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O ministro de Finanças da Colômbia, Mauricio Cárdenas, iniciará uma visita na quinta-feira às agências de classificação de risco em uma tentativa de convencê-las a elevar o rating da dívida externa do país, afirmou a Rádio Nacional da Colômbia nesta terça-feira.

Sem citar fontes específicas do ministério, a estação de rádio estatal afirmou que Cárdenas explicará à Moody's, Fitch e Standard & Poor's "os avanços que a Colômbia alcançou em termos de economia, estabilidade de finanças públicas, flexibilidade orçamentária e níveis de dívida que respeitam o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB)".

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Um representante do Ministério das Finanças confirmou que Cárdenas havia falado com a estação de rádio estatal, mas disse que outros detalhes não estavam disponíveis.

A economia da Colômbia, liderada por sua produção de petróleo, viu sólidas taxas de crescimento nos últimos anos e um enorme aumento na arrecadação de impostos, o que lhe permitiu reduzir drasticamente o déficit fiscal.

As principais agências de classificação de risco já deram a Colômbia uma classificação de grau de investimento, mas o país espera elevar o rating. As informações são da Dow Jones.

A agência de classificação de risco Moody's não prevê mudanças para o rating de crédito do Brasil em 2013. O cenário mais provável é que a nota continue em grau de investimento ("Baa2"), com perspectiva positiva, disse o vice-presidente da Moody's e analista sênior para a América Latina, Mauro Leos, à Agência Estado nesta quarta-feira.

O comitê da Moody's deve se reunir em outubro ou novembro do próximo ano para avaliar mudanças no rating brasileiro. Leos acha pouco provável alguma mudança e diz que talvez essa reunião fique para o começo de 2014. Para ele, o próprio crescimento baixo do Brasil é um limitador para uma elevação da nota.

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A Moody's prevê que o Brasil vai se recuperar um pouco e crescer em torno de 3,5% em 2013. Leos avalia que o número ainda é modesto e disse ser difícil prever quando a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro volta para a casa dos 4%.

Outro ponto que pesa contra um aumento do rating são os investimentos, também baixos quando comparados com países de classificação de risco semelhante. O Brasil tem uma taxa de cerca de 18% do PIB, ante 25% de mercados com o mesmo rating. A carga de juros correspondente a cerca de 15% das receitas, ante média bem menor de outros países (7%).

Em novembro, uma reunião dos analistas da Moody's reafirmou a perspectiva positiva do rating brasileiro. Leos diz que com isso, a nota pode ser elevada em um prazo de 12 a 18 meses a contar do mês passado. Mas o executivo da Moody's diz que é mais provável que mudanças ocorram apenas no início de 2014.

Se por um lado o Brasil não vai ter elevação da classificação de risco, por outro não corre, por enquanto, o risco de ter a nota rebaixada, como vem ocorrendo com grandes países da Europa.

O que mais assusta o mercado externo sobre o Brasil no momento, diz Leos, é a falta de previsão política. "Isso introduz um elemento de incerteza", disse ele. Como exemplo, Leos cita as mudanças com o IOF. "Uma hora tem IOF, depois o governo tira o imposto, depois volta, depois é retirado parcialmente. Ninguém entende", ressaltou.

Leos participou nesta quarta-feira de um disputado seminário em Nova York para discutir as particularidades e diferenças de Brasil e México, em um evento organizado pelas câmaras de comércio dos dois países. Os convites se esgotaram e muita gente ficou de pé.

A agência de classificação de risco de crédito Fitch cortou o rating da Argentina de B para CC por considerar que o risco de calote é "provável". A perspectiva é negativa.

O rating soberano argentino, já considerado "grau especulativo" pela Fitch antes do rebaixamento desta terça-feira, foi colocado em revisão no mês passado por causa da crescente incerteza com relação à capacidade do país de pagar sua dívida externa.

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A Fitch considera que há uma probabilidade cada vez maior de a Argentina não honrar sua dívida reestruturada por consequência da decisão de um juiz federal norte-americano que proibiu o Tesouro argentino de pagar investidores que participaram de um swap da dívida a não ser que sejam pagos também os investidores que não aceitaram a troca e exigem o pagamento integral dos títulos. As informações são da Dow Jones.

O rebaixamento do rating da França pela Moody's vai encorajar o governo a buscar as reformas econômicas que começou, afirmou o ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici. A Moody's cortou a nota do país de AAA para Aa1 e disse que as reformas do governo para melhorar a economia, incluindo transferências de impostos do mercado de trabalho, não deverão ser suficientes para restaurar a competitividade do país. "Eu considero essa decisão um convite para continuar e ampliar de maneira rápida e absoluta as reformas iniciadas pelo governo", declarou o ministro durante entrevista coletiva.

A primeira razão dada pela Moody's para o rebaixamento é o risco para o crescimento econômico imposto pelos problemas com a estrutura da economia da França. Com previsões "excessivamente otimistas", o governo terá dificuldade para cumprir o seu objetivo de reduzir o déficit público abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, de 4,5% este ano, disse a Moody's.

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Moscovici ignorou a crítica e manteve a meta de déficit do governo déficit e sua previsão de que a economia deve crescer 0,8% em 2013. Ele insistiu que o sistema bancário do país era sólido. "O setor bancário está mais sólido que há um ano", afirmou o ministro. "O setor reduzir sua dependência de financiamento do mercado, melhorou sua exposição a certo países e aumentou seu próprio capital." As informações são da Dow Jones.

O vice-ministro da Espanha, Fernando Jimenez, criticou nesta quinta-feira (11) a decisão da Standard & Poor's de rebaixar o rating do país em dois graus, para 'BBB-', alegando que a ação não se apoia num raciocínio consistente sobre questões cruciais como as finanças das regiões autônomas e do setor bancário.

Com o rebaixamento, anunciado na quarta-feira, a S&P deixou a Espanha à beira do grau especulativo. A agência de classificação de risco manteve também a perspectiva negativa do país, dizendo que a hesitação de Madri em pedir assistência externa está "elevando os riscos de baixa do rating da Espanha".

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Jimenez disse ainda que a Espanha discorda da visão da S&P de que os planos de cortes de gastos podem ser complicados pela política regional e pelo relacionamento cada vez mais delicado entre o governo central e as administrações regionais. Segundo ele, as regiões continuam implementando medidas para cumprir metas de déficit, como foi determinado por Madri.

Jimenez também destacou a preocupação da S&P com um possível veto dos países do norte da União Europeia à transferência de dívidas bancárias de volta para o fundo de resgate da região. Ele lembrou que não há uma decisão final sobre o assunto e que a recapitalização de bancos espanhóis acrescentará apenas cerca de quatro pontos porcentuais à relação dívida/PIB do país.

A indecisão de Madri sobre um pedido de ajuda tem causado tensão entre investidores, que temem que as ações fiscais da Espanha estejam numa trajetória insustentável. Se o pedido for feito, o Banco Central Europeu começará a comprar bônus espanhóis para ajudar a diminuir os custos de financiamento do país. Autoridades europeias, no entanto, podem exigir que a Espanha faça mais ajustes em suas políticas orçamentária e trabalhista em troca do resgate. As informações são da Dow Jones.

A agência de classificação de risco Egan-Jones rebaixou hoje o rating dos Estados Unidos de AA para AA-, citando a terceira rodada de relaxamento quantitativo (QE3, na sigla em inglês) anunciada ontem pelo Federal Reserve, o banco central do país.

"O QE3 do Fed vai impulsionar o mercado de ações e os preços das commodities, mas, na nossa opinião, o programa vai prejudicar a economia dos EUA e, por consequência, sua qualidade de crédito", diz o comunicado da Egan-Jones. Segundo a agência, o QE3 vai causar uma desvalorização do dólar e aumentar os preços das commodities, pressionando a rentabilidade das empresas e reduzindo o poder de compra dos consumidores.

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"De 2006 até agora, a dívida dos EUA passou de 66% para 104% do PIB, e provavelmente subirá para 110% daqui a um ano, sob as atuais circunstâncias", afirma a agência, apontando que a Espanha tem uma dívida de 68,5% do PIB.

Após meses de sinalizações, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) informou ontem que vai comprar US$ 40 bilhões por mês em títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês) emitidos por agências do governo, em um programa sem previsão de término. Além disso, o programa Operação Twist, por meio do qual o Fed vende títulos de menor prazo que estão em sua carteira e compra papéis com vencimento mais longo, foi mantido. E o banco central prorrogou para meados de 2015 sua previsão para a manutenção da taxa básica de juros em níveis excepcionalmente baixos. As informações são da Dow Jones.

A agência de classificação de risco de crédito Moody's considera improvável que a perspectiva negativa sobre o rating 'AAA' dos Estados Unidos seja mantida até 2014. A agência de classificação de risco alertou também que, no ano que vem, a direção do rating e da perspectiva vai depender das negociações orçamentárias no Congresso norte-americano.

Segundo a Moody's, a nota dos EUA provavelmente será mantida e a perspectiva voltará para estável se as negociações resultarem em políticas específicas que levem à estabilização e, posteriomente, à queda na relação entre a dívida federal e o Produto Interno Bruto (PIB) do país no médio prazo.

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No caso de as conversas entre os congressistas fracassarem, a Moody's acredita que revisará o rating dos EUA para baixo - provavelmente em um grau, para 'Aa1'.

A Moody's disse que é difícil prever o resultado das negociações e que, por esse motivo, deverá manter a perspectiva negativa até que o quadro fique mais claro.

Em julho, a Fitch manteve o rating 'AAA' dos EUA, mas reafirmou também a perspectiva negativa da nota, citando incertezas em relação à política fiscal norte-americana e a crise da dívida na Europa. As informações são da Dow Jones.

No relatório que explica os motivos para ter mantido os ratings de longo prazo do Brasil em BBB, a agência de classificação de risco Fitch afirma que a inflação no País continua a desacelerar, após o pico atingido em setembro de 2011. Mas alerta que a autoridade monetária deve ficar atenta.

"As pressões inflacionárias podem ressurgir com o fortalecimento da recuperação econômica, o que destaca a necessidade de o banco central permanecer vigilante contra tais riscos, ancorar melhor as expectativas de inflação e manter a credibilidade do seu regime de metas de inflação", diz o relatório.

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A Fitch lembra que o Banco Central tem cortado agressivamente a taxa básica de juros, em meio a um cenário de baixa inflação, elevados níveis de incerteza na economia global e a frágil atividade doméstica. "As taxas de juro reais e nominais estão em níveis historicamente baixos. A Fitch acredita que a melhor combinação de políticas fiscais e monetárias terá de ser sustentada para manter os juros baixos". As informações são da Dow Jones.

O Morgan Stanley rebaixou para underweight a recomendação para as ações brasileiras dentro do portfólio modelo referente à América Latina. Underweight é um termo usualmente aplicado quando há a expectativa de que o determinado mercado terá uma performance inferior ao supostamente previsto para outros do mesmo segmento.

"Estamos pessimistas em relação ao Brasil, na medida em que a economia local não conseguiu registrar uma recuperação sólida ainda e, se isso ocorrer no segundo semestre, os riscos inflacionários aumentarão", ponderam os analistas Guilherme Paiva e Cesar Medina, em conjunto com Nikolaj Lippmann.

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"Portanto, estamos reduzindo a nossa meta para a Bovespa de 65 mil pontos para 60 mil pontos ao final do ano", salientam. A confirmação do nível do Ibovespa previsto pelo Morgan Stanley para o fim de 2012 embutiria uma valorização de 5,72% em relação ao fechamento de 2011. O Ibovespa estava em 59.439 pontos, às 11h40, apontando alta de 4,73% neste ano até o momento. "O crescimento local está fraco e a agressiva flexibilização monetária pode gerar um crescente problema inflacionário em 2013", observam os analistas.

Enquanto revisou os prognósticos para o Brasil, o Morgan Stanley elevou a recomendação para as ações do Peru para overweight e subiu para neutra a recomendação em ações do México.

Em sua recomendação relacionada ao Brasil, o Morgan prefere beneficiar companhias de perfil defensivo no setor de tecnologia (Redecard), bebidas (AmBev), telecomunicações (Telefonica) e de energia (Cemig).

A agência de classificação de risco Fitch Ratings informou nesta sexta-feira que pretende elevar o rating da dívida soberana da Coreia do Sul para A+ entre 12 e 24 meses - após aumentar a perspectiva do país para "positiva" em novembro.

"A agência avalia que a Coreia tem vencimentos da dívida externa relativamente pesados em 2012 (cerca de US$ 66 bilhões) e que a economia voltada para a exportação enfrentará riscos diante do ambiente global adverso,", informou a agência, em relatório.

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"Entretanto, a e expectativa da Fitch é de que a Coreia irá superar tais desafios", diz o texto. A classificação da Coreia do Sul poderá ser prejudicada se as tensões com a Coreia do Norte aumentarem após a morte de Kim Jong Il, alertou, ainda, a agência. As informações são da Dow Jones.

As três maiores agências de classificação de risco do mundo afirmaram que a morte do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Il, não afetará imediatamente a visão sobre o rating de crédito soberano da vizinha Coreia do Sul. No entanto, as agências destacaram que se a sucessão de governo não ocorrer tranquilamente, o rating sul-coreano poderá ser modificado.

"A morte de Kim Jong Il levantou incertezas na península coreana", afirmou a S&P em um comunicado. Se os riscos de segurança e políticos aumentarem, "a Coreia do Sul poderá ter implicações de segurança e financeira adversas como resultado. Se forem suficientemente sérias, o rating de crédito da Coreia do Sul pode ser afetado negativamente", acrescentou a agência.

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A transferência de poder para o filho mais novo do ditador, Kim Jong Eun, será mais difícil do que a transição para Kim Jong Il de seu pai, Kim Il Sung, porque ele já havia se preparado para o cargo durante anos, comentou Thomas Byrne, vice-presidente da Moody's. "Poderá haver alguma briga interna sobre o posto de liderança", disse, acrescentando, porém, que "uma mudança radical na estratégia geral é um cenário improvável".

Mais cedo a Fitch havia afirmado que um colapso do regime norte-coreano ou uma escalada nas hostilidades entre as Coreias imporia custos para a Coreia do Sul que poderiam afetar seu rating.

A Moody's classifica a Coreia do Sul com rating A1 e perspectiva estável, enquanto a S&P classifica a Coreia do Sul como A e perspectiva estável. A Fitch elevou em novembro a perspectiva do rating A+ da Coreia do Sul de estável para positiva. As informações são da Dow Jones.

O euro chegou ao fim do dia em leve alta frente ao dólar, depois de devolver os ganhos que havia conquistado após os votos de confiança dos Parlamentos da Alemanha e da Itália em seus respectivos governos. Os investidores temem que as agências de classificação de crédito se preparam para rebaixar os ratings de vários países da zona do euro.

A Fitch colocou os ratings dos 17 países membros da zona do euro em observação para possível rebaixamento e rebaixou a perspectiva do rating AAA da França de "estável" para "negativa". No fim da tarde, a Moody's rebaixou o rating da dívida de longo prazo da Bélgica em dois graus, para Aa3, citando a deterioração do mercado de bônus da dívida dos países da zona do euro. Ao mesmo tempo, cresceu a especulação de que a Standard & Poor's estaria pronta para rebaixar os ratings de um ou mais países da zona do euro; no dia 5, a agência havia colocado em observação para possível rebaixamento os ratings de 15 países da região.

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Analistas disseram que a decepção que se seguiu ao acordo de coordenação fiscal anunciado pela União Europeia ao fim do encontro de cúpula da semana passada está convergindo com os temores de que uma campanha de rebaixamentos pelas agências possa já estar puxando para cima os custos do crédito na zona do euro.

De Itália e Espanha, as preocupações do mercado agora se voltam para França e Alemanha. "A economia da Alemanha é sem dúvida a melhor casa numa vizinhança ruim. A França é uma preocupação maior, tendo em vista sua saúde fiscal mais fraca e uma exposição maior dos bancos a uma dívida soberana preocupante", disse o estrategista Jason Ware, o Albion Financial Group.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,3045, de US$ 1,3016 no fim da tarde de ontem; o iene estava cotado a 77,78 por dólar, de 77,86 ontem; o franco suíço estava cotado a 0,9354 por dólar, de 0,9410 por dólar ontem. As informações são da Dow Jones.

A Standard & Poor's colocou os ratings de toda a União Europeia (UE) em observação para possível rebaixamento. O rating de crédito de longo prazo da UE foi mantido inalterado em AAA; o rating da dívida de curto prazo foi mantido em A1+. A decisão se segue à colocação, nesta terça-feira, em observação para possível rebaixamento, dos ratings de 15 dos 17 países membros da zona do euro; desde ontem, todos os 17 países da zona do euro têm seus ratings em observação.

A União Europeia reúne 27 países, os 17 da zona do euro e outros dez que não adotaram a moeda única. Segundo a S&P, a revisão negativa dos ratings "foi provocada por nossas preocupações quanto ao impacto potencial, nesses países membros, do que nós vemos como um aprofundamento dos problemas políticos, financeiros e monetários dentro da zona do euro".

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A agência observou em comunicado que "os membros da zona do euro contribuem diretamente com aproximadamente 62% das receitas orçamentárias totais da UE em 2011. Nossa revisão vai focalizar a capacidade financeira de membros da zona do euro para apoiar o serviço da dívida da UE, caso a instituição esteja diante de um período de estresse financeiro".

Segundo a S&P, a revisão deverá ser concluída "tão logo quanto possível depois da cúpula europeia de 8 e 9 de dezembro de 2011". A agência acrescentou que "poderemos rebaixar em um grau o rating de crédito de longo prazo da UE, se formos rebaixar os atuais ratings AAA de um ou mais países membros, com foco especial nos maiores contribuintes, França e Alemanha". As informações são da Dow Jones.

A Comissão Europeia apresenta hoje, em Bruxelas, sua proposta de nova regulamentação das agências de rating que atuam no bloco. Entre outras medidas, as empresas teriam de enfrentar julgamentos por "responsabilidade civil" em caso de erros grosseiros na avaliação de risco ou de conflitos de interesses. Além disso, a análise de países em crise pode ser suspensa para evitar uma escalada na especulação nas bolsas de valores.

O projeto ganhou mais impulso na semana passada, quando a agência americana Standard & Poor's publicou por "erro", segundo suas explicações, uma nota associando as palavras "França" e "downgrade" em seu site -, o que fez disparar o risco do país e o ágio cobrado por títulos de sua dívida soberana.

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Esse "incidente" foi definido como "grave" pela União Europeia. Por conta disso, a Autoridade dos Mercados Financeiros (AMF) da França anunciou que investigaria a atitude da agência, que tem sede em Nova York. É nesse ambiente que o comissário europeu de Serviços Financeiros, o francês Michel Barnier, apresenta hoje a proposta de regulação.

O projeto reforça as atribuições da recém-criada European Securities and Markets Authority (ESMA), departamento público encarregado de supervisionar a agências de classificação de risco. Entre suas ferramentas, deve ser incluído o poder de interromper por tempo determinado as avaliações sobre o Risco de países que enfrentem "circunstâncias excepcionais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve colocar em audiência pública ainda este mês as regras que vão regular as agências de rating, segundo a presidente da entidade, Maria Helena Santana. As regras devem ficar abertas para receberem sugestões do mercado até o começo de 2012.

A ideia é que as agências de classificação de risco que operam no Brasil sejam registradas na CVM. Também terão que prestar mais informações de suas metodologias e formas de concessão do rating de crédito. A regulação pela CVM segue tendência internacional. Na Europa e nos Estados Unidos, a discussão da regulação dessas entidades se intensificou em meio à crise financeira internacional de 2008. Maria Helena Santana participou hoje de evento na sede da BM&FBovespa para discutir as novas demandas internacionais sobre governança corporativa.

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A agência de classificação de risco Moody's alterou hoje a perspectiva do rating de longo prazo B1 da Marfrig Alimentos de estável para negativa. Segundo a agência, o rebaixamento da perspectiva reflete a deterioração nas métricas de crédito da companhia, devido ao ambiente altamente competitivo para os produtores de carne brasileiros nos últimos meses, com o aumento nos preços das commodities, a desaceleração da economia global e a volatilidade no câmbio.

"Embora nós esperamos que os fundamentos da indústria melhorem em 2012, também observamos que existe um risco razoável de que esses fatores, juntamente com o grande desafio de integração da Marfrig após um número significativo de aquisições de grande porte, possam prejudicar sua recuperação", afirma a analista de mercado local da Moody's Marianna Waltz.

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A Moody's aponta ainda que, embora a depreciação do real beneficie os exportadores de carne brasileiros e tenha um impacto positivo nas operações internacionais da companhia, ela também aumenta a alavancagem, já que quase 71% da dívida da Marfrig é denominada em dólar. Ainda assim, a agência afirma que o rating B1 da empresa reflete o portfólio diversificado de produtos e suas marcas fortes, assim como sua área de cobertura geográfica e suas capacidades de distribuição.

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de 12 instituições financeiras britânicas e de seis bancos portugueses. No caso britânico, a agência justificou a medida apontando a redução da probabilidade de um apoio governamental aos bancos em dificuldades. Em relação aos bancos portugueses, a agência citou a deterioração da qualidade dos ativos, o risco ampliado de suas aplicações na dívida soberana portuguesa e as restrições de financiamento.

No Reino Unido, a Moody's cortou em duas notas o rating do Royal Bank of Scotland (RBS) e do Nationwide Building Society, de Aa3 para A2. O Lloyds TSB Bank e a unidade local do Santander tiveram seu rating cortado em uma nota, de Aa3 para A1. O Co-Operative Bank também foi rebaixado em uma nota, de A2 para A3. Sete sociedades de crédito imobiliário menores foram rebaixadas com com corte de uma a cinco notas.

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Os seis bancos portugueses afetados foram: Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português (BCP), Banco Espírito Santo (BES), Banco BPI, Banco Santander Totta e Caixa Econômica Montepio Geral. BCP, BES e BPI foram rebaixados em duas notas, respectivamente para B1, Ba3 e Ba2. Os demais foram rebaixados em uma nota. A Moody's afirmou que a perspectiva dos ratings permanece negativa.

Quanto às instituições financeiras britânicas, a Moody's disse em um comunicado que sua reavaliação segue a "atual diretriz das autoridades tripartite do Reino Unido (Banco da Inglaterra, Autoridade de Serviços Financeiros e o Tesouro) de que o governo mais provavelmente fará maior uso no futuro de seus instrumentos de decisão para possibilitar o compartilhamento do encargo com os principais detentores de bônus".

No caso de Portugal, a Moody's afirmou que os planos de recapitalização e desalavancagem impostos pelo órgão regulador em conjunção com a União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem ajudar a restabelecer a confiança no sistema bancário. "Entretanto, esses planos enfrentam significativos riscos de implementação", disse a agência. "Por exemplo: os planos de desalavancagem serão ameaçados se as condições de mercado continuarem frágeis e um crescimento material no depósitos no varejo vai depender em parte de uma recuperação no ambiente econômico." As informações são da Dow Jones.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Alessandro Teixeira, mostrou-se confiante que o desempenho da economia brasileira neste ano e no próximo será favorável, a despeito do agravamento da crise financeira internacional. "Acredito que o crescimento neste ano deve chegar a 4%", comentou Teixeira, ressaltando que tal marca também poderá ser repetida em 2012.

Teixeira destacou que o Brasil tem um mercado interno muito forte, que é seu principal motor para viabilizar a expansão da economia em patamares favoráveis por um prazo longo. Mesmo assim, o secretário observou que no próximo ano ainda há incertezas sobre o desempenho da economia brasileira, diante de potenciais impactos da retração da economia mundial para o País, especialmente na área de investimentos e exportações de produtos nacionais para o mundo.

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O secretário manifestou-se favorável que os juros do País tenham um patamar melhor, corroborando declarações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, no fim de semana ao jornal O Estado de S. Paulo. Pimentel disse que esperava ardorosamente que a taxa Selic (juro básico da economia) caísse no segundo semestre. "Todo mundo quer juros menores. Mas a condução da política monetária é de competência do Banco Central e ele vai avaliar qual deve ser a melhor decisão para o País na próxima reunião de 30 e 31 de agosto", disse. "A prioridade é o combate à inflação, pois ela pune muito mais a população mais simples", afirmou.

Classificação

O secretário-executivo do MDIC destacou hoje que as condições econômicas do País, sobretudo o bom desempenho fiscal e o avanço do crescimento sustentado com inflação sob controle, ao mesmo tempo em que melhora de forma substancial a distribuição de renda, credenciam o Brasil a receber melhores avaliações das agências de classificação de risco. "O Brasil merece posições de rating (nota) muito melhores, pois, inclusive, apresenta condições econômicas bem mais favoráveis do que muitos países, alguns deles europeus", afirmou.

Teixeira citou o caso, por exemplo, da Itália. O país, cujo primeiro-ministro é Silvio Berlusconi, possui uma dívida pública próxima a 120% do Produto Interno Bruto (PIB), o que é, em termos proporcionais, duas vezes maior que a relação entre dívida e PIB do Brasil, que atinge 56% em termos brutos.

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa nesta segunda-feira, reagindo à notícia de que a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou o rating de crédito do país.

O Dow Jones caiu 634,76 pontos, ou 5,55%, para 10.809,85 pontos - a mínima da sessão. O Nasdaq também fechou na mínima, recuando 174,72 pontos, ou 6,90%, para 2.357,69 pontos, enquanto o S&P 500 teve declínio de 79,92 pontos, ou 6,66%, para 1.119,46 pontos - apenas 0,18 ponto acima do menor patamar do dia.

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"O movimento foi baseado no medo", disse o operador Stephen Leuer, da X-FA Trading, acrescentando que o mercado está sendo atingido por um efeito manada, com todos "correndo para a saída."

O declínio de hoje ocorreu logo após o Dow Jones ter fechado a sexta-feira com sua maior queda semanal desde a crise de 2008. Isso também contribuiu para a fraqueza das bolsas, pois obrigou muitos investidores a vender ativos para cumprir requerimentos de margem, segundo operadores. "Tivemos muita liquidação forçada", afirmou Lorenzo Di Mattia, gerente da Sibilla Global Fund.

Na sexta-feira à noite, após o fechamento das Bolsas norte-americanas, a S&P foi a primeira das três principais agências de risco a cortar o rating de crédito dos EUA, de AAA para AA+ com perspectiva negativa. As duas outras agências, Moody's e Fitch, ainda avaliam com nota máxima o crédito da dívida norte-americana.

Hoje, a S&P também cortou os ratings de outras instituições norte-americanas, como a Fannie Mae e a Freddie Mac, e diminuiu as perspectivas de crédito de algumas empresas, entre elas a Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffet. A reação do mercado foi migrar de ativos arriscados, como as ações, para outros considerados seguros, como o ouro.

Os Treasuries (títulos do Tesouro americano) também foram mantidos na categoria dos ativos vistos como um refúgio contra as turbulências financeiras - mesmo depois do rebaixamento dos EUA - e tiveram alta nos preços, com consequente queda nos juros. "Todos estão procurando o que acham ser um ativo seguro, mesmo que isso seja completamente ilógico", disse David Kelly, estrategista-chefe de mercado do JPMorgan Funds. "As coisas estão bem deprimentes no momento."

No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 3,665%, de 3,849% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 2,343%, de 2,568%; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 0,256%, de 0,279%.

À tarde, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse durante um pronunciamento que o impasse político em Washington precisa acabar e que o rebaixamento no rating do país pela S&P deve trazer um novo senso de urgência sobre a necessidade de solucionar os problemas orçamentários norte-americanos. As declarações, no entanto, não conseguiram sufocar as preocupações do mercado.

Parte dos receios dos investidores também estava voltada para a possibilidade de uma desaceleração na economia mundial. "O mercado provavelmente está mais preocupado com o risco econômico do que com a decisão da S&P", disse Bernie McDevitt, vice-presidente de negócios institucionais da Cheevers & Co.

Entre os destaques da sessão de hoje, as ações do Bank of America - empresa que faz parte do índice Dow Jones - caíram 20,32% pressionadas pela fraqueza generalizada dos papéis do setor financeiro e pela notícia de que a seguradora American International Group (AIG) estaria processando o banco para recuperar perdas sofridas com hipotecas. As ações da AIG recuaram 9,96%.

A Verizon Communications teve declínio de 5,51% depois de aproximadamente 45 mil funcionários da companhia entrarem em greve. O McDonald's fechou em baixa de 3,49%, mesmo depois de divulgar um aumento de 5,1% nas vendas de julho em comparação a igual período do ano passado. As informações são da Dow Jones.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) de rebaixar o rating de crédito norte-americano deve trazer um "novo senso de urgência" sobre a necessidade de resolver os problemas orçamentários do país.

"O fato é que não precisamos de uma agência de rating dizendo ser necessária uma abordagem equilibrada e de longo prazo para a redução do déficit: isso era verdade na semana passada, era verdade no ano passado e era verdade no dia em que assumi o governo", disse Obama num pronunciamento. "E não precisamos de uma agência de rating para nos dizer que o impasse em Washington nos últimos meses não foi construtivo, para dizer o mínimo", acrescentou.

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Na noite de sexta-feira, a S&P rebaixou o rating de crédito dos EUA para AA+, de AAA, citando como justificativa o entrave político entre republicanos e democratas durante o debate sobre as possíveis soluções para os problemas fiscais do país. A Casa Branca criticou a decisão e o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse no domingo que a agência "mostrou uma estonteante falta de conhecimento sobre os cálculos orçamentários" norte-americanos.

Originalmente, a S&P havia errado em cerca de US$ 2 trilhões a redução no déficit trazida por uma lei sancionada por Obama na semana passada. As autoridades norte-americanas alertaram a agência sobre o erro, mas ela afirmou que, ainda assim, os EUA mereciam ter seu rating rebaixado porque o país não adotou medidas suficientes para diminuir o rombo nas contas públicas. As informações são da Dow Jones.

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