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A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais divulgou nesta sexta-feira, 19, nota em que afirma que "elementos característicos de ação criminosa" não estavam presentes nos vestígios do acidente que há exatamente um ano matou o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte máxima.

Teori morreu no dia 19 de janeiro de 2017. O bimotor em que ele viajava espatifou nas águas de Paraty, litoral fluminense. Além do ministro morreram mais quatro pessoas. A PF concluiu que foi mesmo um acidente.

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Em nota, susbcrita por seu presidente, Marcos Camargo, a entidade dos peritos anotou que "o acidente aéreo que vitimou o ministro Teori Zavascki há um ano deu origem a diversas especulações quanto a suas causas".

"Algumas envolviam a ideia de que uma conspiração para assassinar o então relator da Lava Jato no STF havia sido levada a cabo com o propósito de frear as decisões do ministro no âmbito da operação."

A entidade considera que o trabalho dos peritos foi "fundamental para eliminar essa dúvida".

Eles destacam que, por meio do uso de métodos científicos, analisaram os destroços, como a fuselagem, o motor e os aviônicos - eletrônica a bordo dos aviões, sistema de navegação e comunicação, piloto automático e sistema de controle de voo.

"Da mesma forma, foram periciados os corpos e as gravações da cabine e do controle de tráfego aéreo. A conclusão obtida a partir do trabalho deles foi que os elementos característicos de uma ação criminosa não estavam presentes nos vestígios do acidente", afirmam os peritos.

Marcos Camargo observa que "a perícia oficial, como a que atuou no caso do ministro Teori, é feita por profissionais capacitados em diversas áreas do conhecimento e com reconhecimento científico internacional".

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais disse, ainda, que os profissionais da área atuam de forma imparcial, sem ligações com envolvidos.

"Os peritos oficiais estão sujeitos às mesmas suspeições dos juízes e têm obrigação legal de manter distanciamento das partes, usando o rigor científico em busca da verdade real dos fatos. Essa independência e isenção permitem à perícia dar uma resposta à sociedade brasileira, à altura da importância das dúvidas que foram suscitadas."

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira (Cenipa-FAB) vai divulgar na próxima segunda-feira, 22, o relatório sobre o acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, em janeiro de 2017, na região do litoral de Paraty (RJ). Segundo a reportagem apurou, "falha humana" foi o que se desenhou como a principal causa, isso devido à desorientação espacial que resultou no desastre. Além de Teori, outras quatro pessoas morreram no acidente.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, e o delegado da PF, Rubens Maleiner, se encontraram com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira passada, 10, por cerca de uma hora e meia para apresentar o andamento da investigação.

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Após a reunião, Maleiner, que preside o inquérito sobre o acidente, afirmou que não houve qualquer "ato intencional" que tenha provocado a queda da aeronave, descartando as hipóteses de sabotagem no avião que levava o então ministro relator da Lava Jato.

Inquérito

Além de periciar os destroços da aeronave e as gravações das conversas entre o piloto e torre de controle, o inquérito realizou exames nos corpos do piloto, do ministro e das outras vítimas para descartar qualquer tipo de anormalidade que possa ter gerado o acidente.

A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto onde deveria pousar.

Além de Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, proprietário da aeronave, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk. Embora não tenha concluído a investigação, a PF descartou a possibilidade de sabotagem na aeronave que caiu no mar de Paraty (RJ). Segovia vai compartilhar detalhes da apuração com a ministra do STF.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia e o delegado da PF Rubens Maleiner se encontraram com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, na manhã desta quarta-feira, 10, por cerca de uma hora e meia para apresentar o andamento da investigação sobre o acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki e outras quatro pessoas, em janeiro de 2017.

Após a reunião, Maleiner, que preside o inquérito sobre o acidente, afirmou que, embora a investigação ainda não esteja concluída, já se pode afirmar que não houve qualquer ato intencional que tenha provocado a queda da aeronave, descartando as hipóteses de sabotagem no avião que levava o então ministro relator da Lava Jato. O delegado acrescentou que a apuração está em estágio bastante avançado.

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"A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, em diversos exames periciais, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado", disse o delegado. Para fechar a conclusão da causa do acidente, Maleiner afirmou que são necessárias mais algumas perícias.

"Existe um conjunto de fatores que podem ter levado àquele desfecho, que dizem respeito a condições meteorológicas, trajetórias e alturas desempenhadas pelo piloto naquela tentativa de aproximação para Paraty, e a condição de voo pelo visual e pela questão instrumental", completou. Quando perguntado se a hipótese mais provável para a queda seria a de falha humana, o delegado apenas afirmou "estamos avançando".

O jornal O Estado de S. Paulo adiantou essas conclusões e noticiou na terça-feira, 9, que, de acordo com as investigações, não foram encontrados vestígios de qualquer falha que pudesse ter sido evitada antes da decolagem da aeronave. Também não foi possível encontrar nenhum vestígio de explosivos ou produtos químicos que pudessem causar incêndio dentro do avião.

Desde o dia da queda, os motivos do acidente são investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) e pela PF de Angra dos Reis. Além de periciar destroços da aeronave e gravações das conversas entre piloto e torre de controle, o inquérito realizou exames nos corpos do piloto, do ministro e das outras vítimas para descartar qualquer tipo de anormalidade que possa ter causado o acidente.

Maleiner explicou nesta quarta que as duas linhas de investigações tendem a ser independentes "ao máximo". "A Cenipa tem fins exclusivamente preventivos, já a da PF tem um fim de elucidação do fato para investigar eventuais condutas de pessoas que possam ser apontadas como responsáveis por aquele resultado", disse.

A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu perto da Ilha Rasa, em Paraty (RJ), a 2 km da cabeceira da pista do aeroporto onde pousaria.

Além do ministro Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da avião, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk.

Na semana que marca os seis meses do acidente aéreo que matou o ministro que era relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, o filho do magistrado publicou mais uma mensagem, na sua página do seu Facebook, expondo sua dúvida quanto à tragédia. “Hoje completa meio ano do dia mais triste da minha vida. Seis meses de muita saudade. Seis meses de dúvidas. Ainda não sei no que acreditar, na verdade, ainda não acredito”, desabafou Francisco Prehn Zavascki. 

Francisco também pediu que a luta contra  a corrupção continue. “Que os teus exemplos não sejam jamais esquecidos. E que os que aqui continuam, prossigam na luta contra a corrupção até que o país seja, de uma vez por todas, passado a limpo. Tenho apenas a certeza de que tu faz muita falta, pai”, disse. 

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Esta não é a primeira vez que ele questiona a morte do ministro. Em maio passado, Francisco chegou a dizer que não tinha como não pensar que mandaram matá-lo e ainda declarou que seu pai sabia muito. “Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de cortejo dos delatados. Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai”, declarou na ocasião. 

Teorio morreu em janeiro deste ano em queda de avião em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro. Além dele, foram vítimas a massoterapeuta Maira Ilda, a mãe dela, Maria Ilda, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do avião, bem como o piloto Osmar Rodrigues. 

A bancada do PSOL vai protocolar nesta quinta-feira (9) uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer por ter indicado o nome de Alexandre de Moraes para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O partido alega que houve "ato de desvio de finalidade" na indicação, já que Moraes é um homem de "absoluta confiança" de Temer, que foi seu ministro da Justiça e era até esta semana filiado ao PSDB.

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A representação também foi assinada por dois deputados do PT: Henrique Fontana (RS) e Paulo Teixeira (SP). Para Fontana, a indicação de um aliado de Temer para o cargo de ministro do STF é um "escárnio" e tem como objetivo interromper as investigações da Operação Lava Jato.

Os deputados esperam que a ação consiga impedir a nomeação de Moraes para o Supremo. A confirmação da indicação só acontece após uma sabatina no Senado e a aprovação do nome pelos senadores no plenário da Casa.

O deputado petista acusou Temer de estar trabalhando em conjunto com o ministro do Supremo Gilmar Mendes para "providenciar mecanismos" que possam levar à soltura do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba

Para ele, "um dos grandes objetivos do governo Michel Temer é exatamente bloquear as investigações contra a corrupção, porque essas investigações estão chegando ao coração de grandes partidos da política tradicional brasileira, como é o caso do PMDB, do PSDB, estão chegando ao coração de grandes interesses empresariais".

O deputado também afirmou que "todo o Brasil sabe que Eduardo Cunha contar tudo que ele sabe o governo Temer cai no dia seguinte".

Segundo Fontana, se Moraes for nomeado ao Supremo, ele "será mais um aliado de Gilmar Mendes nesta bancada de absoluta confiança do governo Temer, do PSDB e do PMDB. É algo inaceitável o que nós estamos assistindo".

Além dos senadores, cidadãos também poderão participar da sabatina do indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está prevista para 22 de fevereiro e será interativa. Qualquer cidadão poderá enviar perguntas pelo site do Senado ou por telefone.

O ministro licenciado da Justiça terá de responder perguntas sobre seu currículo, seus posicionamentos jurídicos e políticos. Quem quiser enviar questões para Moraes, basta acessar o Evento Interativo, no Portal e-Cidadania. A página está aberta e as perguntas já podem ser enviadas desde já. Outra opção é pelo telefone 0800 61 22 11. A ligação é gratuita.

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A primeira sabatina com participação dos cidadãos aconteceu no dia 12 de maio de 2015, quando Luiz Edson Fachin foi indicado para Ministro do STF pela ex-presidente Dilma Rousseff. O evento recebeu mais de 640 comentários e perguntas que foram encaminhadas ao relator e aos senadores da Comissão.

Tramitação

Alexandre de Moraes foi indicado pelo presidente Michel Temer para ocupar no STF a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em Paraty (RJ) no dia 19 de janeiro. A indicação, entretanto, precisa ser aprovada pelo Senado Federal.

A candidatura é analisada primeiramente pela CCJ, comissão que foi instalada na manhã desta quinta-feira. O presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), indicou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) como relator da matéria.

Braga não confirmou quando apresentará seu parecer, mas a expectativa é que o relatório esteja disponível para os demais senadores na próxima quarta-feira. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), calcula que Moraes seja sabatinado até 22 de fevereiro na comissão. No mesmo dia, a indicação segue para votação em plenário.

A nova líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o fato de Alexandre de Moraes se desfiliar do PSDB não é suficiente para que ele seja considerado isento para assumir a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O ministro da Justiça é fortemente partidário. Militante, fez campanha durante a eleição municipal, se posicionou politicamente, apareceu em foto com adesivo do PSDB. Ele tem uma posição política e isso não é dissociado só com o fato de ele se desfiliar", afirmou a senadora. Gleisi acredita que o vínculo de Moraes com o PSDB será naturalmente levado para sua atuação dentro do Supremo.

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A líder do PT afirmou que a bancada vai se posicionar contrariamente à indicação do ministro da Justiça ao STF. Além disso, eles querem que Moraes responda o que mudou em seu pensamento quanto ao que defendeu em sua tese de mestrado, quando afirmou que ministros de Estado não deveriam ser indicados ao Supremo.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), minimizou nesta quarta-feira, 8, o vínculo partidário do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Se nós formos fazer uma análise histórica, mais de 30% dos ministros do Supremo Tribunal, nos 20 anos, tinha filiação partidária ou serviram a governos antes de ir ao Supremo. Não é demérito algum. Eles participaram da vida democrática de seu país ou em partidos políticos ou servindo aos governos", ressaltou Aécio Neves.

O senador lembrou que, após ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, Alexandre de Moraes se desfilou na terça-feira, 7, do PSDB, partido no qual que ingressou em 2015.

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Aécio também disse não vê incompatibilidade no fato de Moraes antes de ser indicado para o STF, ocupar o Ministério da Justiça, cargo considerado de confiança do presidente Michel Temer. Ao falar do tema, o tucano mencionou o histórico do ministro Celso de Mello, decano da Corte. "Ele assessorou diretamente o presidente José Sarney até o momento da sua indicação. Isso faz dele um ministro menor naquela corte? Pelo contrário. Servir ao governo é participar da vida democrática. Isso deve ser louvado. Não podemos cair na cantilena oposicionista, que desconsidera o passado de indicações do próprio PT para fazer esse tipo de acusações", disse.

Antes de ter o nome confirmado para o STF, Alexandre de Moraes precisa passar por sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Em seguida por uma nova votação em plenário. As declarações de Aécio foram feitas após visita de Moraes ao seu gabinete, que contou ainda com a participação dos demais integrantes da bancada do PSDB do Senado.

Antes da reunião, Moraes também se reuniu com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), para "apresentar as suas credenciais".

Indicado por Temer para o STF, ele disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e não apenas com os integrantes que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "Constitucionalmente, é função do Senado analisar o meu currículo e a minha experiência", declarou.

O ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes afirmou que a reunião com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi uma "primeira visita" à Casa para "apresentar as suas credenciais". Moraes disse que pretende se encontrar com todos os 81 senadores, e não apenas os que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por sabatinar a sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Constitucionalmente, é função do Senado analisar o meu currículo e a minha experiência", declarou.

Moraes e Eunício conversaram no gabinete da presidência do Senado por cerca de 30 minutos. Antes da reunião, Eunício comentou que é "natural" o presidente da Casa receber o indicado do presidente da República à vaga do Supremo. "Significa que as instituições estão funcionando", comentou.

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A realização da sabatina de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer ao STF, depende da indicação de um nome do PMDB à presidência da CCJ. Após diversas reuniões, contudo, o partido ainda não chegou a um consenso. Caso o impasse persista, a bancada fará uma votação interna a partir das 14h.

A tendência é de que o senador Edison Lobão (MA) seja o escolhido, mas Raimundo Lira (PB) também pleiteia a vaga. A senadora Marta Suplicy (SP) aceitou desistir da candidatura na noite dessa terça-feira (7) para assumir a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Segundo Eunício, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) se comprometeu a fazer a indicação para a presidência da CCJ ainda nesta quarta. Com isso, o presidente do Senado poderia autorizar a instalação da comissão ainda hoje e Moraes seria sabatinado pelo colegiado até o próximo dia 22.

Visita a tucanos

Moraes visita na tarde desta quarta o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e outros senadores da bancada.

Menos de dois dias depois de ser indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, inicia nesta quarta-feira (8) um corpo a corpo com integrantes da cúpula do Senado em busca de apoio para o seu nome.

O périplo de Moraes está previsto para começar por uma conversa com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que o recebe em seu gabinete na manhã desta quarta.

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Para ter o nome confirmado para a cadeira do STF deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, Moraes deverá passar inicialmente por sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em meio a um racha entre integrantes da bancada do PMDB, que disputam o comando do colegiado, a comissão deve ser instalada nesta quarta. Após passar pela CCJ, a indicação ainda deverá ser votada em plenário.

A previsão do presidente Eunício Oliveira é de que o processo de Moraes se encerre em no máximo três semanas. Até lá, Michel Temer deve definir o nome que irá integrar o governo no lugar de Moraes no Ministério da Justiça.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, foi breve ao comentar a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, por parte do presidente Michel Temer, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

"O presidente indica, o Senado sabatina, o Supremo dá posse", disse o novo relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato na Corte Suprema. "Sabatinado por vós, será bem-vindo", complementou o ministro Edson Fachin.

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O comentário foi feito em resposta ao questionamento de repórteres na chegada dele à sessão da Segunda Turma do STF nesta terça-feira, 7 - a primeira sessão de Fachin no colegiado que julga a maioria dos processos da Lava Jato.

O ministro também disse que conhece Alexandre de Moraes e comentou que ele tem "excelente trato". Mas não falou sobre a atuação de Moraes no âmbito do direito.

Cunha

Além de falar laconicamente sobre a indicação de Moraes, Edson Fachin também confirmou que manterá na pauta da quarta-feira, 8, o julgamento de um recurso do deputado cassado Eduardo Cunha. O julgamento estava marcado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para esta sessão desde dezembro, a pedido do ministro Teori Zavascki, ex-relator dos processos da Lava Jato.

 

Fachin

O ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, entregou na manhã desta terça-feira, 7, ao senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, a sua desfiliação do partido. A informação é da assessoria do Ministério da Justiça. Moraes era filiado ao PSDB desde dezembro de 2015.

Ontem ele teve seu nome indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga de Teori Zavascki no Supremo TRibunal Federal (STF). Para ocupar o novo posto, Moraes precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ter o nome aprovado na comissão e no plenário.

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Outros ministros filiados a partidos já foram indicados ao STF, a exemplo de Moraes. É o caso por exemplo, de Nelson Jobim e José Dias Tofolli.

O presidente Michel Temer iniciou o fim de semana passado entre dois nomes, dos mais de 50 que foram cotados para o Supremo Tribunal Federal. No sábado (4) pela manhã, representantes do mundo jurídico já davam como certa a escolha de Mauro Campbell para assumir a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em desastre aéreo no último dia 19. O outro cotado era o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Campbell era apontado como a opção técnica de Temer. Discreto, era amigo pessoal de Teori - foi um dos responsáveis pela liberação do corpo do ministro em Angra dos Reis. Campbell foi cotado antes para o STF, quando a presidente cassada Dilma Rousseff optou por Edson Fachin. Na época, o STJ viveu uma intensa disputa interna, que envolveu até a produção de dossiês.

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A opção política era Moraes, um dos primeiros nomes lembrados assim que a morte de Teori foi confirmada. Na escolha final, entre Campbell e Moraes, Temer optou por seu ministro da Justiça.

O PSDB intercedeu a favor de Moraes. Como argumento, os tucanos sustentavam que ele receberia respaldo de integrantes do Supremo - entre eles o decano Celso de Mello.

Ministros

Celso de Mello não esconde a simpatia por Moraes, de quem fez o prefácio de um livro. No dia em que o STF derrubou a decisão de Marco Aurélio Mello que afastou Renan Calheiros (PMDB) da cadeira de presidente do Senado, Moraes esteve reunido com Celso de Mello. Em comum, os dois têm o fato de terem passado pela Faculdade de Direito da USP, o Largo de São Francisco.

Além do decano, Moraes teve apoio explícito no STF do ministro Marco Aurélio. "Desde o início achei que o nome adequado era o dele, pela trajetória", disse Marco Aurélio à reportagem. "Ele será recebido de braços abertos na Primeira Turma", afirmou o ministro. Como Fachin migrou para a Segunda Turma, que julga a Lava Jato, Moraes vai assumir uma cadeira na Primeira Turma - composta por Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.

Já o ministro Gilmar Mendes defendia o nome de Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para o Corte.

No Ministério Público Federal, a escolha "política" não é comemorada. Desde a morte de Teori, interlocutores do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consideravam que uma possível escolha de Moraes seria prejudicial ao tribunal. Na lista de "erros", citam o dia em que o atual ministro da Justiça antecipou uma operação da Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer formalizou nesta terça-feira (7) a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada por Teori Albino Zavascki, que morreu em acidente aéreo no último dia 19 de janeiro. A mensagem que submete o nome de Moraes à apreciação do Senado Federal está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.

Para assumir a vaga, Moraes terá de passar por sabatina e ter o nome aprovado pelos senadores, tanto em comissão quanto no plenário da Casa. A votação do nome do ministro no Senado deve ocorrer em três semanas. Se aprovado, Moraes será revisor de processos da Operação Lava Jato no plenário do STF.

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O Diário Oficial desta terça ainda traz o despacho de afastamento de Moraes do cargo de ministro da Justiça pelo prazo de 30 dias. Ele ficará licenciado da função até a decisão final do Senado sobre sua indicação ao Supremo. O secretário executivo do Ministério da Justiça, José Levi do Amaral, assumirá o comando da pasta durante o período de licença do titular.

Indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes continuava nessa segunda-feira (6) filiado ao PSDB paulista. O atual ministro da Justiça tem até o dia da nomeação, caso sua indicação seja aprovada no Senado, para se desvincular do partido ao qual é filiado desde 2015.

A desfiliação é exigência para que ele tome posse como ministro, pois a Constituição proíbe juízes de "exercer atividades político-partidárias". "Ele ainda precisa ser sabatinado no Senado, que pode aprovar ou não a indicação. Acho muito cedo", disse o presidente estadual do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Ordem dos Advogados do Brasil cobra 'independência' do ministro Alexandre de Moraes se confirmada sua indicação para o Supremo Tribunal Federal.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 6, o presidente da OAB Claudio Lamachia afirma que a principal entidade da Advocacia 'não tem candidatos de sua preferência' para a sucessão da vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki.

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O presidente Michel Temer indicou nesta segunda seu ministro da Justiça para a cadeira que foi de Teori, morto em acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

Lamachia defende que os nomes indicados 'cumpram os requisitos constantes na Constituição Federal, tais como conduta ilibada e notório saber jurídico, preferencialmente sem nenhuma vinculação político-partidária, notadamente diante do momento que estamos enfrentando'.

Alexandre de Moraes é filiado ao PSDB. Já atuou no Executivo municipal de São Paulo e também no governo Alckmin, como secretário de Segurança Pública. Ele será sabatinado pelo Senado.

"A sociedade brasileira espera que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, um advogado e reconhecido constitucionalista, uma vez tendo confirmada sua indicação pelo Senado, exerça sua missão no Supremo Tribunal Federal pautada pela necessária independência e de forma absolutamente técnica", defende Claudio Lamachia.

Integra

"A OAB não tem candidatos de sua preferência para a sucessão da vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, defendendo que os nomes indicados cumpram os requisitos constantes na Constituição Federal, tais como conduta ilibada e notório saber jurídico, preferencialmente sem nenhuma vinculação político-partidária, notadamente diante do momento que estamos enfrentando.

A sociedade brasileira espera que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, um advogado e reconhecido constitucionalista, uma vez tendo confirmada sua indicação pelo Senado, exerça sua missão no Supremo Tribunal Federal pautada pela necessária independência e de forma absolutamente técnica."

Claudio Lamachia

Presidente nacional da OAB

O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), elogiou nesta segunda-feira, 6, a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), para o Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga do ex-ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em 19 de janeiro.

"O Alexandre tem currículo de peso para ocupar uma função dessa magnitude. Tem experiência jurídica e vivência para ser o indicado", afirmou Baleia Rossi, um dos deputados federais mais próximos do presidente Michel Temer (PMDB).

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O líder do PMDB evitou, porém, cravar se o nome de Moraes tem consenso dentro da bancada do partido. "Não discutimos isso, por isso não consegui fazer essa medição", afirmou o peemedebista paulista.

Senadores de oposição se manifestaram em plenário, nesta segunda-feira, 6, contrariamente à possível indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a coluna de Vera Magalhães, o presidente Michel Temer decidiu indicar o nome de Alexandre de Moraes para o STF. O presidente teria telefonado durante o fim de semana para os demais candidatos à vaga para confirmar sua escolha.

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que a indicação é um "acinte". "Um escárnio, a indicação do Alexandre Morais para Ministro do Supremo Tribunal Federal neste momento. Não tenho dúvida disso", afirmou. Apesar de ser do PMDB, o senador atua constantemente com a oposição.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também criticou a indicação, mas disse que era de se esperar vindo do governo Temer. "Não me surpreende, porque é a cara deste governo, que defende interesses de grupos particulares e de seus próprios membros, e está caminhando numa partidarização do Supremo", afirmou.

Em nota, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) relembrou o currículo de Moraes e a ligação do ministro com o PSDB, alegando que a indicação seria política. "Filiado ao PSDB, Moraes foi advogado de Eduardo Cunha e de uma cooperativa de transporte em São Paulo identificada como um dos braços do PCC. Foi ainda secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, no governo Alckmin, em uma gestão marcada por truculência e violência desmedida frente a protestos e atos", disse.

Em tese de doutorado apresentada na Faculdade de Direito da USP, em julho de 2000, o hoje ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, defendeu que, na indicação ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, fossem vedados os que exercem cargos de confiança "durante o mandato do presidente da República em exercício" para que se evitasse "demonstração de gratidão política". Por esse critério, ele próprio, um dos cotados para a sucessão do ministro Teori Zavascki, estaria impedido de ser indicado pelo presidente Michel Temer.

O veto sugerido por Moraes está no ponto 103 da conclusão da tese. Ele diz: "É vedado (para o cargo de ministro do STF) o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tiveram exercido cargo de confiança no Poder Executivo, mandatos eletivos, ou o cargo de procurador-geral da República, durante o mandato do presidente da República em exercício no momento da escolha, de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional".

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O ministro não quis dar entrevista sobre sua tese de doutorado. Um sumário da mesma está no banco de dados bibliográficos da USP (dedalus.usp.br). Seu título é Jurisdição constitucional e tribunais constitucionais: garantia suprema da Constituição. Além do veto já citado, Moraes defende que os ministros do Supremo tenham mandato por tempo determinado, e não a vitaliciedade prevista na Constituição de 1988.

Defende, também, mudança expressiva na forma da escolha dos 11 ministros: quatro pelo presidente da República ("mediante prévio parecer opinativo do Conselho Federal da OAB"), quatro eleitos pelo Congresso e três escolhidos pelo próprio STF. Pela Constituição, hoje os onze ministros são escolhidos pelo presidente da República - como Michel Temer fará ao indicar o substituto de Teori Zavascki, morto mês passado - e, depois, sabatinados pelo Senado, que tem a palavra final.

A tese - um "tijolo" de 416 páginas, originais disponíveis na biblioteca da USP do Largo de São Francisco - foi orientada pelo jurista e professor Dalmo Dallari. "Como estudioso do direito, ele é melhor do que nos cargos executivos, inclusive o de ministro", disse Dallari ao Estado. O professor emérito lembrou do doutorando, mas não quis fazer mais comentários. Os demais integrantes da banca foram o hoje ministro do STF Ricardo Lewandowski e os professores Paulo de Barros Carvalho, Celso Fernandes Campilongo e Mônica Garcia. Aprovaram a tese, mas sem o "com louvor" que costuma brindar trabalhos mais elaborados e/ou originais.

Já naquele 2000 - quase 12 anos passados depois da Constituinte, que neste fevereiro completa três décadas -, Alexandre de Moraes era fã do hoje presidente Michel Temer. Não só o citou na bibliografia do cartapácio - Temer, Michel - Constituição e política, 1994; Elementos de Direito Constitucional, 1995 - como, mais relevante, defendeu, na tese, quase as mesmas posições do constituinte Temer, também favorável a mandatos e a uma nova forma de composição e de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal, propostas (não só dele) derrotadas nas votações.

A ideia central da tese é, em juridiquês repetitivo, "identificar a necessidade de uma atuação efetiva e eficiente da justiça constitucional, por meio de seu órgão máximo, o Tribunal Constitucional, como meio de garantir a supremacia constitucional".

Atribuições e mudanças

Na primeira parte, Moraes teoriza sobre o direito constitucional. Na segunda, detalha, relatorialmente, como funciona a justiça constitucional em alguns países (modelos americano, alemão, austríaco e francês). Na última parte, menos árida, debulha a jurisdição constitucional brasileira, e o Supremo Tribunal Federal.

"Após a análise detalhada da evolução histórica do STF e de suas competências constitucionais, concluiu-se pela necessidade de sua transformação em exclusiva (grifo no original) Corte de Constitucionalidade, dirigindo seus trabalhos para a finalidade básica de preservação de supremacia constitucional e defesa intransigente dos direitos fundamentais", escreveu o agora ministro e também autor de outras obras jurídicas.

Nos 110 pontos em que dividiu a conclusão de sua tese, Moraes fez inúmeras sugestões de mudanças - como a do mandato e da nova forma de escolha dos ministros do STF. Uma outra diz que a Constituição "deverá exigir maiores requisitos capacitários para o exercício do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, além de maiores vedações e incompatibilidades".

Entre as condições "capacitárias", dez anos de efetivo exercício de cargos privativos de bacharel em Direito, ou a condição de jurista, com o título de doutor. Para os três a serem escolhidos pela própria Corte, dez anos de carreira no magistério ou no Ministério Público. Entre as vedações, aquela que hoje, se vigente, impediria a sua indicação para o cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um juiz auxiliar do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto na semana passada em um acidente aéreo, tomou na quarta-feira (25) os depoimentos de oito executivos e ex-executivos e funcionários da empreiteira Odebrecht, em São Paulo.

As audiências foram realizadas para que os investigados por suspeita de corrupção e cartel no esquema instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 confirmassem os termos da colaboração a que se propõem perante o Supremo Tribunal Federal - Corte máxima que detém competência para mandar investigar deputados, senadores e outros políticos detentores de foro privilegiado.

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Na segunda-feira, outros ex-dirigentes da empreiteira também foram ouvidos em São Paulo.

Etapa

Os investigados não prestaram depoimento sobre fatos que revelaram preliminarmente à força-tarefa da Operação Lava Jato e que preenchem os anexos encaminhados ao gabinete de Teori em dezembro.

Nessa etapa do caso, eles apenas foram indagados se decidiram falar espontaneamente ou se sofreram algum tipo de pressão. A medida é fundamental para que as colaborações sejam homologadas pelo relator no Supremo que irá substituir Teori, ainda não definido.

A retomada da Lava Jato no âmbito do Supremo foi ordenada pela ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou, na segunda, um pedido de urgência para a homologação das delações. Ainda não se sabe, porém, se a presidente do Supremo fará as homologações ou se ela deixará para o novo relator do processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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