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O ex-assessor e estrategista político de Donald Trump, Steve Bannon, foi condenado, nesta sexta-feira (21), a quatro meses de prisão pela Justiça norte-americana por se negar a testemunhar em uma investigação do Congresso sobre à invasão do Capitólio por apoiadores do ex-presidente republicano em 6 de janeiro de 2021. A sentença também prevê uma multa de 6.500 dólares.

Bannon pode se tornar a primeira pessoa presa por desafiar uma intimação do Congresso em mais de meio século, sob um estatuto que raramente é acionado.

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O juiz do tribunal federal de Washington que ficou responsável pelo caso, Carl Nichols, disse que a aplicação da pena ficaria suspensa se a defesa apresentasse recurso.

O caso de Bannon provavelmente não será o último envolvendo o trabalho do comitê da Câmara dos EUA que investiga a invasão do Capitólio e eventos relacionados. Na semana passada, parlamentares americanos votaram pela intimação do próprio Trump para prestar depoimento e apresentar documentos.

"Ostentar intimações do Congresso revela uma falta de respeito pelo Poder Legislativo, que exerce a vontade do povo dos Estados Unidos", disse o juiz Nichols. Bannon "não expressou nenhum remorso" e "não assumiu a responsabilidade por sua recusa em cumprir sua intimação".

A promotoria pediu seis meses de prisão e multa máxima de US$ 200 mil (R$ 1,03 milhão), argumentando que Bannon mostrou "um total desrespeito aos processos do governo e à lei" ao ignorar a intimação do Congresso, enquanto manchava a investigação da Câmara e o sistema de Justiça com "retórica de que corre o risco de inspirar violência".

A defesa de Bannon pediu liberdade condicional, dizendo que uma sentença de prisão mínima obrigatória é ilegal, porque sua intenção não foi criminosa ou "intencional".

Também disse que, se uma sentença for imposta, ele deve permanecer em liberdade até o recurso. Em sua sentença na sexta-feira, Bannon se recusou a falar em sua própria defesa, dizendo ao juiz: "Meus advogados falaram por mim, meritíssimo."

Bannon foi condenado no julgamento em julho por duas acusações de desacato ao Congresso por se recusar a responder aos pedidos de testemunho ou de apresentação de documentos do comitê de 6 de janeiro. Ambos os delitos são puníveis com até um ano de prisão.

Mas Bannon afirmou que pretende apelar das condenações, porque Nichols decidiu que Bannon não poderia argumentar no julgamento que ele confiou no conselho de seu advogado ou acreditava que sua cooperação foi impedida pela alegação de privilégio executivo de Trump. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O ex-estrategista e coordenador da campanha de Donald Trump, Steve Bannon, se rendeu nesta quinta-feira (8) às autoridades policiais de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Lá, ele deve enfrentar acusações na justiça estadual, frente a um processo que investiga denúncias de corrupção na construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México, durante a gestão do ex-presidente norte-americano. 

As acusações devem ser anunciadas pelo procurador do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, e pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James. Bannon, de 68 anos, e três outros homens foram acusados por promotores federais em agosto de 2020 de fraudar doadores em uma campanha privada de arrecadação de US$ 25 milhões (mais de R$ 130 mi), conhecida como "We Build the Wall”, para ajudar a construir o muro de assinatura de Trump. 

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De acordo com a CNN, na acusação consta que um dos associados de Bannon criou uma plataforma online de arrecadação de fundos para arrecadar dinheiro e construir um muro na fronteira. Para receber o dinheiro dos doadores, o organizador prometeu que "100% dos fundos" iriam para a construção. 

Os associados discutiram dizer ao público que ninguém envolvido no projeto "We Build The Wall" receberia um salário, segundo a acusação. Em uma mensagem de texto, um dos envolvidos disse a Bannon que a alegação "remove toda a mancha de interesse próprio nisso" e "dá ao CEO uma santidade". 

Bannon afirmou publicamente que estava agindo "como um voluntário" para o We Build The Wall, disseram os promotores na acusação. Nos bastidores, Bannon supostamente ajudou a canalizar centenas de milhares de dólares para ele e seus associados. O ex-assessor de Trump culpa sua situação por motivações políticas. 

"Isso é uma ironia, no mesmo dia em que o prefeito desta cidade tem uma delegação na fronteira, eles estão perseguindo pessoas aqui, que tentam detê-los na fronteira", disse ele a repórteres do lado de fora do escritório da promotoria nesta quinta-feira (8). 

 

Ex-assessor do ex-presidente dos EUA Donald Trump, Steve Bannon foi declarado culpado de desacato ao Congresso nesta sexta-feira, 22, em uma vitória ao Departamento de Justiça e ao comitê da Câmara que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, sede do Poder Legislativo americano.

O júri federal emitiu veredictos de culpado nas duas acusações de desacato que ele enfrentou por desafiar ilegalmente uma intimação emitida pelo comitê que investiga o caso, que buscava documentos e testemunhos. Bannon será sentenciado em uma audiência em outubro e enfrentará uma pena mínima de 30 dias e um máximo de um ano de prisão por cada acusação.

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Nas alegações finais, a promotora Molly Gaston disse que Bannon "despreza nosso sistema de governo e acha que não precisa seguir as regras". Evan Corcoran, um dos advogados de defesa de Bannon, contestou essa narrativa, dizendo que os prazos da intimação eram maleáveis e que Bannon tentou negociar com o comitê sobre quando ele deveria comparecer e sobre o que poderia testemunhar.

Steve Bannon, que foi assessor do ex-presidente americano Donald Trump, concordou em testemunhar nas audiências no Congresso sobre o ataque contra o Capitólio, poucos dias antes de ser julgado por desafiar uma intimação do comitê que investiga as ações contra o Congresso, informou a imprensa dos Estados Unidos.

"O senhor Bannon está disposto a, e de fato prefere, testemunhar em sua audiência pública", escreveu o advogado Robert Costello em uma carta com data de sábado (9) ao Comitê do Congresso que investiga os fatos, que foi inicialmente noticiada pelo jornal britânico The Guardian e depois pela imprensa americana.

Bannon está na lista de dezenas de pessoas convocadas para testemunhar sobre o ataque contra o Capitólio em janeiro de 2021, quando uma multidão invadiu o Congresso, estimulada pelas alegações infundadas do ex-presidente Trump de que Joe Biden venceu as eleições de 2020 devido a uma fraude eleitoral.

Os investigadores acreditam que Bannon e outros conselheiros de Trump podem ter informações sobre vínculos entre a Casa Branca e a multidão que invadiu o Capitólio no dia em que a vitória de Biden na eleição seria certificada pelo Legislativo.

Embora naquele momento Bannon não fosse funcionário da Casa Branca ou assessor oficial de Trump, os advogados do ex-assessor já haviam alegado que ele estava protegido pelos privilégio atribuídos à função presidencial e não precisava cooperar com a investigação.

De acordo com a carta, Bannon afirmou ao Comitê da Câmara de Representantes que "as circunstâncias mudaram".

"O presidente Trump decidiu que seria do melhor interesse do povo americano renunciar ao privilégio do Executivo no caso de Stephen K. Bannon, para permitir ao senhor Bannon cumprir a intimação emitida pelo seu Comitê".

Em novembro do ano passado, Bannon se entregou ao FBI para enfrentar acusações de desacato ao Congresso por se recusar a testemunhar sobe o ataque ao Capitólio.

O ataque, que deixou cinco mortos, adiou por várias horas a cerimônia conjunta na qual o Senado e a Câmara de Representantes certificam oficialmente o vencedor da eleição.

Steve Bannon, que era um assessor próximo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi indiciado na sexta-feira (12) por se recusar a prestar depoimento perante o comitê do Congresso que investiga o atentado de 6 de janeiro ao Capitólio, anunciou o Departamento de Justiça.

O ex-assessor de 67 anos foi processado por se recusar a depor e apresentar documentos à comissão especial da Câmara dos Representantes que investiga o papel do ex-presidente republicano no ataque de seus apoiadores à sede do Congresso.

Apesar de sua convocação em meados de outubro, Bannon não compareceu diante dos legisladores, invocando o direito dos presidentes dos EUA de manter a confidencialidade de certos documentos e discussões.

Mas, de acordo com a comissão, essa proteção não se aplica porque Trump não é mais presidente e nunca fez valer oficialmente esse privilégio do Executivo.

Bannon foi um dos principais articuladores da vitoriosa campanha presidencial do candidato republicano em 2016, antes de cair em desgraça.

Ele não exercia funções oficiais em 6 de janeiro, mas aparentemente falou sobre o protesto com o presidente nos dias anteriores, de acordo com a comissão de inquérito.

Ele pode pegar entre 30 dias e um ano de prisão por cada acusação e será julgado em um tribunal federal. A batalha legal ainda pode durar meses ou anos, o que pode prejudicar a investigação.

Outro aliado próximo a Trump, seu ex-chefe de gabinete Mark Meadows, também rejeitou uma intimação na sexta-feira para comparecer perante o comitê de maioria democrata.

A defesa de Meadows invocou uma decisão judicial anunciada na quinta-feira, que suspendeu temporariamente até 30 de novembro a transmissão de documentos internos da Casa Branca à comissão.

O comitê respondeu em um comunicado que o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia autorizado a divulgação dos documentos e que Meadows, portanto, tinha a obrigação de testemunhar, alertando o ex-chefe de gabinete que ele também poderia estar em desacato ao Congresso.

O estrategista de Donald Trump admitiu que planejou a invasão ao Capitólio após conversa com o ex-presidente dos Estados Unidos antes do pronunciamento do dia 6 de janeiro. Com expertise em atuação nas redes sociais, Steve Bannon possui estreita relação com o Governo Bolsonaro, especialmente com o filho do presidente brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Bannon apontou que a intenção de motivar os apoiadores à invasão era "matar a presidência de Biden no berço", após o democrata ser eleito democraticamente pelos norte-americanos.

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 Em entrevista ao Real America's Voice, ele confirmou o objetivo: “sim, por causa de sua legitimidade”, ao comentar sobre a vitória de Biden. “42% do povo americano pensa que Biden não ganhou a presidência legitimamente”, apontou sem provas.

“Ele se matou”, acrescentou o marqueteiro. “Basta olhar para o que este regime ilegítimo está fazendo. Ele se matou. Ok? Mas nós dissemos a você desde o início, apenas exponha, apenas exponha, nunca recue, nunca desista e essa coisa vai implodir”, incentivou.

A Polícia Federal (PF) passou a monitorar as investidas no Brasil do ex-estrategista do ex-presidente americano Donald Trump. Steve Bannon tem atacado instituições brasileiras e questionado a lisura do sistema eleitoral do País. As suspeitas são de que o americano possa ser um dos mentores de milícias digitais que operam no País para reproduzir o discurso radical do presidente Jair Bolsonaro. A polícia vê reflexos das ações de Bannon no Brasil, e encontros dele com pessoas do núcleo mais próximo ao presidente têm sido acompanhados por delegados.

Tramitam na PF duas investigações sobre o tema conduzidas pelo Supremo. Uma apura a atuação de "organizações criminosas digitais". A outra é o chamado inquérito das fake news, que tem como foco a fabricação e o financiamento de informações contra adversários de Jair Bolsonaro. Há ainda um inquérito administrativo, da Justiça Eleitoral, aberto a partir da live em que o presidente espalhou versões falsas sobre as urnas eletrônicas e as eleições de 2018.

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No último dia 12, acompanhado do empresário Mike Lindell, conhecido por promover campanhas de fake news, Bannon ciceroneou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em Dakota do Sul (EUA), durante evento marcado por teorias de desinformação sobre as eleições. Eduardo falou por cerca de 40 minutos e repetiu à audiência americana o discurso do pai, segundo o qual as urnas eletrônicas não são confiáveis.

Ao fim da palestra de Eduardo, Bannon tomou a palavra. "Vocês veem que não é só nos EUA. Esta eleição (de 2022, no Brasil) é a segunda mais importante no mundo e a mais importante da história da América do Sul. Bolsonaro vai vencer, a menos que seja roubado... Adivinhe pelo quê?", perguntou. "Pelas máquinas", respondeu Lindell. Para complementar: "Quando eu falei com eles (os Bolsonaros), em janeiro, eles disseram que um dos segmentos que mais eram contrários a eles eram quem? A mídia. É o que eles (a mídia) fazem, eles condicionam as pessoas. ‘Ele não vai ganhar.’ Nós vimos nossos números dos Estados Unidos. E é por isso que estamos aqui. É um ponto de inflexão na história hoje."

Eduardo é o principal interlocutor dos Bolsonaros com Bannon - o deputado esteve várias vezes nos EUA com o americano e tentou trazer o ex-estrategista de Trump ao Brasil.

Antes de trabalhar com Trump, Bannon comandou o Breitbart News, um site com conteúdo de extrema-direita e famoso por ser um propagador de fake news. Em um documentário da Netflix (The Brink), o próprio Bannon deu uma ideia da fortuna que o canal movimentava. Ao reclamar do Sleeping Giants, um movimento que faz empresas deixarem de anunciar em sites como o Breitbart, ele disse que deixou de receber cerca de 8 milhões de euros em publicidade.

No Brasil, uma resolução que pretende barrar a monetização de canais com conteúdo político nas eleições está em estudo. "A prática visa, mais do que uma ferramenta de uso político-ideológico, um meio para obtenção de lucro, a partir de sistemas de monetização oferecidos pelas plataformas de redes sociais. Transforma rapidamente ideologia em mercadoria, levando os disseminadores a estimular a polarização e o acirramento do debate para manter o fluxo de dinheiro pelo número de visualizações", diz a PF em um relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao observar que redes bolsonaristas replicam os métodos de Bannon no Brasil.

Simpósio

O evento no qual Eduardo foi um dos palestrantes - chamado de "Cibersimpósio de Mike Lindell" - prometia mostrar provas de fraude na eleição que sagrou Joe Biden vencedor. No entanto, foram apresentados um conjunto de números e mapas já refutados pela Cisa, a agência de cibersegurança do Departamento de Segurança dos EUA.

Lindell também prometeu nos três dias do simpósio pagar US$ 5 milhões para quem comparecesse e o desmentisse. A entrada no evento, no entanto, não era aberta ao público em geral e a organização escolheu quem receberia o convite "por razões de segurança". O empresário acabou sendo ridicularizado nas redes sociais.

Ainda durante o simpósio, a Justiça autorizou a continuidade de um processo em que uma das empresas vinculadas às eleições dos Estados Unidos, atacada por Lindell, cobra dele US$ 1,3 bilhão por difamação. Quando o fato começou a ser noticiado na imprensa e o empresário tomou ciência, ele deixou o palco do próprio evento.

Em março, em entrevista ao podcast de Bannon, Lindell "avisou" que as provas que vinha coletando fariam Trump ser reconduzido à presidência dos Estados Unidos, em agosto. A reviravolta, porém, não aconteceu, mas ele conseguiu mais atenção no mês de seu evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca e mentor do presidente Donald Trump, adotou um tom desafiador após ser preso, na quinta-feira (20), acusado de fraude e de lavagem de dinheiro. Segundo promotores americanos, ele teria desviado dinheiro destinado à construção de um muro na fronteira com o México para pagar despesas pessoais. Ontem, Bannon disse que a acusação tem "motivação política".

"Não vou recuar. A prisão foi um ato político. Todo mundo sabe que eu amo uma briga. Por muito tempo, eu fui chamado de texugo-do-mel. Você sabe, o texugo-do-mel nunca desiste. Então, a luta é longa", disse Bannon, em seu programa War Room, em referência ao animal, considerado um dos mais corajosos do mundo.

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Na quinta-feira, após Bannon ser indiciado, Trump tentou se distanciar dele, criticando o grupo We Build the Wall ("Nós Construímos o Muro"), por interferir em uma tarefa que seria do Estado. "Eu não sei nada sobre o projeto (do muro), além de que eu não gostava. Quando li, não gostei, porque era um trabalho para o governo, não é para a iniciativa privada."

Nesta sexta (21), Bannon evitou bater de frente com o presidente. "O que ele disse está absolutamente correto", afirmou, sobre as declarações de Trump. "Construir o muro é função do governo. Mas veja quantos problemas o presidente Trump teve."

Trump encontrou dificuldades para construir o muro na fronteira - sua principal promessa de campanha -, diante de obstáculos jurídicos, logísticos e da oposição por parte do Congresso. Seu governo havia completado 48 novos quilômetros e substituído outros 386 quilômetros de barreiras ao longo da fronteira, que tem cerca de 3,2 mil quilômetros.

Neste contexto, mais de 330 mil apoiadores doaram fundos para a construção do muro de maneira autônoma. O grupo ligado a Bannon construiu duas seções em propriedades particulares nos Estados do Novo México e do Texas, e recebeu críticas de moradores que dizem que as licenças necessárias não foram adquiridas.

Além de Bannon, foram presos outros três acusados: Timothy Shea, ex-agente da DEA (agência antidrogas dos EUA), Brian Kolfage, ex-militar, e o investidor Andrew Badolato. Ao todo, eles teriam desviado US$ 25 milhões (R$ 140, 5 milhões).

O ex-estrategista de Trump se declarou inocente e foi libertado no mesmo dia, após pagar US$ 5 milhões de fiança.

O tribunal também impôs restrições de viagem a Bannon, que não poderá deixar o país, nem usar aviões ou barcos particulares sem a autorização. "Isso (a prisão) é para impedir e intimidar as pessoas que apoiam o presidente Trump na construção do muro. Nunca vamos parar de defender o muro", disse Bannon. "Essa coisa é um disparate completo. Não vou recuar um centímetro."

Movimento

Guru dos conservadores americanos, Bannon dirigia o site de direita Breitbart News - uma das principais vozes do chamado movimento "alt-right", a extrema direita dos EUA, que envolve nacionalistas, supremacistas brancos, neonazistas e antissemitas. Ele deixou a função após ser convidado para se juntar à campanha de Trump como o principal estrategista do então candidato republicano.

Bannon, que é antiglobalista, desde então promove uma variedade de causas e candidatos de direita nos Estados Unidos e em outros países do mundo, incluindo o Brasil, onde tem ligações principalmente com o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O controverso ex-estrategista-chefe de Donald Trump, Steve Bannon, apareceu virtualmente em um tribunal na tarde desta quinta-feira (20) após sua prisão sob a acusação de fraude e teve sua fiança fixada em US$ 5 milhões.

Com as mãos algemadas, o guru de políticos de extrema direita se declarou inocente da denúncia que o envolve em um esquema de arrecadação de mais de US$25 milhões para construir um muro na fronteira entre Estados Unidos e México, obra que nunca saiu do papel.

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Durante a audiência, um juiz de Nova York aprovou a liberação de Bannon, que se declarou inocente, mediante ao pagamento de uma fiança de US$5 milhões, além de reter o passaporte do americano.

Com isso, ele não poderá realizar viagens internacionais e nem utilizar voos ou barcos particulares. Sua circulação será restrita entre Nova York, Washington e Connecticut.

Segundo a imprensa local, o acordo foi fechado entre a justiça e os advogados de Bannon. Até o momento, no entanto, não há informações se a quantia já foi paga e nem se ele já deixou a prisão.

Da Ansa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não vê Steve Bannon, seu ex-estrategista-chefe da campanha presidencial desde o fim da disputa em 2016. O "guru" da extrema-direita foi preso nesta quinta-feira (20) após ter sido denunciado por fraude na arrecadação de dinheiro para ajudar na construção do muro entre EUA e México.

"É uma coisa muito triste para Bannon, mas não falo com ele há muito tempo. Não sei nada sobre o projeto", disse o mandatário ao responder um jornalista que o questionou durante coletiva na Casa Branca.

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O republicano ainda destacou que "achou que ele [Bannon] estava fazendo isso para se mostrar" e que se considera contrário ao uso de dinheiro privado para a obra na fronteira. "Não é algo apropriado isso", acrescentou.

Da Ansa

A prisão de Steve Bannon, ex-conselheiro do presidente americano Donald Trump, tem repercutido também na política brasileira, nesta quinta-feira (20), por conta da ligação dele com a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Bannon foi detido após ser acusado, segundo a Procuradoria de Nova York, de fraude contra cidadãos que doaram dinheiro para a construção de um muro na fronteira com o México.

Diversos políticos trataram do assunto no Twitter, onde o nome do americano aparece como o assunto mais comentado no início da tarde de hoje. “O guru internacional de Bolsonaro, Steve Bannon, foi preso por suspeita de lavar dinheiro com uma campanha fraudulenta para construir um muro entre os EUA e o México”, escreveu o líder da bancada do PT na Câmara, Enio Verri (PR), em suas redes sociais.

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A deputada Maria do Rosário (PT-RS) pediu que o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal fiquem de olho no cenário com a acusação ao americano. “Steve Banon preso por fraude? Onde? No Brasil, também! Atenção, TSE e STF: o fio da meada da fraude 2018 no Brasil está ligado a esse sujeito. Bolsonaro e seus filhos são produto de crimes virtuais”, disse.

A presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, chamou o ex-conselheiro de Trump de "guru dos Bolsonaro". "Steve Bannon, guru dos Bolsonaro  no quesito campanha de ódio e fake news foi preso, acusado de desviar dinheiro de uma campanha de arrecadação na internet. É esse tipo de gente que cerca e inspira o presidente", escreveu a comunista.

O youtuber Felipe Neto também tratou do assunto na rede social: "Steve Bannon, o grande crápula por trás do portal de fake news 'Breitbart'. O cara que criou a estratégia digital de destruir reputações e criar notícias falsas pra eleger o Trump. O cara que aconselhou a família Bolsonaro e instruiu como agir. FOI PRESO!"

Steve Bannon, ex-conselheiro do presidente americano Donald Trump, foi detido nesta quinta-feira (20) e acusado de fraude contra cidadãos que doaram dinheiro para a construção de um muro na fronteira com o México, anunciou a Procuradoria de Nova York.

A procuradora interina do distrito sul de Nova York, Audrey Strauss, disse que Bannon e outros três acusados "cometeram uma frande de centenas de milhares de dólares, capitalizando seu interesse de financiar um muro na fronteira para arrecadar milhões de dólares, sob o falso pretexto de que todo o dinheiro seria gasto na construção", quando na verdade ficaram com parte da quantia para uso pessoal.

A campanha on-line arrecadou mais de 25 milhões de dólares, de acordo com os promotores.

Bannon, 66 anos, e outro acusado, Brian Kolfage, 38, fundador da campanha "We Build the Wall" ("Nós Construímos o Muro"), asseguraram aos doadores que 100% do dinheiro seria utilizado para a construção e que Kolfage não obteria um centavo do que foi arrecadado como salário ou compensação.

Mas de acordo com a acusação, Kolfage ficou com 350.000 dólares para financiar seu "luxuoso estilo de vida" e Bannon desviou um milhão de dólares para uma organização sem fins lucrativos que pagou secretamente a Kolfage "e cobriu centenas de milhares de dólares de gastos pessoais de Bannon".

Ao lado de mais dois acusados, Timothy Shea e Andrew Badolato, Bannon e Kolfage montaram um esquema para desviar o dinheiro e ocultar a fraude, afirma a acusação.

Os quatro detidos foram acusados de dois crimes, fraude bancária e conspiração para lavagem de dinheiro. Cada delito pode resultar em uma pena máxima de 20 anos de prisão.

Bannon deve comparecer nas próximas horas a uma audiência com um juiz federal de Nova York para a leitura das acusações.

Às 18 horas de sábado (16) uma das salas do Trump Hotel, em Washington, começou a receber convidados para o evento prévio à chegada de Jair Bolsonaro. A recepção, uma homenagem ao escritor conservador Olavo de Carvalho, foi organizada pelo ex-estrategista de Trump e agitador de movimentos populistas de direita Steve Bannon. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) se antecipou à comitiva presidencial para participar do evento, que concentrou críticas à imprensa e aos "traidores" que cercam o presidente.

Questionado se estava otimista com o Brasil, Olavo de Carvalho afirmou: "Não, não, não. Vou ser sincero. Eu amo esse cara, o Bolsonaro. Mas ele está rodeado de traidores, eu não confio em praticamente ninguém no governo exceto nele", disse Olavo, que estará com Bolsonaro neste domingo (17) em jantar na residência do embaixador do Brasil nos EUA. Depois do evento, a jornalistas, Olavo chamou o vice-presidente Hamilton Mourão de "um cara idiota". "O presidente viaja e qual a primeira coisa que ele faz? Viaja a São Paulo para um encontro político com Doria. Esse cara não tem ideia do que é vice-presidência. Durante a viagem, ele tem que ficar em Brasília", afirmou Olavo. Ele disse que Mourão, desde a posse, mudou de lado e é "pró-aborto, pró-desarmamento e pró-Nicolás Maduro".

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Ao dizer que Jair Bolsonaro está "de mãos amarradas", Olavo de Carvalho afirmou que a situação do governo vai mal. "Se tudo continuar como está, já está mal. Não precisa mudar nada para ficar mal, é só continuar isso mais seis meses e acabou", disse o filósofo a jornalistas após evento em Washington, organizado por Steve Bannon.

Ele aponta como problema a mídia e os conselheiros do presidente. Olavo afirma que a mídia tenta dar um "golpe de estado" e publica "mentiras" contra o presidente. Segundo ele, o presidente não leva as questões para a justiça porque os militares no governo não deixam.

"Ele não reage porque aquele bando de milico que o cerca é tudo um bando de cagão, que tem medo da mídia. Por que eles têm medo da mídia? Porque quando terminou a ditadura militar, eles viram que estavam todos queimados com a mídia, foram para casa e decidiram agora fazer o papel de bonzinho. O que o Bolsonaro tem a ver com isso? Nada", disse Olavo."É um homem sozinho, não pode confiar nos que o cercam, não pode confiar na mídia."

Críticas à imprensa permearam todo o evento. Olavo disse que os jornalistas fazem parte de uma elite intelectual e que os formadores de opinião estrangeiros precisam buscar outras formas de ter informação sobre o País, que não via imprensa. Ao falar sobre a imagem de Bolsonaro no mundo - criticada de veículos estrangeiros por posições consideradas racistas e preconceituosas -, Olavo afirmou que "a imagem é um mito criado pelos jornalistas". "Os jornalistas brasileiros são, a maioria, viciados em drogas. Não estou exagerando", afirmou.

Eduardo Bolsonaro também criticou a imprensa e disse que "as pessoas não acreditam mais na mainstream media", dizendo que canais alternativos de apoio ao governo têm mais engajamento nas redes sociais do que o dos jornais tradicionais. "Isso é poder, o poder está conosco agora", disse Eduardo.

O evento reuniu cerca de 60 pessoas em uma sala do Trump Hotel, reduto de republicanos, entre americanos e brasileiros. Diplomatas da embaixada do Brasil em Washington estiveram presentes, entre eles Nestor Forster, cotado para assumir o posto de embaixador nos EUA. Ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon era um dos convidados presentes.

A aproximação do clã Bolsonaro com Bannon incomoda parte da Casa Branca. O ex-estrategista de Trump foi demitido em 2017 e já foi chamado de traidor pelo próprio Trump. Nos EUA, parte do governo americano vê com maus olhos a proximidade entre o filho de Bolsonaro e Bannon - que também foi convidado para o jantar com o presidente. O evento de sábado foi uma exibição do filme Jardim das Aflições, de Josias Teófilo, sobre Olavo de Carvalho.

Ideologia

Na apresentação do evento, Gerald Brant, integrante do mercado financeiro responsável por unir Steve Bannon à família Bolsonaro e a Olavo de Carvalho, disse que o evento e a chegada de Bolsonaro à presidência eram um sinal de que o movimento conservador conseguiu chegar longe no Brasil.

Olavo, contudo, disse que Bolsonaro não tem ideologia. Olavo de Carvalho disse que Bolsonaro foi eleito porque representava um "mal menor" do que Fernando Haddad, que concorreu à presidência pelo PT em 2018. "Por isso que ele foi eleito, não por causa de suas ideias políticas que até hoje não sei quais são. Eu já vi Bolsonaro dar opinião sobre um assunto ou outro, mas nunca vi ele dar uma concepção geral, uma ideologia. Você pode acusá-lo de que as ideias dele são incoerentes, mas essa é a maior prova de que ele não tem ideologia nenhuma", disse Olavo, sob aplausos tímidos.

Bannon e Olavo de Carvalho se conheceram em janeiro e, agora, o americano disse querer levar o pensamento de Olavo ao mundo e computa ao filósofo a ascensão de Bolsonaro. "Ideias têm consequências. Uma das consequências das ideias do professor Olavo é o capitão Bolsonaro", afirmou Bannon.

No dia de sua chegada a Washington, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, participa de um jantar organizado na residência do embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, para o que o governo chamou de "formadores de opinião".

A lista de convidados inclui integrantes do movimento conservador americano como o ex-estrategista da campanha de 2016 de Donald Trump e agitador de governos populistas de direita no mundo, Steve Bannon, o filósofo Olavo de Carvalho, um ex-diplomata do governo George W. Bush, Roger Noriega, e Gerald Brant, integrante do mercado financeiro de Nova York e responsável por apresentar Bannon à família Bolsonaro.

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A lista de convidados foi elaborada pelo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e pelo diplomata Nestor Forster, responsável por apresentar Araújo a Olavo de Carvalho e cotado para assumir a embaixada brasileira em Washington.

No jantar, Bannon entregará a Bolsonaro um boné verde com a frase "Make Brazil Great Again" bordada em amarelo ("Torne o Brasil grande de novo", em tradução livre). A frase é uma adaptação do slogan usado por Trump durante sua campanha presidencial de 2016.

Evangélicos

Ainda como parte do engajamento com a sociedade civil americana, Bolsonaro se encontrará com líderes evangélicos americanos, na terça-feira, depois da reunião com Trump na Casa Branca. A aliança do presidente americano com os evangélicos conservadores foi considerada um dos pilares que elegeram Donald Trump em 2016, um caso parecido com o apoio evangélico recebido por Bolsonaro no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil não vai ser um País socialista e não deve aceitar o resultado das eleições venezuelanas, afirmou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

"Não vamos mais ser um país socialista e estamos contentes em ficar mais próximos dos EUA", disse o deputado, que concedeu entrevista neste final de semana à rede de TV norte-americana Fox News. "Vamos buscar não reconhecer a última eleição na Venezuela", acrescentou, citando supostos problemas de comparecimento às urnas.

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Eduardo fez uma viagem aos EUA na semana passada, onde participou, entre outros eventos, da festa de aniversário de Steve Bannon, ex-estrategista de campanha de Donald Trump. Na entrevista à Fox News, o parlamentar reiterou ainda o desejo de seu pai de transferir, assim como pretende o presidente dos EUA, a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

O ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, emitiu um comunicado neste domingo (7) reafirmando seu apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao empresário Donald Trump Jr., filho mais velho do bilionário.

Bannon afirmou que Trump Jr. "é um patriota e um bom homem" e tem sido "implacável na defesa pelo pai". O ex-estrategista de Trump enfureceu o presidente com comentários feitos para o autor Michael Wolff, que estão em um livro lançado na sexta-feira. Bannon descreve a reunião entre Trump Jr. e representantes da Rússia como uma ação de traição e antipatriótica.

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No entanto, Bannon diz que sua descrição foi dirigida ao ex-diretor da campanha de Trump, Paul Manafort, e não ao filho do presidente. O ex-estrategista disse que lamenta que o "atraso na resposta às reportagens imprecisas sobre Trump Jr. tenha desviado a atenção". Ele afirmou, ainda, que seu apoio ao presidente é "inabalável". Fonte: Associated Press.

O estrategista-chefe da presidência dos Estados Unidos, Steve Bannon, deixa o governo e só trabalha até esta sexta-feira (18), afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders. A porta-voz disse que Bannon e o chefe de gabinete do governo, John Kelly, "concordaram mutuamente" em que ele deixará o posto. Mais cedo, a imprensa americana reportou que a saída dele era iminente.

A partida de Bannon ocorre em meio a declarações controversas do presidente Donald Trump sobre os episódios de violência em Charlottesville. Fonte: Dow Jones Newswires.

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