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Hawa, de 18 anos, gostava de competir com sua prima pelas melhores notas na escola, até que oito meses atrás ela engravidou.

"Estudávamos muito juntas, eu era uma das melhores da classe", garantiu Hawa à AFP.

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As jovens grávidas de Serra Leoa puderam voltar à escola desde que, em 2020, suspendeu-se uma medida que as mantinha fora das salas de aula. No entanto, assim como acontece com outras políticas progressistas adotadas pelo presidente Julius Maada Bio, falar é mais fácil que fazer.

De um lado, as outras alunas zombavam impiedosamente de Hawa. Do outro, sua mãe parou de enviar dinheiro. Ela acabou abandonando a escola grávida de seis meses, vendo a prima avançar sozinha nos estudos.

Alguns dos pilares do governo de Bio, que concorre à reeleição nas eleições de sábado, foram a educação das mulheres e seus direitos. Em entrevista à AFP, ele admite que, inicialmente, resistiu em permitir que adolescentes grávidas fossem à escola.

"Fui totalmente contra isso há alguns anos, mas percebi que estava errado", reconheceu.

Segundo o presidente, elas "estão em seus anos de formação e, se as punirmos pelo resto de suas vidas, seremos injustos com elas, seremos injustos com a sociedade".

- Ciclos de pobreza -

A gravidez na adolescência é um fenômeno generalizado em Serra Leoa, embora a falta de dados impeça saber quantas permanecem na escola.

Em 2021, um ano após o fim da proibição, o censo escolar nacional identificou 950 estudantes grávidas no país.

Um estudo desenvolvido em 2019 pelo governo descobriu que 21% das mulheres e meninas de 15 a 19 anos estavam grávidas, ou deram à luz. Com isso, o estudo sugere que milhares de jovens podem ter desistido da escola.

Nadia Rasheed, representante local do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), comentou que manter as meninas na escola é "fundamental para quebrar os ciclos de pobreza e desigualdade em Serra Leoa".

Kadi, de 18 anos, esperava que a educação fosse a chave para um futuro melhor. Ela e sua irmã foram criadas pela avó e sempre estudaram muito. Mas sua avó morreu em um acidente de trânsito e, dois anos depois, sua irmã adoeceu e também faleceu. O namorado dela, um pescador, passou a ajudar nas despesas de seus estudos. Em seus planos, ela estudaria medicina e depois eles se casariam.

Ela engravidou aos 17 anos, no entanto, e não resistiu ao bullying na escola.

Kadi deseja refazer as provas que perdeu no ano letivo em que desistiu, mas teme ter ficado muito para trás.

"As comunidades não vão mudar sozinhas, as escolas não vão mudar sozinhas. Acho que ninguém esperava que fosse um sucesso imediato", disse a pesquisadora Regina Mamidy Yillah.

"Ainda assim, reverter a proibição (...) é realmente um passo gigantesco em direção à igualdade", completou.

- Expectativa vs. Realidade -

Várias políticas progressistas do presidente Bio enfrentam desafios parecidos.

As políticas adotadas são elogiados por organizações ocidentais e por entidades da ONU que operam em Serra Leoa desde a guerra civil de 1991-2002. Na prática, porém, elas entram em conflito com os valores tradicionais, ou não correspondem às expectativas.

O governo de Bio fornece absorventes higiênicos gratuitos para estudantes e investe mais de 20% do orçamento em educação.

Mas muitos reclamam que, apesar da política de educação "gratuita", os alunos devem pagar por alguns livros, transporte, uniformes, sapatos, meias e material escolar.

Famílias ouvidas pela AFP disseram, também, que os alunos são cobrados, informalmente, por muitos professores. Eles pedem sabonete, papel higiênico, material de limpeza e exigem dinheiro — sob ameaça de espancamento.

Os planos para descriminalizar o aborto, celebrados internacionalmente quando anunciados em julho, não avançaram.

Bio assinou uma nova lei de igualdade de gênero em janeiro para aumentar o número de mulheres trabalhando nos setores público e privado.

Embora as pessoas esperassem uma cota de 30% para mulheres legisladoras, esta lei exige apenas que um terço dos candidatos parlamentares sejam mulheres.

A mesma lei diz também que o presidente poderia considerar "a possibilidade" de nomear 30% de mulheres em seu gabinete.

O Institute for Governance Reform (IGR), um grupo de pesquisa, projeta que entre 26% e 30% dos legisladores eleitos no novo parlamento serão mulheres.

Para a AFP, Bio afirma que está empenhado em garantir que pelo menos 30% de seu gabinete seja feminino.

"Algo para pensar é como vamos fazer isso", acrescentou o líder de Serra Leoa.

No último fim de semana, 187 gols foram marcados em apenas duas partidas da segunda divisão do Campeonato de Serra Leoa: 95 a 0 do Kahula Rangers sobre o Lumbenbu United e 91 a 1 do Gulf FC diante do Koquima Lebanon. Após os confrontos, a Federação de Futebol de Serra Leoa (SLFA) comunicou ao público a abertura de investigações a respeito de placares suspeitos.

Segundo a nota divulgada pela entidade, as partidas foram realizadas pela "Super 10 Eastern Regional", que será investigada junto com os árbitros envolvidos nos dois jogos, todos os jogadores e as respectivas comissões técnicas.

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A SLFA reforçou sua tolerância zero diante manipulação de partidas ou resultados. "A SLFA gostaria de informar o público geral que abriu uma investigação oficial sobre o resultado das referidas partidas. Em conformidade com as regras da Fifa e da CAF contra manipulação de partidas ou qualquer coisa do tipo, a SLFA reforça sua tolerância zero diante do tema. O público em geral está, portanto, assegurado de que o referido assunto será completamente investigado e qualquer pessoa considerada culpada enfrentará toda a força da lei", afirma a entidade.

As equipes que venceram seus jogos brigavam pelo acesso e estavam com o mesmo número de pontos chegando para a rodada. Para garantir a classificação para a próxima fase da competição, precisavam se superar no saldo de gols.

Apenas uma goleada maior foi registrada na história do futebol, além dos dois placares deste fim de semana. Em 2002, em Madagascar, o AS Adema venceu o Olympique l'Emyrne por 149 a 0. Na ocasião, o placar foi possível por conta de um protesto do técnico da equipe perdedora, que mandou seus jogadores marcarem gols contra em seguida, devido a sua revolta com a arbitragem.

Pelo menos 92 pessoas morreram na explosão de um depósito de combustível na sexta-feira (5) à noite em uma zona industrial de Freetown, capital de Serra Leoa - informaram fontes oficiais neste sábado.

"Temos um informe que certifica 92 mortos", disse hoje o vice-presidente do país, Mohamed Juledh Jalloh, durante visita ao local do acidente.

Um enfermeiro do hospital, para onde as vítimas foram levadas, relatou à AFP que viu muitos homens, mulheres e crianças com "ferimentos graves".

Segundo testemunhas, um caminhão-tanque explodiu em um posto de gasolina, após sofrer um acidente. Depois, o fogo se espalhou pela vizinhança. Vários corpos carbonizados foram encontrados em carros e nas ruas próximas.

A maioria das vítimas são vendedores ambulantes e motociclistas pegos pelas chamas, enquanto tentavam recuperar o combustível após o acidente, de acordo com testemunhas.

O vice-presidente afirmou que há 88 pessoas com queimaduras muito graves, internadas em unidades de terapia intensiva em um hospital da capital.

Em uma mensagem postada na rede social Twitter, o presidente do país, Julius Maada Bio, disse estar profundamente "abalado com este trágico incêndio e a terrível perda de vidas humanas".

"Quero enviar minha solidariedade às famílias que perderam entes queridos", declarou, garantindo que seu governo "fará todo possível para apoiar" os familiares das vítimas.

A prefeita de Freetown, Yvonne Aki-Sawyerr, lamentou não poder ir ao local, por estar em uma viagem de trabalho no exterior, acrescentando que as imagens do acidente são "dilacerantes".

Mais de mil pessoas morreram vítimas de um deslizamento de terra e inundação que atingiu a capital da Serra Leoa há quase duas semanas, disse um líder local e um ministro neste domingo durante os serviços em homenagem às vítimas do desastre.

O governo já colocou o número de mortos para o deslizamento de 14 de agosto em 450 mortos, enquanto os socorristas e grupos de ajuda alertaram que muitas das mais de 600 pessoas desaparecidas provavelmente não sobreviveriam.

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"Mais de 1.000 pereceram no desastre de lama e inundação, e não saberemos o número exato agora", disse Elenoroh Jokomie Metzger, chefe das mulheres de Regent. Regent é uma área nos arredores da capital da Serra Leoa, Freetown, onde aconteceu a tragédia.

Centenas de enterros ocorreram, enquanto os esforços de resgate e recuperação continuaram com a chuva, que poderia trazer nova tragédia devido a condições de habitação inseguras.

O reverendo Bishop Emeritus Arnold Temple, que fez o sermão de domingo em uma igreja metodista perto de Regent, disse que uma contagem precisa era importante para a prestação de contas.

"Podemos estar de luto por mais de 1.000 compatriotas. Mas por que cerca de 1.000 vidas podem acabar tragicamente assim?", afirmou Temple. "Quem devemos realmente culpar? Temos que chegar a esse ponto de saber os culpados para que as medidas corretivas possam ser postas em prática, para que nunca mais devamos permitir que isso aconteça".

A primeira-dama Sia Koroma, esposa do presidente Ernest Bai Koroma, também falou durante as cerimônias. "Estou aqui com um coração pesado. Passamos por muitas calamidades em nosso país ", disse ela. "Todos devemos fazer auto-crítica e aprender a ser obedientes às leis feitas pelo homem, especialmente quando o governo planeja agir para o desenvolvimento do país".

Milhares de pessoas que vivem em áreas em risco durante fortes chuvas foram evacuadas. Grupos de ajuda estão fornecendo suprimentos e ajudando a fornecer água limpa para evitar uma crise de saúde.

Alguns críticos acusam o governo da Serra Leoa de não aprender sobre desastres naturais em Freetown, onde muitas áreas pobres estão perto do nível do mar e não têm boa drenagem. A capital também está atormentada por construções não permitidas em suas encostas. Fonte: Associated Press.

Cerimônias religiosas foram realizadas em várias localidades de Serra Leoa neste domingo em memória das vítimas de deslizamentos de terra e inundações que atingiram na segunda-feira a capital do país, Freetown, e seus arredores. De acordo com funcionários de hospitais, quase 500 corpos foram retirados dos escombros e da lama desde o início das operações de resgate, na terça-feira. Além disso, mais de 600 pessoas continuam desaparecidas e equipes de resgate já avisaram que as chances de encontrar sobreviventes diminui a cada dia. Vários enterros coletivos ocorreram nesta semana, em meio a chuvas que ameaçavam provocar novos deslizamentos.

Nos últimos dias, o governo do país alertou moradores para deixarem uma área de montanha onde uma grande fenda se abriu. Milhares de pessoas vivem em áreas de risco e a prioridade é garantir que elas deixem esses locais antes que aconteça um novo desastre, disseram autoridades. Grupos de ajuda humanitária estão fornecendo água potável para diminuir o risco de epidemias. Fonte: Associated Press.

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Pelo menos 109 menores de idade estão entre as mais de 300 pessoas que morreram por causa de inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas em zonas próximas a Freetown, capital de Serra Leoa, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira (17).

O número pode aumentar na medida em que forem feitos os trabalhos de busca e resgate, já que ainda existem pelo menos 600 pessoas desaparecidas. Atualmente, cerca de 3 mil estão desalojados.

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"O tamanho do estrago não tem precedentes. As crianças estão ficando sem lar e vulneráveis", disse o representante do Unicef no país, Hamid El-Bashir Ibrahim.

Em comunicado, o Unicef explicou que distribuiu água potável às famílias afetadas, além de medicamentos, lonas plásticas e luvas, a partir de um pedido do governo. de apoio internacional. As equipes da Organização das Nações Unidas (ONU), junto com o Executivo, estão habilitando tanques de armazenamento de água para distribuir entre os deslocados e assim evitar surtos de cólera, febre tifoide e outras doenças, já que muitos poços ficaram contaminados após o desastre.

Nesta semana, famílias inteiras estão lotando os necrotérios para identificar e retirar os corpos de parentes. O governo decretou sete dias de luto.

As inundações começaram a ser registradas na última segunda-feira (14) em lugares de Freetown onde existiam muitas construções ilegais. Boa parte dessas casas foi totalmente destruída. Grandes deslizamentos de terra derrubaram edifícios altos e pelo menos mil casas foram cobertas de barro nas áreas mais atingidas, entre elas Racecourse, Regent e Lumley, onde predominam os imóveis improvisados.

Da Agência EFE

O vice-presidente de Serra Leoa, Victor Foh, afirmou nesta terça-feira (15) que o número de mortos por causa de um gigantesco deslizamento de terra em Serra Leoa pode ficar "ainda muito mais alto" conforme os trabalhos de resgate atuam na região. Oficialmente, já são 312 mortos.

Até o momento, segundo dados da Cruz Vermelha, 270 corpos foram retirados dos escombros das casas destruídas pela lama nesta segunda-feira (14) e centenas ainda estão desaparecidos. Ao todo, seis mil pessoas estão desabrigadas na região de Regent, próximo a Freetown, capital do país.

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De acordo com Foh, o número pode amentar porque a maior parte das famílias que moravam no local estavam dormindo na hora da tragédia e não tiveram a menor chance de escapar.

Em lágrimas, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, deu uma entrevista pedindo "toda a ajuda possível" para tentar resgatar ainda pessoas com vida. Segundo o mandatário, "a devastação esmagou [os moradores] completamente" e há necessidade de ajuda também aos sobreviventes que não tem "mais nada".

O que preocupa ainda mais as entidades que atuam no local é que as chuvas não cessam em Freetown, o que traz riscos também para quem está trabalhando no resgate dos corpos. As fortes chuvas nesta época do ano são comuns no país, mas tragédias nessas proporções são raras.

Um gigantesco deslizamento de terra próximo à capital de Serra Leoa, Freetown, deixou "centenas" de mortos nesta segunda-feira (14), informam as autoridades locais.

Segundo um porta-voz do governo, Sinneh Kamara, ao menos 200 teriam morrido soterradas, mas líderes locais dizem que ainda é "muito cedo" para afirmar a quantidade de pessoas que estavam nas residências.

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Para ajudar nos resgates, militares estão sendo enviados para a localidade para ajudar nas operações e "dezenas" de corpos já foram localizados. O país está sendo afetado por fortes monções, que causaram graves problemas por toda a nação durante o fim de semana.

De acordo com o jornal "The Sierra Leone Telegraph", cerca de 200 corpos foram retirados da lama e levados a um hospital em Connaught. Desses, 60 eram crianças.

Um carregamento de frangos estragados proveniente do Brasil, e que as autoridades de Serra Leoa ordenaram que fosse enterrado, desatou incidentes neste fim de semana nesse país pobre da África, quando a polícia enfrentou milhares de pessoas que queriam aproveitar as aves. O carregamento de aves, criadas pela brasileira Frangosul, chegou em 12 de julho a Serra Leoa. As autoridades sanitárias decretaram que os frangos não tinham condições de serem consumidos e ordenaram que fossem enterrados em um lixão.

No entanto, milhares de habitantes da capital Freetown tentaram desenterrar os restos das aves, mesmo cobertos de lixo, inclusive excrementos e dejetos de origem industrial. Serra Leona é um dos países mais pobres do mundo, com 70% da população abaixo do nível de pobreza.

A polícia teve de usar gases lacrimogêneos para tentar dispersar a multidão. Houve 40 prisões, mas dezenas de pessoas conseguiram fugir levando a carne podre. "Vamos lavar o frango e cozinha para poder comer", declarou, sorridente, Aminata Kamara, mãe de três filhos, que conseguiu resgatar duas sacas de frango.

Victor Lansana Koroma, diretor de uma ONG local, pediu a prisão do importador do produto em mau estado, uma empresa conhecida como Universal Impex Business. "Tememos uma epidemia pior do que a do ebola se comerem esse frango", explicou Koroma. Serra Leoa sofreu uma epidemia de ebola que deixou nos últimos dois anos mais de 4.000 mortos.

Duas pessoas foram confirmadas com Ebola na Guiné, meses após o surto ter sido declarado como erradicado, informou o governo, horas depois de Serra Leoa anunciar o fim do surto mais recente em sua região.

Os dois casos na Guiné surgiram em pessoas da mesma família na cidade de N Zerekore, que fica cerca de 1.000 quilômetros da capital do país, Conakry, disse Ibrahima Sylla, porta-voz da coordenação nacional da luta contra o Ebola.

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Sylla disse que há outros três casos prováveis e que as autoridades de saúde estão tomando medidas adequadas para evitar a propagação. Uma reunião de emergência será realizada na sexta-feira (18) com o Ministério da Saúde, disse Sakoba Keita, coordenador nacional da luta contra o Ebola.

Na quinta-feira, o vice-diretor geral do hospital regional de N Zerekore, Zoba Guilavogui, disse que um homem e uma mulher da mesma família morreram de uma doença com os sintomas parecidos aos do Ebola, mas os exames ainda não foram concluídos.

Guiné foi declarada livre do Ebola no dia 29 de dezembro e o período de vigilância terminaria no fim de março. O mais mortal surto de Ebola na história já matou mais de 11.300 pessoas, principalmente em Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Em Serra Leoa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da doença 42 dias, que compreende dois ciclos de 21 dias de incubação do vírus, desde a última paciente confirmada com o vírus.

Pelo menos três pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (27) no norte de Serra Leoa no âmbito de protestos de jovens enfurecidos com as medidas anti-ebola que enfrentaram a polícia, segundo testemunhas e uma fonte médica contatada pela AFP em Freetown.

Atos de violência foram registrados em Barmoi Luma, no distrito de Kambia, onde a situação estava muito tensa desde o fim de semana passado por causa do fechamento de mercados, lojas e outros estabelecimentos comerciais, decidido pelas autoridades para tentar limitar os riscos de propagação do vírus, segundo moradores.

Serra Leoa anunciou na semana passada o falecimento de uma jovem mulher, uma estudante de 22 anos, em consequência do Ebola, horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o fim da epidemia na África Ocidental.

Mais de uma centena de pessoas que estiveram em contato com a jovem foram colocadas em quarentena, durante a qual uma tia da vítima morreu.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta quinta-feira (21) um novo caso de ebola em Serra Leoa, o segundo desde que, na semana passada, foi declarado o fim da epidemia na África Ocidental.

"Há um novo caso confirmado", afirmou, por e-mail à AFP, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. Ele acrescentou que se trata da tia de uma estudante de 22 anos que morreu em consequência do vírus.

A última epidemia de ebola deixou oficialmente 11.300 mortos, entre os mais de 28.000 casos confirmados, um balanço que a OMS calcula abaixo da realidade. A maioria dos casos ocorreu na Guiné, Serra Leoa e Libéria, três países fronteiriços.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado Serra Leoa livre de Ebola, um vírus que provocou a morte de milhares de pessoas e uma brutal recessão econômica.

"Hoje, 7 de novembro de 2015, a OMS declara o fim da epidemia de Ebola em Serra Leoa", anunciou Anders Nordstrom, diretor da agência da ONU para Serra Leoa, em uma cerimônia na capital do país, Freetown. O anúncio foi recebido com muitos aplausos.

A epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado na região central da África em 1976, provocou mais de 11.300 mortes entre quase 29.000 casos registrados, um balanço que na realidade pode ser ainda maior, admite a OMS.

Um país é considerado isento do Ebola quando registra dois períodos de 21 dias - a duração máxima da incubação do vírus - sem o registro de nenhum novo caso.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado que Serra Leoa está livre de transmissões do vírus ebola, mas vai manter o país em vigilância reforçada pelos próximos 90 dias, na eventualidade de novos casos da enfermidade serem reportados. Segundo a entidade, há 42 dias não foram identificados novos pacientes com suspeita do vírus. O período equivale ao dobro do tempo de incubação do ebola, o que corrobora para a tese de que o país agora está livre da doença.

Quase quatro mil pessoas morreram em Serra Leoa devido à enfermidade, na que foi considerada a pior epidemia do ebola na história. O país foi um dos mais atingidos e, junto com a Guiné e a Libéria, somou 11 mil vítimas fatais no surto. A Guiné está há 21 dias sem registrar novos casos. A OMS organizou parte da resposta à enfermidade e do contingenciamento da situação e tem sido alvo de críticas de representantes que consideram que a organização teve uma liderança fraca no processo. Fonte: Associated Press.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) comemorou nesta quarta-feira que o número de infecções semanais pelo vírus Ebola tenha atingido seu nível mais baixo em mais de um ano na África ocidental, mas manifestou sua preocupação com Serra Leoa.

Não houve mais do que quatro casos confirmados na Guiné e três em Serra Leoa na semana de 20 de julho, informou a OMS em seu último relatório semanal sobre a epidemia.

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A organização alertou, contudo, que um dos casos em Serra Leoa - um paciente morto após ter ido à capital Freetown, na região de Tonkolili (centro) - representava "um risco consequente de transmissão posterior".

O paciente foi diagnosticado positivo para o vírus após sua morte no hospital, em 23 de julho. A OMS estima que ele manteve contato com pelo menos 500 pessoas, todas elas em Tonkolili, "várias delas consideradas de alto risco". Tonkolili registrou seu primeiro novo caso em julho, encerrando um período de 150 dias sem novas infecções.

A situação é melhor na Libéria, onde não houve novos casos durante a mesma semana, após um breve ressurgimento do vírus há um mês.

O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou no último domingo um plano de retomada pós-Ebola para redirecionar a economia, a saúde e a educação, e erradicar o vírus no país.

Este plano foi divulgado após a cúpula de 10 de julho de Nova York durante a qual os três países mais afetados pela epidemia de Ebola (Serra Leoa, Guiné e Libéria) receberam de doadores promessas de financiamento de 3,4 bilhões de dólares para ajudar a impulsionar suas economias.

A epidemia de Ebola na África ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus na África central em 1976, começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné. A crise deixou mais de 11.200 mortos em 27.700 casos identificados, segundo a OMS.

Mais de 99% das vítimas se concentram na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, onde a doença desorganizou os sistemas de saúde, devastou as economias e afugentou os investidores internacionais.

Serra Leoa anunciou nesta segunda-feira um alerta sanitário devido à fuga por algumas horas de dois pacientes com o vírus Ebola, enquanto o país tenta conter a propagação da epidemia, em alta após quase dois meses.

Os dois pacientes são uma mulher de 38 anos e uma menina de oito anos, sem ligação entre si, que conseguiram escapar juntas no sábado do centro de tratamento onde eram tratadas em Hastings, nos subúrbios de Freetown, a capital, informou o Centro Nacional de Luta contra o Ebola (NERC).

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Ambas foram encontradas no sábado à noite em um local não especificado após advertências por rádio e foram levadas ao centro, de acordo com a mesma fonte.

Atualmente, "nossas equipes de investigação de vizinhança e agentes de monitoramento estão refazendo o percurso das duas, para identificar as pessoas com quem estiveram em contato durante o período de sua fuga", afirmou um porta-voz do NERC.

Na semana passada, Serra Leoa anunciou a extensão, por um período indefinido, do toque de recolher noturno (18h00 - 06h00), em vigor desde 12 de junho, nas regiões de Kambia e Port Loko (noroeste).

Esta medida foi originalmente promulgada por um período de 21 dias, tempo máximo de incubação do vírus, e deveria terminar no dia 7 de julho.

Desta vez, deve durar "até chegarmos a zero casos", declarou o chefe do NERC, Palo Conteh, durante uma coletiva de imprensa em Freetown, em 8 de julho.

O surto de Ebola na África Ocidental, o mais grave desde a identificação do vírus na África Central em 1976, começou na Guiné, em dezembro de 2013.

Já deixou mais de 11.200 mortos de um total de 27.600 casos, um balanço abaixo da realidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de 99% das vítimas estão concentradas na Guiné, Serra Leoa e Libéria, três Estados vizinhos.

Guiné e Serra Leoa experimentaram um forte aumento dos casos de Ebola na semana passada, informou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), minando as esperanças de uma regressão da epidemia mortal.

A semana que terminou no domingo "teve o maior total semanal de casos confirmados de Ebola no período de um mês", afirmou a agência da ONU em seu último relatório.

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Trinta e cinco novos casos foram reportados durante a semana na Guiné e em Serra Leoa, contra apenas nove ao longo na semana precedente.

O vírus, segundo os últimos números, infectou um total de 26.933 pessoas e deixou 11.120 mortos, principalmente na Guiné e em Serra Leoa, mas também na Libéria vizinha, declarada livre da epidemia no último 9 de maio.

A Guiné, onde a epidemia começou no final de 2013, foi o país mais afetado na semana passada, com 27 casos registrados, contra sete na semana anterior.

Serra Leoa, que parece se orientar na mesma direção que a Libéria, também viu o número de casos novamente passar de dez para oito.

A progressão no país colocou fim a três semanas consecutivas de diminuição do número de novos casos registrados, segundo a OMS.

Pela primeira vez em cinco semanas um profissional da saúde, que trabalhava num centro de tratamento de Ebola perto de Freetown, foi testado positivo para o vírus da febre hemorrágica, informou a agência.

Desde o início da epidemia 869 profissionais da área de saúde foram atingidos pelo vírus, e 507 entre eles morreram, segundo dados oficiais da OMS.

A Guiné enviou forças de segurança ao sudoeste do país em resposta ao grande fluxo de Serra Leoa, que estariam cruzando a fronteira para fugir do toque de recolher estabelecido no país vizinho para erradicar o ebola, afirmou o governo guineano.

As forças, encabeçadas pelo diretor da Guarda Civil nacional, se mobilizaram na sexta-feira à noite em direção ao povoado de Forecariah, informou o porta-voz do órgão, Mamadou Alpha Barry, que disse ainda que as autoridades já restabeleceram a segurança da área.

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A população local reportou uma situação de tensão na fronteira entre os dois países devido a um fluxo massivo de serra-leoneses dias antes do estabelecimento do toque de recolher, que entrou em vigor na sexta-feira e durará até domingo.

"Nos rebelamos contra a chegada massiva de serra-leoneses através da fronteira depois que as autoridades anunciaram o toque de recolher", disse Mamadou Kolibe, morador do povoado de Forecariah. "Por que eles fogem de seu país se não têm ebola?", questionou.

O sudoeste da Guiné faz fronteira com distritos no norte de Serra Leoa, uma das áreas onde o toque de recolher foi imposto.

Em Freetown, capital de Serra Leoa, as autoridades informaram que a maioria dos residentes permaneceram em suas casas na sexta-feira e neste sábado, com exceção das equipes em busca de possíveis casos de ebola e muçulmanos que foram orar em mesquitas. O toque de recolher não vale para serviços religiosos.

Serra Leoa efetuou uma operação similar a nível nacional em setembro do ano passado quando as taxas de transmissão do vírus eram muito maiores. O ebola atinge quase 12 mil pessoas em Serra Leoa, mais que em qualquer outro país, porém o mais recente total semanal de casos confirmados (33, ao todo) é o menor desde junho.

Ainda que o toque de recolher anterior tenha incluído uma campanha de educação pública, desta vez a população está a par do perigo do ebola, o que significa que as equipes podem se concentrar em identificar pacientes, disse Samuel Turay, um funcionário do Centro Nacional de Resposta ao Ebola.

"Estou seguro que depois deste toque de recolher teremos controle total sobre o vírus", afirmou Turay. Fonte: Associated Press.

Os 6 milhões de habitantes de Serra Leoa receberam ordens para permanecer em casa por três dias a partir desta sexta-feira (27), num último esforço do país para se livrar do ebola. Como aconteceu durante uma operação semelhante no ano passado, milhares de grupos irão lembrar às pessoas como a doença se espalha e como preveni-la. Em regiões nas proximidades da capital e no norte, onde ainda existem surtos, os grupos também procurarão por casos de ebola.

As ruas estavam praticamente vazias nesta manhã, com exceção das patrulhas policiais e soldados que também que coordenam postos de verificação para garantir que apenas pessoas com autorização, como integrantes de equipes de saúde e jornalistas, estejam nas ruas.

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O ebola infectou cerca de 12 mil pessoas em Serra Leoa, mais de em qualquer outro país, e recorreu a algumas das medidas mais extremas para conter a doença.

Embora nas últimas semanas tenha havido uma redução acentuada de novas infecções, 33 novos casos foram confirmados na última semana em Serra Leoa, segundo a Organização Mundial da Saúde. Ainda assim, o surto é mais preocupante na Guiné, onde a doença se espalha por causa de casos não revelados. No momento, a Libéria tem apenas um paciente em tratamento.

O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, prometeu fazer "o que for preciso" para zerar o número de casos.

A partir das 6h desta sexta-feira (3h em Brasília), os cidadãos de Serra Leoa receberam ordens para permanecer em casa até a noite de domingo. Mercados, lojas, restaurantes e bares devem permanecer fechados. Os muçulmanos terão autorização para participar das orações de sexta-feira e os cristãos poderão ir aos serviços religiosos de domingo, o início da semana santa, antes da Páscoa.

"Entendemos que o povo está cansado e quer voltar para sua vida normal, mas ainda não chegamos lá. São os metros finais da corrida", disse Roeland Monasch, do of Unicef, fundo da Organização das Nações Unidas para a Infância. Fonte: Associated Press.

O presidente de Serra Leoa, Ernest Koroma, ordenou neste sábado (21) o confinamento da população em suas casas entre 27 e 29 de março para combater a epidemia de Ebola, em mensagem à nação. "Todos os serra-leoneses deverão ficar em casa durante três dias, de 27 a 29 de março", afirmou o presidente.

Na quinta-feira, as autoridades do país já tinham anunciado a mesma medida, mas apenas para a capital, Freetown, e algumas regiões do norte do país. "Esta campanha será uma oportunidade para que as comunidades participem diretamente da luta para alcançar [a meta de] zero casos [de Ebola] e para refletir e rezar pela erradicação desta doença no nosso país", disse Koroma.

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"Pessoalmente, estou comprometido a fazer tudo o que for preciso para chegar a zero casos e convoco a todos os serra-leoneses, seja qual for sua comunidade, a agir de acordo para este esforço final", acrescentou.

O presidente anunciou restrições a "todos os cidadãos para que permaneçam em casa da sexta-feira, 27 de março, às 06H00 (locais, 03H00 de Brasília) até o domingo, 29 de março, às 18H00 locais (15H00 de Brasília)". "Nenhuma atividade comercial será autorizada durante este período", ao longo do qual restaurantes e bares ficarão fechados e as atividades nas praias serão proibidas, disse Koroma.

Um abrandamento nas restrições está previsto entre as 07H00 e as 14H00 de 29 de março, coincidindo com o Domingo de Ramos, neste país majoritariamente muçulmano, mas onde são celebradas festas cristãs.

Durante o confinamento, "o abastecimento será assegurado por trabalhadores essenciais, assim como pelos passageiros que chegam ou partem do aeroporto internacional" de Freetown.

A Serra Leoa é um dos três países mais castigados pela epidemia de Ebola, juntamente com os vizinhos Guiné e Libéria. Ali foi contabilizado o maior número de casos identificados - cerca de 12 mil - entre os países afetados, praticamente a metade do total de 25 mil casos contabilizados. Além disso, também foram registrados em Serra Leoa 3.700 mortos das 10.200 vítimas fatais da epidemia no oeste da África, um número considerado subestimado pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).

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