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Um temporal atingiu a região serrana do Rio de Janeiro no fim da tarde e início da noite desta quinta-feira, 2. Até as 20h15, não havia sido registrada nenhuma morte, mas houve alagamentos, deslizamentos e interdição de trechos de vias em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.

Em Petrópolis, na região conhecida como Alto da Serra, choveu 148 mm das 15h30 às 19h30, segundo órgãos meteorológicos. Nesse período foram registradas 16 ocorrências relacionadas à chuva, entre elas três deslizamentos.

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Nova Friburgo e Teresópolis registraram alagamentos em várias ruas. No Rio, a chuva atingiu principalmente a Tijuca (zona norte) e Santa Teresa (centro), mas até as 20h15 não tinham sido registradas consequências graves.

Tremores de terra foram registrados na madrugada de hoje (18) em várias cidades da região serrana do Paraná, entre elas Rio Branco do Sul, a cerca de 30 quilômetros. De acordo com o Corpo de Bombeiros do município, o tremor ocorreu por volta da 1h15 e durou poucos segundos. A corporação informou ainda que o tremor foi sentido também em Tamandaré, Itaperuçu e Campo Magro.

Segundo o Corpo de Bombeiros, após os tremores vários moradores dessas cidades paranaenses postaram no Twitter e no Whatsapp mensagens com relatos sobre o acontecimento e imagens com pequenos danos em suas residências, como vidros quebrados e rachaduras. A corporação, no entanto, até as 6h, não havia recebido chamados de socorro.

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Ações simuladas em cenários de chuvas intensas, deslizamentos de encostas e inundações reunirão militares e civis em Petrópolis a partir de hoje (31). A cidade da região serrana do Rio de Janeiro já foi cenário de desastres causados pela natureza e receberá o terceiro Exercício Conjunto de Apoio à Defesa Civil, que termina na próxima sexta-feira. As edições anteriores ocorreram em Santa Catarina, em 2015, e no Espírito Santo, em 2016.

No maior desastre natural da história do Brasil, mais de 900 pessoas morreram na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011. Naquele ano, chuvas intensas caíram em poucas horas, causando estragos e mortes em cidades como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.

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Agora, cerca de 150 pessoas vão participar das simulações, que contam com organização dos Ministérios da Defesa, da Integração e da Saúde. O exercício ocorrerá no 32º Batalhão de Infantaria do Exército e vai treinar decisões que seriam necessárias nesses cenários, sem a simulação do emprego de tropas no terreno.

As situações de crise serão criadas de forma virtual, segundo o capitão de mar e guerra Walter Marinho. Os agentes envolvidos vão tomar decisões que envolvem desde o resgate de vítimas até a distribuição de alimentos para os sobreviventes.

Como será

"O exercício prepara a atuação das Forças Armadas de forma integrada com outras agências para atuar em diversas ocasiões. Pode ser no resgate às vítimas, mas também pode ser no atendimento de saúde e desobstrução de vias. Vários cenários em que as Forças Armadas podem atuar em conjunto com órgãos da Defesa Civil, visando reduzir o sofrimento das pessoas", explicou o oficial da Marinha.

Além do desastre natural mais comum na Região Serrana do Rio, o exercício vai simular também situações decorrentes de um acidente industrial/químico na Refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Outro cenário incluso no exercício envolverá incêndios florestais, que também já ameaçaram ecossistemas e moradores na Região Serrana, onde fica o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Será a primeira vez que o combate a incêndios fará parte da atividade, o que atendeu a um pedido da Defesa Civil estadual, segundo o Exército.

Devidos às fortes chuvas dos últimos dias na região serrana do Rio de Janeiro, algumas cidades continuam em estado de alerta. Em Petrópolis, mais de 200 pessoas estão desalojadas. A Secretaria de Proteção e Defesa Civil informou que foram registradas, desde sexta-feira (15), 425 ocorrências de deslizamentos, alagamentos e inundações. Não houve mortos ou feridos.

Em Teresópolis, equipes da prefeitura trabalham nesta manhã na desobstrução de acessos e limpeza de ruas. O secretário de Defesa Civil, coronel Roberto Silva, informou que o Centro de Comando e Controle, criado no sábado (16) para vistorias técnicas e avaliações de risco, será mantido devido à previsão de continuidade das chuvas esta semana.

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“Estamos no que se chama de desastre de evolução gradual, por conta da previsão da continuidade da chuva. A cada ocorrência, os danos são contabilizados e analisados. Montamos o Centro de Comando e Controle, na Defesa Civil, para gerenciar todas as necessidades em relação a desastres e, a partir daí, serão tomadas as providências pertinentes a cada caso”, destacou o secretário.

De acordo com o órgão, foram registrados deslizamentos de terra, queda de árvores e de muros em vários bairros de Teresópolis. Na zona rural do município, houve alagamentos causados pelo transbordamento dos rios. As secretarias estaduais do Ambiente e de Obras enviaram equipamentos para liberação de vias públicas e a Secretaria Estadual de Saúde está liberando um kit com antibióticos e analgésicos, sais de reidratação, ataduras e luvas para as regiões mais afetadas. 

Em Nova Friburgo, uma escola e um posto de saúde foram destruídos após a queda de uma barreira e três pessoas estão desalojadas. Segundo a Defesa Civil, as ocorrências foram pontuais, como quedas de muros e de taludes em quintais.

Todas as ações de vistoria e avaliação de risco cabem à Defesa Civil, que pode ser acionada pelo telefone de emergência 199. Já o socorro é feito pelo Corpo de Bombeiros, cujo contato é feito pelo telefone de plantão 193.

Há cinco ano, a região serrana sofreu uma tragédia com as intensas chuvas de janeiro. Nova Friburgo perdeu mais de 400 moradores devido a deslizamentos de terra e cheia de rios e cerca 25 mil pessoas ainda vivem em área de alto risco. Em Teresópolis, 390 pessoas morreram, 5 mil ficaram desabrigadas e 311 continuam desaparecidas.

Na Capital

A Secretaria de Estado de Transportes do Rio (Setrans) informa que o serviço de bondes de Santa Teresa continua interrompido desde sábado (16), após o temporal que causou queda de árvores nas linhas aéreas. Equipes da Setrans estão trabalhando no local para consertar as linhas danificadas.

A chuva de sábado também inundou a ala inaugurada há dois meses do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Vila Isabel, zona norte, e o Museu do Pontal, Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. O setor alagado do hospital ficará interditado até quarta-feira (20), por medida de segurança. A administração do museu informou que a água já foi drenada das salas alagadas, porém, devido à umidade, a visitação só será retomada na semana que vem, se não houver novos alagamentos.

Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói prenderam no fim da tarde de sexta-feira (3) o vereador Douglas Borges, da Câmara Municipal de Macuco, na região Serrana do Rio, por suspeita na morte do ex-prefeito do município Rogério Bianchini. O crime aconteceu no dia 30 de abril deste ano.

De acordo com o delegado titular da especializada, Fabio Barucke, o assessor do vereador, Daniel Aleixo Guimarães, 31 anos, também é suspeito pelo envolvimento no crime. Daniel foi contratado para trabalhar com o parlamentar e uma semana após o crime foi demitido. Na época, os policiais também revistaram o gabinete do vereador.

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Câmeras de segurança registraram o momento em que o ex-prefeito foi assassinado, na porta de casa, em 30 de abril, por dois homens que aguardavam em um carro. Momentos depois, o veículo passa pelo pedágio. Segundo a polícia, Guimarães está ao volante e paga a tarifa. Ele foi preso na casa da mãe, em São Gonçalo. Não reagiu.

A polícia procura ainda o homem que fez os disparos contra o ex-prefeito. Bianchini levou cinco tiros. Socorrido, morreu no hospital. Ele foi eleito em 2004 e reeleito em 2008.

Em toda a cidade de Petrópolis, na região serrana fluminense, o fogo já destruiu 2.600 hectares de Mata Atlântica. Além disso, ainda restam oito focos de incêndio nos parques da cidade: quatro no Parque Nacional da Serra dos Órgãos e outros quatro na Reserva Biológica de Araras. A expectativa do secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, é que as queimadas sejam controladas nos próximos três dias.

Na Serra dos Órgãos, o fogo já consumiu 575 hectares de Mata Atlântica (o parque tem 2 mil hectares). Considerando-se a área de amortecimento (área ao redor do parque) já foram queimados mil hectares de floresta. Há focos de incêndio também na estrada que liga Petrópolis ao distrito de Itaipava.

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Desde segunda-feira, 13, quatro aeronaves e 600 agentes do Corpo de Bombeiros estão à disposição para ajudar no combate ao fogo. Mais quatro aeronaves do Exército são aguardadas para ajudar no "trabalho preventivo e de logística" e facilitar "o deslocamento rápido das tropas".

"Fazemos sobrevoo diários para termos noção das áreas que devemos priorizar, para onde devem ser deslocados os maiores efetivos (de militares). Temos mantido a situação sobre controle", disse o secretário.

Para o coronel, é pouco provável que o os focos de incêndio evoluam "em razão da efetividade do trabalho que estamos fazendo, com emprego das aeronaves que têm nos permitido manter a situação sob controle". "No perímetro urbano temos ao longo da estrada (entre Petrópolis e Itaipava) fogo na vegetação, eventualmente perto de casas, mas é preciso dizer que não tivemos nenhuma casa atingida, todos os eventos foram atendidos pela unidade (do Corpo de Bombeiros) da aérea", afirmou.

Na área próxima à reserva de Araras, moradores cederam a água das piscinas para ajudar no combate ao incêndio. Perto dos pontos de incêndio em áreas remotas ainda é possível captar água nos rios. Na cidade, no entanto, os rios e córregos estão praticamente secos.

O governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão, esteve no quartel do Corpo de Bombeiros de Itaipava que tem funcionado como base para os militares. "Sobrevoei a área e (percebi que) poucas vezes tivemos uma queimada tão grande aqui. É impressionante". Ele se dispôs a pedir ajuda à presidente Dilma Rousseff, no entanto, o coronel Simões afirmou que não há necessidade.

"Agora temos que torcer para ver se chega um pouquinho de chuva porque já está faltando água em São Fidélis (no norte fluminense). Aquela região está correndo sérios problemas", disse Pezão. A previsão de chuva para o Estado é somente no início da próxima semana.

No município de Rio das Flores, no sul fluminense, também há focos de incêndios.

A queimada que atinge a região serrana do Rio provocou o fechamento da estrada Petrópolis-Teresópolis e não há previsão de reabertura, informou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O fogo já destruiu 575 hectares do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana do Rio. Áreas residenciais de Petrópolis também foram atingidas pelo incêndio iniciado há onze dias e alguns moradores abandonaram suas casas. Não havia informação sobre feridos até o início da tarde desta quinta-feira (16).

O parque nacional é uma unidade de proteção integral. Quase 80% do município de Petrópolis fica em uma Área de Proteção Ambiental (APA), unidade também federal, mas menos restritiva. Cerca de 2.300 hectares já foram consumidos pela queimada na cidade. Duas unidades de conservação estaduais também foram atingidas: a Reserva Biológica de Araras e o Parque dos Três Picos. A primeira perdeu 15 hectares e outros 80 no entorno. Na segunda, 100 hectares na zona de amortecimento foram atingidos.

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O chefe do parque nacional, Leandro Goulart, disse que, com a noite úmida, o fogo não se alastrou muito de ontem para hoje. Mas o sol voltou a aparecer ao meio-dia, ampliando as chamas. Trinta brigadistas estão acampados perto do principal foco de incêndio, com mantimentos para ficar até a extinção. No entanto, uma aeronave que dava apoio ao grupo sofreu uma pane nesta quinta e precisou retornar para o Rio.

Além da Serra dos Órgãos, o incêndio também atingiu áreas situadas no entorno do parque nacional: Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Boa Esperança, Pedra do Mamute e Vale do Mata Porcos.

Cerca de R$ 25 milhões arrecadados com donativos e repasses públicos para ajudar vítimas de catástrofes foram desviados de filiais da Cruz Vermelha brasileira, entre 2010 e 2012. Segundo auditoria encomendada pela própria entidade, parte dos recursos deveria ter sido aplicada, por exemplo, no auxílio a pessoas atingidas pelas enchentes na região serrana no Rio, pela seca na Somália e pelo tsunami no Japão. A crise pode fazer com que as atividades da instituição sejam suspensas no País.

Em nota publicada no site oficial, a Cruz Vermelha brasileira afirmou que os desvios estão concentrados quase que exclusivamente nas filiais do Maranhão, Petrópolis e Ceará. A entidade também informa que o dinheiro da arrecadação de pelo menos três campanhas foi desviado para a conta de uma ONG.

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Desenvolvida pela empresa internacional Moore Stephens, a auditoria aponta que R$ 212 mil, em cada uma das campanhas da Somália e do Japão, e R$ 1,6 milhão, na tragédia do Rio, foram repassados no período. O destino: o Instituto Humanus, em São Luís (MA), comandado pela mãe de Anderson Marcelo Choucinodo, então vice-presidente da Cruz Vermelha brasileira. Ao todo, o secretário-geral afirma que a ONG recebeu R$ 17 milhões da filial da CVB no Maranhão.

Além dos casos já citados, há indícios de que uma campanha nacional de prevenção à dengue, que nem sequer teve início, também teria tido verba desviada para a ONG. "O relatório indica que houve repasse de dinheiro irregular, mas não é conclusivo", diz Costa e Silva.

Dengue

O estudo analisou dez filiais da instituição, que, por estatuto, são autônomas em relação à unidade central, e apontou que o Instituto Humanus, comandado por Alzira Quirino da Silva, não comprovou ter prestado serviços à Cruz Vermelha.

A diretoria da entidade confirmou que entregou o resultado da auditoria ao Ministério da Justiça "e vai protocolar pedido de providências judiciais nos Ministérios Públicos federal e estaduais". Além disso, "pedirá punição aos gestores dessas filiais à época em que ocorreram os desvios. A Cruz Vermelha também estuda medidas judiciais que visem à reparação pelos danos causados à imagem da instituição perante a opinião pública". Costa e Silva disse também que a direção vai se empenhar para excluir de seus quadros quem agiu irregularmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Doze rios do estado do Rio de Janeiro, que cortam oito municípios, estão em alerta máximo devido às chuvas que começaram no final da tarde deste domingo (17). O alerta máximo é o nível mais grave entre os quatro usados pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para medir o risco de cheia dos rios do estado.

O alerta máximo significa que o rio já atingiu 80% do seu nível de transbordamento. Alguns rios, como o Quintandinha e o Piabanha, que cortam a cidade de Petrópolis, já transbordaram, de acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

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Segundo a prefeitura de Petrópolis, o bairro da Quintandinha foi um dos mais afetados. O município decretou ponto facultativo nas escolas municipais, para receber pessoas que precisarem sair de suas casas. Ainda chove na cidade e as equipes da Defesa Civil estão com dificuldade para chegar aos locais afetados. 

 

As fortes chuvas que caíram em Petrópolis, na região serrana fluminense, entre a noite de ontem (17) e a madrugada de hoje (18), deixaram pelo menos três mortos, segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro.

As chuvas provocaram inundações em alguns pontos da cidade. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, os rios Quitandinha e Piabanha transbordaram. “O Rio Piabanha é o que mais nos preocupa porque corta Petrópolis de ponta a ponta”, disse Minc.

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De acordo com Minc, os três mortos foram vítimas de deslizamento de terra. “Estamos esperando novos informes da Defesa Civil, porque, infelizmente, há outros mortos e desaparecidos”, disse Minc, em entrevista à Agência Brasil.

A Rodovia Rio-Juiz de Fora está parcialmente interditada em sete pontos, em razão de deslizamentos de terra. O trecho de subida da serra, na altura do quilômetro 75, chegou a ficar completamente fechado, mas foi liberado no fim da madrugada de hoje.

Segundo o secretário, equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) também estão em Duque de Caxias, município vizinho a Petrópolis. Famílias terão que sair de suas casas no bairro de Santa Cruz, por causa da cheia do Rio Saracuruna, que recebe as águas que descem da serra em Petrópolis.

 

 

Depois de um início de semana com fortes temporais, a chuva deu uma trégua à Região Serrana do Rio. Na madrugada desta sexta-feira a chuva não causou estragos consideráveis.

Em Nova Friburgo, uma das cidades mais atingidas pelo temporal do início desta semana, não chove na manhã desta sexta-feira e durante a noite só houve garoa. A cidade está em estado de atenção, mas 11 famílias continuam fora de suas casas. Em Trajano de Moraes, onde um agricultor de 28 anos morreu levado pela correnteza de um rio que subiu três metros, também não houve novas ocorrências.

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O temporal que atingiu a Região Serrana do Estado do Rio entre a noite de segunda-feira e a manhã desta terça-feira (13) colocou em estágio de alerta os três principais municípios da região: Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Mas a única vítima até a noite desta terça era um homem desaparecido após ser levado pela água da chuva em Trajano de Moraes, na região central do Estado. Ele não havia sido identificado até o início da noite.

Com cerca de 182 mil habitantes, Friburgo entrou em alerta máximo às 9h16 desta terça, horário em que foram acionadas as 35 sirenes instaladas em 24 comunidades localizadas em áreas de risco. Cinco sirenes apresentaram defeito e tiveram de ser acionadas manualmente. Todos os 101 pontos de apoio da cidade foram abertos para receber os moradores destes locais orientados a deixar suas casas por motivos de segurança.

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De acordo com a Defesa Civil Municipal, às 7h28, a cidade entrou em estágio de atenção. Às 8h40, foi decretado estado de alerta, com envio de mensagens SMS aos celulares de líderes comunitários das áreas de risco, além de anúncios em rádios e TVs locais. O mesmo foi feito às 9h10, quando o município entrou em estágio de alerta máximo.

Até o fim da tarde desta terça, a Defesa Civil de Friburgo havia atendido 30 ocorrências. A mais grave registrada foi o desabamento de uma casa, atingida por pedras que deslizaram de uma encosta no bairro Três Irmãos. O imóvel já estava interditado por questões de segurança. Não houve feridos. À tarde, outras pedras rolaram na mesma área e destruíram mais casas, mas não houve registro de vítimas porque a área já havia sido desocupada. De acordo com mapeamento da Defesa Civil, Nova Friburgo tem 40 áreas de risco com 90 encostas com perigo de deslizamentos em caso de grandes chuvas.

Em Teresópolis, a Defesa Civil Municipal também entrou em estágio de alerta. Foram registrados até o início da tarde desta terça 15 pedidos de vistorias técnicas nos bairros de Santa Cecília, Fonte Santa, Quinta Lebrão, Caleme, Pimentel e Rosário. Equipes técnicas percorrem os locais para atender as solicitações. A ocorrência mais grave foi a queda de uma casa no bairro Jardim Meudon. O imóvel já estava interditado e se encontrava vazio.

As cinco sirenes do Sistema de Alerta e Alarme instaladas no Rosário, Perpétuo e Pimentel foram acionadas preventivamente na manhã desta terça. Os moradores destas comunidades foram orientados para se dirigir aos pontos de apoio. Teresópolis possui cerca de 163 mil moradores, segundo o Censo 2010 do IBGE. Houve queda de barreira na Rodovia RJ-130, que liga Friburgo a Teresópolis. A estrada encontra-se parcialmente interditada.

A Prefeitura de Petrópolis informou que, até o fim da tarde desta terça, não foi necessário o acionamento das sirenes instaladas em áreas de risco de deslizamento. A Defesa Civil da cidade, a maior da região, com cerca de 300 mil habitantes, não registrou ocorrências graves.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) acionou as sirenes do sistema de alerta de cheias (alerta máximo) em três rios de Friburgo: Rio Bengalas, Córrego Dantas e Rio Grande. Até o fim da tarde desta terça, os rios Cônego e Santo Antônio estavam em estado de alerta. A mesma situação era registrada em seis rios de Teresópolis e quatro de Petrópolis. Em janeiro de 2011, um temporal devastou as cidades da Região Serrana do Rio, deixando mais de 900 pessoas mortas.

Um ano depois de ter a casa destruída pela enxurrada em Nova Friburgo, na região serrana do Rio, Maria Helena da Silva, de 45 anos, continua morando em um abrigo improvisado em um posto de saúde da prefeitura com o marido, dois filhos e a neta de 5 anos. Até hoje, ela não recebe o aluguel social, uma ajuda de R$ 500 que o governo do Estado afirma pagar a 7.250 famílias nas cidades atingidas pela chuva em janeiro de 2011. Desse total, 2.552 vivem em Friburgo.

"Dinheiro não é importante. O importante é ter uma casinha para morar com meus filhos", diz Maria Helena. Nenhuma das 6 mil unidades habitacionais prometidas pela presidente Dilma Rousseff em visita à região na época do desastre foi construída. Maria Helena morava no loteamento Alto do Floresta e conseguiu sair de casa a tempo, após o primeiro estalo. Perdeu um casal de primos e muitos amigos. Só em Friburgo o temporal matou 428 pessoas.

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Ela ainda guarda suas roupas em caixas de papelão. A família vive com R$ 200 que o marido dela, Antônio Basili, de 40 anos, recebe como soldador e R$ 300 que o filho Maciel, de 17, ganha em uma escola de tênis. Desempregada, Maria Helena estudou só até a 1.ª série. Ela conta que foi várias vezes à prefeitura, mas não conseguiu o aluguel social. Agora, espera receber do Estado.

Uma vizinha da família no Alto do Floresta, Maria de Lourdes Oliveira, de 60 anos, afirma que a Defesa Civil nunca subiu lá. A casa dela, no topo do morro, tem uma rachadura que corta todo o piso da sala. "Quando começa a chover, até estremece. Medo a gente tem, mas vai para onde?" No consultório transformado em quarto para receber a família de Maria Helena, não há espaço para cinco camas. Trinte e oito pessoas continuam vivendo no abrigo. O varal fica no corredor.

"Para vocês da imprensa passou um ano. Para a gente, foi ontem", diz Gilberto de Souza Filho, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Nova Friburgo. Ele reconhece que o local "não tinha e não tem" estrutura. "A culpa não é nossa. Eram 980 pessoas em 93 abrigos. Hoje, temos 38 e só nesse." Souza termina a conversa com uma promessa: "Até o fim do mês, não haverá ninguém em abrigo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O município de Nova Friburgo, um dos mais atingidos pelos temporais de janeiro, quando 916 pessoas morreram na Região Serrana, voltou a ter chuva forte nesse fim de semana. O índice pluviométrico chegou a 58 milímetros - longe, no entanto, dos 200 mm registrados no início do ano. Bairros como o Centro e Olaria ficaram alagados, mas não há informações sobre feridos ou mortos.

O Corpo de Bombeiros foi chamado para fazer o resgate de pessoas isoladas, mas não contabilizou o número de desabrigados. Na sexta-feira, a Secretaria Nacional de Defesa Civil fez um Simulado de Preparação para Desastres (SPD), para treinar a retirada de moradores de áreas de risco no bairro Village, em Friburgo. Em janeiro, o município registrou o maior número de mortes no Estado - 428.

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Relatório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) aponta o risco de nova catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro, caso ocorra novo temporal, como o de janeiro, que deixou 902 mortos. O documento, intitulado "Tragédia anunciada", sugere medidas de curto prazo, como a instalação de um sistema de alarmes, para alertar a população que vive em área de risco, e a construção de abrigos adequados, para onde os moradores de regiões afetadas possam ser levados.

O presidente da entidade, Agostinho Guerreiro, lembra que as medidas propostas pelo Crea em janeiro - como a recuperação de encostas e das áreas de matas ciliares, e obras de contenção - não foram levadas em consideração pelas prefeituras da região. "Por razões diversas, seja pela burocracia e até pela corrupção, há um descaso com a vida humana, um desprezo pelo planejamento. O que estamos propondo agora não é o ideal. Mas não há mais tempo de se fazer as grandes obras porque o período das chuvas recomeça em outubro", afirmou.

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Em três de agosto, o engenheiro Adacto Ottoni, esteve nas cidades de Bom Jardim, Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Encontrou problemas em todas as cidades. Em Friburgo e Teresópolis a situação é mais grave, afirma Guerreiro.

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