a intenção de cometer a irregularidade. A legislação foi sancionada por Bolsonaro, sem vetos.

Na avaliação do procurador de Justiça Roberto Livianu, "mesmo que existam questionamentos sobre a forma de atuar da Lava Jato, houve uma investigação grande sobre casos de corrupção". "E, quando essas investigações alcançaram quadros do PT, você percebe que o ponto de vista (do partido) sobre o combate à corrupção se modificou", disse Livianu, que preside o Instituto Não Aceito Corrupção.

TEMAS QUE MOBILIZARAM PETISTAS NO CONGRESSO

Improbidade administrativa

No projeto que afrouxou a Lei de Improbidade Administrativa, o texto aprovado foi o do relator, Carlos Zarattini (PT-SP), com apoio do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), nome do Centrão. Os 52 deputados do PT foram a favor da medida, que dificulta a punição de políticos ao exigir a comprovação de "dolo específico" (intenção de cometer irregularidade).

Organizações criminosas

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), junto com o colega Wadih Damous (PT-RJ), propôs uma série de mudanças na Lei das Organizações Criminosas, criando regras rígidas para os acordos de delação e a exclusão da possibilidade de prisão preventiva para garantia da ordem pública e econômica - justificativa que motivou várias ordens de custódia na Lava Jato.

Conselho Nacional do Ministério Público

No fim de outubro, uma proposta do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) tentou aumentar a influência da Câmara e do Senado no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O órgão é responsável por fiscalizar a conduta de promotores e procuradores e foi criado durante o governo Lula, em 2004. Chamada de "PEC da Vingança" por entidades do Ministério Público e considerada retaliação contra a Operação Lava Jato, a proposta acabou sendo barrada na Câmara dos Deputados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começa nesta quinta-feira (23) o recesso parlamentar. As votações, no entanto, foram encerradas nessa quarta (21) com a conclusão da votação do Orçamento da União para o ano que vem. O Parlamento retoma os trabalhos em 2 de fevereiro de 2022. Durante o recesso, o Congresso Nacional funcionará sob o comando de uma comissão representativa de parlamentares. 

Em 2021, o Congresso aprovou mais de 150 leis e cinco emendas constitucionais. Entre as principais está a PEC dos Precatórios, que abriu espaço fiscal de R$ 43,8 bilhões para a União gastar em 2022. A medida determina que a aplicação dos recursos economizados com o limite de pagamento de precatórios deverá ser utilizado exclusivamente em seguridade social e no programa Auxílio Brasil. 

##RECOMENDA##

Diversas leis foram aprovadas para amenizar o impacto da pandemia de Covid-19 no país. Entre elas está o Novo Auxílio Emergencial, proposta que criou mecanismos de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários. Também permitiu ao governo federal pagar um auxílio emergencial este ano, com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos, para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19 na população mais vulnerável. 

Congressistas aprovaram uma nova reforma eleitoral. Entre os principais pontos está a contagem em dobro dos votos dados a candidatos negros, índios e mulheres para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 a 2030. A medida também abre uma possibilidade para deputados e vereadores não perderem o mandato se deixarem os partidos, desde que haja anuência das legendas para essa saída. Além disso, fica prevista a mudança na data das posses de presidente da República e governadores. No caso do primeiro, a posse será no dia 5 de janeiro, e no dos governadores, no dia seguinte, 6 de janeiro. Essa mudança valerá a partir da eleição de 2026. 

Deputados e senadores analisaram ainda as mudanças na Lei de Improbidade Administrativa. O novo texto da lei passou a exigir a comprovação de intenção (dolo) para a condenação de agentes públicos. 

Propostas em debate para 2022

Entre as previsões de análise dos congressistas em 2022 está a reforma administrativa (PEC 32). Aprovada em comissão especial, a matéria aguarda análise pelo plenário da Câmara dos Deputados. A proposta prevê a redução em até 25% de salários e jornada de servidores públicos e a previsão de a União, os estados e municípios firmarem contrato com órgãos e entidades, públicos e privados, para a execução de serviços públicos. O texto retoma ainda a previsão de contratação temporária de servidores pelo período de até dez anos. 

Outra discussão é sobre a reforma do Imposto de Renda (IR). A matéria já foi aprovada na Câmara e aguarda análise dos senadores. Pelo texto, haverá um corte de 7% na alíquota do IR para empresas, que cai de 15% para 8%. A proposta prevê também a tributação do mercado financeiro, que passará a ter uma taxa de 20% sobre lucros e dividendos. 

O aumento para R$ 130 mil da receita bruta anual permitida para o enquadramento como microempreendedor individual (MEI) também foi analisado pelos parlamentares. Aprovada pelos senadores, a matéria deverá ser votada pelos deputados para entrar em vigor. Atualmente, o limite de faturamento do MEI é de R$ 81 mil. 

A proposta amplia de um para dois o número de empregados que podem ser contratados pelo microempreendedor. Os funcionários podem receber, no máximo, um salário mínimo ou o piso salarial da respectiva categoria profissional. Para os casos de afastamento legal de um ou de ambos empregados do MEI, será permitida a contratação de empregados em número equivalente aos que foram afastados, inclusive por prazo determinado, até que cessem as condições do afastamento, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O Senado e a Câmara lançaram o portal normas.leg.br, onde é possível ter acesso de forma inovadora às normas constitucionais e às leis federais. O portal possui uma série de funcionalidades inéditas, que tornam mais prática e amigável a consulta aos textos legais e às propostas de emenda à Constituição em tramitação no Parlamento. Uma das novidades: além das leis, pode-se verificar as mudanças pelas quais elas passaram ao longo dos anos — o que foi alterado, suprimido ou acrescentado. O ato de criação do portal foi assinado pelos secretários-gerais da Mesa da Câmara dos Deputados, Ruthier de Sousa Silva, e do Senado Federal, Gustavo A. Sabóia Vieira.

Gustavo lembrou que o Grupo de Trabalho Permanente de Integração da Câmara dos Deputados com o Senado Federal vem trabalhando desde 2017 em projetos para facilitar o acesso do cidadão às informações legislativas das duas Casas. Um dos resultados desse trabalho é a identificação única, iniciada em 2019, dos projetos de lei que tramitam no Congresso — até então, um mesmo projeto de lei recebia numerações distintas na Câmara e no Senado.

##RECOMENDA##

"É um sinal de desenvolvimento da democracia e de maturidade das nossas instituições", declarou o secretário-geral da Mesa do Senado.

Consulta da legislação ao longo do tempo

Uma das novidades do novo portal é a facilidade de consulta da evolução das normas ao longo do tempo. É possível analisar essa evolução sob múltiplas perspectivas — textual, hierárquica ou cronológica —, com infográficos que facilitam a visualização global da estrutura das normas (por exemplo, com as divisões por títulos, capítulos, seções etc.).

O usuário terá à sua disposição controles que permitem consultar o texto original ou o texto atual, ou ainda aplicar filtros em uma linha do tempo (o que torna mais fácil visualizar as alterações ocorridas em determinado intervalo de datas). Gráficos "customizáveis" possibilitam gerar estatísticas que analisam, por exemplo, em que período determinada norma sofreu mais alterações ou recebeu mais propostas de alteração.

Outra novidade: a facilidade para verificar quais propostas em tramitação visam alterar o texto constitucional; e quais acórdãos de controle de constitucionalidade são relativos às normas federais.

normas.leg.br leva em conta o uso cada vez maior do celular como meio de acesso: o portal oferece a visualização "mobile" para facilitar o acesso às informações legislativas.

"A gente conseguiu esse resultado com o apoio das áreas de informação e tecnologia das duas Casas. Foi um trabalho de vários anos, com uma equipe multidisciplinar. Conseguimos fazer algo que não existe no mundo, que é a consulta da legislação em função do tempo. Todo o esforço na organização da informação jurídica se justifica pela economia do tempo do usuário que necessita da informação clara, correta, atualizada e completa", explicou João Alberto de Oliveira Lima, líder do projeto e analista de informática legislativa do Senado.

Em um primeiro momento, o normas.leg.br trará a compilação estruturada das normas constitucionais, do Código Civil e do Código de Processo Civil e das normas com força de lei (leis, leis complementares e medidas provisórias) assinadas após 1º de janeiro de 2019. Por enquanto, as normas federais publicadas antes de 2019 estão disponíveis para consulta convencional, não-estruturada.

*Da Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal atendeu pedidos da Procuradoria-Geral da República e derrubou normas de dois municípios do Ceará, Nova Russas e de Campos Sales, que estabeleciam pensão a prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e dependentes. O entendimento que prevaleceu no julgamento foi o de que as leis municipais não são compatíveis com os princípios republicano e da igualdade.

Uma das ações apresentadas ao Supremo pela PGR questionava lei de Campos Sales, que instituiu pensão por morte e por invalidez para os ex-prefeitos, ex-vice-prefeitos e ex-vereadores, seus cônjuges ou companheiros sobreviventes e seus descendentes consanguíneos de primeiro grau. A cidade de 27 mil habitantes fica a 290 quilômetros de Fortaleza.

##RECOMENDA##

Já a outra, questionava normas de Nova Russas que concediam pensão vitalícia a dependentes de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores falecidos no exercício do mandato. O município tem 32 mil habitantes e fica localizada a 300 quilômetros da capital cearense.

Ao analisar o caso, o Plenário seguiu o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, no sentido de que as normas locais não foram recepcionadas pela Constituição Federal. As informações foram divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal.

O relator explicou que, como os cargos políticos do Legislativo e do Executivo municipal têm caráter temporário e transitório, não se justifica a concessão de qualquer benefício permanente a seus ex-ocupantes, sob pena de afronta aos princípios da igualdade, da impessoalidade, da moralidade pública e da responsabilidade com gastos públicos.

Segundo o ministro, o tratamento diferenciado a determinado indivíduo, quando não houver fator de diferenciação para justificar sua concessão é incompatível com os princípios republicano e da igualdade.

As alterações promovidas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) entram em vigor a partir desta segunda-feira (12). As mudanças foram sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro do ano passado, quando ficou definido que a vigência passaria a ocorrer 180 dias após a sanção.

A partir de agora, os motoristas devem ficar atentos aos novos prazos de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ao número de pontos que podem gerar a suspensão de dirigir e à punição de quem causar uma morte ao conduzir o veículo após ter ingerido bebida alcoólica ou ter usado drogas.

##RECOMENDA##

Os exames de aptidão física e mental para renovação da CNH não serão mais realizados a cada cinco anos. Agora, a validade será de dez anos para motoristas com idade inferior a 50 anos; cinco anos para motoristas com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 e três anos para motoristas com idade igual ou superior a 70 anos.

Sobre a pontuação, a lei agora estabelece uma gradação de 20, 30 ou 40 pontos em 12 meses conforme haja infrações gravíssimas ou não. Atualmente, a suspensão ocorre com 20 pontos, independentemente do tipo de infração.

Dessa forma, o condutor será suspenso com 20 pontos se tiver cometido duas ou mais infrações gravíssimas; com 30 pontos se tiver uma infração gravíssima; e com 40 pontos se não tiver cometido infração gravíssima no período de 12 meses.

Os condutores que exercem atividades remuneradas terão seu documento suspenso com 40 pontos, independentemente da natureza das infrações. Essa regra atinge motoristas de ônibus ou caminhões, taxistas, motoristas de aplicativo ou moto-taxistas. Se esses condutores participarem de curso preventivo de reciclagem ao atingir 30 pontos, em 12 meses, toda a pontuação será zerada.

As novas regras proíbem que condutores condenados por homicídio culposo ou lesão corporal sob efeito de álcool ou outro psicoativo tenham pena de prisão convertida em  alternativas.

Cadeirinhas

O uso de cadeirinhas no banco traseiro passa a ser obrigatório para crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido 1,45 metro de altura. Pela regra antiga, somente a idade da criança era levada em conta.

Recall

Nos casos de chamamentos pelas montadoras para correção de defeitos em veículos (recall), o automóvel somente será licenciado após a comprovação de que houve atendimento das campanhas de reparo.

Motociclistas

Para os motociclistas, a nova lei restringe a circulação de crianças na garupa das motos. Antes, a legislação permitia que crianças maiores de sete anos podiam ir na garupa. Agora, a idade mínima para levar uma criança na moto é 10 anos.

Andar com o farol da motocicleta apagado passará a ser considerada infração média, sujeita a multa de R$ 130,16. Antes, isso era considerado como infração gravíssima, sujeita a multa e apreensão da CNH e até suspensão do direito de pilotar.

Pilotar motocicleta sem viseira ou óculos de proteção ou com a viseira levantada passa a ser uma infração média, com multa de R$ 130,16. Antes, era considerada infração gravíssima andar sem viseira e infração leve pilotar com viseira levantada ou danificada.

A Comissão Europeia apresentou hoje propostas de leis que fortalecem a regulação de grandes empresas de tecnologia e, em alguns casos, preveem cobrança de multas de até 10% da receita mundial anual dos conglomerados ou separação de companhias para impedir abusos de concorrência. Sem mencionar alvos específicos, as medidas são aplicáveis à redes sociais, serviços de busca e intermediadores digitais que operam na União Europeia (UE), o que envolve os serviços oferecidos por algumas das grandes empresas americanas.

A intenção é prevenir situações "injustas" a consumidores e proibir práticas neste sentido, como o bloqueio da desinstalação de softwares ou aplicativos previamente instalados. "Para infratores recorrentes, as sanções podem também envolver a obrigação de tomar medidas estruturais, podendo estender-se à alienação de certos negócios, quando nenhuma outra medida alternativa igualmente eficaz estiver disponível para garantir o cumprimento", afirma o documento.

##RECOMENDA##

O próximo passo é levar a proposta à discussão no Parlamento Europeu e aos Estados Membros, com base no processo legislativo ordinário. Em caso de adoção, o texto passa a valer para toda a UE.

No Paquistão, um novo pacote de leis contra o crime de estupro vai passar pelo Poder Legislativo para aprovação. Entre os termos propostos pelo Ministério da Justiça paquistanês está o que deve condenar estupradores ao processo de castração química. O código penal em vigência sugere a punição com prisão, que pode ser de 10 a 25 anos, ou com a pena de morte.

A proposta, elaborada pelo Ministério da Justiça do Paquistão ganhou força no Senado e tem o apoio do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan. Na nova legislação ainda há pontos que viabilizam o desimpedimento em relação às investigações criminais e que permitem maior agilidade na resolução de casos de agressão às mulheres. Além de facilitar o acesso das vítimas às denúncias, o pacote de leis projeta que elas tenham a segurança preservada após manifestarem queixas contra os suspeitos.

##RECOMENDA##

De acordo com o Senado do Paquistão, o novo pacote surge após registro de aumento nos casos de abuso contra mulheres e crianças no Paquistão. O pacote deve ser apresentado ao Poder Legislativo paquistanês para aprovação nos próximos dias.

[@#galeria#@]

"A mídia sob o império da lei: as políticas de regulação dos meios de comunicação no Brasil e na Argentina no século XXI" é o título do livro do cientista político e professor Rodolfo Silva Marques, que terá pré-lançamento virtual nesta terça-feira (20), no evento VII Confluências, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA - Universidade da Amazônia. O Confluências será às 18 horas, na plataforma Blackboard.

##RECOMENDA##

O livro traz um conjunto de reflexões sobre políticas de regulação da mídia aplicadas nas décadas recentes, em especial nos dois países sul-americanos escolhidos para análise (Brasil e Argentina). O eixo causal estabelecido é buscar a interferência dos processos de regulação da mídia no funcionamento dos processos democráticos nos dos países. 

Os atuais modelos verificados no Brasil e na Argentina, entende o pesquisador,  tendem a trazer prejuízos democráticos em ambas as nações. A ideia, portanto, é que o livro possa contribuir com o debate da regulação da mídia e na discussão para os avanços democráticos em todos os níveis. 

Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mestre em Ciências Políticas (Área de Concentração: Instituições Políticas e Políticas Públicas) pela Universidade Federal do Pará/UFPA), Rodolfo Marques tem graduação em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda e integra o corpo docente do curso de Comunicação Social da UNAMA.

Ouça, abaixo, entrevista com o professor Rodolfo Marques. 

Da Redação do LeiaJá Pará.

[@#podcast#@]

 

A Universidade Aberta da Sustentabilidade (UAS) realiza, na terça-feira (11), webinar para discutir ‘Novas Leis Ambientais em Foco’. A transmissão será iniciada a partir das 19h, por meio do perfil do Instagram da UAS

O momento contará com a participação remota do advogado ambientalista e titular da unidade de Direito Ambiental de Martorelli Advogados, Hélio Gurgel; do biólogo e ex-secretário do Meio Ambiente  do Estado de Sergipe, Genival Nunes, e Mauro Buarque, especialista em gestão de controle ambiental em Pernambuco. 

##RECOMENDA##

De acordo com a UAS a discussão está sendo iniciada para expor questões importantes sobre a situação ambiental e com o foco nas novas leis ambientais. “Ouvir os que tomam posições proativas diante dessa questão e trocar informações verdadeiras com os interessados pretendemos obter como produto final um documento a ser enviado ao Congresso antes da votação”, informou a UAS ao LeiaJá. 

De acordo com o advogado ambientalista Hélio Gurgel, a questão ambiental no Brasil chegou em um ponto crítico que atinge o interesse de todos os brasileiros que tem que tomar  o próprio destino em suas mãos.  “A sustentabilidade pede a atenção para cada um dos aspectos que envolvem os cuidados com o meio ambiente”, disse. 

Ele acrescentou que “o meio ambiente não se resume a licenciamento rápido para satisfazer aos empreendedores que estão pressionados precisando produzir e acuados pelos métodos burocráticos de demasiados carimbos que remetem para a incerteza a segurança jurídica que devem ter para gerar riquezas. Essa desgovernança ameaça seriamente um precioso setor brasileiro que está dando certo e gerando riquezas: o agronegócio”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa, nesta segunda-feira (13), 30 anos de existência. Feito para garantir a proteção dos jovens desde a primeira infância e auxiliar juridicamente em casos contra a integridade (física e moral) dos pequenos, o marco regulatório tem esbarrado em uma mudança significativa para os nossos tempos: a tecnologia. Com o aumento do acesso infantil às plataformas digitais, o texto, escrito em 1990, precisa urgentemente conversar com os problemas da geração atual. 

De acordo com gerente de segurança da informação, Wellensohn Gomes, o estatuto não prevê o aliciamento de menores via chat ou mesmo uma punição para quem criar desafios virtuais que ponham em risco a integridade física da criança. Um exemplo recente foi o “homem Pateta”, um perfil humanizado do personagem da Disney que enviava vídeos, textos, áudios e até realizava chamadas de vídeo para propor desafios e incentivar crianças a cometerem suicídio. 

##RECOMENDA##

“O artigo 241 do ECA fala de apresentar, produzir, vender, armazenar informações das crianças, inclusive na rede mundial de computadores. Em alguns cenários a gente encontra problemas relacionados à criança no qual o Estatuto não consegue enquadrar”, diz Gomes. “Por exemplo, um perfil falso nas redes sociais que faça alienação com a criança, mas não armazena a foto dela, não divulga, somente conversa e alicia psicologicamente o artigo não prevê isso. Para esse cenário é preciso que a Lei se adeque ao mundo que vivemos”, explica.

O especialista em segurança da informação critica o único artigo do ECA que se refere à internet. De acordo com o estatuto, apenas quando houver divulgação ou armazenamento de imagens infantis em contextos sexualizados é que o ato será tipificado como crime. Porém, com o aumento do uso de redes sociais e plataformas como TikTok, Twitter, Instagram, WhatsApp, entre outras, criminosos podem encontrar formas diferentes de causar danos aos pequenos, como no caso dos “desafios”, como o da Baleia Azul ou da Boneca Momo.

Confira o vídeo e veja dicas para proteger seus filhos digitalmente

[@#video#@]

Regulação internacional e redes sociais

“Hoje, com a transformação digital, as nossas crianças, os nossos filhos, precisam estar cada vez mais conectados. Eles são nativos digitais. Eu não consigo ocultar a tecnologia dele, porque já vem de berço. Essa roupagem do ECA que é de 1990 precisa acompanhar isso, fazendo as modernizações e atualizações para o mundo que vivemos”, afirma Wellensohn, que é pai de Júlio César, de 7 anos. Em casa, o garoto só pode acessar jogos e ver vídeos em plataformas digitais após cumprir todas as tarefas e, ainda assim, fiscalizado por um adulto.

De acordo com o gerente de segurança da informação, empresas como Instagram, Facebook, Twitter, que provém serviços de redes sociais, são regidas por uma lei chamada COPPA (Children's Online Privacy Protection Act ou Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças, em tradução livre). “Essa Lei rege a privacidade da criança online, uma criança menor de 13 anos não pode ter uma conta nessas redes, a não ser que o pai autorize com seus próprios dados”, explica Gomes. 

A Coppa é uma lei internacional, vigente desde os anos 2000, aplicada à coleta online de informações pessoais pertencentes à crianças menores de 13 anos por pessoas ou entidades sob jurisdição dos Estados Unidos. Ela também inclui crianças fora dos EUA, se a empresa estiver sediada no país norte-americano - como no caso do TikTok, por exemplo - e exige que sites incluam em suas políticas de privacidade formas de buscar o consentimento verificável de um dos pais ou responsáveis

Para Whellensohn essas diretrizes também precisam se aplicar ao ECA. “O Estatuto da Criança e do Adolescente é um conjunto de leis de 1990. Quando essas Leis foram criadas e aplicadas na prática, a gente não vivia o mundo totalmente digital. As leis precisam mudar, elas precisam se adequar aos ambientes que vivemos”, completa.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou, na noite desse domingo (22), uma Medida Provisória (MP) que autoriza a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses, durante o período de calamidade pública em razão do coronavírus. As regras já tinham sido divulgadas pelo Planalto, mas agora foram detalhadas e oficializadas. A medida entrou em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em um prazo de até 120 dias para não perder a validade.

A determinação permite que no período o empregado deixe de trabalhar, assim como o empregador não pagará o salário. Diante disto, a empresa é obrigada a oferecer curso de qualificação online ao trabalhador e a manter benefícios como plano de saúde. Além disso, o texto prevê acordos individuais entre patrões e profissionais tendo em vista as leis trabalhistas, a MP diz que o curso ou o programa de qualificação profissional online será promovido pelo empregador, diretamente ou por meio de entidades responsáveis pela qualificação. 

##RECOMENDA##

O texto, assinado por Bolsonaro, ainda estabelece regras para teletrabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas, aproveitamento e a antecipação de feriados, banco de horas, suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, direcionamento do trabalhador para qualificação e adia o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Ainda de acordo com a medida, os trabalhadores que pertençam ao grupo de risco do novo coronavírus serão priorizados para o gozo de férias. Além disso os profissionais poderão antecipar " o gozo de feriados não religiosos federais, edtaduais, distritais e municipais."

O assédio sexual é um comportamento abusivo que constrange e amedronta mulheres. Muitos casos ocorrem no ambiente de trabalho.

Uma estudante entrevistada para esta reportagem, que preferiu não se identificar, foi vítima de um caso. “Eu já sofri várias vezes assédio tanto no local de trabalho quanto fora dele. Teve um que eu nunca vou esquecer”, contou.

##RECOMENDA##

O primeiro caso, em  2016, relatou, ocorreu em uma entrevista de emprego. “Ele (o empregador) falou que queria marcar uma reunião comigo, um jantar. No decorrer do caminho eu percebi que não era isso, e ele me levou para outro lugar”, disse a estudante. “Ele tentou me agarrar dentro do carro dizendo que eu só ia conseguir o emprego se ficasse com ele, ou seja, ele queria que eu dormisse com ele. Então quer dizer que só pelo fato de ser mulher e aparecer uma proposta eu vou ter que me deitar com uma pessoa para poder subir na vida? Não. É errado”, afirmou.

Para o advogado João Paulo Bentes Martins, existem várias legislações que protegem as mulheres. A primeira é a lei Maria da Penha, especifica para que elas não sofram com agressões tanto psicológicas quanto físicas. As mulheres podem denunciar casos de assédio na Delegacia da Mulher. “Em relação a outras leis, temos a Consolidação das Leis Trabalhistas, que visa à proteção jurídica tanto pro empregador quanto para o empregado. Se for mulher, existem dois tipos de assédio na relação de trabalho: o assédio moral, que se encaixa na legislação trabalhista, e o assédio sexual, que vai para o Código Penal”, explica.

Muitas mulheres optam por não fazer a denúncia por medo de serem expostas ou sofrerem retaliações. Segundo a psicóloga Amanda Almeida, as medidas psicológicas que podem ser  tomadas são as preventivas e reativas. “Os treinamentos de ética e treinamentos jurídicos para assédio moral podem ser preventivos e como medidas reativas, o afastamento de vítima e agressor e acompanhamento psicológico”,  explica.

Para a especialista, o acompanhamento psicoterápico é de extrema importância. ”Outra forma é ter suporte no ambiente de trabalho, saber mais e ler sobre, porque muitas mulheres nem sabem que estão passando por assédio. Esclarecer isso é ter a segurança de como agir caso passe por uma situação dessa novamente”, conclui.

 Por Ana Luisa Damasceno e Carla Alves.

 

O comissário de proteção de privacidade do Canadá pediu que um tribunal federal intervenha para impedir que o Facebook continue violando as leis de privacidade do Canadá, segundo um comunicado divulgado na quinta-feira (6).

O comissário Daniel Therrien pediu a um juiz federal que emita uma ordem "que exija que o Facebook implemente medidas efetivas, precisas e facilmente acessíveis para obter e garantir consentimento válido de todos os usuários" em relação ao acesso a seus dados, aponta o comunicado.

##RECOMENDA##

Este é o primeiro passo para a abertura de um processo legal na Corte Federal.

A demanda é a continuação de uma investigação realizada no ano passado por essa divisão policial, que revelou "sérias deficiências no manuseio de informações pessoais da gigante da mídia social" no Canadá, de acordo com as informações divulgadas.

A investigação respondeu a uma denúncia que acusava a rede social de permitir que uma empresa privada usasse um aplicativo para obter informações pessoais de usuários, antes de compartilhá-las com outras organizações, como a britânica Cambridge Analytica.

A Cambridge Analytica esteve no centro de um escândalo por ter usado os dados pessoais de dezenas de milhões de usuários do Facebook sem seu conhecimento para favorecer o então candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.

O Facebook questionou os resultados da investigação canadense e se recusou a seguir as recomendações para corrigir as deficiências, disse o comissário.

Outros países já iniciaram ações contra o Facebook, incluindo os Estados Unidos, onde a rede foi punida no final de julho com uma multa recorde de 5 bilhões por não proteger os dados pessoais de seus usuários.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando