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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi ouvido hoje (24) pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura os atos de hostilidade contra ele e seus familiares no Aeroporto de Roma, na Itália.

As informações sobre o episódio, que ocorreu na sexta-feira (14), foram prestadas pelo ministro e seus filhos na Superintendência da PF em São Paulo.

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A PF já identificou os suspeitos, que foram ouvidos na semana passada pela corporação. Os investigadores aguardam a liberação de imagens captadas pelo sistema de segurança do Aeroporto Fiumicino, o principal da capital italiana.

Os três suspeitos já estão no Brasil. De acordo com as investigações, o casal Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Mantovani, e o genro, Alex Zanatta, estão envolvidos nas agressões.

Segundo as reportagens divulgadas pela imprensa, o grupo teria chamado o ministro de "bandido e comunista". Ao questionar os insultos, o filho do ministro foi agredido por um dos acusados. Moraes estava na Itália para participar de uma palestra na Universidade de Siena.

A defesa do casal Mantovani sustenta que seus clientes não têm relação com os fatos e trata o caso como um “equívoco interpretativo”.

No domingo (16), Alex Zanatta prestou depoimento na delegacia da Polícia Federal em Piracicaba, interior de São Paulo, e também negou ter proferido ofensas contra o ministro.

A Adidância da Polícia Federal em Roma recebeu nesta quinta-feira (20) os arquivos das câmeras de segurança de Fiumicino, Aeroporto Internacional da capital italiana, que registraram as supostas hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes na última sexta (14).

A corporação agora aguarda o aval de autoridades italianas para que as gravações sejam transferidas aos investigadores no Brasil, pelo canal de cooperação jurídica internacional.

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A expectativa dos investigadores é a de que as gravações possam dirimir contradições nas versões dadas pelos investigados pelas supostas hostilidades a Alexandre de Moraes.

Os alvos principais da investigação são Andréia Mantovani e Roberto Mantovani Filho. Eles tiveram sua casa vasculhada pela PF nesta quarta-feira (18) para abastecer o inquérito sobre supostos crimes de injúria, perseguição e desacato. As diligências são questionadas por constitucionalistas.

Antes de as gravações do aeroporto aportarem na PF em Roma, a defesa dos suspeitos de terem hostilizado o ministro do STF entregaram, nesta quarta (19) aos investigadores, um vídeo. As imagens, segundo relato do advogado Ralph Tórtima Filho, mostrariam o ministro chamando um dos supostos agressores de "bandido".

O casal suspeito de ter agredido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e o seu filho alegam que foram "gravemente ofendidos" pelo filho do magistrado. A defesa de Roberto Mantovani Filho e Andréia Munarão divulgou nota nessa terça-feira (18), após o casal prestar depoimento na Polícia Federal.

Eles admitiram ter discutido com a família de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14), mas não mencionaram agressões físicas.

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Roberto e Andréia disseram que o tumulto com a família de Moraes não foi motivado por uma "conotação política", e sim devido a um desentendimento sobre o ingresso na sala VIP do aeroporto italiano. Os suspeitos afirmaram que o filho de Moraes desrespeitou o casal "com ofensas extremamente pesadas", que só terminaram após o ministro do STF intervir na discussão.

"Depois de sete horas de depoimentos, deixaram assentado que foram, em especial Andréia, gravemente ofendidos por mencionado jovem que, em duas oportunidades, os desrespeitou, com ofensas extremamente pesadas, o que somente cessou quando da intervenção do Ministro Alexandre de Moraes, que o reconduziu ao interior da sala VIP", afirma a nota da defesa do casal à imprensa.

O casal também disse à que a discussão não teve a intenção de atingir a imagem pública de Moraes e que estão seguros que as imagens do Aeroporto de Roma irão sustentar a veracidade dos seus depoimentos. Os acusados afirmaram também que não encontraram o ministro e o filho na área de embarque do aeroporto de Roma, e que estariam sendo confundidas com outras pessoas.

Família é acusada de agredir e hostilizar Moraes

Segundo a PF, Andréia Mantovani xingou o ministro de "bandido e comprado". Na sequência, Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Além disso, Alex Zanatta Bignotto, genro de Roberto, teria disparado palavras de baixo calão contra a família do ministro. Todos os três já prestaram depoimento e são investigados por um inquérito da corporação.

Nesta terça-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados aos suspeitos no município paulista de Santa Bárbara d’Oeste, onde residem. As ordens foram autorizadas pela presidente do SFT, ministra Rosa Weber. Enquanto prestavam os depoimentos em Piracicaba (SP), os investigadores vasculharam o carro do casal, que estava estacionado no pátio da delegacia.

A corporação já solicitou ao Aeroporto de Roma as imagens internas para auxiliar nas investigações. As gravações foram solicitadas via cooperação internacional, com apoio da Diretoria Executiva da PF. A expectativa é a de que sejam fornecidas ainda nesta semana, sendo utilizadas para confrontar a versão dos suspeitos sobre o ocorrido.

A brasileira Andreia Munarão, suspeita de ter agredido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no aeroporto de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14), foi identificada em vídeo, apontando que ela teria iniciado a provocação verbal. 

De acordo com a análise do material recebido pela Polícia Federal (PF), mesmo sem áudio, é possível concluir que o relato dado por Munarão em depoimento contém inverdades. Na sua versão, a brasileira alega que houve apenas uma “confusão interpretativa”. 

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Agressão verbal e física 

Além dos xingamentos, Moraes afirmou que seu filho, que estava com ele no momento, foi agredido pelos brasileiros. Munarão estava acompanhada de seu marido, Roberto Mantovani, que o teria empurrado e dado um tapa no rosto. 

Munarão e Mantovani não foram os únicos a participarem do episódio de violência contra o ministro do STF. O empresário Alex Zanatta Bignotto também foi identificado, e já prestou depoimento, no último domingo (16), negando ofensas contra Moraes e seu filho. O casal presta depoimento à PF nesta terça-feira (18). 

 

O empresário e corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto negou à Polícia Federal ter hostilizado ou agredido o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Roma, na Itália. Zanatta prestou depoimento neste domingo (16), na delegacia de Piracicaba, no interior de São Paulo.

Além de Zanatta, outras duas pessoas da mesma família são suspeitas de terem hostilizado Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota, a família confirmou que houve um "desentendimento verbal" com dois integrantes da comitiva de Alexandre de Moraes. O Estadão apurou que seriam o filho do ministro e a namorada do rapaz.

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Na versão do empresário Roberto Mantovani Filho e da mulher dele, Andréa Munarão, suspeitos de terem hostilizado Moraes, ambos foram confundidos com outros brasileiros que teriam ofendido o ministro. "Dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o ministro", informou a família.

A nota diz ainda que a discussão ficou "acalorada" e Mantovani "precisou conter os ânimos" de um jovem que teria ofendido sua mulher. "Em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao ministro Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares", disse a família.

Alex Zanatta, Roberto Mantovani e Andréa Munarão foram apontados pela polícia como os responsáveis pelo episódio de hostilidade e agressão. O filho de Alexandre de Moraes, um advogado de 27 anos, teria recebido um tapa no rosto de Mantovani.

Durante a confusão, uma pessoa próxima ao ministro fez fotos do grupo. As imagens e os relatos da chegaram para a Polícia Federal em São Paulo, que abordou os brasileiros no aeroporto de Guarulhos (SP).

Segundo a PF, a confusão começou quando Andréa passou a xingar Alexandre de Moraes de "bandido, comunista e comprado", termos que costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra integrantes da Suprema Corte.

Na sequência, o marido dela teria reforçado os xingamentos agredido fisicamente o filho do ministro. Alex Zanatta teria se juntado aos dois usando palavras de baixo calão contra o ministro.

Ao Estadão, o advogado Tórtima Filho contou que o Zanatta disse à Polícia Federal que "não participou do início do problema, da discussão". Segundo o advogado, o corretor "foi chamado quando a situação praticamente já estava contornada, resolvida" e não agrediu ou ofendeu ninguém.

"Ele deixou claro que não fez qualquer ofensa ao ministro e também que os demais familiares do sr. Roberto (Mantovani), inclusive, ele, negaram as ofensas que foram ventiladas", contou Tórtima Filho.

Tórtima, porém, confirmou que houve um cenário de hostilidade, mas reiterou que o corretor não se envolveu. O advogado afirmou ao Estadão que a família acredita que "tudo tenha sido fruto de uma confusão". Mantovani, o genro, os filhos e outros parentes passaram pelo local onde Moraes estava e teriam sido confundidos com passageiros que ofenderam o ministro.

"Quando o ministro chegou para ingressar nessa sala VIP, havia realmente pessoas que chegaram a proferir ofensas, mas não familiares do meu cliente. Eles estavam apenas passando na hora", declarou Tórtima Filho. "Em razão disso, uma moça que estava na comitiva do ministro acabou direcionando, trocando ofensas com a esposa do Roberto, com a Andreia. Depois disso, veio um moço do mesmo grupo do dr. Alexandre e também, em solidariedade a essa moça, proferiu ofensas à Andreia. Nesse momento, na presença do Roberto."

O caso está sendo investigado em sigilo. Mantovani e a mulher, Andreia, devem prestar depoimento na próxima terça-feira, 18, à Polícia Federal, em Piracicaba.

Em razão do ofício, Alexandre de Moraes costuma ter a segurança pessoal, no Brasil e no exterior, garantida por policiais do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte não informou se o ministro estava sob escolta no momento da confusão.

Moraes estava acompanhado por familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito. De lá, ele seguiu para outros compromissos na Europa e ainda não voltou ao Brasil.

Alex Zanatta Bignotto, um dos suspeitos de hostilizar e agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho, um advogado de 27 anos, prestou depoimento à Polícia Federal de Piracicaba (interior de São Paulo) na manhã deste domingo, 16. Ele mora em Santa Bárbara d'Oeste e trabalha como corretor de imóveis.

A informação foi confirmada pelo advogado criminalista Ralph Tórtima Filho, que representa Bignotto e os outros dois suspeitos de serem autores da agressão - sua esposa, Andreia Mantovani, e seu sogro, Roberto Mantovani Filho, que é empresário.

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Os três - Bignotto, Mantovani e Andreia - desembarcaram no Brasil no sábado, 15. No aeroporto, cinco agentes da Polícia Federal os aguardavam, fazendo perguntas e registrando vídeos. De acordo com Tórtima, a PF esteve na residência da família às 6h deste domingo intimando os três para depor às 10h. Diante de compromissos prévios que já estavam agendados, os depoimentos de Andreia e Mantovani foram marcados para a próxima terça-feira, 18, às 9h.

Ao Estadão, Mantovani disse que ainda não foi convocado para prestar depoimento e manteve a postura de não comentar detalhes sobre o ocorrido. "É tudo que eu não gostaria na minha vida", disse o empresário sobre o episódio de sábado. Ele é suspeito de proferir palavras de baixo calão direcionadas ao ministro e de ter dado um tapa no rosto do filho do magistrado. "Bandido, comunista e comprado" são alguns dos termos que, segundo a PF, Mantovani teria usado.

De acordo com a corporação, seu genro, Alex Bignotto, que presta depoimento neste domingo, teria o acompanhado com xingamentos. A família estava em viagem pela Itália e retornava ao Brasil quando encontrou com Moraes no aeroporto internacional de Roma.

De acordo com o advogado da família, teria acontecido uma confusão generalizada no aeroporto por causa da passagem do ministro. Ele nega que os três tenham proferido palavras de baixo calão direcionadas a Alexandre de Moraes.

O ministro cumpre uma agenda de palestras pela Europa e ainda não voltou ao Brasil. Até o momento, nem Alexandre de Moraes e nem o Supremo comentaram as agressões.

Solidariedade

Várias autoridades prestaram solidariedade e apoio ao ministro pelo episódio. No Legislativo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse "Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem (sexta-feira), são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade. Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico".

O presidente da outra Casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), também divulgou uma nota nas redes sociais em apoio ao ministro. "É inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas. Isso não pode continuar. Democracia se faz com debate e não violência."

No sábado (15) a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. Em seguida, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que a PGR vai "adotar as medidas cabíveis" na situação. "A Procuradoria-Geral da República solicitou informações à Polícia Federal sobre as agressões sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes e seu filho, na Itália. O MPF tomará as medidas cabíveis a respeito do caso", diz a nota compartilhada por Aras nas suas redes sociais.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou à Polícia Federal informações sobre as agressões sofridas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seu filho, no aeroporto internacional de Roma, na Itália.

O caso aconteceu na última sexta-feira (14), quando um grupo de brasileiros hostilizou o ministro por conta de sua atuação recente em questões relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele chegou a ser chamado de "bandido, comunista e comprado". Além de xingamentos contra Moraes e seus familiares, uma das pessoas chegou a agredir fisicamente o filho do ministro.

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Em nota, a PGR informou que embora o procurador-geral da República, Augusto Aras, esteja no exterior em fuso muito diferenciado em relação ao horário de Brasília, enviou mensagens a Moraes assim que soube dos fatos. "Aras considera repulsiva essa agressão, que se agrava, segundo ele, ao atingir a família do ministro"

O órgão sinalizou, ainda, que Ministério Público Federal (MPF) tomará as medidas cabíveis em relação ao caso.

Após a repercussão dos atos violentos, políticos e autoridades manifestaram solidariedade a Moraes por conta do episódio. Entre os nomes que já se posicionaram em relação ao assunto, estão o do presidente da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro do STF Gilmar Mendes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado na sexta-feira (14) por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. A Polícia Federal abriu inquérito sobre o caso.

O magistrado foi atacado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de "bandido, comunista e comprado". Os termos costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra integrantes da Suprema Corte.

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Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal (PF) como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e teria chegado a agredir fisicamente o filho do ministro, que é advogado e tem 27 anos. Um outro homem identificado como Alex Zanatta Bignotto se juntou aos dois agressores, disparando palavras de baixo calão.

As informações foram confirmadas por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça. A segurança pessoal de Alexandre de Moraes, no Brasil e no exterior, em razão do cargo que ocupa, é feita por policiais federais a serviço do STF.

PERFIL

Alex Bignotto é casado com a filha do empresário Roberto Mantovani Filho. A família mora em Santa Bárbara D'Oeste, interior de São Paulo, e controla empresas na região. Bignotto é dono de uma corretora de imóveis. Seu sogro atua com administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.

Em 2020, Mantovani destinou R$ 19 mil a campanhas eleitorais e ao PSD de Santa Bárbara D'Oeste. O empresário doou R$ 4 mil para a campanha eleitoral de José Antonio Ferreira, que foi candidato à prefeitura de Santa Bárbara D'Oeste pelo PSD. O "Dr. José" não foi eleito. Mantovani ainda transferiu R$ 11 mil à direção do PSD na cidade.

No mesmo ano, o empresário contribuiu com a campanha de Josué Ricardo Lopes, do PTB, à prefeitura de Socorro, município do interior do Estado. Mantovani cedeu um imóvel para ser usado como comitê. Ricardo Lopes foi eleito.

'REVANCHISMO'

Procurado pelo Estadão, Mantovani disse que não gostaria de comentar o episódio antes de prestar depoimento à PF para não comprometer a sua situação diante das investigações. Afirmou também querer evitar o que chamou de "revanchismo".

Apesar de ter sido apontado como agressor do filho do ministro do STF, ele disse considerar que o ocorrido "não foi nada extraordinário" e que prefere aguardar o pronunciamento das autoridades sobre os possíveis crimes que possa ter cometido. "Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento. Não gostaria de fazer nenhum comentário até que possa saber aquilo que eles possam dizer que eu fiz", afirmou.

Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

"Eu só vi o ministro. Ele estava para entrar numa sala VIP. Eu passei por ali. Houve ali uma pequena confusão de alguns brasileiros, alguns foram embora e quem pagou o pato fomos nós, mas tudo bem, a gente tem que aguardar", completou Roberto Mantovani.

Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da PF, mas não chegaram a ser presos. Segundo o empresário Roberto Mantovani, eles foram abordados e identificados na chegada ao aeroporto de Guarulhos (SP).

REPERCUSSÃO

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ligou para Moraes e se solidarizou com a violência sofrida pelo magistrado. Nas redes sociais, Flávio Dino repudiou a agressão ao ministro do STF.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), também usou as redes sociais para manifestar solidariedade a Moraes. "A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia", escreveu Padilha, no Twitter.

O STF informou que não se manifestaria sobre o caso.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prestou solidariedade ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em publicação nas redes sociais, Padilha disse confiar que as autoridades competentes garantirão a responsabilização dos acusados.

"Toda solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e à sua família, agredidos por antidemocratas. A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia", escreveu Padilha neste sábado, 15. "Confiamos que as autoridades competentes conduzirão uma investigação rigorosa, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados perante à Justiça", acrescentou o ministro.

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Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi hostilizado nesta sexta-feira, 14, por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de "bandido, comunista e comprado". Os termos costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro contra integrantes da Suprema Corte.

Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Um outro homem identificado como Alex Zanatta Bignotto se juntou aos dois agressores disparando palavras de baixo calão. Os dois são empresários de São Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado nesta sexta-feira, 14, por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. O ministro foi atacado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de "bandido, comunista e comprado".

Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal (PF) como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Um outro homem identificado como Alex Zanatta se juntou aos dois agressores disparando palavras de baixo calão.

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Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito. As informações foram confirmadas por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça.

Os três brasileiros se tornaram alvos de um inquérito da Polícia Federal, mas não chegaram a ser presos. O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ligou para Moraes e se solidarizou após a violência sofrida pelo magistrado.

O STF informou que não se manifestaria sobre o caso.

Em frente ao Panteão, o monumento mais visitado da Itália, situado no coração de Roma, mais de 100 turistas esperam para comprar seu ingresso, que passou a ser cobrado a partir desta segunda-feira (3).

Os turistas terão de pagar cinco euros (R$ 26,15, na cotação atual) para visitar o templo religioso, símbolo da Roma antiga. A entrada de menores de idade, acompanhantes de grupos escolares e moradores da Cidade Eterna continuará a ser gratuita.

Os europeus com menos de 25 anos terão desconto no ingresso.

"Cinco euros é muito razoável", disse Tim Witte, um engenheiro americano que esperava sua vez,, sob um sol escaldante, em frente ao monumento de mais de 2.000 anos.

"Estamos loucos para ver, então vamos pagar", comentou Drew Yandioo, um estudante australiano de 18 anos.

Do total arrecadado com os ingressos, 70% serão destinados ao Ministério da Cultura, e 30%, à Diocese de Roma. O dinheiro será empregado, sobretudo, na manutenção e na restauração do templo.

Até agora, a entrada em quase todas as igrejas de Roma era gratuita, inclusive na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Mas o ultraconservador governo italiano, no poder desde o final de 2022, defende que museus e locais históricos deixem de ser gratuitos para turistas, principalmente os estrangeiros.

O Panteão é o monumento mais frequentado da Itália, com nove milhões de visitantes anuais, segundo o Ministério da Cultura, ficando à frente do Coliseu e da Galeria Uffizi, em Florença.

Erguido no século I a.C., o Panteão foi danificado por vários incêndios e totalmente reconstruído durante o governo do imperador Adriano, no início do século II.

Coroado pela maior cúpula da Antiguidade, com 43 metros de diâmetro, foi transformado em igreja no século VII pelo papa Bonifácio IV. O monumento abriga os restos mortais de vários reis da Itália e do pintor Rafael (1483-1520).

O Brasil está novamente na final do Pro Tour de Roma de Skate. Rayssa Leal e Gabi Mazetto garantiram suas vagas na bateria de manobras, após duas voltas abaixo do que demonstraram na sexta-feira. Pâmela Rosa, que também buscava um lugar na decisão de domingo foi eliminada sem conseguir uma volta limpa.

Atual campeã mundial e buscando vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, Rayssa saiu atrás das japonesas na primeira bateria de voltas e buscou a sua recuperação nas manobras, finalizando a semifinal na segunda posição, com nota 237,93, atrás apenas de Liz Akama, 239,71.

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Gabi Mazetto também precisou da bateria de manobras para garantir a sua 8ª posição na final, com nota 217,62. Assim como em 2022, a Pro Tour de Roma foi dominada pelas skatistas japonesas, com cinco classificadas entre as oito para a decisão.

Bicampeã mundial de street, Pâmela Rosa começou mal a semifinal e fechou a bateria sem nenhuma volta limpa, o que a deixou na última posição. A recuperação também não veio nas manobras, que terminaram com tombos e a sua consequente eliminação.

Com Rayssa Leal e Gabi Mazetto brigando pelo ouro, o skate brasileiro volta às pistas no domingo, a partir das 14h25. Além do título para o Brasil, o evento garante pontuação para o ranking da Olimpíadas de Paris.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quarta-feira, 21, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, a posição do Brasil na guerra da Ucrânia e disse que o conflito não pode ser vencido nem por Kiev nem pela Rússia.

A entrevista também abordou as relações do Brasil e da Itália, com o encontro do presidente brasileiro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o relacionamento com a China, a Amazônia e a cúpula do Brics. Abaixo, leia os principais trechos da entrevista:

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Guerra na Ucrânia e encontro com o papa

"Em 2020, quando encontrei (o papa), conversamos sobre a desigualdade no mundo, a busca de uma economia mais solidária. Logo depois veio a pandemia e a campanha eleitoral no Brasil. Agora encontro o Papa com esse conflito na Europa. Mandei um enviado especial, Celso Amorim, para Moscou e Kiev. Os dois países acreditam que podem vencer o conflito militarmente: eu discordo disso. Acho que tem pouca gente falando de paz. A minha angústia é que com tanta gente passando fome no mundo, com tantas crianças sem ter o que comer, ao invés de cuidar de resolver as desigualdades, estamos cuidando de guerra. É urgente que a Rússia e a Ucrânia encontrem o caminho da paz."

Relações com a China

"O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e temos uma excelente relação com a China, que nas últimas décadas tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza e contribuiu muito para a economia mundial. Meu diálogo com a China tem sido sempre muito positivo e na direção de uma maior paz, harmonia, crescimento do comércio e da cooperação no mundo. A China é tão importante que até a Itália já aderiu à Iniciativa da nova Rota da Seda, à qual o Brasil não aderiu ainda."

Cúpula do Brics e mundo multipolar

"A cúpula do Brics é importante para todos. Essa coalizão de economias emergentes mostrou a importância de acrescentar vozes diversas à discussão das questões globais. Acreditamos que um mundo multipolar seja melhor do que uma supremacia unipolar ou uma disputa bipolar. A criação de diferentes redes, diferentes arranjos de países, pode ajudar a equilibrar e contrabalançar as tendências e as tensões conflitantes. Por exemplo, o Conselho de Segurança da ONU é uma estrutura a reformar. Ele representa o equilíbrio de poder do mundo em 1945. Quase 80 anos depois, muita coisa mudou e precisamos de um Conselho mais amplo, mais representativo, com vozes da América Latina e da África, para que realmente contribua para a paz e a segurança no mundo."

Amazônia

"Retomamos o combate ao desmatamento, com a meta de zerá-lo até 2030 e estamos também enfrentando o garimpo ilegal e outras atividades criminosas que destroem o meio ambiente na região. Expulsamos mais de 20 mil garimpeiros ilegais das terras indígenas Yanomami. Ao mesmo tempo, queremos falar de uma nova visão de desenvolvimento sustentável para a região, que abriga 25 milhões de brasileiros. Investimos em pesquisa científica, indústrias limpas, turismo, para fazer a floresta valer mais para quem mora lá, pelo seu papel ambiental, e por seus produtos. As pessoas que vivem na região precisam de renda, trabalho, proteção social, saúde e educação, justamente para serem os maiores protetores da Amazônia."

Encontro com Giorgia Meloni

"Espero conhece-la melhor hoje e que os encontros que faremos reforcem a relação entre nossos países, que sempre foi tão forte. Somos o segundo país com mais italianos e descendentes do mundo, atrás apenas da própria Itália. Temos 30 milhões de descendentes italianos no país. Eu tenho uma relação excelente com o movimento sindical daqui, com os intelectuais, as empresas. E certamente teremos uma relação muito produtiva com as autoridades italianas, porque a relação econômica entre os dois países está aquém do seu potencial e precisamos trabalhar muito para ter uma relação bilateral à altura do tamanho das nossas economias."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quarta-feira (21), em Roma, com o prefeito da cidade, Roberto Gualtieri. O encontro ocorreu no gabinete da prefeitura e teve caráter pessoal, uma vez que Gualtieri foi uma das personalidades internacionais que visitaram Lula durante o período em que o ex-presidente esteve preso em Curitiba, entre 2018 e 2019, no âmbito da Operação Lava Jato. Na época da visita, em julho de 2018, Gualtieri exercia mandato de eurodeputado pelo Partido Democrático Italiano. 

"É uma visita de agradecimento, de expressar minha gratidão pela lealdade, solidariedade e pelo comportamento do prefeito Gualtieri quando eu estava detido na Polícia Federal do meu país", afirmou Lula, em tom emocionado. "Além de amigo, sou um torcedor fervoroso de que ele faça uma extraordinária administração na cidade de Roma", acrescentou o presidente. 

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Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações de Lula e ainda julgou o então juiz responsável pelas ações, o agora senador Sérgio Moro (Podemos-PR), como magistrado suspeito, no caso que ficou conhecido como tríplex do Guarujá. Após a revelação de uma série de mensagens, os ministros do STF consideraram que o juiz adotou uma postura parcial e fez conluio com o Ministério Público Federal (MPF) nas investigações contra o petista.

Roberto Gualtieri também se dirigiu a Lula como um amigo e ressaltou o peso internacional da imagem do presidente brasileiro. "Para mim, foi uma verdadeira felicidade esse encontro, encontrar um verdadeiro amigo e ver uma personalidade tão importante para mim, para o governo de Roma e para um desenvolvimento mais justo e social do mundo", afirmou o prefeito de Roma.

Após o encontro, que terminou por voltas das 20 horas, horário local (15h, pelo horário de Brasília), Lula ainda permanece mais uma noite em Roma. Na quinta-feira (22) pela manhã, às 8h30 (horário de Roma), ele concede entrevista coletiva no hotel em que se está hospedado na capital italiana, para fazer um balanço da agenda na cidade. 

Agenda na Itália

Em sua primeira reunião do dia, em Roma, o presidente Lula se encontrou com o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D'Alema. Os dois conversaram sobre a conjuntura política do Brasil e da esquerda europeia e da social-democracia na Europa.

Em seguida, ele teve reunião com a secretária-geral do Partido Democrático Italiano, Elly Schlein, uma das líderes da oposição no parlamento local, de 38 anos. Com ela, Lula falou sobre as conjunturas políticas na Itália e no Brasil e sobre a necessidade de uma maior união entre legendas progressistas pelo mundo.

Na sequência, ele foi recebido pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio Quirinale. Os dois conversaram sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, sobre a aproximação entre as universidades e a ampliação do intercâmbio comercial entre os dois países. Brasil e Itália assinaram acordo de Parceria Estratégica em 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula. Em 2010, entrou em vigor um plano de ação que destacava 16 áreas-chave de cooperação entre os dois países.

Após o encontro com Mattarella, Lula esteve com o papa Francisco, no Vaticano, onde conversaram sobre soluções para a paz, preservação ambiental e o combate à fome e às desigualdades sociais e econômicas no mundo.

“Estamos em tempos de guerra e a paz é muito frágil”, disse Francisco a Lula.  No Vaticano, Lula convidou o Papa a fazer uma nova visita ao Brasil, para assistir à tradicional festa do Círio de Nazaré, em Belém (PA), no mês de outubro. A primeira viagem internacional do pontífice após assumir o cargo, em 2013, foi para o Rio de Janeiro.

Depois da visita ao Vaticano, Lula se reuniu com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Palácio Chigi. Até a véspera da viagem, o encontro com a chefe de governo do país europeu não estava confirmado e passou a constar na agenda apenas ontem [https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-06/itamaraty-confirma-reuniao-de-lula-com-primeira-ministra-da-italia]. Primeira mulher a ocupar o cargo, Meloni é líder do primeiro governo de extrema-direita no país em décadas. 

Lula chegou a Roma na manhã de terça-feira (20) e o primeiro compromisso na capital italiana, ainda ontem, foi com o sociólogo Domenico de Masi, referência internacional em estudos sobre a sociologia do trabalho. Autor do livro Ócio Criativo, de Masi tornou-se famoso pelo conceito segundo o qual o ócio é um fator que estimula a criatividade pessoal. Assim como Roberto Gualtieri, Domenico de Mais também visitou Lula na prisão em Curitiba. No encontro, os dois conversaram sobre o cenário político no Brasil e na Europa. 

Cúpula em Paris 

Amanhã (22), Lula embarca para Paris. Na capital francesa, ele participa da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento e terá encontro bilateral com o presidente da França, Emmanuel Macron. Ele também tem encontros bilaterais previstos com líderes da África do Sul e Cuba.

Lula ainda fará o discurso de encerramento do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay, na noite de quinta-feira (22). O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, e também terá as presenças de líderes do Timor Leste, Barbados, Gana e Quênia, além da prefeita de Paris, Ane Hidalgo.

Houssem Aouar, de 24 anos, é o primeiro reforço da Roma para a próxima temporada. O clube italiano anunciou, neste domingo, a chegada do atleta e o seu contrato vai até junho de 2028. O acerto foi definido após o jogador não acertar a renovação de vínculo com o Lyon.

A diretoria festejou a contratação e entende que o jogador pode atender aos pedidos do treinador. "O Aouar é jovem e tem qualidades técnicas importantes para ajudar a equipe", afirmou o diretor esportivo da Roma, Tiago Pinto.

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Revelado pelo Lyon, Aouar vê a transferência como a chance de crescer profissionalmente e também a oportunidade de defender uma camisa de um time tradicional. Ele vai usar a camisa 22 e chega com status de grande reforço.

"Estou feliz por assinar com a Roma porque é um grande clube e tem uma história maravilhosa. Acredito muito no projeto e vejo um time com grandes jogadores e uma torcida única. Estou muito feliz", afirmou o atleta.

A Roma quer montar um time forte para brigar pelos principais títulos. Com contrato até junho do ano que vem, Mourinho não esconde o desejo de montar um elenco forte e já encaminhou uma lista de nomes para os dirigentes da Roma.

O técnico José Mourinho pode pegar uma punição grave da Uefa por causa de seu comportamento inadequado para com o árbitro inglês Anthony Taylor na decisão da Liga Europa, quarta-feira. O treinador português da Roma foi denunciado pela entidade nesta sexta-feira por "linguagem insultuosa/abusiva contra um árbitro." A equipe italiana e o Sevilla, campeão nos pênaltis, também terão de prestar explicações pelo clima quente durante o jogo em Budapeste, capital da Hungria.

Mourinho ficou bastante indignado com a arbitragem do inglês na decisão em Budapeste. Na visão do técnico, além de um pênalti não marcado por toque de mão na área, Taylor ainda teria deixado de expulsar dois jogadores do Sevilla que já tinham amarelo e fizeram faltas duras, passíveis de novo cartão. E foram aplicados 13 cartões pelo inglês na decisão.

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A Uefa usou câmeras da televisão do jogo que flagraram Mourinho disparando ofensas contra o árbitro por vezes ao longo da final. Ainda usará a entrevista coletiva do português e um "encontro" com Taylor já no estacionamento do estádio, no qual o técnico definiu o juiz como "desgraça". O inglês e sua família foram agredidos por torcedores da Roma no aeroporto, na quinta-feira.

Em comunicado, a Uefa anunciou que um processo disciplinar foi instaurado de acordo com o Artigo 55 do Regulamento Disciplinar da entidade. Além de enquadrar Mourinho no artigo 15 (4) por linguagem insultuosa/abusiva contra um árbitro, a entidade ainda revelou que a Roma responderá por "arremesso de objetos" no campo pela torcida e por ela "acender fogos de artifício", além de "atos de dano", "distúrbios da multidão" e "conduta imprópria da equipe", que por vezes cercou a arbitragem para protestar.

O Sevilla também não escapou. O time espanhol responderá nos tribunais por "invasão de campo de jogo", de torcedores, "arremesso de objetos", "acender fogos de artifícios" e também por "conduta imprópria da equipe."

Pela primeira vez na história, José Mourinho perdeu uma final continental. O treinador da Roma viu sua equipe ser derrotada nos pênaltis pelo Sevilla, na quarta-feira, em Budapeste, pela final da Liga Europa. Ao final da premiação, o português deu a medalha de vice-campeão para um jovem torcedor romanista que acompanhou o jogo na Puskás Arena.

Fotos: Odd Andesen/AFP

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Ao falar com a imprensa depois da partida, Mourinho foi questionado por que não ficou com a medalha de segundo lugar. O português foi enfático na resposta. "Sempre fico com as (medalhas) de ouro e dou de presente as de prata", disse.

A Roma abriu o placar ainda no primeiro tempo, com o argentino Paulo Dybala, mas viu Mancini fazer gol contra e o jogo foi para os pênaltis. O goleiro marroquino Yassine Bounou, que já havia brilhado na Copa do Mundo do Catar, fez a diferença para o Sevilla e o time espanhol conquistou pela sétima vez a competição continental.

Mourinho buscava seu terceiro título da Liga Europa. Ele foi campeão com o Porto (2003) e Manchester United (2017). O português também tem as duas conquistas de Liga dos Campeões, novamente com Porto (2004) e Inter de Milão (2010). Na última temporada, ergueu o troféu da Liga Conferência com a Roma. O recordistas de títulos continentais é o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, com oito taças da Uefa.

Aos 60 anos, o técnico tem futuro incerto na Roma. Na entrevista coletiva após o jogo, Mourinho afirmou que deseja permanecer, mas afirmou que tanto ele quanto seus jogadores "merecem mais", deixando no ar a possibilidade de um adeus. Recentemente, a imprensa francesa colocou o treinador na mira do Paris Saint-Germain. Segundo a rádio francesa RMC, o diretor de futebol do clube parisiense, Luís Campo, tem conversas avançadas com Jorge Mendes, agente de Mourinho, para a sua contratação.

Eleito o melhor treinador do século 21 pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), ele acumula passagens vitoriosas pelo Real Madrid, Manchester United e Chelsea, e já treinou também o Benfica e o Tottenham, além de Roma, Porto e Inter de Milão. 

Responsável por converter o pênalti que deu o título da Copa do Mundo do Catar para a Argentina em dezembro do ano passado, o lateral-direito Gonzalo Montiel repetiu a dose nesta quarta-feira para dar ao Sevilla seu sétimo título da Liga Europa. Após empate por 1 a 1 no tempo normal e uma prorrogação sem gols, o argentino converteu a cobrança decisiva para desbancar a Roma de José Mourinho, no Estádio Púskas, em Budapeste. O goleiro marroquino Bono, outro destaque da última Copa, também foi essencial, pois defendeu as cobranças romanistas de Mancini e do brasileiro Ibañez, zagueiro da seleção.

Com a vitória, o Sevilla impôs a Mourinho sua primeira derrota em uma final europeia. Campeão da edição inaugural da Liga Conferência com o time italiano, na temporada passada, o treinador português já tinha em seu currículo dois títulos de Liga dos Campeões, com Porto e Internazionale, e outros dois da Liga Europa, com Porto e Manchester United. Agora, fica a expectativa sobre o seu futuro, já que está sendo especulado como possível treinador do PSG para a próxima temporada.

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Fora do estádio, ocorreram alguns episódios de violência. Segundo as autoridades húngaras, um torcedor espanhol e um italiano foram hospitalizados após uma briga de torcidas nas redondezas da Puskás Arena. Outras três pessoas ficaram feridas. Também houve registro de confronto entre torcedores do Sevilla e do time polonês Slask Wrocaw. Os poloneses teriam viajado até Budapeste em busca de um acerto de contas por causa de uma briga ocorrida em 2013.

Em campo, diante do maior campeão, a Roma chegou à grande decisão em um momento instável, com apenas uma vitória nos últimos nove jogos. O solitário triunfo foi conquistado na partida de ida das semifinais da Liga Europa, por 1 a 0, sobre o Bayer Leverkusen, antes da classificação com um empate no segundo jogo. Mourinho apostou em Paulo Dybala, recuperado de mais uma lesão em uma temporada de muitos problemas físicos, e viu o argentino corresponder

Titular pela primeira vez em quase dois meses, entre partidas como desfalque ou de poucos minutos em campo, Dybala foi o responsável por tirar o zero do placar ao aproveitar assistência de Mancini, aos 34 minutos do primeiro tempo. O Sevilla teve sua melhor chance de empatar apenas nos acréscimos, quando Rakitic bateu firme na bola para acertar a trave.

Após mostrar a marcante organização defensiva de um time comandado por Mourinho durante a maior parte da etapa inicial, a Roma perdeu solidez no segundo tempo. Por isso, cedeu o empate ainda aos nove minutos. No lance, Mancini tentou interceptar um cruzamento em direção ao adversário En-Nesyri e viu a bola bater na própria coxa antes de morrer na própria rede.

A partir do momento do gol contra, o jogo ficou mais aberto, porém sem tanto talento ofensivo de ambas as partes. O Sevilla chegou a celebrar um pênalti anotado pelo árbitro, mas o VAR o chamou para a revisão na tela do gramado. Após a consulta, a marcação foi anulada. Lá atrás, o time espanhol contou com boas defesas do goleiro Bono para impedir que os romanistas voltassem a liderar o placar. Pelo lado espanhol, En-Nesyri e o brasileiro Fernando tiveram boas chances e mandaram para fora.

Assim, a partida foi para a prorrogação e teve mais 30 minutos cheios de tensão. Com os dois times nervosos e cansados, o nível técnico foi baixo e nenhum dos dois foi capaz de se superar na base da disposição. Nos pênaltis, Mancini, autor do gol contra que cedeu o empate a Roma, mandou segunda cobrança romanista no meio e viu Bono pegar.

Em seguida, o goleiro marroquino tocou a ponta dos dedos para defender o pênalti batido pelo brasileiro Ibañez e ainda contou com a trave para evitar mais um gol do time italiano. Coube a Montiel fazer o gol do título do Sevilla. Rui Patrício pegou a cobrança do argentino, mas o árbitro mandou voltar após constatar que o goleiro se adiantou. Na segunda tentativa, Montiel converteu, assim como fez na final da Copa do Mundo, pela Argentina, e garantiu o hepta.

A Roma deu um passo importante para disputar sua segunda final europeia em dois anos. Campeã da Liga Conferência na temporada passada, a equipe comandada por José Mourinho venceu o Bayer Leverkusen por 1 a 0 no jogo de ida das semifinais da Liga Europa, nesta quinta-feira, com um gol marcado por Edoardo Bove diante da torcida romanista no Estádio Olímpico.

O resultado deixa a Roma com a vantagem de avançar para a decisão mesmo se empatar no jogo de volta, marcado para as 16 horas (de Brasília) da próxima quinta-feira, na BayArena. O Bayer precisa devolver a diferença de um gol para decidir a vaga na prorrogação ou construir uma vantagem de dois gols para avançar direto.

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Mourinho teve de lidar com uma série de desfalques na Roma, mas conseguiu obter um bom desempenho dentro do possível com as peças que tinha em mãos. No banco de reservas ao lado, encontrou Xabi Alonso, que foi seu jogador na época de Real Madrid e hoje é treinador do Bayer Leverkusen.

O técnico português multicampeão viu seu time ter dificuldades diante dos comandados do pupilo espanhol, mas, de forma geral, o primeiro tempo foi marcado por uma partida concentrada no meio de campo e forte marcação. Na segunda etapa, embora o Bayer tenha conseguido se impor pela posse de bola, a rede foi balançada pela Roma, aos 18 minutos, em um rebote bem aproveitado por Bove.

Na outra semifinal da Liga Europa, a tricampeã Juventus arrancou um empate por 1 a 1 com o hexacampeão Sevilla, no último minuto de jogo no Allianz Stadium. Após a equipe espanhola abrir o placar no primeiro tempo, com um gol marcado por En-Nesyri, a Juve só foi conseguir igualar o placar aos 51 minutos, quando Gatti, que entrou no lugar do lesionado Bonucci, balançou a rede pouco antes do apito final. Os dois times voltam a se enfrentar às 16 horas (de Brasília), da próxima quinta-feira.

O dia também foi de semifinais na Liga Conferência. O Basel saiu na frente em duelo com a Fiorentina ao conquistar um triunfo por 2 a 1 na Itália, mesmo resultado alcançado pelo West Ham, em casa, diante do Alkmaar.

O papa Francisco, que foi hospitalizado na semana passada para tratar uma bronquite, cancelou sua presença na Via-Crúcis noturna desta sexta-feira (7) no Coliseu de Roma devido às baixas temperaturas registradas na capital italiana, informou o Vaticano.

"Devido ao frio intenso dos últimos dias, o papa Francisco seguirá a Via-Crúcis desta noite em sua residência de Santa Marta" (no Vaticano), informa um comunicado divulgado pela Santa Sé.

A decisão foi tomada para proteger a saúde do pontífice, pois a Via Sacra é um evento noturno e acontece ao ar livre, diante do famoso monumento de Roma, com a presença de fiéis e turistas de todo o mundo.

Uma onda de frio incomum para este período do ano afeta a capital italiana há alguns dias, com temperaturas que não superam 10°C durante a noite.

O jesuíta argentino, de 86 anos, presidirá a missa que acontece poucas horas antes na basílica de São Pedro.

Desde sua eleição em 2013, Francisco participa na Via-Crúcis de Roma, um grande momento da Semana Santa, que recorda a morte de Cristo, segundo os relatos dos Evangelhos.

Organizada desde 1964 no anfiteatro romano, especialmente iluminado para a ocasião, a Via Sacra não foi celebrada no local apenas em 2020 e 2021 devido à pandemia de coronavírus.

Jorge Mario Bergoglio, que tem problemas de saúde e utiliza uma cadeira de rodas para os deslocamentos devido a dores em um joelho, passou três dias hospitalizado na semana passada em Roma para tratar uma bronquite infecciosa, o que aumentou as especulações sobre uma possível renúncia.

Desde que recebeu alta no sábado (1), o pontífice participou em várias cerimônias públicas no Vaticano, incluindo a missa do Domingo de Ramos (2) e a audiência geral semanal de quarta-feira (5).

Na quinta-feira, Francisco lavou os pés de 12 jovens detidos em uma instituição para menores de idade em Roma, na tradicional cerimônia do lava-pés.

No domingo o papa vai presidir a missa de Páscoa na praça de São Pedro, com a tradicional bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), além de ler a tradicional mensagem sobre os problemas do mundo.

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