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Em Fernando de Noronha, três dos seis moradores com Covid-19 conseguiram se recuperar e deixaram a quarentena. Os casos em investigação foram zerados, após exames descartarem a possibilidade de contaminação do único paciente com suspeita. De acordo com a administração, não houve óbitos em decorrência da doença no arquipélago e 79 casos foram notificados desde o início da pandemia.

Em continuidade às etapas de reabertura das atividades comerciais, Noronha acompanha o protocolo de convivência do Estado e reabre parcialmente as academias nesta segunda (20). Embora grupos com mais de 10 pessoas e o uso de guarda-sóis ainda estejam proibidos, desde a última sexta (17), o limite de horário no acesso às praias foi derrubado e, no sábado (18), os passeios de barco foram retomados.

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O governador de Cusco, Jean Paul Benavente, testou positivo para o novo coronavírus, em meio a um aumento do número de casos naquela região do Peru, ameaçando seu plano de reabertura de Machu Picchu no próximo dia 24, indicaram neste sábado autoridades locais.

Benavente se infectou "em um contexto de fase de contágio comunitário na cidade de Cusco", informou o governo regional. A este anúncio se soma o de um novo confinamento na província de La Convención, vizinha à cidadela turística inca e que retomará a quarentena três semanas após ter saído da mesma.

La Convención faz divisa com a província de Urubamba, que abriga Machu Picchu, joia do turismo peruano, que o governador prometeu reabrir no próximo dia 24, aniversário da sua descoberta (1911).

A possibilidade de reabertura foi colocada em dúvida pelo prefeito de Machu Picchu, Darwin Baca León, que teme uma propagação dos contágios. Na região de Cusco o número de infectados aumentou em mais de 500 durante a semana, totalizando 4.839 até ontem, segundo a Direção Regional de Saúde.

O Peru retomou esta semana o transporte aéreo e terrestre no país, a fim de reativar a economia. As fronteiras permanecem fechadas há quatro meses e o governo peruano estuda uma reabertura gradual a partir de agosto.

Com 33 milhões de habitantes, o Peru registrava até ontem mais de 345 mil infectados e mais de 12,7 mil mortos pela Covid-19.

Pontos turísticos do Rio de Janeiro decidiram manter a previsão de retorno para a primeira quinzena de agosto, apesar de terem sido autorizados a funcionar com a fase 4 da flexibilização do isolamento social, decorrente do novo coronavírus (Covid-19).

Entre as atrações que decidiram continuar fechadas em julho estão o Bondinho Pão de Açúcar, o Trem do Corcovado, o AquaRio e a roda gigante RioStar.

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Desde essa sexta-feira (17), os pontos turísticos da cidade já podem voltar a receber visitantes. A prefeitura determinou, no entanto, que só poderão funcionar com um terço da capacidade máxima, desde que isso não signifique que haja mais de um frequentador para cada 4 metros quadrados de área.

Para funcionar, os pontos turísticos também devem seguir os cuidados previstos nas Regras de Ouro do município, que incluem disponibilizar álcool em gel e cobrar o uso obrigatório de máscaras.

Em nota divulgada em seu site após o anúncio da flexibilização, o bondinho do Pão de Açucar explicou que a decisão de reabrir em agosto foi tomada de forma unificada com outras atrações, com a intenção de retomar as atividades de forma conjunta e segura.

"O Bondinho do Pão de Açúcar se preparou para a reabertura com um protocolo de segurança que segue todas as medidas de saúde e higienização recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que já garantiu ao parque um selo internacional e três nacionais do cumprimento das normas de prevenção à covid-19", diz a nota, que promete  que os pontos turísticos estão preparando uma campanha com descontos de até 50% para os cariocas. A ação promocional será divulgada em breve, segundo o texto.

A Roda Gigante Riostar informou que continuarão temporariamente suspensos shows, festas, exposições e aglomerações. Além de verificar a temperatura dos visitantes e trabalhadores, a empresa vai embarcar em cabine exclusiva grupos de familiares e amigos, respeitando o limite de até quatro pessoas.

Protocolo de segurança

No Trem do Corcovado, o protocolo de segurança contra a transmissão do novo coronavírus inclui medidas como a marcações no piso com distanciamento mínimo de 1,5 metro, barreiras físicas nos balcões de atendimento e a diminuição do número de assentos em cada vagão.

Outros pontos turísticos, no entanto, já estão abertos. É o caso do Jardim Botânico, que já pode ser visitado com horário agendado desde 9 de julho.

O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão, é outra atração que já reabriu em julho, por ser considerado centro comercial. Para visitar a feira é preciso usar máscara, passar pela verificação de temperatura e seguir as regras de distanciamento social. 

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou nesta quinta-feira (16) uma nova etapa do processo de reabertura gradual da cidade. A partir da sexta-feira (17), pontos turísticos do Rio poderão reabrir com 1/3 de sua capacidade e as praias da cidade poderão ser usadas para a prática de esportes coletivos em áreas próprias. O uso da areia para lazer e descanso de banhistas, contudo, segue vetado.

As novas determinações, em sua maioria, ampliam autorizações que já existiam. Lojas de shopping e estacionamento, além do comércio de rua, poderão passar a receber 2/3 de sua capacidade - até então era limitado a 1/3.

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Esportes coletivos na praia poderão ser realizados de segunda a sexta, nos espaços onde há quadras delimitadas. Clubes poderão reabrir suas piscinas, mas exclusivamente para a prática de natação.

As tradicionais feiras de artesanato também receberam autorização para funcionamento, e o estacionamento de veículos nas vias junto à orla passa novamente a ser permitido.

Cidadãos brasileiros continuam impedidos de viajar para países da União Europeia. É o que definiu o Conselho Europeu após atualizar a lista de países cujos cidadãos estão autorizados a fazer turismo nos países do bloco. O Brasil já havia sido barrado na primeira lista elaborada pelo conselho, divulgada em 1º de julho.

A liberação gradual de turistas estrangeiros é parte do processo de reabertura do bloco no pós-pandemia. Inicialmente, 15 países foram considerados seguros, no entanto, após a primeira revisão, Sérvia e Montenegro foram excluídos da lista, de modo que o número geral baixou para 13.

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Estão liberados para viagens não essenciais para os países da União Europeia, residentes de Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Georgia, Japão, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Tailândia, Tunísia, Uruguai.

Além desses, a lista inclui a China, mas como um caso especial, sendo vinculada a liberação a cidadãos chineses à reciprocidade de Pequim com europeus. Residentes em Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano estão sendo considerados residentes da União Europeia para fins de livre circulação.

De acordo com a autoridade europeia, o critério para liberação dos países leva em consideração a situação epidemiológica em cada um deles e as medidas de contenção adotadas, incluindo o isolamento social. Para entrar na lista, o Brasil precisa, por exemplo, apresentar um número proporcional de novos casos de covid-19 - por 100 mil habitantes - igual ou inferior à média europeia. A lista dos países será reavaliada de duas em duas semanas, de acordo com os europeus.

O surto de coronavírus nos EUA - antes centrado nos densos centros urbanos de Nova York e Nova Jersey - agora está crescendo em 39 dos 50 estados dos país, das regiões mais quentes no sul e oeste até os do Meio-Oeste. Restrições ao comércio, proibição de reuniões e obrigatoriedade do uso de máscaras tornaram-se fonte de debate em um ano eleitoral cada vez mais polarizado.

Não são mais apenas a Flórida, Arizona, Texas e Califórnia. Estados como Oklahoma e Nevada estão relatando números recordes de novos casos de coronavírus, hospitalizações e mortes, segundo dados rastreados pelo The Washington Post. Mais de 62.000 novas infecções foram notificadas em todo o país na terça-feira (14), aumentando a contagem total desde que a pandemia começou a ultrapassar os 3,41 milhões.

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Fora dos Estados Unidos, esse tipo de crescimento explosivo pode ser encontrado apenas no mundo em desenvolvimento, em países que carecem da riqueza e dos recursos dos Estados Unidos. O número de novos casos relatados somente na Flórida na semana passada ultrapassa a contagem total na maioria dos países europeus.

Pelo menos 133.000 americanos morreram de Covid-19 até o momento, com Flórida, Carolina do Norte, Alabama, Nevada e Utah relatando números recordes de mortes na terça-feira.

O número diário de mortes por coronavírus nos Estados Unidos aumentou recentemente após meses de declínio, com quase 4.500 mortes registradas nacionalmente nos últimos sete dias e especialistas alertando que a tendência provavelmente pioraria. Texas, Arizona e Carolina do Sul viram o número de mortos subir mais de 100% nas últimas quatro semanas. Cinco outros Estados - Flórida, Mississippi, Tennessee, Califórnia e Louisiana - tiveram um salto de pelo menos 20% nesse período.

Os números de casos estão aumentando na maior parte dos Estados Unidos, inclusive em muitos Estados que foram os primeiros a reabrir. Como o número de pessoas hospitalizadas e a porcentagem de pessoas que testaram positivo também estão aumentando em muitos desses locais, o pico de casos não pode ser explicado apenas pelo aumento dos testes.

Em muitos Estados os hospitais estão ficando sem camas. E alguns dos maiores centros urbanos do país - Atlanta, Dallas, Los Angeles, Miami, Phoenix, Jacksonville, Flórida - tiveram um crescimento fora de controle com poucos sinais concretos de progresso. "Deixe a política de lado e use uma máscara", disse o prefeito de Jacksonville, o republicano Lenny Curry, no Twitter.

À medida que novos casos continuam a aumentar no sudeste e oeste, sinais problemáticos estão surgindo em outras partes do país. O condado que inclui Oklahoma City tem em média duas vezes mais casos do que há duas semanas atrás. Os números de casos começaram a aumentar novamente em Minneapolis após semanas de progresso. E Wisconsin e Ohio estão com mais novas infecções diárias do que em qualquer ponto anterior da pandemia.

No condado de Miami-Dade, o maior da Flórida, seis hospitais atingiram a capacidade com o aumento dos casos de vírus. O aumento de casos levou o prefeito a reverter os planos de reabertura, impondo um toque de recolher e fechando restaurantes para refeições em ambientes fechados.

Governadores de todo o país estão enfrentando uma pressão para exigir o uso de máscara em todo o Estado e montam uma resposta mais coerente à pandemia, à medida que os casos de coronavírus atingem níveis recordes, as mortes diárias aumentam e os hospitais no sul e oeste enfrentam aumento no número de ocupação de leitos.

Um coro crescente de autoridades locais e especialistas em saúde alertou que as infecções podem continuar a sair do controle, a menos que os governadores adotem medidas de saúde pública que se apliquem a todos.

"Estamos implorando por uma resposta uniforme do Estado", disse o prefeito Chokwe Antar Lumumba, de Jackson, no Missouri, onde os leitos das unidades de terapia intensiva do hospital estavam se aproximando da capacidade máxima.

"É uma grande preocupação para nós aqui em Jackson, não apenas porque somos a cidade mais populosa, mas porque somos a capital dos centros de saúde", disse Lumumba ao "Good Morning America" da ABC, no sábado. "Outras cidades, à medida que seus números aumentam, vão buscar nossos hospitais".

A economia dos Estados Unidos está caminhando para um outono tumultuado, com a ameaça de escolas fechadas, novos bloqueios do governo, estádios vazios e uma quantidade incerta de apoio federal a empresas e trabalhadores desempregados, todos com a esperança de uma rápida recuperação da recessão.

Durante meses, a sabedoria predominante entre investidores, funcionários do governo Trump e muitos analistas econômicos foi que, depois de mergulhar em recessão nesta primavera, a economia do país aceleraria no final do verão e decolaria no outono à medida que o vírus recuasse.

Mas o fracasso em suprimir o ressurgimento de infecções confirmadas está ameaçando sufocar a recuperação e empurrar o país de volta para uma espiral recessiva - que poderia causar danos a longo prazo a trabalhadores e empresas, a menos que o Congresso reconsidere a escala da ajuda federal que pode ser necessária nos próximos meses.

A dor econômica iminente ficou evidente na terça-feira, com as grandes empresas prevendo meses sombrios pela frente. A Delta Air Lines disse que estava cortando os planos de adicionar voos em agosto e além, citando a demanda do consumidor. Os maiores bancos do país alertaram que estavam reservando bilhões de dólares para cobrir prejuízos previstos, já que os clientes não pagam suas hipotecas e outros empréstimos nos próximos meses.

Algumas empresas que utilizavam empréstimos para pequenas empresas para reter ou recontratar trabalhadores estão agora começando a demitir funcionários, à medida que esses fundos acabam enquanto a atividade comercial permanece deprimida. A expansão dos benefícios para os trabalhadores desempregados, cuja pesquisa mostra que está sustentando os gastos do consumidor durante a primavera e o início do verão, está prevista para expirar no final de julho, enquanto mais de 18 milhões de americanos continuam reivindicando desemprego.

"Nossa suposição deve ser a de que entraremos em um novo bloqueio no outono", disse Karl Smith, vice-presidente de política federal da conservadora Tax Foundation, em Washington. (Com agências internacionais).

A Disneyland Paris, o primeiro destino turístico privado da Europa, reabriu oficialmente suas portas ao público nesta quarta-feira (15) com medidas de higiene reforçadas, após quatro meses de fechamento, devido à pandemia de coronavírus.

Às 10h locais (5h no horário de Brasília), milhares de visitantes, incluindo muitas famílias, atravessaram os portões de acesso ao parque com um passo decidido.

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Na segunda e terça-feiras, em pré-abertura, o parque já havia recebido visitantes com uma assinatura anual.

Devido às novas restrições sanitárias, as medidas de higiene foram reforçadas. Todos os visitantes devem reservar seu lugar, ou sua estada, com antecedência, on-line. O uso da máscara é obrigatório para adultos e para crianças a partir dos 11 anos de idade.

A afiliada francesa da The Walt Disney Company havia indicado na segunda-feira que seus dois parques temáticos - Disneyland Park e Walt Disney Studios Park, fechados desde 14 de março - reabririam "progressivamente" a partir de 15 de julho, "com capacidade para recepção limitada".

Quanto à acomodação, um primeiro hotel (Disney’s Newport Bay Club) reabriu nesta quarta-feira, e outros seguirão o exemplo durante o verão (hemisfério norte). Dois deles, o Sequoia Lodge e o Davy Crockett Ranch, "reabrirão apenas em uma data anunciada mais tarde".

O parque - que não divulga seu número de visitantes desde 2015, ano em que havia recebido 14,8 milhões de pessoas - está localizado em Marne la Vallée, nos arredores de Paris, uma região classificada como "zona laranja" na pandemia de Covid-19 até 15 de junho.

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Trabalhadores que dependem da reabertura do comércio nas praias de Pernambuco se uniram no centro do Recife em protesto pela retomada do segmento. Na manhã desta terça-feira (14), o grupo seguiu em passeata até o Palácio do Campo das Princesas.

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O representante dos pescadores, comerciantes, guias e jangadeiros da praia de Jaboatão dos Guararapes, Sandoval da Silva, afirma que todos os manifestantes estão com contas atrasadas e a assistência fornecida pela prefeitura não é suficiente. "Cesta básica não paga contas. A maioria aqui tá com contas atrasadas e nossa única renda é a praia. Todos têm família em casa", reclama.

Sandoval classifica a condição como “absurda” e “ultrajante”, pois bares e restaurantes serão abertos na próxima segunda (20), enquanto eles correm risco de ter a mercadoria confiscada caso tentem vender. "O que nós queremos é a abertura imediata das praias. Nós precisamos disso por que dia 21 faz quatro meses que estamos parados, sem trabalhar. Isso é humilhante para nós", aponta.

Cinco integrantes do movimento foram atendidos por representantes do Governo.

Com informações Jameson Ramos 

Em entrevista ao LeiaJá, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) mostrou-se otimista em relação a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia e acredita que as atividades produtivas devam retornar até setembro. Segundo boletim do Ministério da Saúde, mais 20.286 casos do coronavírus foram confirmados nessa segunda-feira (13), no entanto, o pernambucano acredita que o país esteja entrando em um "período de declínio do contágio".

"Acredito que estamos caminhando para um período de declínio do contágio do coronavírus, sobretudo nas regiões metropolitanas, muito embora os dados apontam para a disseminação do vírus pelo interior do País. Ainda assim, podemos vislumbrar, até setembro, a normalidade das atividades produtivas", afirmou o senador por meio de nota.

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Mesmo confiante, o líder do Governo no Senado prega cautela para a flexibilização do comércio. Ele ainda pontuou sobre a autonomia e responsabilidade de cada gestor, pois "a disseminação não se dá de forma igual". "Deve ser planejado pelos governadores em diálogo com os prefeitos de acordo com a realidade de cada município", explica.

A aposta de FBC é que o Brasil se recupere da recessão econômica com a geração de empregos. Na sua visão, os postos de trabalho seriam disponibilizados através do avanço da agenda de reformas e privatizações.

Ele também ressaltou o comprometimento do Governo Federal para atravessar a pandemia e informou que já foram repassados cerca de R$ 40 bilhões aos estados. Desse recurso, Pernambuco teria recebido R$ 447 milhões para abastecer a saúde com equipamentos e instalar UTIs. Contudo, o senador afirmou que uma "boa aplicação dos recursos pelos gestores públicos" é necessária para garantir o atendimento adequado à população.

Após quatro meses fechado, o Centro de Treinamento Time Brasil será reaberto na próxima segunda-feira, dia 20, seguindo protocolo rígido do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Acostumada a receber 200 integrantes do alto rendimento, a estrutura localizada no Parque Maria Lenk, no Rio de Janeiro, terá apenas 40 pessoas, entre atletas e treinadores, em atividade, de forma a evitar eventuais contaminações por covid-19.

"Nossa intenção é passar uma mensagem positiva de que, mesmo num cenário difícil e sendo solidários às vítimas da pandemia, o Brasil tem condições de se organizar e permitir a retomada do esporte de alto rendimento", diz o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara, ao Estadão. "Avaliando as condições de saúde, queremos que o atleta brasileiro se sinta em condições de igualdade com seus adversários, que já retomaram os treinos nos outros países."

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Para permitir o retorno, o COB realizará ao todo 150 testes em atletas e funcionários. Os esportistas, como a nadadora Ana Marcela Cunha, começaram a ser submetidos nesta segunda aos exames sorológicos, que checam a presença de anticorpos no organismo. Na quinta, haverá os testes de RT-PCR, que detecta diretamente a presença do vírus.

Os atletas com resultados negativos estarão liberados para voltar a frequentar as dependências do CT na segunda, na chamada fase 2 do protocolo do COB. Nesta etapa, a reabertura tem condições rígidas, com questionários constantes e triagem toda a manhã na entrada do CT para verificar possíveis sintomas, saturação de oxigênio e temperatura corporal.

O cuidado com o distanciamento social também será grande. Para tanto, haverá uma programação controlada de horários de treinos, sempre entre 8h30 e 18 horas, com intervalos para limpeza. A ideia é que os atletas treinem em pequenos grupos, nos mesmos horários, para facilitar a identificação dos contágios em eventuais casos positivos de covid-19.

Se algum atleta contrair o novo coronavírus, entrará em quarentena e o COB saberá identificar quem está em risco a partir do controle das programações de horários. "Mantendo o distanciamento, prevemos que podemos ter num espaço amplo, como a Sala de Força e Condicionamento (espécie de sala de musculação mais elaborada), no máximo dez pessoas", explica Bichara.

No momento, o COB só vai permitir a entrada de atletas com vaga olímpica já assegurada ou perto de ser conquistada. A partir de segunda, vão frequentar o CT esportistas de diferentes modalidades, como natação, maratona aquática, saltos ornamentais, vôlei de praia, canoagem, atletismo, pentatlo moderno e badminton. Eles poderão usar a Sala de Avaliação e o Laboratório Olímpico.

Quanto à ginástica artística, cujo CT também integra o do Time Brasil, o retorno às atividades só vai acontecer após um período de treinos em Portugal - a viagem será na sexta-feira. "No protocolo do COB existe uma dificuldade maior para manter a limpeza da estrutura e do aparelho da ginástica. Mas, quando eles voltarem para cá, em cinco semanas, a situação deve estar melhor."

Mais atletas de todas as modalidades só serão permitidos no CT Time Brasil na fase 3, quando o COB espera receber até 80 pessoas. "Se a tendência de melhora na pandemia for mantida no Rio, acredito que vamos entrar nesta fase lá por outubro", diz Bichara. O retorno total só acontecerá na fase 4, sem previsão de data. "O retorno será progressivo e gradual", destaca o dirigente.

Bichara enfatiza que a volta não é obrigatória. "Abrimos a possibilidade para estes atletas voltarem agora. Não existe a obrigatoriedade para o retorno. Queremos começar pequeno mesmo, para irmos nos adequando. Sabemos que seremos fiscalizados. E vamos seguir rigidamente nosso protocolo."

O mesmo vale para o escritório do COB. No dia 7, a entidade fez um teste de segurança para avaliar o retorno dos seus 250 funcionários. Nesta segunda, voltaram apenas 20% deles, nenhum que faça parte do grupo de risco. Esta fase vai durar 15 dias, com pessoal trabalhando meio período na sede e meio período em casa.

"Estamos fazendo um retorno com segurança. Nossa ideia é de que, se não mudar o panorama atual, poderemos ter um número maior de funcionários aqui lá para o final de agosto ou início de setembro", afirma o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio, ao Estadão.

Setenta parques municipais, entre eles o Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, estão reabertos ao público a partir desta segunda-feira (13). O Ibirapuera e do Carmo, na zona leste, funcionam das 6h às 16h. Os demais das 10h às 16h. Os parques só vão funcionar em dias de semana, de segunda a sexta-feira, a fim de evitar aglomerações. A cidade de São Paulo tem 108 parques municipais.

Além deles, a gestão Doria autorizou a reabertura na capital de cinco parques estaduais: Água Branca, Villa-Lobos, Candido Portinari e Parque Ecológico do Tietê. Também são reabertos nesta segunda o Jardim Botânico, do Zoológico e Zoosafari. Esses locais podem operar com 50% da capacidade e vão funcionar de segunda a sexta, das 10h às 16h. Aos sábados e domingos, o horário é de 9h às 16h.

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Regras e protocolos de funcionamento

- Funcionamento acontece somente em dias de semana (de segunda a sexta) e com horário restrito a fim de evitar aglomerações.

- Os parques terão restrição de acesso, menos portões abertos e só podem funcionar com 40% de ocupação.

- Estão proibidas atividades em grupo.

- Quadras e parquinhos infantis permanecem fechados.

- Brinquedotecas e espaços de leitura também permanecem fechados.

- Bebedouros também ficam fechados.

- Uso de máscaras é obrigatório.

- Atividades físicas como caminhada, corrida, trilha e ciclismo (conforme a estrutura de cada unidade) estão liberadas, desde que os usuários respeitem o distanciamento social.

- Haverá sinalização de piso.

- Será disponibilizado álcool em gel 70% para higienização das mãos.

- Faixas que resumem as regras de funcionamento será afixadas nos parques para que os frequentadores vejam as regras.

Representantes de academias de São Paulo comemoraram a decisão do prefeito Bruno Covas (PSDB) de autorizar a retomada parcial das atividades a partir desta segunda-feira (13), mas reclamam do limite de abertura de seis horas por dia. Entre os argumentos, o setor alega desde o modelo econômico "pouco atrativo" a até risco maior de haver aglomeração.

De acordo com o protocolo assinado por Covas, as academias poderão reabrir com até 30% da capacidade e com os alunos fazendo agendamento prévio. Os locais também precisam adotar uma série de outras medidas contra o coronavírus, incluindo restrição para uso de bebedouros e vestiários, higienização de aparelhos, no mínimo, a cada duas horas e distância mínima de dois metros entre as pessoas nas salas de treino.

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As academias vão medir a temperatura dos alunos e funcionários antes da entrada e também investigar o histórico de Covid-19, com os frequentadores tendo de responder a uma série de perguntas antes de entrar. O objetivo é evitar o ingresso de pessoas infectadas ou que tiveram contato com doentes recentemente.

Diretor de Operações da Just Fit, Paulo Rebello afirma que as unidades da rede já vão reabrir nesta segunda-feira. Segundo relata, o grupo estudava protocolos aplicados no Brasil e no exterior há 45 dias e fez estoque de insumos de higiene para se precaver contra possíveis "sumiços" de produtos no mercado.

"Nós estamos preparados para reabrir com segurança. Com a limitação de 30% da capacidade máxima, teremos entre 70 a 80 pessoas por hora treinando. Em geral, as nossas unidades têm 1 mil m², então há tranquilidade para evitar aglomeração", diz Rebello. "O setor foi um dos mais prejudicados pela pandemia e passou quatro meses fechado. O único problema é que abrir seis horas por dia não é interessante do ponto de vista econômico, então seria interessante poder trabalhar dentro do horário normal."

Já Filippe Savoia, CEO da Bluefit, diz que com horários estendidos seria mais fácil evitar aglomerações. "Estamos de acordo com as regras definidas, com exceção do funcionamento limitado a seis horas. Acaba fazendo mais sentido funcionar por mais tempo durante o dia e evitar a concentração de pessoas em horários limitados."

Segundo Savoia, além das medidas de segurança previstas no protocolo, a rede fará distribuição gratuita de máscaras para os alunos. "Acreditamos que a prática das atividades físicas são importantes para aumentar a imunidade e a saúde das pessoas. Dessa forma somos favoráveis às reaberturas", afirma. Como os contratos dos funcionários estão suspensos, no entanto, ainda não há previsão para a reabertura das unidades. "Logo, iremos comunicar a todos sobre a data de retomada."

Em nota, a Smart Fit afirma que o protocolo de São Paulo é "um dos mais rígidos", mas que estaria apoiado "nas melhores práticas de biossegurança" e que apoia as medidas. "Temos dialogado com outras redes de academia espalhadas pelo mundo, que já viveram processos de reabertura e a implementação dos protocolos", diz. "O grupo entende e apoia a rigidez desses protocolos pois em um momento de reabertura, o principal objetivo deve ser a segurança dos colaboradores e clientes."

Para se adaptar às regras, as unidades da rede só devem reabrir na terça-feira, 14. "Não abriremos na segunda-feira, principalmente para garantir o treinamento de toda a equipe de colaboradores e terminarmos a implantação de todos os procedimentos que o protocolo determina."

Nesta segunda-feira (13), o governo de Pernambuco publicou o protocolo sanitário que deverá ser obedecido para a reabertura de academias no estado. A volta do segmento está agendada para a próxima segunda (20) e deve seguir as recomendações para evitar a transmissão da Covid-19 entre alunos e profissionais.

Os estabelecimentos devem manter a ocupação de um aluno por 10m² nas áreas de treino, piscina e vestiário. Apenas 50% dos aparelhos de cardio poderão ser usados e todos os de musculação serão dispostos a dois metros de distância uns dos outros. O espaço de exercício de cada aluno em locais de treino livre e salas para atividades coletivas serão demarcados com fita.

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As academias também terão de disponibilizar um gráfico com a frequência diária por horário para que alunos e profissionais possam escolher o período com menor fluxo de pessoas. Outras obrigações são levar a própria toalha ou colchonete, não dividir fontes de água, usar máscara durante a atividade física e direcionar a respiração para o lado oposto dos demais praticantes.

Durante o funcionamento, a ventilação natural do espaço deve ser priorizada e cada área deve fechar de duas a três vezes ao dia, por pelo menos 30 minutos, para a limpeza e desinfecção do ambiente. Recipientes com álcool 70% precisam estar disponibilizados na entrada e em locais estratégicos nas áreas de musculação e peso livre. Para mais recomendações, acesse o protocolo completo.

Em Fernando de Noronha, três contaminados pela Covid-19 conseguiram se recuperar e foram liberados do isolamento, informou a administração. Com a atualização, a ilha segue com três pacientes com quadro assintomático e já registrou 76 casos da doença. Outras 15 pessoas estão em investigação.

Com os resultados positivos apresentados no boletim desse sábado (11), Noronha mantém o plano de reabertura das atividades econômicas, que já autorizou praticamente a volta de todos os setores sob protocolo específico. O transporte público já circula, templos religiosos voltaram a receber fiéis, praias estão abertas e o segmento de bares e restaurantes atende com 50% da capacidade.

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Os voos semanais para que moradores e servidores essenciais retornem ao arquipélago também estão mantidos desde o dia 13 de junho. De acordo com a administração, 496 pessoas cadastraram-se junto à assistência social para garantir o desembarque. Antes de sair de Recife, é necessário apresentar teste negativo para Covid-19, que é refeito na ilha. Todos os passageiros ficam isolados até o resultado dos exames. Para conseguir voltar à Noronha é necessário entrar em contato com os telefones (81) 99488 3167 / 98494 0311 / 98494 0307 / 99488 3165 /99488 4367 / 99488 4367.

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Setenta parques municipais da cidade de São Paulo reabrirão ao público em geral a partir desta segunda-feira (13). Os parques funcionarão em período parcial e apenas em dias úteis, com acesso fechado a bebedouros, parquinhos infantis e quadras de esportes coletivos. A decisão de não abrir nos sábados e domingos tem o objetivo de evitar aglomerações, segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB).

Os parques do Ibirapuera e do Carmo funcionarão entre as 6 horas e as 16 horas. Já os demais parques abrirão entre as 10 horas e as 16 horas. A decisão não inclui o programa Ruas Abertas, que inclui a Paulista Aberta e o Parque Minhocão. O anúncio ocorreu durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 9.

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A cidade de São Paulo tem 108 parques municipais. Com o fechamento por causa da pandemia do novo coronavírus, em 21 de março, parte dos frequentadores passou a praticar atividades físicas nos espaços abertos e no entorno das áreas verdes.

Cinco partidos apresentaram ação contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para suspender decreto que prevê a reabertura total do comércio na região até o final deste mês. Segundo as legendas, o emedebista assinou ato "sem qualquer fundamento" e que contradiz decreto que prevê estado de calamidade pública no final de junho.

"Apesar de afirmar que decretação do estado de calamidade visa cumprir requisito formal para recebimento de recurso do Governo Federal, a verdade é que o governador Ibaneis Rocha sabe que o DF ainda não chegou ao pico de contágio da Covid-19", afirmaram os partidos.

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São autores da ação: Rede Sustentabilidade, PDT, PSOL, PSB e UP, sigla de Unidade Popular - partido registrado em dezembro do ano passado.

As legendas afirmam ainda que o governador baixou o decreto de reabertura sem informar à população se há equipamentos, leitos, insumos e recursos humanos suficientes para atendimento de pacientes com Covid-19. A divulgação das informações foi exigida pela juíza Raquel Soares Chiarelli, da 21ª Vara do Distrito Federal, na semana passada em outra ação judicial contra o governador.

O governo distrital autorizou a abertura nesta semana de salões de beleza, esmalterias, barbearias, centros estéticos e academias de esporte. As escolas, universidades e faculdades da rede privada podem retomar as atividades presenciais em 27 de julho e as da rede pública, em 3 de agosto. Bares e restaurantes poderão receber a clientela a partir do dia 15 deste mês. Todos os estabelecimentos deverão seguir protocolos de segurança recomendados pelas autoridades sanitárias para evitar o contágio do novo coronavírus.

Em entrevista ao Estadão, Ibaneis afirmou que "restrições" já não servem para nada, pois se esgotou o "limite" da população. "(O coronavírus) Vai ser tratado como gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início", disse.

Defesa

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com o governo do Distrito Federal e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações.

A partir desta terça-feira (7) ficam autorizados a reabrir no Distrito Federal (DF) salões de beleza, barbearias, centros estéticos e academias. A medida foi anunciada pelo governo do DF na semana passada e faz parte de plano para retomar as atividades que ainda estavam proibidas.

Para o dia 15, a previsão é de permissão do funcionamento dos demais estabelecimentos comerciais, incluindo bares e restaurantes. O DF já havia liberado alguns tipos de comércio, como lojas de móveis.

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Para os locais que poderão reabrir não foi definida nenhuma regra com mudança nos horários, como em outros estados. Entre as restrições fixadas pelo governo do Distrito Federal, os bares e restaurantes não poderão ter música ao vivo ou realizar eventos.

Foram estabelecidas exigências de saúde, como garantia do distanciamento entre os clientes de pelo menos dois metros, utilização de equipamentos de proteção individual, revezamento dos trabalhadores, proibir nas equipes pessoas do grupo de risco, disponibilizar álcool em gel 70%, higienização dos estabelecimentos e banheiros, uso de máscaras de proteção facial e aferição da temperatura de trabalhadores e clientes.

Os proprietários de salões de beleza devem higienizar as cadeiras de uso regular, distribuí-las de modo a garantir o espaçamento de dois metros, esterilizar todos os equipamentos após cada atendimento, empregar toalhas e lençóis de uso exclusivo e privilegiar a ventilação natural.

Para as academias, as obrigações envolvem a higienização dos aparelhos de uso coletivo, proibição do uso de bebedouros e chuveiros, delimitação do espaço onde cada pessoa pode se exercitar, respeito à distância mínima de dois metros, proibição de aulas coletivas e fechamento de uma a duas vezes por dia, por 30 minutos, para limpeza geral.

Volta às aulas presenciais

O decreto do governador Ibaneis Rocha também incluiu a volta das aulas presenciais. No dia 27 de julho, entram no cronograma de reabertura as escolas, universidades e faculdades da rede privada. Em 3 de agosto, ficam autorizadas as instituições de ensino da rede pública. Para elas, haverá um retorno gradativo, começando com as do ensino médio e indo para as séries inferiores, até chegar ao infantil. As creches são proibidas de abrir por determinação judicial.

À Agência Brasil, a Secretaria de Educação do DF informou que foram elaborados protocolos com base em experiências internacionais. As diretrizes serão divulgadas posteriormente pelo órgão, assim como o calendário escolar.

A assessoria da pasta acrescentou que em relação às medidas de prevenção e mitigação da transmissão do vírus, os órgãos de fiscalização do GDF irão definir uma programação para acompanhar o cumprimento das ações de segurança sanitária definidas na legislação distrital.

O GDF anunciou que distribuirá máscaras e garrafas de água aos alunos. Além disso, fará a testagem dos trabalhadores da educação.

Manifesto

Um manifesto assinado por professores, dirigentes sindicais, jornalistas e artistas critica a postura do governador do DF, Ibaneis Rocha, diante da pandemia, classificando-a como “injustificável”. 

“Na contramão das recomendações de especialistas e do que vem sendo feito em outros países, o governador, no momento em que a curva de casos cresce exponencialmente, reabriu prematuramente e continua reabrindo atividades econômicas e sociais não essenciais, com protocolos mal elaborados e que não são cumpridos e fiscalizados convenientemente, especialmente nas regiões mais afastados do centro. O resultado é o aumento assustador de contaminados e mortos no Distrito Federal, especialmente nas comunidades de maior vulnerabilidade social e na população mais pobre”, diz o texto.

Sobre o retorno das atividades escolares, a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal manifestou sua posição, alertando sobre os riscos da reabertura. "Nas últimas semanas notou-se um aumento da circulação e aglomeração de pessoas. Nessas condições, reabrir todas as atividades até o fim de julho ou início de agosto pode ser uma decisão precipitada, devido à situação em que nos encontramos tanto em nível distrital quanto nacional; em especial se tratando de escolas, onde o comportamento é imprevisível e o número de assintomáticos é inestimável", disse o presidente da entidade, Dennis Burns. 

A capital paulista volta a reabrir nesta segunda-feira (6), de forma parcial, bares, restaurantes e salões de beleza. A cidade e a região do ABC e o sudoeste da Grande São Paulo estão na fase amarela do Plano São Paulo, que permite a retomada gradual de atividades econômicas.

No sábado (4), o prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou com entidades setoriais as regras que permitem o funcionamento dos estabelecimentos, seguindo também as determinações do Centro de Contigência contra a Covid-19, do governo do Estado. Veja como fica o funcionamento desses locais na capital paulista.

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Bares e restaurantes

- Bares e restaurantes podem voltar a funcionar com horário reduzido, de seis horas, e somente até às 17 horas;

- Durante a fase amarela, está proibido o atendimento a clientes que estejam consumindo os produtos nas calçadas;

- A ocupação máxima nos estabelecimentos pode ser de 40%;

- As mesas, que não poderão ser ocupadas por mais de seis pessoas, devem ter 2 metros de distância entre elas e as cadeiras distância de pelo menos 1 metro;

- Os clientes só poderão consumir os alimentos dentro dos estabelecimentos se todos estiverem sentados, seguindo corretamente as recomendações de higiene;

- O uso de máscara é obrigatório tanto por clientes quanto por funcionários;

- As portas e janelas deverão estar preferivelmente abertas, privilegiando a ventilação natural. Em caso de ambientes climatizados, os estabelecimentos devem garantir a manutenção dos aparelhos de ar condicionado;

- Os cardápios deverão ser disponibilizados por meio de plataformas digitais (site do estabelecimento, menu digital via QR Code ou aplicativo) ou cardápios de grande porte e visibilidade dispostos nas paredes do estabelecimento, como lousas, quadros e luminosos;

- Os restaurantes que atuam com a opção de self-service e com sistema de pedidos para consumo no interior do estabelecimento devem disponibilizar garçons e colaboradores para servir os clientes devidamente paramentados com equipamentos de proteção individual.

Salões de beleza

- A ocupação máxima pode ser de 40% da capacidade e esses estabelecimentos podem funcionar por seis horas;

- O atendimento aos clientes deverá ser feito exclusivamente por meio de agendamento, evitando filas de espera e de maneira individualizada;

- Sempre que possível, o atendimento precisa ser feito em cabines individuais, por um profissional por vez e os clientes não poderão estar acompanhados por outras pessoas;

- É obrigatório o uso de máscaras;

- É obrigatória a adoção de protocolos específicos de higiene e distanciamento;

- Poderá também ser implementado um horário exclusivo de atendimento para clientes acima de 60 anos ou que são do grupo de risco;

- Os funcionários deverão utilizar touca, máscara reutilizável e óculos de proteção ou protetor facial, gorro, avental impermeável de mangas longas e luvas para tratamentos;

- Tanto as barbearias quanto os salões de beleza deverão lavar os cabelos e orelhas dos clientes antes de iniciar o corte de cabelos para minimizar a possibilidade de contaminação;

- As esmalterias devem diminuir a quantidade de esmaltes expostos; usar luvas; higienizar a poltrona e a mesa de atendimento a cada cliente;

- A distância mínima entre estações de trabalho deve ser de 2 metros, devendo serem utilizadas de modo intercalado, se necessário, e a distância entre os clientes de pelo menos 1,5 metro.

Duas semanas depois do primeiro levantamento da Agência Brasil sobre os planos de retomada econômica em cada estado da federação e no Distrito Federal, a reportagem voltou a contactar as assessorias dos governos estaduais, para ver o que mudou nos últimos 15 dias. 

Veja abaixo o levantamento completo:

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Região Norte

Acre

No Acre, houve pouca alteração no cenário, desde o levantamento inicial da Agência Brasil. No dia 12 do mês passado, o governo estadual apresentou o plano Convívio sem Covid, que cria diretrizes para a retomada a partir de indicadores que serão utilizados para definir os planos por município e setor. A autorização da volta de atividades não essenciais será baseada na redução do surgimento de novos casos, na quantidade de testagem, na disponibilidade de novos leitos e no número de internações e na quantidade de mortes em decorrência da pandemia. A medida de isolamento vigente foi prorrogada até segunda-feira (22).

Estão autorizados o funcionamento de serviços médicos, indústria em geral (mas mediante agendamento), empresas em cadeias produtivas de gêneros de primeira necessidade (como alimentos, medicamentos, limpeza, água, gás e combustíveis), supermercados, transporte em rios, restaurantes e oficinas em rodovias, lavanderias, borracharias, call centers, bancos e lotéricas, construção civil, hoteis, moteis e serviços de telecomunicações.

Pelas regras da administração estadual, seguem fechados shoppings, academias, cinemas, museus, teatros, clubes, bares, boates, clínicas de estética, salões de beleza, bem como lojas de roupas e sapatos, de eletrodomésticos e de conveniência. Também estão proibidas as aulas nas redes públicas e privada, assim como em faculdades.

Amazonas

No dia 29 de junho, o governo deu início ao terceiro ciclo do Plano de Retomada Gradual das Atividades Não Essenciais. Nesta etapa, ficam liberados para funcionamento cabeleireiros, barbearias e centros de estética, academias, stands de imobiliárias e lojas de artesanatos, doces, artigos de caça e pesca, objetos de arte, fogos de artifício, armas e munições, bem como vendas de imobiliárias. Além disso, foram reabertos parques, espaços públicos, atrações turísticas e feiras do produtor, organizadas pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).

Para as atividades liberadas, foram estabelecidas exigências como distanciamento mínimo de 1,5 metro (m), controle de aglomerações, uso obrigatório de máscara promoção da higiene pessoal com disponibilização de álcool em gel e desinfecção dos locais. Os responsáveis pelos locais devem empregar ações de orientação a funcionários e clientes, além de acompanhar a saúde dos trabalhadores. O não cumprimento das obrigações pode ensejar punições como a suspensão da autorização de funcionamento.

No meio de junho, já haviam sido liberadas atividades do segundo ciclo, entre as quais livrarias, assistência técnica, imobiliárias, comércios cosméticos, de animais e de materiais de escritório, bem como lojas de informática, de eletrodomésticos e de departamento. Seguem suspensos eventos promovidos pelo governo, aulas da rede estadual de ensino, visitação a presídios e a centros de detenção para menores, serviço de transporte fluvial de passageiros, visitação a pacientes internados com Covid-19 e funcionamento de todas as boates, casas de shows, bares, salões de festas e parques de diversão.

Amapá

O governador Waldez Góes assinou decretos no dia 30 de junho prorrogando a quarentena por mais 15 dias. Já a suspensão das aulas foi estendida por mais 30 dias. A norma assegura a prerrogativa dos gestores municipais para definirem as medidas de distanciamento social de suas respectivas cidades. Contudo, os decretos trazem diretrizes para o Poder Público no estado.

Até 15 de julho, ficam proibidos de abrir: estabelecimentos comerciais, shoppings centers, cinemas, clubes, buffets, academias, bares, restaurantes, boates, teatros, casas de shows, centros culturais, clínicas de estética, lojas de conveniência, eventos religiosos em locais públicos e moteis.

Também não são permitidos agrupamentos de pessoas em locais públicos. Conforme o Decreto 2.026 de 30 de junho, os serviços públicos essenciais – como saúde, segurança e atendimento integrado ao cidadão – permanecem autorizados a funcionar, mas devem ser adotadas medidas para prevenir e mitigar a transmissão do vírus entre servidores e usuários desses serviços.

Pará

O governo estadual atualizou no dia 2 de julho a classificação de risco do plano Retoma Pará. Pelo projeto, o estado foi dividido em regiões de acordo com indicadores como taxa de crescimento dos novos casos e de hospitalizações, leitos de UTI com ventiladores disponíveis, quantidade de equipamentos de proteção individual e índice de presença de equipes de saúde.

A região Nordeste do estado, passou para a bandeira amarela, em que o plano de abertura pode ser expandido para mais segmentos. Três das oito regiões (Marajó Oriental, Carajás e Marajó Ocidental) estão na bandeira laranja, autorizadas a definir as atividades não essenciais que podem ser abertas. É permitido, por exemplo, o funcionamento de concessionárias, indústrias, comércio de rua, shoppings, salão de beleza e construção civil, todas com metade da capacidade. Igrejas podem realizar atividades, mas com até 100 pessoas. Ainda não podem abrir escolas, academias, espaços públicos, atividades imobiliárias e clubes sociais.

Em outras quatro regiões (Araguaia, Tapajós, Xingu e Baixo Amazona) estão na zona vermelha. Nestas cidades, são permitidos apenas os serviços considerados essenciais. Nesta etapa, fica proibida a abertura de espaços públicos, imobiliária, academias, teatro e cinemas, bares, restaurantes, shopppings, eventos com aglomeração e igrejas.

Rondônia

No dia 15 de junho, foi assinado o Decreto 25.138 disciplinando a retomada das atividades econômicas. Os municípios foram classificados em grupos para a definição das fases dentro do plano de ação estabelecido. Essa divisão levou em consideração aspectos como a taxa de ocupação de leitos. Se a ocupação de leitos ficar acima de 80%, a cidade se enquadra na Fase 1, de distanciamento social ampliado.

Quando o índice fica abaixo de 80%, a cidade passa à Fase 2, chamada distanciamento social seletivo. Nesta etapa, ficam liberadas atividades como cultos religiosos e shoppings (sem a liberação de praças de alimentação), concessionárias, academias, salões de belezas e lojas de roupas, informática, eletrodomésticos e sapatos, entre outros.

Conforme o cenário epidemiológico melhora e a ocupação dos leitos cai, cidades podem passar para a Fase 3, de abertura comercial seletiva. Nela fica permitido o funcionamento de todo o comércio, à exceção de casas de shows, boates, bares e restaurantes e eventos com mais de 10 pessoas. Esses eventos serão autorizados apenas a cidades na Fase 4, de prevenção contínua.

Na Portaria Conjunta nº 11, publicada em 29 de junho, as cidades do estado foram enquadradas da seguinte forma: 23 cidades na Fase 1, incluindo a capital Porto Velho e cidades populosas como Ji-Paraná e Ariquemes, e 29 municípios na Fase 3 (praticamente todos com população abaixo de 20 mil habitantes).

Roraima

No dia 16 de junho, o governo publicou o decreto Decreto Nº 28.956-E, liberando viagens intermunicipais e interestaduais de transporte terrestre. As empresas que fornecem o serviço devem garantir exigências como fornecimento de álcool gel 70% aos passageiros, higienização dos veículos e lotação de até 75% da capacidade, além de reduzir o número de linhas e viagens em 50%.

No restante, segue em vigor o Decreto 28.662-E, de 22 de março, que definiu as medidas de isolamento social no estado. A norma autoriza o funcionamento de supermercados, açougues, bancos e lotéricas, hospitais e clínicas, farmácias, escritórios de advocacia, comércio de alimentos e medicamentos para animais, postos de combustíveis, oficinas, telecomunicações e internet, call centers e serviços de provimento de água, esgoto e energia elétrica, além de indústrias, serviços agropecuários e meios de comunicação. Os restaurantes e estabelecimentos que servem refeições foram autorizados a operar em sistema de entrega ou de busca no local.

Assim como em outros estados, aos setores permitidos foram estabelecidas obrigações, como disponibilização de álcool gel, fornecimento de máscaras, desinfecção frequente do ambiente e superfícies, controle das aglomerações nos locais, adoção de revezamento e escalas para os trabalhadores e distanciamento mínimo de 2 metros entre funcionários e clientes.

Tocantins

A suspensão das aulas e o regime especial de trabalho dos servidores foram prorrogados até o dia 31 de julho. Os trabalhadores do governo local estão operando na modalidade remota e cumprindo jornada de seis horas. As demais atividades ficam disciplinadas de acordo com o Decreto 6.083, de 13 de abril, e o Decreto 6.092, de 5 de maio, que trouxeram recomendações às prefeituras sobre as medidas de distanciamento. Entre elas está a proibição de serviços não essenciais a exemplo de shoppings, galerias, bares, restaurantes e feiras. Ficaram de fora da recomendação farmácias, clínicas e locais de atendimento médico, entrega de refeições, supermercados, agências bancárias e postos de combustíveis.

Para os demais estabelecimentos comerciais, foram indicadas medidas de segurança como o distanciamento em filas e marcação para sinalizar esse espaço mínimo, manutenção de ambientes arejados, disponibilização de álcool em gel e local para lavagem das mãos, sistema de escala e revezamento de jornada e fixação de horários especiais para atendimento a idosos.

O decreto também obrigou o uso de máscara no estado. Estão fechados parques e unidades de conservação e há restrição de visitas a prisões e unidades socioeducativas e a limitação de eventos de caráteres público ou privado que gerem aglomeração. O transporte público só pode funcionar com metade da capacidade de passageiros sentados. As aulas seguem suspensas no estado.

Região Nordeste

Alagoas

Em Alagoas, devido à retração do número de casos de Covid-19 em Maceió, houve avanço na fase do protocolo de distanciamento social controlado, informou o governo. Na última sexta-feira (3), a capital entrou na chamada fase laranja. Salões de beleza e barbearias podem operar com 50% da capacidade de atendimento.

Lojas de rua de até 400 m² de área, templos, igrejas e demais instituições religiosas podem receber pessoas até o limite de 30% da capacidade. Esses estabelecimentos passaram a poder funcionar junto ao grupo que já estava liberado na etapa anterior, a fase vermelha. A medida, no entanto, é válida apenas para Maceió.

No interior do estado segue em vigência o decreto de isolamento social. Segundo o governador, Renan Filho, no interior ainda não há clareza da redução dos casos, por isso as demais cidades seguem na fase vermelha, para que haja mais tempo para consolidação da tendência de queda nos próximos dias. O governo do estado pretende continuar com a ampliação de leitos no interior, além de intensificar a fiscalização nos municípios. 

O estado definiu um protocolo sanitário específico, publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 15 de junho. O documento, de acordo com o governo, segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e evidências científicas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). O protocolo divide a reabertura gradual entre as fases vermelha - que é a atual, exceto para a capital -; laranja; amarela; azul e verde.

Bahia

No estado da Bahia as medidas de restrição seguem em vigor: o Decreto n° 19.586, que determina a proibição de atividades, ficará em vigor até está segunda-feira (6), e o estado ainda não informou se irá prorrogá-lo.

A retomada econômica já está planejada: após diálogo com os setores da economia e trabalhadores, o governo elaborou o Plano de Contingência e de Reativação da Economia, mas ainda não há previsão de lançamento.

Algumas medidas de incentivo econômico já estão disponíveis: são duas linhas de crédito disponíveis para pequenos negócios pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia). A linha de crédito Fungetur, voltada para o segmento do turismo, irá beneficiar as empresas inscritas no Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos, o Cadastur.

Antes da pandemia, esse crédito poderia ser financiado em 48 meses, com carência de seis meses. Durante a pandemia o período de parcelamento subiu para 60 meses e a carência passou para 12 meses. A taxa de juros atual é de 0,57% ao mês. Para os demais setores, há o crédito BNDES MPME, com taxa de juros 0,61% ao mês, com prazo total de 60 meses e carência que pode chegar a 24 meses.

Ceará

No último dia 22, a capital do estado, Fortaleza, iniciou a segunda fase do plano de retomada gradual das atividades econômicas e cotidianas. Segundo o governo, a decisão foi tomada em virtude da atual situação epidemiológica da capital, com redução do número de casos, de internações e de óbitos causados pela Covid-19. Foi autorizado o funcionamento de restaurantes das 9h às 16h, de templos religiosos com 20% da capacidade de ocupação e a prática de exercícios físicos individuais ao ar livre. Assim como a ampliação do número de trabalhadores da indústria e do comércio autorizados a atuar.

Na mesma data, ficou decidido que os 43 municípios da Macrorregião de Saúde de Fortaleza passam para a primeira etapa, enquanto as demais iniciam a fase de transição. Sobral e Juazeiro do Norte passaram adotar isolamento social rígido. No último dia 29, Barbalha, Crato, Brejo Santo, Tianguá e Iguatu também passaram a ter regras mais rígidas. 

As etapas fazem parte do chamado Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais, que começou a ser implementado no início do mês passado. O processo de liberação da atividade econômica conta com uma fase inicial de transição em que estão contemplados 17 setores, e mais quatro fases de abertura, obedecendo a critérios técnicos, sanitários e epidemiológicos.

Maranhão

No estado, está em vigência desde o dia 20 de maio o plano geral de retomada, proposto no decreto nº 35.831, que trata das diretrizes por segmento. Atualmente, o plano encontra-se no estágio de abertura gradual das atividades econômicas, com observância às regras sanitárias e fiscalização dos estabelecimentos comerciais. 

A cada semana são liberadas novas atividades econômicas, segundo o governo. Atualmente, podem funcionar, atendendo às regras sanitárias, o setor lojista, academias, salões de beleza, bares, restaurantes e organizações religiosas. Ainda estão impedidos de acontecer de forma presencial grandes eventos públicos que envolvam aglomerações, como shows, apresentações, congressos, seminários, passeatas, desfiles, torneios, jogos, apresentações teatrais, sessões de cinema e festas em casas noturnas. 

Semanalmente, a Casa Civil lança portarias segmentadas de acordo com regras específicas para cada setor da economia, após aprovação da Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública do Estado do Maranhão. No dia 30 de junho foi publicado o Decreto n. 35.897, que prevê a retomada das atividades presenciais nas escolas a partir do dia 3 de agosto.

Paraíba

O estado atualizou, no último dia 29, a situação dos municípios em relação ao controle do avanço do novo coronavírus. Com base nos resultados, 12 municípios que se encontravam em fases mais avançadas de retomada das atividades econômicas tiveram que recuar e ampliar as medidas de isolamento social. Ao todo, 8 municípios passaram da bandeira amarela para a laranja, três cidades perderam a bandeira laranja e agora figuram na bandeira vermelha e o único que possuía a bandeira verde, Cacimbas, aparece agora com a bandeira amarela. A capital, João Pessoa, está com a bandeira laranja. 

As classificações estão prevista no chamado Plano Novo Normal Paraíba, que define a retomada gradual das atividades, com base em indicadores como a quantidade percentual de novos casos, letalidade, ocupação da rede hospitalar da região e percentual de isolamento social. O estado propõe a classificação dos municípios por bandeiras: vermelha, laranja, amarela e verde. Segundo dados estaduais, a maioria dos municípios (96%) está com bandeiras laranja e amarela. Cada bandeira de classificação corresponde a diferentes graus de restrição de serviços e atividades.

Os locais com bandeira vermelha têm as maiores restrições. A bandeira laranja permite o funcionamento apenas das atividades essenciais, a amarela têm restritas às atividades que representam maior risco para o controle da pandemia. Já a verde permite que todos os setores estejam em funcionamento, contanto que adotem medidas para o distanciamento social. Escolas, por exemplo, só podem voltar a funcionar na bandeira verde. Em todas as bandeiras podem funcionar atividades essenciais, como: restaurantes (com restrições) e lojas comerciais (apenas para delivery).

Pernambuco

De acordo com os dados do gabinete de enfrentamento à Covid-19, os números de casos, óbitos e a demanda sobre o sistema de saúde permanecem em queda no estado de Pernambuco de maneira geral, puxados pela Região Metropolitana de Recife. Por isso, a partir de hoje (6), 50 municípios das Gerências Regionais de Saúde do Recife, Limoeiro e Goiana avançam para a 5ª etapa do Plano de Convivência com o novo coronavírus. Serão liberadas as atividades comerciais de vendas de automóveis com 100% da carga e os serviços de escritório com 50% da capacidade. Os jogos de futebol sem público e a retomada do polo de confecção permanecem suspensos. Na terça-feira (7), a situação dessas atividades será reavaliada. As regiões Agreste, Sertão e Mata Sul ainda não têm índices estabilizados, segundo o governo. 

O Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 começou a ser colocado em prática no dia 1º de junho. O plano prevê a retomada gradual das 32 atividades econômicas em atuação em Pernambuco, dividida em 11 etapas, com ordem de flexibilização das restrições definida a partir dos critérios de relevância do segmento para a economia versus o risco que a atividade representa para a população. Todos os setores que têm atividades liberadas recebem orientações sobre o protocolo geral de atividade, com diretrizes de distanciamento social, higiene, monitoramento e comunicação, além de protocolos específicos de funcionamento para proteger trabalhadores e clientes.

Segundo o governo do estado, os dados de contaminação e mortes, além da taxa de ocupação dos leitos para pacientes da Covid-19 são analisados e monitorados pelo comitê socioeconômico. Semanalmente, o período é avaliado e, apresentando indicadores de controle ou estabilidade, a etapa é validada e o plano avança para a etapa seguinte. O monitoramento desses índices de saúde também são avaliados com recorte regional, o que baliza as decisões do governo para avançar onde há segurança e atuar com cautela nas regiões onde há índices fora da curva de estabilidade.

O estado foi dividido em 12 gerências regionais de Saúde (Geres), que podem avançar, estacionar ou recuar no plano, em resposta direta ao comportamento dos indicadores de saúde. Atualmente, dentre as 12 gerências, nove, espalhadas na Região Metropolitana, na Zona da Mata e no Sertão do Estado, estão na etapa 4 do plano. As outras três Geres, com sede nas cidades de Caruaru e Garanhuns, no Agreste, e de Palmares, na Zona da Mata, estão na etapa 2. A partir de 6 de julho, as Geres do Recife, Limoeiro e Goiana, que contemplam 50 municípios, avançam para a etapa 5.

Piauí

Está em vigência no estado o chamado Pró-Piauí: Plano de Retomada das Atividades Econômicas. As primeiras atividades começam a ser retomadas na segunda-feira (6), de acordo com o governo estadual. Começam, então, a funcionar, atendendo às condições dos protocolos específicos e o protocolo geral de recomendações higiênicas e sanitárias, os seguintes setores: saúde animal, saúde humana, cadeia de serviços automotivos e construção civil. Para o iniciar o funcionamento, o estabelecimento é obrigado a apresentar o Plano de Segurança Sanitária e Contenção de Covid-19 na modalidade simplificada ou ampliada, conforme a dimensão do estabelecimento. A retomada pode, de acordo com o governo, ser revista segundo as necessidades de contenção do alastramento de Covid-19.

O plano de retomada prevê quatro fases, sendo a primeira a fase zero, que é a que o estado atualmente se encontra. Nesta fase, estão liberadas apenas as atividades essenciais. A partir da fase 1, começam a ser liberadas as atividades classificadas pelo estado como de alto impacto econômico, como indústrias de transformação, comércios, construção e agricultura. Na última fase, a fase 3, há a liberação de todas as atividades com protocolo de restrições sanitárias. Também são liberadas nesta fase as atividades artísticas, cultura, esporte e recreação.

A mudança de fase, de acordo com o governo, será precedida por uma avaliação epidemiológica, que acontecerá a cada 7 dias, com possibilidade de progressão para uma fase seguinte caso os indicadores se mantenham estáveis por duas semanas, levando em consideração o ciclo da Covid-19. Segundo o documento, a avaliação ocupacional será por atividade econômica, considerando os riscos das ocupações diante da retomada e buscando minimizar a aglomeração de pessoas.

Rio Grande do Norte

O estado iniciou reabertura gradual na semana passada, no dia 1º, das atividades econômicas e do comércio. O Plano de retomada gradual é composto por três fases e tem previsão de duração de 35 dias. Para cada fase de abertura está previsto um bloco de atividades a serem progressivamente liberadas. Segundo o governo do estado, o objetivo é que sejam autorizadas inicialmente aquelas que economicamente se encontram em situação economicamente mais crítica, com maior capacidade de controle de protocolos e que geram pouca aglomeração. Na primeira fase, que deverá estar em vigência até o dia 14, está permitida a retomada de atividades comerciais e demais serviços e de restaurantes, lanchonetes e praças de alimentação de até 300 metros quadrados (m²) de área; com o limite de até quatro pessoas por mesa; 2 metros de distância entre as mesas e 1 metro entre as pessoas. Está proibido o consumo de bebida alcoólica nos estabelecimentos.

A retomada da atividade econômica paralisada estava prevista para 24 de junho. Porém, a alta taxa de transmissibilidade do vírus e a alta taxa de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) no período fizeram com que o Governo adiasse a reabertura por mais uma semana.

Sergipe

No último dia 29 o estado permitiu a reabertura de lojas de cosmético, perfumaria e higiene pessoal, livrarias, comércios de artigos de escritórios e papelaria, além de templos e atividades religiosas - limitados a 30% da capacidade de lotação. Salões de beleza, barbearias e estabelecimentos de higiene pessoal também puderam receber clientes. A reabertura corresponde à fase laranja, a segunda do Plano de Retomada e Abertura Gradual da Economia. 

O plano prevê a reabertura de forma gradual em três fases. A primeira corresponde ao nível máximo de restrição de atividades não essenciais, com algumas flexibilizações. Em seguida, vêm as etapas laranja, identificada como controle; amarelo, de flexibilização; e verde, de abertura parcial ou normal controlado. A partir da primeira fase, cada uma das próximas etapas precisa obedecer a um prazo de 14 dias, e só haverá flexibilização caso os parâmetros de saúde estabelecidos no plano de retomada sejam cumpridos. 

O estado alerta que o cronograma pode ser prorrogado, dependendo do comportamento dos indicadores epidemiológicos. Também poderá haver regresso à fase anterior. O principal indicador para a flexibilização e abertura do setor produtivo é a quantidade de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) disponíveis para a população.

Centro-Oeste

Distrito Federal

O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, anunciou na última, quinta-feira (2), o cronograma de nova flexibilização das medidas de distanciamento. Amanhã (7), voltam a funcionar salões de beleza, barbearias, centros estéticos e academias.

No dia 15, poderão abrir bares e restaurantes. O DF já havia liberado diversos tipos de comércio, como lojas de móveis e shoppings. Nesses estabelecimentos, não haverá mudança nos horários, como em outros estados. Apenas os bares e restaurantes não poderão ter música ao vivo, bem como a realização de eventos.

Foram elencadas obrigações de saúde, como garantia do distanciamento entre os clientes de pelo menos dois metros, utilização de equipamentos de proteção individual, revezamento dos trabalhadores, proibição de pessoas do grupo de risco nas equipes de trabalho, disponibilização de álcool em gel 70%, higienização dos estabelecimentos e banheiros, uso de máscaras de proteção facial e aferição da temperatura de trabalhadores e clientes.

O Decreto 40.939 do governador Ibaneis Rocha também instituiu a volta das aulas presenciais. No dia 27 de julho, entram no cronograma de reabertura as escolas, universidades e faculdades da rede privada. Em 3 de agosto, ficam autorizadas as instituições de ensino da rede pública. Para estas, haverá um retorno gradativo, começando com as do ensino médio e indo para as séries inferiores, até chegar ao infantil. As creches são proibidas de abrir por determinação judicial.

Goiás

No dia 29 de junho, foi editado o Decreto 9.685, que instituiu a quarentena intermitente no estado, com duas semanas de suspensão de atividades e duas semanas de permissão de funcionamento. A quarentena vigorará até o dia 13 de julho. Nesta etapa, é autorizado o funcionamento apenas das atividades essenciais e das definidas no decerto.

Nos 14 dias de quarentena, são proibidas atividades religiosas, abertura de óticas, parques estaduais, distribuidoras de bebidas, restaurantes, feiras livres, lanchonetes, lojas comerciais, comércio ambulante, quiosques, bancas de jornais, escritórios de profissionais liberais, oficinas, borracharias, salões de beleza, barbearias, clínicas de estética, indústrias em geral, obras de construção civil e lojas de conveniência. Nos períodos de abertura, essas atividades são permitidas.

Independentemente do período, podem funcionar hospitais, laboratórios, consultórios médicos, supermercados, padarias, jornais, emissoras de TV, farmácias, petshops, clínicas veterinárias, delegacias, lojas de peças e máquinas agropecuárias, transporte coletivo e privado. Também está proibido em ambos os períodos a abertura de teatros, casas noturnas, boates, shows, cinemas, reuniões e eventos públicos, eventos festivos privados, academias, clubes, parques, salões de festas, hoteis e instituições de ensino.

Mato Grosso

O Mato Grosso ainda vai definir a necessidade de elaboração de um plano de retomada econômica, uma vez que a economia permanece em crescimento, informou a assessoria de imprensa do estado. “A situação confortável deve-se a uma série de medidas de contenção de despesas e para o reequilíbrio fiscal do Estado, tomadas desde o ano passado, como a reforma administrativa, com redução no número de Secretarias, revisão dos contratos, recriação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), revisão dos incentivos fiscais, entre outras”.

Segundo o governo, o faturamento tributável das empresas mato-grossenses entre os dias 22 e 28 de junho, teve um crescimento de 3,1% em relação à média anterior ao início da pandemia de Covid-19, em março deste ano. É o que indica o 13º Boletim Econômico Especial divulgado pelo governo do Estado no dia 30 de junho. No entanto, o boletim acusa que a queda na arrecadação do ICMS chegou a R$ 79,8 milhões ou 8,8% a menos do que no início da pandemia.

Mas a agropecuária, principal atividade econômica do estado, teve o desempenho prejudicado. A queda no faturamento tributável caiu em relação à semana anterior e ficou 6,3% menor em relação à média anterior à pandemia. Na última semana, o faturamento diário foi de R$ 2,64 bilhões. Parte desse desempenho, destacou o governo, se deve a fatores sazonais do setor, como por exemplo, plantio, colheita e circulação dos grãos.

No entanto, o governo tomou ainda uma série de medidas, visando diminuir os impactos financeiros causados pela pandemia, tais como decreto de estado de calamidade, prorrogação e isenção do pagamento de impostos (isenção do ICMS da energia elétrica, prorrogação do ICMS do Simples Nacional, prorrogação do pagamento do IPVA e prorrogação do pagamento do licenciamento veicular) e acesso facilitado a linhas de crédito estaduais para pequenos empresários.

Um deles é o crédito emergencial para os microempreendedores individuais, microempresas, empreendedores do ramo turístico (hotéis, pousadas, bares, restaurantes e similares), por meio da Fungetur Giro, que tem taxa de juros reduzida e maiores prazos de carência.

Mato Grosso do Sul

Desde o dia 26 de junho está em vigor no estado o Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir). A iniciativa tem o objetivo de preservar a saúde e a economia em Mato Grosso do Sul, oferecendo subsídios técnicos. O programa irá elaborar uma matriz de avaliação de risco de Mato Grosso do Sul que poderá ser alto, médio, tolerável ou baixo, além de faixas percentuais. Haverá também uma definição de bandeira de risco por macrorregião e município de saúde.

O Prosseguir avaliará o impacto econômico, por intermédio da classificação da matriz. O programa utiliza os elementos de monitoramento indicados pela Organização Pan Americana de Saúde (Opas) e, por consequência, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), reforçando a prioridade do governo em adotar parâmetros científicos. “Dialogamos com todos os municípios com o único intuito de manter nossa economia andando, mas protegendo a vida das pessoas, com base na ciência”, enfatizou o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.

A metodologia prevê o cruzamento de indicadores de três áreas: vigilância epidemiológica, saúde e impacto econômico estipulando, por meio de faixas de cores (que variam do verde ao preto), o grau de risco da saúde da região (se baixo, tolerável, médio, alto ou extremo). Seguindo a classificação por cor também são definidas as medidas de flexibilização ou restrição das atividades econômicas, de acordo com a classificação de risco de cada uma delas (se baixo, médio ou alto risco). 

Os indicadores da Saúde serão estabelecidos em valor percentual de 0 a 100%, sendo o maior percentual equivalente à menor situação de risco, baseada em três elementos críticos: vigilância epidemiológica, serviços de saúde e população vulnerável.

Esses elementos, por sua vez, são desmembrados em dez indicadores, com diferentes pesos (percentuais), que vão desde a incidência em populações indígenas; disponibilidade de testes, leitos de UTI e equipamentos de proteção individual até a localização geográfica no caso de regiões que fazem divisa com estados que apresentam grande incidência de casos.

Sudeste

Espírito Santo

O governo estadual não avançou nas discussões sobre a retomada econômica, desde o primeiro levantamento realizdo pela Agência Brasil sobre o tema.

O governo estadual segue trabalhando em um plano de retomada para estimular o desenvolvimento das empresas no curto, médio e longo prazos. O planejamento envolve a simplificação e desburocratização de processos para abertura de empresas e diversificação da cadeia produtiva do estado. 

Mesmo antes do plano, já foram adotadas medidas para amenizar os impactos para os contribuintes como a prorrogação dos prazos para cumprimento de obrigações acessórias relativas ao ICMS; a prorrogação por 90 dias do pagamento das taxas referentes ao estado, do ICMS do Simples Nacional; bem como apresentação de impugnações e recursos, entre outros. 

O Espírito Santo também já apresentou outras medidas de estímulo à economia para a manutenção dos empregos durante o período de pandemia. O apoio oferecido é de R$ 300 milhões, contemplando medidas como postergação de tributos e abertura de linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores, empresas de médio porte e profissionais autônomos.

O estado disponibilizou ainda linha emergencial de crédito para que as empresas tenham condições de pagar os salários dos seus funcionários. Trata-se da Linha do Emprego, que recebeu R$ 70 milhões em aportes e pode ser requisitada por empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano, atendendo também as Empresas de Pequeno Porte (EPP).

Além disso, uma linha de financiamento, sem juros, no valor de até R$ 5 mil, foi criada para beneficiar artesãos, representantes da Economia Solidária, micro e pequenos empreendedores (MEI) e trabalhadores autônomos. Há também outras linhas de crédito e medidas de auxílio econômico do Banestes, que já estão em operação nas redes bancárias, iniciadas em 17 de março, como a repactuação de contratos de crédito em até 180 dias; crédito emergencial; cheque especial para pessoa física com até 15 dias sem juros; isenção e redução de taxas de juros para pagamentos de contas de consumo ou tributos estaduais com o cartão de crédito Banescard.

Minas Gerais

O pico da pandemia em Minas Gerais vai ser no dia 15 de julho, segundo o Centro de Operações de Emergência em Saúde de Minas Gerais (Coes-MG), que se baseou em estudos elaborados por estatísticos e epidemiologistas. Com esta aproximação, o Comitê Extraordinário Covid-19 decidiu, durante reunião na última quarta-feira (1º), manter a suspensão da onda amarela do plano Minas Consciente, criado pelo Governo de Minas para promover a retomada econômica gradual e coordenada nas cidades mineiras. Papelarias, salões de beleza, lojas de roupas, entre outros estabelecimentos, deverão permanecer fechados temporariamente para assegurar a saúde da população.

O plano Minas Consciente – Retomando a economia do jeito certo, implantado no dia 28 de abril, setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – primeira fase; onda amarela – segunda fase; onda vermelha – terceira fase), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença, avaliando o cenário de cada região do estado e a taxa de evolução da Covid-19.

A proposta sugere a retomada gradual do comércio, serviços e outros setores, através da adoção de um sistema de critérios e protocolos sanitários que garantam a segurança da população.

As macrorregiões Leste do Sul, Norte e Sul, que apresentam taxa de ocupação de leitos controlada até o momento, continuarão seguindo os protocolos da onda branca por mais uma semana, com funcionamento de atividades como autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas. As outras 11 regiões do estado serão mantidas na onda verde, quando é permitida a abertura somente de serviços essenciais, a exemplo de padarias, supermercados e farmácias.

Além do crescimento do número de infectados pelo novo coronavírus, uma mudança na metodologia que avalia os números de casos e a contagem de leitos no estado motivou a decisão do grupo técnico de manter todas as macrorregiões de Saúde nas ondas definidas na semana passada, sem avanços ou retrocessos. O objetivo é avaliar os números sem a interferência provocada por esta alteração.

A adoção da nova metodologia de coleta de dados para o boletim epidemiológico da Covid-19 foi anunciada no dia 26 de junho pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A alteração facilitou a comunicação entre municípios e Estado, conferindo mais agilidade e transparência às informações apresentadas.

Rio de Janeiro

Está em vigência no estado o decreto publicado no Diário Oficial do dia 5 de junho, no qual o  governador Wilson Witzel autoriza a reabertura gradual da economia fluminense. Está autorizada, por exemplo, a reabertura de shoppings, bares, restaurantes, igrejas, estádios e pontos turísticos. A medida determina o funcionamento de alguns setores do comércio e da indústria em horários específicos para evitar aglomerações. O decreto estadual recomenda às prefeituras fluminenses a retomada econômica, de acordo com as especificidades de cada cidade. Os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras. A capital entrou, na semana passada, na terceira fase de reabertura gradual proposta pela prefeitura do Rio. Bares, restaurantes e academias passam a poder funcionar para atividades presenciais, tomados os devidos cuidados para evitar a propagação do vírus.

Para a elaboração das medidas que prevêem a retomada da economia, foram levados em consideração os dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde, com a redução do número diário de óbitos e das internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), e projeções da Secretaria de Fazenda sobre os impactos econômicos para o estado. Segundo o governo, a taxa de ocupação na rede estadual está em queda. Atualmente, a taxa é de 51% em leitos de enfermaria e 37% em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O governo diz ainda que o gabinete de crise para enfrentamento do novo coronavírus acompanha diariamente o mapa de incidência de evolução da Covid-19 para definir novas medidas.

São Paulo

Na última sexta-feira (3), um dia após ultrapassar a marca de 300 mil casos acumulados de Covid-19, o governo de São Paulo anunciou a autorização de reabertura de teatros, cinemas, salas de espetáculo, academias e a realização de eventos culturais para regiões que estejam na Fase Amarela do plano de flexibilização gradual da quarentena no estado.

No entanto, serão permitidos apenas eventos com público sentado. A reabertura está prevista para a capital paulista no dia 27 de julho, quando o município deverá apresentar estabilidade de quatro semanas na Fase marela.

Também foi anunciada a reabertura de bares de bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade e expediente diário de até seis horas para quem está na Fase Amarela. Há três regiões na fase amarela: a capital paulista e duas sub-regiões metropolitanas, que compreende a região do ABC e a de Taboão da Serra.

O plano de retomada econômica do estado, chamado Plano São Paulo, é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase.

Na etapa laranja estão as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo. A fase laranja libera funcionamento, com 20% da capacidade, de escritórios, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias.

Já Campinas, que estava na fase laranja, que permite abrir os comércios de ruas, os shoppings e as concessionárias, terá que voltar à fase vermelha, de alerta máximo, a partir de hoje. Isto porque a região teve piora na taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados ao tratamento de casos de coronavírus. Com a determinação do governo estadual, a região voltará à quarentena, só podendo abrir os serviços considerados essenciais, como logística, abastecimento, segurança e saúde.

Sul

Paraná

Desde o dia 1º de junho está valendo uma série de medidas mais rigoroslas para conter a evolução da pandemia do novo coronavírus no estado. As ações constam do Decreto 4.942/2020 e define parâmetros mais rígidos de controle da circulação de pessoas e de funcionamento de atividades econômicas em municípios que compõem sete Regionais da Saúde, área que compreende 134 cidades. Estão inclusas as regionais de Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Região Metropolitana de Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu e Toledo.

Segundo o governo do estado, as medidas são necessárias para interromper a progressão acelerada das notificações e de mortes decorrentes da Covid-19. A inclusão das sete regionais leva em conta um cálculo epidemiológico que considera a taxa de incidência por 100 mil habitantes, o número de mortes pela mesma faixa populacional e a ocupação de leitos de UTI nas quatro macrorregionais de Saúde (Leste, Oeste, Norte e Noroeste).

A principal medida é a suspensão das atividades não essenciais por 14 dias, prazo que poder ser prorrogado por mais sete dias. Segundo o decreto, haverá avaliações periódicas da continuidade das medidas depois do início da vigência, levando em consideração a evolução dos casos e critérios técnicos e científicos.

A regra se aplica também a shopping centers, galerias comerciais, comércio de rua, feiras livres, salões de beleza, barbearias, clínicas de estética, academias, clubes, bares e casas noturnas. Restaurantes e lanchonetes poderão atender somente no sistema drive-thru, delivery ou retirada no balcão.

Entre os incentivos para a economia estão a criação do selo Made in Paraná, para estimular o consumo regional e recuperar as perdas sociais e financeiras provocadas pela interrupção de atividades; um programa de estímulo aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), aglomerados de empresas e incentivo à geração de emprego a partir da execução de obras públicas e privadas.

Para o enfrentamento da pandemia, o governo do Paraná disponibilizou créditos que somam R$ 1 bilhão para atender empreendedores de todos os portes, inclusive MEIs e autônomos, com a criação do programa Recupera Paraná.

As linhas de financiamentos são operadas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e pela Fomento Paraná, agente financeiro vinculado diretamente ao estado. O governo também promoveu a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para 270 mil micros e pequenas empresas.

Rio Grande do Sul 

No Rio Grande do Sul, o governo segue com o Distanciamento Controlado, adotado desde o dia 11 de maio, com medidas que visam evitar a propagação do novo coronavírus, diminuindo a intensidade da procura por internações hospitalares, ao mesmo tempo em que prevê a mitigação dos efeitos econômicos da pandemia.

O modelo prevê quatro níveis de restrições, representados por bandeiras nas cores amarelo, laranja, vermelho e preto, que irão variar conforme a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde em cada uma das 20 regiões. Segundo informou a assessoria de imprensa do estado, o plano segue em curso.

Entre as medidas econômicas adotadas pelo estado estão: R$ 11 bilhões disponíveis de crédito para pessoas físicas no Banrisul; aumento automático de 10% no limite do Banricompras; carência de dois meses no pagamento de prestações de dívidas contraídas junto ao Banrisul (exceto cartão de crédito, cheque especial e consignados); impedimento de corte do fornecimento de energia elétrica para clientes residenciais por 90 dias; impedimento de corte do fornecimento de água para clientes da Corsan por 60 dias.

Para pessoas jurídicas, os incentivos foram o adiamento do pagamento, por 90 dias, de ICMS para empresas do Simples. Mais de 206 mil empresas são beneficiadas. Para os microempreendedores, pequenas e médias empresas com contas no Banrisul foi dada carência de dois meses no pagamento de prestações de dívidas contraídas junto ao banco; ampliação de 10% no limite para os que estão no limite da capacidade de crédito, R$ 3 bilhões disponíveis e pré-aprovados para pessoas jurídicas que estejam no limite da capacidade de crédito e prolongamento para até 3 anos no prazo para pagamento de parcelas referentes a empréstimos para o custeio da safra (em atenção aos produtores rurais).

Já no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul foram disponibilizados R$ 500 milhões para capital de giro a micro e pequenas empresas e outros R$ 500 milhões para serem usados no período de pós-crise em investimentos e seis meses de carência no pagamento para empreendedores que tomaram empréstimos no banco. No Badesul (Agência de Fomento do Rio Grando do Sul) foram disponibilizados R$ 250 milhões para renegociações; postergação de pagamento de até 6 meses para operações de Fungetur e R$ 20 milhões para giro de micro e pequenas empresas do setor de turismo.

Santa Catarina

Em Santa Catarina continua em vigor o Plano de Enfrentamento e Recuperação Econômica, implantado em 20 de março. Segundo a assessoria de imprensa do estado, o cronograma segue o mesmo, mas estão previstas atualizações a partir de hoje, quando poderá iniciar a próxima etapa.

A retomada econômica do estado já vem ocorrendo desde abril: o primeiro segmento liberado foi o de obras públicas, em 25 de março, seguido pelos serviços bancários, em 30 de março. Desde então, os setores da economia foram autorizados a abrir gradualmente, sendo que o último a ser retomado foi o transporte municipal e intermunicipal. A entrada de ônibus de outros estados e países segue proibida até o dia 2 de agosto.

No dia 1º de junho, o governo anunciou a regionalização das decisões para o enfrentamento à pandemia de Covid-19. Com a ação, prefeituras e o governo do estado passaram a tomar decisões compartilhadas para adotar medidas específicas de acordo com a realidade de cada região. Todas as deliberações serão norteadas por critérios técnicos e científicos, balizados pela Secretaria de Estado da Saúde.

Após a municipalização, algumas cidades tomaram medidas mais restritivas, como Florianópolis, que restringiu a abertura de bares e restaurantes nos finais de semana.

O Governador de El Salvador anunciou neste domingo (5) que, diante dos casos de coronavírus, decidiu adiar o início da segunda fase da reativação da economia do país.

"O aumento acelerado de contágios e óbitos se deu, principalmente, durante a fase 1 do plano de reabertura" que iniciou em 16 de junho, informou a Casa Presidencial em nota.

" Observamos um panorama pouco adequado para avançarmos na fase 2 do plano de recuperação econômica". Previsto para 7 de julho, seu início foi adiado para 21 do mesmo mês, afirmou o governo.

Com a entrada em vigor da fase 1 foi permitido o retorno ao trabalho para os setores de construção,têxtil e eletrônica, comércio on-line, salões de beleza, reparos e manutenção e parte do setor público.

Desde o início da fase 1, foram registrados "quase 50% de todos os casos de coronavírus e mais de 80% das mortes pela doença", explicou o governo do presidente Nayib Bukele.

Dados oficiais indicam 7.507 casos do novo coronavírus no país, 210 mortes e 4.573 curados.

Na segunda fase do plano de reabertura, seria autorizado o reinício dos trabalhos em call centers, calçados, cosméticos, manufatura, serviços profissionais e empresariais, transporte público, entre outros.

A reabertura da economia no país foi dividida em cinco etapas, a última está prevista para começar em 1º de setembro, quando todas as atividades econômicas serão permitidas.

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