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O número de homicídios dolosos caiu 6% no estado de São Paulo, mas aumentou 29,5% na capital, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em julho deste ano foram registrados 245 casos de homicídio doloso no estado, contra 261 no mesmo mês de 2017. Na capital foram contabilizados 57 crimes desse tipo, contra 44 em julho do ano passado.

Já os casos de estupro, latrocínio e roubos em geral diminuíram tanto no estado quanto na cidade de São Paulo. No estado houve o registro de 858 estupros no mês, contra 884 em julho de 2017, uma queda de 3%. Na capital foram contabilizadas 183 ocorrências, contra 197 em julho do ano passado, um recuo de 7%.

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O número de latrocínios teve queda de 34% no estado. Em julho foram registrados 21 casos de roubo seguido de morte, contra 32 no mesmo mês de 2017. Na capital o recuo foi de 20%, com oito casos de roubo seguido de morte, contra dez em julho do ano passado.

Os casos de roubo em geral (incluindo carga e bancos) no estado recuaram 15,7%. Em julho foram registrados 20.441 casos, contra 24.249 no mesmo mês de 2017. Na capital foram contabilizados 10.050 crimes desse tipo, contra 11.718 em julho do ano passado, uma queda de 14,3%.

O índice de roubos e furtos a condomínios no estado de São Paulo aumentou 56% em 2018. Foram registrados 1.300 crimes do tipo entre janeiro e abril deste ano, contra 832 no mesmo período de 2017. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

De acordo com o especialista em segurança pública, José Elias de Godoy, 90% dos casos se dá “pela porta da frente do prédio”. Para ele, o crescimento dos furtos é preocupante, já que vem ocorrendo com frequência nos últimos meses e a atuação de policiais civis de uma delegacia especializada em combater esse tipo de crime diminuiu muito nos casos de invasões, principalmente na capital paulista.

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A SSP informou em nota que as Polícias Civil e Militar acompanham as variações específicas de registros dos crimes em São Paulo e realizam ações com o objetivo de evitar novos casos.

A pasta afirmou que no primeiro trimestre deste ano a 4ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Condomínios e Residências solucionou 26 casos de roubos e furtos de residência e desmontou seis quadrilhas, com 19 pessoas presas.

A Polícia Técnico-Científica identificou mais três vítimas do desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, que caiu após incêndio na madrugada de 1º de maio, no Largo do Paissandu, centro da capital paulista. As três pessoas foram identificadas após o exame de restos mortais encontrados nos escombros do prédio. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Sete pessoas foram identificadas e duas ainda são consideradas desaparecidas.

O DNA recolhido dos restos mortais apresentou vínculo genético com o material fornecido pelas famílias de Selma Almeida da Silva, de 40 anos, e Alexandre de Menezes, de 40. O Instituto de Criminalística (IC) de Brasília colheu o material genético da família de Walmir Sousa Santos, de 47 anos, que também foi identificado.

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Além deles, já tinham sido identificados os gêmeos Wendel e Werner da Silva Saldanha, de 10 anos, filhos de Selma, Francisco Lemos Dantas, de 56 anos, e Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos.

Depois de 13 dias de buscas, o Corpo de Bombeiros encerrou no último domingo (13) os trabalhos nos escombros do prédio. As operações de combate ao incêndio e de busca de vítimas no local envolveram !.700 bombeiros.

Na última terça-feira (15), o delegado Marco Paula Santos, da 1ª Delegacia Seccional Centro, que investiga as circunstâncias do incêndio e do desabamento do edifício, disse à Agência Brasil que a versão que prevalece, até o momento, com base em depoimento de testemunhas, é a de que um curto-circuito no quinto andar teria dado início ao fogo.

As testemunhas ouvidas disseram ainda que Ananias Pereira dos Santos, Hamilton Resende e Nireude de Jesus, conhecida como Nil, recebiam aluguéis, coordenavam a ocupação do prédio e não pertenciam a nenhum movimento de defesa do direito a moradia. Os três já foram ouvidos e negam o testemunho dos moradores.

Os casos de estupro apresentaram um aumento de 7% no primeiro trimestre de 2018 em Guarulhos. O dado foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo que coletou dados de ocorrências registradas em todas as delegacias.

De acordo com a SSP, desde o início do ano a cidade registrou 30 casos de estupro. Em todo o estado houve um aumento de 20,7% no acumulado do trimestre. Apenas em março, o número passou de 978 para 1,185.

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 O último caso de estupro que reperticutiu em Guarulhos ocorreu no dia 13 de fevereiro, quando um homem de 50 anos foi preso acusado de roubar e estuprar uma mulher na avenida Pimental, localizada no bairro Cecap. Na época, a Polícia Militar informou que o criminoso já havia cumprido pena pelo mesmo crime e a vítima foi encaminhada para o Hospital Geral de Guarulhos (HGG).

 

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, estabeleceu uma recompensa de R$ 50 mil para quem fornecer informações que levem à prisão dos criminosos envolvidos em um assalto a um carro forte, na noite de ontem (13), na região de Ribeirão Preto. Durante a fuga, houve troca de tiros e um dos policiais que atendia a ocorrência, o soldado Erik Henrique Ardenghe, de 28 anos, foi morto.

O pagamento de recompensas está previsto em uma resolução da Secretaria de Segurança Pública (SSP), datada de maio de 2014, que foi elaborada com base em um decreto de 2002, e tem como teto o valor oferecido pelo secretário, no caso de Ribeirão Preto. De acordo com outra resolução, publicada no mês passado, quando a informação que for determinante para a conclusão do caso vier de mais de uma fonte, o dinheiro pago será dividido.

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Para efetuar a denúncia e reclamar a recompensa, o cidadão precisa acessar o site criado pela SSP, chamado WebDenúncia. Depois, basta seguir o passo-a-passo para registrar a ocorrência. Com o intuito de preservar a integridade do denunciante, não é necessário o preenchimento de dados pessoais. Segundo a SSP, a pessoa recebe um número de cartão virtual, que dá acesso a uma conta onde o dinheiro será depositado. De posse do número, o cidadão pode retirar o dinheiro em qualquer agência do Banco do Brasil.

A cada meia hora, um boletim de ocorrência é registrado por furto ou roubo de bicicleta no Estado de São Paulo. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que entre janeiro e setembro de 2016 foram levadas, em média, 46 bikes por dia. Nos nove meses, foram 12.710 ocorrências, ante 11.954 do mesmo período do ano anterior - um aumento de 6,3%.

Pela primeira vez, o Estado fez um levantamento para mapear os crimes relativos ao modal. Só na capital - primeiro lugar no ranking das cidades -, houve 1.351 furtos e roubos de bicicletas entre janeiro e setembro. A maioria dos casos se concentra nas áreas central e oeste. Mas o total ainda pode ser maior, pela subnotificação.

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A designer gráfica Maria Julia Brito, de 26 anos, por exemplo, foi roubada no Minhocão e não registrou boletim de ocorrência. Eram 22 horas de domingo e a via estava fechada para carros, quando a jovem e um amigo sentaram no Elevado, perto da Estação de Metrô Marechal Deodoro. As bicicletas dos dois ficaram encostadas na mureta.

Um grupo de pessoas caminhava na direção da dupla. Segundo ela, uma criança pegou a bicicleta do amigo dela e levou embora. O jovem correu e conseguiu reaver a bike de volta. Nesse meio tempo, os outros do grupo a abordaram e, com uma garrafa de cerveja na mão, pegaram a bicicleta dela. "Nos dias seguintes, alguns colegas ciclistas viram uns meninos rodando com a minha bicicleta, que era bem chamativa: roxa com aro azul", conta.

Maria até tentou fazer boletim de ocorrência eletronicamente, mas diz que não conseguiu. Foi a uma delegacia no dia seguinte e relata ter sido informada que era para voltar em horário comercial. Acabou desistindo: "Não conseguiria recuperar a bicicleta. Pensei: ‘nem vale a pena fazer boletim’." Ela usava a bike para trabalhar e passear. Desde o roubo, não comprou uma bike nova e parou de usar por um tempo. "Não tenho mais vontade de sair para pedalar à noite, que é horário em que tenho disponibilidade",diz.

O vereador Police Neto (PSD), que no fim de novembro teve a terceira bicicleta furtada em quatro anos, dá a dica: não demore mais do que 20 dias para voltar a andar de bike, nem que seja emprestada. "Continuar pedalando para não perder o entusiasmo", afirma.

Police Neto teve bikes furtadas no Largo São Bento em 2012, na Avenida Paulista em 2014 e na Praça da Sé. Ele defende a criação de um cadastro municipal de bicicletas roubadas - que depois pode ser ampliado para o País - nos moldes de um site feito por ciclistas, em 2001.

"Precisamos de um sistema eletrônico com todas as informações possíveis da bicicleta. Esse cadastro poderia contribuir com a inteligência policial para desbaratar quadrilhas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) determinou que a Corregedoria da Polícia Militar investigue a conduta de agentes em um bar da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, em uma ação que terminou com três detidos no sábado. Policiais são acusados de usar bomba de gás e spray de pimenta contra pessoas que criticavam a operação. Uma testemunha também afirma ter sido conduzida na parte de trás da viatura e obrigada a apagar imagens feitas com celular. Para especialistas, houve "abuso de poder" e "constrangimento ilegal".

O caso aconteceu por volta das 2 horas. Após receber queixas de barulho, PMs usaram bombas de gás para dispersar jovens que estavam na Rua Wizard, onde fica o Empanadas. Uma das bombas teria sido atirada na porta do bar. Em seguida, clientes do estabelecimento criticaram a ação e xingaram os agentes de "covardes", "fascistas" e "coxinhas".

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A professora L.T., de 36 anos, também foi levada para o 14.º Distrito Policial (Pinheiros), como testemunha. Ela conta que usava o celular para filmar os PMs conduzindo uma amiga, detida por desacato. "Os policiais voltaram cinco minutos depois e me colocaram na parte de trás do camburão, como se fosse criminosa", afirma. "Quando chegou, eu tentei colocar as pernas para fora do carro mas não deixaram. Eu falava, eles mandavam calar a boca."

Segundo ela, os PMs apreenderam seu celular e chegaram a pedir que destravasse o aparelho para que pudessem assistir ao vídeo. Ela também afirma que prestou depoimento na delegacia na presença de um PM. "O delegado viu (o vídeo) e disse: 'Apaga, tem imagem de policial militar'. Eu não tive oportunidade de ver meu filme porque apagaram antes", afirma a professora. "A gente não sabe quais são os nossos direitos. Isso tudo dá sentimento de impotência, insegurança e medo." A SSP nega a versão da testemunha.

Abuso

Para a desembargadora Ivana David, da 4.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a conduta dos policiais foi "arbitrária". "Ela não praticou crime nenhum. A atividade da polícia é pública, todas as pessoas têm o direito de filmá-la", afirma.

"Se existe eventual conduta criminosa e ela (L.T.) fosse suspeita de crime, o máximo que poderia ser feito era apreender o celular", diz a desembargadora. Nesse caso, as imagens deveriam ser preservadas, incluídas no inquérito e apresentadas em juízo. "As corregedorias vão ter de apurar eventual abuso de poder e constrangimento ilegal."

Para o coronel reformado da PM, José Vicente Filho, houve constrangimento ilegal. "A polícia errou feio. O celular é uma propriedade pessoal, só pode ser aberto em um situação de crime, como em casos de traficantes mostrando fuzis ou homicídio, por exemplo, mas não para apagar imagens." O especialista lembra que não é proibido filmar ação da polícia.

O delegado Mauro José Arthur, do 14.º DP, disse por nota que "não foi, em nenhum momento, informado sobre qualquer gravação feita pelo celular da testemunha, tampouco pediu para apagá-la". Para SSP, a PM é "a maior interessada na responsabilização de policiais que tenham cometido erros". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, escolheu outro promotor de Justiça para formar a cúpula da sua gestão. Membro do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) desde 1988, Sérgio Turra Sobrane vai assumir o cargo de secretário adjunto da SSP. A nomeação deve ser publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira, 20.

Formado em Direito, Sobrane era subprocurador geral de Justiça desde 2014 e atuou na Promotoria de Justiça e Cidadania em São Paulo. Ele assume o cargo que era ocupado por Mágino até a semana passada, antes de ser efetivado como titular da pasta com a saída do advogado Alexandre de Moraes para o Ministério da Justiça e Cidadania.

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Nos próximos dias, Mágino também deve nomear um assessor para atuar no gabinete da SSP com foco em Direitos Humanos. Uma das atribuições do cargo é fiscalizar os mecanismos de controle da letalidade policial em São Paulo. A cadeira está vaga desde março, após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que promotores e procuradores de Justiça não podem mais acumular funções no Judiciário, Legislativo e Executivo.

A Secretaria de Segurança Pública, por meio de nota, informou que o secretário Alexandre de Moraes tomou conhecimento do caso de cobrança de propina de policiais a corruptos na quarta-feira, dia 16, durante reunião com os promotores do Gecep e pediu "imediata apuração por parte da Delegacia Geral de Polícia".

A pasta não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem. Não informou quais providências poderão ser tomadas em relação aos policiais do Deic e da Corregedoria da Polícia Civil suspeitos de dar fuga aos policiais Mario Capalbo e Raphael Schiavinatto, não disse como será ou se será investigado a existência de um suposto esquema de propina na Corregedoria. A reportagem pediu à assessoria entrevista com o diretor da Corregedoria, delegado Nestor Sampaio Penteado Filho, e também com o investigador chefe Waldir Tabach, mas o pedido não foi respondido.

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Todos continuam trabalhando nos seus respectivos cargos normalmente. A assessoria da Secretaria de Segurança Pública também não informou qual a situação os investigadores Capalbo e Schiavinatto, se continuam presos ou se voltaram ao trabalho no Deic.

Em depoimento aos promotores, o delegado Luiz Longo afirmou que, no dia da fuga dos policiais pela porta da frente do Deic, não se lembrava quem eram os investigadores e "após uma breve reflexão, lembrou-se quem eram e que os havia visto, na parte da tarde, na delegacia, mas não sabia se estavam no prédio".

O agente da Corregedoria Fabio Iezzi afirmou em depoimento que não estava preocupado em saber se havia uma saída pelos fundos, pois não conhece bem o Deic "e que não teria interesse" em beneficiar os policiais acusados de extorsão.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os registros oficiais de roubos voltaram a crescer no Estado de São Paulo no mês de outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, após seis meses de queda. O aumento foi de 3,71% - de 26,1 mil para 27 mil casos. O fenômeno foi causado especialmente pelos registros da Grande São Paulo, que teve, sozinha, um aumento de 16,16%. Outro dado importante foi a redução dos homicídios - queda de 12,36% em relação a outubro de 2014. Ao todo, 304 pessoas entraram nas estatísticas como vítimas de assassinatos no Estado.

No caso dos roubos, houve crescimento em todas as regiões, segundo informou ontem o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Na cidade de São Paulo, o aumento foi em ritmo menor, de 1%, variando de 13.595 registros em 2014 para 13.730 em outubro deste ano. Já no interior do Estado, dado que inclui o litoral, a variação foi de 3,59% na comparação com o último mês.

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Diante do crescimento, o secretário preferiu destacar as estatísticas acumuladas do ano, que levam em conta os dez meses entre janeiro e outubro, que mostram uma queda de 3,55% no Estado na comparação com o mesmo recorte, de dez meses, do ano passado.

"Esse é o primeiro mês de alta, então ainda precisamos observar se é uma tendência ou não", afirmou o secretário, na quarta-feira, 25, durante entrevista convocada para a divulgação dos dados. "Os número são puxados por um aumento maior na Grande São Paulo. A Polícia Civil fez, no dia 22 de outubro, uma grande operação, com 1.007 policiais, de todas as seccionais, nessa região", disse o secretário. Moraes prometeu ainda que o policiamento de rua será reforçado neste mês e em dezembro, época de festas de fim de ano, em que o consumo aumenta. "Devemos colocar 2.815 policiais recém-formados nas ruas", declarou.

Os latrocínios, assaltos que terminam com o assassinato da vítima - e são, assim, crimes relacionados a roubos - tiveram registro de três casos a mais em outubro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2014. Foram 36 ocorrências em outubro de 2014 e 39 no último mês. Na capital, houve redução de 17 para 14 casos, na comparação entre os dois meses.

 

Mortes

O número de homicídios registrados no Estado já havia sido divulgado na segunda-feira pelo governador Geraldo Alckmin. Eram dados tidos como positivos para o governo: redução de 20,6% no Estado, caindo de 383 ocorrências deste crime em outubro de 2014 para 304 no mês passado.

Na capital, a redução foi de 112 para 69 registros, segundo o secretário, que comemorou: "É a menor taxa já registrada, rompendo pela primeira vez o índice de 9 casos para 100 mil habitantes. Tivemos no último mês uma taxa de 8,68 mortes para cada 100 mil habitantes na capital", disse o secretário.

Especialistas em segurança pública, no entanto, vêm questionando a forma como o Estado tem divulgado os dados estatísticos da Segurança Pública. "Os dados em si já são muito problemáticos, com mudanças de critérios, de metodologia, de agrupamento das informações, o que compromete uma análise de série histórica, que é o mais importante para avaliarmos o andamento das políticas públicas e verificarmos se há alteração ou não nas técnicas", disse a socióloga Camila Caldeira Nunes Dias, da Universidade Federal do ABC (UFABC).

"Essa mudança tem um efeito negativo, mas há também efeito negativo na divulgação dos dados. A gente percebe uma seletividade dos dados e não consegue pensar em uma explicação para esse fatiamento da divulgação que não seja confundir, para acentuar alguns dados melhores e não revelar, pelo menos em determinado momento, dados que não são tão bons para o governo", conclui.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo segundo mês seguido, a capital paulista registrou em julho menos homicídios do que no mesmo período do ano passado, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública. Também houve menos ocorrências de latrocínio. Já os roubos em geral, furtos e roubos de carros, crimes que assustam a população, tiveram alta.

Foram 85 homicídios na cidade em julho, diminuição de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No Estado, ocorreram 313 assassinatos, queda de 10,1%. Na cidade e no Estado, foi o mês de julho com menos homicídios dos últimos 12 anos. Os latrocínios tiveram leve queda na capital (-8,3%) e Grande São Paulo (-13,6%) e se mantiveram estáveis no Estado. Os casos de roubo subiram 18,4% na capital, com 11.382 ocorrências em julho, o que significa 15 casos por hora. No Estado, houve 22.954 roubos - aumento de 14,5%.

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As próprias autoridades não parecem conseguir uma resposta satisfatória para explicar as razões de a política de segurança pública conseguir reduzir crimes contra a pessoa e não diminuir os crimes contra o patrimônio. "Há uma série de fatores que influenciam a criminalidade. A existência dos desmanches, por exemplo, é um caso. Há um projeto de lei para fechar os desmanches. Se a solução for bem equacionada, contribuirá para reduzir furtos e roubos de veículos. A investigação também é relevante, quando prendemos uma quadrilha envolvida em diversos crimes", disse o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

Em relação aos homicídios, Grella ponderou que o segundo semestre do ano passado foi um ano atípico. No primeiro, houve relativa tranquilidade e taxas baixas de crime. A situação degringolou em junho do ano passado, quando se intensificaram os conflitos que provocaram mortes de policiais militares, ordenadas por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Diversos homicídios e chacinas ocorriam nas horas que se seguiam a esses crimes contra policiais.

Esse seria o motivo para que o acumulado dos crimes nos primeiros sete meses deste ano fosse maior do que no mesmo período do ano passado. Os homicídios na capital, por exemplo, ainda acumulam aumento de 3,2% nos primeiros sete meses. "A tendência de queda deve se confirmar e registrar redução de homicídios até o final do ano", diz o secretário.

Grella afirmou ainda que a demora na redução dos casos de crime contra o patrimônio se deve também ao ritmo das "mudanças estruturantes" que ele está fazendo na secretaria. Para melhorar a fiscalização, o secretário busca quatro áreas para servir como pátios para veículos apreendidos. O objetivo principal é ampliar espaço para a realização de operações de apreensão de motos, veículo que costuma estar associado aos crimes no Estado.

Mais presos

As autoridades também comemoraram o recorde de prisões em julho, a maior quantidade dos últimos 11 anos - 13.115 ocorrências. Em compensação, a apreensão de drogas diminuiu 16,6% na capital e 11% na Grande São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cidade de São Paulo teve uma alta de 23,1% no número de roubos de veículos no mês de julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. As ocorrências subiram de 3.440 em 2012 para 4.237 em 2013, segundo estatísticas divulgadas nesta segunda-feira, 26, pela Secretaria de Segurança Pública.

Já os furtos (crimes caracterizados pela ausência de violência ou grave ameaça contra a vítima) de veículos tiveram alta de 21,8% passando de 3.541 para 4.316.

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Os roubos em geral tiveram alta de 3,2%, de 15.793 ocorrências em julho de 2012 para 16.297 no mesmo mês de 2013.

Os homicídios dolosos subiram 9,5% no período, de 92 para 84, e os latrocínios caíram de 12, em julho de 2012, para 11 em julho deste ano.

A Secretaria da Segurança Pública anunciou nessa quinta-feira, 25, um novo órgão para reformular indicadores de criminalidade em São Paulo, que poderá tornar diárias as estatísticas da pasta. Hoje, elas são divulgadas mensalmente.

Segundo o secretário de segurança Fernando Grella Vieira, a intenção é que os dados diários comecem em 2014. A proposta será desenvolvida pelo Câmara Técnica de Análise, Pesquisa e Estatísticas em Segurança Pública e Atividade Policial, composta por membros da sociedade civil, governo, polícias e universidades. Poderão ser criados novos indicadores como furto a caixas eletrônicos ou letalidade (mortes por homicídios com assaltos).

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Esses novos índices poderão ser usados nas metas que o governo pretende criar em troca de bônus a policiais a partir do segundo semestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SALVADOR – Segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP\BA), entre os meses de janeiro e maio, em Salvador (BA) , houve um queda de 14% no número de homicídios dolosos (quando existe intenção de matar) comparado ao índice do mesmo período do ano passado. A SSP/BA também apontou que a redução do índice de assassinatos na região metropolitana da este ano é ainda maior, de 26,3%, em comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.

Entre 1º de janeiro e 31 de maio, o orgão registrou 649 homicídios dolosos em Salvador, enquanto em 2012 , nesse mesmo período, ocorreram 755 casos. Na Região Metropolitana, o número de ocorrências caiu de 411 para 303. Apesar do decréscimo geral, cinco das 16 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) de Salvador apresentaram aumento nos índices. É o caso da AISP do Nordeste de Amaralina, que mesmo possuindo três Bases Comunitárias de Segurança, teve aumento do número de crimes de 10 para 16, ocupando o ranking da maior maior taxa de todas as Aisps.

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A 5ª Delegacia Metropolitana, localizada em Nossa Senhora do Socorro, Grande Aracaju, foi invadida por sete homens armados e não identificados, no último domingo (7). Na ação, um policial foi rendido e dois presos foram resgatados pelos comparsas.

Um dos fugitivos tinha sido detido pela polícia com 100 kg de maconha, na sexta-feira (5). Até o momento os homens ainda não foram recapturados.

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De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a delegacia contava com dois plantonistas, sendo que no momento da invasão apenas um policial estava presente, pois o outro estava em horário de almoço. Quando a SSP foi informada da invasão um contingente de 50 policias foi acionado para a ação.

Em um primeiro momento, dois homens foram pedir supostas informações para registrar uma queixa. Quando foram avisados que o procedimento não seria feito no local, outros cinco homens invadiram a delegacia. O policial foi atacado e teve a arma de fogo subtraída.

Os presos Samuel Santos Pereira e Thiago José Caetano Mota foram procurados de imediato pelos comparsas e resgatados logo em seguida. Segundo investigações feitas pela polícia, os dois prisioneiros não possuem ligação e a invasão foi motivada pelo tráfico de drogas.

De acordo com a SSP, Thiago José Caetano Mota deve ser algum preso “de peso”, já que ele havia sido pego com 100 kg de maconha na última sexta-feira (5) e provavelmente foi o principal alvo da invasão. 

Delegacia superlotada

No momento da invasão, a delegacia estava com 44 presos distribuídos em quatro celas, sendo que o limite é de 25 por cela. Para o presidente do Sindicato dos Agentes da Polícia Civil (Sinpol), Antônio Moraes, a situação que aconteceu já estava anunciada. “A gente meio que previa que isso acontecesse porque a superlotação das delegacias é visível e problema antigo. O preso tem que ir para o presídio e não para as delegacias”, afirma Moraes.

Para o Sinpol, os policias civis estão sendo desviados de função e a superlotação não está sendo levada em consideração. “A polícia civil só faz apagar incêndio. O papel da polícia é de investigar e acredito que um terço da classe está fazendo papel de agentes penitenciários. A superlotação está sendo jogada embaixo do tapete enquanto ainda der. E o sindicato vai ficar cobrando o fim da carceragem”, desabafa o presidente do Sinpol.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que está solucionando os problemas da superlotação das delegacias em conjunto com o sistema penitenciário. “Há quatro anos, existiam cerca de 900 presos nas delegacias do estado inteiro, hoje existem pouco mais de 300. Sendo que grande parte dos prisioneiros foram retirados das delegacias do interior e foram transferidos para a capital. A transferência para o sistema penitenciário é constante, até porque acontecem muitas prisões. Em 2012 tivemos uma média de 8,7 presos retirados das delegacias e levados para as prisões”, afirma Lucas Rosário, assessor de comunicação da SSP.

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