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Um jovem de 15 anos e um homem suspeito de ser traficante morreram na madrugada deste sábado durante uma operação realizada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na Favela do Arará, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com a polícia, o adolescente foi encontrado ferido em um das vielas da comunidade, durante a incursão, tendo sido socorrido pelos agentes e levado ao Hospital Geral de Bonsucesso. A família do jovem acusa o Bope pela morte do adolescente.

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A operação seguia informações do setor de inteligência sobre a presença de lideranças do tráfico no local e durante a ação houve confronto. Um suspeito foi preso. Foram apreendidas duas pistolas, munições, dentre elas um carregador de fuzil AK47, além de um rádio transmissor, um caderno de anotações do tráfico e drogas.O Bope divulgou uma nota na qual afirma ter aberto uma averiguação sumária para apurar todas as circunstâncias da operação.

A alfândega da Receita Federal no Aeroporto Internacional do Rio apreendeu 11 pistolas enviadas dos Estados Unidos pelos Correios. As armas não são utilizadas em território nacional, segundo o inspetor chefe da alfândega da Receita Federal no Tom Jobim, Claudio Ribeiro. São pistolas nove milímetros, de fabricação russa, possuem material e tecnologia superiores às marcas conhecidas no Brasil.

A apreensão das pistolas, de uso exclusivo das Forças Armadas, levantou suspeitas sobre uma possível nova rota de tráfico de armas dos EUA para o Brasil via Correios do aeroporto do Galeão. O material foi retido segunda, terça e quarta-feira.

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De acordo com o inspetor, a remessa pode ter sido enviada para testar a fiscalização. "A gente não sabe se isso era um teste para que se houvesse algum problema de falha na fiscalização, o canal via Galeão-Correios pudesse se tornar uma rota de importação irregular dessas armas", disse Ribeiro, lembrando que a maior parte das pessoas não sabe que todas as 5.500 mercadorias que chegam diariamente ao Rio, vindas do exterior, passam pelo scanner da Receita.

O inspetor revelou que no aparelho de raio X materiais como plástico e vidro ficam verdes. Já o metal fica azul. Por este motivo foi fácil identificar que os objetos não eram brinquedos ou equipamentos esportivos como estava escrito nas caixas. O valor também estava alterado. Na descrição constava 20 dólares, quando na verdade cada arma vale 1.200 dólares.

As armas vieram em caixas destinadas a 11 pessoas no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. E foram enviadas por dois remetentes de Illinois e do Texas, nos EUA. Na capital fluminense, entre os destinatários há endereços nobres da região metropolitana.

É a segunda vez que uma remessa desse tipo de pistolas é enviada ao Brasil. Ano passado, três exemplares chegaram ao Rio e também foram apreendidos. Após a investigação, as pistolas serão incorporadas ao Exército para serem utilizadas pelos militares.

Onze pistolas de uso exclusivo do Exército e da Polícia Federal, enviadas por meio de encomenda aérea a partir dos Estados Unidos, foram apreendidas pela Receita Federal no aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio). A apreensão ocorreu nesta semana e ninguém foi preso.

Segundo a Receita, a declaração de conteúdo das embalagens era falsa, indicando se tratar de equipamento esportivo, pregador de ar comprimido e réplica de objetos de filmes para coleção. O flagrante ocorreu durante fiscalização de rotina da Receita Federal nos Correios.

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As pistolas seguiriam para quatro Estados: São Paulo, Rio, Espírito Santo e Santa Catarina. Os responsáveis por receber as armas estão sendo investigados.

Perto de 3,5 mil motoristas de transporte alternativo da cidade do Rio de Janeiro, que inclui vans e peruas, fazem um protesto na manhã desta quarta-feira por mudanças na licitação que regula a atividade. Em greve desde a meia-noite, os motoristas ocupam as vias no entorno do Estádio do Maracanã, na zona norte da capital fluminense e planejam partir em carreata até o Aterro do Flamengo, na zona sul.

De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), por volta das 8 horas os veículos ocupavam as avenidas Maracanã, Radial Leste e a Rua Eurico Rabelo. A ocupação da Maracanã varia entre duas e três faixas. Há retenção por aproximação no sentido Tijuca. Mas como as vans estão no contrafluxo, o tráfego flui.

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Os motoristas pedem uma nova licitação, com contrato de dez anos, direito ao Bilhete Único Carioca e possibilidade de compartilhar pontos de ônibus e corredores com os ônibus. O ato é organizado pelo Movimento em Defesa do Transporte Alternativo do Município do Rio de Janeiro (MTDA).

Um dia depois de motoboys realizarem protesto em São Paulo contra as regras mais rígidas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para a regulamentação da categoria, os profissionais do Rio de Janeiro realizaram uma nova manifestação. Cerca de 500 motociclistas trafegaram em comboio na manhã desta sexta-feira pelo centro do Rio, e chegaram a interditar vias importantes da cidade, como as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco.

Os manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira, na zona norte, por volta das 7 horas da manhã, e partiram em direção à Cinelândia, onde fica a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Antes, porém, a cidade já registrava congestionamento em alguns pontos em virtude do protesto, já que os motociclistas que vinham de regiões mais afastadas, como a zona oeste, trafegavam em baixa velocidade. Após o protesto na Cinelândia, um grupo seguiu em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, mas dispersou pouco depois. Os reflexos no trânsito, porém, foram sentidos.

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Na quinta-feira, o Contran já havia adiado a adoção das novas regras para fevereiro do ano que vem. É o terceiro adiamento desde que a resolução foi aprovada, em 2010. De acordo com o Sindicato dos Empregados Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro (SindmotoRJ), o protesto tinha sido definido antes da nova decisão do Contran, e não haveria tempo hábil para desmarcá-lo. "Em São Paulo ontem (quinta-feira) já deu resultado, e a nossa motosseata só foi um cumprimento", disse o diretor-executivo do SindmotoRJ, Marcelo Matos.

Os motoboys protestavam contra as novas exigências para obtenção da licença profissional, o que inclui a realização de curso de direção defensiva e o uso de equipamentos de segurança, como colete e capacete com faixas retrorreflexivas. Eles pedem também que haja subsídios do governo para que possam cumprir as novas regras. "Imagina o trabalhador que ganha R$ 800 por mês e ainda tem que pagar o colete, um monte de taxa do Detran, mais esse curso. É inviável".

Os motoboys do Rio têm também uma demanda específica quanto à instalação do uso da placa vermelha. Enquanto a resolução federal determina que as motocicletas sejam cadastradas no Detran como veículos de aluguel, no Rio a determinação é que se cadastre como veículo de carga - o que impossibilita o transporte de passageiros. "Isso é um absurdo, porque o motociclista trabalha e pode muito bem deixar o baú na empresa. Aí ele não pode levar a esposa no trabalho, o filho no colégio? O taxista, quando não está rodando, viaja com a esposa, com a família. É a mesma coisa".

O ciclista Francisco Paiva Sobrinho, de 51 anos, morreu na manhã desta sexta-feira depois de ser atropelado por um táxi na pista sentido norte do Aterro do Flamengo, no centro do Rio de Janeiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu perto da Praça Luís de Camões, no bairro da Glória, por volta das 5 horas.

Na capital paulista, um ciclista de 19 anos foi atropelado na Rua da Consolação por volta das 10h20 desta sexta-feira. O acidente interditou uma faixa da direita, no sentido centro, na altura do número 542. O Corpo de Bombeiros levou a vítima ao Pronto Socorro da Santa Casa. Seu estado de saúde não foi informado.

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Policiais militares do 23º Batalhão (Leblon) prenderam, na manhã desta quinta-feira o caseiro Ênio Thomaz da Rocha, de 47 anos, na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa, zona sul do Rio.

Ele caminhava pela orla da Lagoa Rodrigo de Freitas quando foi reconhecido pelos PMs. Ênio é suspeito de matar Alpha Dias Kieling, de 77 anos, e enterrar o corpo da vítima na casa onde ela morava, na Rua Golf Club, em São Conrado, na zona sul. O corpo da idosa foi encontrado no domingo.

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Ênio teve a prisão temporária decretada pela Justiça na terça-feira. O caseiro foi levado para a Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, zona oeste, que investiga o caso.

A Polícia Civil acredita que a dona de casa Alpha Dias Kieling, de 76 anos, encontrada morta e enterrada no quintal da casa onde morava sozinha, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). O caseiro que trabalhava para ela havia cinco meses é o principal suspeito, mas continua desaparecido.

Quando o corpo foi encontrado, no domingo à noite, o delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, afirmou que ainda era cedo para assumir uma linha de investigação. "Todas as hipóteses serão consideradas", disse, na ocasião. Mas o filho único de Alpha, o empresário Robert Dannenberg, de 48 anos, constatou o desaparecimento de vários bens da casa, como joias, um frigobar e uma bicicleta.

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Depois de ouvir o depoimento de pessoas que conviviam com a vítima, o delegado supõe que Alpha tenha sido morta por um ladrão. O laudo que vai indicar a causa da morte da idosa deve ser concluído quarta-feira.

A greve dos caminhoneiros deve começar a afetar o abastecimento dos supermercados do Rio de Janeiro a partir de amanhã (1°). A previsão é do presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari. A situação, segundo ele, é mais grave na região porque 80% dos alimentos consumidos pela população vem de outros Estados. "Estamos muito preocupados. O governo tem que agir logo. Esse é um problema sério. Se isso não se resolver hoje, a partir de amanhã começa a ter problemas no Rio de Janeiro", afirmou.

O movimento grevista foi iniciado na quarta-feira passada para contestar as novas regras de descanso nas jornadas. Fornani explica que o abastecimento deve atingir menos os hortigranjeiros. O cálculo é que metade dessa produção venha da região serrana do Rio, ainda não afetada pela greve. No entanto, o presidente da Asserj alerta que, se os caminhões na serra também aderirem às manifestações, o problema vai tomar proporções ainda maiores. Menos após o fim da greve, ele revela que o abastecimento tende a levar de três a quatro dias para se normalizar. "Os caminhões começam a chegar ao mesmo tempo e os supermercados têm dificuldades para conseguir conferir e distribuir todas as mercadorias", disse.

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Já sobre preços, Fornari alega ainda não ter sentido nenhum impacto da greve, mas admite que se os fornecedores tiverem muitos prejuízos, eles devem acabar repassando para os preços e isso vai acabar na conta do consumidor.

O presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi, que até ontem considerava prematuro se falar em desabastecimento, afirmou hoje que a continuidade da manifestação começa a causar o problema. Mas alerta para a possibilidade do problema virar motivo para especulação em cima dos preços dos alimentos. "Aí vem a especulação também. Os aproveitadores enxergam uma situação para obter ganho".

Rebuzzi condenou a forma como a manifestação está sendo conduzida e cobrou uma resposta das autoridades. "Infelizmente a autoridade pública não está sendo exercida. Não se pode admitir que as pessoas queiram passar e sejam ameaçadas com facão na rodovia", criticou.

As manifestações de caminhoneiros na Via Dutra causaram congestionamentos nos dois sentidos da rodovia hoje pela manhã. Na pista São Paulo-Rio, houve lentidão em três trechos, num total de quase 20 quilômetros, de acordo com boletim divulgado às 10h pela concessionária CCR Nova Dutra. Quem se desloca da capital fluminense em direção a São Paulo encontrou engarrafamentos em dois pontos, somando 12 quilômetros.

Segundo a concessionária, há caminhões estacionados no acostamento e na faixa direita da rodovia; a faixa esquerda está liberada para passagem de carros de passeio, ônibus e veículos de emergência.

A manifestação atrapalhou as chegadas de ônibus vindos de São Paulo ao Rio. De acordo com a rodoviária Novo Rio, ontem pela manhã os atrasos chegaram a oito horas, mas diminuíram para quatro à tarde. A Viação 1001, uma das empresas que opera no trecho, informou que os atrasos na linha foram de aproximadamente duas horas, em média. Ainda não há informações disponíveis sobre o movimento no terminal hoje.

A dona de casa Alpha Dias Kieling, de 76 anos, que estava desaparecida desde o dia 20, foi encontrada pelo filho, na noite de domingo, morta e enterrada no quintal da casa onde ela morava sozinha, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo o filho da vítima, o empresário Robert Dannenberg, sócio da Geo Eventos, seu último contato com Alpha foi por telefone, no dia 10, quando ela avisou que iria para a casa da família em Teresópolis, na Região Serrana. Dias depois, alertado por vizinhos que não viam a mãe há dias, Dannenberg foi à casa, que estava fechada e sem sinal de arrombamento, e não encontrou a mãe, que também não estava em Teresópolis. O filho registrou queixa de desaparecimento na 15ª DP (Gávea), no dia 20.

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Sem notícia da mãe, o empresário voltou à casa domingo e sentiu forte mau cheiro no quintal. Então chamou a polícia, que cavou o quintal e encontrou o corpo da mulher, enterrado de forma precária e já em decomposição. Pelo menos joias, uma bicicleta e um frigobar desapareceram, segundo o filho. O principal suspeito do crime é um auxiliar de serviços gerais que trabalhava havia cinco meses para a vítima e tinha a chave do imóvel. Segundo um segurança da rua, o rapaz é morador da Rocinha (comunidade situada nas imediações da casa da vítima) e pediu emprego à mulher ao encontrá-la casualmente na rua. Ela o teria contratado sem pedir referências profissionais. O rapaz tinha a função de cuidar do jardim e alimentar um cão.

A polícia fez buscas por ele nesta segunda-feira na Rocinha, mas não localizou o rapaz. Seis pessoas prestaram depoimento nesta segunda-feira, mas por enquanto ninguém foi preso. A Polícia Civil já obteve as imagens da câmera de segurança da rua onde fica a casa de Alpha. "Nenhuma hipótese será descartada, nem homicídio, nem tentativa de ocultação de cadáver. Vamos ouvir o filho da vítima mais uma vez e esperar o laudo cadavérico para tentar identificar a dinâmica do acontecido, a hora e o dia da morte da vítimas", disse o delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios. O primeiro laudo pericial, com a causa da morte, deve sair quarta-feira. Alpha foi enterrada na tarde desta segunda-feira no cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na zona portuária do Rio.

A Justiça Federal suspendeu as duas resoluções do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), que proibiam o médico de atuar nas equipes de parto domiciliar e ameaçavam punir o profissional que permitisse a presença de doulas (acompanhantes da gestante) nos hospitais.

A liminar foi concedida pelo juiz Gustavo Arruda Macedo, substituto da 2ª Vara Federal. Para ele, "a vedação à participação de médicos em partos domiciliares, ao que tudo indica, trará consideráveis repercussões ao direito fundamental à saúde, dever do Estado, porquanto a falta de hospitais fora dos grandes centros urbanos, muitas vezes suprida por procedimentos domiciliares, nos quais é indispensável a possibilidade de participação do profissional de medicina, sem que sobre ele recaia a pecha de infrator da ética médica".

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Além disso, as resoluções "terminam por dificultar, senão inviabilizar, o exercício da atividade de parteiras". Para Macedo, não cabe ao conselho impedir que parteiras, doulas e obstetrizes exerçam seu trabalho, regulamentado por lei e decreto federais.

A ação civil pública foi ingressada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), que entendeu que as medidas do Cremerj interferiam na atividade dos enfermeiros.

Em nota, o Cremerj informou que vai recorrer da decisão liminar. "O Cremerj lamenta a decisão, já que as resoluções do Conselho visam proteger mães e bebês e oferecer as melhores condições de segurança para o parto". As resoluções do Cremerj provocaram polêmica e levaram à reação de organizações não governamentais, que defendem o parto humanizado. Uma passeata em defesa do parto domiciliar está marcada para o próximo domingo.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) já requereu o envio de tropas federais para monitoramento da campanha em sete cidades da região metropolitana e do interior.

A zona oeste da capital, área mais populosa da cidade e terreno quase totalmente controlado por grupos milicianos, e o complexo de favelas da Maré, que ainda está sob domínio de facções de traficantes, também receberão reforço das forças de segurança.

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O objetivo da Justiça Eleitoral fluminense é coibir abusos de candidatos e grupos políticos nessas regiões e garantir a segurança dos eleitores. O emprego das tropas federais nas eleições no Rio ainda dependem da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre as cidades monitoradas, estão Itaboraí e São Gonçalo. Os dois municípios passaram a atrair a cobiça de candidatos desde que a Petrobras começou a construir na região o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) - um dos maiores investimentos estatais em andamento, previsto para entrar em operação em abril de 2015.

"O setor de inteligência dos órgãos envolvidos trouxeram dados de investigações sigilosas que mostram que em algumas regiões a disputa poderia ser muito acirrada, com influência de milícia, de tráfico de entorpecentes", disse o presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter, que lidera o Centro de Controle e Comando das Eleições.

Além do TRE-RJ, integram o grupo a Secretaria de Segurança do Rio, as Polícias Federal e Rodoviária Federal, o Comando Militar do Leste e o Ministério Público Eleitoral. "A partir desses dados, resolvemos mapear esses locais, onde vamos intensificar a fiscalização num primeiro momento. Com a vinda das forças federais, nós vamos fazer uma segunda etapa, com a ocupação de algumas regiões", explicou o magistrado.

Também fazem parte da lista de cidades monitoradas Campos dos Goytacazes, reduto político da família do ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR) e que teve cinco prefeitos nos últimos sete anos, e Magé, cenário frequente de assassinatos políticos. Cabo Frio, Rio das Ostras e Macaé completam a relação de municípios monitorados.

Um avião de pequeno porte caiu no mar, na praia da Reserva (zona oeste do Rio de Janeiro), às 16h10 desta terça-feira. A aeronave transportava três pessoas (o piloto e dois passageiros), que foram resgatados sem ferimentos por bombeiros do Grupamento de Operações Aéreas (GOA).

Os bombeiros já sobrevoavam a região por conta de outro salvamento e se depararam com o acidente, na altura do Posto 8. O trio foi içado até o helicóptero do GOA e levado até a empresa de engenharia Lasa, dona da aeronave. O avião havia partido do aeroporto de Jacarepaguá (zona oeste) rumo à Região dos Lagos.

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Enquanto moradores da zona sul do Rio se unem para cobrar do poder público a redução da circulação de helicópteros naquela região, o governo do Estado anuncia que parte de um terreno que iria sediar um parque será usado para a ampliação de um heliponto à margem da Lagoa Rodrigo de Freitas. O novo espaço será reservado para quatro aeronaves da Polícia Civil, mas moradores da vizinhança afirmam que o principal beneficiário será o governador Sérgio Cabral (PMDB), que usa helicóptero para cumprir sua agenda diária. Hoje, os cerca de 300 integrantes do Movimento Rio Livre de Helicópteros sem Lei vão promover um protesto em frente ao terreno a ser ocupado pelo novo hangar.

"Ninguém aguenta tanto barulho (de helicóptero). Parece que tenho uma avenida em cima da minha cabeça", compara a professora de ioga Débora Weinberg, de 45 anos, moradora do Humaitá (zona sul). "Os helicópteros são cada vez mais procurados por turistas e empresários, e por isso o número de voos aumentou muito nos últimos meses. São mais de 200 (voos) por dia na zona sul. Em fevereiro decidi reclamar, e percebi que não estava sozinha", conta Débora, coordenadora do movimento.

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No Rio existem 386 aparelhos - é a segunda maior frota do País, perdendo apenas para São Paulo, que tem mais de 650. "Não somos contra helicópteros para emergências médicas ou serviço dos bombeiros ou da polícia. Mas a maioria desses aparelhos serve o governador ou grupos de quatro turistas, e para isso acaba com o sossego de milhares de moradores, porque sobrevoa muitos prédios", diz.

Segundo Débora, o movimento conseguiu que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão vinculado ao Ministério da Defesa, proibisse o uso de uma rota, em fevereiro, e isso reduziu o movimento de helicópteros. "Mas o governador continua usando, porque ele tem prerrogativas e não precisa respeitar a proibição", reclama Débora. "A gente sabe (que é o governador) porque ele usa um helicóptero que não tem esquis, mas sim trem de pouso, com rodas", afirma. "Não sei se o governador está dentro (do aparelho), mas é o helicóptero à disposição dele que mais circula pela rota proibida", afirma.

Em 28 de maio dois helipontos (na Urca e em Botafogo) foram lacrados pela Secretaria Estadual do Ambiente por falta de documentação. Eles continuam sem funcionar, mas nesta semana a Secretaria da Casa Civil anunciou a ampliação de outro heliponto, que o governo do Estado mantém na Lagoa. Um terreno público de 20 mil metros quadrados, antes ocupado por uma empresa particular, seria agora inteiramente destinado à construção de um parque, mas o Estado decidiu usar 4 mil metros quadrados para a ampliação do heliponto. Ainda não há data para execução nem custo estimado. A obra não vai aumentar o número de voos, diz o governo, porque o espaço só servirá como garagem. Na área restante será construído um parque.

Em nota, o governo do Estado do Rio de Janeiro afirmou que "atende a todas as recomendações feitas pelo Decea" e que a Casa Civil dispõe de cinco helicópteros para serem usados por Cabral e demais autoridades estaduais, federais e municipais.

Um incêndio no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), em Vila Isabel, na zona norte do Rio, causou a morte de uma paciente e destruiu completamente o prédio anexo às enfermarias onde funcionava um almoxarifado. O fogo teve início por volta das 5h30 desta quarta-feira e rapidamente espalhou uma densa fumaça negra pelos ambulatórios, levando à evacuação do prédio onde 320 pacientes estavam internados.

O incêndio foi controlado por volta das 9 horas pelo Corpo de Bombeiros, que precisou usar escadas mecânicas para resgatar os pacientes nos andares superiores. As chamas chegaram até o quarto andar do hospital, onde estavam localizadas as enfermarias de nefrologia, hemodiálise e cirurgia torácica, as mais afetadas pela fumaça.

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Naquele local estava internada a única vítima do incêndio, Edenir Pereira, de 65 anos. Ela foi hospitalizada há cerca de um ano com um quadro grave de fibrose cística, doença que compromete a capacidade respiratória. "O paciente com problemas pulmonares fica mais susceptível quando exposto à fumaça, como aconteceu", afirmou o diretor do hospital, Rodolfo Nunes. Em meio ao caos no atendimento, o hospital chegou a comunicar erroneamente a morte de uma paciente à família. "Houve um equívoco, causado pelos nomes parecidos das pacientes. Elas apresentavam o mesmo quadro clínico e estavam internadas na mesma enfermaria", admitiu Nunes.

Os primeiros socorros foram realizados no pátio do hospital pela equipe de plantonistas e pelos bombeiros. Cerca de 60 pacientes precisaram ser realocados em alas menos afetadas pela fumaça e outros 17 foram transferidos para outros hospitais.

A supervisora de enfermagem do Pedro Ernesto, Bianca Siciliano, afirmou que estava de plantão na madrugada quando foi acordada pelo aviso de incêndio. "Só não aconteceu uma tragédia pois agimos rápido. Havia muita fumaça e tivemos que improvisar enfermarias para os pacientes mais graves", afirmou.

Do lado de fora, familiares aguardavam informações sobre o estado de saúde dos parentes. A aposentada Ozinete da Silva Rodrigues, de 81 anos, foi ao local saber notícias do seu marido, Milton Pereira, de 76 anos. Ele estava internado há oito dias a espera de uma cirurgia ortopédica no fêmur, marcada para quinta-feira. "Ele foi liberado por conta do incêndio, mas não tive informações sobre o estado dele e sobre uma nova data para a cirurgia", afirmou a aposentada.

De acordo com os bombeiros, a estrutura do prédio principal do hospital não foi danificada. O prédio onde aconteceu o incêndio foi construído há apenas um ano e, segundo a direção do hospital, obedecia a todos os requisitos de segurança contra incêndio. As causas do incêndio também não foram esclarecidas, mas no local onde aconteceu o acidente eram armazenados utensílios cirúrgicos e insumos para realização de exames, material altamente inflamável.

A expectativa da direção do hospital é que dentro de 15 dias a unidade esteja funcionando normalmente. Os procedimentos de consultas e cirurgias foram suspensos até que uma vistoria seja feita no prédio para avaliar as condições de reabertura. Segundo a direção do hospital, apenas os pacientes já internados e os casos mais urgentes terão atendimento quinta-feira.

Pela manhã, o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, estiveram no hospital para oferecer suporte no atendimento às vítimas. Cabral afirmou que o orçamento será liberado para que a unidade "possa fazer os gastos necessários na recuperação física e estrutural do que for preciso". A estimativa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que administra o hospital, é que os prejuízos cheguem a R$ 5 milhões. Nos últimos quatro anos, o Hupe recebeu cerca de R$ 50 milhões para reformas e compras de equipamentos, de acordo com o reitor Ricardo Vieiralves.

Segundos os médicos residentes, o hospital atravessa uma grave crise, com reformas paradas e com escassez de materiais básicos para os procedimentos. A unidade também enfrenta greve de anestesistas, professores e servidores. "A gente não tem o mínimo para o atendimento digno aos pacientes, fazemos tudo na base do jeitinho brasileiro. Tem que escolher qual paciente vai ser atendido. Estamos aprendendo a medicina da forma errada", afirmou a estudante Flávia Nobre, que faz residência em cirurgia geral. As informações foram negadas pelo reitor da Uerj, que administra o hospital. Segundo Ricardo Vieiralves, "os residentes nunca haviam falado dos problemas".

Dois pescadores que estavam desaparecidos desde sexta-feira foram encontrados mortos no domingo e na segunda-feira na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Almir Nogueira do Amorim, de 45 anos, e João Luiz Telles Penetra, de 40, atuavam na Associação Homens do Mar (Ahomar), que defende a pesca artesanal e luta desde 2007 contra empreendimentos da Petrobrás na baía.

"Se trata de assassinato. O amigo, fundador da associação e primo da minha esposa (Almir) foi achado amarrado com as mãos para trás e com marcas de execução", escreveu o presidente da associação, Alexandre Anderson, em comunicado enviado à imprensa. Segundo ele, Penetra, também conhecido como "Pituca", era uma liderança e único articulador do grupo na Ilha de Paquetá. "Nos ajude! Estão matando nossos amigos ! Nosso sonho! O pior é que não tem polícia na praia de Mauá (em Magé, na Baixada Fluminense), onde eu moro".

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Anderson vive sob escolta armada desde 2009, por meio do Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. Ele afirma ter sofrido ameaças após protestos organizados pela associação contra empreendimentos realizados na baía. O grupo alega que as intervenções prejudicam a pesca. Desde 2009, outros dois pescadores foram mortos na baía. O primeiro, depois que o grupo conseguiu suspender obras para instalação de dutos do projeto GLP na praia de Mauá. Anderson já protocolou denúncias acusando a presença de homens armados em canteiros de obras na região.

O corpo de Amorim foi encontrado no domingo em uma área de currais (armadilhas para captura de peixes), amarrado a um barco naufragado, em Mauá. Penetra foi achado na segunda-feira, boiando na baía, perto de um estaleiro. Os dois teriam sido vítimas de afogamento. Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. No enterro de Penetra, terça-feira, parentes dele suspeitavam que a morte tenha sido causada por uma disputa por áreas de pesca na baía. Segundo um dos primos do pescador, há vários currais com "milícias marítimas".

Doze policiais militares que atuavam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira/Tuiuti, na zona norte do Rio, foram presos administrativamente por 72 horas, nesta quarta-feira, acusados de extorquir um traficante da região.

Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, familiares de um traficante denunciaram terça-feira ao comandante da UPP, capitão Leonardo Nogueira, que policiais apreenderam drogas e dois celulares na casa desse criminoso e exigiram R$ 3.500 para não conduzi-lo à delegacia. O valor teria sido pago.

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Todos os policiais envolvidos nessa ocorrência foram convocados para se apresentar na UPP. O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Só cinco PMs foram reconhecidos pelo traficante, mas os outros sete também estão presos, para garantir a isenção da investigação. Todos foram conduzidos ao 4ª Batalhão, em São Cristóvão, na zona norte. Eles já foram retirados do efetivo da UPP e estão à disposição da Diretoria Geral de Pessoal. Os policiais são acusados de concussão e, se condenados, podem ser punidos com prisão de 2 a 8 anos. As drogas e os celulares não foram localizados.

Desde 2010 em operação no Complexo do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, o Exército inicia quinta-feira a retirada das últimas tropas que atuam nas comunidades. O comando da operação de pacificação nas regiões será transferido para o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Na manhã desta quarta-feira, o governo do Rio inaugurou duas novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no conjunto de favelas da Penha.

A saída das tropas do Exército do complexo deve ser concluída na sexta-feira, quando se encerra o convênio firmado com o governo federal para a atuação das Forças Armadas no local. Nos vinte meses de ocupação do Exército, 1.200 militares atuaram durante a ocupação. Até o final de julho, tropas do Bope ocupam as comunidades de Vila Cruzeiro e Parque Proletário para que sejam instaladas outras duas UPPs. Ao todo, serão oito unidades nos complexos do Alemão e da Penha.

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As unidades inauguradas nesta quarta-feira, localizadas nos morros da Chatuba e da Fé Sereno, terão 400 policiais recém formados no patrulhamento de dez comunidades no entorno dos morros. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 13 mil pessoas são atendidas pelas unidades. Na inauguração, o governador Sérgio Cabral classificou de "revolucionária" a política de segurança das UPPs. "Nós estamos com 25 unidades e dois milhões de pessoas beneficiadas. Em menos de quatro anos, é uma revolução diante de trinta anos ou mais de poder paralelo", afirmou o governador.

Cabral afirmou que comunidades já pacificadas que ainda têm casos de confronto entre traficantes podem ter reforço no policiamento. Também foram anunciados investimentos de R$ 80 milhões anuais para o policiamento ostensivo das comunidades pacificadas do Rio. As 25 unidades já implantadas atendem a mais de 140 favelas e contam com mais de 5 mil policiais. "Não é natural que haja uma força paralela dominando uma comunidade. Isso não é natural, mas o Rio conviveu com isso durante anos como se fosse normal", afirmou.

Segundo o governador, após a instalação das unidades no complexo da Penha será a vez da favela da Rocinha receber uma UPP. A comunidade, ocupada por policiais militares do Batalhão de Choque desde novembro de 2011, também continua sendo alvo de conflito entre traficantes e policiais.

O corpo da empresária Teresa Fontaine, de 47 anos, filha de um dos fundadores da Casa do Alemão, rede de lanchonetes com nove unidades especializadas em culinária alemã no Rio e Petrópolis, foi enterrado nesta terça-feira em Petrópolis, na região serrana. Ela morreu na noite de domingo, após ser baleada por um assaltante.

Teresa viajava de Petrópolis para o Rio com o marido, Francisco Santana, e o filho do primeiro casamento, Leon, de 8 anos, quando pararam para abastecer o carro em um posto de combustíveis da rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), por volta das 20h30. Ao sair do estabelecimento, já na estrada, o veículo foi interceptado por dois carros. Santana tentou desviar, mas um homem atirou de dentro de um dos carros na direção das vítimas. Teresa foi a única atingida, no pulmão. Os assaltantes fugiram sem levar nada.

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Santana seguiu pela rodovia até o 22º Batalhão da PM (Maré), na Linha Vermelha, e dali a mulher foi levada ao Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio, mas morreu durante o trajeto. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que ainda não tem pistas dos assaltantes. A concessionária que administra a rodovia anunciou que serão instaladas mais 73 câmeras na estrada, que atualmente conta com 15 aparelhos.

Uma menina de dez anos foi atingida na perna por uma bala perdida no fim da manhã desta quarta-feira (20), durante ação da Polícia Militar na localidade conhecida como Ocidental Fallet, no Rio de Janeiro. Os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) chegaram ao local por volta das 11h para cumprir mandado de prisão contra o traficante Lourival Vieira Cavalcante, conhecido como Val, e foram recebidos a tiros.

A menina teria sido baleada supostamente no momento em que a polícia revidou, iniciando um tiroteio. Levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, a garota, que será submetida a cirurgia para a retirada do projétil, não corre risco de morrer, segundo informações do hospital. Investigações deverão determinar de onde partiu a bala.

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