Tópicos | sucessão

Escolhido por Michel Temer para assumir o Ministério da Justiça, segundo antecipou a colunista do Estado Eliane Cantanhêde o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) é a favor da quebra do sigilo de delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato. Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no início do mês, ele afirmou que a abertura do sigilo facilita as investigações.

"Tem que abrir o sigilo. Quando você abre as janelas da colaboração, facilita a investigação", afirmou Serraglio, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, posto ao qual chegou no início de 2016 por indicação do então presidente da Casa, o hoje deputado cassado e preso pela Lava Jato Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

##RECOMENDA##

Serraglio deu a declaração ao Broadcast Político ao comentar a escolha do ministro Edson Fachin como substituto do ex-ministro Teori Zavascki na relatoria dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Teori morreu no último dia 19 de janeiro em acidente aéreo em Paraty, litoral do Rio de Janeiro.

Na ocasião, Serraglio disse não ver nenhum risco para a Lava Jato após a morte de Teori e elogiou a escolha de Fachin para a relatoria. "Ninguém segura a Lava Jato", disse o deputado, que foi relator da CPI dos Correios na Câmara, que investigou a compra de apoio de parlamentares ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Serraglio tem 68 anos e está no quinto mandato de deputado federal consecutivo. Ele é formado em Direito em Curitiba (PR) e tem mestrado na área pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). No curso, feito entre 1984 e 1986, foi aluno do presidente Michel Temer (PMDB) e colega de Fachin.

Na lista de possíveis substitutos do senador José Serra (PSDB-SP) no Ministério das Relações Exteriores, o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), afirmou nesta quinta-feira (23) que não pretende deixar o mandato. "Não teve sondagem, nem haverá, podem ficar tranquilos. Gosto do trabalho que estou fazendo. Sou parlamentar por excelência", afirmou o tucano à reportagem.

Segundo ele, o principal motivo da saída de Serra foram "de fato" os problemas relacionados à coluna. "A cirurgia foi exitosa do ponto de vista ortopédico, mas do ponto de vista funcional ele precisa se poupar", disse Nunes.

##RECOMENDA##

Na noite desta quarta-feira (22), Serra pediu demissão do Itamaraty e deixou o governo Michel Temer. Integrantes da cúpula do PSDB viram a iniciativa com "surpresa". "O Serra entrou em contato no meio da tarde para saber se eu estava em Brasília, mas disse que já estava voltando para São Paulo. Não disse o que seria. Depois veio a carta (com pedido de exoneração). Foi uma algo inesperado", afirmou o senador José Aníbal (PSDB-SP), suplente de Serra.

Serra estava no comando do Ministério desde o dia 12 de maio, quando Dilma Rousseff foi afastada durante o processo de impeachment, que levou à sua cassação, e Temer nomeou os novos titulares dos ministérios.

O ministro demissionário das Relações Exteriores, José Serra, vai se reunir nesta quinta-feira (23), em Brasília, com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. No encontro, os tucanos tratarão da sucessão no Itamaraty. Em carta entregue na noite desta quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer, Serra pediu demissão devido a problemas de saúde.

Em caráter reservado, tucanos dizem que o nome mais cotado para a vaga é o do senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do governo. Além dele, são citados também os embaixadores Rubens Barbosa e Sérgio Amaral, ambos próximos a Serra.

##RECOMENDA##

Auxiliares de Temer dizem que a "tendência" é que o ministério das Relações Exteriores permaneça na cota do PSDB. O presidente quer evitar que a pasta seja alvo de uma nova disputa política com o PMDB, que já pleiteia o Ministério da Justiça. Amigos e pessoas próximas a Serra contam que ele cogitava deixar a pasta há pelo menos 20 dias, devido ao desconforto físico decorrente da cirurgia na coluna a que foi submetido em dezembro.

Serra estaria abatido com o problema na coluna, segundo relatos de pessoas próximas. Ele deve se dedicar a um tratamento por quatro meses. Depois disso, vai voltar ao Senado, onde tem mandato até 2023. O suplente José Aníbal (PSDB-SP), que preside o Instituto Teotônio Vilela e ocupava a vaga desde que Serra foi apontado como chanceler, em maio do ano passado, deve retornar às suas atividades políticas em São Paulo.

O presidente Michel Temer decidiu tratar em sigilo a escolha do novo ministro da Justiça para que o tema não contamine a sabatina desta terça-feira  (21) de Alexandre de Moraes no Senado. Licenciado do ministério desde o último dia 6, Moraes foi indicado por Temer para integrar o Supremo Tribunal Federal e seu nome passará pela avaliação da Comissão de Constituição e Justiça.

O governo espera que a indicação de Moraes também seja votada ainda nesta terça no plenário do Senado e, embora tenha ampla maioria para aprovar o nome na Casa, quer evitar que ruídos em torno do sucessor do ministro causem embaraços na sabatina.

##RECOMENDA##

Desde sexta-feira (17), quando o ex-presidente do Supremo Carlos Velloso recusou o convite para assumir a Justiça - sob a alegação de que tem contratos a honrar, em seu escritório de advocacia - Temer tenta driblar a disputa entre o PMDB e o PSDB.

A bancada do PMDB na Câmara pressiona o presidente pela nomeação de um mineiro na Justiça. O nome defendido pelo grupo é o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Nos bastidores, porém, senadores do PMDB reclamam das cobranças feitas pelos correligionários da Câmara.

Temer tem dito que só escolherá o novo ministro após a sabatina de Moraes. Nos últimos dias, porém, conversou com vários aliados, em São Paulo e em Brasília, mas pediu discrição.

O vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, tem agora o apoio do senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, para assumir a Justiça. O nome do subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, entrou nesta segunda-feira (20) na bolsa de apostas dos citados para ocupar a pasta.

Além da preocupação em não contaminar a sabatina de Moraes no Senado, Temer também tenta contemplar a bancada do PMDB na Câmara com outros cargos. O deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), por exemplo, ganhou força para ser o novo líder do governo na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer consultou aliados sobre dividir as atuais funções do Ministério da Justiça e dar mais poder à secretaria que cuida da área de Segurança Pública. Com a mudança, ele poderia abrigar no governo seu amigo de longa data Antônio Claudio Mariz de Oliveira, que já havia sido descartado como ministro por posições contrárias à Operação Lava Jato.

Desde o afastamento do cargo de Alexandre de Moraes, indicado a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), Temer tem buscado um nome para assumir a pasta. Na terça-feira (14), convidou o ex-ministro do STF Carlos Velloso. A ideia, porém, é que o jurista faça uma espécie de "dobradinha" com outro nome mais ligado à área de Segurança.

##RECOMENDA##

No novo arranjo analisado pelo Planalto, Mariz poderia comandar uma secretaria com status de ministério para cuidar da Segurança Pública. O advogado criminalista tem experiência na área. Ele já foi secretário de Segurança e Justiça de São Paulo na década de 1990, no governo Orestes Quércia.

Nesse cenário, conforme interlocutores do presidente, não haveria impedimentos éticos de Mariz em relação à Lava Jato, já que ele é advogado de investigados. A Polícia Federal continuaria vinculada diretamente ao Ministério da Justiça.

O perfil que Temer busca para a área de Segurança é o de alguém que corresponda à "dimensão da crise", enfrente a onda de violência e aceite trabalhar sob a orientação do Ministério da Justiça.

Temer gostaria de contar tanto com Velloso quanto com Mariz no governo, pois são nomes da mais alta confiança do presidente, disse um amigo do peemedebista à reportagem.

Nova pasta

O formato do novo ministério, porém, ainda está em estudo. Um dos cenários analisados, segundo auxiliares do presidente, é o de levar para dentro do Palácio do Planalto o comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), hoje vinculada à pasta da Justiça. Neste caso, não haveria status de ministro para o secretário porque a área poderia ficar subordinada à Casa Civil ou direto à Presidência, mas criaria um "secretário forte".

A ideia, no entanto, encontra resistência no Planalto. Segundo um interlocutor, ao retirar a Senasp da Justiça e levá-la para o Planalto, Temer colocaria no seu colo problemas como a crise penitenciária e a paralisação de policiais, que em primeira instância é atribuição dos Estados.

O presidente também tem ouvido sugestões para criar um novo ministério, como defende a "bancada da bala" no Congresso.

No início do mês, em meio à crise penitenciária, Temer incorporou o nome "Segurança Pública" à pasta da Justiça. Mesmo assim, encomendou a técnicos do Planejamento uma análise sobre quanto custaria a divisão do ministério em duas partes.

Entre as atuais atribuições da Senasp está coordenar as atividades da Força Nacional e assessorar o ministro da Justiça a implementar a Política Nacional de Segurança Pública. A ideia neste novo formato seria incluir o Departamento Penitenciário Nacional na secretaria.

Nomes

Além de Mariz, o nome do ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame é cotado para cuidar dessa área no governo. Beltrame enfrenta, porém, resistência dentro do governo e também no PMDB. Seus críticos dizem que ele não resolveu o problema no Rio após quase dez anos no cargo.

Outro ponto contrário ao nome de Beltrame é sua ligação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso em Bangu acusado de corrupção. Além do ex-governador, vários de seus auxiliares também foram presos.

A despeito da movimentação de parlamentares, Temer também disse a aliados do PMDB que o novo titular da Justiça não será um político. A bancada peemedebista de Minas queria emplacar o deputado federal Rogério Pacheco (MG), mas o nome perdeu força. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, afirmou nesta noite, 14, que o presidente recebeu em audiência na tarde desta terça-feira, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso. O ex-ministro é um dos cotados para a vaga no Ministério da Justiça. "O presidente seguirá conversando com o antigo amigo e ex-ministro nos próximos dias", afirmou.

Velloso esteve no Planalto com o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), que defende o nome do ex-ministro para a Justiça. Na semana passada, em entrevista ao Broadcast Político, questionado se aceitaria o convite, caso efetivamente seja feito por Temer, o ex-presidente do STF esquivou-se: "Sobre esse aspecto, não devo me manifestar. Não seria muito ético dizer se aceito ou não, nem sondado fui", disse na ocasião.

##RECOMENDA##

Na entrevista, Velloso disse ainda que nenhum titular da pasta poderá ser "entrave" para a Operação Lava Jato. "De jeito nenhum (um ministro vai barrar a operação)", afirmou. "A Lava Jato está passando a limpo o Brasil. Tem o apoio da sociedade brasileira e da mídia séria", completou.

Segundo relatos, Temer consultou Velloso sobre nomes até então de fora para comandar a Justiça. Não conversaram sobre o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que em entrevista ao Estado, revelou ter declinado o convite do presidente para o cargo nem sobre o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).

Pacheco teria perdido força no Palácio do Planalto para comandar o ministério após a divulgação de um vídeo no qual tecia críticas ao poder de investigação do Ministério Público.

No encontro, o presidente deu sinais que pretende definir o nome para a Justiça até a próxima semana. Foi feita uma avaliação sobre o perfil que tem de ter o ministro. O convite para o encontro de ambos, de cerca de uma hora esta tarde, partiu do próprio presidente. Ele telefonou ontem à noite para Velloso, que estava em Belo Horizonte (MG), para convidá-lo para conversar.

A bancada do PSOL vai protocolar nesta quinta-feira (9) uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer por ter indicado o nome de Alexandre de Moraes para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O partido alega que houve "ato de desvio de finalidade" na indicação, já que Moraes é um homem de "absoluta confiança" de Temer, que foi seu ministro da Justiça e era até esta semana filiado ao PSDB.

##RECOMENDA##

A representação também foi assinada por dois deputados do PT: Henrique Fontana (RS) e Paulo Teixeira (SP). Para Fontana, a indicação de um aliado de Temer para o cargo de ministro do STF é um "escárnio" e tem como objetivo interromper as investigações da Operação Lava Jato.

Os deputados esperam que a ação consiga impedir a nomeação de Moraes para o Supremo. A confirmação da indicação só acontece após uma sabatina no Senado e a aprovação do nome pelos senadores no plenário da Casa.

O deputado petista acusou Temer de estar trabalhando em conjunto com o ministro do Supremo Gilmar Mendes para "providenciar mecanismos" que possam levar à soltura do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba

Para ele, "um dos grandes objetivos do governo Michel Temer é exatamente bloquear as investigações contra a corrupção, porque essas investigações estão chegando ao coração de grandes partidos da política tradicional brasileira, como é o caso do PMDB, do PSDB, estão chegando ao coração de grandes interesses empresariais".

O deputado também afirmou que "todo o Brasil sabe que Eduardo Cunha contar tudo que ele sabe o governo Temer cai no dia seguinte".

Segundo Fontana, se Moraes for nomeado ao Supremo, ele "será mais um aliado de Gilmar Mendes nesta bancada de absoluta confiança do governo Temer, do PSDB e do PMDB. É algo inaceitável o que nós estamos assistindo".

Além dos senadores, cidadãos também poderão participar da sabatina do indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está prevista para 22 de fevereiro e será interativa. Qualquer cidadão poderá enviar perguntas pelo site do Senado ou por telefone.

O ministro licenciado da Justiça terá de responder perguntas sobre seu currículo, seus posicionamentos jurídicos e políticos. Quem quiser enviar questões para Moraes, basta acessar o Evento Interativo, no Portal e-Cidadania. A página está aberta e as perguntas já podem ser enviadas desde já. Outra opção é pelo telefone 0800 61 22 11. A ligação é gratuita.

##RECOMENDA##

A primeira sabatina com participação dos cidadãos aconteceu no dia 12 de maio de 2015, quando Luiz Edson Fachin foi indicado para Ministro do STF pela ex-presidente Dilma Rousseff. O evento recebeu mais de 640 comentários e perguntas que foram encaminhadas ao relator e aos senadores da Comissão.

Tramitação

Alexandre de Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer para ocupar no STF a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ) no dia 19 de janeiro. A indicação, entretanto, precisa ser aprovada pelo Senado Federal.

A candidatura é analisada primeiramente pela CCJ, comissão que foi instalada na manhã desta quinta-feira. O presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), indicou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) como relator da matéria.

Braga não confirmou quando apresentará seu parecer, mas a expectativa é que o relatório esteja disponível para os demais senadores na próxima quarta-feira. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), calcula que Moraes seja sabatinado até 22 de fevereiro na comissão. No mesmo dia, a indicação segue para votação em plenário.

A nova líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o fato de Alexandre de Moraes se desfiliar do PSDB não é suficiente para que ele seja considerado isento para assumir a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O ministro da Justiça é fortemente partidário. Militante, fez campanha durante a eleição municipal, se posicionou politicamente, apareceu em foto com adesivo do PSDB. Ele tem uma posição política e isso não é dissociado só com o fato de ele se desfiliar", afirmou a senadora. Gleisi acredita que o vínculo de Moraes com o PSDB será naturalmente levado para sua atuação dentro do Supremo.

##RECOMENDA##

A líder do PT afirmou que a bancada vai se posicionar contrariamente à indicação do ministro da Justiça ao STF. Além disso, eles querem que Moraes responda o que mudou em seu pensamento quanto ao que defendeu em sua tese de mestrado, quando afirmou que ministros de Estado não deveriam ser indicados ao Supremo.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), minimizou nesta quarta-feira, 8, o vínculo partidário do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Se nós formos fazer uma análise histórica, mais de 30% dos ministros do Supremo Tribunal, nos 20 anos, tinha filiação partidária ou serviram a governos antes de ir ao Supremo. Não é demérito algum. Eles participaram da vida democrática de seu país ou em partidos políticos ou servindo aos governos", ressaltou Aécio Neves.

O senador lembrou que, após ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, Alexandre de Moraes se desfilou na terça-feira, 7, do PSDB, partido no qual que ingressou em 2015.

##RECOMENDA##

Aécio também disse não vê incompatibilidade no fato de Moraes antes de ser indicado para o STF, ocupar o Ministério da Justiça, cargo considerado de confiança do presidente Michel Temer. Ao falar do tema, o tucano mencionou o histórico do ministro Celso de Mello, decano da Corte. "Ele assessorou diretamente o presidente José Sarney até o momento da sua indicação. Isso faz dele um ministro menor naquela corte? Pelo contrário. Servir ao governo é participar da vida democrática. Isso deve ser louvado. Não podemos cair na cantilena oposicionista, que desconsidera o passado de indicações do próprio PT para fazer esse tipo de acusações", disse.

Antes de ter o nome confirmado para o STF, Alexandre de Moraes precisa passar por sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Em seguida por uma nova votação em plenário. As declarações de Aécio foram feitas após visita de Moraes ao seu gabinete, que contou ainda com a participação dos demais integrantes da bancada do PSDB do Senado.

Antes da reunião, Moraes também se reuniu com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), para "apresentar as suas credenciais".

Indicado por Temer para o STF, ele disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e não apenas com os integrantes que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "Constitucionalmente, é função do Senado analisar o meu currículo e a minha experiência", declarou.

O ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes afirmou que a reunião com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi uma "primeira visita" à Casa para "apresentar as suas credenciais". Moraes disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e não apenas os que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por sabatinar a sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Constitucionalmente, é função do Senado analisar o meu currículo e a minha experiência", declarou.

Moraes e Eunício conversaram no gabinete da presidência do Senado por cerca de 30 minutos. Antes da reunião, Eunício comentou que é "natural" o presidente da Casa receber o indicado do presidente da República à vaga do Supremo. "Significa que as instituições estão funcionando", comentou.

##RECOMENDA##

A realização da sabatina de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer ao STF, depende da indicação de um nome do PMDB à presidência da CCJ. Após diversas reuniões, contudo, o partido ainda não chegou a um consenso. Caso o impasse persista, a bancada fará uma votação interna a partir das 14h.

A tendência é de que o senador Edison Lobão (MA) seja o escolhido, mas Raimundo Lira (PB) também pleiteia a vaga. A senadora Marta Suplicy (SP) aceitou desistir da candidatura na noite dessa terça-feira (7) para assumir a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Segundo Eunício, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) se comprometeu a fazer a indicação para a presidência da CCJ ainda nesta quarta. Com isso, o presidente do Senado poderia autorizar a instalação da comissão ainda hoje e Moraes seria sabatinado pelo colegiado até o próximo dia 22.

Visita a tucanos

Moraes visita na tarde desta quarta o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e outros senadores da bancada.

Menos de dois dias depois de ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, inicia nesta quarta-feira (8) um corpo a corpo com integrantes da cúpula do Senado em busca de apoio para o seu nome.

O périplo de Moraes está previsto para começar por uma conversa com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que o recebe em seu gabinete na manhã desta quarta.

##RECOMENDA##

Para ter o nome confirmado para a cadeira do STF deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, Moraes deverá passar inicialmente por sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em meio a um racha entre integrantes da bancada do PMDB, que disputam o comando do colegiado, a comissão deve ser instalada nesta quarta. Após passar pela CCJ, a indicação ainda deverá ser votada em plenário.

A previsão do presidente Eunício Oliveira é de que o processo de Moraes se encerre em no máximo três semanas. Até lá, Michel Temer deve definir o nome que irá integrar o governo no lugar de Moraes no Ministério da Justiça.

O presidente Michel Temer iniciou, reservadamente, as consultas para definir o substituto do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado por ele para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Até agora, o nome mais cotado para ocupar a pasta é o do advogado criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

No Congresso, as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado já avisaram ao presidente que não aceitarão um nome do PSDB na Justiça. Nos bastidores, os peemedebistas dizem que os tucanos estão muito bem contemplados com cinco ministérios e um nome indicado para o Supremo. Moraes era filiado ao PSDB, mas se desligou ontem do partido.

##RECOMENDA##

"Será uma escolha pessoal. O ministro da Justiça é muito importante. Vamos escolher de forma pessoal", disse Temer nesta terça-feira, 7. Questionado pela reportagem sobre quanto tempo levará para escolher o sucessor de Moraes, respondeu: "Me dá uns 15 dias".

O tempo coincide com o prazo já anunciado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para o processo de sabatina e votação do nome de Moraes na Casa. Para ocupar o posto, o indicado ao Supremo precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de sua indicação ser votada na própria comissão e no plenário da Casa. Eunício espera que a CCJ seja instalada ainda nesta quarta-feira, 8.

Temer chegou a convidar Mariz para a Justiça logo que assumiu a Presidência, em maio do ano passado, como interino. Mas teve de "desconvidar" depois que o advogado deu declarações contrárias ao modo como agia a força-tarefa da Lava Jato e criticou as investigações.

O presidente avalia que ficou com uma dívida moral com o amigo de longa data, que já foi secretário de Segurança e Justiça em São Paulo. Na terça, Temer ouviu sugestões para convidar o ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame. Temer também gosta do ex-ministro do Supremo Ayres Britto, mas no ano passado o magistrado não aceitou ser indicado para o ministério.

Disputa

O PMDB e o PSDB - dois partidos com lideranças investigadas na Lava Jato - disputam o comando da Justiça. Uma ala do PMDB da Câmara quer a nomeação de um integrante da bancada de Minas Gerais. Eleito sem o apoio do Planalto, o novo primeiro-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB-MG), cobrou nesta terça que Temer nomeie o deputado Rodrigo Pacheco.

"O PMDB de Minas não aceita mais ficar sem ministério. Minas quer participar do governo. Nós temos a segunda maior economia do Brasil, a segunda maior população. Fomos a bancada que demos mais votos para o impeachment (de Dilma Rousseff)", afirmou Ramalho.

O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), afirmou que a maioria da bancada não quer a Justiça e prefere ocupar a liderança do governo na Casa, hoje comandada por André Moura (SE), do nanico PSC, ou ter um ministério com capilaridade, em que possa fazer ações para atender às bases eleitorais.

Ainda na terça, Temer se reuniu com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso, e com o secretário de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), para tentar resolver o impasse. Depois, Jucá conversou com lideranças tucanas no Senado.

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, disse aguardar uma "indicação à altura dos desafios". "Vamos aguardar que o presidente possa fazer uma indicação à altura dos enormes desafios da área, em especial no que diz respeito ao enfrentamento da crise de segurança que assola partes do Brasil", afirmou.

Espaço

O PMDB da Câmara perdeu, com a queda de Geddel Vieira Lima da Secretaria do Governo, assento no núcleo duro do governo. Por outro lado, o PSDB está à frente da Secretaria de Governo, com Imbassahy, dos Ministérios das Cidades, com Bruno Araújo, das Relações Exteriores, com José Serra, e Direitos Humanos, com Luislinda Valois. O PMDB tem, agora, duas pastas a mais.

Os próprios tucanos, porém, têm tido dificuldades de fechar um nome de consenso. Os senadores pelo partido de Antonio Anastasia (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) já informaram aos colegas da bancada que não gostariam de assumir o cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, foi breve ao comentar a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, por parte do presidente Michel Temer, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

"O presidente indica, o Senado sabatina, o Supremo dá posse", disse o novo relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato na Corte Suprema. "Sabatinado por vós, será bem-vindo", complementou o ministro Edson Fachin.

##RECOMENDA##

O comentário foi feito em resposta ao questionamento de repórteres na chegada dele à sessão da Segunda Turma do STF nesta terça-feira, 7 - a primeira sessão de Fachin no colegiado que julga a maioria dos processos da Lava Jato.

O ministro também disse que conhece Alexandre de Moraes e comentou que ele tem "excelente trato". Mas não falou sobre a atuação de Moraes no âmbito do direito.

Cunha

Além de falar laconicamente sobre a indicação de Moraes, Edson Fachin também confirmou que manterá na pauta da quarta-feira, 8, o julgamento de um recurso do deputado cassado Eduardo Cunha. O julgamento estava marcado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para esta sessão desde dezembro, a pedido do ministro Teori Zavascki, ex-relator dos processos da Lava Jato.

 

Fachin

O ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, entregou na manhã desta terça-feira, 7, ao senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, a sua desfiliação do partido. A informação é da assessoria do Ministério da Justiça. Moraes era filiado ao PSDB desde dezembro de 2015.

Ontem ele teve seu nome indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga de Teori Zavascki no Supremo TRibunal Federal (STF). Para ocupar o novo posto, Moraes precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ter o nome aprovado na comissão e no plenário.

##RECOMENDA##

Outros ministros filiados a partidos já foram indicados ao STF, a exemplo de Moraes. É o caso por exemplo, de Nelson Jobim e José Dias Tofolli.

O presidente Michel Temer iniciou o fim de semana passado entre dois nomes, dos mais de 50 que foram cotados para o Supremo Tribunal Federal. No sábado (4) pela manhã, representantes do mundo jurídico já davam como certa a escolha de Mauro Campbell para assumir a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em desastre aéreo no último dia 19. O outro cotado era o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Campbell era apontado como a opção técnica de Temer. Discreto, era amigo pessoal de Teori - foi um dos responsáveis pela liberação do corpo do ministro em Angra dos Reis. Campbell foi cotado antes para o STF, quando a presidente cassada Dilma Rousseff optou por Edson Fachin. Na época, o STJ viveu uma intensa disputa interna, que envolveu até a produção de dossiês.

##RECOMENDA##

A opção política era Moraes, um dos primeiros nomes lembrados assim que a morte de Teori foi confirmada. Na escolha final, entre Campbell e Moraes, Temer optou por seu ministro da Justiça.

O PSDB intercedeu a favor de Moraes. Como argumento, os tucanos sustentavam que ele receberia respaldo de integrantes do Supremo - entre eles o decano Celso de Mello.

Ministros

Celso de Mello não esconde a simpatia por Moraes, de quem fez o prefácio de um livro. No dia em que o STF derrubou a decisão de Marco Aurélio Mello que afastou Renan Calheiros (PMDB) da cadeira de presidente do Senado, Moraes esteve reunido com Celso de Mello. Em comum, os dois têm o fato de terem passado pela Faculdade de Direito da USP, o Largo de São Francisco.

Além do decano, Moraes teve apoio explícito no STF do ministro Marco Aurélio. "Desde o início achei que o nome adequado era o dele, pela trajetória", disse Marco Aurélio à reportagem. "Ele será recebido de braços abertos na Primeira Turma", afirmou o ministro. Como Fachin migrou para a Segunda Turma, que julga a Lava Jato, Moraes vai assumir uma cadeira na Primeira Turma - composta por Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.

Já o ministro Gilmar Mendes defendia o nome de Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para o Corte.

No Ministério Público Federal, a escolha "política" não é comemorada. Desde a morte de Teori, interlocutores do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consideravam que uma possível escolha de Moraes seria prejudicial ao tribunal. Na lista de "erros", citam o dia em que o atual ministro da Justiça antecipou uma operação da Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer formalizou nesta terça-feira (7) a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada por Teori Albino Zavascki, que morreu em acidente aéreo no último dia 19 de janeiro. A mensagem que submete o nome de Moraes à apreciação do Senado Federal está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.

Para assumir a vaga, Moraes terá de passar por sabatina e ter o nome aprovado pelos senadores, tanto em comissão quanto no plenário da Casa. A votação do nome do ministro no Senado deve ocorrer em três semanas. Se aprovado, Moraes será revisor de processos da Operação Lava Jato no plenário do STF.

##RECOMENDA##

O Diário Oficial desta terça ainda traz o despacho de afastamento de Moraes do cargo de ministro da Justiça pelo prazo de 30 dias. Ele ficará licenciado da função até a decisão final do Senado sobre sua indicação ao Supremo. O secretário executivo do Ministério da Justiça, José Levi do Amaral, assumirá o comando da pasta durante o período de licença do titular.

Indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes continuava nessa segunda-feira (6) filiado ao PSDB paulista. O atual ministro da Justiça tem até o dia da nomeação, caso sua indicação seja aprovada no Senado, para se desvincular do partido ao qual é filiado desde 2015.

A desfiliação é exigência para que ele tome posse como ministro, pois a Constituição proíbe juízes de "exercer atividades político-partidárias". "Ele ainda precisa ser sabatinado no Senado, que pode aprovar ou não a indicação. Acho muito cedo", disse o presidente estadual do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

A Ordem dos Advogados do Brasil cobra 'independência' do ministro Alexandre de Moraes se confirmada sua indicação para o Supremo Tribunal Federal.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 6, o presidente da OAB Claudio Lamachia afirma que a principal entidade da Advocacia 'não tem candidatos de sua preferência' para a sucessão da vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki.

##RECOMENDA##

O presidente Michel Temer indicou nesta segunda seu ministro da Justiça para a cadeira que foi de Teori, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

Lamachia defende que os nomes indicados 'cumpram os requisitos constantes na Constituição Federal, tais como conduta ilibada e notório saber jurídico, preferencialmente sem nenhuma vinculação político-partidária, notadamente diante do momento que estamos enfrentando'.

Alexandre de Moraes é filiado ao PSDB. Já atuou no Executivo municipal de São Paulo e também no governo Alckmin, como secretário de Segurança Pública. Ele será sabatinado pelo Senado.

"A sociedade brasileira espera que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, um advogado e reconhecido constitucionalista, uma vez tendo confirmada sua indicação pelo Senado, exerça sua missão no Supremo Tribunal Federal pautada pela necessária independência e de forma absolutamente técnica", defende Claudio Lamachia.

Integra

"A OAB não tem candidatos de sua preferência para a sucessão da vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, defendendo que os nomes indicados cumpram os requisitos constantes na Constituição Federal, tais como conduta ilibada e notório saber jurídico, preferencialmente sem nenhuma vinculação político-partidária, notadamente diante do momento que estamos enfrentando.

A sociedade brasileira espera que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, um advogado e reconhecido constitucionalista, uma vez tendo confirmada sua indicação pelo Senado, exerça sua missão no Supremo Tribunal Federal pautada pela necessária independência e de forma absolutamente técnica."

Claudio Lamachia

Presidente nacional da OAB

O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), elogiou nesta segunda-feira, 6, a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), para o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga do ex-ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em 19 de janeiro.

"O Alexandre tem currículo de peso para ocupar uma função dessa magnitude. Tem experiência jurídica e vivência para ser o indicado", afirmou Baleia Rossi, um dos deputados federais mais próximos do presidente Michel Temer (PMDB).

##RECOMENDA##

O líder do PMDB evitou, porém, cravar se o nome de Moraes tem consenso dentro da bancada do partido. "Não discutimos isso, por isso não consegui fazer essa medição", afirmou o peemedebista paulista.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando